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Estudo do processo de infiltração dos aditivos Al2O3/E2O3 e AlN/E2O3 no SiC (E2O3 = óxido misto de terras raras)
S. Ribeiro, R. M. Balestra, S. P. Taguchi Polo Urbo Industrial, gleba AI-6, Mondesir, CP 116, Lorena-SP-Brasil
Faculdade de Engenharia Química de Lorena
Departamento de Engenharia de Materiais
RESUMO O processo de infiltração tem sido amplamente estudado e tornado um dos
mais significativos métodos para produção de materiais compósitos. Neste trabalho
foi estudado a infiltração dos sistemas de aditivos Al2O3/E2O3 e AlN/E2O3 em
compactos de SiC, sendo que E2O3 é um óxido misto de terras raras obtido a partir
da xenotima. A infiltração foi realizada sem pressão, ou seja, método de infiltração
espontânea, nas temperaturas de fusão dos aditivos, por 5 e 10 minutos, em
atmosfera de argônio. Os infiltrados foram cortados na seção longitudinal e foram
analisadas as microestruturas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O
aditivo Al2O3/E2O3 apresentou um menor avanço de infiltração no compacto de SiC
que o aditivo AlN/E2O3, mesmo à temperaturas elevadas.
Palavras-chaves: Infiltração, nitreto de alumínio, óxido de alumínio, óxido misto de
terras raras, carbeto de silício.
INTRODUÇÃO Carbeto de silício, SiC, é um material cerâmico muito conhecido e com
interessante propriedades, como sua baixa densidade, boa resistência térmica e
1
abrasiva, excelente resistência a corrosão, baixo coeficiente de expansão térmica e
alta condutividade térmica, com boa resistência ao choque térmico (1, 2).
A elevada densificação do SiC sinterizado via fase sólida é possível somente
usando alta temperatura (>2100 ºC) e/ou pressão de sinterização, devido ao seu
baixo coeficiente de auto-difusão. Entretanto, a sinterização via fase líquida é
normalmente usada para aumentar a densidade relativa de cerâmicas. Óxidos
metálicos podem ser usados com aditivos nesta sinterização. Negita (3) estudou a
possibilidade de reações entre SiC e vários óxidos a 2127 ºC, demonstrando que os
mais estáveis são Al2O3, BeO, HfO2, ThO2, Sm2O3, Y2O3, La2O3, Ce2O3. Alguns
destes óxidos, Al2O3 e Y2O3 são muito usados na sinterização de cerâmicas
covalentes.
O processo de infiltração tem sido bastante explorado para produção de
compósitos, normalmente cerâmica-metal (5-8, 12-14). Existem muitos trabalhos de
cerâmica-metal obtidos por infiltração, mas existem poucos trabalhos de cerâmica-
cerâmica (4-12). Este processo pode ser realizado com ou sem pressão em
compactos cerâmicos. De todos os métodos de infiltração, a infiltração espontânea,
é a mais atrativa por ser realizada sem pressão externa. Conseqüentemente, esta é
a mais econômica (4, 5, 7, 8, 14).
A força motora da infiltração espontânea do líquido nos compactos é a
capilaridade, que depende fortemente da forma e tamanho dos poros
interconectados e da molhabilidade entre líquido e o sólido do compacto.
Teoricamente é assumido que os poros são canais de capilares paralelos formando
uma estrutura complexa de poros no compacto. Alguns experimentos resultam que a
velocidade da infiltração é diretamente proporcional para o diâmetro do poro, tempo,
e energia superficial do líquido, e inversamente proporcional para a viscosidade do
líquido (10). O processo de infiltração tem sido modelado pela lei de Darcy, Equação
(A) (13).
( )t
Dh lv
ηρρθγ
151cos 2
2 −= (A)
onde h é a distancia da infiltração, D é o tamanho médio das partículas, γlv é a
energia específica superficial, θ é o ângulo de contato, ρ é a densidade relativa, η é
a viscosidade e t é o tempo de infiltração.
2
A teoria fundamental de capilaridade e infiltração espontânea dos poros não-
cilíndricos pode ser encontrado no artigo de Trumble (15). A infiltração espontânea
requer uma excelente molhabilidade das partículas sólidas pelo líquido (7, 14, 15). O
comportamento do líquido na superfície do sólido é geralmente indicada pelo ângulo
de contato θ, o qual é expressado como uma função das energias superficiais (2, 16–
20). Quando θ < 90o a capilaridade aumenta para a infiltração espontânea (15).
