Estudo Oab 2016 Todas as Aulas Inaugurais Completa

ESTUDO REGULAR DA 1 FASE - OAB 2016

AS PUBLICAES DO MATERIAL

Os materiais sero postados em formato de aulas escritas curtas de acordo com o

quadro abaixo:

Cada documento publicado no grupo do facebook1 conter todas as aulas j

publicadas at o momento, acrescidas das novas aulas.

Aconselho ao leitor a revisar as aulas anteriores antes que seja feita a leitura das

aulas novas.

1 Endereo do grupo : https://www.facebook.com/groups/cursogratuitooab/

Material escrito por GLAUBER MOREIRA BARBOSA DA SILVAe-mail: [email protected] material deve ser distribudo gratuitamente.


TICA PROFISSIONAL

AULA 01

ATIVIDADES PRIVATIVAS DE ADVOCACIA

A tica profissional o cdigo de conduta que o advogado deve seguir.

A figura do advogado e a sua atividade encontra respaldo constitucional. Vejamos

o texto da nossa Constituio Federal:

Art. 133. O advogado indispensvel administrao da justia, sendo inviolvel por

seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, nos limites da lei.

As atividades do advogado encontram-se previstas nos artigos 1 ao 5 da OAB.

Art. 1 So atividades privativas de advocacia:

I - a postulao a qualquer rgo do Poder Judicirio e aos juizados especiais; (Vide

ADIN 1.127-8)

II - as atividades de consultoria, assessoria e direo jurdicas.

1 No se inclui na atividade privativa de advocacia a impetrao de habeas corpus em

qualquer instncia ou tribunal.

2 Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurdicas, sob pena de nulidade, s

podem ser admitidos a registro, nos rgos competentes, quando visados por

advogados.

3 vedada a divulgao de advocacia em conjunto com outra atividade.

Art. 2 O advogado indispensvel administrao da justia.



1 No seu ministrio privado, o advogado presta servio pblico e exerce funo social.

2 No processo judicial, o advogado contribui, na postulao de deciso favorvel ao

seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem mnus pblico.

3 No exerccio da profisso, o advogado inviolvel por seus atos e manifestaes,

nos limites desta lei.

Art. 3 O exerccio da atividade de advocacia no territrio brasileiro e a denominao de

advogado so privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),

1 Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, alm do regime

prprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da Unio, da

Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pblica e das Procuradorias e

Consultorias Jurdicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e das respectivas

entidades de administrao indireta e fundacional.

2 O estagirio de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no

art. 1, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade

deste.

Art. 4 So nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa no inscrita na

OAB, sem prejuzo das sanes civis, penais e administrativas.

Pargrafo nico. So tambm nulos os atos praticados por advogado impedido - no

mbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade

incompatvel com a advocacia.

Art. 5 O advogado postula, em juzo ou fora dele, fazendo prova do mandato.

1 O advogado, afirmando urgncia, pode atuar sem procurao, obrigando-se a

apresent-la no prazo de quinze dias, prorrogvel por igual perodo.



2 A procurao para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos

judiciais, em qualquer juzo ou instncia, salvo os que exijam poderes especiais.

3 O advogado que renunciar ao mandato continuar, durante os dez dias seguintes

notificao da renncia, a representar o mandante, salvo se for substitudo antes do

trmino desse prazo.

Entretanto, fiquem atentos aos casos que no preciso a presena de advogado.

So eles:

1. No necessrio advogado para a atuao no Juizado Especial Cvel em causas

de at 20 salrios mnimos2.No caso do JECRIM a presena do advogado obrigatria, pois a

defesa tcnica no pode ser dispensada. Ademais, o recurso inominado no Juizado Especial Cvel

exige a presena de advogado.

2. No Juizado Especial Federal3 no preciso a presena de advogado nas causas

at 60 salrios mnimos, mas a presena do advogado tambm obrigatria para o recurso

inominado.

3. No obrigatria a presena do advogado para impetrar Habeas Copus.

4. No obrigatria a presena de advogado para propor ao trabalhista, salvo

para aes rescisria, cautelar, mandado de segurana e recursos de competncia do TST, ou seja,

instncia extraordinria se exige a presena do advogado4.

5. Tambm no obrigatria a presena do advogado para postular perante juiz de

paz.

6. Nas aes de alimentos a presena do advogado no obrigatria5.

7. Reviso criminal um tema controvertido, mas a maioria da doutrina entende

que no necessria a presena do advogado.

8. Postular medidas protetivas de urgncia na lei maria da penha no se exige a

2 Artigo 9 da lei 9.099 de 1995;3 Ver lei 10.259/2001.4 Leia artigo 791 da CLT e a smula 425 do TST.5 Ver lei 5478/1968



presena de advogado6.

9. No necessria a presena de advogado para visar atos constitutivos de

microempresas e empresas de pequeno porte. Apenas nesses casos no necessria a presena do

advogado.

