ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIVaplicacoes.araucaria.pr.gov.br/grp/uploads/EIV/... · Fica determinada a obrigatoriedade da apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança

Av. Dr. Victor do Amaral, 774 - sala 104 – Centro - Araucária – Pr Fone: (41) 3031-7176

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV

CONDOMÍNIO ACQUA PARK – ARAUCÁRIA - PR

ARAUCÁRIA, 2015


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SUMÁRIO

SUMÁRIO........................................................................................................................ 2

LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... 3

1. INFORMAÇÕES GERAIS ........................................................................................... 4

1.1. Identificação do empreendedor ............................................................................ 4

1.2. Identificação da Obra ............................................................................................ 4

1.3. Responsáveis técnicos pela elaboração - Estudo Impacto de Vizinhança (EIV) .. 4

2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .......................................................... 6

3.1 Descrição do empreendimento .............................................................................. 6

4. ENQUADRAMENTO LEGAL QUANTO AO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ........... 13

5. DIAGNÓSTICO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ........................................................ 14

5.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ............................................... 14

5.2. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ANTRÓPICO .................................................... 18

6. IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO ...................................................................... 23

6.1 Impactos no período de operação do empreendimento ...................................... 23

6.1.1 Geração de Tráfego ...................................................................................... 23

6.1.2 Supressão da via........................................................................................... 28

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 32

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 34

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização das áreas .................................................................................... 7

Figura 2 – Localização do empreendimento no município .............................................. 8

Figura 3 – Principais acessos ao empreendimento ......................................................... 9

Figura 4 – Vista das Ruas Yoshiaki Nagano e Gavião, respectivamente. ..................... 10

Figura 5 - Rua Yoshiaki Nagano em frente ao empreendimento e vista do terreno,

respectivamente. ........................................................................................................... 10

Figura 6 - Planta baixa .................................................................................................. 11

Figura 7: Localização da empresa no zoneamento urbano do Município de Araucária 13

Figura 8: Delimitação da Área Diretamente Afetada (ADA) .......................................... 15

Figura 9 – Delimitação da Área de Influência Direta (AID). ........................................... 16


3

Figura 10 – Delimitação da Área de Influência Indireta (AII). ........................................ 17

Figura 11 - Sistema Viário na AID ................................................................................. 18

Figura 12 - Diretrizes viárias na AID. ............................................................................. 19

Figura 13 - Vista do cruzamento das Ruas Yoshiaki Nagano e Gavião. ....................... 20

Figura 14 - Ponto de pesquisa de contagem de tráfego. ............................................... 21

Figura 15 - Ponto 01 - Rua Yoshiaki Nagano x Rua Gavião. ........................................ 22

Figura 16 - Movimentos do ponto de pesquisa.............................................................. 25

Figura 18 - Fluxo total acumulado por hora dias úteis. .................................................. 27

Figura 19 – Obstáculos para a consolidação das Ruas Perdiz, Pintasilgo e Curuiva. .. 29

Figura 20 – Deslocamentos a pé até o ponto de ônibus mais próximo. ........................ 30

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo das áreas ........................................................................................ 6

Tabela 2: Parâmetros construtivos para a Zona Residencial ........................................ 14

Tabela 3 - Fluxo total por 15 minutos - dias úteis. ......................................................... 26

Tabela 4 - Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 001. ................................. 26

Tabela 5 - Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis. .................... 27

Tabela 6 - Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis. .................... 28


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1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1. Identificação do empreendedor

Razão social: Residencial Acqua Park Ltda

Endereço: Rua Yoshiaki Nagano, S/N – Bairro: Capela Velha

CEP: 83706 – 750 - Araucária/PR

1.2. Identificação da Obra

Razão social: Residencial Acqua Park Ltda

Endereço: Rua Yoshiaki Nagano, S/N – Bairro: Capela Velha

CEP: 83706 – 750 - Araucária/PR

1.3. Responsáveis técnicos pela elaboração - Estudo Impacto de Vizinhança (EIV)

Responsável Técnico: Edineia Rzescutko CAU A41773-4 Email: [email protected]

Anexo 1 – RRT Nº 3964444

Responsável Técnico: Marielen Ferri CAU 158076-0 Email: [email protected]

Anexo 1 – RRT Nº 3964792

Equipe de Apoio

Naomy Endo M. Paes CAU A97575-3

Luciane Carraro CAU A65327-6


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2. INTRODUÇÃO

O Estatuto da Cidade, Lei Federal n° 10.257/2001, no intuito de fazer cumprir a

função social da cidade e da propriedade, estabelece um conjunto de instrumentos

urbanísticos, entre os quais destacamos o Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV.

Este instrumento deve ser aplicado conforme regulamentação municipal. Para o

município de Araucária, de acordo com a Lei Complementar Municipal n° 005/2006 –

Lei do Plano Diretor, o EIV é um instrumento de ação de planejamento da política

municipal, condicionando a aprovação de empreendimentos à apresentação e

aceitação do estudo.

