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Estudo de caso de avaliação qualitativa das melhorias ergonômicas implantadas no posto de trabalho de inserção de molas nas placas do controle remoto Edislândia Inácio de Sousa 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Ergonomia Faculdade Ávila Resumo Este trabalho tem como finalidade demonstrar a ligação entre o trabalho que exige esforço repetitivo e doenças relacionadas aos membros superiores. Os distúrbios Osteomusculares Ocupacionais relacionados ao Trabalho DORT, que se tornaram conhecidos no Brasil como lesões por esforço repetitivo (LER), podem ocorrer por sobrecarga da musculatura através de movimentos contínuos, posturais inadequadas, compressão mecânica, excesso de força usada durante a realização das atividades, bem como, formas usadas inadequadas de organização do trabalho (SANTOS e FIALHO, 1997). Sinteticamente, será mostrado de que maneira as condições de trabalho podem afetar o desenvolvimento das atividades, a aplicação deste estudo está baseada em uma sistemática que busca conduzir e orientar modificações para melhorar as condições de trabalho sobre os postos críticos evidenciados. Esta intervenção é conhecida como Análise Ergonômica do Trabalho (AET), ao qual permite identificar e avaliar a ação das principais condicionantes que podem afetar o trabalho e mostrando de que maneira as condições de trabalho podem afetar o desenvolvimento das atividades. Palavras-chave: Posto de Trabalho Crítico; Análise Ergonômica do Trabalho; Melhorias Implantadas no Posto. Introdução A indústria vem diminuindo a qualidade de vida e prejudicando a saúde dos que utilizam as mãos como única ferramenta de trabalho, devido às sobrecargas causadas pela grande concorrência no mercado, jornada de trabalho cada vez mais intensa, exigências de produtividade, fatores financeiros, entre outros fatores que levam as pessoas a desgastes físicos e psicológicos, buscando estruturar informações para identificar o cenário dos métodos de avaliação de risco ergonômico auxiliando quanto as proposta mais adequadas à sua necessidade. A legislação brasileira, na norma regulamentadora de número 17 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1978), embora afirme que visa estabelecer parâmetro para a adaptação das condições de trabalho as característica psicofisiológicas dos trabalhadores e que para avaliar esta adaptação cabe as organizações realizarem análise ergonômica do trabalho, não deixa claro ou não sugere metodologias para estas avaliações de riscos ergonômicos. No manual de aplicação da norma regulamentadora de número 17 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2002), Também não define ou orienta quanto aos métodos a serem utilizados para avaliação dos riscos ergonômicos das atividades ocupacionais. Existem muitos métodos de análise de riscos ergonômicos encontrados na literatura disponível, delineados para determinar e qualificar a 1 Pós Graduando em Ergonomia 2 Orientador: Graduado em Fisioterapia, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.

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Estudo de caso de avaliação qualitativa das melhorias ergonômicas

implantadas no posto de trabalho de inserção de molas nas placas do

controle remoto

Edislândia Inácio de Sousa

1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Ergonomia – Faculdade Ávila

Resumo

Este trabalho tem como finalidade demonstrar a ligação entre o trabalho que exige esforço

repetitivo e doenças relacionadas aos membros superiores. Os distúrbios Osteomusculares

Ocupacionais relacionados ao Trabalho – DORT, que se tornaram conhecidos no Brasil

como lesões por esforço repetitivo (LER), podem ocorrer por sobrecarga da musculatura

através de movimentos contínuos, posturais inadequadas, compressão mecânica, excesso de

força usada durante a realização das atividades, bem como, formas usadas inadequadas de

organização do trabalho (SANTOS e FIALHO, 1997). Sinteticamente, será mostrado de que

maneira as condições de trabalho podem afetar o desenvolvimento das atividades, a

aplicação deste estudo está baseada em uma sistemática que busca conduzir e orientar

modificações para melhorar as condições de trabalho sobre os postos críticos evidenciados.

Esta intervenção é conhecida como Análise Ergonômica do Trabalho (AET), ao qual permite

identificar e avaliar a ação das principais condicionantes que podem afetar o trabalho e

mostrando de que maneira as condições de trabalho podem afetar o desenvolvimento das

atividades.

Palavras-chave: Posto de Trabalho Crítico; Análise Ergonômica do Trabalho; Melhorias

Implantadas no Posto.

