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i UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Estudo sobre Características de Sistema Baseado em Conhecimento Aplicado ao Turismo Área de Inteligência Artificial por Jefferson Neoli de Maria Rafael de Santiago, MSc. Orientador Itajaí (SC), dezembro de 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

Estudo sobre Características de Sistema Baseado em Conhecimento

Aplicado ao Turismo

Área de Inteligência Artificial

por

Jefferson Neoli de Maria

Rafael de Santiago, MSc. Orientador

Itajaí (SC), dezembro de 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

Estudo sobre características de Sistema Baseado em Conhecimento

aplicado ao Turismo

Área de Inteligência Artificial

por

Jefferson Neoli de Maria Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação.

Orientador: Rafael de Santiago, MSc.

Itajaí (SC), dezembro de 2010

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais

Neoli Manoel de Maria, Eliane Iracema da Silva e os meus irmãos

Letícia Eliane da silva, Marluci Eliane da Silva e Leonardo Neoli de Maria

que sempre ao meu lado deram exemplos de amor e respeito, além da perseverança e do sentimento

de justiça em cada ato.

Meus Valores Fundamentais que tanto amo e estimo!!!!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço inicialmente a deus, por colocar pessoas certas na hora que mais precisei,

que se demonstrando vários vezes está ao meu lado iluminando meu caminho e até mesmo está

presente nestas linhas que você por curiosidade começou a ler.

Agradeço também a minha família, que sempre teve fé em mim e na minha capacidade, que

contribui e muito na minha formação pessoal que formou a pessoa que seu hoje.

Aos meus amigos e colegas que conheci no período acadêmico pelo carinho e companheirismo

sempre.

O professor Rafael de Satiago, pela orientação e seus ensinamentos que foram fundamentais para a

realização deste trabalho. E também a todos os professores e Avaliadores que ao longo do curso

nos passaram ensinamento e experiências da profissão e da vida.

E a todos aqueles que contribuíram de maneira direta ou indiretamente para a realização deste

trabalho.

Muito Obrigado

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EPÍGRAFE

Os covardes nunca começam...

Os fracassados nunca terminam...

Os vencedores nunca desistem...

Norman Vincent Peale.

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ........................................................................................ iii

AGRADECIMENTOS .............................................................................. iv

EPÍGRAFE .................................................................................................. v

LISTA DE ABREVIATURAS................................................................ viii

LISTA DE FIGURAS ................................................................................ ix

LISTA DE TABELAS .............................................................................. 10

RESUMO ................................................................................................... 11

ABSTRACT ............................................................................................... 12

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 13

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................... 16

1.1.1 Formulação do Problema ............................................................................... 16

1.1.2 Solução Proposta ............................................................................................. 16

1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 17

1.3 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 17

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................... 17

1.5 METODOLOGIA .............................................................................................. 17

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................... 20

2.1 SISTEMA BASEADO EM CONHECIMENTO ............................................ 20

2.2 SISTEMA ESPECIALISTA ............................................................................. 22

2.3 RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS .......................................................... 24

2.4 REDES BAYESIANAS ..................................................................................... 26

2.5 SISTEMA ESPECIALISTA FUZZY .............................................................. 27

2.6 CARACTERÍSTICAS DE SBC APLICADAS AO TURISMO ................... 30

2.6.1 Roteiro localidade (turismo lazer) ................................................................. 30

2.6.2 Roteiro serviços (turismo lazer) ..................................................................... 32

2.6.3 Investimento no setor turístico ...................................................................... 34

2.6.4 Desempenho no setor turístico ....................................................................... 35

3 DESENVOLVIMENTO ...................................................................... 39

3.1 TECNOLOGIAS ............................................................................................... 39

3.1.1 CLIPS ............................................................................................................... 40

3.1.2 Open Clips ....................................................................................................... 42

3.1.3 Tecnologias para Redes Bayesianas .............................................................. 43

3.1.3 Ferramenta Hugin........................................................................................... 43

3.1.4 Serviços - Aspectos teóricos............................................................................ 47

3.1.4 Influência da Qualidade na prestação nos Serviços Turísticos .................. 48

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3.1.4 Processo e modelos de avaliação e qualidade de serviços ........................... 48

3.2 ESPECIFICAÇÃO PARCIAL DOS PROTÓTIPOS .................................... 50

3.2.1 Cidade de Bombinhas, Estudo de caso para os Protótipos. ........................ 50

3.2.2 Protótipo da Característica de Roteiro de Serviços (Turista lazer) ........... 51

3.2.3 Requisitos Funcionais ..................................................................................... 52

3.2.4 Diagrama de Caso de Uso do Sistema ........................................................... 52

3.2.5 Detalhes do desenvolvimento da aplicação ................................................... 53

3.2.6 Aspectos da Codificação de Sistema Especialista ........................................ 54

3.2.6 Aquisição do conhecimento e obtenção das Regras ..................................... 56

3.2.7 Protótipo da Característica de desempenho no Setor Turístico................. 57

3.2.8 Requisitos Funcionais ..................................................................................... 57

3.2.9 Diagrama de Caso de Uso do Sistema ........................................................... 58

3.2.10 Detalhes do Desenvolvimento ........................................................................ 59

3.2.11 Heurísticas do grau de satisfação utilizadas ................................................. 59

3.2.12 Aspectos da Codificação de Rede Bayesiana ................................................ 66

4 Conclusão .............................................................................................. 68

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 70

Questionário ............................................................................................................... 75

A.1 Roteiro Serviços (turista lazer) - Hospedagem ................................................ 75

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABAV Associação Brasileira de Viagem BC Base de Conhecimento BD Banco de Dados ABOT Associação Brasileira das Operadoras de Turismo CLIPS C Language Integrated Production System TPC Tabela de Probabilidade Condicional IA Inteligência Artificial IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística JSON JavaScript Object Notation MT Memória de Trabalho MTUR Ministério do Turismo NASA Nacional Aeronautics and Space Admistration NSBC Núcleo de Sistema Baseado em Conhecimento PHP Preprocessor Hypertext Personal RB Redes Bayesianas RBC Raciocínio Baseados em Casos SC Santa Catarina SBC Sistema Baseado em Conhecimento SE Sistema Especialista SEF Sistema Especialista Fuzzy SI Sistema Inteligente SIG Sistema de Informações Geográficas TB Teorema de Bayes TCC Trabalho de Conclusão de Curso UC Use Case UML Unified Modeling Language UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Estrutura de um Sistema Baseado em Conhecimento. ....................................................... 21

Figura 2. Componentes básicos do Sistema Especialista. .................................................................. 23

Figura 3. Exemplo de Atrativos Turísticos - Esportes na Natureza. .................................................. 23

Figura 4. Ciclo do Raciocínio Baseado em Casos. ............................................................................ 25

Figura 5. Sistema de Inferência Fuzzy. .............................................................................................. 29

Figura 6. Tela da “Recommendations for tourist attractions” detalhe da área Recomendada. .......... 32

Figura 7. Tela INTELI TUR Registrar opções do turista. .................................................................. 33

Figura 8. Manipulação das Regras. .................................................................................................... 41

Figura 9. Atribuindo Comandos. ........................................................................................................ 41

Figura 10. Trecho do Código - Comunicação com OpenClips e as Regras. ...................................... 43

Figura 11. Modelo de enigma de Monty. ........................................................................................... 45

Figura 12. Probabilidade das variáveis Premio e PrimeiraOpcao. .................................................... 45

Figura 13. Probabilidade da escolha de Monty. ................................................................................. 46

Figura 14. Probabilidade de escolher a portar correta. ....................................................................... 46

Figura 15. Selo Finalista de Melhor Praia - 4ª – Bombinhas. ............................................................ 51

Figura 16. Diagrama de Caso de Uso, Protótipo Roteiro Serviços. ................................................... 53

Figura 17. Ciclo de Funcionamento do Sistema. ............................................................................... 54

Figura 18. Tela SITURB - Serviços da Hospedagem ........................................................................ 55

Figura 19. Tela SITURB - Indicação de Hospedagem ....................................................................... 56

Figura 20. Diagrama de Caso de Uso do protótipo Desempenho no setor Turístico. ........................ 58

Figura 21. Modelo de Rede - Características Desempenho no Setor Turístico ................................. 62

Figura 22. Probabilidade do Grau de Satisfação ................................................................................ 63

Figura 23. Tela do Sistema Desempenho no Setor Turístico ............................................................. 67

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Classificações dos SI com base nas características das soluções levantadas. .................... 37

Tabela 2. Classificação das técnicas de SBC em relação ao nº de trabalhos aplicado. ...................... 38

Tabela 3. Lista de alguns Métodos. .................................................................................................... 41

Tabela 4. Dimensões da qualidade de serviço .................................................................................... 49

Tabela 5. Probabilidade do Grau de Satisfação .................................................................................. 65

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RESUMO

MARIA, Jefferson Neoli de. Estudo sobre Características de Sistema Baseado em Conhecimento Aplicado ao Turismo. Itajaí, 2010. 79p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2010. O objetivo central deste trabalho foi levantar as principais características presentes em Sistemas Inteligentes (SI) aplicados ao setor turísticos e relacioná-las com as técnicas de Sistema Baseado em Conhecimento (SBC), área de Inteligência Artificial. Foram identificados diversos softwares neste sentido, a fim de classificar características relacionadas a técnicas de SBC. Após identificados, foram construídos alguns protótipos com intuito de aferir os resultados nos estudos já realizados. Duas características foram analisadas; os resultados demonstraram que as técnicas de SBC selecionadas para implementá-las tiveram um desempenho satisfatório. Os dois protótipos, produto da análise, foram Roteiros de Serviços (turismo/lazer) e Desempenho no Setor Turístico, que se deu através das características observadas, onde as técnicas de SBC mais adequadas, de acordo com o estudo, foram respectivamente Sistemas Especialistas e Redes Bayesianas. A região utilizada para aplicar os protótipos das características no estudo de caso é a cidade de Bombinhas SC, região com características fortes de uma cidade turística no litoral catarinense. Palavras-chave: Sistema Inteligente. Técnicas de Sistema Baseado em Conhecimento. Turismo.

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ABSTRACT

The aim of this work is to identify the main features present in Intelligent Systems (IS) applied to the

tourism and relate them with Knowledge-Based System (KBS), Artificial Intelligence area. It was

identified many similar works to classify the features that were related to KBS. Once identified,

some prototypes were built with the aim of prove the studies made. Two features were analyzed and

the results demonstrate that the selected techniques of KBS had a satisfactory performance. The two

prototypes, product of the features tests, were: Services Guides (tourism / leisure) and Performance

in the Tourism Sector, which occurred through the features observed, where the most appropriate

techniques to KBS, according to the study, respectively, Expert Systems and Bayesian Networks.

The region used to implement the prototypes is the city of Bombinhas, a region with touristic

characteristics on the Santa Catarina coast

Keywords: Intelligent System. Knowledge based System. Tour.

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um país continental com diversas atrações turísticas, devido principalmente à

extensão territorial privilegiada, à fronteira com o Oceano Atlântico e à pluralidade cultural. Dentre

as atrações brasileiras, pode-se destacar o carnaval como a maior festa popular, as belezas das

praias, o turismo rural, festividades culturais nas mais diversas localidades de seu território, de

aproximadamente 8.514.876 m2, com características peculiares, oferece ao visitante uma gama das

mais variadas opções de lazer (IBGE, 2002).

Neste contexto, o turismo no Brasil é hoje um setor promissor como atividade econômica,

espalhando renda e empregos formais e informais nos setores relacionados com o turista. As

atividades características do turismo são os serviços cujos ganhos resultam do consumo dos

visitantes em alimentação, atividades culturais, desportivas e recreativas, serviços auxiliares dos

transportes, aéreo, aquaviário e rodoviários, atividades de agência de viagens, serviços de aluguel

de bens móveis e alojamentos (IBGE, 2008 apud G1 NOTICIAS, 2009).

Assim, constata-se que o governo brasileiro tem realizado esforços em políticas públicas

para desenvolver o turismo. Dentre estes, pode-se destacar o programa Vai Brasil, que propicia uma

redução nos preços dos pacotes turísticos, com o intuito de incentivar o deslocamento interno do

turista no país.

Pode-se dizer que o VAI BRASIL é um programa desenvolvido pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA) e a Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV) com a finalidade de promover a comercialização de pacotes turísticos em períodos de baixa ocupação em vários destinos do Brasil (VAI BRASIL, 2009).

Santa Catarina possui diversas atrações turísticas resultante da diversidade geográfica e

cultural. Devido às estações do ano bem definidas, há atividade turística o ano todo: as praias,

passeios ecológicos, a serra catarinense, gastronomia - de diversas culturas: alemã, brasileira,

italiana, portuguesa - entre outros roteiros.