Fica determinada a obrigatoriedade da apresentação de Estudo de Impacto de

Vizinhança (EIV), por parte do empreendedor à administração municipal, de acordo

com o disposto no Estatuto da Cidade e nos artigos 125 a 131 da Lei do Plano Diretor

de Araucária, para a implantação de edificações. Sendo assim, empreendimentos

habitacionais com área do lote igual ou superior a 20.000m² (vinte mil metros

quadrados) ou que possuírem 50 (cinquenta) unidades habitacionais ou mais exigem a

aprovação do EIV para a emissão do Alvará de Construção, conforme artigo 11 da lei

2.765/2014.

O EIV deve ser executado de forma a contemplar os efeitos positivos e

negativos do empreendimento/atividade quanto à qualidade de vida da população

residente e/ou usuária e nas demais atividades exercidas nas áreas de influência do

mesmo.

Considerando que artigo 17 da Lei no 2.161/2010 (Lei de Sistema Viário)

estabelece que na zona urbana, as vias guardarão, entre si, considerados os

alinhamentos mais próximos, uma distância não inferior a 40m (quarenta metros), nem

superior a 250m (duzentos e cinqüenta metros), o presente estudo tem como objetivo

principal atender ao parágrafo único do mesmo artigo que estabelece que habitações

coletivas poderão ser aprovados com vias em distâncias maiores que a prevista no

caput, desde que seja elaborado Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV. Dessa forma,

este estudo busca justificar o não prolongamento da Rua Pintasilgo.


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3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1 Descrição do empreendimento

O objeto do presente estudo é um empreendimento habitacional, em forma de

condomínio residencial horizontal, composto por 62 unidades autônomas com área

privativa de 39,12 m², implantadas em um terreno com área de 15.360,57 m², no bairro

do Capela Velha.

A área encontra-se praticamente ocupada com plantação, não havendo

nenhuma vegetação de importância ambiental significativa.

Do ponto de vista urbanístico, o empreendimento está inserido no zoneamento

estabelecido como Zona Residencial (Lei Municipal nº 2160/2010) e atende aos

parâmetros urbanísticos estabelecidos para tal.

Com relação a sua implantação, o empreendimento contará com 62 habitações

unifamiliares térreas e aproximadamente 185 moradores. Esse número foi estimado em

função da média de habitantes por domicílio de Araucária de 2,97 em 2010 (IPARDES,

2013). Além das moradias, haverá área comum de recreação descoberta, guarita,

estacionamento para visitantes, área verde e área institucional, em função da

obrigatoriedade da doação de 8% da área útil do terreno ao município para conjuntos

habitacionais (Lei no 2.765/2014). A Figura 1 apresenta a implantação de cada uma

dessas áreas. A Tabela 1 apresenta o resumo das áreas do empreendimento.

Tabela 1 – Resumo das áreas

Edificações Área (m²)

1 Áreas privativas 3.844,60

1.1 Habitação (62 unidades) - projeção 3.141,52

1.2 Área de jardim (62 unidades) 703,08

2 Áreas comuns 11.515,97

2.1 Guarita 13,00

2.2 Área Institucional a ser doada a PMA 1.325,09

2.3 Área verde 944,77

2.4 Área de recreação 435,81

2.5 Área de acesso/calçada 8.722,30

2.6 Estacionamento para visitantes 75,00

ÁREA TOTAL 15.360,57


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Figura 1 – Localização das áreas


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3.2 Localização e acessos

O empreendimento está situado em área urbana do Município de Araucária,

Região Metropolitana de Curitiba, capital do Estado do Paraná, Brasil, conforme

demonstra a Figura 2. Está inserido na porção norte do município, a noroeste na sede

urbana, no bairro Capela Velha, divisa com os bairros São Miguel, Chapada, Estação e

Passaúna.

Figura 2 – Localização do empreendimento no município


9

O endereço do empreendimento é Rua Yoshiaki Nagano, s/n, Lote “6A”, no

Bairro Capela Velha do município de Araucária/PR.

Em análise da inserção do empreendimento na área urbana de Araucária,

podemos destacar que ele está inserido numa região de intenso crescimento

populacional, tanto regular como irregular, no qual a demanda habitacional é muito

forte, demonstrado pela pressão populacional nas áreas de fragilidade ambiental.

O acesso direto ao empreendimento se dá pela Rua Rua Yoshiaki Nagano. Esta

pode ser acessada pela região norte ou sul da cidade. Para acesso ao

empreendimento pela porção norte da cidade, as vias de trânsito a partir da Avenida

das Araucárias serão: Rua Jorge Tieto Iwasa, Rua Tanagará, Rua Anacã, Av. Avestruz,

Rua Gavião, Rua Yoshiaki Nagano. Pela região sul o acesso pode ser feito por várias

rotas, sendo:

PR 423, Rua Cesário Furman, Av. dos Pinheirais, Rua Azulão e Rua

Yoshiaki Nagano;

Av das Cerejeiras (de quem vem do centro), Rua Gavião e Rua Yoshiaki

Nagano;

Av. dos Pinheirais, podendo acessar a Av. das Cerejeiras ou a Rua

Azulão. A Figura 3 ilustra os acessos pelo norte e sul do município.