Introdução

A indústria vem diminuindo a qualidade de vida e prejudicando a saúde dos que utilizam as

mãos como única ferramenta de trabalho, devido às sobrecargas causadas pela grande

concorrência no mercado, jornada de trabalho cada vez mais intensa, exigências de

produtividade, fatores financeiros, entre outros fatores que levam as pessoas a desgastes

físicos e psicológicos, buscando estruturar informações para identificar o cenário dos métodos

de avaliação de risco ergonômico auxiliando quanto as proposta mais adequadas à sua

necessidade. A legislação brasileira, na norma regulamentadora de número 17 (MINISTÉRIO

DO TRABALHO, 1978), embora afirme que visa estabelecer parâmetro para a adaptação das

condições de trabalho as característica psicofisiológicas dos trabalhadores e que para avaliar

esta adaptação cabe as organizações realizarem análise ergonômica do trabalho, não deixa

claro ou não sugere metodologias para estas avaliações de riscos ergonômicos. No manual de

aplicação da norma regulamentadora de número 17 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2002),

Também não define ou orienta quanto aos métodos a serem utilizados para avaliação dos

riscos ergonômicos das atividades ocupacionais. Existem muitos métodos de análise de riscos

ergonômicos encontrados na literatura disponível, delineados para determinar e qualificar a

1 Pós Graduando em Ergonomia

2 Orientador: Graduado em Fisioterapia, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em

Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.

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exposição a fatores de risco devido à sobrecarga biomecânica dos membros superiores, entre

eles destaca-se aqueles que evidenciam de forma qualitativa a presença de característica

ocupacional que podem levar o “avaliador” em direção à possível de um risco. Além disto, a

importância da função normal da mão pode ser subestimada, ou seja, a mão é responsável por

cerca de 90% da função do membro superior. Enquanto o ombro, o cotovelo e o punho

servem para posicionar a mão, somente ela é capaz de produzir um nível notável de destreza e

precisão. Essa destreza e precisão dependem de uma série de fatores que incluem a motivação

do paciente e a exata sincronização das articulações e dos músculos que compreendem a mão.

O polegar que está envolvido em 40% a 50% da função da mão, é funcionalmente o mais

importante dos dedos. O dedo indicador, envolvido em cerca de 20% da função da mão, é o

segundo mais importante ao passo que o dedo anular é o menos importante. Já o dedo médio,

responsável por cerca de 20% de toda a função da mão, é o dedo mais forte, sendo importante

para funções de precisão e força. A maioria dos problemas da mão e do punho ser

diagnosticada ao se considerar cuidadosamente três fatores: anatomia, mecanismo da lesão e

epidemiologia (MARK DUTTON, 2009).

O canal do carpo é uma área relativamente constrita localizada na face anterior do punho

através da qual passam os oito tendões flexores, o flexor longo do polegar e o nervo mediano.

O canal é formado em três lados pelos ossos do carpo e no quarto lado pelo ligamento cárpico

palmar. A síndrome do canal do carpo resulta de uma compressão que pode ser iniciada por

micro ou macrotraumatismos, tenossinovite (inflamação de uma bainha tendínea) dos tendões

flexores, fraturas, ou luxação de qualquer um dos carpais. Basicamente, a tumefação do

conteúdo do canal ou uma constrição do canal comprime o nervo mediano. Os resultados são

uma gama de sintomas na distribuição do nervo mediano, desde formigamento dos dedos

indicador Quando falamos das ferramentas manuais vários aspectos devem ser levados em

conta, dentre eles: peso, dimensões, pegas. Um exemplo de custos humanos por alguma

inobservância de requisitos para um ferramenta manual adequada é a incidência de dores no

antebraço, pode ser gerada por pegas inadequadas de ferramentas, outras conseqüências

podem ser dores e sensações de formigamento nos dedos (DUL & WEERDMEESTER,

2004).

