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Cristiano Bigonha Tibiriçá ESTUDO TEÓRICO- EXPERIMENTAL DA TRANSFE- RÊNCIA DE CALOR E DO FLUXO CRÍTICO DURANTE A EBULIÇÃO CONVECTIVA NO INTERIOR DE MICROCANAIS Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo pa- ra obtenção do título de Doutor em Engenha- ria Mecânica. Área de concentração: Térmica e Fluidos Orientador: Prof. Dr. Gherhardt Ribatski São Carlos 2011 ESTE EXEMPLAR TRATA-SE DA VERSÃO CORRIGIDA. A VERSÃO ORIGINAL ENCONTRA-SE DISPONÍVEL JUNTO AO DEPARTAMENTO DE ENGENHRIA MECÂNICA DA EESC-USP

estudo teórico- experimental da transfe- rência de calor e do fluxo

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Cristiano Bigonha Tibiriçá

ESTUDO TEÓRICO-EXPERIMENTAL DA TRANSFE-

RÊNCIA DE CALOR E DO FLUXO

CRÍTICO DURANTE A EBULIÇÃO

CONVECTIVA NO INTERIOR DE

MICROCANAIS

Tese apresentada à Escola de Engenharia de

São Carlos da Universidade de São Paulo pa-

ra obtenção do título de Doutor em Engenha-

ria Mecânica.

Área de concentração: Térmica e Fluidos

Orientador: Prof. Dr. Gherhardt Ribatski

São Carlos 2011

ESTE EXEMPLAR TRATA-SE

DA VERSÃO CORRIGIDA.

A VERSÃO ORIGINAL

ENCONTRA-SE DISPONÍVEL

JUNTO AO DEPARTAMENTO

DE ENGENHRIA MECÂNICA

DA EESC-USP

ii

iii

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, pelo eterno apoio e confiança, à qual se-

rei sempre grato.

vi

AGRADECIMENTOS

Ao professor Gherhardt Ribatski, pela excelente orientação durante este traba-

lho, pela amizade e oportunidades abertas. Gostaria reconhecer e valorizar sua

dedicação à pesquisa e também ao ensino dentro da comunidade acadêmica

brasileira e internacional.

Ao professor John Richard Thome, pela oportunidade de realização de experi-

mentos em seu laboratório e pelo apoio e orientação durante minha estadia na

Suíça. Também não poderia de valorizar seu bom humor nos intervalos de traba-

lho, nas aulas e nos congressos que nos encontramos.

A José Roberto Bogni, pela amizade, ensinamentos e imprescindível ajuda na

construção e manutenção do aparato experimental.

Ao amigo Anderson Ubices de Moraes, pela indicação deste doutorado, sem a

qual, o presente trabalho não teria ocorrido.

Aos membros da banca de defesa, professores Jader Barbosa, Jorge Baliño,

Jurandir Yanagihara e Paulo Seleghim pelas importantes contribuições e críticas

as quais contribuíram para o aperfeiçoamento deste trabalho.

Aos amigos do Núcleo de Engenharia Térmica (NETeF), pela construção de

um ambiente saudável de estudo, pela motivação no dia a dia e também pelas

importantes discussões e sugestões ao longo destes anos: Alan Carvalho Olivei-

ra, Alexandre Arcanjo, Analice Brandi, André Vosnika, Bruno Trevisan, Daniel

Sempertéghi, Daniela Araújo, Daniela Mortari, Ernest Becker Junior, Evelise Cor-

balan, Fábio Toshio Kanizawa, Fernando Guimarães, Fernando Mendez, Franci-

ane Motta, Francisco Nascimento, Francismara Cabral, Gustavo de Souza, Hen-

rique Felcar, Hugo Leão, Iara Rodriguez, Israel Saba,Jaqueline Diniz da Silva,

Jéssica Alves, Jonas Ansoni, Juliano Freitas, Luiz Enrique Vidal, Luiz Fernando,

Marcelo Souza de Castro, Marcio Ota, Mogaji Taye, Renan Sasahara, Sávider

Conti, Sérgio Lucas Ferreira e Vanessa Santos.

Aos amigos do Laboratoire de Transfert de Chaleur et de Masse (LTCM-EPFL),

os quais me proporcionaram grandes aprendizados: Andrea Cioncolini, Bogdan

Nichita, Cecile Taverney, Christophe Zurmühle, Duan Wu, Etienne Costa-Patry,

vii

Eugene van Rooyen, Farzad Vakili Farahani, Gustavo Rabello dos Anjos, J.

Ong, J.E. Park, Jackson Marcinichen, Jean-Pierre Rougnon, Jonattan. Olivier,

Laurent Chevalley, Marcel Christians-Lupi, Marco Milan, Marc Salle, Maurice Mul-

ler, Nathalie Matthey-de-L'Endroit, Navid Borran, Nicolas Jaunin, Ricardo da Silva

Lima, Sepideh Khodaparast, Stefano Nebuloni, Sylwia Szczukiewicz e Yassir

Madhour.

À Danira, pelo apoio, ensinamentos de vida e paciência nos momentos de dis-

tância.

Aos grandes amigos, Marcelo Leite Ribeiro, André Gonçalves e Dante Bitten-

court pelos incontáveis e inesquecíveis pedais, expedições e escaladas em mon-

tanha, desde a Mantiqueira aos imponentes Andes e Alpes, as quais foram e

continuam sendo essenciais para equilíbrio físico e mental na busca de uma vida

plena e saudável.

Aos funcionários da secretaria da Engenharia Mecânica, pela amizade e aten-

ção dada.

Aos funcionários da secretaria da pós-graduação da Engenharia Mecânica, pe-

la ajuda e esclarecimentos nos temas relacionados à pós-graduação.

Aos demais professores e funcionários do Departamento de Engenharia Me-

cânica, os quais sempre contribuíram com discussões e idéias no dia a dia deste

trabalho.

À FAPESP, pela bolsa de doutorado concedida (processo no 07/53950-5).

À CAPES, pela bolsa de estágio doutoral concedida.

À Universidade de São Paulo, à Escola de Engenharia de São Carlos e à École

Polytechnique Fédérale de Lausanne, pela infraestrutura de trabalho.

viii

ix

RESUMO

TIBIRIÇÁ, C. B. (2011). ESTUDO TEÓRICO-EXPERIMENTAL DA TRANSFE-

RÊNCIA DE CALOR E DO FLUXO CRÍTICO DURANTE A EBULIÇÃO

CONVECTIVA NO INTERIOR DE MICROCANAIS. 224p. Tese (Doutorado) −

Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.

A pesquisa realizada tratou do estudo da transferência de calor e do fluxo críti-

co durante a ebulição convectiva no interior de canais de diâmetro reduzidos a

partir de dados levantados em bancadas experimentais construídas para esta fi-

nalidade. Extensa pesquisa bibliográfica foi efetuada e os principais métodos

disponíveis para previsão de coeficiente de transferência de calor, fluxo crítico e

mapas de escoamento foram levantados. Os resultados obtidos foram parame-

tricamente analisados e comparados com os métodos da literatura. Pela primeira

vez para microcanais, resultados experimentais foram levantados por um mesmo

autor em laboratórios distintos buscando verificar a tendência e comportamentos.

Tal comparação tem sua importância destacada em face das elevadas discre-

pâncias observadas na literatura quando resultados de autores distintos, obtidos

em condições similares, são comparados. Os resultados levantados foram utili-

zados na elaboração de modelos que consideram os padrões de escoamento

observados em microcanais. A incorporação dos padrões permitiu o desenvolvi-

mento de modelos mecanísticos para coeficiente de transferência de calor, fluxo

crítico e critérios para a caracterização da transição entre macro e microcanais

baseados na formação do padrão de escoamento estratificado e na simetria do

filme líquido no escoamento anular.

Palavras-chave: ebulição convectiva, microcanais, coeficiente de transferência

de calor, fluxo crítico de calor, padrão de escoamento.

x

ABSTRACT

TIBIRIÇÁ, C. B. (2011). A THEORETICAL AND EXPERIMENTAL STUDY ON

FLOW BOILING HEAT TRANSFER AND CRITICAL HEAT FLUX IN

MICROCHANNELS. 224p. Tese doutorado − Escola de Engenharia de São Car-

los, Universidade de São Paulo, São Carlos.

This research comprises an experimental and theoretical study on flow boiling

heat transfer and critical heat flux inside small diameter tubes based on data ob-

tained in experimental facilities specially designed for this purpose. A broad litera-

ture review was carried out and the main methods to predict the heat transfer co-

efficient, critical heat flux and flow patterns were pointed out. The experimental

results were parametrically analyzed and compared against the predictive meth-

ods from literature. For the first time, microchannels experimental results ob-

tained by an unique researcher in distinct laboratories were compared and a rea-

sonable agreement was observed. The importance of such a comparison is high-

lighted for flow boiling inside microchannels due to the high discrepancies ob-

served when results from independent laboratories obtained under similar ex-

perimental conditions are compared. Moreover, the experimental results obtained

in the present study were used to develop correlations and models for the heat

transfer coefficient and heat flux that takes into account the flow patterns ob-

served in microchannels. The heat transfer coefficient and critical heat flux mod-

els were developed based on mechanistic approach. In addition, criteria to char-

acterize macro to microchannel transition were proposed based in the occurrence

of the stratified flow pattern and the liquid film symmetry under annular flow con-

ditions.

Key-words: flow boiling, microchannel, heat transfer coefficient, critical heat

flux, flow pattern.

xi

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 2.1 – REGIMES DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR DURANTE A EBULIÇÃO CONVECTIVA: (A) ESCOAMENTO

VERTICAL; (B) ESCOAMENTO HORIZONTAL (COLLIER; THOME, 1999)........................................................ 6

FIGURA 2.2 – SUPERAQUECIMENTO DA PAREDE NECESSÁRIO PARA INÍCIO DA EBULIÇÃO COM R134A (KANDLIKAR

ET AL., 2005). .................................................................................................................................................. 8

FIGURA 2.3 – DIÂMETROS DE TRANSIÇÃO ENTRE MACRO E MICROCANAIS PARA: (A) R134A; (B) R245FA ............ 10

FIGURA 2.4 – GRANDEZA DAS FORÇAS ASSOCIADAS A ESCOAMENTOS BIFÁSICOS (KANDLIKAR, 2010)............. 11

FIGURA 2.5 – PADRÕES DE ESCOAMENTOS ADIABÁTICOS: (A) VERTICAL; (B) HORIZONTAL (CHENG; RIBATSKI;

THOME, 2007). ........................................................................................................................................... 12

FIGURA 2.6 – PADRÕES DE ESCOAMENTO EM MICROCANAIS HORIZONTAIS. D=0,5MM, G=500KG/M2S, TSAT=30OC

(REVELLIN; THOME, 2007A): (A) BOLHAS; (B) BOLHAS; (C) PISTONADO; (D) AGITANTE; (E) AGITANTE; (F)

ANULAR; (G) ANULAR. .................................................................................................................................. 14

FIGURA 2.7 – PADRÕES DE ESCOAMENTO EM MICROCANAIS HORIZONTAIS. R134A, D=2,1MM (ARCANJO;

TIBIRIÇÁ; RIBATSKI, 2010)..................................................................................................................... 14

FIGURA 2.8 – MAPA DE ESCOAMENTO HORIZONTAL DE TAITEL E DUKLER (1976). FR, K X T, PARÂMETROS

ADIMENSIONAIS DO MODELO......................................................................................................................... 15

FIGURA 2.9 – MAPA DE ESCOAMENTOS DE WOJTAN, URSENBACHER E THOME (2005). ........................................ 16

FIGURA 2.10 – MAPA DE ESCOAMENTO DE ONG E THOME (2011A)....................................................................... 17

FIGURA 2.11 – COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE FELCAR, RIBATSKI E JABARDO (2007) E DADOS

EXPERIMENTAIS AR-ÁGUA............................................................................................................................. 18

