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1 ESTUDO DIRIGIDO - CONSTITUCIONAL Aluna: Joyce Ferreira Sarquiz Turma: D5Ma 1. Em que a abordagem da separação dos poderes do Barão de Montesquieu se distingue daquela exposta por John Locke? Ambos vislumbraram a existência de uma tripartição das funções estatais, mas Montesquieu se distinguiu porquê ele percebeu a necessidade de que tais funções deveriam corresponder a três órgãos diversos e autônomos entre si, para que fosse possível evitar o abuso, assim, o poder iria limitar o próprio poder. 2. A atual concepção da separação dos poderes consiste, fundamentalmente, em quê? A atual concepção da separação dos poderes encontra-se relativizada, preferindo adotar um mecanismo de controle recíproco entre os poderes onde além das funções típicas prevalentes do poder (mas não exclusiva) há ao mesmo tempo funções atípicas não preponderantes visando o controle dos demais poderes, denominado de sistema de freios e contrapesos. 3. Além da atribuição primária dada ao legislador que consiste em elaborar normas jurídicas, quais outras competências atribuem-se ao Congresso Nacional? Cabe também em sua função primordial a tarefa de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo, conforme dispõe o artigo 70, da CF, além disso, possui subsidiariamente as funções de administrar (sobre sua organização, polícia e provimento de cargos) e julgar (quando decide a respeito dos crimes de responsabilidade do Presidente, Ministros do STF, entre outros). 4. Como se organiza o Poder Legislativo brasileiro? Elabore um quadro comparativo entre o Senado e a Câmara dos Deputados, estabelecendo os pontos comuns e as distinções entre ambos. Como o Brasil adota o sistema bicameral federativo, a função legislativa no âmbito federal é exercida por duas câmaras distintas. Podemos compará-las da seguinte forma: QUADRO COMPARATIVO CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL REPRESENTAÇÃO Representam o povo. Representam os Estados e o DF. ELEIÇÃO Eleitos pelo sistema proporcional. Eleitos segundo o princípio majoritário. IDADE MÍNIMA 21 anos. 35 anos. Nº. ELEITOS O número de representantes eleitos em cada Estado é de acordo com a quantidade de habitantes, mas não poderá ser <8 nem >70 deputados. Total de 513 deputados. Será sempre 3 senadores por Estado e DF independentemente da quantidade de habitantes em cada Estado. Total de 81 senadores. MANDATO De 4 anos. De 8 anos. RENOVAÇÃO De 4 em 4 anos, sem alternância. De 4 em 4 anos, alternadamente por 1/3 e 2/3. SUPLENTES Sem suplentes. Cada senador tem 2 suplentes. SEMELHANÇAS - eleitos pelo povo; - voto direto e secreto; - função de legislação e fiscalização dos outros poderes; - podem se reeleger sem limite do número de vezes. - eleitos pelo povo; - voto direto e secreto; - função de legislação e fiscalização dos outros poderes; - podem se reeleger sem limite do número de vezes. 5. Como definiria “processo legislativo”? Definiria nas palavras de Alexandre de Moraes que diz que o processo legislativo é “o conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção das leis e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”. 6. É correto afirmarmos que o Brasil adotou, em relação à forma de organização política do processo legislativo, a modalidade semidireta? Explique e justifique.

Estudo Dirigido - Constitucional II - Joyce Sarquiz

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    ESTUDO DIRIGIDO - CONSTITUCIONAL