O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento da infiltração dos
aditivos Al2O3/E2O3 e AlN/E2O3 no SiC, melhorando a produção de cerâmicas de SiC
para substituir o processo convencional de sinterização via faze líquida. A
justificativa deste trabalho está baseada no fato de que a sinterização via fase
líquida necessita de alta temperatura e longos tempos e o processo de infiltração
necessita de baixa temperatura e curto período de tempo
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi utilizado pó de carbeto de silício (β-SiC) tipo grade BF-12 da HCST para
confecção dos compactos. Os pós de SiC foram prensados uniaxialmente a 30 MPa,
com 10 mm de diâmetro e isostaticamente a 300 MPa. Os compactos foram pré-
sinterizados a 1500 ºC em forno Astro, por 30 minutos e usinados com diâmetro
inferior de 7 mm e altura de 10 mm, e diâmetro superior de 10 mm e altura de
13 mm, Fig. 1(a). Este formato pré-determinado está de acordo com o “modelo de
infiltração indireta”, o qual determina o comportamento unidirecional de infiltração.
As misturas dos aditivos foram feitas com nitreto de alumínio (AlN), tipo
grade C da Hermann C. Starck (HCST), óxido de alumínio (Al2O3) da Baicalox, e
óxido misto de terras, E2O3, produzido no DEMAR/FAENQUIL, a partir da xenotima.
As misturas foram realizadas em meio álcool isopropílico tipo p. a. da ICIBRA,
utilizando moinho de atrição com velocidade de 1000 rpm, por 1 hora. Em seguida a
suspensão foi seca em evaporador rotativo a 80oC, e em estufa a 120oC. O pó final
foi passado em peneira ABNT 40. Os aditivos Al2O3/E2O3 e AlN/E2O3 (denominados
EA e EN, respectivamente), de composição apresentada na Tabela I, foram
escolhidas em função dos resultados de um estudo de molhabilidade (2, 21), pois esta
3
está diretamente correlacionada com a infiltração; quanto melhor for a molhabilidade
da fase líquida, terá maior probabilidade de melhor infiltração . Estes aditivos foram
prensados uniaxialmente a 30 MPa com diâmetro de 20 mm, Fig. 1(b). Estas
amostras foram sinterizadas em um forno tubular de alumina tipo Lindberg, a
1500 ºC por 1 h, em atmosfera de argônio.
Tabela I – Composição dos aditivos (porcentagem em massa)
Denominação Al2O3 E2O3 AlN
EA 50,00 50,00 0,00
EN 0,00 90,00 10,00
O compacto de SiC foi colocado com sua parte de menor diâmetro sobre o
aditivo, e este conjunto dentro de um cadinho de grafite, como pode ser visto na
Fig. 1(c). Em seguida esse conjunto, cadinho – aditivo – SiC, foi colocado num forno
de resistência de grafite, tipo ASTRO, e aquecido até a temperatura na qual a parte
inferior do compacto de SiC foi submersa no líquido, Fig. 1(d), e mantidos por
tempos mencionados a frente, seguido de resfriamento a uma taxa de 40ºC/minuto.
A quantidade de aditivo foi calculada para ser suficiente para infiltrar em todo o
volume do compacto sem tocar na seção de infiltração unidirecional. A parte que
ficou submersa no líquido foi descartada. Os testes de infiltração foram realizados
em atmosfera de argônio (Ar) P. A. da White Martins.
Aditivo (Sólido)
Cadinho
SiC
Aditivo (Sólido)
φ 20 mm
φ 7 mm
φ 10 mm
13 mm
10 mm
SiC
Aditivo (Liquido)
(d) (c) (a) (b)
Fig. 1 – Esquema ilustrativo: (a) compacto de SiC, (b) amostra de aditivo,
(c) SiC/aditivo/cadinho usado nos testes de infiltração antes do aditivo fundir, e
(d) depois da fusão.
4
Após infiltração as amostras foram cortadas na seção longitudinal, lixadas e
polidas com suspensões de diamante até 1 µm. Foi analisado o avanço da infiltração
e a microestrutura das regiões sem e com infiltração utilizando Microscopia
Eletrônica de Varredura, MEV, no modo retroespalhados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A infiltração é influenciada pelo molhamento, e este pode ser medido pelo
ângulo de contato. A Fig. 2 apresenta as curvas de molhabilidade dos aditivos
Al2O3/E2O3 (EA) e AlN-E2O3 (EN) (2, 16). Observa-se que o aditivo EA fundi e molha
melhor em temperaturas mais baixas que o aditivo EN.