FIGURA 2.12 – COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE FELCAR, RIBATSKI E JABARDO (2007) E RESULTADOS DE

ARCANJO, TIBIRIÇÁ E RIBATSKI, (2010) PARA O ESCOAMENTO DIABÁTICO COM R134A, D=2,32MM........... 18

FIGURA 2.13 – RESULTADOS DE CONSOLINI (2008), PARA EBULIÇÃO CONVECTIVA EM MICROCANAIS, COM R134A,

D=0,5MM. .................................................................................................................................................... 20

FIGURA 2.14 – CAMPO DE TEMPERATURA A PARTIR DE IMAGENS EM INFRAVERMELHO E AS RESPECTIVAS IMAGENS

OBTIDAS DO ESCOAMENTO COM CÂMERA DE ALTA VELOCIDADE. ................................................................. 22

FIGURA 2.15 – ILUSTRAÇÃO ESQUEMÁTICA DO MODELO DE 3 ZONAS, PROPOSTO POR THOME, DUPONT E JACOBI

(2004)........................................................................................................................................................... 25

FIGURA 2.16 – MECANISMO DE FCC EM ESCOAMENTO (A) SATURADO E (B) SUB-RESFRIADO, SEGUNDO LEE E

MUDAWAR (2009). ....................................................................................................................................... 28

FIGURA 2.17 – SECAGEM DE PAREDE COM E SEM ONDAS INTERFACIAIS (REVELLIN; THOME, 2007B) .............. 28

FIGURA 3.1 – COMPARAÇÃO DA CORRELAÇÃO DE SAITOH, DAIGUJI E HIHARA (2007) COM O BANCO DE DADOS

EXPERIMENTAIS LEVANTADOS PARA ESTE ESTUDO. ...................................................................................... 40

xii

FIGURA 3.2 – COMPARAÇÃO ENTRE O MODELO DE REVELLIN E THOME (2007B) PARA ESCOAMENTO ANULAR E OS

DADOS DE CONSOLLINI (2008). (R134A, D= 0,5MM; Q=108KW/M2; G=1435KG/M2S; L=75MM). PADRÃO DE

ESCOAMENTO DETERMINADO SEGUNDO REVELLIN E THOME (2007A). .........................................................41

FIGURA 4.1 – DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DA SEÇÃO DE TESTES E CIRCUITO AUXILIAR. ..........................................48

FIGURA 4.2 – VISTA DA BANCADA EXPERIMENTAL UTILIZADA. .............................................................................49

FIGURA 4.3 – DIAGRAMA P-V DO CIRCUITO DE TESTES PARA R134A. ....................................................................50

FIGURA 4.4 – DETALHES DA SEÇÃO DE TESTES E DO POSICIONAMENTO DOS TERMOPARES.....................................51

FIGURA 4.5 – SEÇÃO DE TESTES COM ISOLAMENTO................................................................................................52

FIGURA 4.6 – RESISTÊNCIA TOTAL POR UNIDADE DE COMPRIMENTO EM FUNÇÃO DA ESPESSURA DE ISOLAMENTO

DO TUBO. ......................................................................................................................................................53

FIGURA 4.7 – MODELO PARA AVALIAÇÃO DO EFEITO DO ELETRODO NO CAMPO DE TEMPERATURAS DA SUPERFÍCIE

DE TESTES. ....................................................................................................................................................54

FIGURA 4.8 – (A) SIMULAÇÃO EM ELEMENTOS FINITOS (ANSYS) DA DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA AO LONGO DA

SEÇÃO DE TESTES JUNTO AO ELETRODO; (B) AMPLIAÇÃO DA ÁREA CIRCULADA (1MM POR DIVISÃO

HORIZONTAL). ...............................................................................................................................................54

FIGURA 4.9 – COMPRIMENTO DE DESENVOLVIMENTO TÉRMICO PARA O TUBO DE 2,32MM EM FUNÇÃO DO NÚMERO

DE REYNOLDS PARA FLUIDO R134A. .............................................................................................................56

FIGURA 4.10 – DETALHES DA SEÇÃO DE TESTES E O POSICIONAMENTO DOS TERMOPARES. ....................................58

FIGURA 4.11 – SEÇÃO DE TESTES, PRÉ-AQUECIMENTO E VISUALIZAÇÃO DE 1,10MM APÓS O ISOLAMENTO. ...........59

FIGURA 4.12 – RESISTÊNCIA TOTAL POR UNIDADE DE COMPRIMENTO EM FUNÇÃO DA ESPESSURA DE ISOLAMENTO

PARA O TUBO 1,10MM. ..................................................................................................................................59

FIGURA 4.13 – COMPRIMENTO DE DESENVOLVIMENTO TÉRMICO PARA O TUBO DE 1,10MM EM FUNÇÃO DO NÚMERO

DE REYNOLDS PARA FLUIDO R134A. .............................................................................................................60

FIGURA 4.14 – IMAGEM DA SEÇÃO DE VISUALIZAÇÃO PARA SEÇÃO DE TESTES DE DI=2,32MM..............................61

FIGURA 4.15 – POSICIONAMENTO DA CÂMERA DE ALTA VELOCIDADE JUNTO À SEÇÃO DE VISUALIZAÇÃO. ............62

FIGURA 4.16 – PADRÕES DE ESCOAMENTO FILMADOS NA BANCADA EXPERIMENTAL (DE CIMA PARA BAIXO:

BOLHAS, BOLHAS ALONGADAS, AGITANTE, ANULAR), D=2,10MM. VELOCIDADE DE CAPTURA DE 3000

IMAGENS POR SEGUNDO E RESOLUÇÃO DE 1280 X 50 PIXELS.........................................................................63

FIGURA 4.17 – SEÇÃO TRANSPARENTE DE VISUALIZAÇÃO TUBO DE 1,00MM. ........................................................64

FIGURA 4.18 – SENSORES E ATUADORES LIGADOS AO SISTEMA DE AQUISIÇÃO. .....................................................65

FIGURA 4.19 – INTERFACE DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO E CONTROLE DA BANCADA EXPERIMENTAL...................66

FIGURA 4.20 – PERFIS DOS CANAIS AVALIADOS NA BANCADA EXPERIMENTAL II (LTCM-EPFL)..........................70

FIGURA 4.21 – DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DA BANCADA EXPERIMENTAL II (LTCM-EPFL). .................................71

FIGURA 4.22 - FOTOGRAFIA DA BANCADA EXPERIMENTAL II (LTCM-EPFL)........................................................71

FIGURA 4.23 – DETALHES DA SEÇÃO DE TESTES E O POSICIONAMENTO DOS TERMOPARES NO CANAL DE 2,20MM. 72

FIGURA 4.24 – DETALHES DA SEÇÃO DE TESTES E POSICIONAMENTO DOS TERMOPARES NO CANAL DE 1,00MM. ...73

FIGURA 4.25 – VISTA EXPLODIDA DA MONTAGEM DO TUBO ACHATADO COM (H/W)=1/4. OBS.: NESTA

ILUSTRAÇÃO, O COMPRIMENTO DO TUBO NÃO ESTÁ EM ESCALA. ..................................................................74

xiii

FIGURA 4.26 – RESULTADO, EM ELEMENTOS FINITOS, NO TUBO DE 2,32MM, MOSTRANDO A DISTRIBUIÇÃO DE

TEMPERATURA NA PAREDE DO TUBO NA PRESENÇA DE CONVECÇÃO ASSIMÉTRICA EM RELAÇÃO AO EIXO-X NO

INTERIOR DO TUBO........................................................................................................................................ 79

FIGURA 4.27 – VALORES DO FLUXO DE CALOR NA DIREÇÃO Y, CORRESPONDENTE ÀS CONDIÇÕES SIMULADAS NA

FIGURA 4.26................................................................................................................................................. 79

FIGURA 4.28 – SUPERAQUECIMENTO DA PAREDE PARA R134A PARA G=200 KG/M2S, TSAT=31OC, LAQUE=361MM,

TSUB=4 K. ...................................................................................................................................................... 84

FIGURA 4.29 – AVALIAÇÃO DO BALANÇO DE ENERGIA MONOFÁSICO PARA TEMPERATURAS DE SUBRESFRIAMENTO

NA SAÍDA DA SEÇÃO DE TESTES, TSUB,SAI, DE 2 E 10OC. (R134A, D=2,32MM, TENT=16OC, P=106PA, QST=QPA). .. 88

FIGURA 4.30 – AVALIAÇÃO DO BALANÇO DE ENERGIA MONOFÁSICO (R134A, D=2,3MM, TENT=13OC): (A)

FUNÇÃO DA VELOCIDADE MÁSSICA E TEMPERATURA DE SAÍDA; (B) FUNÇÃO DA POTÊNCIA APLICADA E

VELOCIDADE MÁSSICA. ................................................................................................................................. 88

FIGURA 4.31 – (A) COMPARAÇÃO ENTRE CTC EXPERIMENTAL MONOFÁSICO E O PREVISTO PELA CORRELAÇÃO DE

GNIELINSKI (1976) (R134A, D=2,32MM, TSAI=40OC); (B) COMPARAÇÃO ENTRE A PERDA DE PRESSÃO

EXPERIMENTAL MONOFÁSICA E A PREVISTA TEORICAMENTE (R134A, D=2,32MM, TSAI=40OC)................. 89

FIGURA 4.32 – (A) COMPARAÇÃO ENTRE CTC EXPERIMENTAL MONOFÁSICO E O PREDITO PELA CORRELAÇÃO DE

GNIELINSKI (1976) (R24FA, D=2,32MM, TSAI= 31OC); (B) COMPARAÇÃO ENTRE A PERDA DE PRESSÃO

EXPERIMENTAL MONOFÁSICA E A PREVISTA TEORICAMENTE (R245FA, D=2,32MM, TSAI=31OC). ............ 89

FIGURA 4.33 – (A) COMPARAÇÃO ENTRE CTC EXPERIMENTAL MONOFÁSICO E O PREVISTO PELA CORRELAÇÃO DE

GNIELINSKI (1976) (R245FA, D=1,10MM, TSAI=31OC); (B) COMPARAÇÃO ENTRE A PERDA DE PRESSÃO

EXPERIMENTAL MONOFÁSICA E A PREVISTA TEORICAMENTE (R245FA, D=1,10MM, TSAI=31OC). ............. 90

FIGURA 4.34 – COMPARAÇÃO ENTRE DADOS DA LITERATURA (YAN; LIN, 1998) E OS OBTIDOS NO PRESENTE

ESTUDO (G=200KG/M2S, Q=5KW/M2, TSAT=31OC). ........................................................................................ 90

FIGURA 4.35 – COMPARAÇÃO ENTRE h MEDIDOS EM POSIÇÕES AXIAIS DISTINTAS DO TUBO (G=300KG/M2S,

Q=15KW/M2, TSAT=41OC) .............................................................................................................................. 91

FIGURA 4.36 – REPETITIVIDADE DOS ENSAIOS EXPERIMENTAIS BIFÁSICOS (G=400KG/M2S, TSAT=22OC,

Q=35KW/M2) ................................................................................................................................................ 91

FIGURA 4.37 – COMPARAÇÃO ENTRE A HIPÓTESE DE QUEDA DE PRESSÃO LINEAR UTILIZADA PARA O CÁLCULO DA

TEMPERATURA DE SATURAÇÃO AO LONGO DA SEÇÃO DE TESTES E AS MEDIDAS DE PRESSÃO DERIVADAS DAS

TEMPERATURAS DA SUPERFÍCIE DO TUBO NO ESCOAMENTO EM EBULIÇÃO CONVECTIVA ADIABÁTICA. R245FA

NO TUBO DE 2,32MM, EM TIBIRIÇÁ E RIBATSKI (2011). ................................................................................ 92

FIGURA 5.1 – PADRÕES DE ESCOAMENTO PARA R1234ZE(E) EM CANAIS DE 1,00MM E 2,20MM, TSAT=31OC. ......... 96

FIGURA 5.2 – MAPAS DE PADRÃO DE ESCOAMENTO PARA R1234ZE, R134 E R245FA. (TSAT=31OC, DI=1,00MM). .. 97

FIGURA 5.3 – CURVAS DE TRANSIÇÃO, COMPARANDO EFEITO DA TEMPERATURA DE SATURAÇÃO PARA R134A E

R245FA......................................................................................................................................................... 99