    Aluna: Joyce Ferreira Sarquiz Turma: D5Ma 1. Em que a abordagem da separao dos poderes do Baro de Montesquieu se distingue daquela exposta por John Locke? Ambos vislumbraram a existncia de uma tripartio das funes estatais, mas Montesquieu se distinguiu porqu ele percebeu a necessidade de que tais funes deveriam corresponder a trs rgos diversos e autnomos entre si, para que fosse possvel evitar o abuso, assim, o poder iria limitar o prprio poder. 2. A atual concepo da separao dos poderes consiste, fundamentalmente, em qu? A atual concepo da separao dos poderes encontra-se relativizada, preferindo adotar um mecanismo de controle recproco entre os poderes onde alm das funes tpicas prevalentes do poder (mas no exclusiva) h ao mesmo tempo funes atpicas no preponderantes visando o controle dos demais poderes, denominado de sistema de freios e contrapesos. 3. Alm da atribuio primria dada ao legislador que consiste em elaborar normas jurdicas, quais outras competncias atribuem-se ao Congresso Nacional? Cabe tambm em sua funo primordial a tarefa de fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Poder Executivo, conforme dispe o artigo 70, da CF, alm disso, possui subsidiariamente as funes de administrar (sobre sua organizao, polcia e provimento de cargos) e julgar (quando decide a respeito dos crimes de responsabilidade do Presidente, Ministros do STF, entre outros). 4. Como se organiza o Poder Legislativo brasileiro? Elabore um quadro comparativo entre o Senado e a Cmara dos Deputados, estabelecendo os pontos comuns e as distines entre ambos. Como o Brasil adota o sistema bicameral federativo, a funo legislativa no mbito federal exercida por duas cmaras distintas. Podemos compar-las da seguinte forma:

    QUADRO COMPARATIVO

    CMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

    REPRESENTAO Representam o povo. Representam os Estados e o DF.

    ELEIO Eleitos pelo sistema proporcional. Eleitos segundo o princpio majoritrio.

    IDADE MNIMA 21 anos. 35 anos.

    N. ELEITOS

    O nmero de representantes eleitos em cada Estado de acordo com a quantidade de habitantes, mas no poder ser 70 deputados. Total de 513 deputados.

    Ser sempre 3 senadores por Estado e DF independentemente da quantidade de habitantes em cada Estado. Total de 81 senadores.

    MANDATO De 4 anos. De 8 anos.

    RENOVAO De 4 em 4 anos, sem alternncia. De 4 em 4 anos, alternadamente por 1/3 e 2/3.

    SUPLENTES Sem suplentes. Cada senador tem 2 suplentes.

    SEMELHANAS

    - eleitos pelo povo; - voto direto e secreto; - funo de legislao e fiscalizao dos outros poderes; - podem se reeleger sem limite do nmero de vezes.

    - eleitos pelo povo; - voto direto e secreto; - funo de legislao e fiscalizao dos outros poderes; - podem se reeleger sem limite do nmero de vezes.

    5. Como definiria processo legislativo? Definiria nas palavras de Alexandre de Moraes que diz que o processo legislativo o conjunto coordenado de disposies que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos rgos competentes na produo das leis e atos normativos que derivam diretamente da prpria constituio. 6. correto afirmarmos que o Brasil adotou, em relao forma de organizao poltica do processo legislativo, a modalidade semidireta? Explique e justifique.