Figura 3 – Principais acessos ao empreendimento


10

As vias de acesso ao empreendimento podem ser ilustradas nas Figuras 5 e 6.

O endereço do empreendimento é Rua Yoshiaki Nagano, s/n, Lote “6A”, no Bairro

Capela Velha do município de Araucária/PR.

Figura 4 – Vista das Ruas Yoshiaki Nagano e Gavião, respectivamente.

Figura 5 - Rua Yoshiaki Nagano em frente ao empreendimento e vista do terreno, respectivamente.


11

3.3 Características gerais das edificações

O projeto arquitetônico do empreendimento foi adequado ao local, primando pelo

conforto ambiental (insolação e ventilação). Terá área total construída de 2.438,44 m².

O terreno onde está implantada o empreendimento possui uma área total de

15.360,57 m², lote sob matrícula n° 44.667 da Comarca de Araucária. Como será

doada área institucional, a área de terreno do conjunto residencial será de 14.035,48

m².

As moradias terão área construída de 39,12 m², sendo a área do sub lote

variável entre 149,50 m² a 153,99 m². Serão construídas de estrutura em alvenaria

convencional em blocos cerâmicos de vedação, sistema amplamente utilizado na

construção civil brasileira. As esquadrias serão de alumínio e as portas de madeira. A

cobertura contará com telhado de estrutura em madeira com telhas cerâmicas. A planta

baixa das edificações está apresentada na Figura 6.

Figura 6 - Planta baixa


12

As habitações do empreendimento possuem uma organização padrão de planta,

que é composta de sala de estar, cozinha e jantar integrados, área de serviço externa,

dois dormitórios e banheiro.

Cada edificação possui espaço para vaga de estacionamento descoberta,

somando 62 vagas para veículos. Aos fundos do terreno existem 6 vagas de

estacionamento para visitantes.

A área de recreação contará com 435,81 m², localizada na porção sul do terreno.


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4. ENQUADRAMENTO LEGAL QUANTO AO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Como já foi verificado nos itens anteriores, o empreendimento localiza-se na

área urbana do Município de Araucária, de acordo com a Lei Municipal n° 2.163/2010 e

alterações de 2014.

Quanto ao Zoneamento de uso e Ocupação do Solo Urbano, Lei Municipal n°

2.160/2010 e alterações de 2014, o empreendimento está inserido na zona ZR – Zona

Residencial.

Figura 7: Localização da empresa no zoneamento urbano do Município de Araucária


14

O empreendimento está enquadrado na zona Residencial quanto ao uso

(conjunto habitacional horizontal) e quanto à ocupação (parâmetros construtivos),

conforme Tabela 2.

Tabela 2: Parâmetros construtivos para a Zona Residencial

Fonte: Lei n° 2.160/2010 e alterações, Município de Araucária.

O empreendimento também atende aos critérios estabelecidos pela Lei

2.765/14. Essa lei estabelece, entre outros critérios, que entre dois ou mais conjuntos

habitacionais vizinhos, o Município poderá exigir a abertura de uma via de circulação,

considerando a necessidade de ampliação do sistema viário municipal, a critério dos

órgãos municipais de urbanismo e planejamento (artigo 15).

A lei 2.765/14 permite a constituição de conjuntos habitacionais com limite

máximo de 260 unidades habitacionais. Logo, permite-se que possa haver condomínios

com 260 unidades habitacionais dentro de um mesmo perímetro, sem a necessidade

de aberturas de vias. Entretanto, caso haja diretrizes viárias estabelecidas pelo Plano

Diretor ou pelo Plano de Mobilidade Urbana que cortem o conjunto habitacional, as

mesmas devem ser respeitadas (artigo 22). No caso em estudo, não existem diretrizes

viárias estabelecidas por lei que passam sobre o terreno.

5. DIAGNÓSTICO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

5.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

Usualmente, a área de influência é delimitada em três âmbitos – Área de

Influência Indireta (AII), Área de Influência Direta (AID) e Área Diretamente Afetada

(ADA). Pode-se dizer que a área de influência direta é aquela que sofre os impactos

diretos da implantação do empreendimento. Normalmente, esta área é a mais próxima

do empreendimento. Com relação à área de influência indireta, é aquela que sofre as

consequências indiretas da instalação do empreendimento.

A Área Diretamente Afetada (ADA) se refere à área onde o empreendimento

está implantado, ou seja, no interior do lote/terreno, que possui 15.360,57 m² de área

total, sendo 1.325,09 m² de área de doação e 14.035,48 m² de área útil.


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Figura 8: Delimitação da Área Diretamente Afetada (ADA)

A Área de Influência Direta (AID) é constituída pelas áreas do entorno imediato

da ADA assim como as vias de acesso, ou trecho delas, que são utilizadas pelos

moradores. Ela foi dimensionada através de critérios sociais, ambientais e urbanísticos,

tendo maior atenção às residências que defrontam as principais vias de acesso ao

empreendimento. Assim, para o projeto em questão, entende-se como Área de

Influência Direta, a área a qual envolve as principais vias de acesso do

empreendimento (Rua Yoshiaki Nagano e Rua Gavião), área esta que poderá estar

suscetível a impactos, sejam estes benéficos ou adversos.