FIGURA 5.4 – COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE BARNEA, LUNINSKI E TAYTEL (1983) E DADOS EXPERIMENTAIS

PARA R245FA, D=2,32MM.......................................................................................................................... 100

xiv

FIGURA 5.5 – COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS PREDITIVOS (LINHAS) DE REVELLIN E THOME (2007A) E ONG E

THOME (2011A) E OS DADOS EXPERIMENTAIS (SÍMBOLOS), PARA R245FA E D=2,32MM...........................101

FIGURA 5.6 – COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE FELCAR, RIBATSKI E JABARDO (2007) E DADOS

EXPERIMENTAIS, R134A E D=2,32MM. .......................................................................................................102

FIGURA 5.7 – COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE ONG E THOME (2011A) E DADOS EXPERIMENTAIS DE TIBIRIÇÁ,

RIBATSKI E THOME, (2011) PARA R134A, R1234ZE E R245FA. ..................................................................103

FIGURA 5.8 – DISTRIBUIÇÃO DO CTC AO LONGO DO PERÍMETRO DO TUBO E IMAGENS DO ESCOAMENTO BIFÁSICO

CORRESPONDENTES (R134A, D=2,32 MM, G=100KG/M2S, Q=5KW/M2, TSAT=22OC). ..................................105

FIGURA 5.9 – CTC AO LONGO DO PERÍMETRO DO TUBO E IMAGEM DO ESCOAMENTO BIFÁSICO CORRESPONDENTE

PARA R245FA A G=200KG/M2S, Q=10KW/M2, X=35%, TSAT=31OC. .............................................................105

FIGURA 5.10 – EFEITO DA CONDIÇÃO DE ENTRADA DO FLUIDO NA SEÇÃO DE TESTES NO CTC. (R134A, D=1,00MM,

G=200KG/M2S, Q=15KW/M2)......................................................................................................................106

FIGURA 5.11 – COMPARAÇÕES DE DADOS EXPERIMENTAIS LEVANTADOS NA EESC-USP E NO LTCM-EPFL. ....107

FIGURA 5.12 – EFEITO DO DIÂMETRO NO CTC PARA R134A................................................................................108

FIGURA 5.13 – EFEITO DO DIÂMETRO NO CTC PARA R245FA. .............................................................................109

FIGURA 5.14 – ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DA VELOCIDADE MÁSSICA NO CTC (D=2,32MM, R134A, TSAT=31OC,

Q=15KW/M2). .............................................................................................................................................110

FIGURA 5.15 – ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DA VELOCIDADE MÁSSICA NO CTC (D=2,32MM, R245FA, TSAT=31OC,

Q=15KW/M2). .............................................................................................................................................110

FIGURA 5.16 – ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DA VELOCIDADE MÁSSICA NO CTC (D=1,00MM, R1234ZE(E), TSAT=31OC,

Q=35KW/M2). .............................................................................................................................................110

FIGURA 5.17 – COMPARAÇÃO DO EFEITO DO FLUIDO NO CTC PARA R134A, R245FA E R1234ZE(E). ..................112

FIGURA 5.18 – COMPARAÇÃO DO EFEITO DO FLUIDO NO CTC PARA R134A E R1234ZE(E) (TIBIRIÇÁ;

RIBATSKI; THOME, 2011) ......................................................................................................................112

FIGURA 5.19 – ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DA TEMPERATURA DE SATURAÇÃO NO CTC. (R245FA, Q=25KW/M2,

G=300KG/M2S, DI=2,32MM). ......................................................................................................................113

FIGURA 5.20 – ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DA TEMPERATURA DE SATURAÇÃO NO CTC PARA R134A, DI=1,00MM,

G=600KG/M2S, Q=55KW/M2. ......................................................................................................................113

FIGURA 5.21 – ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DO FLUXO DE CALOR NO CTC PARA (R134A, DI=2,32MM, TSAT=22OC). (A)

G=200KG/M2S; (B) G=400KG/M2

S; (C) G=600KG/M2S. ...............................................................................115

FIGURA 5.22 – EFEITO DO FLUXO DE CALOR NO CTC PARA R134A. ....................................................................116

FIGURA 5.23 – EFEITO DO FLUXO DE CALOR NO CTC PARA R245FA....................................................................116

FIGURA 5.24 – EFEITO DA ORIENTAÇÃO DA SEÇÃO TRANSVERSAL DO TUBO ACHATADO NO CTC (DEQ=2,20MM)118

FIGURA 5.25 – COMPARAÇÃO ENTRE CTC PARA TUBOS ACHATADOS E CIRCULAR, PARA DEQ=2,20MM. .............118

FIGURA 5.26 – COMPARAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO CTC COM O TÍTULO DE VAPOR PARA OS DADOS EXPERIMENTAIS E

MÉTODOS DE PREVISÃO. (A) G=50KG/M2S; Q=7,5KW/M2; TSAT=31OC; (B) G=200KG/M2

S;

Q=15KW/M2;TSAT=31OC; (C) G=400KG/M2S; Q=35KW/M2; TSAT=22OC; (D) G=600KG/M2

S; Q=45KW/M2;

TSAT=41OC. ..................................................................................................................................................122

FIGURA 5.27 – EFEITO DO DIÂMETRO PARA FCC COM R134A COM TUBOS DE 1,00MM E 2,20MM. ......................123

xv

FIGURA 5.28 – COMPARAÇÃO ENTRE O FCC DO R134A E R245FA PARA TUBO DE 2,20MM................................. 124

FIGURA 5.29 – COMPARAÇÃO ENTRE O FCC DO R134A E R1234ZE(E) PARA TUBO DE 1,00MM. ......................... 125

FIGURA 5.30 – EFEITO DA TEMPERATURA DE SATURAÇÃO NO FCC PARA R134A E DI=2,20MM. ......................... 125

FIGURA 5.31 – EFEITO DO SUBRESFRIAMENTO NO FCC PARA O FLUIDO R245FA EM TUBO DE 2,20MM. .............. 126

FIGURA 5.32 – EFEITO DO SUBRESFRIAMENTO NO FCC PARA O FLUIDO R1234ZE EM TUBO DE 1,00MM.............. 126

FIGURA 5.33 – VARIAÇÃO DO FCC COM A VAZÃO PARA O R1234ZE(E) EM TUBO DE DI=2,20MM....................... 127

FIGURA 5.34 – EFEITO DO COMPRIMENTO AQUECIDO NO FCC PARA R134A EM TUBO DE DI=2,20MM. ............... 128

FIGURA 5.35 – EFEITO DA GEOMETRIA NO FCC PARA R245FA COM DEQ=2,20MM............................................... 129

FIGURA 5.36 – COMPARAÇÃO ENTRE CORRELAÇÕES E DADOS EXPERIMENTAIS PARA FCC. ................................ 130

FIGURA 6.1 – FORÇAS DE PRESSÃO E DE TENSÃO SUPERFICIAL PARA MODELAGEM DA CONDIÇÃO DE

ESTRATIFICAÇÃO. ....................................................................................................................................... 134

FIGURA 6.2 – EXPERIMENTO ELABORADO PARA VERIFICAR O DIÂMETRO EM QUE OCORRE ESTRATIFICAÇÃO DE

ÁGUA E AR (DIÂMETROS EM MILÍMETROS). ................................................................................................. 137

FIGURA 6.3 – PADRÕES DE ESCOAMENTO ANULAR OBTIDOS POR REVELLIN (2005) PARA R134A, D=0,509MM,

G=500KG/M2S, TSAT=30OC. (A) X=40%, (B) X=82%; .................................................................................. 144

FIGURA 6.4 – EVOLUÇÃO DAS ONDULAÇÕES NA SUPERFÍCIE DO FILME LÍQUIDO DURANTE O ESCOAMENTO ANULAR

DO R134A, D=2,32MM, G=50KG/M2S, TSAT=31OC, X=80%. INTERVALO ENTRE IMAGENS: 2MS. ................. 144

FIGURA 6.5 – FRENTE DE ONDA DURANTE A EBULIÇÃO CONVECTIVA DO R134A PARA G=200KG/M2S; Q=15KW/M2,

TSAT=31OC, X=75%. .................................................................................................................................... 144

FIGURA 6.6 – ILUSTRAÇÃO DO MODELO PARA AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ASSIMETRIA DO NÚCLEO DE VAPOR NO

CTC MÉDIO. ............................................................................................................................................... 146

FIGURA 6.7 – ILUSTRAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS ONDULAÇÕES NA INTERFACE EM TORNO DA ESPESSURA MÉDIA, δ .

................................................................................................................................................................... 147

FIGURA 6.8 – COMPARAÇÃO DOS NOVOS MODELOS DE CTC COM DADOS EXPERIMENTAIS. ................................ 152

FIGURA 6.9 – COMPARAÇÃO DE CORRELAÇÕES DA LITERATURA PARA CTC COM DADOS EXPERIMENTAIS. ........ 153

FIGURA 6.10 – MODELO DE PÓS-SECAGEM DA PAREDE, PELA EQUAÇÃO (6-25). ................................................. 153

FIGURA 6.11 – COMPARAÇÃO ENTRE VALORES DE FCC E CORRELAÇÕES ORIGINAIS DA LITERATURA

SELECIONADAS PARA OTIMIZAÇÃO COM O BANCO DE DADOS...................................................................... 156

FIGURA 6.12 – COMPARAÇÃO ENTRE VALORES DE FCC E AS CORRELAÇÕES PROPOSTAS, COM BASE NO BANCO DE

DADOS LEVANTADO. ................................................................................................................................... 156

FIGURA 6.13 – COMPARAÇÕES ENTRE AS CORRELAÇÕES MODIFICADAS E O BANCO DE DADOS EXPERIMENTAL. (A)

MODIFICAÇÃO DE KATTO E OHNO (1984); (B) MODIFICAÇÃO DE ZHANG ET AL. (2006); (C) MODIFICAÇÃO DE

ONG E THOME (2011B)............................................................................................................................... 157

FIGURA 6.14 – COMPARAÇÃO DOS DADOS EXPERIMENTAIS PARA CANAIS NÃO CIRCULARES E CORRELAÇÕES DE

FCC. (A) MODELOS ORIGINAIS; (B) MODELOS REAJUSTADOS. ..................................................................... 159

FIGURA 6.15 – COMPARAÇÃO DOS DADOS EXPERIMENTAIS DE FCC PARA CANAIS NÃO CIRCULARES VERSUS

CORRELAÇÕES MODIFICADAS...................................................................................................................... 160

FIGURA A.0.1 - BANHO TERMOSTÁTICO UTILIZADO PARA CALIBRAR OS CANAIS DE TERMOPARES ...................... 177

xvi

LISTA DE QUADROS

QUADRO 2.1 – MÉTODOS AVALIADOS PARA O CÁLCULO DO FLUXO CRÍTICO DE CALOR. ........................................30

QUADRO 3.1 – DESCRIÇÃO DE ESTUDOS ENVOLVENDO MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

EM MICROCANAIS LEVANTADOS NESTE ESTUDO. ...........................................................................................37

QUADRO 3.2 – BANCO DE DADOS PARA FCC EM MICROCANAIS. ...........................................................................43

QUADRO 4.1 – SENSORES E ATUADORES UTILIZADOS NA BANCADA EXPERIMENTAL. .............................................65

xvii

LISTA DE TABELAS

TABELA 2.1 – VALORES DE COEFICIENTES DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ATRAVÉS DE MECANISMOS DE

CONVECÇÃO. ................................................................................................................................................ 20

TABELA 2.2 – MÉTODOS PARA O CÁLCULO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM EBULIÇÃO

CONVECTIVA................................................................................................................................................. 23

TABELA 3.1 – RESULTADOS DA COMPARAÇÃO ENTRE O BANCO DE DADOS DESCRITO NO QUADRO 3.1 E OS

MÉTODOS PARA PREVISÃO DO CTC............................................................................................................... 39