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    No correto afirmar que o Brasil adotou a modalidade semidireta, muito embora no seja vedada a possibilidade de eventualmente uma lei ser submetida a um referendo para ser editada ou para garantir sua aplicabilidade, a modalidade adotada no Brasil a do sistema representativo onde o povo escolhe seus representantes, que entre outras atribuies, tero a tarefa de elaborar leis. Caracteriza-se, portanto, pela existncia de um rgo especfico com a funo de produzir espcies normativas. 7. Em quantas fases se compe o processo legislativo ordinrio, e em que consistem? O processo legislativo ordinrio compreende trs fases distintas. Inicialmente, ocorre a fase introdutria marcada pela iniciativa de lei por meio da apresentao de um projeto de lei, pela pessoa legitimada a fazer essa iniciativa (h matrias reservadas de iniciativa reservada). A segunda fase a constitutiva, em que h a deliberao parlamentar em as Casas acerca daquele projeto de lei, que pode ser aprovado, emendado ou rejeitado. Caso seja aprovado, h a deliberao executiva onde o Presidente da Repblica dever sancionar ou vetar o projeto de lei. Com a aprovao, entramos na fase final que a fase complementar, na qual a lei ser promulgada e publicada dando eficcia a nova norma. 8. Qual a finalidade dos processos legislativos especiais? Os processos legislativos especiais tm por finalidade a elaborao de emendas Constituio, leis complementares, leis delegadas, medidas provisrias, decretos-legislativos, resolues e leis financeiras. Cada uma destas espcies normativas possui um trmite especial para sua apreciao pelo Congresso Nacional. 9. Segundo a Lei Complementar 95/1998, qual a finalidade e como devem se apresentar as alneas, os pargrafos e os incisos em uma norma jurdica? Em regra, cada artigo tratar de um nico assunto. Neste, ser estabelecida a regra geral, enquanto as excees ou complementaes necessrias sero redigidas em pargrafos. Os pargrafos so a imediata subdiviso do artigo, cuja funo determinar as restries ou complementar as disposies deste. Os incisos so utilizados como elementos discriminativos do artigo se o contedo nele tratado no for suscetvel de ser regulada em pargrafo. Os incisos, geralmente, so empregados para enumeraes. As alneas so os desmembramentos dos incisos e dos pargrafos. Em regra, so utilizadas para pequenas enumeraes. 10. O prembulo da Constituio Federal possui fora cogente? Explique. O prembulo de uma Constituio pode ser definido como documento de intenes do diploma, e consiste em uma certido de origem e legitimidade do novo texto e uma proclamao de princpios, demonstrando a ruptura com o ordenamento constitucional anterior e o surgimento jurdico de um novo Estado. O prembulo indicar o rgo ou instituio competente para a prtica do ato e sua base legal (artigo 6, da Lei Complementar 95/98). O prembulo deve conter o nome da autoridade, seu cargo e a atribuio constitucional em que se baseia para promulgar a lei. Sendo assim, no possui fora cogente, asseverando essa ideia o Supremo Tribunal Federal entende que o prembulo, por no possuir fora cogente nem carter normativo, no pode prevalecer contra o texto da Constituio, nem servir de parmetro para a declarao de inconstitucionalidade. 11. Um Deputado Federal apresentou Cmara dos Deputados um projeto de lei cuja matria reservada ao Presidente da Repblica (iniciativa privativa). Aps tramitar e ser aprovado pelo plenrio das duas casas foi remetido ao Presidente da Repblica que, dentro do prazo, sancionou-o. Neste caso ocorreu a convalidao do vcio de iniciativa? Explique. Conforme o artigo 57, nico da EC n. 1/69, o vcio de iniciativa exclusiva do Presidente da Repblica no pode ser suprido pela futura sano presidencial. Isso significa que se um projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo for apresentado por um deputado, aprovado pelo Congresso Nacional e receber a sano presidencial, o vcio inicial no ser convalidado e a lei, consequentemente, ser inconstitucional. 12. Como deve proceder o movimento dos sem teto para ver um projeto de lei que elaborou? Apresente trs caminhos possveis, segundo nossa atual Constituio Federal. O movimento dos sem teto tem trs caminhos possveis para ver elaborado um projeto de lei de seu interesse. O primeiro caminho atravs da iniciativa popular, forma mor de exerccio da soberania popular previsto no art. 61, 2 c/c o art. 14, III, da CF, onde o movimento poder apresentar um projeto de lei, mediante proposta e manifestao de no mnimo, 1% do eleitorado nacional, distribudo em pelo menos 5 estados, com no menos de 0,3% dos eleitorados de cada um deles. o primeiro passo para um projeto que no necessita de intermdio de representantes para deflagrar o incio do processo legislativo que depois no Congresso ter a mesma tramitao que os demais projetos (art.252, VI, da Lei 9709/98) onde poder ser rejeitado, emendado ou aprovado.

