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RIO DOCE SHOPPING ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV COLATINA 2014

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

RIO DOCE SHOPPING

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV

COLATINA

2014

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

RIO DOCE SHOPPING

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV

Estudo de Impacto de Vizinhança destinado

ao Poder Público Municipal em atendimento à Lei n.º

5273/2007 – Plano Diretor Municipal, Capítulo IX –

Estudo de Impacto de Vizinhança, Art. 220, como

requisito essencial à implantação de

empreendimentos e / ou atividades que causam

grande impacto urbanístico e ambiental, no município

de Colatina.

COLATINA

2014

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 5

2 JUSTIFICATIVA................................................................................................ 7

3 OBJETIVOS...................................................................................................... 9

3.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................ 9

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................... 9

4 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR/EMPREENDIMENTO..................... 10

5 LEGISLAÇÃO APLICADA............................................................................... 12

5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL............................................................................... 12

5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL............................................................................. 12

5.3 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL............................................................................ 13

6 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA............................................................................... 15

7 CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS............................................................ 16

8 DIAGNÓSTICO SÓCIO ECONÔMICO DO MUNICIPIO E REGIÃO................ 17

8.1 INTERFERÊNCIAS NO MEIO SÓCIO-ECONÔMICO OCASIONADAS PELO EMPREENDIMENTO................................................................................ 17

9 PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA VIZINHANÇA.................. 19

9.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO........................................................................... 19

9.2 ADENSAMENTO POPULACIONAL............................................................... 20

9.3 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA.............................................................................. 20

9.4 ÁREA DE INTERESSE HISTÓRICO, CULTURAL, PAISAGÍSTICO E AMBIENTAL.................................................................................................................. 23

9.5 IMPACTO SÓCIO-ECONOMICO NA POPULAÇÃO RESIDENTE OU ATUANTE NO ENTORNO........................................................................................... 23

10 INFRAESTRUTURA BÁSICA DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO............. 26

10.1 EQUIPAMENTOS URBANOS..................................................................... 26

10.1.1 Sistema de Abastecimento de Água Potável........................................ 26

10.1.2 Sistema de Drenagem de Águas Pluviais............................................. 27

10.1.3 Sistema de Coleta de Efluentes Sanitários........................................... 28

10.1.4 Sistema de Coleta e Destinação de Resíduos Sólidos........................ 28

10.1.5 Sistema de Abastecimento de Energia Elétrica................................... 29

10.1.6 Sistema de Telefônia e Internet............................................................. 30

10.1.7 Equipamentos Comunitários................................................................. 31

10.1.7.1 Saúde..................................................................................................... 31

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

10.1.7.2 Educação............................................................................................... 31

10.1.7.3 Lazer e Cultura....................................................................................... 32

10.1.8 Serviços de Utilidade Pública................................................................ 32

10.1.9 Sistema de Circulação e Transportes................................................... 33

11 MEIO AMBIENTE NATURAL......................................................................... 39

11.1 IMPACTOS CAUSADOS PELA URBANIZAÇÃO NO MEIO AMBIENTE

NATURAL DO LOCAL E DA CIRCUNVIZINHANÇA DO EMPREENDIMENTO. 39

11.1.1 Poluição Sonora, Atmosférica e Hídrica............................................... 39

11.1.2 Vibração................................................................................................... 41

11.1.3 Periculosidade......................................................................................... 42

11.1.4 Geração de Resíduos Sólidos................................................................ 42

11.1.5 Riscos Ambientais e Ecologia de Paisagem........................................ 43

11.1.6 Ventilação e Iluminação.......................................................................... 46

12 CONSIDERAÇÕES GERAIS........................................................................ 48

13 EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA.................................................................... 49

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 51

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1 INTRODUÇÃO

A proteção ao meio ambiente tem sido fato importante a ser observado na

implantação e manutenção de empreendimentos urbanos, industriais, agrícolas,

comerciais e viários, por força da legislação e também pela vigilância da sociedade

evitando assim a degradação e destruição ambiental.

De acordo com o art. 3º da Lei Nº 6.938/81 - Política Nacional de Meio Ambiente, o

meio ambiente é definido como, “o conjunto de condições, leis, influências e

interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em

todas as suas formas”. Portanto o conceito de meio ambiente, é muito mais

abrangente do que se imagina. De acordo com a legislação, o meio ambiente

compreende a biota, o meio urbano, e tudo que nos rodeia.

Seguindo esta linha de raciocínio a Resolução Conama Nº 01/86, em seu art. 1º,

define o impacto ambiental como, “qualquer alteração das propriedades físicas,

químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou

energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a

saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e

econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a

qualidade dos recursos ambientais”.

Com isso, no século XXI o maior desafio encontrado pelos empresários e órgãos

fiscalizadores é conciliar o desenvolvimento com a preservação ambiental, fato este

conhecido como desenvolvimento sustentável. Este conceito foi introduzido no dia-a-

dia das empresas após a conferência mundial Rio-92, que teve como principal

resultado o documento Agenda 21, que fora reavaliado na conferência Rio +20,

prezando por uma mudança de foco das empresas, para que promovam o equilíbrio

socioambiental.

Segundo a legislação brasileira, o meio ambiente é qualificado como patrimônio

público (bem difuso) a ser necessariamente assegurado e protegido para uso da

coletividade ou, na linguagem do constituinte, bem de uso comum do povo,

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

essencial à sadia qualidade de vida. Por ser de todos em geral e de ninguém em

particular, inexiste direito subjetivo à sua utilização, que, à evidência, só pode

legitimar-se mediante ato próprio de seu direito guardião – o Poder Público. (Milaré,

2007).

Diante disso, é importante que empresários e colaboradores tenham ciência das

necessidades ambientais e sua responsabilidade quanto aos prejuízos que afetam,

também, a sua qualidade de vida. Uma importante ferramenta utilizada, pelos órgãos

para a mensuração do impacto ambiental que certo empreendimento pode causar, é

a exigência do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, este por si só deverá

abranger os impactos que o empreendimento causará na região que será instalado.

De acordo com o art.220, do Plano Diretor Municipal de Colatina, Lei Nº 5273/2007,

os empreendimentos e as atividades que causam grande impacto urbanístico e

ambiental, consoante parâmetros definidos na presente lei, ficam obrigados,

adicionalmente ao cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação

urbanística, a ter sua aprovação condicionada à elaboração e à aprovação do

Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV, a ser apreciado pelos órgãos

competentes da administração municipal e aprovado pelo Conselho Municipal do

Plano Diretor.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

2 JUSTIFICATIVA

Determinados atributos naturais, em meio a condições históricas específicas,

transformaram Colatina, na década de 60, no mais importante centro regional do

Espírito Santo.

A convergência polarizadora exercida por Colatina, que era o mais importante centro

da riqueza do Estado depois da capital, criou condições excepcionais, relativamente

a outros lugares, para iniciativas empreendedoras. De certa forma, essas condições

foram responsáveis pelas experiências exitosas nas atividades do comércio

atacadista e da indústria, nos segmentos das confecções, da metal mecânica e de

móveis até hoje existentes em Colatina.

Ao movimento do café, direcionado para Colatina, somam-se outros atributos

decorrentes das condições históricas específicas do Espírito Santo que contribuíram

para a formação da centralidade de Colatina. Devido ao fato da erradicação dos

cafezais, um movimento maciço da população rural em direção à cidade foi

impulsionado, criando, além de uma mão-de-obra mais extensiva e, portanto mais

barata, a oportunidade de geração de novos negócios. Datada dessa época o

surgimento das primeiras confecções de pequeno porte do município com os

primeiros fabricantes (Otto e Valdemar Marino).

Passados os anos, novos limites e concorrências se estabeleceram, apresentando

às empresas locais outros níveis de exposição no mercado. Nesse momento os

atributos da centralidade relativizaram-se o que historicamente foi fundamental na

criação de condições para o nascimento e crescimento das empresas, na atualidade

tem importância menor. O que importa hoje são políticas públicas específicas que

envolvam a indústria e o território.

Em meio toda expansão, a instalação de empreendimentos de grande porte vem

sendo um dos principais agentes de degradação da qualidade do meio ambiente.

Pois além de toda a atividade que envolve a sua instalação, como a terraplenagem e

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a construção do espaço físico, a atividade final também, em sua grande maioria,

causam, direta ou indiretamente, impactos ambientais, sociais e econômicos.

Para que grandes empreendimentos possam se instalar, se faz necessário além da

apresentação dos projetos e proposta de ação, a apresentação de estudos de

impactos ao meio ambiente. Ou seja, se faz necessário um estudo que forneça

informações sobre que tipo de impacto será causado na região, levando em

consideração a economia, cultura, sociedade, meio urbano, biota, entre outros

fatores.