TABELA 3.2 – COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE PREVISÃO E O BANCO DE DADOS, COM CLASSIFICAÇÃO

SEGUNDO PADRÕES DE ESCOAMENTO UTILIZANDO REVELLIN E THOME (2007A). ......................................... 41

TABELA 3.3 – COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS DE PREVISÃO DE FCC COM OS DADOS EXPERIMENTAIS DESCRITOS NO

QUADRO 3.2................................................................................................................................................. 44

TABELA 4.1 – RELAÇÃO ENTRE AS RESOLUÇÕES VERTICAIS E HORIZONTAIS, EM FUNÇÃO DA FREQUÊNCIA DE

AQUISIÇÃO DA CÂMERA UTILIZADA. ............................................................................................................. 62

TABELA 4.2 – FAIXAS DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS ENSAIADOS COM ESCOAMENTO MONOFÁSICO. ............. 69

TABELA 4.3 – FAIXAS DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS ENSAIADOS COM ESCOAMENTO BIFÁSICO..................... 69

TABELA 4.4 – FAIXAS DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS ENSAIADOS COM ESCOAMENTO MONOFÁSICO. ............. 75

TABELA 4.5 – FAIXAS DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS ENSAIADOS COM ESCOAMENTO BIFÁSICO..................... 76

TABELA 4.6 – INCERTEZA DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS BANCADA EXPERIMENTAL I. .................................. 86

TABELA 4.7– INCERTEZA DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS BANCADA EXPERIMENTAL II................................... 86

TABELA 4.8 – INCERTEZA DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS G, Q, X E H, NA BANCADA I..................................... 86

TABELA 4.9 – INCERTEZA DOS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS G, Q, X E H, NA BANCADA II. .................................. 87

TABELA 5.1 – PROPRIEDADES DOS FLUIDOS R1234ZE, R134A E R245FA A 31OC................................................... 98

TABELA 5.2 – PROPRIEDADES DOS FLUIDOS R134A, R1234ZE(E) E R245FA, A 31OC. ......................................... 111

TABELA 5.3 – RESULTADOS ESTATÍSTICOS DAS COMPARAÇÕES ENTRE OS VALORES FORNECIDOS PELOS MÉTODOS

DE PREVISÃO DO CTC E OS RESULTADOS EXPERIMENTAIS DE TIBIRIÇÁ E RIBATSKI (2010). ....................... 120

TABELA 5.4 – ESTATÍSTICAS DE COMPARAÇÃO DO CTC ENTRE CORRELAÇÕES E DADOS EXPERIMENTAIS PARA

R1234ZE(Y) PARA TUBOS CIRCULARES COM D=1,00MM E D=2,20MM (TIBIRIÇÁ; RIBATSKI; THOME,

2011) .......................................................................................................................................................... 122

TABELA 5.5 – RESULTADOS DAS COMPARAÇÕES PARA FCC ENTRE MÉTODOS DE PREVISÃO E RESULTADOS

EXPERIMENTAIS PARA DI=2,20MM, PARA R134A E R245FA........................................................................ 130

TABELA 5.6 – ESTATÍSTICAS DE COMPARAÇÃO PARA FCC ENTRE CORRELAÇÕES E BANCO DE DADOS DE 1,00MM E

2,20MM PARA R1234ZE(E). ........................................................................................................................ 131

TABELA 6.1 – DIÂMETROS DE TRANSIÇÃO PARA CRITÉRIOS DA LITERATURA E PARA OS NOVOS CRITÉRIOS DE

TRANSIÇÃO, BASEADOS EM ESTRATIFICAÇÃO (DIÂMETROS EM MILÍMETROS).............................................. 136

TABELA 6.2 – PARÂMETROS DE KANDLIKAR (2010) PARA AVALIAR A GRANDEZA DAS FORÇAS EM ESCOAMENTOS

BIFÁSICOS. .................................................................................................................................................. 138

xviii

TABELA 6.3 – DIÂMETROS PARA SIMETRIA DO FILME LÍQUIDO DADO PELA EQUAÇÃO (6-5), COMPARADO COM

DIÂMETRO PARA SIMETRIA DADO PELO MODELO DE HULBURT E NEWELL (2000). ......................................139

TABELA 6.4 – COMPARAÇÃO ENTRE AS CORRELAÇÕES ORIGINAIS, MODIFICADAS, E O NOVO MODELO PARA

ESCOAMENTO ANULAR VERSUS DADOS EXPERIMENTAIS DESTE ESTUDO.......................................................152

TABELA 6.5 – COMPARAÇÃO DO BANCO DE DADOS DE FCC COM OS MÉTODOS DE PREVISÃO ORIGINAIS E SUAS

MODIFICAÇÕES............................................................................................................................................157

TABELA 6.6 – COMPARAÇÃO DO BANCO DE DADOS DE FCC DE TUBOS ACHATADOS, CONTRA AS NOVAS

CORRELAÇÕES E AS CORRELAÇÕES DA LITERATURA. BANCO DE DADOS COM 74 PONTOS EXPERIMENTAIS. 159

TABELA A.0.1 – VALORES INDICADOS PELOS CANAIS DE TEMPERATURA PARA OBTENÇÃO DA PRIMEIRA CURVA DE

CALIBRAÇÃO. ..............................................................................................................................................178

TABELA A.0.2 – VALORES DOS COEFICIENTES DA EQUAÇÃO DE AJUSTE, M E B, PARA CADA CANAL E OS VALORES

FORNECIDOS POR ESSA EQUAÇÃO PARA AS TEMPERATURA TOBJETIVO. ............................................................179

TABELA A.0.3 – ÍNDICE DE PRECISÃO, SI, DE CADA CANAL PARA CADA TOBJETIVO...................................................180

TABELA A.0.4 – ÍNDICE DE PRECISÃO DE CALIBRAÇÃO,SI, GRAUS DE LIBERDADE, DF, ERRO SISTEMÁTICO, B,

PERCENTIL T-STUDENT, T95 E INCERTEZA EXPERIMENTAL DE CADA CANAL, U. ...........................................180

TABELA A.0.5 – VALORES DE CORREÇÃO DOS CANAIS DE TEMPERATURA. ..........................................................181

TABELA B.0.1- RESULTADOS PARA COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR MÉDIO, h , ..............................183

TABELA B.0.2 – RESULTADOS PARA FLUXO CRÍTICO DE CALOR PARA CANAIS CIRCULARES.................................218

xix

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CTC Coeficiente de transferência de calor

CHF Fluxo crítico de calor (Critical heat flux)

DNB Crise da ebulição (Departure from nucleated boiling)

FCC Fluxo crítico de calor

GWP Potencial de aquecimento global (Global warming potential)

LED Diodo emissor de luz (Light emitting diode)

ODP Potencial de destruição de ozônio (Ozone depletion potential).

ONB Início da ebulição (Onset of nucleated boiling)

PI Proporcional integral

xx

LISTA DE SÍMBOLOS

Latim

A área [m2]

Bo número de ebulição [-],lviG

qBo

⋅=

Bond número de Bond [-],( ) ( )

σ

ρρ2

2Dg

Bondvl ⋅⋅−

=

c calor específico [J/kg K]

Co número de confinamento [-], ( )vlh gD

Coρρ

σ

−⋅

⋅⋅=

41

D diâmetro [m]

E potência [W]

Eo número de Eotvos [-], ( )

( ) gDEo

hvl ⋅⋅−

⋅⋅=

2

22

ρρ

σπ

f fator de atrito [-], freqüência [ciclos/s]

F fator de intensificação de efeitos convectivos [-], força [N]

Fr número de Froude, gD

GFr

l

2

2

ρ= [-]

g aceleração da gravidade [m/s2]

G velocidade mássica [kg/m2s]

g aceleração gravitacional [m/s2]

h coeficiente de transferência de calor [W/m2K]

h coeficiente de transferência de calor médio na seção [W/m2K]

H altura (Height) [m]

i entalpia específica [J/kg]

j velocidade superficial [m/s]

k condutividade térmica [W/m K]

L comprimento [m]

m vazão mássica [kg/s]

N número de pontos experimentais [-]

xxi

Nu número de Nusselt [-], D

khNu

⋅=

p pressão [Pa]

Pr número de Prandtl [], k

c p µ⋅=Pr

P potência [W]

q fluxo de calor [W/m2]

r raio [m]

R resistência térmica [K/W], raio do tubo [m]

Ra rugosidade média [µm]

Re número de Reynolds [-], µ

ρ Dv ⋅⋅=Re

S fator de supressão da ebulição nucleada [-]

T tempo [s]

T temperatura [oC]

v velocidade [m/s]

W largura (Width) [m]

We número de Weber [-], l

D

DGWe

ρσ ⋅⋅= 2

x título de vapor

X parâmetro de Martinelli

Xi parâmetro [-]

z posição axial [m]

Grego

θ ângulo de contato [rad], ângulo [rad]

τ tensão de cisalhamento [N/m2]

ε fração de vazio [-]

µ viscosidade dinâmica [Pa.s]

ν volume específico [m3/kg]

σ tensão superficial [N/m]

xxii

∆E diferença de potência [W]

∆p queda de pressão [Pa]

δR erro relativo [-]

∆T diferença de temperatura [oC]

ρ densidade [kg/m3]

δ espessura do filme líquido [m]

ε erro médio absoluto [%], ∑−

=N

N 1 alexperimentvalor

alexperimentvalorprevistovalor1ε

λ fração dos resultados com erro inferior a certa porcentagem [%]

Ψ amplitude da onda [m]

Subscritos

1 comprimento na posição 1 da seção de pré-aquecimento

2 comprimento na posição 2 da seção de testes

aque aquecido

ar ar atmosférico

b bolhas

base base do tubo

calc calculado

crit crítico

e diâmetro externo

elet potência elétrica

eq equivalente

ent entrada

ent,st entrada da seção de testes

exp experimental

g geração interna

grav gravidade

h hidráulico

i interno; diâmetro interno; i-ésimo elemento; inércia

iso isolamento

l líquido

xxiii

lateral posicionado na lateral do tubo

Lv,sai líquido vapor na saída

inter interna

L,ent líquido na entrada

local local

m momento de evaporação, médio

mono monofásico

nb ebulição nucleada (nucleated boiling)

N N vezes

p parede; pressão constante

pa pré-aquecedor

pi parede interna

pool piscina

sai saída

sat saturado

seção seção transversal ao tubo

si superfície interna do tubo

sp monofásico (single phase)

st seção de testes

sub sub-resfriado

sup superaquecido

topo topo do tubo

T total

TS tensão superficial

tp bifásico (two-phase)

v vapor

xxiv

xxv

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 1

1.1. OBJETIVOS........................................................................................................................................ 2

1.2. DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS ............................................................................................................. 3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................... 5

2.1. FUNDAMENTOS DA EBULIÇÃO CONVECTIVA ..................................................................................... 5

2.2. DISTINÇÕES ENTRE MACRO E MICROCANAIS ..................................................................................... 9

2.3. PADRÕES DE ESCOAMENTO............................................................................................................. 12

2.3.1. Métodos para previsão de padrão de escoamento .................................................................... 14

2.4. COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR .................................................................................. 19

2.4.1. Mecanismos de transferência de calor...................................................................................... 21

2.4.2. Correlações e modelos para previsão do coeficiente de transferência de calor ....................... 23

2.5. FLUXO CRÍTICO DE CALOR .............................................................................................................. 27

2.5.1. Mecanismos do fluxo crítico de calor ....................................................................................... 27

2.5.2. Correlações e modelos para previsão do fluxo crítico de calor................................................ 29

2.6. CONCLUSÕES.................................................................................................................................. 32

3. COMPARAÇÃO ENTRE DADOS EXPERIMENTAIS DA LITERATURA E MÉTODOS DE

PREVISÃO PARA MICROCANAIS ................................................................................................................ 35

3.1. TRANSFERÊNCIA DE CALOR ............................................................................................................ 35

3.1.1. Banco de dados ......................................................................................................................... 35

3.1.2. Comparação entre métodos de previsão do CTC com resultados experimentais da literatura . 38

3.2. FLUXO CRÍTICO DE CALOR .............................................................................................................. 42