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Figura 9 – Delimitação da Área de Influência Direta (AID).

A Área de Influência Indireta (AII) abrange o território que é afetado pelo

empreendimento, mas no qual os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento

são considerados menos significativos do que nos territórios das outras duas áreas de

influência (ADA e a AID).

Para o presente estudo, a AII a ser considerada engloba a AID e as vias que

constituem as rotas de automóveis dos moradores até as Avenidas das Araucárias e

Pinheirais.


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Figura 10 – Delimitação da Área de Influência Indireta (AII).

A via a ser suprimida não representa um impacto na áreas de influência indireta

(AII). Isso porque ela não representa uma via de ligação entre partes da cidade, função

esta desempenhada pela Rua Yoshiaki Nagano. Futuramente, com a consolidação do

sistema viário na região, esta função também poderá ser desempenha pela Rua

Codorna, que tem condições de ligar partes da cidade. A via a ser suprimido representa

uma via local de acesso que não tem função de estruturar a região, conforme será

explicado na sequência.


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5.2. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ANTRÓPICO

5.2.1 Sistema Viário

O sistema viário de Araucária é regulado pela Lei Municipal n°2.161/2010, que

tem por finalidade promover a mobilidade regional e municipal, ou seja, os

deslocamentos entre o município e os demais integrantes da RMC, além das ligações

internas ao território municipal.

De acordo com a Lei do Sistema Viário, é possível identificar na AID do

empreendimento vias “arterial”, “coletora” e “perimetral”, conforme Figura 11. A

primeira, caracterizada como uma importante via de ligação interna do bairro, e está

representada pela Avenida Avestruz, passando rente a AID no sentido nordeste-

sudoeste. Já a classificação “via coletora”, que distribuem o tráfego local, foi

identificada na Rua Gavião.

Figura 11 - Sistema Viário na AID


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Quanto a ADA, observa-se que a mesma é atendida diretamente pela Rua

Yoshiaki Nagano, classificada como local pela legislação municipal. Assim destaca-se

a facilidade de acesso ao empreendimento, uma vez que esta via liga a Avenida dos

Pinheirais com a Rua Gavião, distribuindo desta forma o fluxo interno da região. As

demais vias englobadas pela AID são classificadas como vias locais que são as vias

responsáveis, prioritariamente, pelo acesso às atividades urbanas lindeiras e pela

condução de veículos em pequenos percursos.

Além disso, a guia amarela emitida na data de 13/08/15 apresenta uma relação

de diretrizes viárias, ou seja, vias que ainda não estão abertas e consolidadas, mas

que o município pretende abrir, pois considera essenciais na garantia da fluidez na

região. A Figura 12 reproduz as diretrizes viárias na AID.

Figura 12 - Diretrizes viárias na AID.


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5.2.2 Estudo de Tráfego

O estudo de tráfego elaborado compreende as análises referentes ao impacto

gerado pela operação do empreendimento a partir do cálculo estimado da demanda

futura, considerando a capacidade máxima do empreendimento e as vias Yoshiaki

Nagano e Codorna em distância maior que a prevista no artigo 17 da Lei no 2.161/2010

(aproximada de 300 metros entre as vias), atendendo ao disposto no parágrafo único

do mesmo artigo.

As projeções verificadas foram contrapostas à capacidade da infraestrutura

viária atual, verificada através de dados históricos e levantamentos in loco, para

verificar que então pudessem ser propostas adequações que minimizarão a influência

do empreendimento na estrutura viária da AID. Neste contexto, o presente item se

limitará a descrever as análises realizadas na área, com a finalidade de caracterizar o

tráfego do entorno imediato da ADA.

Considerando o que foi exposto, foi identificada e analisada a intersecção viária

da Rua Yoshiaki Nagano x Rua Gavião (Figura 14) quanto à qualidade de operação,

cuja localização pode ser verificada na Figura 13:

Figura 13 - Vista do cruzamento das Ruas Yoshiaki Nagano e Gavião.

Esta interseção é a mais significativa para análise, considerando a influência do

empreendimento previsto, tendo em vista que ela é a mais carregada do entorno e o

tráfego gerado pelo empreendimento será essencialmente conduzido para a mesma,


21

sendo pouco expressivos os impactos fora da AID. A interseção P01 é controlada por

sinalização vertical de preferencial.

Figura 14 - Ponto de pesquisa de contagem de tráfego.