Fig. 2 – Variação do ângulo de contato em função da temperatura para as misturas
dos aditivos EA e EN em função da temperatura, em atmosfera de argônio (2, 21).
A Fig. 3 ilustra os compactos infiltrados nas temperaturas e tempos indicados
na legenda. Observa-se que a infiltração da mistura de aditivos constituída de Al2O3-
E2O3 tem um baixo desempenho, mesmo em temperaturas mais elevadas 1910oC,
Fig. 3 (d) e tempos mais prolongados 10 minutos, Fig. 3 (b).
5
(d) (c) (b) (a)
Fig. 3 – Compactos de SiC usados nos testes de infiltração do sistema de aditivos
EA: (a) líquido na temperatura de fusão (1814oC), por 5 minutos, (b) líquido na
temperatura de fusão (1814oC), por 10 minutos, (c) líquido na temperatura de 20oC
acima da fusão (1834oC), por 5 minutos, (d) líquido a 100oC acima da temperatura
de fusão (1914oC), por 5 minutos.
Pela simples observação da Fig. 3, pode-se concluir que o aditivo Al2O3-E2O3
não indica condições favoráveis de infiltração de compactos de SiC, mesmo por
tempos mais longos. A solução seria elevar a temperatura de infiltração, como
indicado na Fig. 3 (d), o que não é muito bom devido ao aumento da vaporização
dos aditivos com o aumento da temperatura (3).
A Fig. 4 mostra imagens de microscopia eletrônica de varredura das regiões
não infiltrada (parte clara na Fig. 3), intermediária (entre a região totalmente infiltrada
e não infiltrada) e região totalmente infiltrada (região escura na Fig. 3).
Figura 4 – MEV do SiC infiltrado com o aditivo EA a 1814oC (temperatura de fusão
do aditivo) durante 10 minutos: (a): região não infiltrada, (b) intermediária e (c)
infiltrada.
Na Fig. 5 estão apresentadas fotomicrografias de MEV de compactos infiltrados
nas a 1834 ºC por 5 minutos, 20oC acima da temperatura de fusão. O objetivo foi
10 µm 10 µm 10 µm
(a) (b) (c)
5mm
6
verificar a influência do tempo e temperatura na infiltração dessa mistura de aditivos.
Observa-se que 20oC de sobreaquecimento a temperatura de fusão do aditivo não
produziu efeito significativo na infiltração desta amostra.
(a) (b) (c)
10 µm 10 µm 10 µm
Fig. 5 - MEV do SiC infiltrado com o aditivo EA a 1834oC, durante 5 minutos:
(a) região não infiltrada, (b) intermediária e (c) infiltrada.
Na Fig. 6 são apresentadas as fotomicrografias das microestruturas do
compacto infiltrado a 100 ºC acima da temperatura de fusão do aditivo.
(a) (b) (c)
10 µm 10 µm 10 µm
Figura 6 - MEV do SiC infiltrado com o aditivo EA a 1914oC, durante 5 minutos: (a)
região não infiltrada, (b) intermediária e (c) infiltrada.
Da mesma forma apresentada para as outras composições anteriores essas
fotomicrografias mostram uma microestrutura homogênea para as regiões infiltradas
constituídas por uma fase SiC bem definida rodeada por outra fase proveniente do
líquido de infiltração. É mostrado também, que a parte não infiltrada é constituída de
uma estrutura do compacto original, com partículas de SiC interligadas,
permanecendo um esqueleto poroso.
A Fig. 7 mostra os compactos infiltrados com a mistura de aditivos AlN/E2O3 –
EN, onde pode-se observar que este aditivo tem ótimo comportamento em relação à
infiltração espontânea e unidirecional, mesmo com o líquido na temperatura de
7
fusão, infiltrando uma altura de 14 mm, Fig. 7(a). Quando a temperatura de
infiltração foi aumentada em 100 ºC, em relação à temperatura de fusão, mesmo
para tempo de 5 minutos, a infiltração foi excelente, atingindo uma altura de 20 mm,
Fig. 7(b).