3.2.1. Banco de dados ......................................................................................................................... 43

3.2.2. Comparação entre métodos de previsão do fcc com resultados experimentais da literatura.... 44

3.3. CONCLUSÕES.................................................................................................................................. 45

4. EQUIPAMENTO E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................... 47

4.1. BANCADA EXPERIMENTAL I (USP-SÃO CARLOS) ........................................................................... 47

4.1.1. Seção de testes .......................................................................................................................... 51

4.1.2. Seção de visualização de escoamento ....................................................................................... 61

4.1.3. Sensores, controladores e sistema de aquisição de dados......................................................... 64

4.1.4. Procedimento experimental....................................................................................................... 67

4.1.5. Condições experimentais ensaiadas.......................................................................................... 68

4.2. BANCADA EXPERIMENTAL II (EPFL- LAUSANNE) .......................................................................... 69

xxvi

4.2.1. Seções de testes .........................................................................................................................72

4.2.2. Sensores, controladores e sistema de aquisição de dados.........................................................74

4.2.3. Condições experimentais ensaiadas ..........................................................................................75

4.3. TRATAMENTO DE DADOS ................................................................................................................77

4.3.1. Parâmetros gerais .....................................................................................................................77

4.3.2. Escoamento monofásico ............................................................................................................84

4.4. INCERTEZAS EXPERIMENTAIS E VALIDAÇÃO DO APARATO EXPERIMENTAL......................................85

4.5. CONCLUSÕES ..................................................................................................................................93

5. RESULTADOS EXPERIMENTAIS....................................................................................................95

5.1. MAPAS DE PADRÃO DE ESCOAMENTO .............................................................................................95

5.1.1. Efeito do diâmetro.....................................................................................................................95

5.1.2. Efeito do fluido..........................................................................................................................96

5.1.3. Efeito da temperatura................................................................................................................98

5.1.4. Avaliação de métodos de previsão ............................................................................................99

5.2. COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ................................................................................104

5.2.1. Coeficiente de transferência de calor ao redor do perímetro do tubo..................................... 104

5.2.2. Efeito de entrada subresfriada e saturada............................................................................... 106

5.2.3. Efeito da bancada experimental .............................................................................................. 107

5.2.4. Efeito do diâmetro................................................................................................................... 108

5.2.5. Efeito da velocidade mássica .................................................................................................. 109

5.2.6. Efeito do fluido........................................................................................................................ 111

5.2.7. Efeito da temperatura.............................................................................................................. 112

5.2.8. Efeito do fluxo de calor ........................................................................................................... 114

5.2.9. Efeito da geometria ................................................................................................................. 117

5.2.10. Avaliação dos métodos de previsão do CTC ........................................................................... 119

5.3. FLUXO CRÍTICO DE CALOR ............................................................................................................123

5.3.1. Efeito do diâmetro................................................................................................................... 123

5.3.2. Efeito do fluido........................................................................................................................ 124

5.3.3. Efeito da temperatura.............................................................................................................. 125

5.3.4. Efeito do sub-resfriamento ...................................................................................................... 126

5.3.5. Efeito da velocidade mássica .................................................................................................. 127

5.3.6. Efeito do comprimento ............................................................................................................ 127

5.3.7. Efeito da geometria ................................................................................................................. 128

5.3.8. Avaliação dos métodos de predição ........................................................................................ 129

5.4. CONCLUSÕES ................................................................................................................................131

6. DESENVOLVIMENTO DE MODELOS.......................................................................................... 133

6.1. TRANSIÇÃO ENTRE MACRO E MICROCANAIS .................................................................................133

6.1.1. Critério de transição devido ao escoamento estratificado ...................................................... 134

xxvii

6.1.2. Critério de transição devido à simetria do filme líquido......................................................... 137

6.2. COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ................................................................................ 139

6.2.1. Novas correlações................................................................................................................... 140

6.2.2. Novo modelo para escoamento anular .................................................................................... 142

6.2.3. Transferência de calor na região de pós-secagem da parede ................................................. 149

6.2.4. Comparações .......................................................................................................................... 150

6.3. FLUXO CRÍTICO DE CALOR ............................................................................................................ 153

6.3.1. Desenvolvimento de correlações para FCC............................................................................ 154

6.3.2. Comparações .......................................................................................................................... 155

6.3.3. Aplicação em tubos não circulares ......................................................................................... 158

7. CONCLUSÕES ................................................................................................................................... 161

7.1. LINHAS DE PESQUISAS A SEREM CONTINUADAS ............................................................................ 163

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................... 167

APÊNDICE A – CALIBRAÇÃO DAS MEDIDAS DE TEMPERATURA .............................................. 177

APÊNDICE B – TABELAS DE RESULTADOS EXPERIMENTAIS...................................................... 183

APÊNDICE C – CRONOGRAMA DOS TRABALHOS REALIZADOS................................................ 221

CURRICULUM VITAE ............................................................................................................................... 223

xxviii

Introdução

1

1. INTRODUÇÃO

Trocadores de calor constituídos de microcanais (denominação aqui adotada

para se referir a canais com diâmetro hidráulico, Dh, inferior a 3mm) possuem van-

tagens explícitas em relação àqueles constituídos de macrocanais (diâmetros hi-

dráulicos superiores a 3mm; KANDLIKAR, 2002). Dentre essas vantagens, a possi-

bilidade de operar em pressões elevadas, devido às características estruturais do

trocador de calor, e o fato de apresentarem uma área de contato por unidade de

volume com o fluido refrigerante superior aos trocadores com tubos de dimensões

convencionais. Destacam-se também por apresentarem, em condições similares,

coeficientes de transferência de calor superiores, permitindo, segundo alguns estu-

dos a remoção de fluxos de calor superiores a 10MW/m2 (KANDLIKAR, 2005). Tais

vantagens permitem trocadores compactos e minimizam tamanho, material utilizado

em sua confecção e inventário de refrigerante no sistema, além de permitirem que

tais trocadores sejam utilizados em condições onde espaço é um fator limitante. A-

tualmente, esses trocadores podem ser encontrados em várias aplicações, incluindo

bombas de calor, sistemas de ar condicionado automotivo, resfriamento de compo-

nentes eletrônicos, resfriadores de sistemas laser de alta potência, células de ener-

gia e microrreatores em processos químicos. Também apresentam potencial para

aplicação em painéis radiadores em veículos espaciais, controle térmico de satéli-

tes, sistemas residenciais de condicionamento de ar e resfriamento de células de

combustível em reatores nucleares. Além dessas, novas aplicações vêm sendo pro-

postas.

Evaporadores (e condensadores) constituídos de microcanais têm sido de-

senvolvidos heuristicamente, sem os benefícios oriundos de métodos de previsão

para a transferência de calor e perda de pressão. É fato que a tecnologia existente

para miniaturização destes trocadores ultrapassou o que pode ser modelado. Ape-

nas recentemente métodos para previsão do Coeficiente de Transferência de Calor

(CTC) foram propostos. Entretanto, grandes discrepâncias são verificadas, tanto

quando se comparam os resultados experimentais obtidos por diferentes laborató-

rios em condições similares, como quando se consideram tais resultados e os méto-

dos de previsão até então propostos. Além disso, apesar de o Fluxo Crítico de Calor

2 Introdução

(FCC) delimitar a faixa operacional na maioria das aplicações envolvendo tais troca-

dores, não se verifica na literatura um método generalizado que possa ser utilizado

na sua previsão de forma confiável.

Também vale ressaltar que certos aspectos têm limitado a disseminação de

evaporadores baseados em microcanais, dentre os quais o rápido crescimento de

bolhas confinadas, segundo alguns autores denominadas “explosivas” (HETSRONI

et al., 2005; CONSOLINI et al., 2007), que favorecem condições de fluxo crítico e

proporcionam escoamentos reversos. Nesse contexto, a presente investigação tem

como um de seus objetivos o desenvolvimento de modelos para a transferência de

calor e para o fluxo crítico, o que se faz necessário para o desenvolvimento, otimiza-

ção e projeto de evaporadores constituídos de microcanais.

Entende-se que o tema abordado nesta tese é de grande interesse para a in-

dústria e a comunidade científica. Assim, na realização desta pesquisa buscou-se o

domínio e o desenvolvimento de tecnologia relacionada a aplicações nas quais a

remoção de grande quantidade de calor é um aspecto limitante à miniaturização.

Esta tecnologia pode, ainda, servir de suporte ao desenvolvimento de outros seto-

res, como as indústrias aeroespacial, nuclear, de células de combustíveis, de laser e

da microeletrônica aplicada aos mais diversos setores.

1.1. OBJETIVOS

O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo geral o estudo da transfe-

rência de calor em processos envolvendo a evaporação no interior de canais com

diâmetro reduzido. Como objetivos específicos apresentam-se: (i) levantar um banco

de dados extenso, que inclua coeficiente de transferência de calor e fluxo crítico ba-

seados em resultados experimentais para a evaporação de refrigerantes halogena-

dos em microcanais circulares e não circulares; (ii) analisar parametricamente os

resultados experimentais, mediante o desenvolvimento de modelos baseados em

padrões de escoamento para estimativa do coeficiente de transferência de calor e

do fluxo crítico; (iii) desenvolver, tendo por base os resultados anteriores, critérios

com suporte fenomenológico para a caracterização da transição entre macro e mi-

crocanais.

Introdução

3

1.2. DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS

A estrutura deste trabalho é composta de: revisão bibliográfica, descrição das

bancadas e dos procedimentos experimentais adotados, apresentação dos resulta-

dos experimentais, desenvolvimento de novos modelos e conclusões.

O capítulo 2 (Revisão bibliográfica) provê uma revisão da literatura sobre os

aspectos fundamentais necessários ao desenvolvimento desta tese. Nele, são apre-

sentados os fundamentos da ebulição convectiva, com a discussão dos principais

mecanismos físicos relacionados. São descritos os critérios apresentados na litera-

tura para a transição entre macro e microcanais e, também, são apresentados os

padrões de escoamento verificados em escoamentos bifásicos e mapas desenvolvi-

dos para suas previsões. O coeficiente de transferência de calor e o fluxo crítico são

definidos e os principais fatores que os afetam são descritos. Uma revisão de corre-

lações e modelos para a previsão desses parâmetros também é apresentada.

O capítulo 3 (Comparação entre dados experimentais da literatura e métodos

de previsão para microcanais) apresenta uma comparação entre modelos para pre-

visão do coeficiente de transferência de calor e fluxo crítico com dados experimen-

tais levantados na literatura. O objetivo principal desse capítulo é identificar a exis-

tência de correlações ou modelos adequados para prever o CTC e o FCC em micro-

canais.

No capítulo 4 (Equipamento e procedimento experimental), são descritas as

bancadas de testes utilizadas neste estudo de investigação da ebulição convectiva

em microcanais e apresentados os detalhes das seções de testes e do sistema de

visualização do escoamento por meio de uma câmera de alta velocidade. O sistema

de aquisição de dados e todos os sensores e atuadores utilizados são detalhados.

As condições experimentais ensaiadas são definidas e o procedimento de redução

de dados explicado. Por último, são descritos os procedimentos utilizados para o

cálculo das incertezas experimentais e apresentados os valores obtidos.

O capítulo 5 (Resultados experimentais) apresenta os resultados experimen-

tais para CTC e FCC levantados. Também são discutidos os padrões de escoamen-

to observados durante a campanha experimental e aspectos relacionados à presen-

ça de instabilidades no escoamento.

4 Introdução

No capítulo 6 (Desenvolvimento de modelos), são apresentados novos crité-

rios para a transição entre macro e microcanal, e descritas as correlações para CTC

e FCC propostas neste estudo. Com o objetivo de analisar os mecanismos físicos

presentes, um novo modelo para cálculo do CTC em escoamento anular também é

proposto.

Por fim, no capítulo 7 (Conclusões), são apresentadas as conclusões obtidas

a partir da ampla revisão bibliográfica realizada e da análise dos resultados experi-

mentais. Também são apresentadas sugestões e recomendações para trabalhos

futuros.