Estudiosos como O’Connor (2001), afirma que as informações são de grande importância na

indústria do turismo, pois os turistas necessitam destas para orientá-los no planejamento de um

roteiro turístico, que vão desde onde localizar estabelecimentos para suprir suas necessidades, até

conhecimento de locais turísticos para visitação. Para auxiliar nesta tarefa, existem meios de

comunicação para ajudá-los e orientá-los, como pontos de informações turísticas, agências de

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turismo, roteiros e mapas turísticos, livretos, outdoors, jornais, revistas, rádio, televisão, dentre

outros.

É fato que no atual século, um meio de comunicação que vem se destacando é o uso do

computador como ferramenta tecnológica de apoio ao turista, que propicia a criação de novos meios

de comunicação através de mídias digitais. Há uma tendência mundial de utilização da Internet

como fonte de informações e como um meio de compra de pacotes, passagens aéreas e reservas de

hotéis. Um exemplo de aplicação da tecnologia no apoio ao turismo são “softwares inteligentes”,

que podem auxiliar o turista que pretende construir seu roteiro turístico, sem a necessidade de

consultar um especialista ou outros órgãos inerentes ao turismo inseridos na região de seu interesse

para realizar sua viagem de passeio (O’ CONNOR, 2001).

Como exemplo de Sistema Inteligente (SI) para apoiar o planejamento turístico pode-se

citar:

• Intelligent Systems for Tourism: é um sistema que coleta informações relevantes em

vários sites de agências de viagens, onde são compartilhadas experiências e

informações valiosas sobre viagens, e estes portais turísticos oferecem informação

filtrada pelos usuários e preferências específicas. As informações depois de

recolhidas são filtradas e adaptadas ao contexto original. Funciona basicamente

como um sistema de recomendação de serviços turísticos oferecendo novas

sugestões (STAAB; WERTHNER, 2002); e

• DIAGTUR: é um sistema que auxilia as empresas interessadas em investir no

turismo a respeito do melhor ramo a explorar e qual o melhor setor a investir para

alcançar maiores lucros (FERNANDES; BASTOS, 2000).

Desta forma, a Inteligência Artificial pode auxiliar no desenvolvimento de Sistemas

Inteligentes através de suas técnicas. Algumas destas estão relacionadas à sub-área Sistema Baseado

em Conhecimentos (SBC), que utiliza um conjunto de conhecimentos representados explicitamente

para solucionar problemas, manipulando informações de forma inteligente. Abaixo estão algumas

técnicas de SBC relacionadas:

• Redes Bayesianas: redes de crenças, redes causais ou redes Bayesianas são modelos

de rede de conhecimento, onde a representação é feita por grafos direcionados

acíclicos, no qual os nós apresentam variáveis de um domínio e os arcos representam

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a dependência probabilística entre os nós ligados ou informativos entre as variáveis.

Funciona basicamente com conhecimentos incertos e incompletos através da teoria

da probabilidade Bayesiana que permite calcular todas as variáveis envolvidas

(RUSSELL; NORVIG, 2004);

• Raciocínio Baseado em Caso (RBC): uma técnica usada no RBC é a representação

do conhecimento, utilizando experiências passadas para resolver problemas atuais,

ou seja, o “ato de relembrar”(WATERMAN, 1986);

• Sistema Especialista (SE): são sistemas computacionais que solucionam problemas,

em geral de maneira bastante parecida com o especialista humano, em um

determinado domínio. São sistemas com um conhecimento específico sobre uma

determinada área (LEVINE, 1988); e

• Sistema Especialista Fuzzy: a lógica nebulosa, lógica difusa ou lógica Fuzzy

apresenta um sistema formal de tratamento de informações vagas ou imprecisas

(REZENDE, 2005).

Constatou-se que a utilização da Inteligência Artificial teve auxiliar no desenvolvimento de

softwares especializados em roteiros turísticos e que as técnicas de SBC dão subsídios para criação

destes sistemas inteligentes de apoio ao turismo. Nesta perspectiva, levanta-se as seguintes questões

de pesquisa:

• Quais são as principais características que permeiam softwares que atendem ao

turismo e utilizam técnicas de SBC?

• Quais destas características estão relacionadas mais fortemente a determinadas

técnicas específicas de SBC?

Este Trabalho de Conclusão de Curso pode por objetivo realizar estudos em torno das

questões de pesquisa expostas anteriormente, a fim de concluir qual é a relação de cada técnica de

SBC com as características de softwares inteligentes para apoio ao turismo. Para tanto, foi realizada

uma pesquisa sobre softwares que utilizem técnicas de SBC para apoio ao turismo, desenvolvidos

protótipos para aferir resultados e relacionadas técnicas com características de afinidade.

Para o estudo de caso e efetivação dos protótipos foi utilizada a cidade de Bombinhas, por

ser um importante município no cenário turístico catarinense, sendo eleita uma das melhores praias

do país. Dentre as atrações que a cidade oferece destacam-se: praias, trilhas, ilhas, mirantes,

cachoeiras, trapiches, pesca, surf, natação, mergulho, rappel, vôo livre, visitação à exposição em

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museus, engenhos, apresentações folclóricas, feira de artesanato, dentre outros (INVENTARIO,

2009; REVISTA VIAGEM E TURISMO, 2010).

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

1.1.1 Formulação do Problema

Percebe-se que um dos problemas encontrados pelos turistas, no município de Bombinhas, é

a falta de informações, como por exemplo, onde localizar estabelecimentos para suprir suas

necessidades, até conhecimento de locais turísticos para visitação. Para isso existem sistemas de

informação para auxiliar na elaboração de roteiros turísticos de acordo com o perfil do turista.

Sabendo que a utilização da IA pode auxiliar no desenvolvimento de softwares

especializados em roteiros turísticos e que as técnicas de Sistemas Baseados em Conhecimento

(SBC) podem dar subsídios para criação destes sistemas de apoio ao turismo, que características

levam a utilização de determinada técnica SBC na aplicação em um software turístico, levanta-se as

seguintes perguntas de pesquisa:

Quais são as principais características que permeiam softwares que atendem ao turismo e

utilizam técnicas de SBC? Quais destas características estão relacionadas mais fortemente a

determinadas técnicas de SBC?

1.1.2 Solução Proposta

Em torno das perguntas de pesquisa, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento

das principais características de softwares que auxiliam no planejamento turístico e relacioná-los

com técnicas de SBC. Para isso, foi realizada uma pesquisa sobre trabalhos que utilizam as técnicas

de Sistemas Baseados em Conhecimento (SBC) aplicados ao turismo.

Protótipos foram especificados utilizando o Município de Bombinhas como estudo de caso

para aplicação das técnicas de SBC relacionadas às características levantadas. Ao final da pesquisa,

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alguns destes protótipos foram desenvolvidos com o intuito de aferir os resultados e validar o

estudo.

1.2 OBJETIVOS

1.3 Objetivo Geral

Levantar características presentes em softwares inteligentes de turismo e relacioná-las às

técnicas de SBC, construindo protótipos para aferir resultados.

1.4 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste projeto de pesquisa foram:

• Levantamento teórico dos conceitos envolvidos em SBC;

• Pesquisar e analisar soluções de SBC aplicadas ao turismo;

• Apontar as características das soluções similares em SBC para apoiar o turismo;

• Analisar cada característica levantada relacionando-as com técnicas de SBC;

• Aferir relações características com técnicas SBC, através da codificação de no mínimo dois

protótipos, utilizando como estudo de caso a cidade de Bombinhas, SC;

• Testar e avaliar os protótipos construídos;

• Gerar considerações sobre o estudo realizado e os resultados obtidos; e

• Documentar o desenvolvimento.

1.5 Metodologia

Na Fundamentação Teórica foram realizadas pesquisas sobre conceitos e trabalhos

relacionados às características dos Sistemas Inteligentes aplicados ao Turismo. Foram coletadas

informações através de diversas fontes, pesquisas em livros, trabalhos acadêmicos e artigos

científicos, além da internet, através de sites de busca por meio de base de dados vinculados a

universidade, utilizando como critério de busca algumas palavras chaves, do tipo: sistema

inteligente, turismo, sistema baseado em conhecimento, dentre outros, com o intuito de identificar

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características relacionadas a técnicas de Sistema Baseado em Conhecimento (SBC) aplicado ao

turismo, tendo uma breve descrição dos trabalhos levantados, eventual investigação e coleta das

características.

Os Sistemas Inteligentes que utilizam técnica de SBC identificados para apoiar o turista,

foram classificados em características de sistema, a fim de observar a técnica que atende à

característica.

Os protótipos desenvolvidos foram definidos com base nas técnicas de SBC relacionadas

mais fortemente a determinada características de sistema que auxiliam no planejamento turísticos,

utilizando como estudo de caso a cidade de Bombinhas, SC.

A aquisição do conhecimento foi feita através de entrevistas com especialistas da área, onde

foram levantadas os serviços prestados nas hospedagens (apêndice A.1).

A implementação dos protótipos foi realizado em PHP. O Sistema Especialista foi

implementado utilizando o motor de inferência da ferramenta CLIPS, sendo conectado e controlado

pelo JCLIPS, através da classe Open Clips. As Redes Bayesianas foi implementada utilizando a

ferramenta Hugin Expert para criar e modelar as Redes Bayesianas, onde foram detectadas várias

variáveis envolvidas para avaliar o grau de satisfação do turista, já que envolver qualidade de

serviços.

Os protótipos não foram alvo de testes, pois a pesquisa propõe que os próprios pertençam a

etapa de avaliação do trabalho. O que sofreu verificação foi a pesquisa sobre a aderência das

técnicas de SBC com as características encontradas nos trabalhos aplicados ao turismo, levantados

na pesquisa descrita na Fundamentação Teórica.

1.6 Estrutura do trabalho

Este documento está estruturado em quatro capítulos.

O Capítulo I visa apresentar uma abordagem geral do trabalho, expondo perguntas de

pesquisas a solução encontrada, além dos objetivos a serem alcançados e a metodologia necessária

para o desenvolvimento do trabalho.

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O Capítulo II trata a etapa de Fundamentação Teórica, sendo abordados temas importantes

para o entendimento desse projeto. Entre eles estão: (i) apresentar o conceito de Sistema Inteligente;

(ii) descrever as técnicas de SBC envolvidas; (iii) apresentar as características de SBC encontradas

aplicados ao turismo; e (iv) definir o relacionamento das características com técnicas SBC.

O Capítulo III, Desenvolvimento, apresenta a metodologia de desenvolvimento dos

protótipos observados em Sistemas Inteligentes para apoiar o turista relacionado com a técnica de

SBC, e incluindo a modelo UML, usando diagramas de Use Case, requisitos funcionais e utilizando

tecnologia necessária para desenvolver os protótipos.

Por fim no Capítulo IV são apresentadas as Conclusões, sendo avaliadas as técnicas

utilizadas e também as dificuldades observadas no decorrer do desenvolvimento. O trabalho ainda

apresenta um apêndice A.1 com um questionário utilizado na aquisição do conhecimento, através de

entrevistas com especialista no setor.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta os conceitos necessários para o desenvolvimento deste projeto, onde

serão formalizados os seguintes temas: sistema baseado em conhecimento, técnicas de SBC,

características de SBC aplicadas ao turismo e uma breve descrição dos sistemas inteligentes

analisados, destacando-se sua composição geral, formas de representação do conhecimento e suas

aplicações.

2.1 Sistema Baseado em Conhecimento

Os Sistemas Baseados em Conhecimento (SBC) foram alvo de várias pesquisas realizadas

com sucesso no campo da Inteligência Artificial (IA), tanto na área acadêmica quanto comercial por

mais de 20 anos. Esses sistemas são fundamentados em um módulo explícito de conhecimento

destinado a resolver problemas, sendo de grande avanço tecnológico na resolução computacional de

problemas que antes só poderiam ser resolvidos por seres humanos. Os SBC possuem como

principais características uma base de conhecimento, onde pode-se construir sentenças, modelando

o problema a ser resolvido e um mecanismo de raciocínio capaz de realizar inferências sobre esta

base e obter conclusões a partir deste conhecimento (REZENDE, 2005).

É premente citar que existem uma série de técnicas que podem ser utilizadas para modelar o

conhecimento de SBC, tais como: Sistema Especialista (SE), Redes Bayesianas (RB), Raciocínio

Baseado em Caso (RBC) e Sistema Especialista Fuzzy (SEF). O SBC é um campo de estudo

multidisciplinar que se apóia no conhecimento e evolução em várias áreas de aplicação, nos

domínios das engenharias, das ciências, da medicina, dos negócios e até no turismo. A IA tem se

destacado na busca por compreender a inteligência e englobar diversos campos do conhecimento,

tendo por objetivo simular a inteligência (GANASCIA, 1993).

Para Rezende (2005) o SBC apresenta uma estrutura geral composto por alguns módulos

principais, responsáveis pelo armazenamento da Base de Conhecimento e pelo mecanismo de

inferência, mostrada com detalhes na Figura 1. É constituído de:

• Núcleo de Sistema Baseado em Conhecimento (NSBC) ou Shell: é responsável por várias

funções do sistema, entre elas: controle de interação com usuário, equipamento externo,

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processamento de conhecimento (linha de raciocínio) e justificativas ou explicação das

conclusões obtidas a partir do raciocínio;

Figura 1. Estrutura de um Sistema Baseado em Conhecimento.

Fonte: adaptado de Rezende (2005).

• Base de Conhecimento (BC): onde está aplicado o conhecimento de um domínio qualquer,

sendo que a forma da representação desse domínio deve ser compatível com o modo de

manipulação NSBC;

• Memória de Trabalho (MT): este é o lugar onde são armazenadas as conclusões

intermediárias de um processo na linha de raciocínio e as respostas apresentadas pelo

usuário através de interação;

Base de Dados (BD): o sistema interage constantemente com a base de dados a fim de obter

ou armazenar informações; e

• Interface com o usuário: é a parte responsável por estabelecer comunicação com o usuário,

além de apresentar os resultados.

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2.2 Sistema Especialista

A princípio os primeiros pesquisadores de Inteligência Artificial (IA) queriam construir uma

espécie de máquina inteligente, com capacidade de solucionar problemas. Estimavam que um

conjunto de raciocínio, ligado a um robusto computador poderia gerar um desempenho acima do

humano, porém começaram a notar que estavam desenvolvendo sistemas capazes de resolver

problemas de uma área específica, com aprendizado bem limitado. Os especialistas ficaram

satisfeitos com a linha de pesquisa que estava sendo desenvolvida e realizaram uma série de

experiências com objetivo de construir máquinas inteligentes capazes de resolver problemas

(FERNANDES, 2003).

Sistemas Especialistas são programas de computador que resolvem problemas de modo

inteligente. Diversos sistemas especialistas foram desenvolvidos, e entre eles os que mais se

destacam são Mycin e o Prospector. O Mycin é um sistema para detecção e diagnósticos de doenças

infecciosas, e o Prospector é um sistema para dar suporte a geólogos na exploração mineral.

(FERNANDES; PLENTZ 2003).

Pode-se dizer então que Sistema Especialista (SE) é uma técnica de SBC que utiliza

conhecimento de um especialista em uma determinada área, e tais conhecimentos (informações) são

extraídos da base de conhecimentos através de regras específicas (regras de produção). Sistemas

especialistas são sistemas computacionais que solucionam problemas em geral de maneira bastante

parecida com o especialista humano em um determinado domínio (LEVINE, 1988).

Segundo Fernandes (2003), a estrutura de um sistema especialista apresenta cinco

componentes básicos, conforme a Figura 2:

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Figura 2. Componentes básicos do Sistema Especialista.

Fonte: Fernandes (2003).

• Base de conhecimento: ou conhecimento acumulado, é onde as regras de um domínio

representam a inferência do especialista sobre um determinado assunto, sendo que as

regras são formadas por condições e ações ou premissas e conclusões interligadas pelos

operadores lógicos. As regras são estruturas do tipo IF <condição> THEN <ação>. A

Figura 3 apresenta um exemplo de regra de produção:

Figura 3. Exemplo de Atrativos Turísticos - Esportes na Natureza.

Na Figura 3 está o típico caso de atrativos turísticos, onde o turista irá escolher se deseja

praticar esporte na natureza. Sendo apresentadas informações das variáveis de entrada com suas

respectivas condições e concluindo com variável de saída, interligados pelos operadores lógicos

formando uma regra de produção peculiar para atrativos turísticos. No exemplo da Figura 3

observa-se que na ocorrência de belas praias e costões, em lugares com vários metros de altura e

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também na existência de paredes naturais, provavelmente seria o esporte na natureza de escalada

em rocha e rappel.

• Máquina de inferência: é responsável por procurar respostas na base de conhecimento e

tomar decisões baseadas nos dados que lhe foi enviado.

• Subsistema de explicações: componente designado para esclarecer ao usuário a linha de

raciocínio que o sistema especialista utilizou para chegar à conclusão do problema.

• Subsistema de aquisição de conhecimento: responsável por alimentar a base de

conhecimento através de novas informações; e

• Interface do usuário: componente responsável pela interação entre o usuário e sistema.

2.3 Raciocínio Baseado em Casos

A técnica Raciocínio Baseado em Casos (RBC) na IA foi inspirada nos trabalhos de Schank

e Aberson sobre Memória Dinâmica e no modelo cognitivo de experiência passada para resolver

problemas atuais, “ato de relembrar”, onde a solução já aplicada ao problema pode ser utilizada ou

adaptada para os casos anteriores em questão (WANGENHEIM, 2003).

A eficiência dos sistemas de RBC está relacionada com a compreensão dos casos passados.

Quanto melhor identificados os aspectos relevantes e a sua influência na conclusão do caso, mais

eficiente será a solução de um novo caso similar, que engloba um ciclo de raciocínio contínuo.

Para Fernandes (2003), o ciclo de desenvolvimento de um sistema RBC se dá nas seguintes

etapas: recuperar, reutilizar, revisar e reter, sendo chamados por muitos autores de 4R (Figura 4).

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Figura 4. Ciclo do Raciocínio Baseado em Casos.

Fonte: adaptada de Fernandes (2003).

• Recuperar: a etapa de recuperação inicia com uma descrição do problema e finaliza quando

o melhor caso, o “mais similar”, é descoberto e subdividido em: identificação das

características, casamento inicial, busca e seleção;

• Reutilizar: é a etapa de reutilização dos casos para resolver o problema, adaptando a uma

solução;

• Revisar: processo que avalia a solução proposta do caso gerado na etapa de reutilização,

tendo oportunidade de aprender a partir da falha; e

• Reter: etapa responsável pela experiência, representando o caso atual para reutilização

futura, avaliando os possíveis reparos e efetuando o aprendizado.

O Raciocínio Baseado em Casos é uma técnica que pode ser vista de dois pontos de vistas

diferentes. Pode ser considerado como uma metodologia para modelar o raciocínio e o pensamento

humano e também como uma metodologia para construir sistemas computacionais inteligentes.

Atualmente existem inúmeros casos conhecidos que utilizam RBC como uma forma de resolução

de problema. Um caso pode, por exemplo, ter diferentes conteúdos e representações, dependendo da

área de aplicação (WANGENHEIM, 2003):

• Sistema de Diagnóstico Médico (conjunto dos sintomas de um paciente e o passo do

tratamento médico aplicado);

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• Sistema de apoio à decisão na área Jurídica;

• Sistema de Comércio Eletrônico (descrição de um pacote de viagem);

• Sistema de Planejamento (os requisitos para um prédio e sua respectiva planta de

construção); e

• Diagnóstico de problema da impressora (descrição de sintomas do defeito técnico

apresentado por um equipamento, e a estratégia de conserto aplicado).

O conteúdo exato que cada caso deve ter são medidas pragmáticas a serem consideradas, de

forma geral, para determinar o que deve ser representado pelos casos: a funcionalidade da

informação e a facilidade de aquisição da informação, dependendo do domínio (WANGENHEIM,

2003).

2.4 Redes Bayesianas

Uma Rede Bayesiana (RB), também chamada de rede causal, crenças, opiniões, sistemas

especialistas probabilísticos ou mapa de conhecimento, pode ser vista como um modelo que utiliza

teoria dos grafos direcionados, no qual os nós apresentam variáveis de um domínio e os arcos

representam a dependência probabilística entre os nós ligados ou informativos entre as variáveis,

permitindo calcular todas as variáveis envolvidas. Uma RB consiste do seguinte (RUSSELL, 2004):

• Um conjunto de variáveis aleatórias constitui os nós da rede, podendo ser discretas ou

continuas;

• Um conjunto de setas conecta pares de nós. Se houver uma seta do nó X até o nó Y, X

será denominado pai de Y;

• Cada nó X tem uma distribuição de probabilidade condicional P(X | Pai(X)) que

quantifica o efeito dos pais sobre o nó; e

• O grafo não tem nenhum ciclo.

Equação 1

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Contudo, para calcular a probabilidade condicional, utiliza a Equação 1. Para exemplificar

uma notação P( A | B ) simboliza a probabilidade condicional de A em relação a B, ou seja, calcula

a probabilidade de A ocorrer, dado que B teve sucesso.

As Redes Bayesianas (RB) são modelos de representação do conhecimento, que são

associadas ao conhecimento incerto por meio de valores probabilísticos ou conjunto de hipóteses.

Este modelo se deu início pelo matemático Thomas Bayes em 1763, por adaptam a ambientes onde

existem informações parciais (incompletas) ou informações aproximadas (não exatas), sendo uma

das principais vantagens do raciocínio probabilístico sobre o raciocínio lógico (KORK;

NICHOLSON, 2003 apud WIKIPEDIA, 2010).

O Sistema Especialista Probabilístico é composto basicamente pelas variáveis de entrada

(evidência), variáveis de saída (hipótese) e os arcos (relação de dependência entre alas), as quais

podem ser especificadas por meio de fatos e/ou regras, a fim de representar a base de conhecimento

de uma distribuição de probabilidades. Assim, as inferências são representadas por regras do tipo

IF-ELSE.

Desta maneira, a utilização do Teorema de Bayes (TB) as regras de inferência são

apresentadas na forma de: IF [E] ELSE [H]. Na abordagem bayesiana, a premissa é referida como

evidência e a conclusão como hipótese diagnóstica; no protótipo do Roteiro Serviço, poderia ser

representado da seguinte forma: IF Sala de Recreação Infantil ELSE Hospedagem Vila do Farol.

Contudo, o método probabilístico no tratamento de incerteza em sistema especialista, torna-se

necessário obter um conjunto de probabilidades a priori, com a finalidade de descrever o conjunto

de hipóteses e evidências (população), que formam o conjunto universo. Quando surgem evidências

relacionadas a determinadas hipóteses, atualizam-se as probabilidades a priori das primeiras; o

resultado, assim, é um conjunto de probabilidades a posteriori (final) para determinado evento

(PACHECO, 1991 apud MARCONDES, 2003).

2.5 Sistema Especialista Fuzzy

Fuzzy também chamada de lógica nebulosa, lógica difusa ou lógica Fuzzy, apresenta um

sistema formal de tratamento de informações vagos ou imprecisos, ou seja, dedicado ao tratamento

da incerteza. A lógica Fuzzy vai um pouco além da lógica booleana, pois apresenta valores lógicos

intermediários que variam no intervalo entre 0 a 1. Com exemplo pode-se citar o valor médio

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'TALVEZ', possuindo o valor lógico 0,5. Muitas aplicações da lógica fuzzy permitem que estados

indeterminados possam ser tratados por dispositivos de controle. Por exemplo, avaliar a veracidade

de um argumento “corretíssimo”, “correto”, “contra-argumentativo”, “incoerente”, “falso”,

“totalmente errôneo”, extensão: “muito curto”, “curto”, “médio”, “longo” ou avaliar a variável

“altura” de uma pessoa: “pequena”, média” e grande”. Estas e outras variáveis que representam a

aproximação da decisão computacional da decisão humana e tem se mostrado mais adequada para

tratar imperfeições da informação do que a teoria das probabilidades (REZENDE, 2005).

Por outro lado, um Sistema Especialista Fuzzy especifica uma maneira de extrair e processar

o conhecimento, armazenando na forma de declarações condicionais fuzzy, ou a representação por

meio de regras de produção fuzzy, sendo o modo mais comum de armazenar as informações em

uma Base de Conhecimento fuzzy. A regra de produção normalmente formada por:

If <antecedente> then <conseqüente>

O antecedente é formado por um conjunto de condições, que atendidas determinam o

processamento de regra conseqüente por um motor de inferência fuzzy. Por outro lado, o

conseqüente construído por um conjunto de ações ou diagnósticos que são gerados com o disparo

da regra, onde o antecedente descreve uma condição (dados de entrada) e o conseqüente descreve

uma conclusão (dados de saída), formando um conjunto de proposição, avaliando o grau de

compatibilidade e pertinência no processo de inferência fuzzy (REZENDE, 2005).

O raciocínio Fuzzy está baseado em informações vagas ou imprecisas, que envolve a

estrutura geral de Fuzzyficação e Defuzzyficação. A Figura 5 mostra os detalhes do processo do

sistema de inferência fuzzy (BARROS, 2006; TELLES, 2005).

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Figura 5. Sistema de Inferência Fuzzy.

Fonte: Tanscheit, (2004 apud TELLES, 2005).

• Módulo da Base de Regras: é o local onde estão armazenados os conjuntos de regras

Fuzzy, onde as variáveis antecedente e conseqüente são variáveis lingüísticas e seus

valores são representados por Conjuntos. Assim sendo, cada regra é formada por uma

parte antecedente (IF) e uma parte conseqüente (THEN), que produzirá a saída (resposta,

ação) para cada entrada (estado, condição), como foi visto na Seção 2.2 em Sistema

Especialista;

• Módulo de Inferência: o motor de inferência é responsável por procurar respostas na

base de regras, realizando combinações entre os valores Fuzzy calculados com os

antecedentes, com isso, possibilitando a relação com os conseqüentes interligados;

• Módulo de Fuzzyficação: este módulo transforma variáveis numéricas de entrada em

valores Fuzzy, através de funções de pertinência pré-estabelecidas, definindo o grau de

pertinência para cada variável de entrada; e

• Módulo de Defuzzyficação: esta etapa corresponde ao processo contrário do processo de

Fuzzyficação, pois sua função é transformar os resultados Fuzzy da inferência em

valores escalares de saída, permitindo representar um conjunto fuzzy por um valor crisp

ou número real. A Defuzzyficação utiliza métodos para resolver este tipo de problema,

sendo eles: método média de máximo, centro de gravidade e primeiro máximo.

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2.6 Características de SBC aplicadas ao Turismo

Para proporcionar conforto ao turista os serviços relacionados devem ser oferecidos com

qualidade, de forma a orientá-lo no planejamento. Dentre estes, podem-se destacar: hospedagens,

agências turísticas, transportes, passeios, alimentação, infra-estrutura, atividades de lazer e

entretenimento. Para auxiliar nesta tarefa existem meios de comunicação, como pontos de

informações turísticas, agências de turismo, roteiros e mapas turísticos, livretos, outdoors, jornais,

revistas, rádio e televisão. Um meio de comunicação que vem se destacando é o uso do computador

como ferramenta tecnológica de apoio ao turista. A Internet vem sendo usada como fonte de

informações e como um meio de compra de pacotes, passagens aéreas e reservas de hotéis. Um

exemplo de aplicação da tecnologia no apoio do turismo são “softwares inteligentes”, que podem

auxiliar o turista na construção dos roteiros turísticos, sem a necessidade de consultar um

especialista das regiões de interesse (O’ CONNOR, 2001).

Diversos softwares classificados como inteligentes para apoio ao turismo utilizam técnicas

relacionadas aos SBC. Como este Trabalho de Conclusão de Curso possui por objetivo identificar

características relacionadas a técnicas SBC aplicadas ao turismo, pesquisas foram realizadas na

literatura com o intuito de localizar e analisar algumas relacionadas. Esta seção descreve os

trabalhos coletados, as características localizadas em cada um deles e uma análise comparativa entre

estas características e as técnicas de SBC. Para a escolha dos trabalhos foram selecionadas

dissertações, monografias, trabalhos em periódicos, eventos e livros relacionados a área de IA e

Turismo que utilizam alguma técnica de SBC aplicada ao turismo.

A seguir há uma breve descrição dos principais trabalhos levantados para realização da

investigação e coleta das características. Foram encontradas quatro características, que são

utilizadas para classificar e apresentar os trabalhos: roteiros localidade (turista lazer), roteiros

serviços (turista lazer), investimentos no setor turístico e desempenho no setor turístico.

2.6.1 Roteiro localidade (turismo lazer)

Esta característica apresenta sistemas que apontam os principais pontos turísticos e opções

de serviços, a fim de obter informações mais detalhadas da localidade apresentada. Como exemplo,

podemos destacar sistemas que utilizam mapas demonstrativos, apontando os principais pontos

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turísticos e apresentando informações importantes na proximidade da região, do tipo hospedagem,

transporte, clima, eventos sediados no local e recomendação de roteiros de viagem ao turista que

deseja visitar o local.

Para atender a grande demanda no setor turístico, gerando necessidade nas agências de

viagens, alguns sistemas inteligentes foram desenvolvidos para acelerar o processo que envolve a

elaboração de pacotes turísticos e atender com mais agilidade seus clientes (SEMPREBOM;

CAMADA; MENDONÇA, 2007). É um sistema de aconselhamento turístico para agências de

viagens, onde o usuário informa à agência suas preferências, rotas de locais e tipo de passeios, e a

agência se responsabiliza em entrar em contato com outras empresas para buscar informações de

disponibilidade de hotéis, vôos e transporte rodoviário nos possíveis roteiros de viagem

recomendada pelo sistema na região. Um sistema Multi-Agente ou agentes de software, responsável

de fazer esta comunicação com o Sistema Especialista (técnica de SBC), responsável por realizar

buscas e tomar todas as decisões que devem contratar o serviço a ser oferecido ao turista.

Não muito diferente está o SPETA, ferramenta que utiliza as informações da localidade

atual, preferência e históricos de posição passadas ao usuário, a fim de realizar recomendações,

mostrando serviços personalizados por meio de geolocalidade, semântica e tecnologias sociais,

aplicando Raciocínio Baseado em Caso na representação do conhecimento que utiliza experiência

passada para resolver problemas atuais (CRESPO, 2009).

Huang e Bian (2009) desenvolveram um sistema inteligente para fornecer colaboração e

recomendações personalizadas de atrações turísticas em determinados destinos, aplicando rede

Bayesiana para estimar as atividades preferidas dos viajantes e comportamento de viagens similares

de turista que têm o mesmo gosto, tendo como principais característica integração heterogênia,

recomendação personalizada, capacidade adaptativa e funções espaciais. Podem ser vistos na Figura

6, onde são oferecidos para os usuários listas de atrações detalhadas através de mapas do local de

seu interesse.

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Figura 6. Tela da “Recommendations for tourist attractions” detalhe da área Recomendada.

Fonte: Huang e Bian (2009).

Do mesmo modo, o sistema desenvolvido por Perez, Fogaça e Pozzebon (2003) é um

Sistema de Informações Geográficas (SIG), capaz de tratar informações de locais e ponto

georeferenciados, facilitando assim a apresentação das informações através de mapas e dados do

clima e principais eventos sediados na região pesquisada. O SIG permite que o turista tenha

informações detalhadas dos principais pontos turísticos de uma região desconhecida na Web, sendo

desenvolvido na linguagem compatível e com auxilio de banco de dados geográficos.

2.6.2 Roteiro serviços (turismo lazer)

Nesta característica estão softwares focados mais nos serviços prestados na região, a fim de

auxiliar turistas que gostam de aproveitar ao máximo todo lazer e conforto em seu período de férias.

São serviços do tipo: viagens, hospedagens, restaurantes, artesanatos, esportes, compras, transporte,

atrativos turísticos naturais, entre outros.

Uma característica não muito diferente da agência de turismo, mas um pouco mais detalhada

é aplicada por Vicentin (2000) que ajuda na elaboração de roteiros e pacotes turísticos

personalizados. Uma maneira de acelerar o processo é garantir uma melhor adequação das

preferências do turista, que fará um levantamento de itens que gosta ou gostaria de fazer no seu

período de férias, com finalidade de levantar o perfil e indicar os pontos ou pacotes turísticos que

atendam as preferências deste turista (Figura 7). O sistema apresenta ao turista várias opções de

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serviços na região, e o usuário interage com o sistema registrando opções que lhe convém e o

sistema apresenta sugestões de roteiros turísticos apropriados ao seu perfil. O ambiente inteligente a

ser abordado neste caso, foi baseado na representação do conhecimento por meio de regra de

produção de Sistema Especialista, que é uma técnica de SBC.

Figura 7. Tela INTELI TUR Registrar opções do turista.

Fonte: adaptada de Vicentin (2000).

Da mesma forma, Staab e Werthner (2002) desenvolveram um sistema que coleta

informações relevantes em vários sites de agências de viagens, onde compartilha experiências e

informações valiosas sobre viagens. Estes portais turísticos oferecem informação filtrada pelos

usuários e preferências específicas. As informações depois de recolhidas são filtradas e adaptadas

ao contexto original. Funciona basicamente como um sistema de recomendação de serviços

turísticos oferecendo novas sugestões. Aplica Sistema Especialista Fuzzy, para uma melhor

sugestão.

Há sistema que auxilia o turista á planejar pacotes turísticos aos usuários cadastrados no

ambiente, desenvolvido por Gazzana e Silveira (2006), sendo que apresenta um protótipo de

sistema que gera recomendações de viagens turísticos através de experiências passadas em casos

similares via web. O sistema coleta dados para construir o perfil do usuário de forma explícita e

implícita, para gerar as recomendações, dados do tipo, valor do pacote, tipo de viagem e compras,

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usando como características os fatores eliminatórios com auxilio da técnica Sistema Baseado em

Casos para poder filtrar as informações.

Um Sistema Especialista aplicado por Lon, Cheng e Fat (1996) descreve o desenvolvimento

da ANESTA, ferramenta que presta assessoria na indústria do turismo, com o objetivo de capturar e

manipular os requisitos turísticos e preferências. Seus serviços são fornecidos por um computador

(terminal), em lugares públicos, a fim de auxiliar os turistas que passam no local e precisam de

orientações detalhadas, tendo uma interação com o usuário através de uma tela de monitor sensível

a toque, obtendo informações referentes a transporte, refeições, lojas e banco. Funciona

basicamente como uma central de informações eletrônica.

2.6.3 Investimento no setor turístico

Investimento no setor turístico é um tipo de característica de sistemas que exploram o

melhor potencial turístico de uma região, para auxiliar empresas interessadas em investir,

apresentando dados específicos do setor de pesquisas e inventário da região.

O DIAGTUR é um sistema projetado para tomada de decisão com base em investimento

turístico, a fim de auxiliar as empresas interessadas em investir no setor de turismo. O DIAGTUR

auxilia os investidores sobre qual é o melhor ramo a explorar, apresentando fatores que podem

mudar a economia local, até mesmo fatores ainda não explorados, onde o investidor pode avaliar os

potencias turísticos de uma região. Para tanto, o sistema inteligente é composto por quatro módulos:

(i) módulo de cadastro de empresas; (ii) módulo que avalia o perfil do turista, composto por uma

rede neural; (iii) módulo análise de risco baseado em multicritérios para avaliar qual o melhor ramo

de investimento; e (iv) módulo diagnóstico, composto por Sistema Especialista para um diagnóstico

final do setor a ser investido (FERNANDES; BASTOS, 2000).

Marcondes (2003) também desenvolveu um sistema de apoio à decisão em inventário e

diagnóstico turístico. Essa ferramenta é capaz de organizar diversas informações específicas da área

de turismo e auxiliar profissionais da área, definindo as principais etapas de inventários e

diagnósticos no planejamento turístico de uma localidade. No protótipo foram aplicados Sistema

Especialista (SE) e redes Bayesianas, para a representação do conhecimento através de regra de

produção, mediante a um sistema de apoio à decisão.

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2.6.4 Desempenho no setor turístico

Na característica desempenho no setor turístico são sistemas que avaliam os serviços

prestados ao turismo por agências de viagem, levando em consideração o atendimento e sugestão do

cliente com rápidas soluções.

Tsai, Lee e Yu (2009) utilizam em seu trabalho um grupo de especialistas que explora o

desempenho, qualidade e controle dos serviços prestados em pequenas e médias agências de

viagens, levando em conta alguns critérios de avaliação, permitindo que os futuros clientes tenham

um ponto de partida para suas viagens. O sistema inteligente explorado neste caso foi o método

Sistema Especialista (técnica de SBC), avaliando a atuação do serviço de intermediação de viagens.

Muito parecido é o sistema desenvolvido por Wang e Hsu (2008), que apresentam um sistema

formal de tratamento de informações vagas ou imprecisas, abordando Sistema Especialista Fuzzy,

que é uma técnica de SBC.

Não muito diferente dessa realidade estão os sistemas que prevêem a lealdade do turista,

levando em consideração bom atendimento ao cliente, gestão de turismo valorizando a rápida

resposta, sugestões dos clientes e atendimento as suas necessidades. Para isso foram aplicados

questionários, a fim de presumir uma série de itens que os ajude em sua lealdade, como fluxo de

serviços, relação entre empresa/cliente, aquisição de novos clientes através de recomendações, ao

ambiente web, sua facilidade do uso, e a segurança do seu web site. Com intuito de avaliar toda a

meia interação entre empresa/cliente para distinguir o grau de satisfação do cliente, nos serviços

prestado por parte das empresas, utilizando como ferramentas modelos probabilísticos aplicados

através de mecanismo de rede bayesianas e LISREL técnica estatística avançada em ciências

sociais, comportamentais e relacionamentos (HSU; SHIH; LIN, 2009).

2.7 Considerações sobre as Características de Sistemas Turísticos em Relação à Técnica de SBC

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A Tabela 1 apresenta algumas classificações dos sistemas inteligentes descritos acima, com

base nas características dos mesmos. Em cada linha há um trabalho relacionado e em cada coluna

há uma característica. As células da tabela que estão marcadas com “ABREVIATURAS” indicam

que o trabalho daquela linha possui a característica da respectiva coluna e a técnica SBC aplicada.

As abreviaturas estão relacionadas com as técnicas SBC mais apropriadas. Por exemplo,

algumas células estão abreviadas com a letra “SE”, que significa que o trabalho utiliza Sistema

Especialista. Também foram utilizados Raciocínio Baseado em Casos (RBC), Sistema Especialista

Fuzzy (SEF), Redes Bayesianas (RB), e existem outras técnicas além destas utilizadas no trabalho.

Na Tabela 1 observa-se que existem sistemas inteligentes que utilizam mais de uma

característica: é o caso do Crespo (2009), que se encaixa em duas características, tanto de roteiro

localidade quanto roteiro serviços, ambos utilizando a mesma técnica de SBC. Além disso, existem

também sistemas inteligentes que se enquadram em mais de uma característica utilizando técnicas

distintas para solucionar o problema. Outra informação interessante a ressaltar é que existe

integração de técnica sendo utilizada para somente uma característica: é o caso do Kabassi (2010),

que utiliza a técnica Redes Bayesianas e Raciocínio Baseado em Casos no desenvolvimento do seu

trabalho.

Uma boa parte dos Sistemas Inteligentes pesquisados detalha informações que atendem

usuários interessados nas características de roteiro de serviços (turista lazer), seguido por roteiros

localidade, investimentos no setor turístico e desempenho no setor turístico.

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Tabela 1. Classificações dos SI com base nas características das soluções levantadas.

Roteiro Localidade (turista lazer) Roteiro Serviços (turista lazer) Investimento no setor turístico Desempenho no setor turístico

Berka e Plobning (2004) RBC SEF

Crespo (2009) RBC RBC

Fernandes e Bastos (2000) SE - OUTRA TÉCNICA

Gazzana e Silveira (2006) RBC

Hsu, Shih e Lin (2009) RB

Huang e Bian (2009) RB RB

Kabassi (2010) RB – RBC

Lon, Cheng e Fai (1996) SE

Marcondes (2003) RB

Perez, Fogaça e Pozzebom (2003) OUTRA TÉCNICA

Semprebom, Camada e Mendonça (2007)

SE SE

Staab e Werthner (2002) SEF – OUTRA TÉCNICA

Tsai, Lee e Yu (2009) SE SE

Vicentin (2000) SE

Wang e Hsu (2008) SEF

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Para auxiliar na identificação da técnica de SBC mais apropriada a ser utilizada para o

desenvolvimento de software inteligente aplicado ao turismo, a Tabela 2 apresenta diversas técnicas

observadas no decorrer da pesquisa, conforme a funcionalidade de cada sistema inteligente. Em

cada linha há uma funcionalidade do trabalho relacionado e em cada coluna há uma técnica de SBC.

As células da tabela que estão marcadas com NÚMEROS indicam a quantidade de Sistemas

Inteligentes relacionados com as características analisadas. Para isso foram identificadas a

quantidade de técnicas na Tabela 1, relacionados com as características. Logo em seguida está a

quantidade total de técnicas na Tabela 2, as técnicas de SBC classificadas em relação ao nº de

trabalhos aplicados.

A informação relevante que pode-se observar na Tabela 2, é que existem características de

sistemas que se adaptam com todas as técnicas de SBC. É o caso da característica roteiro serviço,

que se ajusta com todas as técnicas encontradas. Por outro lado, existem técnicas que se adaptam a

todas as características encontradas, que é o caso das técnicas Sistemas Especialistas e Redes

Bayesianas.

Tabela 2. Classificação das técnicas de SBC em relação ao nº de trabalhos aplicado.

Sistema Especialista

Sistema Especialista

Fuzzy

Redes Bayesianas

Raciocínio Baseado em

Caso

Outras Técnicas

Roteiro Localidade (turista lazer)

1 0 1 2 1

Roteiro Serviços (turista lazer)

3 2 2 3 1

Investimento no setor turístico

2 0 1 0 1

Desempenho no setor turístico

1 1 1 0 0

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3 DESENVOLVIMENTO

Essa seção busca apresentar o desenvolvimento dos protótipos de duas características de

sistemas turísticos observados em relação à técnicas de SBC, para aferir resultados e apresentando

os aspectos computacionais e a forma como são utilizados.

Para melhor entendimento do projeto desenvolvido foi feito um estudo sobre as

características de SBC aplicadas ao planejamento turístico e observou-se “4” (quatro) características

distintas com seus respectivos protótipos e funcionalidades. Dois destes protótipos de características

serão apresentados nas seções seguintes, aplicando a técnica de SBC mais apropriada com sua

respectiva característica, sendo que as restantes das características de sistema foram abordadas na

etapa anterior (TCC I) do projeto, ficando somente para trabalhos acadêmicos futuros.

Os protótipos das características desenvolvidos para aferir os resultados nesta epata (TCC II)

são: “Roteiro Serviços” característica de sistema que está focado em apresentar os serviços

prestados na região, tendo sido escolhida por ser a característica mais abordada pelos Sistemas

Inteligentes pesquisados, sendo aplicado o Sistema Especialista (sistema que analisa um conjunto

limitado de regras). O outro protótipo escolhido foi “Desempenho no setor turístico”, que é uma

característica de sistema que avalia os serviços prestados por parte das empresas que fornecem

serviços no setor turístico, analisando o grau de satisfação de seus clientes. Foram utilizadas Redes

Bayesianas (racicíonio probabilístico, que representa a causalidade entre as variáveis do sistema, e

modela seu conhecimento, a fim de avaliar estatisticamente os problemas de forma aproximada),

(RUSSELL, 2004). Ambos os protótipos de sistema utilizam como cenário no estudo de caso a

cidade de Bombinhas. Inicialmente serão aplicados aspectos de desenvolvimento dos protótipos,

com uma seção contendo as tecnologias utilizadas para contextualizar conceitos, técnicas e

ferramentas utilizadas na codificação.

3.1 Tecnologias

A escolha das tecnologias e ferramentas a serem utilizadas para o desenvolvimento do

projeto foi feita seguindo a filosofia de software open source, ou seja, prezando ferramentas de uso

livre e de preferência compatível com uso da Internet, que se adequassem aos requisitos

empregados no TCC, sendo apresentadas com mais detalhes nas próximas seções.

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3.1.1 CLIPS

O CLIPS (C Language Integrated Production System) é um ambiente de execução que foi

desenvolvido em 1984 pela NASA (Nacional Aeronautics and Space Admistration), pelo

departamento de inteligência artificial, no setor de tecnologia de software do Johnson Space Center.

Essa linguagem é adaptada para o desenvolvimento de Sistema Especialista (SE), embora apresente

algumas deficiências em relação a análises numéricas. Como um ambiente de desenvolvimento, o

CLIPS apresenta as seguintes vantagens (RULEY, 2009):

• código de domínio público cuja linguagem está bem documentada;

• sistema de produção rápido e confiável: devido ao longo tempo de desenvolvimento e a

grande comunidade de usuários; e

• linguagem de orientação a objetos bem integrada com o mecanismo de inferência e com

muitos recursos.

No entanto o CLIPS, como linguagem, apresenta as seguintes desvantagens (RULEY, 2009):

• biblioteca de funções e estruturas de dados relativamente pobres, com dificuldade para

criar algumas estruturas de dados;

• falta de mecanismo para separar estruturas de dados que devem ser consideradas como

representação de conhecimento e resultado de inferências de estruturas auxiliares; e

• ausência de algumas estruturas utilizadas em programação funcional, como as

encontradas nos vários dialetos de LISP e em Haskell.

Contudo o CLIPS conseguiu rapidamente um grande número de usuários, sendo bastante

utilizado principalmente em aplicações acadêmicas, especificamente em cursos de graduação e

raramente utilizadas para fins comercias. Possui documentação extensa, didática e de qualidade.

O exemplo da Figura 8 ilustra a definição de como seria descrito no editor CLIPS.

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Figura 8. Manipulação das Regras.

No ambiente CLIPS são definidos várias constructs como: defmodule, defrule, deffacts,

deftemplate, defglobal, deffunction, defclass, definstances, defmessage-handler, defgeneric, and

defmethod, onde cada uma é rodeada por parênteses, ao manipular as regras utilizando construct

defrule. Os Fatos são colocados na base de fatos através da utilização do comando assert, ex.:

(assert (bloco_de_notas)) (CLIPS, 2006).

Para manipular os fatos existem várias funções como mostrado na Tabela 3. Uma delas é a

função ppdefrule nome, onde nome seria o nome da regra que irá mostrar as estruturas do fato.

Outra função também muito usada é list-defrules lista todos os fatos da lista. A Figura 9 mostra

alguns comandos no editor do CLIPS (CLIPS, 2006).

Figura 9. Atribuindo Comandos.

A Tabela 3 mostra alguns dos comandos para manipulação dos fatos.

Tabela 3. Lista de alguns Métodos. Método Descrição

(facts) Mostra os fatos correntes (undefrule nome) Deleta regra (ppdefrule nome) Lista todas as regras da base

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(clear) Limpa todos os templates, regras e fatos que foram inseridos. (list-deffacts) Lista todos os fatos da lista. (ppdeffacts nome) Mostra o fato corrente. (exit) Sair (desliga do CLIPS). (printout) Envia dados para a saída. (run) Inicia a execução de um programa CLIPS. (reset) Remove as informações dos fatos da memória.

3.1.2 Open Clips

O servidor OpenClips foi desenvolvido pelo professor e orientador do presente projeto

Rafael de Santiago,permitindo fazer a comunicação com JClips e PHP (Hypertext Preprocessor

Personal Home Page), ou seja, executa a inferência sobre as regras em Clips utilizando as

bibliotecas JCLIPS E JSON para Java.

O JCLIPS é uma biblioteca livre que permite o desenvolvedor fazer a integração CLIPS com

o ambiente Java, através de incorporação do motor do CLIPS em classe Java. (MERKEN, 2005).

JSON (JavaScript Object Notation) é uma maneira de realizar comunicação entre softwares,

completamente independente. Várias linguagens dão suporte a JSON para a realização de diversas

tarefas, dentre elas estão PHP, Java, C#, JavaScript, C, C++, Python (JSON, 2010).

A Figura 10 apresenta um trecho do código desenvolvido em PHP, para o protótipo da

característica Roteiro de Serviços que realiza a comunicação com OpenClips, através das

bibliotecas JCLIPS e JSON. Os principais métodos para a comunicação são: OpenClips,

AddFactValue, Run, sendo instanciando para possível interação. Para utilizar o motor de inferência

em PHP, foi habilitado a extensão php_socket, para implementar uma interface de baixo nível para

funções de comunicação com sockets.

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Figura 10. Trecho do Código - Comunicação com OpenClips e as Regras.

Para o módulo de consulta do sistema especialista é necessário utilizar o software JCPLIS. A

função deste software é fazer a integração da Máquina de Inferência CLIPS com o ambiente Java.

3.1.3 Tecnologias para Redes Bayesianas

Neste tópico estão descritas as ferramentas necessárias para o desenvolvimento da

característica de sistema Desempenho no Setor Turístico, apresentado as ferramentas que auxiliam

no processo na construção da rede Bayesiana e alguns aspectos sobre serviços, bem como uma

forma de avaliar os serviços prestados.

3.1.3.1 Ferramenta Hugin

O Software Hugin foi desenvolvido pela empresa Hugin Expert, constituído em 1989 pela

Universidade de Aalbord – Dinamarca, a fim de implementar modelos considerados incertos ao

domínio de aplicação. Hoje em dia o sistema Hugin é adotado em vários países para auxiliar em

Departamentos de Pesquisa e desenvolvimentos em diversas áreas do conhecimento, tais como

análise de decisão, gerenciamento de risco, avaliação de segurança, monitoramentos de diagnósticos

e suporte a decisão. Tem vários tipos de versões e licenças para seu uso, sendo direcionado a

soluções que utilizam a tecnologia de Redes Bayesianas (HUGIN EXPERT, 2010).

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Segundo o manual do usuário, o Hugin apresenta um conjunto de ferramentas para construir

sistema de suporte a decisão em modelos de redes de crenças e diagramas de influência, permitindo

que o ambiente defina variáveis discretas e contínuas do domínio nos modelos. A ferramenta oferece ao

usuário um ambiente com interface gráfica de fácil utilização, permitindo visualização de rede,

incluindo grafos com suas evidências e associando-o com setas, e partes quantitativas em forma de

tabelas referentes a cada variável, exibindo resultados das distribuições de probabilidade.

Em seguida será exemplificada a criação de uma Rede Bayesiana utilizando o ambiente

Hugin Lite v.7.3, extraída do manual do usuário Hugin. O exemplo exibido é o problema de Monty

Hall Puzzle, que é um quadro “game show” na Televisão americana. Neste programa, o participante

tem a oportunidade de ganhar um prêmio em uma das três portas que lhe são apresentadas. O game

tem as seguintes restrições (HUGIN EXPERT, 2010).

• O apresentador do game permite que o participante escolha uma das três portas;

• Monty (sabe em que porta está o prêmio) abre a outra porta, que não contém nenhum

prêmio; e

• O participante será questionado se o mesmo gostaria de mudar sua escolha, ou seja,

escolher uma outra porta fechada e caso o prêmio esteja atrás da porta escolhida, o

participante ganha.

Este problema é bastante interessante, a pergunta que se faz é; o que deve se fazer na

segunda escolha? Alguém pode dizer que isso não importa, porque é igual á possibilidade de o

prêmio está por trás das duas portas restantes. A resposta correta é que se tem melhores chances de

ganhar o prêmio caso se mude de escolha mudar a escolha 2/3 ou manter-se a mesma 1/3. O

presente enigma pode ser modelado em três variáveis: Premio, PrimeiraOpcao, e

PortaAbertaPorMonty:

• Premio: representa informações sobre qual porta está o prêmio (onde possui três estados:

Porta 1, Porta 2 e Porta3);

• PrimeiraOpcao: esta variável é referente a primeira escolha do participante (possui

também três estados: Porta 1, Porta 2 e Porta3); e

• PortaAbertaPorMonty: representa a escolha feita por Monty, após o participante fazer

sua primeira escolha (novamente com três estados: Porta 1, Porta 2 e Porta3).

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O mediador (Monty) sabe em que porta o prêmio se encontra, onde a variável prêmio tem

influência na variável PortaAbertaPorMonty (Figura 11). O Monty nunca irá escolher abrir a

mesma porta que a PrimeiraOpcao, então a primeira escolha também impactará sobre a

PortaAbertaPorMonty. Para apresentar o problema no Hugin Expert, deve-se criar três grafos com

os seguintes nomes Premio, PrimeiraOpcao, e PortaAbertaPorMonty. Em seguida deve-se inserir

seus estados possíveis: Porta 1, Porta 2 e Porta3. As setas causais que descrevem tanto (Premio) e

(PrimeiraOpcao) tem influência sobre qual porta Monty vai abrir.

Figura 11. Modelo de enigma de Monty.

Fonte: adaptada de Hugin Expert (2010).

De acordo com a Tabela de Probabilidade Condicional (TPC) na Figura 12, da variável

Premio, que não se sabe onde está escondido o prêmio, e pode estar escondida em qualquer uma das

portas. Por isso que se distribuíram as probabilidades iguais entre ambas as portas, assim o mesmo

com a variável PrimeiraOpcao.

Figura 12. Probabilidade das variáveis Premio e PrimeiraOpcao.

Fonte: adaptada de Hugin Expert (2010).

De acordo com a Figura 13 apresenta a TPC da PortaAbertaPorMonty. Esta tabela mostra a

união da variável PrimeiraOpção e Premio, onde se o prêmio estiver na porta 1 e o participante

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escolher a porta 3 , então Monty abrirá a porta de número 2, já que é a única porta que ele pode

abrir. Caso o participante escolha a porta correta na PrimeiraOpcao, o apresentador Monty irá

aleatoriamente escolher uma das outras portas restantes.

Figura 13. Probabilidade da escolha de Monty.

Fonte: adaptada de Hugin Expert (2010).

Observe que as chances do prêmio estar atrás de outra porta é maior do que a escolhida

como primeira opção. A Figura 13 mostra esse raciocínio, apresentando as possibilidades do prêmio

estar em outra porta.

Por exemplo, imagine que o participante escolher como PrimeiraOpcao a porta 1, e para

Monty abri à porta 2 (PortaAbertaPorManty). Para escolher uma porta, ou definir o estado

(passando a nova evidencia) daquela variável deve-se dar um duplo clique sobre a porta escolhida.

A Figura 14 apresenta após a indicação da porta da PortaAbertaPorManty (Porta2), e

PrimeiraOpcao (Porta 1), dá ao participante 66.67% de chance de ganhar o prêmio.

Figura 14. Probabilidade de escolher a portar correta.

Fonte: adaptada de Hugin Expert (2010).

Uma maneira de comprovar o fato, é que inicialmente o participante tem 33.33% de chance

de escolher a porta correta, caso contrário, existe 66.67% de chance do Premio estar em outro lugar.

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O participante sabe que Monty irá abrir uma porta vazia, isso não muda seu pensamento sobre a

crença da porta correta, e continua tendo 33.33% de chances de ter escolhido a porta correta. Por

fim, existem mais de 66.67% de chance do Premio continuar em algum outro lugar atrás da última

porta.

Observou-se que, além da ferramenta Hugin Expert A/S para o desenvolvimento de sistema

especialista probabilístico, existem outras Shells para o desenvolvimento do tipo, NETICA Norsys

Software Corp. - Vancouver, BC, Canadá em 1990, e BNG Departamento de Engenharia Elétrica

Ciência da Computação - Universidade de Wisconsin-Milwaukee 1995, dentre outras.

3.1.4 Serviços - Aspectos teóricos

Estudiosos na área de prestação de serviços sabem que este setor abrange todas as atividades

econômicas cujo produto não é bem físico ou fabricado. Geralmente ele é consumido no momento

em que ele é produzido e fornece um valor agregado, onde a sociedade está preocupada mais com a

importância da qualidade de vida, aproximando-se cada vez mais de uma sociedade pós-industrial

(FITZSIMMONS, 2005; GRONROOS, 2004; PARASURAMAN, 1992).

De acordo com Fitzsimmons (2005), o serviço é uma atividade ou uma série de atividades

de natureza mais ou menos intangível, que normalmente uma parte pode oferecer a outra, ou seja

ocorre na interação entre consumidor e empregados de serviços (serviços produzidos e

consumidos), que são fornecidos como solução para problemas do consumidor, requerendo alto

controle de qualidade, credibilidade e adaptabilidade.

Os serviços só podem ser usados no momento em que são oferecidos, ou seja, a produção

ocorre ao mesmo tempo em que o consumo. Daí decorre algumas implicações, como os serviços

não poderem ser estocados e a necessidade do controle de qualidade ocorrer durante o processo,

portanto, são imediatamente percebidos pelo cliente (GRONROOS, 2004).

Contudo, para acompanhar a complexidade e a rapidez do setor de serviços é preciso

conhecer cada vez mais os clientes e saber o que verdadeiramente eles esperam do serviço prestado.

Sendo assim tem-se que lidar com diversas situações, enfrentar os concorrentes e ao mesmo tempo

se relacionar com o mesmo para se obter um bom grau de satisfação.

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3.1.4.1 Influência da Qualidade na prestação nos Serviços Turísticos

O turista busca ambientes que lhe sejam agradáveis com os melhores serviços de recepção e

qualidade, sejam em qualquer área de atuação como hotéis, restaurantes, museus, teatros, empresas

de transporte, operadoras e agências de viagens, dentre outros. Uma viagem é um sonho idealizado

pelo turista e qualquer imprevisto por parte de empresas prestadoras de serviços, contribuirá para

uma decepção seguida da não fidelização desse turista. Neste contexto, ressalta-se a importância da

verificação da qualidade dos serviços prestados, que influencia de maneira direta na satisfação do

turista. Para tanto, é apresentado uma prévio da verificação do funcionamento e mecanismo para

obter um nível de qualidade de serviço satisfatório. Desta forma, torna-se mais difícil a avaliação da

qualidade.

3.1.4.2 Processo e modelos de avaliação e qualidade de serviços

Diante do exposto, a qualidade em serviços é um fator importante para o sucesso de um

empreendimento turístico, principalmente quando diz respeito a posicionamentos estratégicos frente

ao mercado. Deste modo, a qualidade nos serviços prestados deve ser a meta de qualquer segmento

empresarial do setor turístico. A idéia de que a qualidade em serviços deve ser, acima de tudo,

“aquilo que os clientes percebem”, ou seja, uma forma de administrar a qualidade de um serviço

prestado é considerá-la do ponto de vista dos clientes (GRONROOS, 2004).

Neste contexto analisar, medir e avaliar a qualidade por parte dos clientes é um dos

trabalhos de maior projeção e discussão para Parasuraman e Berry (1992), que propuseram um

instrumento de pesquisa para avaliação denominada modelo SERVQUAL (Service Quality), que

identifica cinco grandes dimensões da qualidade de serviços: “Confiabilidade”, “Presteza”,

“Segurança”, “Empatia” e “Aspectos Tangíveis” (Tabela 4).

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Tabela 4. Dimensões da qualidade de serviço

Dimensões Definições Confiabilidade Indicadores: Habilidade de realizar o serviço prometido de maneira

confiável, correta e precisa sem cometer erros, satisfazendo sua expectativa, prazos de entrega.

Presteza Indicadores: disponibilidade e boa vontade no atendimento aos seus requisitos.

Segurança Indicadores: conhecimento e cortesia de funcionários e habilidade de transmitir credibilidade e segurança, respeitando os envolvidos.

Empatia Indicadores: atendimento personalizado, dando-lhes uma atenção pessoal e individual, trabalhando em horários convenientes e disposição dos funcionários em ajudar.

Aspectos Tangíveis Indicadores: apresentação física de instalação, facilidades, conforto, equipamentos, pessoal e materiais de comunicação.

Fonte: Berry e Prasuraman (1992) Gronroos (2004) e Malhotra (2006).

Para Berry e Prasuraman (1992) a confiabilidade do serviço é a dimensão mais importante

do modelo SERVQUAL apresentado anteriormente. O conceito de confiabilidade varia em grau de

satisfação conforme o tipo de serviço prestado. Pesquisas realizadas com mais de 1.900 empresas

onde, solicitou-se aos entrevistados, para distribuir 100 pontos entre as cinco dimensões

(porcentagem): Confiabilidade tem 32%, Presteza 22%, Segurança 19%, Empatia 16% e Aspecto

Tangível 11%, totalizando assim os 100%, referente ao grau de satisfação conforme o tipo de

serviço prestado. A confiabilidade é essencial à qualidade de serviços, sendo um dos primeiros

critérios a ser avaliado pelos clientes.

O modelo SERVQUAL que consiste em um questionamento na forma de uma escala Likert

de 5 ou 7 pontos, variando de “discordo totalmente” a “concordo totalmente” referente a percepção

da qualidade da empresa, para medir o grau de satisfação do produto/serviço. A resposta dos

clientes facilita o processo de decisão quanto à melhoria da qualidade no atendimento em relação às

necessidades do consumidor, pois é o mesmo que confere a importância do serviço (expectativas) e

avalia o quanto o serviço prestado foi bom ou ruim (MALHOTRA, 2006).

Contudo, esses aspectos são essenciais para o desenvolvimento do protótipo “Desempenho

no setor turístico”, que visa avaliar os serviços prestados ao turista, verificando sua opinião e

analisando seu grau de satisfação.

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3.2 Especificação parcial dos Protótipos

Nesta seção encontra-se uma descrição das especificações detalhadas dos protótipos

desenvolvidos, utilizando como cenário a cidade de Bombinhas, SC. A modelagem dos protótipos

foi desenvolvida no modelo da UML, usando diagramas de casos de uso com auxilio das

tecnologias utilizadas para cada técnica de SBC escolhida.

3.2.1 Cidade de Bombinhas, Estudo de caso para os Protótipos.

Bombinhas é uma cidade que possui características fortes de uma cidade turística, sendo

sazonal a um determinado tempo do ano, e oferecendo atrativos aos visitantes. Para isso, estuda-se

uma forma mais rápida e eficiente para apresentá-los aos turistas.

A Prefeitura Municipal de Bombinhas, por meio da Secretaria de Turismo e

Desenvolvimento Econômico do Município, desenvolveu, através de sua equipe técnica o

Inventário Turístico de Bombinhas, onde a principal atividade econômica do município é o turismo,

afirma que:

O turismo, sendo a principal fonte geradora de recursos do município, oferecendo e apresentando os atrativos turísticos locais. Para melhorar o entendimento, as informações foram organizadas em várias categorias ou grupos primários. Atrativos do tipo, Atrativos Naturais: pontos históricos e atrativos naturais com mais de 20 Praias cada uma com seu significado, trilhas, trapiches, visitar ilha (arvoredo), se aventurar em mirantes ou picos e cachoeira. Esportes na Natureza: cavalgada, ciclismo, mergulho, pescaria, surf, windsurf, natação, esportes radicais aéreos vôo livre, escalada em rochas e rappel, tirolesa, parapente e caiaque. Atrativo Cultural e Educacional: exposição do Museu (Museu Casa do Homem do Mar), Instituto Kat Schurmann, capelas, biblioteca municipal, grupos folclóricos, participar de eventos datas comemorativas da cidade (carnaval). Caminhos das Artes: apreciar a exposição de arte dos artesãos (feira de artesanato), artes plásticas e jóias, tecelagem, cerâmica e arte em vidro, papel machê e frape e bordado em retalhos. Serviços e Equipamentos Turísticos: meio de hospedagem (hotéis, pousadas, residenciais), serviços de alimentos e Bebidas (restaurantes e bares), transporte turístico (vans, táxi), estabelecimento noturno, bancos (Bradesco), emissoras de rádio, jornais, sistema de segurança (corpo de bombeiros), equipamentos médico hospitalar (clinicas) (INVENTARIO, 2009).

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Figura 15. Selo Finalista de Melhor Praia - 4ª – Bombinhas.

Fonte: Revista Viagem e Turismo, (2010).

Contudo, a praia de Bombinhas ganhou o prêmio da Revista Viagem e Turismo 2010

(Escolha do Leitor), na modalidade melhores praias do país, permanecendo à frente de praia

consagradas como Praia do Forte – BA, Copacabana – RJ e Maragogi – AL, dentre outras. A Figura

15 apresenta o selo de finalista (REVISTA VIAGEM E TURISMO, 2010).

Portanto é essencial entender que para continuar usufruindo destes benefícios, é necessário

desenvolver roteiros bem planejados que especifiquem as características do lugar, pois os turistas

precisam de informação antes de sair para uma viagem, para ajudá-los a planejar e fazer escolhas. E

estas informações podem ser disponibilizadas largamente pela Internet, por meio de um Sistema

Inteligente com intuito de auxiliar tanto o turista a detectar os serviços que a região oferece de

acordo com seu perfil, quanto um sistema que avalie os serviços prestados, analisando o grau de

satisfação dos turistas que já passaram pela região.

3.2.2 Protótipo da Característica de Roteiro de Serviços (Turista lazer)

Roteiro de Serviços (turismo/lazer), tem como proposta um protótipo de sistema focado em

apresentar os serviços prestados na região, a fim de auxiliar o turista na elaboração do seu próprio

roteiro serviços via Web, onde o sistema apresenta várias opções de serviços da região, do tipo:

hospedagem, restaurantes, lazer e transporte. Assim, o turista interage com o sistema, inserindo as

informações que mais lhe convém, e o sistema apresenta sugestões detalhadas, referentes às

informações coletadas do turista. Contudo, o turista elabora seu próprio roteiro serviço de maneira

fácil e rápida na região que o visitante desconhece, com análise do seu perfil.

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Este roteiro utilizou um ambiente inteligente para auxiliar o turista, aplicado à técnica de

SBC chamada Sistema Especialista, sendo a tecnologia mais indicada para este tipo de característica

de sistema inteligente, mostrada na Tabela 2, técnica que manipula e organiza as informações de

maneira geral bastante parecida com especialista humano em um domínio específico, neste caso

está mais focada em roteiro serviços, através de métodos de aquisição de conhecimento por meio de

regras de produção com conjuntos de condições, arquitetura comum em SE. A cidade a ser aplicado

os roteiros serviços será Bombinhas, região essa sendo alvo de vários turistas no período de verão.

3.2.3 Requisitos Funcionais

Os requisitos funcionais correspondem à listagem de todas as coisas que o sistema deve

fazer. Os requisitos destacados no sistema são:

• O sistema deverá permitir observar as características dos serviços prestados de um

determinado grupo ou área;

• O sistema deverá ter um formulário de interação, para coletar informações do usuário;

• O sistema deverá apresentar algumas sugestões de roteiro serviços, com base em suas

preferências;

• O sistema deverá permitir que o usuário turista selecione suas preferências no

formulário; e

• O turista pode visualizar informações sobre suas preferências de acordo com seu perfil.

3.2.4 Diagrama de Caso de Uso do Sistema

Na seqüência é apresentado o modelo de casos de uso mostrado na Figura 21. O projeto é

constituído por dois atores externos e algumas funcionalidades, que são:

• Turista: que poderá obter acesso aos processos na construção do roteiro serviço; e

• Administrador do sistema: terá a função de realizar a manutenção do sistema, ou seja,

atualização, inclusão ou exclusão dos roteiros serviços.

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Figura 16. Diagrama de Caso de Uso, Protótipo Roteiro Serviços.

Funcionalidades:

• UC - Informar preferências: contém um formulário pelo qual registrará suas

preferências, e logo após um Roteiro Serviços, irá sugerir prováveis características;

• UC - Visualizar e selecionar roteiros pela preferência: contém informações gerais

referentes aos serviços de Bombinhas e suas características; e

• UC - Realizar manutenção do sistema: contém informações avançadas do sistema, onde

está todo o conhecimento relacionado aos serviços turísticos.

3.2.5 Detalhes do desenvolvimento da aplicação

Esta seção demonstra a utilização da tecnologia de Sistema Especialista aplicada ao

Turismo. A utilização de Sistemas Especialistas tem se mostrado útil, pois facilita e garante uma

melhor adequação as preferências do turista.

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3.2.6 Aspectos da Codificação de Sistema Especialista

O desenvolvimento do Roteiro Serviços se deu da seguinte maneira: após a aquisição do

conhecimento com os especialistas da área, criou-se uma nova base de conhecimento, a fim de

agrupar as informações mais propicias, e após foram criadas as variáveis e os valores, e construídas

as regras do sistema.

Nesta seção será demonstrado o ciclo de funcionamento interno do sistema, representado por

interações entre os o usuários e o sistema. Para facilitar a compreensão a Figura 17 mostra quatro

processos, juntamente com as telas do sistema (Figura 18 e 19).

Figura 17. Ciclo de Funcionamento do Sistema.

Fonte: adaptado de CERON e SCHÜTZ (2004).

O primeiro processo da arquitetura de comunicação da Figura 17 demonstra a interação

usuário/sistema, através de uma página Web em HTML na parte cliente, gerado pelo servidor

Apache. Essa página se comunica por requisições com o servidor para processamento de regras no

JCLIPS. No processo seguinte, o usuário interage com a página, por meio de um formulário. A

interação do usuário na opção Hospedagem redireciona a navegação para a Figura 17, que apresenta

várias opções de serviços de hospedagens, e o usuário registra itens de sua preferência.

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Figura 18. Tela SITURB - Serviços da Hospedagem

No Processo 3 da Figura 17 a seta indica o momento em que o turista finaliza a realização da

preferência, onde se inicia a inferência das regras contida em arquivos de regras no serviços

(Regras.clp) sobre as informações do serviços existentes no banco de dados. Contudo, essa

informação é a mesma realizada com base nas informações adquirida através do formulário citado

no processo anterior.

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Figura 19. Tela SITURB - Indicação de Hospedagem

No Processo 4, é apresentada ao usuário uma resposta com informações sobre as

preferências do turista em relação a hospedagem, são oferecidas algumas sugestões sobre a sua

preferência e apontados os possíveis locais referentes a escolha do usuário (Figura 19).

3.2.6.1 Aquisição do conhecimento e obtenção das Regras

A aquisição de conhecimento é uma forma de transferência da habilidade utilizada por

especialistas para solucionar problemas, e então transformar e transmitir estes conhecimentos para

um programa de computador (FERNANDES, 2003).

Contudo, para desenvolver as regras a partir dos dados e alimentar a base de conhecimento

do Sistema Especialista deste protótipo, entrou-se em contato com a Prefeitura Municipal de

Bombinhas, por meio da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico do Município,

agência de turismo e empresas no setor mais especificamente em Hospedagem (tipo de serviços

onde estão mais detalhadas as regras e fatos do Sistema Especialista) da região de Bombinhas, que

concordaram em fornecer as informações necessárias para o desenvolvimento deste trabalho.

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57

Para obter a aquisição de conhecimento para a hospedagem, foram feitas entrevistas com

pessoas envolvidas no setor no cargo de: proprietário, gerente, recepcionista, operador de reservas e

coordenador de eventos (especilaistas na área) , e foram detectados vários serviços da hospedagem

a apresentar aos turistas. O apêndice A.1 contém o questionário com todos os serviços observados

nas hospedagens que aceitaram participar do estudo. Através destas informações começou-se a

preparar a base de conhecimento, criando as variáveis e seus valores e os fatos extraídos do

questionário aplicado, obtendo as regras do Sistema Especialista.

3.2.7 Protótipo da Característica de desempenho no Setor Turístico

Desempenho no setor turístico é um protótipo que visa apresentar um sistema que avalia os

serviços prestados ao turista, por parte das empresas que fornecem serviços no setor, verificando as

opiniões dos turistas sobre a imagem da empresa e analisando o grau de satisfação dos clientes em

relação aos serviços prestados. É importante para o empreendimento, pois através desta informação

é possível melhorar as condições do atendimento para seus futuros clientes e valorizando sugestões,

gerando uma boa relação entre empresa/cliente.

O protótipo utiliza um ambiente inteligente para auxiliar as empresas a avaliar e análisar os

seus serviços prestado no setor turístico, (mais especificamente na hospedagem) aplicando à técnica

de SBC chamada Rede Bayesiana, sendo a tecnologia indicada para este tipo de característica,

mostrada na Tabela 2, utilizando como estudo de caso a cidade de Bombinhas.

3.2.8 Requisitos Funcionais

• O sistema apresenta um formulário de perguntas, a fim de avaliar a satisfação do turista

referente aquele serviços;

• O formulário para identificar a satisfação é de preenchimento obrigatório, e possui cinco

opções (0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 -

Levemente Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito) e um campo de texto para sugestão

(MALHOTRA, 2006); e

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• O turista visualiza o grau de satisfação dos outros turistas.

3.2.9 Diagrama de Caso de Uso do Sistema

Por fim, é apresentado o modelo de casos de uso da característica no “desempenho no setor

turístico” mostrado na Figura 20. O trabalho é constituído por três atores externos e algumas

funcionalidades, que são:

• Turista: utiliza os serviços das empresas e solicita sugestões;

• Agente do sistema: realiza manutenção do sistema, ou seja, atualização, inclusão ou

exclusão; e

• Empresa: contém informações do grau de satisfação dos seus clientes.

Figura 20. Diagrama de Caso de Uso do protótipo Desempenho no setor Turístico.

Funcionalidades:

• UC - Fornece sugestões: o usuário pode interagir com o sistema a fim de apresentar

algumas sugestões para aquele determinado serviço prestado;

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• UC - Utiliza serviços da região: contém informações de serviços oferecidos na região

pesquisada;

• UC - Análise de critério de avaliação: contém detalhes do critério de avaliação a ser

aplicado nos clientes cadastrados no sistema;

• UC - Aplica questionário: contém um formulário a ser aplicado por parte do sistema ao

turista, para cada tipo de serviço de uma empresa de interesse, a fim de identificar e

ajustar o desempenho no setor;

• UC - Visualiza o grau de satisfação do cliente: contém informação geral do grau de

satisfação dos clientes cadastrados no sistema; e

• UC - Realiza manutenção do sistema: contém informações avançadas do sistema, onde o

administrador realiza atualização, inclusão ou exclusão de critérios, clientes e serviços.

3.2.10 Detalhes do Desenvolvimento

Busca-se apresentar nesta seção o desenvolvimento do modelo de redes Bayesianas,

utilizando, descrevendo as variáveis envolvidas para analisar o grau de satisfação do turista, a fim

de avaliar a qualidade de serviços prestados no setor.

3.2.11 Heurísticas do grau de satisfação utilizadas

O objetivo geral do modelo de evidências é detectar o grau de satisfação de um cliente,

utilizando as informações vindas do próprio cliente através de questionamentos. A partir destas

informações foi possível gerar as variáveis que foram utilizadas para o desenvolvimento do modelo.

Aspectos Tangíveis:

• (fl_limpeza_AT) – sinalizador especificando a limpeza do ambiente (0 - Muito

Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente Satisfeito; 1 -

Muito Satisfeito);

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• (fl_comod_ambie_AT) – sinalizador especificando a comodidade na instalação (0 -

Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente

Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_equip_moder_AT) – sinalizador especificando se os equipamentos são modernos (0 -

Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente

Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_limpeza), (fl_comod_ambie_AT) e (fl_equip_moder_AT) → ASPECTO

TANGÍVEL (BERRY, PRASURAMAN, 1992).

Presteza:

• (fl_rap_atend_P) – sinalizador especificando se os funcionários atendem rapidamente

(0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente

Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_boa_vontade_P) – sinalizador especificando se os funcionários possuem boa vontade

(0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente

Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_compr_com_clien_P) – sinalizador especificando o compromisso com o cliente (0 -

Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente

Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_rap_atend), (fl_boa_vontade) e (fl_compr_com_clien_P) → PRESTEZA (BERRY,

PRASURAMAN, 1992).

Segurança:

• (fl_est_conser_S) - sinalizador especificando o estado de conservação do ambiente (0 -

Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente

Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

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• (fl_serv_den_proz_S) - sinalizador especificando se executam o serviço dentro do prazo

prometido (0 - Muito Insatisfeito; 1 - Levemente Insatisfeito; 2 – Neutro; 3 - Levemente

Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito);

• (fl_func_tem_conhec_S) - sinalizador especificando se os funcionários têm capacidade

de fazer o cliente se sentir seguro ao ser atendido (0 - Muito Insatisfeito; 0,25 -

Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_est_conser). (fl_isp_confia_S) e (fl_func_tem_conhec_S) → SEGURANÇA

(BERRY, PRASURAMAN, 1992).

Empatia:

• (fl_infor_all_serv_E) - sinalizador especificando se os funcionários informam sobre

todos os serviços do estabelecimento (0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente

Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_aten_indiv_clien_E) - sinalizador especificando a atenção individual ao cliente,

procurando atender suas necessidades (0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente

Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_func_semp_disp_E) - sinalizador especificando se os funcionários estão sempre

disponível (0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 -

Levemente Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

• (fl_infor_all_serv), (fl_aten_indiv_clien_E) e (fl_func_semp_disp_E) → EMPATIA

(BERRY, PRASURAMAN, 1992).

Confiabilidade:

• (fl_inter_ajudar_C) - sinalizador especificando se os funcionários tem interesse em

ajudar os clientes (0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro;

0,75 - Levemente Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito);

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• (fl_isp_confia_C) - sinalizador especificando se os funcionários inspiram confiança nos

clientes (0 - Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 -

Levemente Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito); e

• (fl_pontua_nas_ativid_C) - sinalizador especificando a pontualidade nas atividades (0 -

Muito Insatisfeito; 0,25 - Levemente Insatisfeito; 0,5 – Neutro; 0,75 - Levemente

Satisfeito; 1 - Muito Satisfeito).

• (fl_inter_ajudar_C), (fl_isp_confia_C) e (fl_pontua_nas_ativid_C) → CONFIABILIDADE

(BERRY, PRASURAMAN, 1992).

A partir das variáveis e seus respectivos grupos definidos foi possível modelar a rede

Bayesiana que representa as cadeias de decisão (diagramas de influência) baseadas no

conhecimento do especialista, para o do grau de satisfação do cliente. A interface gráfica do Hugin

Expert apresenta a modelagem da rede conforme mostra a Figura 21.

Figura 21. Modelo de Rede - Características Desempenho no Setor Turístico

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A Figura 21 apresenta todas as variáveis envolvidas para analisar o grau de satisfação do

cliente, passando pelas dimensões observadas e seus respectivos indicadores. Já as setas entre as

variáveis indicam que variável tem influências sobre variável (ex.: Confiabilidade e

Grau_de_Satisfação), na forma de (Confiabilidade → Grau_de_Satisfação que indica que a

variável Confiabilidade tem influência a variável Grau de Satisfação, ou seja, existe entre elas uma

relação de dependência.

Uma vez definida a topologia da rede, passou-se a definir as probabilidades condicionais

entre os grafos. No entanto, foram realizadas inferências estatísticas com base nas informações da

Seção 3.1.5.2, conforme detalhado a seguir.

Figura 22. Probabilidade do Grau de Satisfação

A Figura 22 mostra a Tabela de Probabilidade Condicional (TPC) envolvendo seis variáveis,

cinco dimensões (Empatia, Segurança, Confiabilidade, Presteza e Aspecto Tangível) extraídas do

modelo SERVQUAL e o grau de satisfação. Note que todas as variáveis têm dois estados (Bom e

Ruim), sendo possível observar as combinações dos estados (das cinco dimensões, do modelo

SERVQUAL) para obter o grau de satisfação do turista, apresentada nos números de percentagem

na TPC.

A Equação 2 simboliza a probabilidade condicional do Grau de Satisfação em relação a

Empatia, Segurança, Confiabilidade, Presteza e Aspecto Tangível, ou seja, qual é a probabilidade

do Grau de Satisfação ocorra, dado que a variável Empatia, Segurança, Confiabilidade, Presteza e

Aspecto Tangível tenha influência ao grau de satisfação, sendo utilizado o teorema de Bayes.

Equação 2

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A Figura 22 apresenta uns números indicanda á porcentagem na TBC do ferramenta Hugin,

da variável grau de satisfação estão dois estados (Bom e Ruim). Esses estados foram calculados

isoladamente da ferramenta Hugin, sendo que eles foram substituídos por (Bom: 1 e Ruim: 0)

(Tabela 5: todas as combinações possíveis) para se obter a probabilidade do grau de satisfação

através da utilização da Equação 3. Contudo, é importante relembrar a porcentagem calculada na

Figura 22 na variável grau de satisfação, se deu em torno das dimensões do modelo SERVQUAL.

Por exemplo Confiabilidade tem 32%, Presteza 22%, Segurança 19%, Empatia 16% e Aspecto

Tangível 11%, totalizando assim os 100%, referente ao grau de satisfação conforme o tipo de

serviço prestado, como mostra a Seção 3.1.4.2 (BERRY, PRASURAMAM, 1992).

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Tabela 5. Probabilidade do Grau de Satisfação

Presteza 22%

Aspeto Tangível

11%

Empatia 16%

Confiabilidade 32%

Segurança 19%

Grau de Satisfação

Bom Ruim

0 0 0 0 0 0% 100% 0 0 0 0 1 19% 81% 0 0 0 1 0 32% 68% 0 0 0 1 1 51% 49% 0 0 1 0 0 16% 84% 0 0 1 0 1 35% 65% 0 0 1 1 0 48% 52% 0 0 1 1 1 67% 33% 0 1 0 0 0 11% 89% 0 1 0 0 1 30% 70% 0 1 0 1 0 43% 57% 0 1 0 1 1 62% 38% 0 1 1 0 0 27% 73% 0 1 1 0 1 46% 54% 0 1 1 1 0 59% 41% 0 1 1 1 1 78% 22% 1 0 0 0 0 22% 78% 1 0 0 0 1 41% 59% 1 0 0 1 0 54% 46% 1 0 0 1 1 73% 27% 1 0 1 0 0 38% 62% 1 0 1 0 1 57% 43% 1 0 1 1 0 70% 30% 1 0 1 1 1 89% 11% 1 1 0 0 0 33% 67% 1 1 0 0 1 52% 48% 1 1 0 1 0 65% 35% 1 1 0 1 1 84% 16% 1 1 1 0 0 49% 51% 1 1 1 0 1 68% 32% 1 1 1 1 0 81% 19% 1 1 1 1 1 100% 0%

A Tabela 5 mostra as variáveis das dimensões extraídas do modelo SERVIQUAL com suas

combinações e a porcentagem (Confiabilidade tem 32%, Presteza 22%, Segurança 19%, Empatia

16% e Aspecto Tangível 11%) do grau de satisfação possíveis de um cliente, sendo que foram

possíveis calcular através da Equação 3, por meio da probabilidade condicional.

Equação 3

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Note que as informações encontradas na da Figura 22 na Tabela de Probabilidade

Condicional (TPC), nos estados da variável de grau de satisfação foi destacadas com um retângulo

arredondado, sendo que foram extraídas das linhas destacadas da Tabela 5, por um lado Bom 100%

89% e 78% e por outro Ruim 0, 11% e 22%, e assim sucessivamente com todos os restantes das

combinações.

3.2.12 Aspectos da Codificação de Rede Bayesiana

A Figura 23 possui uma breve apresentação das informações estudadas na Seção 3.4.4, um

questinário desenvolvido e aplicado a hospedagem que aceitou fazer parte do estudo, a fim de

detectar qual é o grau de satisfação de seus clientes, ou seja, um sistema inteligente foi

desenvolvido para automatizar a análise e avaliação da satisfação dos hóspedes, a fim de levar em

consideração a qualidade dos serviços, aprimorando o bom atendimento ao cliente atendendo suas

necessidades, analisando o grau de satisfação em relação à imagem da empresa.

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Figura 23. Tela do Sistema Desempenho no Setor Turístico

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4 CONCLUSÃO

O desenvolvimento de um projeto englobando mais de uma área de conhecimento é uma

tarefa que exige o entendimento dos conceitos relacionados. O desenvolvimento das aplicações que

acabam de observar foram relacionados às áreas de Inteligência Artificial com técnicas de SBC e a

de Turismo/lazer.

O objetivo deste trabalho foi responder as seguintes perguntas de pesquisa: Quais são as

principais características que permeiam softwares que atendem ao turismo e utilizam técnicas de

SBC? Quais destas características estão relacionadas mais fortemente a determinadas técnicas de

SBC? Em torno destas, objetivou-se detectar características que auxiliam no planejamento turístico

e se relacionam com técnicas de SBC. Para isso foram construídos 2 protótipos com intuito de aferir

os resultados que se mostraram satisfatórios aos objetivos pretendidos, onde se verificou-se através

da implementação que a características está bem servida pelas técnicas de SBC, que se utilizou para

desenvolver os protótipos, dentro do domínio de conhecimento para qual foi projetado.

Diversas tecnologias e aspectos foram necessários para viabilizar este trabalho, entre elas

estão: (i) o CLIPS, que possibilitou utilizar o motor de inferência em Sistema Especialista; (ii) a

ferramenta JCLIPS permitiu conectar e controlar o CLIPS em ambiente Java; (iii) o Hugin Expert,

que possibilitou confeccionar modelos de Rede Bayesianas; e (iv) a classe OpenClips, permitindo a

comunicação com PHP, além de outros aspectos relacionados a qualidade de serviços voltados ao

turismo. Uma ferramenta que facilitou a implementação do sistema foi o JCLIPS, para o caso do

protótipo Roteiro Serviço, sendo possível criar as regras independentes do sistema propriamente

dito, sendo assim de fácil manutenção, tendo em vista que para ajustar alguma regra basta alterar

somente o arquivo onde estão descritas as regras.

Durante o desenvolvimento deste trabalho encontrou-se dificuldades tanto na tecnologia

utilizada nos protótipos quanto na etapa de construção da base de conhecimento. Na tecnologia, a

dificuldade que se teve foi o uso da Rede Bayesiana, com a utilização da ferramenta Hugim Expert,

(no desenvolvimento do protótipo desempenho no setor turístico) sendo que o software permitiu

trabalhar com limite de variáveis na construção do modelo de rede bayesina. Para contornar essa

dificuldade não se utilizou o Hugin para definir o modelo final da rede, mas sim para projetar um

esboço inicial. A rede em sua totalidade (Figura 21) foi codificada em PHP. No caso da construção

da base de conhecimento, para o protótipo da característica de sistema roteiro serviço, foram

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utilizadas entrevistas com pessoas envolvidas no setor de hotelaria da cidade de Bombinhas-SC,

para identificar aspectos da região, que seriam úteis ao Sistema Especialista.

Os protótipos não foram alvo de testes, pois a pesquisa propõe que os próprios pertençam a

etapa de avaliação do trabalho. O que sofreu verificação foi a pesquisa sobre a aderência das

técnicas de SBC com as características encontradas nos trabalhos aplicados ao turismo, levantados

na pesquisa descrita na Fundamentação Teórica.

No desenvolvimento de soluções inteligentes para auxiliar o turista, utilizando técnicas de

SBC, observou-se como trabalhos futuros: (i) melhorar a interface de ambos os protótipos e

inserindo alguns módulos de interação; (ii) desenvolver protótipo roteiro localidade (turismo lazer),

grupo de característica de sistema que se interessa em apontar os principais pontos turísticos da

região através de mapas dos locais, a fim de oferecer informações mais detalhadas da localidade

proporcionando informações de maneira simples e amigável do roteiro localidade; e (iii)

desenvolver protótipo investimento no setor turístico, onde explora o melhor potencial turístico da

região, que auxilia empresas interessadas em investir com mais segurança no setor. Ambos as

características com técnicas SBC mais indicada apresentada na Tabela 2.

Espera-se que este projeto apresente relevânte contribuição para a área de Turismo como

fonte de pesquisa para trabalhos na área de Inteligência Artificial, oferecendo embasamento sobre

as técnicas utilizadas.

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APÊNDICE

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Questionário

A.1 Roteiro Serviços (turista lazer) - Hospedagem

Meus cordiais cumprimentos.

Chamo-me Jefferson Neoli de Maria, e falo em nome da Universidade do Vale de Itajaí

(UNIVALI), Santa Catarina, com o objetivo de levantar dados para fornecer ao sistema (software)

na região de Bombinhas no estudo do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), Curso de Ciência da

Computação, desta renomada instituição. Participam da pesquisa as empresas prestadoras de

serviços na região, para fins de estudo.

Nome do Entrevistador: Empresa: Cargo: Cidade: Endereço: UF: CEP: Site: Telefone: Email: Responsável: Perfil da empresa Tipo de atividade: Tempo de atuação: Numero de empregados: Perfil dos entrevistados Sexo:

( ) Masculino ( ) Feminino Faixa etária:

( ) Abaixo de 30 anos ( ) 30 a 40 anos ( ) 40 a 50 anos ( ) 50 a 60 anos ( ) acima de 60 anos

Escolaridade:

( ) 1º grau completo ( ) 2º grau completo ( ) Universitário incompleto ( ) Universitário completo ( ) Pós- graduado

Tipo de Hospedagem*

( ) Hotel 4 ou 5 Estrela ( ) Hotel 3 Estrela ( ) Hotel econômico ( ) Pousada de Luxo ( ) Pousada Tradicional ( ) Camping ( ) Casa/aptos.de aluguel ( ) Imóveis próprio ( ) Outros. Qual?______________________________________*pode ser mais de uma opção.

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Características da Hospedagem

Abaixo está uma tabela com algumas características detectadas na hospedagem, onde tem

duas colunas, descrição das características e status onde será preenchido com um “x” caso tenha na

sua hospedagem.

Descrição Status

Serviço de camareira Roupa de cama Roupa de banho Cama King Size Serviço de praia Kit praia Secador de cabelos Amenities e touca banho Mesa de trabalho no quarto Acesso e Quartos especiais para cadeirantes

Piscina adulta e infantil Piscina Aquecida Sala de jogos Televisão Internet wireless Telefone Sala de TV Home Theater Ventilador de teto Ar-Condicionado Sauna Restaurante Churrasqueira Bar Frigobar Geladeira Playground Sala de recreação infantil Salão para eventos Trilha ecológica, Campo de futebol Translado Estacionamento Coletiva Cofre Vigilância Monitorada

*poderá preencher outras características caso precisar