ADVOCACIA E A SUA VINCULAO A OUTRAS ATIVIDADES

Muito importante lembrar que proibido o exerccio da advocacia vinculado a

quaisquer outras atividades como, por exemplo, contabilidade, imobilirias etc. Mesmo que essas

atividades sejam sem a inteno de lucro.

O motivo da proibio garantir o sigilo profissional e a no captao de

clientela, que pratica proibida no exerccio da advocacia7.

DIREITO CONSTITUCIONAL

AULA 1

O DIREITO CONSTITUCIONAL E A DEMOCRACIA

O Direito Constitucional de extrema importncia para o estudo do Direito como

um todo, pois ele serve para interpretar as normas de todo o ordenamento jurdico.

Vale lembrar que o Direito Constitucional est intimamente ligado a ideia de

poder. Assim dispe a Constituio Federal:

Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos

Estados e Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem

6 Lei 11340/2006 - Art. 19. As medidas protetivas de urgncia podero ser concedidas pelo juiz, arequerimento do Ministrio Pblico ou a pedido da ofendida.

7 A captao de clientela recebe o nome de inculca.



como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo poltico.

Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio.

Como podemos verificar com a leitura de nossa Constituio, todo poder emana

do povo que o exerce por seus representantes eleitos.

O Brasil adotou o sistema hbrido de democracia, pois encontramos no nosso

sistema a democracia direta e a indireta.

A democracia direta participativa, pois atravs dela o povo exerce diretamente o

poder que detm sem a necessidade de representantes. So instrumentos desse tipo de democracia o

plebiscito, o referendo, a iniciativa popular das leis e a ao popular.

A democracia indireta aquela exercida por seus representantes eleitos. Por isso,

vale lembrar que o voto deve ser obrigatoriamente direto nos termos da nossa Constituio Federal.

DIREITO INTERNACIONAL PBLICO

AULA 01

SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL

O Direito Internacional tambm possui suas regras e princpios e tem por objeto

de proteo o ser humano. Ademais, o seu principal objetivo reger as relaes da comunidade



internacional.

O Direito Internacional possui os seus sujeitos de direitos que so: os Estados, as

Organizaes Internacionais, Blocos regionais, e as pessoas humanas. Esta a teoria mais aceita,

chamada de teoria ecltica ou, como alguns preferem, teoria heteropersonalista.

Por outro lado, temos a teoria, j superada, que se chama teoria clssica. Essa

defende que o nico sujeito de direito o Estado.

Vale lembrar que o Direito Internacional no possui mecanismos altamente

centralizados e compulsrios, como veremos no decorrer dos estudos.

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

AULA 01

FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

O Direito Internacional Privado tem como principal objetivo resolver os

problemas de conflitos de leis no espao. Ocorre esse conflito quando um elemento estrangeiro

aparece na relao jurdica causando dvida sobre qual o ordenamento jurdico aplicar. Esse

elemento estrangeiro que aparece chamamos de estraneidade.

Para iniciarmos o estudo do Direito Internacional Privado, devemos primeiro

estudar as suas fontes, ou seja, qual o material que alimenta essa disciplina? Qual o seu

fundamento?

A principal fonte do Direito Internacional Pblico a lei interna. Mas existem

outras. A Soft Law, que so fontes no obrigatrias, servem para auxiliar o juiz nacional.

No nosso pas temos a Lei de Introduo s Normas de Direito Brasileiro8 como a

principal fonte do Direito Internacional Privado e outras fontes como a nossa Constituio Federal,

Novo Cdigo de Processo Civil e outros.

8 Decreto-Lei 4657/1942.



DIREITO EMPRESARIAL

AULA 01

O EMPRESRIO

A teoria dos atos do comrcio foi abandonada pelo ordenamento jurdico

brasileiro com o surgimento do nosso atual Cdigo Civil. A antiga teoria abrangia apenas os

comerciantes definidos em um rol taxativos.

Passamo ento a adotar a teoria da empresa com a sua definio estampada no

Cdigo Civil Brasileiro.

Art. 966. Considera-se empresrio quem exerce profissionalmente atividade

econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou de servios.

Pargrafo nico. No se considera empresrio quem exerce profisso intelectual, de naturezacientfica, literria ou artstica, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se oexerccio da profisso constituir elemento de empresa.

Portanto, vimos que para ser empresrio necessrio preencher vrios requisitos.

Vejamos cada um separadamente:

1. Profissionalismo: a pessoa que trabalha profissionalmente de forma habitual,

ou seja, no eventual, em nome prprio e assume as responsabilidade do negcio. O risco do

negcio suportado pelo empresrio. E o empresrio que detm o monoplio das informaes, o

conhecimento indispensvel para a realizao das atividades empresariais.

2. Atividade econmica: O objetivo de lucro.

3. Organizao: O empresrio deve organizar os quatro fatores de produo.

Capital, mo de obra, insumos (que so os bens que o empresrio rene e utiliza para alcanar seus



objetivos) e tecnologia9.

4. Produo e Circulao de bens ou servios: o principal elemento da atividade

empresria.