Revisão bibliográfica

5

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo são apresentados os fundamentos da ebulição convectiva e

discutidos os principais mecanismos físicos indicados na literatura para transição

entre macro e microcanais. O capítulo inclui ainda descrições para os padrões de

escoamento observados em canais de reduzidos diâmetros e métodos para sua

previsão. O coeficiente de transferência de calor e o fluxo crítico de calor são defini-

dos e os principais fatores que os afetam durante a ebulição convectiva são identifi-

cados. Descrição das correlações e modelos para previsão do CTC e FCC também

são apresentados.

2.1. FUNDAMENTOS DA EBULIÇÃO CONVECTIVA

Ebulição convectiva é definida como a adição de calor a um escoamento for-

çado de líquido, de tal forma que ocorra geração de vapor (COLLIER;

THOME,1994). Nesse mecanismo, a taxa de transferência de calor é dada pela

combinação de efeitos de convecção forçada (devidos ao fluxo mássico imposto ao

sistema) e de ebulição nucleada (devidos a ocorrência de nucleação de bolhas de

vapor junto a parede). De forma geral, aplicações envolvendo ebulição convectiva se

beneficiam em apresentar coeficientes de transferência de calor superiores aos de

escoamentos monofásicos, porém apresentam uma perda de pressão também su-

perior.

A ebulição convectiva pode ocorrer em condições sub-resfriada e saturada,

dependendo da temperatura do fluido. A primeira é caracterizada por uma tempera-

tura média do fluido, na seção transversal, inferior a temperatura de saturação rela-

tiva à pressão do escoamento, e na segunda o fluido se encontra à temperatura de

saturação. Em ambos os casos, há existência simultânea das fases líquidas e vapor.

A Figura 2.1 apresenta os padrões de escoamento durante a ebulição convectiva

em macrotubos para escoamento na vertical e na horizontal.

6 Revisão bibliográfica

Figura 2.1 – Regimes de transferência de calor durante a ebulição convectiva: (a) escoamento

vertical; (b) escoamento horizontal (COLLIER; THOME, 1999).

Analisando a Figura 2.1a, observa-se inicialmente que o líquido encontra-se

em regime monofásico, transferindo calor por convecção forçada, região A. À medi-

da que calor é transferido para o fluido, bolhas começam a formar com o líquido a-

inda no estado sub-resfriado, região B, denominada de escoamento em bolhas. A

Revisão bibliográfica

7

partir desse ponto, com o incremento do título de vapor de equilíbrio termodinâmico,

este padrão de escoamento passa a ocorrer em condições de fluido saturado. Nas

regiões B e C os mecanismos de transferência de calor predominantes são similares

aos observados em ebulição nucleada em piscina. Kandlikar (2005) sugere que es-

ses mecanismos estão presentes também no regime anular, com formação de mi-

crobolhas no filme líquido junto à parede. Na região D, o crescimento rápido das

bolhas promove o seu coalescimento e a formação de pistões de vapor com diâme-

tro próximo ao do tubo. À medida que os pistões crescem, o mecanismo de transfe-

rência de calor por efeitos convectivos através do filme líquido, torna-se responsável

por parcela significante do calor transferido. Com incrementos adicionais do título de

vapor, o padrão de escoamento anular se estabelece, regiões E e F, e o mecanismo

de transferência de calor por convecção através do filme líquido se torna predomi-

nante. A evaporação de líquido ocorre livremente na interface líquido-vapor até o

ponto onde ocorre a secagem total da superfície interna do tubo, região G. Nesta

região, o coeficiente de transferência de calor decresce drasticamente resultando na

elevação da temperatura da parede em casos de imposição do fluxo de calor. Pe-

quenas gotas de líquido suspensas no vapor, formadas no início da região anular,

são observadas, sendo denominadas na literatura inglesa por entrainment, as quais

eventualmente se depositam na parede do tubo causando seu resfriamento

(BARBOSA et al., 2002). Finalmente, ocorre a evaporação de toda a fase líquida e o

escoamento volta a ser monofásico com a fase vapor.

Uma condição singular onde também ocorre uma drástica redução do coefici-

ente de transferência de calor é a ebulição em filme. Nesta ocorre a formação de um

filme de vapor entre a parede e a fase líquida, causando uma elevação rápida da

temperatura da parede, o que pode levar eventualmente à queima do tubo (bur-

nout). Essa situação pode tanto ocorrer em escoamentos sub-resfriados quanto em

saturados com títulos de vapor reduzidos, sendo chamada de crise de ebulição ou

DNB (Departure from Nucleated Boiling). Este efeito e o de secagem de parede são

os mecanismos que limitam o valor máximo de transferência de calor para um de-

terminado escoamento em um tubo, valor este denominado, no presente texto, de

fluxo crítico de calor (FCC).

Um fator importante em ebulição convectiva é a determinação da região da

superfície aquecida, a partir do qual o processo de nucleação de bolhas tem início.

Para que haja o início da ebulição é necessário que a temperatura da parede exce-

8 Revisão bibliográfica

da a temperatura de saturação do fluido. Na ebulição convectiva sub-resfriada, a

nucleação de bolhas se inicia com a temperatura média do líquido inferior à de satu-

ração. Porém, na ebulição convectiva saturada, a formação de bolhas pode ocorrer

com temperaturas médias do líquido superiores à de saturação. Este ponto onde

ocorre a primeira formação de bolhas é chamado de ONB (Onset of Nucleate Boi-

ling). Em ambos os casos, para ocorrer nucleação de bolhas é necessário que a

temperatura da parede exceda um valor mínimo em relação à temperatura de satu-

ração. Diversos autores propuseram critérios para cálculo da temperatura de ONB

em canais convencionais, entre eles Bergles e Rohsenow (1964), Davis e Anderson

(1966) e Kandlikar et al. (2005). Este último propôs, para o ONB, o critério expresso

na equação (2-1).

llvv

satsatpONBsat

ki

qTTTT

⋅⋅

⋅⋅⋅=−=∆

ρ

σ8,8, (2-1)

onde: Tp é a temperatura na parede; Tsat a temperatura de saturação (em K); q, o

fluxo de calor. Nesta equação, as propriedades do fluido são calculadas para a

pressão local do escoamento. Segundo Kandlikar (2005), esse critério pode ser apli-

cado, de forma geral, tanto em canais convencionais quanto em canais de diâmetro

reduzido. A Figura 2.2 ilustra o superaquecimento da parede necessário para o iní-

cio da ebulição do refrigerante R134a com a variação da temperatura de saturação

e do fluxo de calor.

Figura 2.2 – Superaquecimento da parede necessário para início da ebulição com R134a

(Kandlikar et al., 2005).

Revisão bibliográfica

9

2.2. DISTINÇÕES ENTRE MACRO E MICROCANAIS

Na ebulição convectiva no interior de canais, comportamentos distintos são

verificados para a transferência de calor, perda de pressão e regimes de escoamen-

to entre canais com dimensões convencionais e aqueles de dimensões reduzidas.

Desta forma, nem todos os conceitos desenvolvidos para canais convencionais po-

dem ser estendidos a microcanais. No entanto, apesar de alguns pesquisadores

terem se dedicado ao tema, dimensões e condições experimentais que permitam

caracterizar um critério de transição entre macro e microcanais não foram ainda i-

dentificadas. Dentre os estudos realizados, Mehendal, Jacobi e Shah (2000), base-

ados em tecnologias de fabricação e faixas de diâmetro encontradas em aplicações,

sugeriram a seguinte classificação: microcanais (1 a 100µm); mesocanais (100µm a

1mm), macrocanais (1 a 6mm) e canais convencionais (Dh>6mm). Kandlikar e

Grande (2003), também baseados em faixas de diâmetros característicos de aplica-

ções e dimensões nas quais a distância entre moléculas torna-se relevante, propu-

seram os seguintes critérios: canais convencionais (Dh>3mm); minicanais

(3mm≥Dh>200µm); microcanais (200≥Dh>10µm); canais de transição divididos em

microcanais de transição (10≥Dh>1µm) e nanocanais de transição (1≥Dh>0,1µm); e,

canais moleculares (0,1µm≥Dh). Entretanto, destaca-se o fato de a transição entre

macro e microcanais não poder ser caracterizada por um diâmetro específico ou,

ainda, pela aplicação do evaporador, pois distintos comportamentos para CTC,

FCC, queda de pressão e padrão de escoamento podem ser verificados para um

diâmetro específico quando distintos fluidos são evaporados ou, ainda, quando um

mesmo fluido é evaporado segundo distintas temperaturas de saturação. Além dis-

so, o fluido refrigerante não reconhece, por exemplo, se o evaporador é um compo-

nente de sistema de condicionamento de ar automotivo ou de um sistema frigorífico

de pequena capacidade. Dessa forma, conclui-se que um critério apropriado deve

ser fenomenologicamente embasado.

Kew e Cornwell (1997), baseados em especulações sobre efeitos de confi-

namento de uma bolha no interior de um canal, propuseram critério segundo o qual

conceitos macroscópicos seriam válidos apenas para canais com o número de con-

finamento dado pela equação (2-2), superiores a 0,5. Kew e Cornwell (1997) não

10 Revisão bibliográfica

apresentaram comparações envolvendo o critério proposto e comportamentos tér-

micos e hidrodinâmicos verificados na ebulição convectiva em macro e microcanais.

( )5,0

41>

−⋅

⋅⋅=

vlh gDCo

ρρ

σ (2-2)

Triplet et al. (1999) definiram microcanais como aqueles com diâmetro hidráu-

lico inferior à constante de Laplace, dada pela equação (2-3).

( )vlgL

ρρ

σ

−⋅= (2-3)

Considerando a estabilidade linear do escoamento estratificado, Brauner e

Moalem-Marom (1992) definiram a transição com base no número de Eotvos, Eo.

Segundo eles, em canais de diâmetros reduzidos, ocorre o predomínio de efeitos de

tensão superficial. Este critério é dado pela equação (2-4), e condições onde Eo >1

seriam consideradas escoamentos em microcanais:

( )( )

12

2

2

>⋅⋅−

⋅⋅=

gDEo

hvl ρρ

σπ (2-4)

Ao contrário de um valor fixo sugerido por Kandlikar e Grande (2003) para a

transição entre canais convencionais e minicanais (3mm), esses critérios apresen-

tam valores entre 9mm, para R134a em temperaturas reduzidas, e valores inferiores

a 1mm no caso de temperaturas elevadas. A Figura 2.3 ilustra a variação dos diâ-

metros de transição entre macro e microcanais fornecidos por estes critérios para

R134a e R245fa.

Figura 2.3 – Diâmetros de transição entre macro e microcanais para: (a) R134a; (b) R245fa

Celata (2008) verificou que, em condições de microgravidade, os critérios de

transição mencionados anteriormente, baseados no confinamento de bolha no ca-

Revisão bibliográfica

11

nal, fornecem um diâmetro de transição infinito, ou seja, a ebulição convectiva em

microgravidade seria sempre um fenômeno em micro-escala. Experimentos realiza-

dos por Celata et al. (2007) em microgravidade evidenciaram que o tamanho das

bolhas depende não somente da gravidade, mas também do título de vapor e da

velocidade do fluido e, portanto, esses parâmetros deveriam ser considerados para

a criação de um critério de transição mais abrangente.

Kandlikar (2010) analisou a ordem de grandeza de várias forças associadas

aos escoamentos bifásicos. A Figura 2.4 ilustra uma comparação entre forças de

inércia, tensão superficial, cisalhamento, gravidade e variação da quantidade de

movimento (momento) devido à evaporação na interface para vazão de

200kg/m2s. Esta figura ilustra que com a redução do diâmetro, a força da tensão

superficial se sobrepõe em relação à da gravidade. Também observa-se que em

diâmetros em torno de 3mm há um equilíbrio entre as forças de inércia, tensão su-

perficial e gravidade.

No presente estudo, adotou-se o critério de 3mm para a transição entre ma-

cro e microcanal, em vista da discordância dos vários critérios disponíveis. Esse cri-

tério também tem sido adotado por diversos outros autores (BERTSCH; GROLL;

GARIMELLA, 2009; THOME; DUPONT; JACOBI, 2004; CHENG; RIBATSKI;

THOME, 2007).

