54
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROJETO DE GRADUAÇÃO ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO HUGLEYDSON THOM PROESCHOLDT VITÓRIA – ES MARÇO/2006

_ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

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Page 1: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

PROJETO DE GRADUAÇÃO

ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR

SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

HUGLEYDSON THOM PROESCHOLDT

VITÓRIA – ES MARÇO/2006

Page 2: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

HUGLEYDSON THOM PROESCHOLDT

ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR

SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO Parte manuscrita do Projeto de Graduação do aluno Hugleydson Thom Proescholdt, apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo, para obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.

VITÓRIA – ES MARÇO/2006

Page 3: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

HUGLEYDSON THOM PROESCHOLDT

ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE

MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

COMISSÃO EXAMINADORA: ___________________________________ Prof. Dr. Gilberto Costa Drumond Sousa Orientador ___________________________________ Profa. Dra. Jussara Farias Fardin Examinadora ___________________________________ Eng. Leandro Matos Riani Examinador

Vitória - ES, 02, março, 2006

Page 4: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

i

DEDICATÓRIA

À minha Mãe.

Page 5: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

ii

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Engenheiro Leandro Matos Riani por propor o trabalho. Ao

professor Gilberto Costa Drumond Sousa pela atenção e paciência durante estes meses

de trabalho. Ao professor Domingos Sávio e professora Jussara Farias Fardin pelo

fornecimento de materiais que me ajudaram a entender melhor o problema.

Page 6: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

iii

Lista de figuras

Figura 1 Relação entre fluxo magnético, curva de saturação e corrente de

magnetização ............................................................................................................... 11

Figura 2 - Modelo de um Transformador .................................................................... 12

Figura 3 - Circuito equivalente de um transformador visto pelo primário .................. 14

Figura 4 – Relação entre mψ e mi . ............................................................................... 17

Figura 5 – Relação entre mψ e satnãom

_ψ . ......................................................................... 18

Figura 6 – Relação entre ψΔ e mψ .............................................................................. 19

Figura 7 – Transformador monofásico modelado no Simulink ................................... 22

Figura 8 – Modelo do Transformador trifásico no Simulink ...................................... 23

Figura 9 – Diagrama de Blocos da simulação ............................................................. 24

Figura 10 – Transformação da corrente do eixo abc para o eixo qd0. ........................ 25

Figura 11 – Transformação da tensão no eixo qd0 para o eixo abc ............................ 26

Figura 12 – Eixo abc/qd0 e enrolamentos amortecedores ........................................... 27

Figura 13 – Modelo da tensão no eixo qd0 aplicado ao ambiente Simulink ............... 30

Figura 14 – Modelagem de rqsψ e r

dsψ no ambiente Simulink ......................................... 31

Figura 15 – Modelagem de rmqψ no ambiente Simulink .............................................. 32

Figura 16 – Modelagem de mdψ e fdψ no ambiente Simulink ...................................... 33

Figura 17 – Modelagem de rkq1ψ e r

kdψ no ambiente Simulink ..................................... 34

Figura 18 – Modelagem do Torque eletromagnético aplicado ao Simulink. .............. 35

Figura 19 – Modelagem do regulador de velocidade aplicado ao ambiente Simulink 36

Figura 20 - Modelo da fase da tensão aplicada ao ambiente Simulink. ..................... 37

Figura 21 – Gráfico da envoltória da tensão na saída do gerador síncrono ................. 38

Figura 22 – Aproximação na tensão no momento da comutação ................................ 39

Figura 23 – Formas de onda da tensão ........................................................................ 40

Figura 24 – Corrente Ia no gerador .............................................................................. 41

Figura 25 – Aproximação da corrente Ia ..................................................................... 41

Figura 26 – Corrente Ib no gerador ............................................................................. 42

Page 7: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

iv

Figura 27 - Corrente Ic no gerador .............................................................................. 42

Figura 28 – Corrente Ia com energização com fase 90º .............................................. 43

Figura 29 – Velocidade do rotor durante a energização do transformador ................. 44

Figura 30 – Torque eletromagnético ............................................................................ 45

Figura 31 – Corrente Ia em regime .............................................................................. 45

Page 8: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

v

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ........................................................................................................... I

AGRADECIMENTOS .............................................................................................. II

SUMÁRIO ................................................................................................................... V

RESUMO .................................................................................................................. VII

1 CORRENTE TRANSITÓRIA DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH

CURRENT) ................................................................................................................... 8

1.1 Introdução: .......................................................................................................... 8

1.2 Relação Fase da Tensão (θ ) e Fluxo magnético (φ ) [2] .................................... 9

1.3 Relação entre o Fluxo magnético (φ ) e a corrente de magnetização (I m ):[2] .. 10

2 MODELAGEM DO TRANSFORMADOR ................................................. 12

2.1 Introdução: ........................................................................................................ 12

2.2 Equacionamento do modelo para transformador .............................................. 15

2.3 Inclusão da saturação: ....................................................................................... 17

3 MODELAGEM DO TRANSFORMADOR USANDO SIMULINK ......... 20

3.1 O Simulink do Matlab ....................................................................................... 20

3.2 Modelo do transformador ................................................................................. 20

3.2.1 Parâmetros do Transformador ................................................................. 20

3.2.2 Equivalência da corrente em pu no transformador e no gerador............. 20

3.2.3 Transformador monofásico completo modelado no Simulink ................ 21

3.2.4 Modelo do transformador trifásico no Simulink ..................................... 22

4 GERADOR SÍNCRONO ............................................................................... 24

4.1 Mudança de eixo abc para qd0 e qd0 para abc ................................................. 24

4.2 Modelagem da máquina síncrona com correntes impostas .............................. 27

4.2.1 Modelagem de rqsv e r

dsv no Simulink ...................................................... 29

4.2.2 Modelagem de rqsψ e r

dsψ no Simulink .................................................... 30

4.2.3 Modelagem de rmqψ , r

mdψ e rfdψ no Simulink ........................................... 31

4.2.4 Modelagem de rkq1ψ e r

kdψ no Simulink .................................................... 33

4.3 Torque Elétrico ................................................................................................. 34

Page 9: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

vi

4.4 Regulador de velocidade ................................................................................... 35

4.5 Cálculo da posição angular do rotor ( rθ ). ......................................................... 36

5 RESULTADOS ............................................................................................... 38

5.1 Tensão ............................................................................................................... 38

5.2 Correntes ........................................................................................................... 39

5.3 Velocidade do rotor e Torque elétromagnético ................................................ 43

6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 47

ANEXO I .................................................................................................................... 48

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ........................................................................ 51

Page 10: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

vii

RESUMO

O trabalho desenvolvido visa mostrar o efeito da corrente de magnetização

inrush de um transformador sobre um gerador síncrono em um sistema isolado.

Utilizando a ferramenta Simulink do Matlab apresenta-se uma proposta de

modelagem em forma de diagramas de blocos tanto para o transformador quanto para

o gerador síncrono. Estes diagramas de blocos contêm as equações matemáticas que

definem os modelos demonstrados neste trabalho.

Utiliza-se, entre outros artifícios, a abordagem pelo enlace de fluxo por

segundo e a transformação de Park nos modelos do transformador e do gerador como

sugestão para o problema proposto. Os efeitos foram simulados e são mostrados

através de figuras geradas pelo Simulink do Matlab, e discutidos neste projeto

comparando os resultados obtidos com a teoria mencionada.

Page 11: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

8

1 CORRENTE TRANSITÓRIA DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH

CURRENT)

1.1 Introdução:

Ao se energizar um transformador nota-se um fenômeno físico onde a corrente

inicial é, relativamente, maior que a corrente a vazio e, até mesmo, que a corrente

nominal do transformador, tal fenômeno é conhecido como corrente transitória de

magnetização (inrush current). Neste último caso, pode-se ter uma falsa impressão que

pode estar ocorrendo um falta ou curto-circuito no transformador. Considerando-se

todo o problema e observando-se as características do transformador, a explanação

correta da corrente transitória de magnetização (inrush current) torna-se clara. Tal

fenômeno físico ocorre devido ao aumento do fluxo magnético, que pode chegar ao

dobro do fluxo magnético em regime permanente. Este aumento depende da fase em

que a tensão está quando ocorre o fechamento da chave que conecta a fonte de tensão e

o transformador, e também da polaridade e magnitude do magnetismo residual.

Existem seis situações possíveis: [1]

1. Energização com tensão em 0 Volt e sem magnetismo residual;

2. Energização com tensão em 0 Volt e máximo magnetismo residual com

polaridade oposta ao fluxo normal;

3. Energização com tensão em 0 Volt e máximo magnetismo residual com

mesma polaridade do fluxo normal;

4. Energização com máxima tensão e sem magnetismo residual;

5. Energização com máxima tensão e máximo magnetismo residual com

polaridade oposta ao fluxo normal;

6. Energização com máxima tensão e máximo magnetismo residual com

mesma polaridade do fluxo normal.

Aborda-se nesta simulação os itens 1 e 4. Devido à limitação do prazo,

propondo-se uma continuação dos estudos para a contemplação dos itens 2, 3, 5 e 6.

Page 12: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

9

1.2 Relação Fase da Tensão (θ ) e Fluxo magnético (φ ) [2]

Aplicando-se uma tensão senoidal: )()( θω += tsenVtv m , ao enrolamento

primário de um transformador, gera-se um fluxo magnético φ . Supondo-se o valor de

θ no instante inicial igual a 90º, tem-se:

tVtsenVtv mm ωω cos)º90()( =+= (1.1)

Sabe-se que:

)(tvdtdN =φ (1.2)

Substituindo-se a primeira equação na segunda, tem-se:

dttvNd )(=φ

∫=t

m tdtVN0

cosωφ

ωω

φN

tsenVm= (1.3)

De onde se conclui que o maior fluxo acontece em regime permanente, pois

não há transitório. Daí tem-se que o máximo valor será:

ωφ

NVm=max (1.4)

Agora, considerando-se que o valor de θ no instante inicial igual a 0º, tem-se:

)()( tsenVtv m ω= (1.5)

Substituindo na equação:

)(tvdtdN =φ (1.6)

Tem-se:

dttvNd )(=φ (1.7)

∫=t

m tdtsenVN0

ωφ

∫=t

m dttsenVN 0

1ωφ

tN

Vm ωω

φ cos−= | t0

Page 13: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

10

]1)[cos( −−= tN

Vm ωω

φ

)]cos(1[ tN

Vm ωω

φ −= (1.8)

De onde conclui-se que o valor máximo alcançado pelo fluxo é:

NVm

ωφ

2max = (1.9)

Portanto, percebe-se uma relação íntima e de grande importância entre a

amplitude do fluxo magnético máximo e a fase em que a tensão é aplicada. Quando a

tensão é aplicada com fase 90º o fluxo máximo originado será conforme equação 1.4:

ωφ

NVm=max . Entretanto quando a tensão é aplicada com fase 0º o fluxo máximo

originado será conforme a equação 1.9: N

Vm

ωφ 2

max = , ou seja duas vezes maior que o

fluxo máximo atingido quando a tensão é aplicada com fase igual a 90º.

Apesar de não ser abordado neste trabalho, o fluxo residual também tem efeito

sobre a amplitude do fluxo magnético máximo. Reconsiderando-se o valor do fluxo

magnético máximo, a amplitude deste poderá ser acrescida ou decrescida, dependendo

do valor do fluxo magnético residual. Caso o fluxo magnético residual possua a

mesma polaridade do fluxo magnético máximo, resultará em um acréscimo na

amplitude. Caso possua polaridade oposta, resultará em um decréscimo na amplitude

do fluxo magnético máximo.

1.3 Relação entre o Fluxo magnético (φ ) e a corrente de magnetização (I m ):[2]

Conforme pode-se observar na figura 1, a corrente de magnetização tem

relação direta com o fluxo magnético, através da curva de saturação. Observa-se que

para um fluxo magnético 1φ há uma corrente de magnetização pequena em relação à

corrente de magnetização causada pelo fluxo magnético 3φ , pois há uma saturação

muito forte devido a este último fluxo.

Page 14: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

11

Figura 1 Relação entre fluxo magnético, curva de saturação e corrente de magnetização

Page 15: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

12

2 MODELAGEM DO TRANSFORMADOR

2.1 Introdução:

Considere o modelo de transformador da figura 2.1:

Figura 2 - Modelo de um Transformador

De onde pode-se afirmar:

dtdirv λ+= (2.1)

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡=

2

1

vv

v , ⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡=

2

1

00r

rr e ⎥

⎤⎢⎣

⎡⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡=⎥

⎤⎢⎣

⎡=

2

1

2221

1211

2

1

ii

LLLL

λλ

λ (2.2)

)( 21 rr : é a resistência da bobina 1 (2);

)( 2211 LL : é a indutância própria da bobina 1 (2);

)( 2112 LL : é a indutância mútua entre a bobina 1 (2) e 2 (1);

)( 21 λλ : é o enlace de fluxo da bobina 1 (2);

Page 16: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

13

A indutância é definida como o enlace de fluxo dividido pela corrente que o

produz:

11

21

1

21

1

111

1

11

1

11111 )(

])[(])[(

mlml

mlml LLRN

RN

i

NR

iNR

iN

iN

L +=+=+

=+

=φφ (2.3)

22

22

2

22

2

222

2

22

2

22222 )(

])[(])[(

mlml

mlml LLRN

RN

i

NR

iNR

iN

iN

L +=+=+

=+

=φφ (2.4)

m

mm

RNN

i

NR

iN

iN

L 21

1

211

1

2112

)()(

===φ (2.5)

m

mm

RNN

i

NR

iN

iN

L 21

2

122

2

1221

)()(

===φ (2.6)

Colocando-se 12L e 21L em função de 1mL e 2mL , respectivamente, tem-se que:

21

21

12

21

2

22

1

21

LNN

LNN

LN

LN

Rmm

m ==== (2.7)

Daí:

2

1212 N

NLL m= (2.8)

1

2121 N

NLL m= (2.9)

Reescrevendo-se em termos do enlace de fluxo, tem-se:

11 1 1

21 11 12 1 1

2 21 22 2 221 2 2

1

l m m

m l m

NL L LNL L i i

L L i iNL L LN

λλ

λ

⎡ ⎤+⎢ ⎥⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎢ ⎥= = =⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦+⎢ ⎥⎣ ⎦

(2.10)

Multiplicando, tem-se:

Page 17: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

14

22

121111 )()( i

NN

LiLL mml ++=λ (2.11)

22 1 1 2 2 2

1

( ) ( )m l mNL i L L iN

λ = + + (2.12)

Multiplicando-se 2λ por 1

2

NN , tem-se:

22 2 2

2 1 1 2 2 221 1 1

( )m l mN N NL i L L iN N N

λ = + +

2221221

2 ')( iLLiLNN

mlm ++=λ

Agora, multiplicando-se por 22

21

NN , tem-se:

22222

21

1222

21

21 ')(2

iLLNN

iLNN

NN

mlm ++=λ

212112 ')'(' iLLiL mlm ++=λ (2.13)

Representando-se a equações de 1λ e 2'λ em um circuito equivalente, visto

pelo lado primário do transformador, tem-se:

Figura 3 - Circuito equivalente de um transformador visto pelo primário

Pelo circuito equivalente, nota-se que:

21 'iiim += (2.14)

Page 18: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

15

2.2 Equacionamento do modelo para transformador

Definindo-se o enlace de fluxo por segundo por:

11 λωψ b= = 1121121111 )'(')( iLiiLiLiLL lbmbmbmlb ωωωω ++=++ (2.15)

2 2' 'bψ ω λ= = 2 1 2 1 1 1 1 2 2 2( ' ) ' ( ' ) ' 'b l m b m b m b lL L i L i L i i L iω ω ω ω+ + = + + (2.16)

Seja o enlace de fluxo mútuo por segundo definido por:

)'( 211 iiLmbm +=ωψ (2.17)

Tem-se:

111 iLlbm ωψψ += (2.18)

1

11

lb

m

Li

ωψψ −

= (2.19)

2 2 2' ' 'm b lL iψ ψ ω= + (2.20)

22

2

''

m

b l

iL

ψ ψω−

= (2.21)

Conforme equação 2.17:

)'( 211 iiLmbm +=ωψ

Então:

1 21 2

1 1 2

''

m m m

b m b l b l

i iL L L

ψ ψ ψ ψ ψω ω ω

− −+ = = + (2.23)

Isolando-se mψ :

'2

'2

1

1'211

)111(llll xxxxxm

mψψ

ψ +=++ (2.24)

Onde 11 mbm Lx ω= , 11 lbl Lx ω= e 22 '' lbl Lx ω= são, respectivamente, as reatâncias

magnetizantes, de dispersão no primário, e de dispersão no secundário.

Fazendo-se:

'211

1111 ll xxxx mM

++= (2.25)

Page 19: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

16

Chega-se a:

)( '2

'2

1

1

ll xxxMm

ψψψ += (2.26)

Como:

dtd

irvb

1111

1 ψω

+= (2.27)

22 2 2

'1' 'b

dv r idtψ

ω= + (2.28)

Fazendo-se as devidas substituições, chega-se a:

)(1

111

1

lxrv

dtd m

bbψψ

ωωψ −

−= (2.29)

)( '2

'2'

2'2

'2

lxrv

dtd m

bbψψ

ωωψ −

−= (2.30)

Neste projeto aborda-se somente a energização com o secundário do

transformador a vazio, ou seja, sem carga. Daí:

02 =i

Como:

22

2

'' m

l

ix

ψ ψ−= (2.31)

Verifica-se que:

2 1 1' m mx iψ ψ= = (2.32)

Mas:

1 1 1m lx iψ ψ= +

1 1 1 1 1 1 1 1( )m l m lx i x i x x iψ = + = +

1 1 11

( ) mm l

m

x xxψψ = +

1

1 1 1

m m

m l

xx x

ψψ

=+

1 11 1

1 1 1

( ( ))m m mb b

m l l

d x v rdt x x xψ ψ ψω ω −

= −+

Page 20: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

17

dtdirv

b

'2'

2'

2'2

1 ψω

+= (2.33)

Mas 0'2 =i :

dtdv

b

'2'

21 ψω

=

dtd

v m

b

ψω1'

2 =

{ }'2 1 1 1

1

m

m l

xv v r ix x

= −+

(2.34)

2.3 Inclusão da saturação:

Conforme ilustrado na figura 4 percebe-se a relação inicialmente linear entre

mψ e mi . Entretanto quando ocorre a saturação, para um aumento da corrente de

magnetização mi , há um aumento não-linear no valor de mψ . Verifica-se então um

desvio no valor de mψ em relação à característica linear.

Figura 4 – Relação entre mψ e mi .

Da figura 5, ψψψ Δ−= satnãom

satm

_ , onde ψΔ é a diferença entre a variável não

saturada e a variável saturada.

Page 21: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

18

Figura 5 – Relação entre mψ e satnão

m_ψ .

Para corrigir este valor, reconsideram-se as expressões:

)( '21

_1

_ iiX satnaom

satnaom +=ψ (2.35)

'2

'2'

21

11

l

m

l

m

Xi

Xi ψψψψ −

=−

= (2.36)

Substituindo-se 2.36 em 2.35:

'2

'2

1

1_

1

_

l

m

l

msatnao

m

satnaom

XXXψψψψψ −

+−

= (2.37)

Fazendo-se:

'21

_1

1111

llsatnao

mM XXXX++= (2.38)

Tem-se:

)( _1

'2

'2

1

1satnao

mllMm XXX

X ψψψψ Δ−+= (2.39)

Como satnaomX _

1 é conhecido, a cada passo de integração tem-se mψ , com mψ

obtém-se pela curva da figura 6 o valor de ψΔ , que corrigirá o valor de mψ , que é a

relação usada na simulação.

Page 22: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

19

Figura 6 – Relação entre ψΔ e mψ

Page 23: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

20

3 MODELAGEM DO TRANSFORMADOR USANDO SIMULINK

3.1 O Simulink do Matlab

O Simulink é uma ferramenta do programa Matlab para modelagem,

simulação e análise de sistemas dinâmicos. Aplica-se a sistemas lineares e não

lineares, contínuos e/ou discretos no tempo.

Utiliza-se uma interface gráfica com o usuário para construção dos modelos a

partir de diagramas em blocos, através de operações de clique-e-arraste do mouse.

Com esta interface pode-se criar modelos da mesma forma que se faz com papel e

caneta. SIMULINK é o resultado de uma longa evolução de pacotes de simulação

anteriores que necessitavam da formulação de equações diferenciais ou de equações de

diferenças em linguagens de programação. Inclui bibliotecas de blocos contendo

fontes, visualizadores, componentes lineares, não lineares e conectores, com a opção

de criação ou personalização de blocos.

3.2 Modelo do transformador

3.2.1 Parâmetros do Transformador

Os parâmetros principais do transformador são: 50MVA, 138kV/13,8kV,

trifásico. Visto a dificuldade de conseguir-se o restante dos parâmetros do

transformador, adotou-se uma equivalência em pu em relação a um transformador

disponibilizado dentro do demo do Simulink, onde todos os parâmetros eram

contemplados. Como os transformadores eram da mesma ordem de grandezas, estes

parâmetros foram transformados em pu e aplicados para o modelo do transformador

usado nesta simulação.

3.2.2 Equivalência da corrente em pu no transformador e no gerador

A corrente gerada em pu dentro do bloco do transformador não pode ser

aplicada diretamente ao bloco do gerador síncrono, pois possuem bases diferentes.

Page 24: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

21

Para sanar este problema, inseriu-se na saída do bloco do transformador um bloco

chamado relação de corrente, que nada mais é do que a mudança de base do

transformador para a base do gerador síncrono, feita por uma variável k. Esta variável

assume o valor de 0.625, conforme é mostrado abaixo:

625,0

8,13.380

8,13.350

_

_ ===

kVMVA

kVMVA

II

kgeradorbase

trafobase

3.2.3 Transformador monofásico completo modelado no Simulink

O modelo de um enrolamento aplicado ao ambiente Simulink é mostrado na

figura 7. As equações relativas a este bloco são:

Função 1: Conforme equação 2.27, )(1

111

1

lxrv

dtd m

bbψψωωψ −

−= , que é integrada e

nos dá o valor de 1ψ ;

Função 2: Conforme equação 2.19, 1

11

lb

m

Li

ωψψ −

= ;

Função 3: Conforme equação 2.39, )( _1

'2

'2

1

1satnao

mllMm XXX

X ψψψψ Δ

−+= , que

representa o enlace de fluxo por segundo incluindo o efeito da saturação;

Função 4: Conforme equação 2.30, )( '2

'2'

2'2

'2

lxrv

dtd m

bbψψωωψ −

−= , que é integrada e

nos dá o valor de 2'ψ ;

Função 5: Conforme equação 2.31, 22

2

'' m

l

iX

ψ ψ−= .

Função Look-Up Table: Este bloco contém a matriz que relaciona os valores

mψ com ψΔ , conforme figura 7. A função Memory preserva um valor anterior para

que não haja looping.

Tem-se como entrada 1 1v e entrada 2 2'v , como saída 1 1i , saída 2 2'i .

Page 25: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

22

Figura 7 – Transformador monofásico modelado no Simulink

3.2.4 Modelo do transformador trifásico no Simulink

O modelo do transformador aplicado ao ambiente Simulink é ilustrado na

figura 8. As equações relativas a este bloco são:

Funções 1, 2 e 3: Conforme equação 2.34, { }1111

'2 irv

XXX

vm

m −+

=l

;

Funções 4, 5 e 6: O instante de tempo de energização do trafo é determinado

pelo degrau (Step 1, 2 e 3) após o tempo determinado pela constante t. A função Step

inicia em zero assume o valor 1 após t segundos. Dentro deste bloco é feito o produto

entre a tensão de entrada e o Step. Se o Step é 0, a saída do bloco tem valor 0, quando

seu valor é 1, a saída do bloco tem o valor da tensão de entrada;

Funções 7, 8 e 9: Passando o valor da tensão de eficaz para tensão de pico.

Relação de corrente 1, 2 e 3: Mudança de base para a corrente. Saindo da base

do transformador para a base do gerador síncrono, conforme descrito em 3.2.1.

Page 26: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

23

Tem-se como entrada 1 a tensão av , entrada 2 a tensão bv e entrada 3 a tensão

cv . Como saída 1 a corrente ai , saída 2 a corrente bi e saída 3 a corrente ci .

Figura 8 – Modelo do Transformador trifásico no Simulink

Page 27: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

24

4 GERADOR SÍNCRONO

O gerador síncrono foi modelado de tal forma que suas variáveis de entrada

são as correntes drenadas pela carga, no caso o transformador a ser energizado, e tem-

se como saída as tensões aV , bV e cV , conforme mostrado na figura 9.

Figura 9 – Diagrama de Blocos da simulação

Os blocos no interior do gerador síncrono são discutidos nos tópicos a seguir.

4.1 Mudança de eixo abc para qd0 e qd0 para abc

O estudo da máquina síncrona em regime transitório é mais complexo do que

em regime permanente. As grandezas elétricas não podem ser representadas por

fasores e impedâncias, pois há variação da freqüência. Por isso a máquina é estudada

no domínio do tempo. Para o estudo do transitório usa-se a teoria de Park. Park

observou que os efeitos que ocorrem na máquina podem ser decompostos nas direções

do eixo direto e de quadratura. Dada esta decomposição simplificam-se bastante as

equações diferenciais.

Page 28: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

25

No estudo em questão as variáveis de entrada são as correntes ai , bi e ci .

Aplica-se a transformação de Park:

abcsqd IKI =0

Onde

⎥⎥⎥⎥⎥⎥

⎢⎢⎢⎢⎢⎢

+−

+−

=

21

21

21

)3

2()3

2(

)3

2cos()3

2cos(cos

32 πθπθθ

πθπθθ

sensensenKs

O modelo de transformação abc/qd0 aplicado ao ambiente Simulink é

mostrado na figura 10.

Figura 10 – Transformação da corrente do eixo abc para o eixo qd0.

Conforme pode-se observar, as entradas são, no eixo abc, as correntes

drenadas pelo trafo e o ângulo teta ( rθ ), ângulo do rotor. Na saída têm-se as correntes

no eixo qd0.

As equações relativas a este bloco são, desenvolvidas, dadas de acordo com as

equações:

Page 29: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

26

)]3

2cos()3

2cos(cos[32 πθπθθ ++−+= rcrbraq iiii ;

)]3

2()3

2([32 πθπθθ ++−+= rcrbrad senisenisenii ;

)21

21

21(

32

0 cba iiii ++= .

As variáveis de saídas, tensão no eixo qd0, deverão ser transformadas para o

eixo abc, para serem entregues ao modelo do transformador. Para tanto é valida a

transformada inversa de Park. Ou seja,

01

qdsabc VKV −=

O modelo de transformação qd0/abc é mostrado na figura 11.

3Vc

2Vb

1Va

f(u)

Fcn2

f(u)

Fcn1

f(u)

Fcn

4teta

3V0

2Vd

1Vq

Figura 11 – Transformação da tensão no eixo qd0 para o eixo abc

Conforme pode-se observar, as entradas são, no eixo qd0, as tensões geradas

pela máquina síncrona e o ângulo teta ( rθ ), ângulo do rotor. Na saída têm-se as tensões

no eixo abc.

As equações relativas a este bloco são, desenvolvidas, dadas de acordo com as

equações:

Page 30: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

27

0cos vsenvvv rdrqa ++= θθ ;

;)3

2()3

2cos( 0vsenvvv rdrqb +−+−=πθπθ

;)3

2()3

2cos( 0vsenvvv rdrqc ++++=πθπθ

A figura 12 ilustra o eixo abc e o eixo qd0 com seus enrolamentos

amortecedores: kd, fd, kq1 e kq2. Nota-se que o eixo qd0 gira junto com o rotor, ou

seja, na velocidade do rotor rω . O ângulo do rotor rθ é ilustrado na figura 12 tomando-

se como referência o eixo a.

Figura 12 – Eixo abc/qd0 e enrolamentos amortecedores

4.2 Modelagem da máquina síncrona com correntes impostas

Ao admitir-se as correntes rqsi e r

dsi impostas, implicitamente ignora-se a

dinâmica do estator [3]. Assumindo valores em pu, faz-se e rω ω= .Para ação geradora:

Page 31: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

28

r r rrqs s qs ds

b

v r i ω ψω

= − + (4.1)

r r rrds s ds qs

b

v r i ω ψω

= − − (4.2)

Como as correntes são variáveis de entrada, deverão ser usadas para calcular

as tensões:

)( rqs

rmq

ls

srds

b

rrqs

rqs

Xrv

dtd

ψψψωωψ

−+−= (4.3)

)( rds

rmd

ls

srqs

b

rrds

rds

Xrv

dtd

ψψψωωψ

−+−= (4.4)

Onde:

)(1

1

lkq

rkq

ls

rqs

aqrmq XX

=Ψ (4.5)

)''

(lfd

rfd

lkd

rkd

ls

rds

adrmd XXX

=Ψ (4.6)

)111(1

1lkqlsmqaq XXXX++= (4.7)

)1111(1

lfdlkdlsmdad XXXXX+++= (4.8)

))(( 11

11

1 rkq

rmq

xlkq

kqrkqb

rkq

Xr

vdt

dψψω

ψ−+= (4.9)

))(( rkd

rmd

xkd

kdrkdb

rkd

Xrv

dtd ψψωψ

−+= (4.10)

))(( rfd

rmd

xfd

fd

md

fdrfdb

rfd

Xr

Xr

edt

dψψω

ψ−+= (4.11)

Onde:

sr é a resistência do estator;

lsX é a reatância do estator;

fde' é a tensão de campo;

fdr é a resistência do campo;

Page 32: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

29

lfdX é a reatância do campo;