O indicado é que o punho fique alinhado com o antebraço no uso de ferramentas manuais,

portanto não existem métodos de avaliação de risco que podem atender completamente todos

os critérios, apesar disso, alguns deles se apresentam mais completos em sua formulação,

tanto pelo número e tipo de determinantes do risco em questão quanto pela abordagem

metodológica (COLOMBINI, 2005)

HOPPENFELD (1999) relata que, a mão é a porção mais móvel do membro superior, ela é,

ao mesmo tempo, a menos protegida: visto ser extremamente vulnerável é grande a incidência

de lesões que a acometem. Considerando anormais para a freqüência com que o médico é

chamado para tratar da mão, seu exame deve ser apurado, devendo incluir uma pesquisa

metódica das patologias, quer intrínsecas, quer extrínsecas da mão. Portanto a movimentação

normal da mão se mostra suave e natural, com os dedos atuando de maneira sincrônica,

enquanto que os movimentos anormais parecem rígidos e descontinuados. Ocasionalmente,

movimentos anormais do ombro ou do cotovelo podem compensar a incapacidade da mão.

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Menegon ET AL (1998) relatam que as LER/DORT, deve-se estudar o trabalho do sujeito

enquanto representado de um grupo social, e não do individuo. Não se trata apenas de criticar

as diferentes abordagens, mas deve-se considerar que a compreensão da gênese e a atuação

sobre as LER/DORT, que tem sido objeto de diversas pesquisas na área da ergonomia,

requerem uma abordagem que utilize diversos métodos e que consiga contemplar diferentes

áreas, inclusive a análise postural, enquanto técnica que permite compreender os diferentes

gestos, assim a intervenção a origem da ergonomia aos esforços do homem em adaptar seu

trabalho as suas características e necessidades. Esta adaptação envolve, alem do ambiente

físico (máquinas, equipamentos), para alcançar os resultados esperados.

Couto (2000), afirma que: Os impactos para as organizações decorrentes das LER/DORT

(Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho),

atingem diversas áreas, tanto no que se refere à redução da produtividade, ao aumento dos

custos, aumento no absenteísmo médico, com comprometimento da capacidade produtiva das

áreas operacionais, menor qualidade de vida ao trabalhador.

Procurou-se identificar e discutir um número limitado de método de avaliação de risco

ergonômico. Os movimentos repetidos sem o tempo adequado de recuperação são

responsáveis pela inflamação e edema. Os sinais e sintomas musculoesqueléticos não são as

únicas conseqüências dos desequilíbrios vivenciados pelos trabalhadores. O trabalho

repetitivo pode estar na origem de alguns transtornos psíquicos ou vice-versa, de forma que

fatores biomecânicos e psicossociais interagem na formação e na evolução do fenômeno

musculoesqueléticos (SANTOS e FIALHO, 1997).

De acordo com Vidal (1995), muitas vezes o ergonomista é tentado a estabelecer relações

causais diretas, como por exemplo, relatando que determinadas posturas podem causar

determinadas disfunções. A construção de relações causais diretas é desaconselhada, já que

uma situação de trabalho constitui-se um sistema, ou seja, atuar um elemento significa agir

sobre a estrutura como um todo. Além disso, alertam para o fato de que nem sempre todos os

elementos causais são imediatamente identificáveis, sendo que muitos deles surgem no

decorrer de uma observação meticulosa e cuidadosa da atividade.

Para Gomes (1998), existem várias abordagens acerca da organização do trabalho, sendo uma

delas um conjunto de regras e normas que determinam a maneira de realizar a produção na

empresa, associada à mão-de-obra, máquinas, instrumentos e matérias-primas para efetivar o

processo produtivo. A mão-de-obra é um dos fatores presentes na organização do trabalho, e

como tal precisa ser estudada quando da sua contratação em uma nova empresa para que a

mesma mantenha uma solução de continuidade com a produção e desempenho existente.

A intervenção ergonômica surge como o controle desta relação, buscando a melhoria do

sistema de trabalho. Assim, pretende-se utilizar a abordagem ergonômica em uma Empresa de

Eletroeletrônicos, analisando a adaptação do ambiente físico (máquinas e equipamentos). Esta

análise pode ser realizada com a AET, que é um modelo metodológico que possibilita através

do ponto de vista da atividade, compreender e correlacionar os determinantes das situações de

trabalho com as suas consequências para os trabalhadores e para o sistema de produção,

estabelecer sugestões, alterações e recomendações de ajustes de processo, ajuste de produto,

postos de trabalho e ambiente de trabalho (FERREIRA e RIGHI, 2009).

Desta forma AET, permite a empresa compreender as dificuldades encontradas em um

determinado lugar e identificar os pontos que devem ser objeto das transformações dessas

situações de trabalho.