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    O segundo caminho, respeitando o artigo 61 da CF, sobre as pessoas legitimadas a iniciar um projeto de lei, a Lei 9709/98 em seu artigo 254, caput e 1, prev a possibilidade de participao do processo atravs do oferecimento de sugestes de iniciativa legislativa onde a Comisso de Legislao Participativa ir analisar e as aprovadas sero transformadas em proposio legislativa de sua iniciativa, que ser encaminhada Mesa para tramitao. O terceiro caminho possvel o movimento dos sem teto entregar o projeto de lei na mo de um parlamentar que apoia e concorda com a proposta e este, atravs da sua legitimidade de iniciativa prevista no artigo 61 da CF, dar prosseguimento a fase introdutria do processo legislativo. 13. Todos os projetos de lei devem ser votados pelo plenrio para ser aprovados? Explique e fundamente. No, pois a Constituio atribuiu as Comisses do Congresso Nacional alm de discutir e emitir pareceres sobre o projeto de lei, tambm que o de apreciar, em alguns casos, com poder decisivo, projetos de lei em substituio ao Plenrio da respectiva Casa Legislativa. Com efeito, o inciso I do 2 do art. 58 da Constituio Federal prescreve que cabe s comisses, em razo da matria de sua competncia, discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competncia do Plenrio, salvo se houver recurso de um dcimo dos membros da Casa, porm verifica-se que o Regimento Interno determina que alguns projetos, devido espcie, ao regime de tramitao, iniciativa, origem, ou matria nele tratada, sujeitam-se a apreciao do Plenrio da Cmara desde o incio de sua tramitao na Casa. Esses so os casos, respectivamente, do projeto de lei complementar, do projeto em regime de urgncia devido natureza da matria, do projeto de iniciativa popular, do projeto oriundo do Senado, ou por ele emendado, que tenha sido aprovado pelo Plenrio de qualquer das Casas, do projeto de cdigo. 14. Qual papel desenvolvem as comisses e, especificamente, a Comisso de Constituio, Justia e Redao da Cmara dos Deputados e da Comisso de Constituio, Justia e Cidadania do Senado Federal? O sistema de comisses foi um mtodo de trabalho desenvolvido pelos parlamentos para viabilizar discusses mais aprofundadas e em pormenores das proposies apresentadas s cmaras. Geralmente da funo bsica de preparar os textos para a votao das cmaras, emitindo relatrios e pareceres tcnicos. O sistema de comisses no Brasil tem seu fundamento na Constituio Federal de 1988, que dispe que o Congresso Nacional e suas Casas Cmara dos Deputados e Senado Federal tero comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criao. Primeiramente o projeto ser analisado por uma comisso temtica que analisar a matria da proposio e depois ser analisada pela Comisso de Constituio e Justia observando a constitucionalidade do projeto. As Comisses de Constituio e Justia e de Cidadania da Cmara de Deputados e do Senado so importantssimos, pois apresentam parecer terminativo podendo, caso no se verifique a existncia dos pressupostos de constitucionalidade e juridicidade, encerrar a tramitao dessas proposies, salvo recurso ao Plenrio para que ele decida, definitivamente, em apreciao preliminar, sobre a admissibilidade da matria. 15. Qual o quorum exigido para a aprovao: a) de Emenda constituio De acordo com o artigo 60, 2, CF, haver dois turnos em cada Casa devendo ter em cada deliberao um quorum de 3/5 dos membros de cada Casa. b) do Projeto de Lei Ordinria De acordo como artigo 47, CF a lei ordinria exige apenas maioria simples de votos para ser aceito. c) do Projeto de Lei Complementar Como se constitui a maioria absoluta e a maioria simples? Qual a diferena entre quorum para deliberao da casa e quorum para aprovao de projeto de lei? De acordo com o artigo 69, CF, a lei complementar exige maioria absoluta. A votao por maioria simples de acordo com o nmero de presentes, ou seja, o projeto de lei ser aprovado se obtiver a metade mais um dos votos favorveis dos parlamentares presentes na sesso (nmero varivel). J a votao por maioria absoluta observa-se o nmero total de integrantes da Casa Legislativa. O projeto de lei ser aprovado se obtiver votos favorveis da metade mais um do total dos parlamentares, independente do nmero de congressistas presentes naquela sesso. O Quorum para deliberao da casa o nmero mnimo de parlamentares que devem estar presentes na sesso para que se delibere sobre as matrias da Ordem do Dia, j o quorum para a aprovao de um projeto de lei o nmero mnimo de votos necessrios para que determinada matria seja aprovada. 16. Uma vez que ocorreu o veto, esta deciso do Presidente da Repblica soberana? Explique e fundamente, apresentando o dispositivo constitucional pertinente. No soberano, pois no tem o condo de encerrar o processo legislativo e sim o de discordar dos termos de um projeto de lei. Analisa-se a forma e o mrito e as suas razes devem ser motivadas. O objetivo do veto impedir a imediata converso do projeto em uma lei que possa ser prejudicial, devendo o mesmo ser submetido a uma nova anlise no Congresso Nacional. Caso o Congresso Nacional decida manter o veto, o projeto de lei considera-se rejeitado