Para que fosse possível identificar o comportamento da demanda, ou seja, sua

variação durante o dia e reconhecimento do período de pico (faixa de uma hora que

concentram os maiores volumes de veículos) foram realizadas pesquisas de campo

que seguiram parâmetros estabelecidos pelo Manual de Estudos de Tráfego do DNIT,

de 2006. Desta forma, os dados foram coletados, através de contagens dos volumes

de todos os fluxos existentes no cruzamento em períodos de 15 minutos, no dia

16/09/15 (quarta feira), entre 7h00min e 8h00min, entre 12h00min e 13h00min, entre

15h00min e 16h00min e entre 18h00min e 19h00min.


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Os possíveis movimentos considerados no cruzamento das Ruas Gavião e

Yoshiaki Nagano foram determinados conforme mostrado na Figura 15. A partir desses

movimentos foram realizadas as contagens.

Figura 15 - Ponto 01 - Rua Yoshiaki Nagano x Rua Gavião.


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6. IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO

Qualquer atividade que o homem exerça no meio ambiente causará um impacto

ambiental. Novos empreendimentos em sua fase de construção e operação geram

impactos sobre os meios físico, biológico e socioeconômico, que podem ser positivos

ou negativos, que provocam alterações no meio em função da natureza, porte e

atividades a serem realizadas. Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de

1986, impacto ambiental é definido como "qualquer alteração das propriedades físicas,

químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou

energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a

saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a

biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos

ambientais”.

Os impactos positivos sobre o meio devem ser potencializados, de forma a

trazer benefícios ao empreendimento e as áreas de influência. Os impactos negativos,

entretanto, devem ser minimizados por meio de medidas mitigadoras que visem

eliminar ou diminuir os impactos nocivos ao meio. Nos casos de impactos de difícil

reversão, deve-se adotar medidas de minimização acompanhadas por programas de

monitoramento de forma a reduzir os efeitos nas áreas de influência.

Este capítulo apresenta os possíveis impactos urbanos identificados na

implantação do empreendimento em função da não abertura da Rua Pintasilgo,

resultando em vias com distância superiores a 250 metros.

6.1 Impactos no período de operação do empreendimento

Neste item, são contemplados os impactos sobre o sistema viário e a circulação

decorrentes do funcionamento do empreendimento.

6.1.1 Geração de Tráfego

Os polos geradores de tráfego são empreendimentos de grande porte que atraem

ou produzem grande número de viagens, causando reflexos negativos na circulação

viária em seu entorno imediato e, em certos casos, prejudicando a acessibilidade de

toda a região, além de agravar as condições de segurança de veículos e pedestres.

Alguns municípios possuem parâmetros para o enquadramento de empreendimentos

http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html

http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html


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de vulto como polos geradores de tráfego, estejam eles situados em áreas urbanas ou

às margens de rodovias. Como o município de Araucária não possui regulamentação a

respeito, será adotado a definição da legislação de Curitiba que define polo gerador de

tráfego todo empreendimento que apresenta uma área de construção igual ou superior

a 5.000 m². Dessa forma, o empreendimento não será considerado como polo gerador

de tráfego.

Para o empreendimento, a população estimada será de 185 habitantes (62

unidades x 2,97 habitantes/domicílio - IPARDES, 2013). Dessa forma, considerando a

média de 2,69 habitantes/automóveis para o município de Araucária (DENATRAN,

2013), o empreendimento irá incrementar na região 69 automóveis. Esse incremento

de veículos individuais será absorvido pelo sistema viário existente. Dado o perfil dos

moradores da região, muitos moradores poderão utilizar-se de outros meios de

transporte para realizar seus deslocamentos como transporte coletivo público e

bicicleta.

A Contagem Volumétrica visa determinar a quantidade, o sentido e a composição

do fluxo de veículos que passam por um ou vários pontos selecionados do sistema

viário, numa determinada unidade de tempo. Com estes dados é possível analisar a

capacidade da via quanto a congestionamentos indicando ponto para projetos de

dimensionamento viário considerando a canalização de tráfego entre outras opções.

Os fluxos relacionados a cada movimento estão dispostos em tabelas com

intervalos de 15 minutos, para facilitar o entendimento e a obtenção de dados

posteriores. A Figura 16 apresenta os movimentos capturados nas pesquisas de

campo de acordo com a codificação utilizada nas bibliografias da área.

A capacidade de uma via é definida em termos do fluxo máximo que pode

acomodar nas condições em que ela se apresenta. O valor do fluxo máximo é difícil de

determinar, já que, por maior que seja o fluxo observado, não se pode ter certeza de

que um valor um pouco maior não possa ser acomodado na via.


25

Figura 16 - Movimentos do ponto de pesquisa

Os fluxos totais estão indicados na figura como T1 a T4 com sentido de entrada e

saída do cruzamento. Na Tabela 3 as entradas estão representadas com a letra “E”

seguida do número do total que representa e saídas estão representadas pela letra “S”

seguida também do número do total que representa.

Adotou-se como critério segundo Manual de Estudos de Tráfego (2006) para a

classificação qualitativa da via o seguinte critério:

a) Para as Vias Locais: 600 veic / h / faixa = folgado

850 veic / h / faixa = adequado

1000 veic / h / faixa no limite da capacidade.