Existem postos de trabalho pelo qual a exigência do esforço torna-se visível, porém, para

checar se o posto é prejudicial à saúde devem-se aplicar ferramentas específicas para se obter

uma avaliação do nível de desconforto e movimentos que exijam esforços excessivos as

limitações humanas. O quadro de incidência das LER/DORT é bastante preocupante, exige

uma conscientização e sensibilização por parte de empresa, Ministério do Trabalho,

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sindicatos. Esta problemática demonstra a necessidade de priorização de ações que auxiliem

na compreensão da gênese e da prevenção da doença, cujo processo sofreu diversas

alterações, tais como a mudança de produção em linha para células, incorporação de novos

equipamentos, aumento da área das instalações, automação de determinados processo.

A ferramenta Moore e Garg um método de análise de risco de desenvolvimento de disfunções

músculo tendinosas em membros superiores, com principal objetivo de avaliar o risco de

lesões em punho e mãos, sendo a mais indicada para o posto escolhido para análise.

O objetivo geral é estudar de forma qualitativa as melhorias ergonômicas implantadas no

posto de trabalho de inserção de molas, já o especifico e estudar a realização do trabalho e

propor em novo formato as melhorias ergonômicas no posto de inserção de molas nas placas

de controle remoto.

Procedimentos Metodológicos

A partir dos levantamentos dos dados, procurou-se conhecer em cada proposta de avaliação

de risco ergonômico, as suas características quanto aos fatores qualitativos, fatores influentes,

previsão de efeitos, vantagens, limites e tipos de aplicação, considerando as questões de

problema músculo-esquelético, a análise dos fatores do trabalho que expõem o indivíduo ao

risco em determinadas populações (CHAFFIN, 2001).

Thiollent (1998) define a metodologia como uma disciplina que se relaciona com a

epistemologia ou AA filosofia da ciência, cujo objetivo é “analisar as características dos

diversos métodos disponíveis, avaliarem suas capacidades, potencialidades, limitações ou

distorções, e criticar seus disponíveis ou as implicações de sua utilização”. Ainda, conforme

explica o autor, além de estudar os métodos, a metodologia auxilia o pesquisar a se orientar

no processo de investigação, a escolher conceitos, hipóteses, técnicas e dados.

Para realização da coleta de dados para efetuar a análise, foi necessário a aplicação da AET’s,

que é uma intervenção no ambiente de trabalho, para estudo dos desdobramentos e

conseqüências físicas e psicofisiológicas, decorrentes da atividade humana no meio produtivo.

Consiste em compreender a situação de trabalho, confrontar com aptidões e limitação à

ergonomia, diagnosticar situações críticas a legislação oficial, estabelecer sugestões,

alterações e recomendações de ajustes de processo, ajustes de produto, posto de trabalho e

ambiente de trabalho. (FERREIRA E RIGHI, 2009).

O levantamento dos dados é obtido de diversas formas, como inspeção visual in loco, vídeos,

medições, registros fotográficos, instruções de trabalhos, diretrizes da empresa, levantamento

do modo de produção, dos meios de produção, entrevistas, dentre outros.

De acordo com a legislação brasileira na Norma Regulamentadora NR 17, para avaliar a

adaptação das condições de trabalho as características fisiológicas dos trabalhadores, cabe ao

empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho, devendo a mesma abordar, no

mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta NR. As condições de trabalho

incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga individual de materiais,

ao mobiliário, aos equipamentos, as condições ambientais do posto de trabalho, a área de

trabalho, e a própria organização do trabalho.

Os Métodos de Avaliação de Risco

Através da AET, foi constatado que as maiores queixas eram desconfortos nos punhos e

mãos, desta forma a ferramenta utilizada foi a de Moore e Garg, que é uma das ferramentas

mais utilizadas em análises de postos de trabalho, trata-se de um método de análise de risco

de desenvolvimento de disfunções músculo tendinosas em membros superiores. O nome

“oficial” por assim dizer é Satain Indez (ou índice de esforço) foi desenvolvido em 1995 por

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MOORE, J. S. e GARG, A.; com principal objetivo de avaliar o risco de lesões em punhos e

mãos. A ferramenta escolhida apresenta grande aceitação no meio acadêmico, empresarial e

judicial, quando se trata de demandas relacionadas à repetitividade, aplicação de forças e

posturas forçadas para extremidades distais de membro superior.