A Prefeitura Municipal de Colatina consciente da necessidade da preservação do

Meio Ambiente e de sua qualidade, adota conceitos e perspectivas que otimizam o

desenvolvimento da atividade de maneira sustentável, contribuindo efetivamente

para as adequações ambientais que se fazem necessárias para os bairros do

município de Colatina.

Buscando atender o Plano Diretor Municipal, Lei Nº 5.273/07, art. 220, o

empreendedor vêm através deste, apresentar à Administração Pública Municipal de

Colatina, o Estudo de Impacto de Vizinhança, cumprindo assim os procedimentos

legais para viabilizar a realização de suas atividades.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

O presente instrumento tem como objetivo apresentar a todos os interessados,

especialmente à Administração Pública Municipal de Colatina, informações

ambientais pertinentes a possíveis impactos urbanos consequentes da utilização de

área no município para atividades contempladas no Shopping Rio Doce.

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Acolher o Plano Diretor do município de Colatina em seu Capítulo IX – Estudo de

Impacto de Vizinhança, Art.220, delegando que “os empreendimentos e as

atividades que causam grande impacto urbanístico e ambiental, consoante

parâmetros definidos na presente lei, ficam obrigados, adicionalmente ao

cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, a ter sua

aprovação condicionada à elaboração e à aprovação do Estudo Prévio de Impacto

de Vizinhança – EIV, a ser apreciado pelos órgãos competentes da administração

municipal e aprovado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor”.

Apresentar o Relatório de Impacto Urbano – RIU atentando as análises impostas

pelo Plano Diretor de Colatina:

I – adensamento populacional;

II – uso e ocupação do solo;

III – valorização imobiliária;

IV – área de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental;

V – equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia, bem como

a geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de águas pluviais;

VI – equipamentos comunitários, tais como os de saúde e educação;

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

VII – sistema de circulação de transportes, incluindo, entre outros, tráfego

gerado, acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e

desembarque;

VII – poluição sonora, atmosférica e hídrica;

IX – vibração;

X – periculosidade;

XI – geração de resíduos sólidos

XII – riscos ambientais;

XIII – impacto sócio-econômico na população residente ou atuante no entorno;

XIV – ventilação e iluminação.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

4 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR/EMPREENDIMENTO

Nome: Franco Construtora e Incorporadora LTDA

Endereço: Rodovia Colatina à Itapina – Estrada de acesso à Estação Ferroviária

CPF/CNPJ: 12.425.367/0001-36

Telefones: (27) 3723-0050 / 99987-0050

Empreendimento: Shopping Rio Doce

Localidade: Rodovia Colatina à Itapina – Estrada de acesso à Estação Ferroviária

Município: Colatina-ES

Coordenada UTM: N: 7.838.412 E: 327.054

Bacia Hidrográfica: Doce Suruaca

Área do Imóvel: 34.872,74 m²

Área de construção total: 60.855,00m²

Característica da posse: Proprietário/Administrador

O Shopping Rio Doce é o primeiro shopping center da região noroeste do Espírito

Santo. Será uma mega estrutura climatizada com até aproximadamente 162

espaços comerciais abrangendo lojas âncoras, mega lojas, lojas satélites, um

hipermercado, 4 salas de cinema 3D, praça de alimentação, academia, sala de jogos

e cerca de 1.500 vagas de estacionamento coberto (mais do que o total de vagas do

centro da cidade). O complexo terá também um Apart Hotel com 126 apartamentos

e uma torre com 225 espaços divididos entre escritórios médicos e comerciais.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

5 LEGISLAÇÃO APLICADA

5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL

A Constituição Federal versa em seu capítulo VI, Art. 225 o direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado conforme segue:

Art. 225 –Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder

público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e

futuras gerações.

§1ºPara assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:

(...)

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus

componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão

permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a

integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente

causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto

ambiental, a que se dará publicidade;

§2ºAquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente

degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente,

na forma da lei.

§3ºAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os

infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,

independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

O parcelamento do solo para fins urbanos nas modalidades de loteamento e

desmembramento no Espírito Santo está subordinado à Lei Federal nº 6766, de 20

de dezembro de 1979, com as alterações efetuadas pela Lei nº 9.785, de 29/01/99, e

à Lei Estadual nº 3384, de 27 de novembro de 1980.

Lei nº 3.384, de 27 de novembro de 1980 que dispõe sobre o Parcelamento

do Solo para fins Urbanos, e dá outras providências no Estado do Espírito

Santo.

Lei Federal no 6.766, de 19 de dezembro de 1979 que dispões sobre o

Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providencias.

Lei Federal nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999 que altera o Decreto-Lei no

3.365, de 21 de junho de 1941 (desapropriação por utilidade pública) e as

Leis nos 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (registros públicos) e 6.766, de 19

de dezembro de 1979 (parcelamento do solo urbano).

5.3 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

No município de Colatina as legislações vigentes a serem seguidas para o pleno

cumprimento das premissas legais em referência a este relatório são:

Lei nº 2.806, de 22 de dezembro de 1977 que institui o Código de Postura

Municipal de Colatina e dá outras providências;

Lei Orgânica do Município de Colatina, lei nº. 3.547/1990.

Lei nº 4.226 de 12 de fevereiro de 1996 que dispõe sobre o código de obras

do município de Colatina, Estado do Espírito Santo;

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Lei nº 4.227, de 12 de fevereiro de 1996 que dispõe sobre o Parcelamento do

Solo Urbano do Município de Colatina - estado do Espírito Santo e dá outras

providências, e;

Lei nº 4.928 de 15 de março de 2004, dispõe sobre a elaboração do Estudo

prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), da gestão democrática da cidade para

obtenção de licenças ou autorizações de construções, ampliação ou

funcionamento de empreendimentos e atividades, privadas ou públicas, na

área urbana do município de Colatina.

Lei nº 5.273, de 12 de março de 2007 que institui o Plano Diretor do

Município de Colatina, estabelece objetivos, instrumentos e diretrizes e dá

outras providências para as ações de planejamento no Município de Colatina;

Lei nº 5.340 de 05 de novembro de 2007 que acrescente dispositivo à Lei nº

2.806, de 22 de dezembro de 1977;

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

6 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

A área encontra-se à margem direita do rio Doce, a poucos quilômetros do centro do

município de Colatina. Localizada em área urbana consolidada, entre bairros,

residências, empreendimentos e sedes de associações solidárias. Situada

geograficamente sob coordenadas N 7.838.412 E 327.054.

Figura 1 - Localização da área em relação ao município de Colatina.

Ponte Florentino Ávidos

Centro

Bairro Noêmia

Vitali

Empreendimento Baixo Guandu

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

7 CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS

Gentílico: Colatinense

Estado: Espírito Santo

Mesorregião: Noroeste ES

Microrregião: Colatina

Distância: até a capital 120 Km

Altitude: 46,8 metros

Clima: Tropical Aw

Temperatura média: 28º C

Fuso horário: UTC -3

Limites:

- Norte: Pancas e São Domingos do Norte,

- Sul: Itaguaçu, São Roque do Canaã e João Neiva,

- Leste: Rio Bananal, Linhares e Marilândia,

- Oeste: Baixo Guandu.

- Regionalização: Segundo a Divisão Regional do Espírito Santo, Colatina integra a

Região Polo Colatina-8. Sua divisão político-administrativa é constituída por 6

distritos, a saber: Ângelo Frechiani, Baunilha, Boapaba, Graça Aranha, Itapina,

Colatina.

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

8 DIAGNÓSTICO SÓCIO ECONÔMICO DO MUNICIPIO E REGIÃO

A região de Colatina é caracterizada por apresentar economia diversificada como

indústrias têxteis, exploração mineral (areia, argila, rochas ornamentais), produção

de café, criação de gado e realização de eventos festivos, além das indústrias

moveleiras e metalmecânica. Apresenta uma área de 1.416,804Km2, população

estimada em 111.788 habitantes (IBGE 2010), densidade populacional de

78,54hab/Km2 IDH de 0,773, PIB de R$ 1.064.547 mil (IBGE/2005). Da população

atual, acredita-se que 12% residem em zona rural e 88% na zona urbana.

Colatina pertence à região noroeste do estado e sua influência abrange também

cidades do leste mineiro, possui um magnífico pôr-do-sol e é conhecida por suas

festas que ocorrem durante o ano todo. Possui também um grande potencial para o

ecoturismo, pois há no campo belas paisagens e fazendas bem cuidadas, com

destaque para São Pedro Frio a 600 metros de altitude e a 40 quilômetros do

Centro, oferecendo clima de montanha aos visitantes.

Dos seis distritos que compõem o município, cinco, sendo eles, Frechiani, Baunilha,

Boapaba, Graça Aranha, Itapina e Colatina têm sua economia baseada na

agricultura e pecuária, ou seja, exceto Colatina Sede, onde estão situados os

complexos produtivos e o comércio.