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A Tabela 3 e 4 apresenta os resultados das contagens de tráfegos realizadas nos

horários de 7:00-8:00, 12:00-13:00, 15:00-16:00 e 18:00-19:00.

Tabela 3 - Fluxo total por 15 minutos - dias úteis.

Código do ponto: 001

Descrição: Rua Yoshiaki Nagano x Rua Gavião

Dia da semana: Dias úteis

Faixa Horária Fluxos Totais de Entrada Fluxos Totais de Saída

T1 - Entrada

T2 - Entrada

T3 - Entrada

T4 - Entrada

Total Entrada

T1 - Saída

T2 - Saída

T3 - Saída

T4 - Saída

Total Saída

7:00 - 7:15 19 32 2 7 60 33 15 4 8 60

7:15 - 7:30 31 35 0 15 81 12 18 2 18 50

7:30 - 7:45 24 27 2 7 60 30 24 1 13 68

7:45 - 8:00 10 21 1 15 47 29 6 3 9 47

12:00 - 12:15 18 24 3 11 56 18 15 2 9 44

12:15 - 12:30 17 21 4 12 54 25 13 2 14 54

12:30 - 12:45 20 24 5 11 60 27 15 3 15 60

12:45 - 13:00 18 25 5 13 61 27 14 3 18 62

15:00 - 15:15 21 14 2 9 46 16 23 3 11 53

15:15 - 15:30 26 17 1 9 53 21 20 4 8 53

15:30 - 15:45 30 23 3 13 69 29 26 2 12 69

15:45 - 16:00 20 22 2 14 58 29 14 2 13 58

18:00 - 18:15 33 21 4 22 80 30 25 6 19 80

18:15 - 18:30 37 18 6 15 76 22 33 3 18 76

18:30 - 18:45 32 20 7 20 79 29 29 3 18 79

18:45 - 19:00 46 21 2 18 87 31 32 6 23 92

Tabela 4 - Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 001.

Código do ponto: 001

Descrição: Rua Yoshiaki Nagano x Rua Gavião

Dia da semana: Dias úteis

Faixa Horária Fluxos Totais de Entrada Fluxos Totais de Saída

E1 E2 E3 E4 S1 S2 S3 S4

7:00 - 8:00 84 115 5 44 104 63 10 48

12:00 - 13:00 73 94 17 47 97 57 10 56

15:00 - 16:00 97 76 8 45 95 83 11 44

18:00 - 19:00 148 80 19 75 82 119 18 78


27

Figura 17 - Fluxo total acumulado por hora dias úteis.

Os dados da pesquisa por movimento a cada 15 minutos em dias úteis estão

apresentados nas Tabelas 4 e 5.

Tabela 5 - Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis.

7:00-7:15

7:15-7:30

7:30-7:45

7:45-8:00

12:00-12:15

12:15-12:30

12:30-12:45

12:00 - 13:00

Movimento 01 13 16 15 5 11 10 11 10

Movimento 02 29 31 23 16 18 16 19 17

Movimento 03 3 14 8 3 6 6 7 7

Movimento 04 3 4 4 5 6 5 5 7

Movimento 05 3 1 1 2 1 1 2 1

Movimento 06 0 0 0 0 0 0 0 1

Movimento 07 2 0 1 1 3 3 3 4

Movimento 08 1 1 0 1 1 1 1 1

Movimento 09 4 12 7 13 6 8 7 10

Movimento 10 2 2 8 1 4 3 3 3

Movimento 11 0 0 0 0 0 1 1 0

Movimento 12 0 0 1 0 0 0 1 1

Total 60 81 68 47 56 54 60 62

TOTAL 256 232


28

Tabela 6 - Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis.

15:00 - 15:15

15:15-15:30

15:30-15:45

15:45-16:00

17:00-17:15

17:15-17:30

17:30-17:45

17:45-18:00

Movimento 01 16 18 21 11 20 27 22 28

Movimento 02 9 15 19 18 16 15 16 20

Movimento 03 4 6 7 7 11 10 10 16

Movimento 04 5 2 4 4 5 3 4 5

Movimento 05 1 2 2 2 2 0 0 2

Movimento 06 0 0 0 0 0 0 0 1

Movimento 07 0 0 1 2 3 5 4 2

Movimento 08 2 2 0 0 4 3 3 3

Movimento 09 5 5 8 11 13 6 10 11

Movimento 10 7 2 5 3 5 6 7 4

Movimento 11 2 1 2 0 1 1 3 0

Movimento 12 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 51 53 69 58 80 76 79 92

TOTAL 231 327

Verifica-se a partir da contagem de tráfego que o fluxo de veículos que transitam

na Rua Yoshiaki Nagano é muito baixo quando comparado as outras vias. Isso se deve

ao fato desta via possuir poucos empreendimentos residenciais e comerciais, sendo

atualmente utilizada como via de ligação do Jardim Condor com o Jardim das

Américas/ Jardim Industrial II/ Jardim Panamericano. Considerando a pior situação (18

as 19 hrs) a quantidade de veículos/hora/faixa está na ordem de 19 veículos,

considerado folgado. Já a rua Gavião apresenta na pior das situações uma quantidade

de veículos/hora/faixa está na ordem de 148 veículos, considerado adequado. Dessa

forma, mesmo com a implantação do empreendimento a capacidade da via não será

comprometida.