Quando tratamos de aplicação de forças, estamos diretamente ligados à capacidade de

contração e relaxamento muscular. A maior propriedade do músculo está justamente na sua

capacidade de contrair e distender-se, conseqüentemente gerando força. A estrutura músculo

esquelética de membros superiores, desperta grande interesse no ambiente industrial, visto

que estas estruturas não foram “programadas” para gerar grande volume de força por longos

períodos de maneira cíclica. Conclui-se neste ponto que os parâmetros repetitividade e força

são complexos e envolvem uma gama de fatores que podem contribuir para avaliações

precisas ou não de uma situação de trabalho

A posição do pulso, o tipo de pega e a velocidade de trabalho são considerados através de

seus efeitos sobre a força máxima.

Parâmetros de Análises de Método da Ferramenta Moore e Garg

FIE – Fator Intensidade do Esforço

A intensidade do esforço é uma estimação do esforço requerido para realizar a tarefa uma vez.

Trata-se de um parâmetro subjetivo de avaliação da quantidade de esforço realizado pelo

trabalhador na realização de uma tarefa. Um dos pontos a se analisar é a expressão facial.

FDE – Fator Duração do esforço

O percentual de duração do esforço se calcula medindo a duração do esforço durante um

período de observação dado, e dividindo-se esse tempo pelo tempo total e multiplicando por

100. Basicamente por quanto tempo um esforço é mantido.

FFE – Fator Frequência do Esforço

O fator freqüência do esforço nada mais é do que o número de esforços que ocorre durante um

período de observação. Deve-se observar que cada ação técnica é um esforço distinto; Quando

o esforço for estático considere a freqüência máxima.

FPMP – Fator Postura da Mão e Punho

A postura de mão e punho é uma estimativa da posição destas regiões corporais em relação à

posição neutra. Também se faz necessário o uso de filmagens para uma maior fidedignidade.

FRT – Fator Ritmo de Trabalho

O fator ritmo do trabalho é uma estimação do quão rápido a pessoa está trabalhando. Segundo

a classificação do método o ritmo pode variar desde muito lento a muito rápido.

FDT – Fator Duração do Trabalho

O fator duração do trabalho expressa, em horas, o tempo em que a pessoa fica exposta a

atividade de trabalho. Quantifica-se a jornada de trabalho.

O Cálculo

Inseridos todos os “fatores de multiplicação” procede-se ao cálculo, que nada mais é do que o

produto (multiplicação) de todos os fatores.

Os critérios de interpretação seguem os seguintes resultados: Trabalho seguro; duvidoso,

questionável; risco de lesão da extremidade distal do membro superior; e alto risco de lesão.

Análise Ergonômica do Posto de Trabalho

A situação constitui-se em uma Empresa de médio porte, fabricante de produtos

eletroeletrônicos, localizada na Cidade de Manaus/AM, Galpão tipo industrial, com estrutura

de concreto, tendo pé direito de 2,7m, com esquadria metálicas, luminárias fluorescentes,

ambiente climatizado, piso em korodur e forro em placas de isopor, cuja jornada de trabalho

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semanal é de 44 horas, em horário comercial, de segunda a quinta-feira de 07h15min às

17h15min e sexta-feira das 07h15min às 16h15minh, durante a jornada de trabalho ocorrem o

intervalo para o almoço com duração de 1 hora e duas pausas para descanso de 5 minutos

cada uma. A Empresa não dispõe de GL (Ginástica Laboral).

A intervenção tem como intuito de averiguar possíveis riscos provenientes de posturas

inadequadas e esforços excessivos relacionados às condições em que os trabalhadores

executam suas atividades.

Análise das Propostas de Métodos de Avaliação do Risco Ergonômico

O levantamento das condições foi feito com base na NR-17 do Ministério do Trabalho. Foram

realizadas coletas de dados através de visita ao local (posto de Inserção Manual de molas),

com isso, foi possível a realização de técnicas de observação direta, entrevistas dirigidas e

informais com os empregados. Acrescido a isso, foi também necessário o uso de ferramentas

específicas, como a Moore e Garg, para coletar informações a respeito do referido posto de

trabalho.