DIREITO DO CONSUMIDOR

AULA 01

PRINCPIO DA VULNERABILIDADE

Com o aparecimento da sociedade de consumo, depois do processo de

industrializao, surgiu a necessidade de uma legislao de defesa do consumidor.

A Constituio Federal de 1988 determinou a criao de um Cdigo de Defesa do

Consumidor10. Cdigo que s foi criado em 1990, com a lei 8078 de 1990.

Para comearmos o estudo da Disciplina do Direito do Consumidor, ramo jurdico

criado pela necessidade de defender a parcela da populao vulnervel, vamos estudar os princpios

do Direito do Consumidor, comeando pelo princpio da vulnerabilidade.

O princpio da vulnerabilidade determina que seja reconhecida a situao de

vulnerabilidade do consumidor.

Este princpio est disposto no Cdigo de Defesa do Consumidor, artigo 4, I:

Art. 4 A Poltica Nacional das Relaes de Consumo tem por objetivo o atendimento

das necessidades dos consumidores, o respeito sua dignidade, sade e segurana, a proteo de seus

interesses econmicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparncia e harmonia das

relaes de consumo, atendidos os seguintes princpios: (Redao dada pela Lei n 9.008, de 21.3.1995)

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

(...)

9 Tecnologia o pleno conhecimento dos mtodos e informaes importantes para a qualidade dos produtos e servios oferecidos pelos empresrios.

10 Vide: artigos 48 da ADCT, 5, XXXII da CF , 150, 5 da CF.



Trata-se de presuno absoluta de vulnerabilidade, que pode ser reconhecida em

seus vrios aspectos. Por isso podemos dizer que existe vrios tipos de vulnerabilidade: econmica,

fsica, informativa, tcnica, cientfica e outras.

Por isso, o consumidor deve obter um tratamento diferenciado para ter garantida a

sua igualdade material.

DIREITO CIVIL

AULA 01

PRINCPIOS DO DIREITO CIVIL

O estudo do Direito Civil comea pelos Princpios. So muitos, mas vamos

mencionar primeiramente os mais relevantes.

O primeiro o princpio da socialidade. Ele dispe que os valores da coletividade

deve se sobrepor aos valores individuais.

O segundo o princpio da eticidade que tambm rege o Direito Civil. Segundo

esse princpio a justia e a boa-f devem estar presente nas relaes civis.

Devemos tambm mencionar o princpio da operabilidade, que podemos

conceituar como o princpio que impe solues viveis, operveis e sem grandes dificuldades na

aplicao do Direito.

Um outro princpio de grande importncia o da dignidade da pessoa humana.

Esse princpio tambm norteia o Cdigo Civil, bem como todo o ordenamento jurdico. O princpio

da dignidade da pessoa humana dispe que os diversos aspectos da personalidade humana deve ser

respeitados como, por exemplo, a moral, o intelecto e o fsico.



O nosso Cdigo Civil regulamenta os direitos da personalidade. Faamos a sua

leitura:

Art. 11. Com exceo dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade so intransmissveis e irrenunciveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria.

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaa, ou a leso, a direito da personalidade, e reclamar perdase danos, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei.

Pargrafo nico. Em se tratando de morto, ter legitimao para requerer a medida prevista neste artigo o cnjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral at o quarto grau.

Art. 13. Salvo por exigncia mdica, defeso o ato de disposio do prprio corpo, quando importar diminuio permanente da integridade fsica, ou contrariar os bons costumes.

Pargrafo nico. O ato previsto neste artigo ser admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.

Art. 14. vlida, com objetivo cientfico, ou altrustico, a disposio gratuita do prprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

Pargrafo nico. O ato de disposio pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

Art. 15. Ningum pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento mdico ou a interveno cirrgica.

Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

Art. 17. O nome da pessoa no pode ser empregado por outrem em publicaes ou representaes que a exponham ao desprezo pblico, ainda quando no haja inteno difamatria.

Art. 18. Sem autorizao, no se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

Art. 19. O pseudnimo adotado para atividades lcitas goza da proteo que se d ao nome.

Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessrias administrao da justia ou manuteno da ordem pblica, a divulgao de escritos, a transmisso da palavra, ou a publicao, a exposio ou a utilizao da imagem de uma pessoa podero ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuzo da



indenizao que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)

Pargrafo nico. Em se tratando de morto ou de ausente, so partes legtimas para requerer essa proteo o cnjuge, os ascendentes ou os descendentes.

Art. 21. A vida privada da pessoa natural inviolvel, e o juiz, a requerimento do interessado, adotar as providncias necessrias para impedir ou fazer cessar ato contrrio a esta norma. (Vide ADIN 4815)

O Cdigo Civil tambm regido por outros princpios como, por exemplo,

autonomia da vontade, solidariedade social, propriedade individual etc.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DE 1973

AULA 01

LIDE

Para iniciarmos o estudo de Direito Processual Civil de 1973, vamos,

primeiramente, definir o que lide. Lide um fator antissocial que surge com os conflitos de

interesse entre os membros da sociedade em razo de no haver bens suficientes para todos.