6.1.2 Supressão da via

O conjunto de vias públicas que assumem a função de ligação entre as diferentes

partes da região deve ser pensado para atender adequadamente a distribuição

espacial e a articulação dos espaços abertos e das centralidades. No caso das vias da

AID, especificamente a Rua Pintasilgo, não possui esta função, considerando que a

mesma possui extensão com menos de 250 metros implantada, caracterizada por

interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas


29

restritas. Esta tem como característica não possuir nenhum tipo de ligação, sendo

usadas apenas por veículos restritos para acesso aos moradores.

Ao avaliar a possibilidade de extensão desta via, de forma a definir futuras

conexões entre as regiões, entendemos que o seu prolongamento não irá garantir uma

via de conexão entre as partes. Isso porque não há a possibilidade de extensão desta

via na direção sodoeste-nordeste, pois atualmente já existe um condomínio edificado e

após o mesmo há uma ocupação irregular denominada “Arco Íris. Na direção nordeste-

sodoeste” também existem obstáculos, neste caso o empreendimento “Araucária

Acqua Park” e um remanescente florestal formado pela espécie “Araucaria angustifólia”

chamada popularmente como Araucária, que dificulta a extensão destas vias como

ligação com o Jardim Condor. A Figura 18 apresenta a localização dos obstáculos.

Figura 18 – Obstáculos para a consolidação da Rua Pintasilgo.


30

Nesse sentido, para obter um sistema viário funcional é necessário determinar o

traçado das vias futuras como eixo de conexão entre as partes, além de serem

propostas novas concepções de circulação para as vias da AID. Com as diretrizes já

propostas pelo município, a circulação viária na região será adequada assim como a

valorização do espaço do pedestre e do transporte coletivo.

Do ponto de vista do pedestre, para a análise de acessibilidade dos passageiros

ao sistema de transporte coletivo foram adotados padrões descritos no PlanMob -

Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana (Ministérios

das Cidades, 2007) onde o passageiro deve se deslocar no máximo a 500m de

distância para acessar o transporte coletivo. Dessa forma, considerando o grau de

urbanização e a concentração de pessoas da região de estudo, verifica-se que o não

prolongamento da via manterá a distância média dos moradores até o ponto de ônibus

mais próximo abaixo deste valor. A Figura 19 apresenta a localização dos pontos de

ônibus. Considerando os moradores da Rua Pintasilgo, a figura apresenta as distâncias

médias para as linhas que transitam na região. Neste caso, a distância ainda continua

adequada a escala do pedestre.

Figura 19 – Deslocamentos a pé até o ponto de ônibus mais próximo.


31

Diante disto, foram observadas que do ponto de vista do pedestre a acessibilidade

não será melhorada em virtude da abertura do prolongamento de umas das três vias

em estudo.

O município na concepção das suas diretrizes viárias está propondo a construção

de uma malha viária complementar à Rua Yoshiaki Nagano, visando atender futuros

deslocamentos gerados pelo crescimento populacional previsto para a região e

propiciar alternativas de acesso entre as diversas faces, sendo neste caso o

prolongamento da Rua Codorna. A extensão da via Pintasilgo demandaria vultosas

despesas com a desapropriação de imóveis com benfeitorias, o que aconselha a não

abertura das mesmas.

As ruas Yoshiaki Nagano e Gavião estão muito abaixo da oferta máxima em

função das suas características geométricas e de tráfego conforme mostrado no item

anterior. Dessa forma, o prolongamento da rua Pintassilgo auxiliaria muito pouco na

diminuição do fluxo nas referidas vias. Além disso, o fluxo desta via local aberta seria

descarregado na própria Yoshiaki Nagano, tendo função apenas de acesso para as

moradias.

A frota de automóveis em Araucária cresceu em média 36,6% no período de 2010

a 2015, representando atualmente 76.691 veículos (DETRAN, 2015). A população

araucariense cresceu neste mesmo período 12,0%, sendo estimada atualmente em

133.428 (IPARDES, 2015). Considerando a projeção de veículos para a região daqui 5

anos, com um crescimento linear neste período, estima-se que a frota prevista de

automóveis em Araucária para 2020 (previsão de 5 anos) será de 104.760 veículos. As

vias receberão um incremento de 36% a mais de veículos em 5 anos, o que ainda está

dentro da capacidade das vias em absorver o tráfego. Além disso, a existência do

prolongamento da rua Pintassilgo auxiliará pouco na circulação na região, tendo em

vista não ser uma via possível de ligar setores da cidade.