No setor de Inserção manual de molas, as atividades são realizadas com os colaboradores na

posição sentada, sendo que existe a possibilidade de realizar a tarefa em pé, o que segundo

Grandjean (1988), é altamente recomendável do ponto de vista ortopédico e fisiológico, pois a

postura prolongada pode provocar sérios riscos à saúde. Um ponto negativo são as condições

das cadeiras, as mesmas são inadequadas para os trabalhadores, pois, não possuem ajustes de

altura e encosto para apoio lombar, além de não possuírem alcochoamento, gerando

desconforto e dores aos colaboradores do referido posto de trabalho.

Posição de Trabalho Anterior (Inserção de Molas com uso de Ferramenta Manual)

Durante a execução da tarefa, o colaborador necessita abduzir levemente os braços, mantendo

os cotovelos flexionados, pinça pulpar e flexão de punho para inserção das molas.

A inserção de molas é feita em PCI’s (placas de circuito interno) de controle remoto (Fig. 1),

são cinco placas coladas que formam um blanck (conjunto de placas), após o término da

inserção de todos os componentes, as placas são desmembradas para montagem final do

produto.

Fonte: Edislândia Inácio

Figura 1 – PCI (Blanck)

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Em cada blanck são inseridas 10 molas, que tem a finalidade de manter a pilha sob pressão

dentro do controle montado, além de permitir caminho elétrico para a corrente e fazer o

produto funcionar. As molas são divididas em dois modelos, uma é positiva (Fig 2) e outra

negativa (Fig 3), havendo local específico para inserção de cada uma.

Fonte: Edislândia Inácio

Figura 2 - Molas Positivas

Fonte: Edislândia Inácio

Figura 3 - Molas negativas

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A ferramenta utilizada é um dispositivo similar a uma chave de fenda sem ponta (Fig 4)

Fonte: Edislândia Inácio

Figura 4 - Ferramentas de Inserção Manual

A meta de produção deste posto de trabalho é de 4 000 placas ao dia de segunda a quinta feira

e na sexta feira são 3 660. Segundo os colaboradores, os mesmos possuem liberdade para sair

do posto trabalho para necessidades pessoais, como ir ao banheiro e tomar água, ir ao

ambulatório acionando o backup (reserva). Além do posto não ser em esteira, as principais

queixas deste posto são desconforto nos punhos e mãos. O ritmo de trabalho é considerado de

lento a moderado, as horas extras são realizadas com freqüência em dias intercalados,

geralmente aos sábados, terças e as quintas após o expediente aproximadamente 2h.

Quanto à posição de trabalho, o colaborador realiza a atividade sentado, possui apoio para os

pés sem regulagem não permitindo apoio de forma adequada, a cadeira não apresenta

regulagem na altura e no encosto. Para realizar a inserção das molas, o colaborador necessita

abduzir levemente os braços, mantendo os cotovelos flexionados. Para realização da inserção

das molas ela realiza o movimento de pinça pulpar e flexão de punho. É obrigatório o uso dos

seguintes EPI´s: protetor auricular, bata antiestática, devido os colaboradores manusearem

componentes eletrônicos e terem a necessidade de evitar que a descarga eletrostática do seu

corpo entre em contato com o produto.

Após a aplicação da ferramenta (Moore e Garg), o cálculo obtido para considerações finais

resultou em 13,50, índice considerado como alto risco, na tabela de cores atinge a cor

vermelha, indicando o nível de gravidade do posto analisado.

Sugestões Para Melhorias Futuras

Após avaliação foi recomendados melhorias do posto de inserção de molas no controle

remoto, a elaboração de um Jig pneumático para inserção de molas; instalar apoio para os pés

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adequado com regulagem para melhorar apoio do colaborador; aquisição de nova cadeira

dentro dos padrões da NR -17 e rodízio.

Análises Após Melhorias Implantadas. O Resultado da intervenção foi significativo para que o setor de Engenharia estudasse o

desenvolvimento de algum equipamento pneumático que eliminasse a utilização da

ferramenta manual e minimizasse o esforço na inserção das molas nas placas.

A melhoria implantada trata-se de uma Prensa pneumática (fig.5) de acionamento bi-manual.