Segundo o italiano Carnelutti, lide a pretenso qualificada pela resistncia.

Quando surge o conflito de interesses, por desrespeito as normas de

comportamento, que so chamadas de normas primrias, necessrio a aplicao de sanes

(normas secundrias).

Foram vrias as formas de soluo da lide que surgiram no decorrer da histria.

Vejamos:

1. Autotutela: uma das partes impe a sua vontade a outra, normalmente usando a

fora.

2. Autocomposio: um ou ambos os litigantes abrem mo da sua pretenso.

3. Arbitragem facultativa: Os litigantes de forma espontnea buscam um terceiro



de sua confiana para resolver a lide.

4. Arbitragem obrigatria: O Estado impe a obrigao de se solucionar o conflito

de interesse via um rbitro, proibindo a autotutela.

5. Jurisdio: Poder Estatal de aplicar o direito em relao ao conflito de interesse.

6. ADRs: Sigla em ingls para indicar uma forma alternativa de deciso da lide.

Essa ltima forma de soluo da lide ADRs que ganhou fora no nosso

ordenamento jurdico nos ltimos anos, pode ser assim descrita:

a) Conciliao: a figura do conciliador busca o consenso entre os litigantes e tem

uma postura ativa, sugerindo uma soluo para as partes.

b) Mediao: a figura do mediador aparece buscando consenso entre as partes e

tem uma postura para induzir a soluo para que os prprios litigantes encontrem uma soluo.

c) Arbitragem: As partes estabelecem que a lide ser solucionada por um rbitro

privado, que conhea a matria. Arbitragem moderna11 uma espcie de ADRs no pode ser

confundida com a arbitragem facultativa.

Atualmente o CNJ editou a resoluo 125 de 2010 a respeito da matria12.

Vejamos a ementa:

Resoluo N 125 de 29/11/2010

Ementa: Dispe sobre a Poltica Judiciria Nacional de tratamento adequado dos conflitos deinteresses no mbito do Poder Judicirio e d outras providncias.

11 Vide a lei 9307/199612 Vale a pena fazer uma leitura da resoluo.



NOVO CDIGO DE PROCESSO CIVIL

AULA 01

CONSIDERAES PRELIMINARES

O Novo Cdigo de Processo Civil foi publicado em maro de 201513.O novo

diploma que regula o Processo Civil est dividido em parte geral, parte especial e uma parte

complementar para as disposies transitrias.

Importante mencionar que a parte geral do NCPC se aplica a todos os processos e

procedimentos em geral, nessa parte geral est includa a teoria geral do processo.

S para variar, existe divergncia doutrinria a respeito da data da vigncia do

Novo Cdigo de Processo Civil. Existem 3 possveis datas para a sua vigncia: 16,17 e 18 de maro

de 2016. No vejo motivo para a posio da data do dia 16.

O NCPC em seu artigo 1045 aponta que o Cdigo entra em vigor aps um ano de

sua publicao. A sano ocorreu em 16/03/2015 e publicou em 17/03/2015. Sendo assim vejamos

o entendimento para as datas 17 e 18:

Dia 17/03/2016: publicao em 17/03/2015 fazendo um ano em 16/03/2016,

entrando em vigor no dia subsequente a sua consumao integral, ou seja, 17/03/2016. A base legal

para esse raciocnio encontra-se na lei complementar 95 de 1998:

Art. 8 A vigncia da lei ser indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo

razovel para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a clusula "entra em vigor na data de sua

publicao" para as leis de pequena repercusso.

1 A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleam perodo de vacncia far-se- com a incluso da data da publicao e do ltimo dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqente

13 Lei 13105 de 2015.



sua consumao integral. (Includo pela Lei Complementar n 107, de 26.4.2001)

(...)

Dia 18/03/2016: publicao em 17/03/2015, fazendo um ano em 17/03/2016 (de

acordo com o Cdigo Civil artigo 132 314) entrando em vigor no dia subsequente a sua

consumao, ou seja, 18/03/2016. A base legal para esse raciocnio encontra-se na lei complementar

95 de 1998:

Art. 8 A vigncia da lei ser indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo

razovel para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a clusula "entra em vigor na data de sua

publicao" para as leis de pequena repercusso.

1 A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleam perodo de vacncia far-se- com a incluso da data da publicao e do ltimo dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqente sua consumao integral. (Includo pela Lei Complementar n 107, de 26.4.2001)

(...)

Vamos aguardar o pronunciamento dos tribunais.

14 Cdigo Civil - Art. 132. Salvo disposio legal ou convencional em contrrio, computam-se os prazos, excludo o dia do comeo, e includo o do vencimento.

(...)

3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual nmero do de incio, ou no imediato, se faltar exata correspondncia.



DIREITO ADMINISTRATIVO

AULA 01

REGIME JURDICO

O que o regime jurdico? Essa a pergunta natural que surgi na cabea do

estudante. Por isso vamos conceituar regime jurdico.