(a) (b)
5mm
Fig. 7 – Compactos de SiC usados nos testes de infiltração do sistema de aditivos
AlN-E2O3 (EN) (a) líquido na temperatura de fusão (1814oC), por 10 minutos, (b)
líquido a 100oC acima da temperatura de fusão (1914oC), por 5 minutos.
Na Fig. 8 estão representadas as imagens de MEV do compacto infiltrado com
o aditivo AlN-E2O3 – EN, a 1814oC, ou seja, na temperatura de fusão do aditivo,
durante 10 minutos.
(a) (b) (c)
10 µm 10 µm 10 µm
Fig. 8 – MEV do SiC infiltrado com o aditivo EN a 1814oC, durante 10 minutos: (a)
região não infiltrada, (b) intermediária e (c) infiltrada do substrato.
Na Fig. 9 estão representadas as imagens de MEV do compacto infiltrado com
o aditivo AlN-E2O3 – EN, a 1914oC, ou seja, na temperatura de fusão do aditivo,
durante 5 minutos. Tanto na Fig. 8, quanto na Fig. 10, observa-se que microestrutura
é homogênea, e na região infiltrada, grãos de SiC bem definidos.
8
(b) (a) (c)
10 µm 10 µm 10 µm
Fig. 9 – MEV do SiC infiltrado com EN a 1914oC, durante 5 minutos: (a) região não
infiltrada, (b) intermediária e (c) infiltrada.
A Fig. 10 é uma fotomicrografias ampliada da Fig. 9(c), para ilustrar de maneira
mais detalhada a microestrutura da parte infiltrada dos compactos de SiC com o
aditivo EN. Nota-se nesta figura que a microestrutura da parte infiltrada é constituída
de duas fases: a clara, contendo o aditivo que infiltrou e a escura constituída pelos
grãos de SiC. É importante salientar que mesmo para tempo curto de infiltração, 5
minutos, já formaram grãos hexagonais, indicando a transformação β→α-SiC.
Também, pode ser notado nessas imagens de MEV que o produto da infiltração é
homogêneo e sem porosidade.
10 µm
Fig. 10 – MEV do SiC infiltrado com o aditivo EN, a 1914oC, durante 5 minutos, em atmosfera de argônio.
No sistema de aditivo Al2O3-E2O3 a infiltração se apresenta insignificante
quando comparada com os sistemas de aditivos a base de AlN, ou seja, AlN-E2O3,
mostrando que o AlN produz um líquido com maior ascensão capilar, podendo se
tornar um aditivo promissor para produção de cerâmicas de SiC via infiltração.
9
CONCLUSÕES 1. A infiltração do aditivo Al2O3/E2O3 - EA, tem um ótimo comportamento em
relação a infiltração, mesmo em temperaturas mais elevadas, 1910 ºC, e tempos
mais prolongados, 10 minutos.
2. O aditivo AlN/E2O3 – EN se tem um bom comportamento em relação a
infiltração espontânea e unidirecional.
3. As microestruturas das regiões infiltradas são homogênea e constituídas por
uma fase SiC bem definida rodeada por outra fase proveniente do líquido de
infiltração. A parte não infiltrada é constituída de uma estrutura do compacto original,
com partículas de SiC interligadas, permanecendo um esqueleto poroso.
4. A amostra EN, mesmo para tempo curto de infiltração, 5 minutos, apresenta
grãos hexagonais, indicando a transformação β→α-SiC.
AGRADECIMENTOS
À FAPESP (processos 01/10.664-6 e 01/11339-1) e ao CNPq pelo apoio
financeiro.
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STUDY OF Al2O3/E2O3 AND AlN/E2O3 INFILTRATION ADDITIVES IN SiC (E2O3 = RARE EARTH MIX OXIDE).
ABSTRACT
The infiltration process has been investigated and it becomes one of the most
significative methods for composites materials production. In these work was studied
the infiltration of Al2O3/E2O3 and AlN/E2O3 additives in SiC infiltration, where E2O3 is
the rare earth óxide mixture obtained from xenotime. The infiltration was realized in
temperature of additives melting, at 5 e 10 minutes, in argon atmosphere. The
infiltrates were cut in longitudinal section, and the microstructure was analyzed by
scanning electron microscope (SEM). The Al2O3/E2O3 additive showed shorter
11
advances of infiltration in SiC compact that the AlN/E2O3 additive, even at high
temperature.
KEY-WORDS: Infitration, aluminum nitride, aluminum oxide, rare earth mix oxide,
silicon cabide..
12