Figura 2.4 – Grandeza das forças associadas a escoamentos bifásicos (KANDLIKAR, 2010).

12 Revisão bibliográfica

2.3. PADRÕES DE ESCOAMENTO

Diversas classificações e terminologias têm sido adotadas para caracterizar

padrões de escoamento bifásicos líquido/gás (FELCAR; RIBATSKI; JABARDO,

2007), a ponto de existir na literatura dez ou mais padrões de escoamento. Essa

diversidade de denominações se deve em parte à tentativa de subclassificar os pa-

drões de escoamentos como ocorre para as variações do escoamento anular (anu-

lar liso, anular ondulado, semi-anular). A presença ou não de transferência de calor

(diabático/adiabático), ser o escoamento horizontal, vertical ou inclinado, a intensi-

dade da aceleração gravitacional, ocorrer em macro ou microcanais, são parâmetros

que influenciam o estabelecimento de um determinado padrão. Por exemplo, o pa-

drão de escoamento estratificado não é observado para escoamento vertical e apa-

rentemente também não ocorre em microcanais. A Figura 2.5 ilustra os padrões

frequentemente indicados para escoamentos adiabáticos verticais e horizontais.

Figura 2.5 – Padrões de escoamentos adiabáticos: (a) vertical; (b) horizontal (CHENG;

RIBATSKI; THOME, 2007).

Nota-se que no escoamento horizontal ocorre a estratificação do líquido na

parte inferior do tubo devido a efeitos de empuxo. Para velocidades superficiais do

líquido reduzidas, verifica-se o padrão estratificado em escoamentos horizontais. À

Revisão bibliográfica

13

medida que a velocidade das fases líquidas e gás se elevam, o padrão de escoa-

mento se altera até alcançar o padrão anular. Neste, a passagem da fase gasosa

sobre o filme líquido pode causar o desprendimento de gotas de líquido (entrain-

ment), que passam a escoar junto da fase gasosa. Incrementos adicionais da velo-

cidade da fase vapor tendem a causar incremento do entrainment até que a totali-

dade da fase líquida se torna dispersa na fase gasosa.

Em escoamentos diabáticos, padrões de escoamento similares são encontra-

dos. A diferença é que, com a aplicação de calor, ocorre o incremento da parcela de

vapor da mistura à medida que o fluido evapora ao longo do comprimento do tubo,

enquanto que no escoamento adiabático a relação entre as massas da fase gasosa

e total é aproximadamente constante ao longo do escoamento. Com o decréscimo

do diâmetro do tubo, efeitos de tensão superficial se tornam superiores aos gravita-

cionais (KANDLIKAR, 2010) e a intensidade de estratificação da fase líquida reduzi-

da. Na Figura 2.6 são apresentados os padrões de escoamento para o R134a em

tubo horizontal de 0,5 mm observados por Revellin e Thome (2007a). Pode-se repa-

rar que existe uma tendência da fase vapor se deslocar para a parte superior do tu-

bo. Imagens do escoamento do R134a em um tubo horizontal de 2,1mm, obtido na

bancada experimental desenvolvida para este estudo, são apresentadas na Figura

2.7. Nesta figura, destaca-se a estratificação do escoamento, independentemente

do padrão, com o líquido concentrando-se na parte inferior do tubo. Nessas duas

figuras, com diâmetros típicos de microcanais segundo a classificação adotada nes-

te trabalho (D<3mm), os padrões de escoamento podem ser organizados nos se-

guintes grupos: em bolhas; pistonado; agitante; e, anular. (i) o padrão bolhas foi de-

finido para a situação em que existem somente bolhas no escoamento com diâme-

tros inferiores ao diâmetro do tubo; (ii) o padrão pistonado, quando as bolhas apre-

sentam diâmetros semelhantes aos do tubo; (iii) o padrão agitante, quando existe

uma mistura de pistões e bolhas dispersas e (iv) o padrão anular, quando ocorre um

filme líquido contínuo em contato com a parede junto de um núcleo de vapor contí-

nuo.

14 Revisão bibliográfica

Figura 2.6 – Padrões de escoamento em microcanais horizontais. D=0,5mm, G=500kg/m2s,

Tsat=30oC (REVELLIN; THOME, 2007a): (a) bolhas; (b) bolhas; (c) pistonado; (d) agitante; (e) agi-tante; (f) anular; (g) anular.

Figura 2.7 – Padrões de escoamento em microcanais horizontais. R134a, D=2,1mm

(ARCANJO; TIBIRIÇÁ; RIBATSKI, 2010).

A análise dos padrões de escoamento permite identificar mecanismos físicos

que expliquem os comportamentos de transferência de calor, queda de pressão e o

processo de formação de bolhas. Dessa forma, conseguir prever corretamente o

padrão de escoamento numa determinada situação torna possível a utilização de

mecanismos físicos coerentes para a modelagem do fenômeno de interesse. Essa é

a motivação para o desenvolvimento de métodos para a previsão de padrões de

escoamentos bifásicos.

2.3.1. MÉTODOS PARA PREVISÃO DE PADRÃO DE ESCOAMENTO

Mapas de padrão de escoamento são utilizados desde a década de 1950 pa-

ra aplicações em escoamentos bifásicos. Baker (1954) propôs o primeiro mapa de

escoamento referenciado nas velocidades superficiais das fases, baseado em um

Revisão bibliográfica

15

banco de dados contendo água, óleo e gás. Desde então, vários mapas e métodos

de predição para caracterizar padrões de escoamentos bifásicos foram propostos, a

maioria deles baseados em observações para canais com diâmetros superiores a

10mm (FELCAR; RIBATSKI; JABARDO, 2007). Para caracterizar as transições de

padrões nesses mapas, normalmente são utilizados parâmetros tais como velocida-

des superficiais, velocidade mássica, fração de vazio e título de vapor. Cheng, Ri-

batski e Thome (2007) apresentaram uma ampla revisão sobre padrões de escoa-

mento, contendo aspectos históricos da evolução dos métodos de caracterização

dos padrões de escoamento e também o estado da arte da pesquisa nesse tema.

Taitel e Dukler (1976) foram os pioneiros ao desenvolver um método para

previsão de padrões de escoamento baseado em mecanismos físicos. Nesse méto-

do, todos os parâmetros de interesse são adimensionalizados e comparados com

curvas de transição fenomenologicamente embasadas. A Figura 2.8 apresenta o

mapa obtido a partir desse método, desenvolvido para escoamento horizontal adia-

bático. Uma das características do método é que a transição do escoamento bolhas

ou intermitente para anular ocorre para uma fração de vazio constante igual a 50%.

Tal fato não se verifica para escoamentos diabáticos em microcanais, como ilustra-

do por Revellin e Thome (2007a).

Figura 2.8 – Mapa de escoamento horizontal de Taitel e Dukler (1976). Fr, K X T, parâmetros

adimensionais do modelo.

16 Revisão bibliográfica

Wojtan, Ursenbacher e Thome (2005) desenvolveram um procedimento para

determinação de padrões de escoamento em tubos horizontais convencionais. Nes-

se procedimento, o escoamento é classificado segundo oito padrões distintos, a par-

tir dos quais são modelados os processos de transferência de calor segundo a mor-

fologia do escoamento. O método, cujo mapa de escoamentos resultantes encontra-

se ilustrado na Figura 2.9, baseia-se em resultados experimentais para os fluidos

R22 e R410A levantados em tubos com diâmetros internos entre 8,0mm e

13,84mm. Devido às hipóteses adotadas para a sua elaboração e o banco de dados

restrito a macrotubos, esse mapa não é aconselhado para canais de diâmetros re-

duzidos.

Figura 2.9 – Mapa de escoamentos de Wojtan, Ursenbacher e Thome (2005).

De acordo com Felcar, Ribatski e Jabardo (2007), o efeito de ângulo de con-

tato e diâmetro do tubo são desprezíveis no estabelecimento dos regimes de padrão

de escoamento para tubos da ordem de 10mm. Considerando que em microcanais

o diâmetro do canal é próximo ou inferior ao comprimento de Laplace, o processo

interfacial governado pela instabilidade de Taylor não se aplica a tubos capilares e,

assim, segundo Triplett et al. (1999), os métodos de previsão de padrões de escoa-

mento em macrocanais não se aplicam a microcanais, gerando a necessidade de

desenvolvimento de métodos apropriados para canais de diâmetros reduzidos.

Revisão bibliográfica

17

Revellin e Thome (2007a) propuseram um método para previsões de padrões

em microcanais, baseado em resultados para o escoamento estabelecido numa se-

ção transparente, a jusante da seção aquecida, submetida a um processo de ebuli-

ção convectiva. Eles caracterizaram os seguintes padrões: bolhas, pistonado, anular

e secagem da parede. Apesar das possíveis distinções de mecanismos físicos rela-

cionadas à secagem de parede e ao fluxo crítico de calor, a transição de anular para

secagem de parede foi caracterizada através da correlação desenvolvida por Woj-

tan, Revellin e Thome (2006) para a determinação do fluxo crítico em condições de

escoamento saturado em microcanais. Nessa correlação, coeficientes empíricos

foram ajustados com base em resultados experimentais para escoamentos em tu-

bos com diâmetros de 0,5mm e 0,79mm, utilizando os fluidos refrigerantes R134a e

R245fa. Posteriormente, Ong e Thome (2011a) propuserem um aperfeiçoamento do

mapa de Revellin e Thome (2007a), incluindo dados experimentais para tubos de

1,0 a 3,0mm de diâmetro com fluidos R134a, R236fa e R245fa, o que resultou no

mapa mostrado na Figura 2.10.

Figura 2.10 – Mapa de escoamento de Ong e Thome (2011a).

Felcar, Ribatski e Jabardo (2007) desenvolveram um procedimento para pre-

visão de padrões de escoamento com base no modelo proposto por Taitel e Dukler

(1976) para escoamentos horizontais. Modificações foram introduzidas nas transi-

ções estratificado/anular e intermitente/anular de forma a incorporar efeitos de ten-

18 Revisão bibliográfica

são superficial, ângulo de contato e escoamentos secundários. Resultados experi-

mentais para escoamentos ar-água em microcanais foram utilizados no ajuste de

coeficientes empíricos. A Figura 2.11 ilustra uma comparação entre o método pro-

posto por Felcar, Ribatski e Jabardo (2007) e os resultados para escoamentos ar-

água. Arcanjo, Tibiriçá e Ribatski (2010) compararam seus resultados com este mé-

todo para um tubo de 2,3mm e obtiveram, relativamente aos métodos anteriores,

uma boa concordância para os refrigerantes R134a e R245fa, conforme ilustrado na

Figura 2.12.

Figura 2.11 – Comparação entre o método de Felcar, Ribatski e Jabardo (2007) e dados expe-

rimentais ar-água.

Figura 2.12 – Comparação entre o método de Felcar, Ribatski e Jabardo (2007) e resultados de Arcanjo, Tibiriçá e Ribatski, (2010) para o escoamento diabático com R134a, D=2,32mm.

Revisão bibliográfica

19

Tapia (2011) utilizou o algoritmo k-means para caracterizar os padrões de es-

coamento observados na mesma bancada experimental do presente trabalho. A ca-

racterização dos padrões de escoamento envolveu o tratamento simultâneo de si-

nais provenientes de um par diodo/sensor-laser montados na seção de visualização

transparente onde ocorre escoamento bifásico; um transdutor de pressão piezo-

elétrico de tamanho reduzido com o objetivo de determinar a variação local da pres-

são do escoamento; e de um microtermopar em contato com o fluido refrigerante. A

técnica de tratamento de dados utilizada envolveu a aglomeração progressiva de

dados que apresentem características médias similares através do algoritmo k-

means. Os resultados previstos pelo método objetivo apresentaram concordância

com os dados caracterizados com base em visualizações.