O regime jurdico um conjunto harmnico de princpios e normas que se aplica a

determinado instituto de Direito.

Lembremos que existem dois tipos de regime jurdico: o pblico e o privado. No

Direito Administrativo estudamos o regime jurdico pblico administrativo.

Quando falamos de regime jurdico no Direito Administrativo devemos abord-lo

sobre os dois grandes pilares: a supremacia do interesse pblico sobre o interesse privado e a

indisponibilidade do interesse pblico.

SUPREMACIA DO INTERESSE PBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO

Trata-se de um princpio basilar que nos informa a prevalncia do interesse

pblico interesse comum quando em conflito com o interesse particular.

A supremacia pode ser chamada de supremacia estatal geral, quando abrange

todas as pessoas.

A supremacia tambm pode ser chamada de supremacia estatal especial, quando

abrange apenas pessoas com quem o Estado possui relao jurdica especfica.



PRINCPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PBLICO

Ele tem origem na Repblica, que quer dizer coisa de todos, porque o Poder

Pblico precisa velar pela proteo e promoo da coisa pblica.

Nas prximas aulas continuaremos a estudar os princpios.

DIREITO TRIBUTRIO

AULA 01

CONCEITO DE TRIBUTO

A principal fonte de receita do Estado a tributao e cabe ao Direito Tributrio

regular a relao entre o Fisco e os contribuintes e os responsveis tributrios.

Para comearmos o estudo do direito tributrio, precisamos definir o que tributo.

Mas, de acordo com a Constituio Federal, cabe a lei complementar definir o que tributo:

Art. 146. Cabe lei complementar:

(...)

III - estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmentesobre:

a) definio de tributos e de suas espcies,(...)

O Cdigo Tributrio Nacional (CTN) trouxe a definio de tributo. Embora o



CTN seja uma lei ordinria e no uma lei complementar, foi recepcionado pela Constituio Federal

como lei complementar. Logo, podemos afirmar que o Cdigo Tributrio materialmente uma lei

complementar.

Vejamos a definio de tributo estabelecido no Cdigo em estudo:

Art. 3 Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se

possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade

administrativa plenamente vinculada.

Vale lembrar que o tributo possui trs funes:

1. Arrecadatria: esta funo essencial, pois atravs dela que o Estado

consegue receitas para o seu funcionamento.

2. Extrafiscal: esta funo aparece quando o Estado intervm no mercado

econmico e social.

3. Parafiscal: surge esta funo quando o Estado transfere a arrecadao a

entidades paraestatais, que cobram e ficam com os recursos.

Por fim, devemos lembrar que a anlise dos elementos que compe a definio de

tributo ser analisado na prxima aula.

DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO DO TRABALHO

AULA 01

NATUREZA JURDICA DO DIREITO DO TRABALHO

Boa parte da doutrina classifica o Direito do Trabalho como um ramo do Direito

Privado, pois regula as relaes dos particulares envolvidos tendo como o seu principal ncleo o

contrato de trabalho.



Filio-me a esta corrente, pois, embora existam normas de carter cogente, isso no

descaracteriza a disciplina como ramo autnomo do Direito Privado.

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

AULA 01

LIDE TRABALHISTA

Em meio a inmeros conflitos, na esfera individual e coletiva das relaes de

trabalho, surgi a lide trabalhista.

A lide trabalhista pode ocorrer com conflito entre empregado e empregador ou

prestador e tomador de servios chamamos de dissdio individual. Tambm pode ocorrer o

conflito trabalhista envolvendo sindicato(s) chamamos de dissdios coletivos.

Os dissdios coletivos podem ser:

1. Jurdico ou de interpretao: tem por objetivo declarar o alcance de

determinado dispositivo legal, convencional ou regulamentar.

2. Econmico: nessa espcie o objetivo a criao de novos direitos, o poder

normativo15.

Os dissdios coletivos de natureza econmica so:

a) Originrio: quando no existe norma coletiva anterior.

b) Revisional: objetiva alterar clusulas j fixadas pelo poder judicirio em

sentenas normativas.

15 O poder normativo pode ser entendido como a competncia garantida pela Constituio Federal aos Tribunais doTrabalho para solucionar os conflitos coletivos atravs das sentenas normativas. Devemos lembrar que o podernormativo est limitado a prpria lei.



c) Declaratrio sobre paralisao do trabalho: decorre de greve dos trabalhadores.

DIREITO AMBIENTAL

AULA 01


O direito ao meio ambiente um direito humano de terceira gerao, sustentado

pelo princpio da fraternidade, o direito ao desenvolvimento, o direito paz, direito ao meio

ambiente equilibrado e comunicao e direito ao patrimnio comum da humanidade.

No plano mundial a preocupao com o meio ambiente surgiu com a Conferncia

de Estocolmo em 1972, momento em que se inciou com o estudo do princpio do desenvolvimento

sustentvel.

No Brasil o grande marco foi em 1992 com a segunda grande conferncia mundial

sobre o meio ambiente, a Rio-92.

Na frica, em 2002, foi sediada a terceira grande conferncia mundial sobre o

meio ambiente, a Rio+10.

No Rio de Janeiro, em 2012, sediamos a quarta conferncia mundial sobre o meio

ambiente, a Rio+20.

Por fim, em 2015, podemos destacar as inditas medidas dos Estados Unidos e da

China que se comprometeram a reduzir suas emisses de gases do efeito estufa na atmosfera.

Importante aprofundar o estudo atravs do seguinte link:

http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/fe_e_meio_ambiente/principais_conferencias_internacionais

_sobre_o_meio_ambiente_e_documentos_resultantes. html



ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

AULA 01

A CONSTITUIO FEDERAL E A CRIANA E O ADOLESCENTE

A Constituio Federal se dedica a dar um tratamento especial a Criana e o

Adolescente em seus artigos 226 a 230. Nesses artigos tambm encontramos proteo ao jovem e ao

idoso com redao dada pela Emenda Constitucional n. 65 de 2010. Leiamos os artigos 227 ao 230

que trata mais diretamente sobre a matria:

Art. 227. dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e aojovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria,alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e

opresso. (Redao dada Pela Emenda Constitucional n 65, de 2010)

1 O Estado promover programas de assistncia integral sade da criana, do adolescente e dojovem, admitida a participao de entidades no governamentais, mediante polticas especficas e

obedecendo aos seguintes preceitos: (Redao dada Pela Emenda Constitucional n 65, de 2010)

I - aplicao de percentual dos recursos pblicos destinados sade na assistnciamaterno-infantil;

II - criao de programas de preveno e atendimento especializado para as pessoas portadoras dedeficincia fsica, sensorial ou mental, bem como de integrao social do adolescente e do jovem portadorde deficincia, mediante o treinamento para o trabalho e a convivncia, e a facilitao do acesso aos bense servios coletivos, com a eliminao de obstculos arquitetnicos e de todas as formas de discriminao.

(Redao dada Pela Emenda Constitucional n 65, de 2010)



2 A lei dispor sobre normas de construo dos logradouros e dos edifcios deuso pblico e de fabricao de veculos de transporte coletivo, a fim de garantir acessoadequado s pessoas portadoras de deficincia.

3 O direito a proteo especial abranger os seguintes aspectos:

I - idade mnima de quatorze anos para admisso ao trabalho, observado o dispostono art. 7, XXXIII;

II - garantia de direitos previdencirios e trabalhistas;

III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem escola; (Redao dada Pela EmendaConstitucional n 65, de 2010)

IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuio de ato infracional,igualdade na relao processual e defesa tcnica por profissional habilitado, segundodispuser a legislao tutelar especfica;

V - obedincia aos princpios de brevidade, excepcionalidade e respeito condiopeculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicao de qualquer medidaprivativa da liberdade;

VI - estmulo do Poder Pblico, atravs de assistncia jurdica, incentivos fiscais esubsdios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ouadolescente rfo ou abandonado;

VII - programas de preveno e atendimento especializado criana, ao adolescente e ao jovem

dependente de entorpecentes e drogas afins. (Redao dada Pela Emenda Constitucional n 65, de2010)

4 A lei punir severamente o abuso, a violncia e a explorao sexual da crianae do adolescente.

5 A adoo ser assistida pelo Poder Pblico, na forma da lei, que estabelecercasos e condies de sua efetivao por parte de estrangeiros.

6 Os filhos, havidos ou no da relao do casamento, ou por adoo, tero osmesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatriasrelativas filiao.



7 No atendimento dos direitos da criana e do adolescente levar-se- emconsiderao o disposto no art. 204.

8 A lei estabelecer: (Includo Pela Emenda Constitucional n 65, de 2010)

I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; (Includo Pela EmendaConstitucional n 65, de 2010)

II - o plano nacional de juventude, de durao decenal, visando articulao das vrias esferas do

poder pblico para a execuo de polticas pblicas. (Includo Pela Emenda Constitucional n 65, de2010)

Art. 228. So penalmente inimputveis os menores de dezoito anos, sujeitos snormas da legislao especial.

Art. 229. Os pais tm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhosmaiores tm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carncia ou enfermidade.

Art. 230. A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever de amparar as pessoasidosas, assegurando sua participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito vida.

1 Os programas de amparo aos idosos sero executados preferencialmente emseus lares.

2 Aos maiores de sessenta e cinco anos garantida a gratuidade dos transportescoletivos urbanos.

Portanto, para regulamentar e conferir a efetividade s normas constitucionais,

entrou em vigor o Estatuto da Criana e do Adolescente, que andar conosco ao longo dos nossos

estudos.



DIREITO PENAL

AULA 01

CONCEITO

O Direito Penal surgiu para resolver os conflitos que envolve os bens jurdicos

mais relevantes da sociedade.

O Direito Penal pode ser conceituado como o ramo do Direito Pblico composto

de normas cuja finalidade regular o poder punitivo do Estado que tem como o objeto de estudo as

infraes penais e as respectivas sanes aplicveis ao infrator.

O objeto do Direito Penal, como foi visto, so dois:

1. Infraes penais: O Brasil adotou o critrio dicotmico, ou seja, classificou as

infraes penais em duas espcies: crimes (delitos) e contravenes penais. Os crimes, que tambm

podem ser chamados de delitos, uma infrao penal mais grave. Por outro lado, a contraveno

penal, como diz Nelson Hungria, o crime-ano, infrao que punida pelo Estado com menor

rigor.

2. Sanes penais: As sanes penais foram classificadas em duas espcies: penas

e medidas de segurana. Cada uma delas ser definidas e estudadas no momento oportuno.

CINCIAS AUXILIARES DO DIREITO PENAL

As cincias auxiliares do Direito Penal so:

1. Medicina legal: so os conhecimentos mdicos que servem para auxiliar o

Estado a resolver as lides penais.



2. Psiquiatria forense: usada para aferir o grau de capacidade de entendimento do

agente no momento do crime.

3. Polcia cientfica (polcia tcnica): tem por objetivo auxiliar o Estado a

descobrir quem foram os autores dos crimes.

4. Sociologia: estuda o crime como fenmeno social.

5. Criminologia: tem por objetivo estudar as causas da criminalidade e do

criminoso.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

AULA 01

DEFINIO

O Processo Penal pode ser conceituado como ramo do Direito Pblico e

instrumento legitimador do direito de punir do Estado, atravs de um conjunto de princpios e

normas que iro regular a aplicao jurisdicional, incluindo as atividades persecutrias da Polcia

Judiciria e seus auxiliares.

O direito punitivo do Estado surgi quando algum pratica uma infrao penal.

Neste caso, o Estado aplica ao indivduo infrator uma sano.

DIREITOS HUMANOS

AULA 01


O objetivo dos Direitos Humanos proteger a dignidade da pessoa humana e esse

ramo jurdico do Direito que trata dessa proteo composto de princpios e regras.



Quando falamos em dignidade da pessoa humana, estamos nos referindo ao

mnimo de garantia aos direitos civis, polticos, judiciais, sociais, e culturais.

Cada Estado estabelece suas prprias regras de proteo aos direitos humanos.

Quando os direitos humanos so reconhecidos na Constituio de um pas, recebe o nome de

direitos fundamentais.

Vale lembrar que cada vez mais a soberania dos pases esto sendo mitigadas em

razo da universalidade dos direitos humanos, que uma das caractersticas deles.

Portanto, o que podemos observar que as comunidades internacionais cada vez

mais fiscaliza a situao dos direitos humanos em cada pas, inclusive opinando sobre sobre o tema

e algumas vezes sancionando.

TICA DA FILOSOFIA DO DIREITO

AULA 01

INTRODUO

Podemos dizer que a palavra tica possui sua gnese na palavra thos, que

significa costume, uso, habito, mas tambm pode ter o significado de carter, temperamento, ndole.

O estudo das aes e paixes humanas. Na filosofia latina, a palavra thos foi traduzida por moral.

Definimos tica como uma disciplina filosfica que tem como objeto de estudo a

tica e a moral.

Baseado em vrios modelos elaborados por filsofos surgiram vrios tipos de

paradigmas (modelos ticos) como, por exemplo, tica antiga, socrtica, artistotlica etc.

O estudioso dessa disciplina poder ser utilizada para fundamentar suas opinies

em diversos assuntos relevantes como, por exemplo, eutansia, pena de morte, casamento de

pessoas do mesmo sexo, etc.

H quem diga que a palavra tica tambm possui sua gnese na palavra aret, que



significa mrito ou qualidade. Podemos dizer que indica um conjunto de virtudes ou valores16.

Conclumos que a tica uma disciplina que nos auxilia na formao do carter da

pessoa.

Vejamos o artigo na ntegra do Professor Jos Roberto Goldim, publicado no site

da Universidade Federal do Rio Grande do Sul17.

A seguir so apresentadas algumas ideias de diferentes autores

sobre o que tica e as suas definies mais usuais.

tica uma palavra de origem grega, com duas origens possveis. A primeira a palavra grega thos, com e curto, que pode ser traduzida por costume, a segunda tambm se escreve thos, porm com e longo, que significa propriedade do carter. A primeira a que serviu de base para a traduo latina Moral, enquanto que a segunda a que, de alguma forma, orienta a utilizao atual que damos a palavra tica.tica a investigao geral sobre aquilo que bom.

Moore GE. Princpios ticos. So Paulo: Abril Cultural, 1975:4

A tica tem por objetivo facilitar a realizao das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-se a s mesmo como tal, isto , como pessoa. (...) A tica se ocupa e pretende a perfeio do ser humano.

Clotet J. Una introduccin al tema de la tica. Psico 1986;12(1)84-92.

16 ticos, fsicos, morais, mentais, espirituais, polticos etc. 17 http://www.ufrgs.br/bioetica/etica.htm (acesso: 13/01/2016).



A tica existe em todas as sociedades humanas, e, talvez, mesmo entre nossos parentes no-humanos mais prximos. Ns abandonamos o pressuposto de que atica unicamente humana.

A tica pode ser um conjunto de regras, princpios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as aes de um grupo em particular (moralidade), ou o estudo sistemtico da argumentao sobre como ns devemos agir (filosofia moral).

Singer P. Ethics. Oxford: OUP, 1994:4-6.

Realmente os termos tica e moral no so particularmente apropriados paranos orientarmos. Cabe aqui uma observao sobre sua origem, talvez em primeirolugar curiosa. Aristteles tinha designado suas investigaes terico-morais - ento denominadas como ticas - como investigaes sobre o ethos, sobre as propriedades do carter, porque a apresentao das propriedades do carter, boas e ms (das assim chamadas virtudes e vcios) era uma parte integrante essencial destas investigaes. A procedncia do termo tica, portanto, nada tem a ver com aquilo que entendemos por tica. No latim o termo grego thicos foi ento traduzido por moralis. Mores significa: usos e costumes. Isto novamente no corresponde, nem nossa compreenso de tica, nem de moral. Alm disso, ocorre aqui um erro de traduo. Pois na tica aristotlica no apenas ocorre o termo thos (com 'e' longo), que significa propriedade de carter, mas tambm o termo thos (com 'e' curto) que significa costume, e para este segundo termo que serve a traduo latina.

Tugendhat E. Lies sobre tica. Petrpolis: Vozes 1997:35.

Kierkegaard e Foucault diziam que a tica grega uma esttica, ou uma potica, preocupando-se com a arte de viver, com a elaborao de uma vida bela e boa.

Valls ALM. in: tica e Contemporaneidade

Conceitos Fundamentais - diagrama tica, Moral e Direito tica e Contemporaneidade Conceitos Fundamentais - Textos Pgina de Abertura - Biotica



HERMENUTICA JURDICA

AULA 01

CONSIDERAES INICIAIS

No mundo jurdico o desenvolvimento social, gerando uma srie de

transformaes complexas, provou quatro fenmenos relevantes:

1. A positivao do Direito;

2. A transformao do Direito como instrumento de gesto social;

3. A expanso dos contedos normativos do Direito como leis, decretos,

resolues, etc.

4. A mutao do Direito;

Tais fenmenos exigiram da hermenutica jurdica a criao de instrumentos de

interpretao mais eficazes para:

1. Abranger situaes que no foram previstas pela norma.

2.Captar o real sentido e o alcance da norma.

3. Elaborar a subsuno do fato norma.


Resoluo N 125 de 29/11/2010tica uma palavra de origem grega, com duas origens possveis. A primeira a palavra grega thos, com e curto, que pode ser traduzida por costume, a segunda tambm se escreve thos, porm com e longo, que significa propriedade do carter. A primeira a que serviu de base para a traduo latina Moral, enquanto que a segunda a que, de alguma forma, orienta a utilizao atual que damos a palavra tica.Moore GE. Princpios ticos. So Paulo: Abril Cultural, 1975:4

A tica tem por objetivo facilitar a realizao das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-se a s mesmo como tal, isto , como pessoa. (...) A tica se ocupa e pretende a perfeio do ser humano.Clotet J. Una introduccin al tema de la tica. Psico 1986;12(1)84-92.

A tica existe em todas as sociedades humanas, e, talvez, mesmo entre nossos parentes no-humanos mais prximos. Ns abandonamos o pressuposto de que a tica unicamente humana.A tica pode ser um conjunto de regras, princpios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as aes de um grupo em particular (moralidade), ou o estudo sistemtico da argumentao sobre como ns devemos agir (filosofia moral).Singer P. Ethics. Oxford: OUP, 1994:4-6.

Realmente os termos tica e moral no so particularmente apropriados para nos orientarmos. Cabe aqui uma observao sobre sua origem, talvez em primeiro lugar curiosa. Aristteles tinha designado suas investigaes terico-morais - ento denominadas como ticas - como investigaes sobre o ethos, sobre as propriedades do carter, porque a apresentao das propriedades do carter, boas e ms (das assim chamadas virtudes e vcios) era uma parte integrante essencial destas investigaes. A procedncia do termo tica, portanto, nada tem a ver com aquilo que entendemos por tica. No latim o termo grego thicos foi ento traduzido por moralis. Mores significa: usos e costumes. Isto novamente no corresponde, nem nossa compreenso de tica, nem de moral. Alm disso, ocorre aqui um erro de traduo. Pois na tica aristotlica no apenas ocorre o termo thos (com 'e' longo), que significa propriedade de carter, mas tambm o termo thos (com 'e' curto) que significa costume, e para este segundo termo que serve a traduo latina.Tugendhat E. Lies sobre tica. Petrpolis: Vozes 1997:35.

Kierkegaard e Foucault diziam que a tica grega uma esttica, ou uma potica, preocupando-se com a arte de viver, com a elaborao de uma vida bela e boa.Valls ALM. in: tica e Contemporaneidade

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