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    (artigo 67 CF). Porm, se o Poder Legislativo rejeitar o veto, o projeto de lei considera-se aprovado, devendo ser remetido ao Chefe do Executivo para a promulgao (artigo 66 5, CF).93 V-se, portanto, que a rejeio do veto dispensa o consentimento presidencial, embora sua manifestao seja requisito fundamental para a transformao do projeto em lei. 17. Quais os fundamentos que podem ser invocados para o Veto Presidencial? O veto poder ter dois fundamentos: inconstitucionalidade, onde o Presidente exerce um controle de constitucionalidade preventivo cujo objetivo impedir a entrada em vigor de uma norma eivada de vcios; e o veto poltico que possibilita ao Chefe do Executivo rejeitar projetos de lei cujo contedo contrrio ao interesse pblico do Governo naquele momento. 18. Explique por qual razo de ordem lgica o Veto encontra-se na fase constitutiva e no na fase complementar do processo legislativo. O veto a forma de manifestao de discordncia do Presidente da Repblica com os termos de um projeto de lei submetido a sua apreciao to logo aprovado pelo Congresso Nacional, aqui ainda um projeto de lei e no tornou-se uma norma jurdica, est ainda em construo (fase constitutiva),pois a lei torna-se perfeita e acabada com a sano ou com a rejeio do veto pelo Poder Legislativo,que, s passar a gerar efeitos jurdicos a partir da fase complementar que ir atestar a eficcia da norma jurdica por meio da promulgao e da publicao. 19. Como definiu Pontes de Miranda a promulgao da lei? Explique seus fundamentos. De acordo com Pontes de Miranda, a promulgao constitui mera atestao da existncia da lei e proclamao da sua executoriedade. Este ato tem por finalidade certificar a existncia de uma nova lei no ordenamento jurdico que est apta a produzir efeitos perante os cidados. Assim, a promulgao o ato que o Executivo autentica a lei declarando que a ordem jurdica foi inovada por uma lei vlida, executria e obrigatria. 20. Voc defende que h hierarquia entre lei complementar e lei ordinria? Fundamente seu posicionamento. No defendo a ideia de h hierarquia entre lei complementar e lei ordinria, j que como diz o constitucionalista Michel Temer, a lei ordinria no possui seu fundamento de validade na lei complementar, mas pelo contrrio, ambas as espcies normativas encontram sua fonte geradora na Constituio Federal, o que demonstra que a lei complementar e a lei ordinria esto escalonadas no mesmo patamar no ordenamento jurdico logo abaixo das normas constitucionais. Apesar do quorum para aprovao de uma lei complementar parecer demonstrar uma importncia superior a ordinria por exigir a maioria absoluta, entendo que o Constituinte reservou mbitos materiais distintos a cada espcie garantindo a importncia de ambos sem sobrepor uma sobre a outra.