8.1 INTERFERÊNCIAS NO MEIO SÓCIO-ECONÔMICO OCASIONADAS PELO

EMPREENDIMENTO

Área de influência indireta: As atividades propostas pelo empreendimento serão

executadas na Região de Colatina, portanto, a sua área de influência indireta se

estende a toda região norte e noroeste do estado do Espírito Santo, além do sul de

Minas Gerais, principalmente pelo aquecimento do comércio regional, atrativos

culturais, passeios e lazer, além de geração de empregos formais e informais.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Apesar da malha viária ser precária em alguns trechos, a localização do futuro

empreendimento é favorecida devido às melhorias ocorrentes. O município de

Colatina vem contando com inúmeros investimentos do governo do estado em

relação às estradas que ligam o município as cidades vizinhas. Tal fato facilita o

deslocamento da população residente em outras municipalidades para o novo

shopping, além de este ser o único investimento deste porte na região noroeste do

estado.

Área de influência direta: Entende-se pela área definida como sendo de intervenção,

acrescida das áreas de influência direta e indireta sobre o meio físico. Neste

contexto geográfico encontram-se os moradores e comunidades que poderão ser

relativamente afetadas pelo empreendimento. Certamente, os prováveis afetados

serão a população residente local e vizinha.

Devido às ações serem efetivadas em um espaço urbano já consolidado, este irá

intervir de forma muito direta no cotidiano dos moradores. O impacto sócio-

econômico é totalmente favorável visto que a viabilização proporcionada pelas

ações traz consigo a possibilidade de desenvolvimento de loteamentos

circunvizinhos, valorização dos já existentes, necessidade de melhoria na

mobilidade urbana, aquecimento do comércio local, arrecadação de impostos,

melhorias na infraestrutura básica, geração de empregos diretos e indiretos e

rendas, além de uma considerável melhoria na qualidade de vida.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

9 PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA VIZINHANÇA

9.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Os solos no ambiente urbano cumprem várias funções essenciais, como a

sustentação e fonte material para a construção civil, sustento das agriculturas

praticadas nas cidades e arredores, além dos parques e áreas verdes. São

utilizados também como meio de descarte dos resíduos produzidos e meio para o

armazenamento e filtragem das águas pluviais, auxiliando na manutenção do ciclo

hidrológico.

O solo é um sistema de renovação lenta. Os cuidados com a ocupação e utilização

desse recurso são importante para a prevenção de problemas relacionados à

compactação, poluição, erosão, deslizamento, inundação e transmissão de doenças.

O conhecimento aprofundado sobre os solos em meio ao ambiente urbano pode

promover uma melhor qualidade de vida e relação equilibrada entre os seres

humanos e a natureza.

O ordenamento urbano do municipio é embasado em leis e diretrizes técnicas das

esféras, federal, estadual e municipal, conforme citado anteriormente. O município

detem a secretaria de desenvolvimento urbano, uma secretaria municipal que trata

dos assuntos de ordenamento urbano e uma comissão do Plano Diretor Municipal

que analisa preveamente a viabilidade de urbanização.

Os bairros mais antigos localizados ao entorno da área do empreendimento, como

na maioria das cidades brasileiras, apresentam características de ordenamento

urbano descontrolado, lotes, ruas, calçadas e áreas de uso público e uso comum

sem padronização ouaté mesmo, sem existencia destes. Mesmo não tendo adotado

anteriormente urbanístico bem delimitado, tais bairros como Marista, Fazenda Vitali

e Luiz Iglésias não se configuram como aglomerados urbanos altamente populosos,

as residências obdecem os míninos padrões de ocupação do solo, quando do dois

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

primeiros, e pouco menos quando do ultimo loteamento/bairro citado, o que evita a

formação de favelas.

Em relação aos recentes loteamentos existentes e também aqueles que originarão

outros bairros, há década ou mais estes vêm sendo devidamente analisados e

ordenados de forma estratégica, a fim de serem construídas as infraestruturas

necessárias, redes de esgotamento sanitário que facilitem o futuro tratamento dos

efluentes, lógistica de remoção e destinação de resíduos, acessibilidade dentre

outros, ou seja, tendo como intuito maior a melhoria da qualidade de vida.

Exemplificando temos na circunvizinhança próxima os bairros Noemia Vitali, Bosque

das Princesas e Villaje Jardins.

A área destinada ao Shopping Rio Doce era anteriormente um Haras, onde se

treinavam equinos para provas característica do esporte. Está localizada a

aproximadamente 1 (um) quilometro do centro do município. A micro-região é

composta por loteamentos em consolidação e propriedades rurais em pastagem, na

maioria das vezes, mal manejadas a apresentando indícios de processos erosivos,

justamente pela ineficiência do manejo pastoril. Vizinho à área fora efetuado

recentemente, projeto de terraplenagem.

Desta forma, o empreendimento não acarretará desordem aos padrões de uso e

ocupação do solo da região, logo o aumento da demanda sendo previsto em

estudos e planejamentos com o intuito de adequar o referido espaço às novas

atividades desenvolvidas pelo Shopping Center.

9.2 ADENSAMENTO POPULACIONAL

No estado do Espiríto Santo o intenso processo de urbanização da população e de

sua concentração na região da capital produziu um aglomerado urbano. Formou-se

a Grande Vitória, que hoje compõe a microregião Metropolitana. Em quarenta anos,

de 1960 a 2000, sua população cresceu a significativas taxas anuais, passando de

216,3 mil habitantes, que representavam 15,2% da população estadual, para 1.438,6

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

mil, representando, então, 46,4% da população total. Com isso, a taxa de

urbanização da população capixaba se elevou de 28,4% para 79,5%, no período

(ESPIRÍTO SANTO, 2013).

O estado que contava com 71,6% da população rural em 1960 passou a computar

20,5% em 2000, sendo o percentual de 28,4 da população urbana em 1960

passando para 79,5% em 2000, desta forma os estudos populacionais comprovam

sua autoridade nas análises históricas e atuais, não somente para entender o

processo de evolução da humanidade, como também para tentar delinear suas

perspectivas de crescimento.

Observando o processo de urbanização e industrialização no Brasil e a consequente

implantação de um modelo produtivo, o do capitalismo urbano-industrial, que

impulsiona o crescimento e concentração da população do nosso país em um ritmo

acelerado nos grandes centros urbanos, as determinações capitalistas e a falta de

estrutura das cidades para suportar tamanha demanda, acabou por não incluir

grande parte da população, e esta passagem de um modo de vida, até então

predominantemente rural para um modo de vida urbana, modificou as estruturas

cotidianas e causou vários desequilíbrios socioambientais.

Sendo assim, as mudanças demográficas foram acompanhadas de aumento do

percentual de pessoas que viviam em estado de pobreza e de subemprego, de

carência de serviços públicos essenciais, de saúde, de educação, de segurança e

de habitação, gerando crescentes desafios.

O município de Colatina acompanha a perspectiva do estado, um adensamento

populacional urbano proveniente do exôdo rural presente há décadas no país. Com

isso as periferias do centro urbano foram sendo povoadas, na maioria das vezes de

forma desordenada e desorientada pelos orgãos públicos, formando conglomerados

urbanos.

A área do empreendimento apesar de estar muito próxima do centro urbano do

município não tem sua circunvizinhança ocupada desordenadamente, compreende

um perímetro ainda em desenvolvimento com poucas residências e comércios. Tal

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

fato, juntamente com as políticas públicas colocadas em prática pelos órgãos

competentes favorece a ocupação controlada da microregião.

Com a instalação do shopping o adensamento populacional é um fator esperado,

como a valorização das áreas circunvizinhas. A atividade do empreedimento

favorecerá a habitação do local, cabendo ao poder público a gestão dessa ocupação

para que ela seja dentro dos padrões legais exigidos em lei.

9.3 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Nos últimos cinco anos, nenhum lugar do planeta viveu valorização imobiliária tão

grande como a ocorrida no Brasil. Comparação entre 54 países realizada por bancos

centrais de todo o mundo mostra que o preço médio dos imóveis brasileiros subiu

121,6% no período pós-crise de 2008 (Economia & Negócios, 2014).

A valorização brasileira superou mercados aquecidos, como o de Hong Kong - cujo

metro quadrado ficou 101,4% mais caro em cinco anos - e foi praticamente o dobro

da observada em Kuala Lumpur, na Malásia (62,5%), e em Cingapura (61,6%).

Dependendo do país, a pesquisa do BIS usa dados do mercado nacional, como no

Brasil, ou de algumas cidades, como na China (Economia & Negócios, 2014).

O município de Colatina segue a tendência do mercado imobiliário nacional e vem

de uma grande ascensão no ramo de lotes e casas. Nos últimos anos surgiram no

município cerca de 7 loteamentos de grande porte, com áreas residências

planejadas, área de equipamento comunitário, áreas verdes e demais exigências da

lei de uso e ocupação do solo municipal.