32

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir deste Estudo de Impacto de Vizinhança, conclui-se que a distância entre

as vias com 300 metros não compromete a questão da circulação viária e a mobilidade

da região, produzindo impactos mínimos ao meio ambiente, à infraestrutura e aos

aspectos socioeconômicos. Dentre as justificativas apontamos:

O prolongamento da Rua Pintasilgo não irá garantir via de conexão entre as

regiões do Jardim das Américas e Condor, pois atualmente já existe obstáculos como

um condomínio edificado, uma ocupação irregular denominada “Arco Íris, o

empreendimento “Araucária Acqua Park” e um remanescente florestal formado pela

espécie “Araucaria angustifólia”.

A extensão da via demandaria vultosas despesas com a desapropriação de

imóveis com benfeitorias, o que aconselha a não abertura das mesmas.

Do ponto de vista do pedestre, verifica-se que o não prolongamento da via

manterá a distância média dos moradores até o ponto de ônibus mais próximo abaixo

deste valor, sendo para o caso mais crítico uma distância de 260 metros. Diante disto,

foram observadas que do ponto de vista do pedestre a acessibilidade não será

melhorada em virtude da abertura do prolongamento da via em estudo.

O município na concepção das suas diretrizes viárias está propondo a

construção de uma malha viária complementar à Rua Yoshiaki Nagano, visando

atender futuros deslocamentos gerados pelo crescimento populacional previsto para a

região e propiciar alternativas de acesso entre as diversas faces, sendo neste caso o

prolongamento da Rua Codorna.

As ruas Yoshiaki Nagano e Gavião estão muito abaixo da oferta máxima em

função das suas características geométricas e de tráfego conforme mostrado na

contagem de tráfego. Dessa forma, o prolongamento da via auxiliaria muito pouco na

diminuição do fluxo nas referidas vias.

Considerando a projeção de veículos para a região daqui 5 anos, com um

crescimento linear neste período, estima-se que a frota prevista de automóveis em

Araucária para 2020 (previsão de 5 anos) será de 104.760 veículos, representando um

incremento de 36% de veículos em 5 anos, o que ainda está dentro da capacidade das

vias em absorver o tráfego. Além disso, a existência do prolongamento da rua

Pintassilgo auxiliará pouco na circulação na região, tendo em vista não ser uma via

possível de ligar setores da cidade.


33

Dessa forma, entende-se não ser fundamental a consolidação do prolongamento

da Rua Pintasilgo.


34

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Puppi, Ildefonso C. Estruturação Sanitária das Cidades. Editora da Universidade

Federal do Paraná. Curitiba.1981.

ARAUCÁRIA. Resolução n° 03 de março de 2011. Estabelece as orientações para

elaboração e apresentação

de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Araucária. Diário Oficial do Município.

Disponível em:<

http://www2.diariooficial.araucaria.pr.gov.br/search/view/backtopesquisa?id=5638>

Acesso em: 29 de junho 2015.

ARAUCÁRIA. Lei n° 2.160 de 2010. Dispõe sobre o zoneamento, o uso e a ocupação

do solo do Município de Araucária e dá outras providências. Araucária. Diário Oficial do

Município. Disponível em: < https://www.leismunicipais.com.br/a1/pr/a/araucaria/lei-

ordinaria/2010/216/2160/lei-ordinaria-n-2160-2010-dispoe-sobre-o-zoneamento-o-uso-

e-a-ocupacao-do-solo-do-municipio-de-araucaria-e-da-outras-

providencias?q=zoneamento> Acesso em: 29 de junho 2015.

ARAUCÁRIA. Lei n° 2.161 de 19 janeiro de 2010.“Dispõe sobre o Sistema Viário do

Município de Araucária e dá outras providências. Araucária. Diário Oficial do Município.

Disponível em:

<https://www.leismunicipais.com.br/a1/pr/a/araucaria/lei-ordinaria/2010/217/2161/lei-

ordinaria-n-2161-2010-dispoe-sobre-o-sistema-viario-do-municipio-de-araucaria-e-da-

outras-providencias?q=2161> Acesso em: 29 de junho 2015.

ARAUCÁRIA. Prefeitura Municipal. Plano Diretor Municipal. Araucária, 2006.

Disponível em:

< https://www.leismunicipais.com.br/a1/plano-diretor-araucaria-pr>. Acesso em: 29 de

junho 2015.

MANUAL DE ESTUDOS DE TRÁFEGO. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-

ESTRUTURA DE TRANSPORTES. DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA


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COORDENAÇÃO-GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA. INSTITUTO DE PESQUISAS

RODOVIÁRIAS (2006).

SANTOS, A., (2005), A gestão dos Resíduos de Construção e Demolição no Vale do

Ave – Projecto de Investigação (Curso de Especialização em Gestão de Agregados),

Vila Nova de Famalicão.

SUDERHSA. Plano Diretor de Drenagem para Bacia do Rio Iguaçu na Região

Metropolitana de Curitiba. Curitiba, 2002. Disponível em:

http://www.aguasparana.pr.gov.br/arquivos/File/pddrenagem/volume5/SUD0105RP_W

R001_FI.pdf

Documents

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIVaplicacoes.araucaria.pr.gov.br/grp/uploads/EIV/... · Fica determinada a obrigatoriedade da apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança