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BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CABANAS DE VIRIATO RELATÓRIO GEOTÉCNICO (REFª 72/2008/08/GER - 1126) Agosto de 2008 QUARTEL DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CABANAS DE VIRIATO

ESTUDO GEOTÉNICO

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Estudo Geotécnico para obra de construção de Quartel de Bombeiros Voluntários

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Page 1: ESTUDO GEOTÉNICO

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CABANAS DE VIRIATO

RELATÓRIO GEOTÉCNICO (REFª 72/2008/08/GER - 1126)

Agosto de 2008

QUARTEL DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

DE CABANAS DE VIRIATO

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Estudo geológico – geotécnico para a implantação do «Quartel dos Bombeiros Voluntários de

Cabanas de Viriato» – Agosto de 2008 1

ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO ................... 2

2- ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO ................... 2

3- PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA ................... 3

3.1. Ensaios penetrométricos super-pesados (DPSH) ................... 3

4- INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ................... 4

5- CONSIDERAÇÕES SOBRE AS FUNDAÇÕES ................... 5

5.1. Condições de fundação ................... 5

5.2. Solução de fundação ................... 5

6- EQUIPA TÉCNICA ................... 6

ANEXOS

ANEXO 1 – Localização dos estudos geotécnicos ................... 7

ANEXO 2 – Boletins dos ensaios penetrométricos DPSH ................... 9

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1 - INTRODUÇÃO

Por solicitação dos Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato, através da

RIPÓRTICO, Lda., procedeu-se ao estudo geológico-geotécnico de um terreno na

referida localidade, no qual se pretende implantar o “Quartel dos Bombeiros

Voluntários de Cabanas de Viriato”.

O estudo geotécnico realizado contemplou a execução de 4 ensaios penetrométricos

dinâmicos super-pesados (DPSH).

A metodologia de prospecção adoptada, a respectiva quantidade e definição dos

pontos de sondagem foram definidos pelo cliente.

Em Anexo 1 apresenta-se a planta de localização do estudo geotécnico.

2. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO

O terreno em estudo enquadra-se nos granitos hercínicos porfiróides de grão muito

grosseiro a grosseiro ou grosseiro a médio, predominatemente biotítico. Trata-se de

rocha com composição calco-alcalina ou monzonítica, apresenta tendência

granodiorítica.

Figura 1: Extracto da Carta Geológica de Portugal, Folha 17 – C Santa Comba Dão (zona de

intervenção assinalada com círculo azul).

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3. PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Ensaios penetrométricos dinâmicos super-pesados (DPSH) Realizaram-se 4 ensaios penetrométricos dinâmicos super-pesados com o objectivo

de proceder a uma investigação acerca das condições de fundação do local onde se

irá implantar a referida obra.

Para a furação utilizou-se uma máquina de fabrico nacional, equipada com sistema

automático de elevação do peso de 63.5 Kg, para uma altura de queda de 75 cm. A

penetração, feita à percussão através da queda do peso, provoca a cravação de uma

ponteira cónica no terreno, caracterizada por um ângulo apical de 90º e uma secção

transversal de 20cm2.

Na Tabela I apresentam-se as profundidades atingidas pelos ensaios realizados.

Tabela I

Referência

Profundidade máxima atingida (m)

DPSH 1 3.8

DPSH 2 1.6

DPSH 3 2.2

DPSH 4 3.2

Em Anexo 2 apresentam-se os boletins das sondagens penetrométricas super-

pesadas (DPSH).

Foto1: Equipamento de ensaio posicionado no local do ensaio DPSH1.

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4. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

De acordo com observações realizadas no local, o terreno em estudo encontra-se

coberto superficialmente por materiais de aterro provenientes da escavação do maciço

granítico aflorante no outro lado da estrada adjacente ao terreno. Os resultados

obtidos nos ensaios realizados permitem interpretar o seguinte perfil:

▪ superficialmente verifica-se a ocorrência de um horizonte de solos muito pouco

compactos a pouco compactos, com valores de qd variáveis em regra entre os 2 MPa

a 10 MPa e valores de N20 variáveis em regra entre 2 a 8 pancadas, este horizonte

superficial descomprimido foi observado até as seguintes profundidades:

► DPSH1: 3.4 m;

► DPSH2: 1.2 m;

► DPSH3: 2.0 m;

► DPSH4: 3.0 m.

Considera-se que este horizonte de solos pouco compactos é constituído por solo

residual granítico depositado como aterro no terreno em causa.

▪ a partir das profundidades referidas anteriormente, DPSH1 (3.4 m), DPSH2 (1.2 m),

DPSH3 (2.0 m) e DPSH4 (3.0 m), constata-se a transição abrupta do horizonte

superficial de solos pouco compactos para um horizonte de materiais muito

compactos, caracterizados por valores de qd > 80 MPa e valores de N20 > 60 – 100.

Atendendo à observações realizadas durante o ensaio e à envolvente local, admite-se

que este horizonte, onde se obteve o impenetrável para os ensaios DPSH,

corresponderá à formação rochosa granítica. Contudo, visto a metodologia de

prospecção adoptada não permitir a recolha de amostras e tendo em conta existência

de aterro no local, não se deve excluir a hipótese do impenetrável observado em

alguns ensaios corresponder a blocos graníticos de maiores dimensões depositados

como aterro no terreno (hipótese considerada menos provável).

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Cabanas de Viriato» – Agosto de 2008 5

5- CONSIDERAÇÕES SOBRE AS FUNDAÇÕES 5.1. Condições de fundação

De acordo com o estudo realizado, podem-se referir os seguintes aspectos de carácter

condicionante para a estabilidade e funcionalidade das fundações:

● A camada superficial constituída por solos pouco compactos que se considera

corresponder maioritariamente a materiais de aterro, detectada até profundidades

variáveis entre 1.2 m a 3.4 m, apresenta comportamento geotécnico precário, reduzida

resistência, não devendo ser utilizada como leito para a implantação das fundações.

• a formação a ser solicitada pelas fundações deverá corresponder ao maciço rochoso

granítico cujo topo se admite ocorrer a partir de profundidades variáveis entre os 3.8 m

(DPSH1), 1.4 m (DPSH2), 2.2 m (DPSH3) e 3.2 m (DPSH4).

5.2. Solução de fundação Atendendo à campanha de prospecção realizada, admite-se que o terreno é

caracterizado por uma espessura modesta de materiais terrosos e pela significativa

proximidade do substrato rochoso granítico à superfície do terreno, reunindo

condições geológico-geotécnicas favoráveis à implantação de fundações directas por

sapatas.

Em toda a zona de fundações, a escavação deverá ser prosseguida com a máquina

escavadora (máquina giratória ou retro-escavadora) até se encontrar terreno com

resistência suficiente para impedir o normal prosseguimento da escavação, que

deverá corresponder ao maciço rochoso granítico. A partir deste nível poderá ser

iniciada a implantação das sapatas.

Pelas razões referidas anteriormente, os ensaios realizados serem ensaios sem

amostragem e tendo em conta existência de aterro no local, as escavações para a

implantação das sapatas deverão ter acompanhamento técnico adequado, de forma a

assegurar que as sapatas fiquem implantadas na formação rochosa granítica e não

sobre blocos graníticos de maiores dimensões eventualmente existentes no aterro.

Nestas condições, a gama de tensões admissíveis a aplicar no contacto sapata / maciço rochoso (ZG1) será de 300 KPa – 350 KPa.

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Cabanas de Viriato» – Agosto de 2008 6

A verificação relativa aos estados limites últimos e de utilização deverá ser feita pelo

engenheiro projectista da obra tendo em conta o plano de cargas previsto para as

fundações da estrutura, os assentamentos máximos admissíveis e as características

geotécnicas evidenciadas pelo maciço de fundação.

6 - EQUIPA TÉCNICA S. João da Madeira, 22 de Agosto de 2008.

G.S.G. – Gabinete de Serviços Geotécnicos,

Abílio Nogueira Manuela Pinheiro

ENG. GEÓLOGO ENG. GEÓLOGA

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Relatório Geológico-Geotécnico para a “Ampliação de um Lar de 3ª idade no Pinheiro da Bemposta”

– Outubro de 2007

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Anexo 1

LOCALIZAÇÃO DOS ESTUDOS GEOTÉCNICOS

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Relatório Geológico-Geotécnico para a “Ampliação de um Lar de 3ª idade no Pinheiro da

Bemposta” – Outubro de 2007

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Anexo 2

BOLETINS DOS ENSAIOS DPSH