A área a ser instalado o shopping está exatamente na circunvizinhança de alguns

desses loteamentos. Trata-se de uma microregião em completa expansão, com a

previsão de instalação de um condominio fechado, residências com 4 a 5 quartos,

local interno de recreação e outras benfeitorias.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A instalação do shopping vem a favorecer o aquecimento imobiliário local, tratando-

se de um empreendimento que será referência no município, o entorno será ainda

mais cobiçado não só por aquisições de áreas para residências, mas também para

iniciativas comerciais, considerando o grande fluxo de pessoas na região.

9.4 ÁREA DE INTERESSE HISTÓRICO, CULTURAL, PAISAGISTICO E

AMBIENTAL

As áreas que apresentam ocorrência de Patrimônio Histórico, Cultural, Paisagístico

e Ambiental são denominadas Áreas Especiais de Interesse e são locais onde incide

concentração de bens históricos, culturais, paisagísticos e/ou ambientais para

preservação, exigindo regimes urbanísticos específicos com vistas a diferenciar o

uso e ocupação do solo do padrão geral adotado na cidade.

No município de Colatina existem diversos imóveis e espaços tombados como áreas

especiais de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental. O maior centro

cultural da municipalidade está localizado no distrito de Itapina, uma antiga vila onde

se encontra preservadas as características iniciais das construções antepassadas.

O perímetro a ser instalado o empreendimento não está localizado em área especial

de interesse histórico, cultural, paisagístico e/ou ambiental. E no momento da

instalação não fará interferência em áreas com características de interesse especial.

9.5 IMPACTO SÓCIO-ECONOMICO NA POPULAÇÃO RESIDENTE OU ATUANTE

NO ENTORNO

A geração de emprego e renda e o comércio local sofrerão um impacto positivo, de

duração permanente e intensidade forte, com o aumento do fluxo de

pessoas/clientes/empresários na cidade, outros setores da região como o hoteleiro,

o de prestação de serviços e o próprio comércio local, serão beneficiados. Além

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

disso, este processo ajudará na consolidação das marcas locais ou de novas

marcas no mercado. Vale ressaltar que o município será forte e positivamente

impactado pelo empreendimento pelo fato do aumento considerável de

arrecadações.

Um empreendimento de tal magnitude causará um impacto positivo, de forma

permanente na economia, pois várias marcas de outros estados irão expor seus

produtos e serviços no shopping, trazendo consigo novos atrativos para a cidade.

Calcula-se atingir aproximadamente 40 municípios circunvizinhos.

Ponto importante será o enriquecimento da cultura regional, pelo fato da vinda de

pessoas de outras regiões que possivelmente trabalharão nos negócios. Com a

vinda de produtos de outras regiões do país, também ocorrerá à inovação

tecnológica, pois com o aumento da concorrência, as empresas envolvidas

investirão cada vez mais em tecnologias que possam diminuir os custos de seus

produtos tornando-os mais competitivos, consequentemente gerando os empregos

indiretos, causando assim, um impacto positivo sobre a inovação tecnológica e

sobre a competitividade do mercado.

A previsão é de que sejam gerados mais de 2 mil empregos tanto no campo da

engenharia civil, quanto nas iniciativas do comércio e prestação de serviços na fase

de operação.

Vale ressaltar que a livre concorrência também acarretará na busca por qualificação

por parte da população, para que assim, possam concorrer aos empregos diretos e

indiretos. Com isso, o nível cultural e intelectual da população será positivamente

afetado.

Fator importante a ser mencionado é a satisfação da população em relação ao local

escolhido para instalação do empreendimento, para tal foi direcionada pesquisa

entre os dias 25 e 02 de julho do ano de 2013, realizada pela empresa Cp2

Pesquisas, onde 83,8% dos pesquisados classificaram o local de instalação como

muito bom e bom (Gráfico 1).

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Gráfico 1 – Opinião da população frente ao local de instalação do shopping Rio Doce

Importante salientar a preocupação com o surgimento da criminalidade em torno do

shopping, uma vez a permanente presença de clientes circulando pelo local,

veículos e diversos outros fatores favorecerão a aproximação de meliantes.

Fonte: Cp2 Pesquisas

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

10 INFRAESTRUTURA BÁSICA DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

10.1 EQUIPAMENTOS URBANOS

10.1.1 Sistema de Abastecimento de Água Potável

Criado em 1998, o Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental

– SANEAR é responsável pelo abastecimento de água tratada do município além da

coleta e do tratamento de esgoto, ainda, a autarquia, é responsável pela drenagem

de águas pluviais, limpeza urbana e pelo gerenciamento do sistema municipal de

meio ambiente.

Atualmente o município conta com duas estações de tratamento de água principais,

uma localizada no bairro Nossa Senhora Aparecida, que é responsável pelo

abastecimento da região norte da cidade, e uma no bairro Marista, responsável pelo

abastecimento do centro e bairros vizinhos. Além disso, o município conta com

sistemas de tratamentos menores para atender os distritos. Com isso, a água

tratada chega para aproximadamente 100% da população do município.

Em termos de coleta e tratamento de esgoto o município deixa a desejar, apesar de

ter aproximadamente 85% dos esgotos coletados, apenas 3,8% é tratado.

O principal manancial é o rio Doce, que corta o município. No período de estiagem e

a consequente baixa no nível de água do rio, o abastecimento se torna dificultado

principalmente por criar empecilhos à captação e o tratamento, uma vez ocorrendo o

aumento da turbidez, acidez, sólidos em suspensão e demais fatores que devem ser

corrigidos para tornar a água potável. Ainda assim não há indícios de interrupções

de abastecimento no município e a instalação e funcionamento do shopping conta

com projetos viáveis de abastecimento, não criando problemas a autarquia

responsável pelo serviço.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

10.1.2 Sistema de Drenagem de Águas Pluviais

O sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas torna-se mais clara

para a população das grandes cidades na medida em que se acumulam os efeitos

negativos das chuvas, tais como alagamentos, inundações, deslizamentos e perda

de rios e lagos.

A lavagem de superfícies urbanizadas acarreta aumento de carga de poluentes em

rios e lagos, além de facilitar a veiculação de doenças como leptospirose e dengue,

entre outras. No Brasil, 65% das instalações hospitalares têm origem em doenças de

veiculação hídrica (ADASA, 2014).

O sistema de drenagem do município de Colatina conta com bocas de lobo,

canaletas em “U” ou trapezoidais, sarjetas e galerias. O sistema se mostra eficiente

durante boa parte do ano, ocorrendo apenas, em épocas de cheia dos rios,

alagamento de algumas partes do município e arruamentos menos providos destes

dispositivos ou provocados pelo entupimento das saídas de água pelo nível da água

do rio.

Na municipalidade a secretaria de obras e o SANEAR são os responsáveis pela

construção e manutenção do sistema, apesar de muitas vezes o serviço ser

executado por empresas terceirizadas, ficando desta forma a serviço do SANEAR a

fiscalização dos serviços.

A área a ser instalado o empreendimento não conta sistema de drenagem pluvial,

mas as vias de acesso, pelo centro do município e a via que liga o bairro Luiz

Iglésias, contam com canaletas que destinam as águas para dissipadores de

energia.

Para que possa realizar suas atividades com total eficiência, o empreendedor

apresentará projetos e se adequará a instalação da infraestrutura para seu perfeito

funcionamento.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

10.1.3 Sistema de Coleta de Efluentes Sanitários

O serviço de coleta de esgoto é essencial em áreas urbanizadas afinal, a

implantação da coleta dos dejetos vindos de banheiros, lavatórios, pias e

lavanderias das residências, além de evitar a contaminação da água subterrânea,

poupando doenças como cólera, hepatite e leptospirose, melhora a saúde da

comunidade e mantêm a bem-estar ambiental do local.

No perímetro específico a ser utilizado não existe rede de esgotamento sanitário,

mas devida a proximidade da área a outros bairros, o SANEAR autarquia

responsável pela prestação deste serviço, não terá dificuldades de suprir a demanda

do empreendimento de acordo com projetos apresentados, mesmo que a atividade

do shopping gere um aumento significativo de efluente sanitário, uma vez tendo por

conhecimento a necessidade da expansão das redes para qualquer área urbana em

desenvolvimento.

10.1.4 Sistema de Coleta e Destinação de Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos são todos os restos sólidos ou semissólidos das atividades

humanas ou não humanas, que embora possam não apresentar utilidade para a

atividade fim de onde foram gerados, podem servir de insumos para outras

atividades. Como exemplos temos os resíduos gerados em residências e que são

recolhidos periodicamente pelo serviço de coleta municipal e as sobras de varrição

de praças e locais públicos que podem incluir folhas de árvores, galhos e restos de

poda.