1lkqr é a resistência do eixo amortecedor q;

1lkqX é a reatância do eixo amortecedor q;

kdr é a resistência de eixo amortecedor d;

lkdX é a reatância do eixo amortecedor d;

mqX é a reatância mútua no eixo amortecedor q;

mdX é a reatância mútua no eixo amortecedor d; rqsψ é o enlace de fluxo por segundo do eixo q com referencial rotórico;

rdsψ é o enlace de fluxo por segundo do eixo d com referencial rotórico; rmqψ é o enlace de fluxo mútuo por segundo do eixo q no referencial rotórico;

rmdψ é o enlace de fluxo mútuo por segundo do eixo d no referencial rotórico; rkq1ψ é o enlace de fluxo por segundo do enrolamento amortecedor k do eixo q

no referencial rotórico; rkdψ é o enlace de fluxo por segundo do enrolamento amortecedor k do eixo d

no referencial rotórico; rfdψ é o enlace de fluxo por segundo do campo no referencial rotórico;

rqsv é a tensão no eixo q no referencial rotórico;

rdsv é a tensão no eixo d no referencial rotórico;

bω é a velocidade base;

rω é a velocidade do rotor em radianos mecânico;

eω é a velocidade do rotor em radianos elétricos;

4.2.1 Modelagem de rqsv e r

dsv no Simulink

O modelo de tensão do gerador aplicado ao ambiente Simulink é ilustrado na

figura 13. As equações relativas a este bloco são:

Page 33: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

30

Função 1: Conforme equação 4.1: rds

b

rrqss

rqs irv ψ

ωω

+−= ;

Função 2: Conforme equação 4.2: rqs

b

rrdss

rds irv ψ

ωω

−−= .

Tem-se como entrada 1 a corrente rqsi , entrada 2 velocidade do rotor rω ,

entrada 3 a velocidade base bω , entrada 4 o enlace de fluxo por segundo rdsψ , entrada 5

o enlace de fluxo por segundo rqsψ e entrada 6 a corrente r

dsi .

Figura 13 – Modelo da tensão no eixo qd0 aplicado ao ambiente Simulink

4.2.2 Modelagem de rqsψ e r

dsψ no Simulink

O modelo do enlace de fluxo por segundo, rqsψ e r

dsψ , modelado no ambiente

Simulink é ilustrado na figura 14. As equações relativas a este bloco são:

Função 1, conforme equação 4.3 : )( rqs

rmq

ls

srds

b

rrqs

rqs

Xrv

dtd

ψψψωωψ

−+−= ;

Função 2, conforme equação 4.4: )( rds

rmd

ls

srqs

b

rrds

rds

Xrv

dtd ψψψ

ωωψ

−+−= ;

Page 34: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

31

Tem-se como entrada 1 a tensão rqsv , como entrada 2 a tensão r

dsv ,como entrada

3 o enlace de fluxo por segundo rmdψ , como entrada 4 o enlace de fluxo por

segundo rmqψ e como entrada 5 a velocidade do rotor rω .

Figura 14 – Modelagem de r

qsψ e rdsψ no ambiente Simulink

4.2.3 Modelagem de rmqψ , r

mdψ e rfdψ no Simulink

Os enlaces de fluxo por segundo, rmqψ , r

mdψ e rfdψ , modelados no ambiente

Simulink são ilustrados nas figuras 15 e 16. Na figura 15 tem-se o modelo de rmqψ . A

equação relativa a este bloco é:

Função conforme equação 4.5: )'

(1

1

lkq

rkq

ls

rqs

aqrmq XX

Tem como entrada 1 o enlace de fluxo por segundo rqsψ e como entrada 2 r

kq1ψ .

Na figura 16 tem-se o modelo de rmdψ e r

fdψ . As equações relativas a estes

blocos são:

Page 35: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

32

Função 1, conforme equação 4.6: )(lfd

rfd

lkd

rkd

ls

rds

adrmd XXX

=Ψ ;

Função 2, conforme equação 4.11: ))'('( rfd

rmd

xfd

fd

md

fdrfdb

rfd

Xr

Xr

edt

dψψω

ψ−+=

Tem-se como entrada 1 deste bloco o enlace de fluxo por segundo rdsψ e como

entrada 2 o enlace de fluxo por segundo rkdψ .

Figura 15 – Modelagem de r

mqψ no ambiente Simulink

Page 36: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

33

Figura 16 – Modelagem de mdψ e fdψ no ambiente Simulink

4.2.4 Modelagem de rkq1ψ e r

kdψ no Simulink

Os enlaces de fluxo por segundo, rkq1ψ e r

kdψ , modelados no ambiente Simulink

são ilustrados na figura 17. As equações relativas a este bloco são:

Função 1, conforme equação 4.10: ))'('(' rkd

rmd

xkd

kdrkdb

rkd

Xrv

dtd ψψωψ

−+= ;

Função 2, conforme equação 4.9: ))'('('

11

11

1 rkq

rmq

xlkq

kqrkqb

rkq

Xr

vdt

dψψω

ψ−+= .

Tem-se como entrada 1 o enlace de fluxo rmdψ e entrada 2 o enlace de

fluxo rmqψ .

Page 37: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

34

Figura 17 – Modelagem de rkq1ψ e r

kdψ no ambiente Simulink

4.3 Torque Elétrico

O torque elétrico em pu é definido por: rds

rqs

rqs

rdsele iiT ψψ −= (4.3.1)

O modelo aplicado ao ambiente simulink é ilustrado na figura 18. A Função 1

é modelada de acordo com a equação 4.3.1. Neste bloco, tem-se como entrada 1 o

enlace de fluxo rdsψ , com entrada 2 a corrente r

qsi , como entrada 3 rqsψ e como entrada 4

a corrente rdsi .

Page 38: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

35

Figura 18 – Modelagem do Torque eletromagnético aplicado ao Simulink.