Fonte: Edislândia Inácio

Figura 5 - Prensa Pneumática

Equipamento que elimina a flexão de punho (fig.6) e esforço exercido na utilização da

ferramenta manual. Pois, as melhorias ergonômicas do posto de inserção de molas trazem

resultados bem como, não há mais o movimento de flexão de ponto, portanto eliminando o

risco citado anteriormente.

Fonte: Edislândia Inácio

Figura 6 - Inserção de Molas Pneumática

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Máquina de acionamento automático (Fig.7), considerando que com a utilização da prensa

pneumática, houve uma melhora significativamente com o principal objetivo de estabelecer

recomendações ergonômicas para inserção de molas

Fonte: Edislândia Inácio

Figura 7- Máquina de acionamento bi manual

Conclusão

A análise realizada no setor de inserção de mola nas placas de controle remoto houve o

interesse desta implantação de melhorias contínua na qualidade de vida dos trabalhadores, que

mostra através de métodos de avaliação as melhorias ergonômicas. Ao se propor um método

para avaliar as condições de trabalho não se pode esquecer que os modelos dependem muito

da organização a ser analisada. Desta forma, o que se propõem são princípios, pressupostos

básicos, através da utilização de ferramentas ergonômicas, para tentar adquirir um resultado

esperado, portanto, conclui-se que dos trabalhadores realizavam movimento repetitivo, e com

isso, estavam expostos a lesões musculoesqueléticas. Couto (2000), afirma que: “os impactos

para as organizações decorrentes das LER/DORT (lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios

Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), atingem diversas áreas, tanto no que à redução

da produtividade, ao aumento dos custos, aumento no absenteísmo médico, com

comprometimento da capacidade das áreas operacionais, menor qualidade de vida do

trabalhador. Wisner (1991) comenta que há uma multiplicidade de metodologias disponíveis

aos ergonomistas. Para o autor, a escolha de cada abordagem depende das características

presentes em cada situação a ser analisada, da natureza do problema proposto, bem como dos

prazos e recursos utilizáveis e da situação prática industrial. O autor lamenta a existência de

profissionais da área que preconizam algumas abordagens específicas, pois para ele, as

diferentes da área que preconizam algumas abordagens específicas, pois para ele, as diferentes

metodologias devem ser complementares, de forma a enriquecer o trabalho do ergonomista.

Como todas as ferramentas ergonômicas o Strain Index (Moore e Garg) não deve ser utilizado

como ferramenta de diagnóstico e sim de auxílio no diagnóstico. Um relatório bem detalhado

de uma atividade de trabalho analisada deve conter explanações sobre os dados observados,

características de trabalho que levam a ocorrência de tal achado e particularidades de cada

posto de trabalho. Se bem utilizada, o critério de Moore e Garg permite uma quantificação do

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risco em membros superiores por sobrecarga funcional, permite simulações de melhoria no

posto de trabalho e adequação do posto de trabalho perante órgãos fiscalizadores. Além das

posturas inadequadas assumidas pelas condições do ambiente e/ ou posto de trabalho

contribuir para incidência de afecções posturais. Sabe-se que quanto mais força, maior será a

probabilidade do trabalhador desenvolver uma lesão por trauma cumulativo. O esforço

também tem certo impacto na produtividade devido o desgaste físico proporcionado no

desenvolvimento da atividade, posturas incorretas dos membros superiores ocasionam desde o

impacto de estruturas duras contra estruturas moles, caso do ombro, fadiga por contração

muscular estática, como no pescoço, e até mesmo compressão de nervos, como no caso do

punho, posturas freqüente adotado por membros superiores como ex: FLEXÃO, EXTENSÃO

do punho e desvio lateral da mão, acontece uma compressão do túnel do carpo, especialmente

importantes são as formas de compressão mecânica da base das mãos, local onde passa o

nervo media.Para a empresa em eletroeletrônico, têm certos custos onerosos para implantação

de um programa eficaz para adequar as medidas ergonômicas dentro dos limites aceitáveis

pela NR – 17. Onde se mostrou interessada em adotar medidas corretivas para favorecer as

condições de saúde e a integridade física de seus trabalhadores.

Page 12: Estudo de caso de avaliação qualitativa das melhorias …€¦ · Estudo de caso de avaliação qualitativa das melhorias ergonômicas implantadas no posto de trabalho de inserção

Referências IIDA, Itiro, Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blucher, 2000.

GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: Adaptando o trabalho do homem. Porto Alegre: Bookman,

1998.

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