No município de Colatina o ente responsável pela coleta dos resíduos sólidos

urbanos também é o SANEAR, que utiliza caminhões compactadores para

recolhimento do referido resíduo e destina os mesmos no Aterro Controlado

municipal, gerenciado pela autarquia responsável pela coleta.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Vale ressaltar que próximo ao aterro presente no município será contemplado Aterro

Sanitário para ser o local de destinação final dos resíduos do Consórcio Público para

Tratamento e Destinação Final Adequada de Resíduos Sólidos da Região Doce

Oeste do Estado do Espírito Santo – CONDOESTE, que engloba a região Doce

Oeste, que conta com os munícipios de Mantenópolis, Águia Branca, São Gabriel da

Palha, Vila Valério, Alto Rio Novo, Pancas, São Domingos do Norte, Colatina,

Governador Lindenberg, Marilândia, Baixo Guandu, Itaguaçu, São Roque do Canaã,

Laranja da Terra, Itarana e Afonso Cláudio.

Desta forma, sendo projetado para acondicionar grandes volumes de resíduos, não

se tornando a geração do Shopping qualquer entrave para destinação final, devido à

volumes produzidos. Uma vez sendo o manejo dos resíduos dentro do perímetro do

Shopping de responsabilidade restrita a administração do mesmo.

Os Resíduos Sólidos de Saúde são geridos pela administração pública municipal,

também em forma de consórcio e encaminhados para incineração dentro da própria

municipalidade.

10.1.5 Sistema de Abastecimento de Energia Elétrica

A eletricidade vem sendo há muito tempo a principal fonte de luz, calor e força do

mundo moderno. Atividades mais simples como assistir à televisão ou navegar na

internet são possíveis porque a energia elétrica chega até as casas de grande parte

da sociedade. Fábricas, supermercados, shoppings e uma infinidade de outros

lugares precisam dela para funcionar. Grande parte dos avanços tecnológicos que

alcançamos se deve à energia elétrica.

Obtida a partir de todos os outros tipos de energia, a eletricidade é transportada e

chega aos consumidores no mundo inteiro por meio de sistemas elétricos

complexos, compostos de quatro etapas: geração, transmissão, distribuição e

consumo.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A maior usina hidrelétrica do mundo fica localizada na China, mas a maior usina em

geração de energia é a Binacional Itaipu, localizada entre o Brasil e o Paraguai, que

conta com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece cerca

de 17% da energia consumida no Brasil e 75% do consumo paraguaio

(ITAIPU,2014).

No local do empreendimento o sistema de distribuição de energia elétrica é realizado

pela concessionária Empresa de Luz e Força Santa Maria S.A., que abrange

praticamente todo o município, com poucas exceções para localidades rurais muito

afastadas dos distritos da região, localidades estas abastecidas pela concessionária

EDP Escelsa.

Atualmente o país passa por uma escassez hídrica, que pode vir a refletir na

geração de energia elétrica, mas contamos com planos de governos exatamente

elaborados para esses períodos secos do ano e acreditamos que isso não irá refletir

diretamente no abastecimento elétrico.

Como a área está localizada em perímetro urbano e dentro do leque de

desenvolvimento do município, a concessionária não terá dificuldades em fornecer o

potencial energético necessário ao empreendimento.

10.1.6 Sistema de Telefonia e Internet

O município e a área é contemplada com serviços de telefonia móvel das

operadoras existentes no país, VIVO, TIM, CLARO e OI, sendo a que mais se

destaca na região a operadora VIVO.

Assim como o serviço de telefonia móvel, no local o serviço de telefonia fixa também

é oferecido, neste caso pela operadora OI.

Na região o serviço de internet encontra-se disponível.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

10.1.7 Equipamentos Comunitários

10.1.7.1 Saúde

O município de Colatina é referência estadual em saúde, mais especificamente em

tratamento de Politraumatismo, através da assistência pública prestada pelo Hospital

Silvio Avidos. Além dessa grande referência a municipalidade conta ainda com mais

6 unidades de saúde, sendo duas delas também ligada ao Sistema Único de Saúde

– SUS, o Hospital São José e a Santa Casa de Misericórdia

A assistência à saúde de forma privada é feita pelos entes, Hospital UNIMED

Noroeste Capixaba, Hospital São Bernardo Saúde, Casa de Saúde Santa Maria e

Casa de Saúde Santa Luzia.

Das seis iniciativas cinco estão localizadas no centro urbano do município, distante

ao empreendimento aproximadamente por 01 km.

Além de 28 Unidades de Saúde Municipais, 01 Policlínica, 12 Laboratórios de

Clínica e Patologia, 06 Clínicas de Radiologia, 02 Centros de Hemodiálise e 01

Centro Regional de Especialidades.

Desta forma é notório o vasto atendimento médico-hospitalar disponível no

município, estando os usuários do shopping, se necessário a poucos minutos de um

atendimento eficiente.

10.1.7.2 Educação

O município de Colatina conta com cerca de noventa escolas/creches municipais,

espalhadas na zona urbana e rural, oito escolas estaduais, dois institutos federais,

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

duas universidades, além de diversos polos de ensino a distancia, cursos

preparatórios para vestibular e demais instituições de ensino privadas.

A instituição de ensino mais próxima da área do empreendimento e a Escola

Municipal de Ensino Fundamental Rotary Club, localizada no bairro Luiz Iglésias,

distante a aproximados dois quilômetros.

Contando com as inúmeras opções de educação presentes no município, o possível

aumento da demanda de estudantes proveniente da atração de novas pessoas pela

atividade do shopping, a municipalidade não encontrará dificuldade em atender,

independente no nível de escolaridade necessitado pelos estudantes.

10.1.7.3 Lazer e Cultura

No município encontramos diversas opções de lazer e cultura, a praça do sol poente

que disponibiliza uma praça de alimentação nos finais de semana, uma academia a

céu aberto para praticantes de musculação, o estádio municipal denominado

Justiniano de Mello e Silva, o parque aquático SESC, um campo de gramado

localizado no bairro Bela Vista, dois campos de futebol 7 com grama sintética, um

público no bairro Jardim Planalto, outro privado no bairro IBC e um terceiro em fase

de implantação, nas dependências do UNESC.

A cultura fica por conta da biblioteca pública municipal e festividades realizadas na

cidade, como exemplos têm o desfile carnavalesco, o FESTCOL – Festival de

Música de Colatina que reúne artistas locais e de outras regiões, as famosas

micaretas, o baile do Cafona que é conhecido nacionalmente, as boates presentes

no município e o cinema.

Com a instalação do shopping, o lazer e a cultura ganharão ainda mais atenção,

trazendo aos munícipes ainda mais opções.

10.1.8 Serviços de Utilidade Pública

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Colatina conta com Batalhão de Polícia Militar, Batalhão de Corpo de Bombeiros e

Departamento de Policia Civil, serviços altamente atuantes no município.

O Batalhão de Polícia Militar e o Departamento de Polícia Civil ficam próximos à

área do empreendimento, o Batalhão de Corpo de Bombeiros um pouco mais

distante, localizado do outro lado do rio Doce, que corta o município.

O serviço do Corpo de Bombeiros é atrapalhado pelo trânsito do município, por se

localizar distante dos centros médicos e principalmente pelo entrave no tráfego

automobilístico urbano que ainda é a ponte Florentino Avidos.

10.1.9 Sistema de Circulação e Transportes

A produtividade global do sistema de transporte de cargas no Brasil é muito baixa

em relação àquela constatada nos países desenvolvidos. Em parte, isso se explica

pelo uso intensivo do modal rodoviário, 60% contra 26% dos EUA pelos custos de

transportes de cargas e ainda por fatores agravantes como baixa segurança, falta de

regulação setorial e infraestrutura precária.

Para explicar a situação da infraestrutura de transporte, é utilizado o índice de

densidade, que é calculado a partir do número de quilômetros de infraestrutura

disponível por cada km²

de área do País. No Brasil, o modal rodoviário apresenta

17,3 Km/1000 Km², o modal hidroviário, 5,6 Km/1000 Km²

e o modal ferroviário, 3,4

Km/1000 Km², totalizando 26,4Km/1000 Km². Nos EUA, a densidade de

infraestrutura totaliza 447 km/1000 Km².

Portanto, considerando a predominância do modal rodoviário, o aumento da

produtividade logística no país, passa pela melhoria da infraestrutura rodoviária, que

é deficitária em abrangência e qualidade. A pesquisa da CNT mostra que a oferta de

vias no Brasil equivale a 6% da existente nos EUA.

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Essa situação se reflete também no Espírito Santo, que apresenta necessidade de

investimentos no setor rodoviário com vista ao desenvolvimento global da logística

no Estado.

Pesquisa, realizada em 2002 pela CNT – COPPEAD avalia a infraestrutura

rodoviária nacional com 22% em boas condições operacionais, 58,5% com

pavimentação deficiente, 77,6% sem sinalização e 34% sem acostamento.

A situação das rodovias federais no Espírito Santo foi avaliada pela pesquisa do

Conselho empresarial de Logística como 7% em condições ótimas, 64% em boas

condições e 29% em situação deficiente, ou seja, de maneira geral, o modal

rodoviário capixaba foi considerado em situação superior à média nacional das

rodovias federais. Entretanto, apenas 50% das rodovias estaduais são

pavimentadas e menos de 2% são duplicadas, fato que impõe limitações

operacionais para esse modal.

A baixa qualidade técnica das rodovias, a falta de manutenção e de infraestrutura de

apoio e segurança, contribui para a redução da velocidade operacional do transporte

rodoviário no Estado.

O conhecimento da demanda do modal rodoviário é um dos fatores fundamentais

para o planejamento do setor, e nesse sentido, a maioria (65%) dos membros do

Conselho de Logística e seus indicados, consultados pela pesquisa, afirmaram que

o modal rodoviário não tem conhecimento da sua demanda o que evidência outro

gargalo no setor, pois além do desconhecimento da demanda, 53% dos

entrevistados afirmaram que o modal não tem capacidade de atendê-la.

A análise comparativa, do modal rodoviário capixaba com o modal rodoviário

nacional, revela a deficiência de tecnologia de informação no sistema logístico

brasileiro sendo um dos gargalos, considerado prioritário no setor. Nesse sentido, o

modal rodoviário vem recebendo um aumento de investimento em tecnologia,

principalmente, no que se refere a itens de segurança tais como GPS e

rastreadores, em razão do crescente número de ocorrências de roubos de cargas no

país.

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

O diagnóstico realizado no modal rodoviário capixaba revelou a existência de

gargalos considerados de alta prioridade, ou seja, necessitam de ações urgentes

para promover o desempenho do setor, com destaque para a infraestrutura como

um dos fatores limitantes no segmento logístico rodoviário.

Sendo assim, as melhorias que estão sendo efetuadas na malha rodoviária em toda

a região de Colatina surge como ponto positivo à instalação do empreendimento,

mesmo o centro municipal sofrendo com o tráfego intenso de veículos devido às

restrições da ponte Florentino Avidos em dinamizar o grande número de automóveis,

a área escolhida para o novo shopping conta com vias de acesso que não sofrem

influência direta do trânsito municipal, principalmente nos horários de “pico”, ainda

estando a poucos quilômetros de distancia da ponte.

Sabendo de toda a importância da Ponte Florentino Ávidos para o município, esta se

encontra com obras de fortalecimento da estrutura e adequações que favorecerão o

tráfego de automóveis, trazendo consigo maior segurança, comodidade à população

e melhor acesso ao empreendimento.

No QUADRO 1, são apresentados os gargalos do modal rodoviário classificados

quanto à infraestrutura, à estrutura e ao conjunto, conforme priorizados pelo

membros do conselho de logística na escala de alta, média e baixa prioridade.

Gargalos Classificação Prioridade

Rodovias sem qualidade e sem infraestrutura planejada.

Infraestrutura Alta

Rodovias sem fiscalização (balanças, controle de velocidade, segurança patrimonial).

Infraestrutura Alta

Melhoria dos acessos à 2ª ponte de Colatina que faz ligação com o norte do Estado do ES e o Estado de MG e trevo no bairro Santa Helena.

Infraestrutura Alta

Falta de sinalização do contorno, trecho que passa frente ao futuro empreendimento.

Infraestrutura Alta

A baixa qualidade da manutenção da frota rodoviária estadual de carga.

Estrutura Média

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Baixa disponibilidade intermodal de interior

Conjunto Alta

Baixo nível de informação no modal rodoviário de carga

Conjunto Baixa

Dificuldade de atendimento à legislação trabalhista, no que se refere à jornada de trabalho (motoristas).

Conjunto Baixa

Baixo desempenho operacional em velocidade.

Conjunto Baixa

Tabela 1 - Classificação dos gargalos rodoviários.

O sistema viário, transporte e trânsito é um dos aspectos mais importantes da

centralidade e, portanto, o desenvolvimento de Colatina, foi dado pelo sistema que

compreende a Estrada de Ferro Vitória a Minas, juntamente com a rodovia ES-080 e

a BR-259. O Sistema Viário de Colatina, além das rodovias e da ferrovia conta

também com um aeroporto de âmbito regional ainda subutilizado.

O município de Colatina por sua localização a noroeste do estado recebe grande

parte da demanda dos municípios do interior norte e noroeste. Sendo ainda hoje,

mesmo após grande declínio, o centro noroeste do estado, com denominação Pólo

Colatina.

As vias rodoviárias são as mais utilizadas para se chegar à municipalidade, mesmo

sem a abertura de novas estradas de acesso com o noroeste e as poucas

intervenções em infraestruturas nas vias há muito tempo existentes. Excetuando a

essa realidade temos o contorno que liga a BR-259 à ES-080, a ES-248 que liga

Colatina a cidade de Linhares, às margens do Rio do Doce e a atual obra da

variante da ES-080 que vai ligar o Pólo Industrial de Colatina, presente na BR-259

ao distrito de Ponte do Pancas, com o intuito de reduzir o tráfego de automóveis de

grande porte na via que corta o bairro Carlos Germano Naumann, rodovia do Café.

A ES-446 uma das vias de expressiva importância para o município e para o

empreendimento em questão, que liga Colatina a Itaimbé (distrito de Itaguaçu)

passando pelo bairro Adélia Giuberti (acampamento), está recebendo pavimentação

asfáltica, mais um investimento rodoviário que favorecerá as atividades do Shopping

Rio Doce. Contando ainda próximo a área do empreendimento com a construção de

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

dispositivos viários, como uma rotatória que promoverá a organização do trânsito e

facilitará a entrada e saída do shopping.

Os impactos causados nessas vias, resultante da atividade do empreendimento são

plenamente suportáveis, visto que os veículos que deverão transitar na região em

decorrência do empreendimento possuem pesos e dimensões iguais a dos veículos

já circulantes no local. Umas das alterações a serem atentadas é a necessidade de

atendimento por parte do transporte de pessoas e cargas, o que ocasionará

aumento no fluxo de veículos, que serão plenamente suportadas pelas vias locais,

depois de devidas iniciativas de reparos e manutenções.

O empreendimento conta com área para carga e descarga de mercadorias e

estacionamento subterrâneo comportando 989 carros e 50 motos, totalizando 1.039

vagas, isso favorece a ordem e o fluxo contínuo de veículos nas vias de acesso ao

shopping, tal que o investimento em vagas de estacionamento busca evitar que

automóveis sejam estacionados em área externa ao limite do shopping, provocando

entraves no tráfego.

O transporte público deve se adequar às características da região e ser passível de

adaptações constantes à própria dinâmica urbana, tanto em termos quantitativos,

quanto às tecnologias dos veículos. Com a instalação do empreendimento a

movimentação de pessoas será intensa, exigindo um projeto de transporte urbano

melhor elaborado, cujo deverá contemplar juntamente o tráfego intenso de táxis e o

acesso para o shopping da população que utilizar a ferrovia Vitória – Minas, uma vez

a proximidade da estação ferroviária com o empreendimento.

A Avenida Champagnat e a Avenida Rio Doce que permitem acesso da região

centro municipal ao local do shopping deverão compreender melhorias a fim de

melhor atender a crescente demanda de veículos automotores, bicicletas e

pedestres, mesmo assim ambas já contam com pavimentação asfáltica à base de

CBUQ. A Avenida Rio Doce ainda dispõe acesso ao bairro Noêmia Vitali, na altura

do empreendimento Casulo, um dos bares/restaurantes mais frequentados do

município.

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A malha rodoviária sofrerá um impacto positivo temporário, pois as vias de acessos

deverão estar devidamente pavimentadas e sinalizadas de forma a contribuir para

um trânsito seguro e fluido. Caso as manutenções não sejam efetuadas para suprir o

permanente e regular fluxo de automóveis, ciclistas e pedrestes o impacto se tornará

negativo.

Importante salientarmos obras de engenharia viária com projetos aprovados na

municipalidade, entre eles a duplicação da ponte que interliga o bairro Vila Nova ao

bairro Marista, próximo ao restaurante Irajá II, sobre o rio Santa Maria do Doce.

Trata-se de uma importante benfeitoria viária para o município que, entre outras,

contribuirá para acesso ao shopping.

Existe ainda, em andamento um estudo de viabilidade para construção de uma

ponte sobre o rio Doce que ligará o bairro Honório Fraga ao bairro Luiz Iglésias,

importante investimento para o município que virá a favorecer muito o acesso ao

empreendimento.

Na realidade econômica atual, as soluções baseadas em altos investimentos (metrô,

trem de subúrbio, bondes) têm sido restritas às grandes metrópoles, buscando as

demais cidades resolverem seus problemas de transporte com soluções de capital

não intensivo.