4.4 Regulador de velocidade

Como o enfoque não é a máquina primária, buscou-se modelar um sistema de

controle turbina-gerador de forma bastante simplificada, essencialmente ignorando a

dinâmica governador-turbina. O bloco do regulador de velocidade tem como saída a

velocidade do rotor, que é a velocidade base quando não há torque elétrico. Sua

variação é causada devido ao torque elétrico gerado pela carga. Ao constatar que há

variação da velocidade do rotor, o controlador PI é acionado, gerando um torque

mecânico, mecT . Este por sua vez tenta minimizar, ou mesmo anular, o efeito do torque

elétrico para que não haja variação da velocidade do rotor, afim de que ela seja sempre

igual ao valor nominal.

O modelo do regulador de velocidade é ilustrado na figura 19 e a função 2 é

dada pela equação:

)(1elemec TT

Jdtd

−=ω (4.4.1)

Page 39: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

36

Tem-se como entrada deste bloco a torque eletromagnético e saída a

velocidade do rotor.

Figura 19 – Modelagem do regulador de velocidade aplicado ao ambiente Simulink

4.5 Cálculo da posição angular do rotor ( rθ ).

A equação que define a posição angular do rotor é dada por:

rr

dtd ωθ

= (4.5)

E seu modelo aplicado ao Simulink é ilustrado na figura 20. Tem-se como

entrada a velocidade do rotor e como saída a posição angular do rotor.

Page 40: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

37

Figura 20 - Modelo da fase da tensão aplicada ao ambiente Simulink.

Page 41: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

38

5 RESULTADOS

Para a simulação considerou-se um gerador com o rotor girando na velocidade

de síncrona, 1 pu, onde foi aplicado uma corrente de campo e devido a esta corrente de

campo originou-se uma tensão terminal, próxima de 1 pu. O chaveamento para

energização do transformador foi realizado no instante de tempo 14,004 segundos.

Onde se constata modificações nas variáveis do gerador síncrono, como pode ser

observado nos itens a seguir.

5.1 Tensão

A figura 21 ilustra a envoltória da tensão, resultada da equação: 2 2( ) ( )r r

qs dsv v v= + . Conforme se observa, a variação da tensão é lenta, esta lentidão é

devido à característica indutiva do circuito. Aplica-se uma corrente no circuito de

campo, e a tensão do gerador leva cerca de 10 segundos para chegar ao valor de

regime, que deve ser o mais próximo possível de 1 pu.

Figura 21 – Gráfico da envoltória da tensão na saída do gerador síncrono

Page 42: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

39

Aproximando-se mais do momento do chaveamento, tempo 14,004 segundos,

conforme ilustrado na figura 22, nota-se que no instante do chaveamento, a tensão

sofre alterações em relação ao seu regime. Esta alteração na forma de onda da tensão

está intimamente ligada ao efeito da corrente de magnetização do transformador, já

que esta causa alterações na dinâmica da máquina síncrona, no caso gerador síncrono,

conforme as equações 4.1, 4.2, 4.3 e 4.4. Como não há controle de campo, a corrente

de campo é fixa, a recuperação do valor tensão após o chaveamento é lenta e só

acontece devido à diminuição da corrente de magnetização.

Figura 22 – Aproximação na tensão no momento da comutação

5.2 Correntes

Conforme mostrou-se no item 1.2 deste trabalho, a amplitude da corrente de

magnetização está intimamente ligado a fase da tensão quando da comutação. A figura

23 ilustra as formas de onda das tensões aV , bV e cV no momento da energização,

14.004 segundos. Nota-se que a fase aV tem fase 0º, portanto deverá conter a corrente

Page 43: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

40

de magnetização de maior magnitude, conforme item 1.2, em relação as tensões bV e

cV , que possuem fases iguais em módulo, deverão possuir o mesmo módulo da

corrente de magnetização. Estas afirmações são confirmadas pelas formas de ondas

ilustradas nas figuras 24, 25, 26 e 27.

Figura 23 – Formas de onda da tensão

Page 44: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

41

Figura 24 – Corrente Ia no gerador

Figura 25 – Aproximação da corrente Ia

Page 45: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

42

Figura 26 – Corrente Ib no gerador

Figura 27 - Corrente Ic no gerador

Page 46: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

43

Caso haja energização no instante 14 segundos, a fase A estará em 90º, e

conforme item 1.2 não haverá surto da corrente de magnetização, pois o fluxo será o

mesmo de regime permanente. Pode-se verificar isto na figura 28.

Figura 28 – Corrente Ia com energização com fase 90º

Conforme observar-se na figura 28, a corrente de magnetização na fase A no

instante 14 segundos é muito menor do que a corrente de magnetização na fase A no

instante 14,004 segundos, conforme ilustrado na figura 24, confirmando-se assim a

importância desta variável quando há uma energização.

5.3 Velocidade do rotor e Torque elétromagnético

Antes do instante da energização, 14 segundos, a velocidade do rotor do

gerador síncrono permanece em velocidade contínua, ao energizar-se o transformador,

surge um torque eletromagnético, este torque faz com que a velocidade do rotor do

Page 47: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

44

gerador balance até voltar ao valor nominal. Ao constatar que houve alteração da

velocidade do rotor do gerador síncrono, o regulador de velocidade atua a fim de

manter a velocidade do rotor do gerador síncrona. A figura 29 ilustra o comportamento

da velocidade do rotor quando acontece a energização do transformador, instante 14

segundos, e a figura 30 contempla o torque eletromagnético.

Figura 29 – Velocidade do rotor durante a energização do transformador

Page 48: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

45

Figura 30 – Torque eletromagnético

O valor da corrente em regime é ilustrado na figura 31

Figura 31 – Corrente Ia em regime

Page 49: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

46

Observa-se o valor da corrente converge para um valor usual que varia em

torno de 0.05 pu.

Page 50: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

47

6 CONCLUSÃO

Os aspectos teóricos tomados neste projeto foram comprovados pelo modelo

apresentado no Simulink. Dentre eles pode-se destacar:

• A corrente de magnetização (inrush current): comprovou-se que sua

amplitude pode ser maior ou menor dependendo da fase da tensão.