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

11 MEIO AMBIENTE NATURAL

11.1 IMPACTOS CAUSADOS PELA URBANIZAÇÃO NO MEIO AMBIENTE

NATURAL DO LOCAL E DA CIRCUNVIZINHANÇA DO EMPREENDIMENTO

As linhas metodológicas de avaliação são mecanismos estruturados para comparar,

organizar e analisar informações sobre impactos ambientais de uma proposta

incluindo os meios de apresentação escrita e visual dessas informações.

Os impactos podem ser classificados em impactos positivos e negativos, de acordo

com a duração e intensidade.

Os impactos com tempo de duração temporária (T) são aqueles que vão estar

presentes enquanto existirem as atividades no local.

Os impactos com tempo de duração permanente (P) persistirão, mesmo após o

término das atividades, caso não sejam efetivadas medidas de controle e mitigação.

Os impactos ambientais de fraca intensidade (Fr) são inerentes a qualquer atividade

executada frente ao meio ambiente, que são minimizados por ações corretivas de

imediato.

Os impactos ambientais de média intensidade (M) são inerentes a qualquer

atividade executada frente ao meio ambiente, cuja exija a tomada de medidas

mitigatórias.

Os impactos ambientais de forte intensidade (F) são impactos irreversíveis, mas

impossíveis de serem evitados, uma vez sua importância para viabilizar a instalação

do empreendimento.

11.1.1 Poluição Sonora, Atmosférica e Hídrica

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A poluição sonora do empreendimento se dará de forma intermitente no momento

das obras de instalações, proveniente de ruídos específicos da construção civil.

Importante salientar o turno de trabalho a ser adotado para que este não incomode o

horário de descanso habitual da sociedade residente vizinha à área, mesmo esta

comprendendo um número reduzido de moradores.

O tráfego intenso de veículos também gerará ruídos muitas vezes nocivos à saúde

de trabalhadores e clientes, principalmente devido ao horário de funcionamento.

No funcionamento do shopping os ruídos serão provenientes da aglomeração de

pessoas, barulhos típicos da comunicação interpessoal. Como o empreendimento

oferecerá diversos serviços às fontes serão vastas, porém não acarretarão impactos

de magnitude a inviabilizar a instalação do empreendimento ou que afete de forma

abrusca a vizinhança.

O impacto na atmosfera será negativo e permanente, pois durante a implantação do

empreendimento vários veículos de grande porte estarão transitando e com isso

aumentando a emissão de dióxido e monóxido de carbono para a atmosfera. Essa

modificação continuará na fase de operação, logo que o tráfego de veículos

automotores, tanto por parte dos visitantes quanto dos funcionários se intensificará

na região.

Uma medida mitigadora a ser tomada durante a instalação do shopping será a de

manter os veículos e maquinários utilizados no momento da obra e até mesmo

durante o funcionamento do empreendimento em bom estado de conservação e com

manutenção preventiva. Tal ação evita a emissão desregulada de dióxido de

carbono e a emissão de ruídos. Importante elaborar um controle de frota e destinos,

a fim de minimizar os deslocamentos veiculares.

No momento das obras a umectação é outra medida mitigadora indispensável para

controle da suspensão de partículas (poeira), principalmente durante o nivelamento

do solo necessário para receber o empreendimento.

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Rodovia Colatina à Itapina, estrada de acesso à est. ferroviária – Colatina/ES

EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A poluição hídrica é um fator relevante a ser estudado, devido à proximidade da área

com o rio Doce, importante curso hídrico que nasce no estado de Minas Gerais e

abastece diversos municípios no estado do Espírito Santo, inclusive o município de

Colatina. Apesar das muitas intervenções já terem sido efetuadas por outras

atividades antrópicas, nas margens do rio ainda existe uma pequena faixa com

valores ambientais que requer verdadeira atenção no momento das obras de

conformação do terreno e construção do empreendimento, pois o material terroso e

resíduos de obras civis podem ser carreados ao local de preservação e até mesmo

ao rio Doce provocando o assoreamento deste, se não houverem medidas de

controle, além da construção de dispositivos de drenagem que visem direcionar e

dissipar a velocidade do escoamento superficial.

Outro ponto importante relacionado à poluição hídrica é o despejo inadequado de

efluentes sem tratamento nos corpos hídricos, tal impacto será evitado com a

destinação dos efluentes gerados pelo shopping a rede de coleta pública de

saneamento. Importante passo a caminho do desenvolvimento sustentável são as

construções dos dipositivos e da estação de tratamento de esgoto municipal, já

licitados.

Buscando ainda melhor atender a legislação vigente e as condições ambientais para

uma regular manutenção da qualidade do curso d’água, uma zona de 50m pararela

a calha do rio será mantida sem obras, disposta a compor a APP – Área de

Preservação Permanente.

11.1.2 Vibração

O estudo da vibração diz respeito aos movimentos oscilatórios de corpos e às forças

que lhes são associadas. Todos os corpos dotados de massa e elasticidade são

capazes de produzir vibração. Deste modo, a maior parte das máquinas e estruturas

está sujeita a certo grau de vibração e o seu projeto requer geralmente o exame do

seu comportamento oscilatório.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Durante a instalação do shopping e a movimentação de máquinas pesadas para

conformação da área, a vibração será constante. Isso se torna um impacto negativo

de duração temporária, uma vez que será interrompido ao final da atividade de

nivelamento.

O trânsito de veículos nas vias de acesso também provoca vibração e esta será

maximizada durante a atividade do shopping. Como a atividade do empreendimento

não necessitará de veículos de grande porte como carretas, as vias e residências ao

entorno comportaram o crescente tráfego, uma vez que os veículos que circularão

serão os mesmos previstos nos projetos de construção das vias.

Vale ressaltar que a microrregião já sofre uma influência enorme da vibração

proveniente do movimento de cargas pela linha férrea que passa a poucos metros

da área do empreendimento.

11.1.3 Periculosidade

As atividades do shopping têm restritos impactos de periculosidade, uma vez

estando centradas na comercialização de produtos e prestação de serviços a

sociedade.

O gerencimento dos resíduos gerados e o investindo em obras de melhoria viária a

fim de preservar a fluidez e a segurança no tráfego, controlam possíveis riscos a

sociedade e ao meio ambiente vizinho.

Fato a se atentar é a atração de meliantes devido à aglomeração de pessoas na

região do shopping. Assim, torna-se necessário investimento na segurança interna

do empreendimento e intensificação do monitoramento da região por parte da

seguraça pública, a fim de evitar roubos e delitos.

11.1.4 Geração de Resíduos Sólidos

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Segundo a ABNT NBR 10004:2004 resíduos sólidos, são resíduos nos estados

sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica,

hospitalar, comercial, agrícola a, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta

definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles

gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como

determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na

rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e

economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

Na fase de implantação, todo resíduo de construção civil será segregado e

destinado em aterros licenciados para tal finalidade, como é o caso de aterros

presentes no próprio município e em cidades próximas como Linhares e Aracruz.

Considerando a fase de operação, o empreendimento gerará resíduos sólidos de

diversos tipos, como: sobras de alimentos, lixo de banheiro, embalagens de papel,

metal, vidro, plástico, isopor, pilhas, eletrônicos, baterias, fraldas, dentre outros, ou

seja, resíduos sólidos urbanos. Esses resíduos serão geridos pela administração do

shopping que disponibilizará locais de armazenamento (lixeiras) aos usuários e

funcionários, posteriormente fará o recolhimento e acondicionamento em local

apropriado no interior do empreendimento à espera da coleta pública, que ocorrerá

com datas e horários especificados.

Os resíduos sólidos urbanos terão como destino final o Centro de Tratamento de

Resíduos Sólidos Urbanos de Colatina – CETREU.

Os demais resíduos que forem gerados que devido a suas características exigirem

destinação diferenciada dos citados serão encaminhados para empresas

especializadas e licenciadas para destinação final.

11.1.5 Riscos Ambientais e a Ecologia de Paisagem

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Os impactos ambientais causados pelo empreendimento são analisados levando em

consideração a instalação e a operação do mesmo. Sendo assim, podemos

perceber que o empreendimento causará impactos negativos, permanente no solo,

isso se deve, pois durante a instalação do empreendimento será necessário realizar

uma terraplenagem onde haverá relocação de solo. Importante atenção deve ser

adotada neste momento ao atendimento das limitações da área de APP, 50 metros a

contar da calha do rio, para que materiais não sejam depositados em locais que

possam ser carreados e causar assoreamento do rio.

Conforme podemos visualizar no ensaio fotográfico a seguir, feito recentemente na

área de influência do empreendimento, a supressão vegetativa ocorrera há anos

permanencendo apenas poucos exemplares arbóreos. A própria área do futuro

emprendimento já sofreu processos mecânicos antrópicos, como acondicionamento

de solo com baixa fertilidade. Esta utilmamente é subutilizada na forma de pastagem

para equinos de proprietários rurais vizinhos.