Também se percebe que o transitório é de curta duração, sendo que a

corrente converge para o valor usual a vazio;

• O impacto sobre a tensão gerada pela máquina síncrona: percebeu-se

que quando acontece a energização há um afundamento no seu valor,

próximo a 10% para o caso estudado, devido a corrente drenada pelo

transformador. Considera-se este afundamento de grande importância,

já que alguns relés, dependendo das configurações, podem atuar devido

a uma subtensão imposta pela energização. Apesar disso, não houve

distorções na onda, permanecendo senoidal perfeita;

• O impacto sobre a velocidade do rotor: com a entrada da carga,

transformador, notou-se uma perturbação na velocidade do rotor;

• O impacto sobre o torque eletromagnético: este aparece após a

energização, fazendo com que haja variação na velocidade do rotor;

Page 51: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

48

ANEXO I

Arquivo .m do Matlab das variáveis de entrada.

clear all;

% VARIÁVEIS DE ENTRADA DO TRANSFORMADOR

kc=0.625;

wb = 2*pi*60;

Vt=1*sqrt(2);

NpbyNs = 10/1;

r1 = 0.00238;

rp2 =0.238;

xl1 =0.0952;

xpl2 =0.0952;

xm = 87.86;

xM = (1/(1/xm + 1/xl1 + 1/xpl2));

FLAG=1; % FLAG=1 - SATURACAO

t=14.00;

Dpsi=(1/110)*[ -2454.6 -2412.6 -2370.5 -2328.5 -2286.4 -2244.4 -2202.3 ...

-2160.3 -2118.2 -2076.1 -2034.1 -1992.0 -1950.0 -1907.9 -1865.9 ...

-1823.8 -1781.8 -1739.7 -1697.7 -1655.6 -1613.6 -1571.5 -1529.5 ...

-1487.4 -1445.3 -1403.3 -1361.2 -1319.2 -1277.1 -1235.1 -1193.0 ...

-1151.0 -1108.9 -1066.9 -1024.8 -982.76 -940.71 -898.65 -856.60 ...

-814.55 -772.49 -730.44 -688.39 -646.43 -604.66 -562.89 -521.30 ...

-479.53 -438.14 -396.75 -355.35 -313.96 -272.56 -231.17 -192.60 ...

-154.04 -116.41 -81.619 -46.822 -19.566 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 ...

0.0000 0.0000 19.566 46.822 81.619 116.41 154.04 192.60 231.17 ...

272.56 313.96 355.35 396.75 438.14 479.53 521.30 562.89 604.66 ...

646.43 688.39 730.44 772.49 814.55 856.60 898.65 940.71 982.76 ...

Page 52: _ESTUDO DOS EFEITOS DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO (INRUSH) DE UM TRANSFORMADOR SOBRE UM GERADOR SÍNCRONO

49

1024.8 1066.9 1108.9 1151.0 1193.0 1235.1 1277.1 1319.2 1361.2 ...

1403.3 1445.3 1487.4 1529.5 1571.5 1613.6 1655.6 1697.7 1739.7 ...

1781.8 1823.8 1865.9 1907.9 1950.0 1992.0 2034.1 2076.1 2118.2 ...

2160.3 2202.3 2244.4 2286.4 2328.5 2370.5 2412.6 2454.6 ];

psisat=(1/110)*[-170.21 -169.93 -169.65 -169.36 -169.08 -168.80 -168.52 ...

-168.23 -167.95 -167.67 -167.38 -167.10 -166.82 -166.54 -166.25 ...

-165.97 -165.69 -165.40 -165.12 -164.84 -164.56 -164.27 -163.99 ...

-163.71 -163.43 -163.14 -162.86 -162.58 -162.29 -162.01 -161.73 ...

-161.45 -161.16 -160.88 -160.60 -160.32 -160.03 -159.75 -159.47 ...

-159.18 -158.90 -158.62 -158.34 -157.96 -157.39 -156.83 -156.07 ...

-155.51 -154.57 -153.62 -152.68 -151.74 -150.80 -149.85 -146.08 ...

-142.31 -137.60 -130.06 -122.52 -107.44 -84.672 -42.336 0.0000 ...

0.0000 42.336 84.672 107.44 122.52 130.06 137.60 142.31 146.08 ...

149.85 150.80 151.74 152.68 153.62 154.57 155.51 156.07 156.83 ...

157.39 157.96 158.34 158.62 158.90 159.18 159.47 159.75 160.03 ...

160.32 160.60 160.88 161.16 161.45 161.73 162.01 162.29 162.58 ...

162.86 163.14 163.43 163.71 163.99 164.27 164.56 164.84 165.12 ...

165.40 165.69 165.97 166.25 166.54 166.82 167.10 167.38 167.67 ...

167.95 168.23 168.52 168.80 169.08 169.36 169.65 169.93 170.21 ];

% VARIÁVEIS DE ENTRADA DO GERADOR

wbg=2*pi*60;

rs=0.0062;

ws=wbg;

xd=1.05;

xq=0.67;

xld=0.32;

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xlq=0.67;

xlld=0.64;

xllq=0.306;

xls=0.14;

tldo=2.02;

tlldo=0.044;

tllqo=0.017;

H=2;

xmd=xd-xls;

xmq=xq-xls;

xlf=xmd*(xld-xls)/(xmd-(xld-xls));

xlfd=xlf;

xlkd=(xlld-xls)*xmd*xlf/(xmd*xlf-(xlld-xls)*(xmd+xlf));

xlkq=xmq*(xllq-xls)/(xmq-(xllq-xls));

rfd=((xlf+xmd)/(ws*tldo));

rkd=(xlkd+xlf*xmd/(xlf+xmd))/(ws*tlldo);

rkq=(xlkq+xmq)/(ws*tllqo);

xaq=1/(1/xmq+1/xls+1/xlkq);

xad=1/(1/xmd+1/xls+1/xlfd+1/xlkd);

vfd=0.00165;

efd=vfd*(xmd/rfd);

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

[1] S. Austen Stigant and A. C. Franklin, ‘The J&P Transformer Book”, 1973.

[2] Stephen J. Chapman, Electric Machiney Fundaments, 1985.

[3] P. C. Krause, O. Wasynsczuk, S. D. Sudholf, Analysis of Eletric Machinery, IEEE

Press, 1994.