Figura 2 - Foto demonstrando a subutilização da área com resquícios de pastagem, poucos

exemplares arbóreos, ambiente completamente antropizado.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

O impacto causado à ecologia de paisagem na circunvizinhança pelo

empreendimento não será modificador principal da mesma, pois se trata de um local

aonde a atividade humana vem sendo feita há décadas. No entorno temos prédios

residenciais, empreendimentos, o centro hípico da APAE – Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais de Colatina, instalações da Associação Anjos de Resgate

e a poucos metros da mesma a estação ferroviária de Colatina. Desta forma

podemos compreender como o ambiente natural já foi modificado pelas atividades

humanas.

Logo, quanto à área diretamente utilizada, a ecologia de paisagem será alterada

significativamente uma vez que esta vem sendo subutilizada com pastagens e

apresentará construções físicas de grande porte, com finalidade de atender todos os

comércios e serviços.

Figura 3–Foto evidenciando a degradação ambiental presente há tempos. Ao fundo uma

pequena faixa de vegetação na APP do rio Doce.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Diante deste contexto, acreditamos que pelo mosaico apresentado pela área de

tempos antes à urbanização ser de desertificação, o impacto direto ao meio

ambiente será de magnitude baixa, uma vez que serão tomadas todas as

providências necessárias quanto ao controle dos passivos ambientais gerados pela

ocupação humana.

A vegetação cultivada no local será removida, mas não trará consigo maiores danos

à biota, devido ao ambiente antrópico e utilizado para criação de animais

domésticos, sendo assim a fácil remoção desses animais para outros locais. Pelo

fato de haver necessidade de compensação ambiental, a margem de 50m a ser

respeitada como AAP, será revegetada e portanto haverá significativo ganho

amabiental em relação ao mosaico atual.

11.1.6 Ventilação e Iluminação

Uma parte significativa do uso de energia em edificações está associada ao

condicionamento de ar e à iluminação artificial. Devido ao clima ameno existente em

grande parte do território nacional, a construção de edificações adequadas ao clima

local pode resultar em um consumo de energia substancialmente menor (Lôbo e

Bittencourt, 2003).

A cidade de Colatina pode ser caracterizada como uma área de demasiada

insolação anual. Devido à intensa luz solar da região onde se localiza o

empreendimento, certas medidas devem ser tomadas não somente para proteger o

ambiente interno de luminosidade excessiva e calor, mas também para limitar o

consumo de energia elétrica.

A verticalização de edificações causa sombreamento sobre as vizinhas, fazendo

com que a luz natural não atinja diretamente os imóveis de menor altura. No caso do

empreendimento este impacto ainda é reduzido, em relação a obras vizinhas, uma

vez pelo restrito número de construção ao redor e ainda por contar somente com

duas tores distantes uma da outra.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

No momento da construção um fator importante com relação à incidência de luz é

observar à movimentação solar no hemisfério sul, as edificações devem ser

orientadas no sentido leste para limitar a quantidade de luz solar que atinge o interior

diretamente durante o verão e aumentá-la durante o inverno.

Devido às possíveis mudanças morfológicas da paisagem é relevante entender o

comportamento dos ventos desta área e como estes podem ser alterados em função

da nova edificação.

Por estar inserida no vale do Rio Doce e grande parte da circunvizinhança não ter

com barreiras naturais que impeçam o trajeto dos ventos, à área conta grande

ventilação natural, desta forma, a construção poderá alterar o comportamento dos

ventos, causando aumento na velocidade dos ventos em certas áreas, e diminuição

em outras. Uma possibilidade para atenuar possíveis efeitos de mudança de

comportamento dos ventos é o espaçamento das construções, de tal maneira que os

ventos não sejam bloqueados completamente, passando por entre as edificações.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

12 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Toda atividade modificadora de morfologia é caracterizada por processos danosos

ao meio ambiente, possíveis causadores de impactos e em casos específicos

irreversíveis.

O desempenho positivo da economia do Espírito Santo está assentado

principalmente na expansão e fortalecimento de sua inserção nas relações

comerciais com o mercado nacional e internacional, o que faz da logística um dos

fatores estratégicos para o seu desenvolvimento social e econômico.

Desta forma, fazem-se necessários estudos direcionados a levantar possíveis

passivos ambientais e interligá-los ao planejamento logístico, buscando que as

alterações necessárias e as interações do empreendimento com o meio corroborem

a caminho da utilização sustentável da região, minimizando assim os impactos

negativos e maximizando os positivos, fazendo com que a intervenção humana,

mesmo sendo uma atividade degradante ao meio natural possa firmar um elo entre o

desenvolvimento urbano e a sadia qualidade de vida, sem deixar o meio ambiente a

mercê de consequências danosas.

Sendo assim, com a apresentação deste Projeto pretendemos expor os possíveis

impactos de vizinhança, positivos e negativos causados no meio ambiente pela

implantação do Shopping Rio Doce, para que dentro das possibilidades de

adequações e mitigações na fase de planejamento, estes possam auxiliar na tomada

de decisões e garantir a todos por direito, um meio em perfeito estado de equilíbrio.

Portanto, através da execução de ações planejadas que buscam a relação recíproca

entre meio ambiente e as atividades do shopping, além dos diversos fatores

descritos à área e ações adotadas para mitigação dos impactos, sob critérios de

impactos de vizinhança encontra-se favorável a instalação do shopping center.

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

13 EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA

Nome: Bernardo Machado Chisté

Titulação: Tecnólogo em Saneamento Ambiental, Especializando em Engenharia

Ambiental

Registro CREA: ES-029230/D

Registro IEMA: CTEA 59191953

Registro IBAMA: 3049933

Endereço: Rua Aristides Dalla Bernardina, n.º 53, São Silvano, Colatina/ES

CEP: 29706-100

Telefone: (27) 3721-5262 / 99829-1127

e-mail: [email protected]

Nome: Jonathan Marcelino Barcellos

Titulação: Técnico em Agropecuária, Administrador, Especialista em Engenharia

Ambiental, Especializando em Gestão de Projetos

Registro no CREA: ES-018834/TD

Registro IEMA - CTEA 45139806

Registro IDAF - CRFJ Nº 8137

Registro IBAMA: 5172489

Endereço: Rua Aristides Dalla Bernardina, n.º 53, São Silvano, Colatina/ES

CEP: 29706-100

Telefone: (27) 3721-5262 / 99986-4611

e-mail: [email protected]

Nome: Dionisio Balarine Neto

Titulação: Advogado, Especialista Planejamento e Conservação Ambiental,

Mestrando em Planejamento e Auditoria Ambiental

OAB-ES: 7431

Endereço: Rua Aristides Dalla Bernardina, n.º 53, São Silvano, Colatina/ES

CEP: 29706-100

Telefone: (27) 3721-5262 / 99957-2656

e-mail: [email protected]

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

__________________________________ __________________________________

Bernardo Machado Chisté Jonathan Marcelino Barcellos Tecnólogo em Saneamento Ambiental Técnico Agrícola Responsável Técnico Administrador

Especialista em Engenharia Ambiental __________________________________ ___________________________________ Dionisio Balarine Neto Franco Const. e Incorporadora LTDA Advogado Especialista em Responsável/Empreendimento Planejamento e Controle Ambiental

Colatina, 20 de maio de 2014.

Page 51: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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BERTÉ, RODRIGO. Gestão Socioambiental no Brasil / Rodrigo Berté. Edição

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LÔBO, Denise Gonçalves Ferreira; BITTENCOURT, Leonardo Salazar. A influência

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EIV ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

GUERRA, Sidney. Resíduos Sólidos: comentários à Lei 12.305/2010 / Sidney

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NOÉ, Carmen Júlia Barcellos. Avaliação do Plano Diretor do Município de Colatina.

Relatório Técnico. PDM-Colatina-Lei 5273-2007.

Manual de impactos ambientais: orientações básicas sobre aspectos ambientais de

atividades produtivas/ Banco do Nordeste; equipe de elaboração. Marilza do Carmo

Oliveira Dias (coordenadora), Mauri César Barbosa Pereira, Pedro Luiz Fuentes

Dias, Jair Fernandes Virgílio. Fortaleza: Banco do Nordeste, 1999. 297p.

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Agropecuária. NEPUT - Núcleo de Estudo e Planejamento e Uso da Terra – 1999.

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laboratório em geografia e análise ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2005, p.

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TEODORO, V. L. I.; TEIXEIRA, D.; COSTA, D. J. L.; FULLER, B. B. O conceito de

bacia hidrográfica e a importância da caracterização morfométrica para o

entendimento da dinâmica ambiental local. Revista UNIARA, 2007, n. 20, p. 137 –

156.

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ANEXO