2.4. COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

O coeficiente de transferência de calor é definido pela lei de resfriamento de

Newton como fpi TT

qh

−= e quanto maior o seu valor menor é a resistência térmica

de transferência de calor entre um fluido e uma superfície. A resistência térmica, R,

num processo de convecção é definida conforme a equação (2-5).

AhR

⋅=

1 (2-5)

O desenvolvimento de métodos que permitam o decréscimo da resistência

térmica tem sido um desafio aos engenheiros envolvidos com projetos de trocadores

de calor. A redução da resistência térmica através da elevação do coeficiente de

transferência de calor permite o incremento da eficiência de resfriamento, minimi-

zando a área de troca de calor e possibilitando elevar o grau de compacidade do

trocador. A Tabela 2.1 apresenta o coeficiente de transferência de calor resultante

de vários mecanismos de transferência de calor por convecção. Segundo esta tabe-

la, a transferência de calor por ebulição convectiva é um dos mecanismos que pro-

porciona CTC mais elevados. Valores de h=30kW/m2K podem ser facilmente obti-

dos em canais de diâmetros reduzidos, conforme os resultados de Consolini (2008)

20 Revisão bibliográfica

ilustrados na Figura 2.13, que realizou experimentos para um tubo de 0,5mm de

diâmetro com R134a.

Tabela 2.1 – Valores de coeficientes de transferência de calor através de mecanismos de convecção.

Mecanismo físico h (W/m2K)

Convecção natural

Gases 5 - 25

Líquidos 50 - 1000

Convecção forçada

Gases 25 - 250

Líquidos

Canais convencionais 50 - 104

Microcanais 500 - 5.105

Ebulição nucleada 300 - 5.104

Ebulição convectiva 300 - 106

Condensação 103 - 1,5.105

Figura 2.13 – Resultados de Consolini (2008), para ebulição convectiva em microcanais, com

R134a, D=0,5mm.

Como se pode ver na Tabela 2.1, elevados coeficientes de transferência de

calor são obtidos experimentalmente para a ebulição convectiva no interior de mi-

crocanais. Mas, apesar dessa útil característica, a previsão teórica dos valores de

CTC na ebulição convectiva em microcanais ainda é um grande desafio. Um dos

fatos que explicam essa dificuldade é a existência de elevado número de parâme-

Revisão bibliográfica

21

tros que afetam o CTC. Entre eles, podem-se citar: fluxo de calor, velocidade mássi-

ca, título de vapor, temperatura de saturação, fluido, direção do escoamento (verti-

cal, horizontal, inclinado), diâmetro e formato do canal (circular, quadrado, elíptico),

aceleração gravitacional, instabilidade no escoamento, vibrações na tubulação, ma-

terial e rugosidade interna do canal, caracterização da microestrutura da superfície,

efeitos de ranhuras e estruturas de intensificação, presença de impurezas e, mais

recentemente, a adição de nanopartículas ao escoamento como apresentado em

Cabral e Ribatski (2010).

2.4.1. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Os mecanismos de transferência de calor na ebulição convectiva em micro-

canais estão relacionados ao padrão de escoamentos estabelecido (RIBATSKI;

WOJTAN; THOME, 2006). Para escoamento em bolhas, tanto com líquido sub-

resfriado quanto saturado, mecanismos relacionados à nucleação de bolhas predo-

minam, ocorrendo também transferência de calor por convecção forçada. A ebulição

nucleada tem sido estudada há décadas, e novos mecanismos físicos têm sido iden-

tificados como responsáveis pela elevada taxa de transferência de calor observada,

como em Demiray e Kim (2004), Myers et al. (2005) e Moghaddam e Kiger (2009), o

que, por conseqüência, demonstra a necessidade de mais pesquisa para esse pa-

drão de escoamento em ebulição convectiva.

No escoamento pistonado, Thome, Dupont e Jacobi (2004) consideram que

os mecanismos predominantes são a condução, através do filme líquido presente

entre a parede e o pistão de vapor, e a convecção forçada durante a passagem de

um pistão de líquido. Kandlikar (2010) considera que o efeito de condução no filme

líquido, conforme proposto por Thome, Dupont e Jacobi (2004), representa apenas

20% da transferência de calor total, sendo o restante devido, principalmente, a efei-

tos de condução transiente no líquido superaquecido presente na região frontal ao

pistão de vapor. Schweizer, Freystein e Stephan (2010) realizaram experimentos

com câmera infravermelha sobre um canal retangular de 0,5mm de altura observan-

do a variação total da temperatura da parede do canal durante a passagem de uma

bolha alongada. Eles observaram que fluxos de calor superiores ocorriam à frente

do pistão e não na região posterior, conforme sugerido em Thome, Dupont e Jacobi

(2004). A Figura 2.14 ilustra o campo de temperaturas obtido por Schweizer,

22 Revisão bibliográfica

Freystein e Stephan (2010) e as imagens do escoamento a partir de uma câmera de

alta velocidade obtida concomitantemente as imagens de infravermelho.

Figura 2.14 – Campo de temperatura a partir de imagens em infravermelho e as respectivas

imagens obtidas do escoamento com câmera de alta velocidade.

No escoamento anular, o mecanismo predominante é a condução através do

filme líquido com evaporação na interface (QU e MUDAWAR, 2003). Kandlikar et al.

(2005) observaram a nucleação de microbolhas no filme líquido e, com base nesse

resultado, sugeriram o efeito conjugado de condução e nucleação de bolhas como

responsável pela elevada transferência de calor em microcanais.

No escoamento em névoa, a transferência de calor monofásica através do

mecanismo de convecção forçada do vapor é intensificada pela deposição e conse-

quente evaporação de gotas de líquido na superfície do tubo.

Uma melhor compreensão dos mecanismos de transferência de calor na últi-

ma década tem levado ao desenvolvimento de modelos mecanísticos de previsão

da transferência de calor; além disso, campanhas experimentais amplas têm sido

executadas para gerar correlações para previsão do CTC. Sob esse conceito, uma

abordagem bastante utilizada é a proposição de correlações que ponderem efeitos

de ebulição nucleada e convecção forçada.

Revisão bibliográfica

23

2.4.2. CORRELAÇÕES E MODELOS PARA PREVISÃO DO COEFICIENTE DE TRANS-

FERÊNCIA DE CALOR

Métodos para previsão do coeficiente de transferência de calor durante a ebu-

lição convectiva podem ser classificados em três grupos: modelos fenomenológicos;

métodos semi-empíricos; métodos empíricos. O primeiro grupo baseia-se na mode-

lagem física do fenômeno, considerando as equações de conservação de massa,

quantidade de movimento e energia solucionadas segundo condições de contorno

adequadas. O segundo grupo geralmente usa uma fundamentação teórica embasa-

da em critérios físicos para construção do modelo, ajustando, ao final, coeficientes

com base em um banco de dados experimentais. O terceiro é baseado na observa-

ção experimental de quais parâmetros estão relacionados com o processo em ques-

tão e, a partir daí, uma correlação envolvendo grupos adimensionais é ajustada aos

dados experimentais. A Tabela 2.2 apresenta um resumo de alguns dos métodos

para cálculo do CTC levantados nesta pesquisa bibliográfica.

Tabela 2.2 – Métodos para o cálculo do coeficiente de transferência de calor em ebulição convectiva.

Autor Classifica-

ção Aplicação

Chen (1966) Empírico Ebulição convectiva em macrocanais

Liu e Winterton (1991)

Empírico Ebulição convectiva em macrocanais

Qu e Mudawar (2003) Fenômeno-lógico

Ebulição convectiva em microcanais para es-coamento anular em microcanais

Zhang, Hibiki e Mi-shima (2004)

Empírico Ebulição convectiva em microcanais

Thome, Dupont e Ja-cobi (2004)

Semi-empírico

Ebulição convectiva em microcanais para es-coamento pistonado

Kandlikar e Balasu-bramanian (2004)

Empírico Ebulição convectiva em microcanais

Saitoh, Daiguji e Hira-ra (2007)

Empírico Ebulição convectiva em microcanais e macro-canais com R134a.

Bertsch, Groll e Ga-rimella (2009)

Empírico Ebulição convectiva em microcanais.

Cioncolini e Thome (2011)

Semi-empírico

Ebulição convectiva durante escoamento anu-lar

24 Revisão bibliográfica

Na ebulição convectiva, diferentes mecanismos predominam segundo as

condições de título de vapor, fluxo de calor e níveis de velocidade mássica. Com

títulos de vapor reduzidos, efeitos de nucleação prevalecem, enquanto para títulos

elevados o CTC é controlado por efeitos convectivos. Tais comportamentos são

normalmente considerados no desenvolvimento de métodos de previsão para o

CTC. Para Chen (1966), um dos pioneiros a adotar tal abordagem, o CTC é dado de

acordo com a equação (2-6),

spnbtp hFhSh ⋅+⋅= (2-6)

onde: hnb, é dado pela correlação de ebulição nucleada em piscina, proposta por

Foster e Zuber (1955); hsp é o CTC monofásico, calculado segundo a correlação de

Dittus e Boelter (1930), considerando todo o escoamento como líquido. Nesse mé-

todo, S é um fator de supressão da ebulição nucleada, que leva em conta gradien-

tes próximos à parede devido aos movimentos do fluido, os quais tendem a suprimir

o número de núcleos ativos de bolhas. O fator de intensificação, F, considera o in-

cremento dos efeitos convectivos, relativos ao escoamento monofásico do líquido,

promovido pela aceleração do escoamento relacionado ao processo de evaporação.

Desde sua proposta, diversos autores têm ajustados seus bancos de dados segun-

do correlações do tipo proposto por Chen (1966). Essa abordagem é frequentemen-

te adotada também para a ebulição convectiva em microcanais.

Liu e Winterton (1991) desenvolveram um método para prever o CTC em

ebulição convectiva subresfriada e saturada baseado no método de Chen. Em seu

método, as contribuições da ebulição nucleada e convecção são ponderadas se-

gundo um expoente assintótico igual a 2. O termo convectivo deste método, hsp, foi

calculado através da correlação de Dittus e Boelter (1930) e o de ebulição nucleada,

hnb, através da correlação do Cooper (1984). Eles ajustaram o método utilizando um

banco de dados experimental envolvendo aproximadamente 5000 resultados, nove

fluidos refrigerantes e diâmetros internos de tubos variando de 2,92mm a 32mm.

O método para CTC para microcanais de Kandlikar e Balasubramanian

(2004) é uma versão modificada do método anterior para canais convencionais a-

presentada por Kandlikar (1991). As principais modificações estão relacionadas ao

fato de considerar na nova versão a possibilidade de escoamento laminar e despre-

zar efeitos de estratificação devido à gravidade. Nessa correlação para microcanais,

Revisão bibliográfica

25

os valores das constantes empíricas para o par fluido/material de superfície foram

mantidos similares aos valores propostos anteriormente para canais convencionais.

Zhang, Hibiki e Mishima (2004) modificaram o método de Chen (1966) com o

propósito de desenvolver uma correlação para ebulição convectiva em microcanais.

Na sua abordagem, a correlação de Foster e Zuber (1955) foi mantida para o termo

de ebulição nucleada. Para determinar o fator de intensificação convectivo e o CTC

monofásico, foram considerados regimes de escoamentos das fases líquido e vapor

laminar e turbulenta. Eles comparam esse método com dados experimentais da lite-

ratura para água, R11, R12 e R113, concluindo que seu método prevê adequada-

mente os comportamentos do CTC em microcanais.

Thome, Dupont e Jacobi (2004) desenvolveram um modelo que descreve a

transferência de calor durante a passagem cíclica de bolhas alongadas em microca-

nais, Figura 2.15. Nesse modelo, o coeficiente de transferência de calor médio no

tempo é obtido durante a passagem cíclica de (i) um pistão de líquido, (ii) evapora-

ção do filme líquido entre a parede e o tubo de uma bolha alongada, e (iii) um pistão

de vapor quando presente. O modelo inclui cinco parâmetros experimentais obtidos

por Dupont, Thome e Jacobi (2004) usando um banco de dados obtidos na literatura

abrangendo sete laboratórios independentes com 1591 resultados experimentais.

Uma representação esquemática do modelo é ilustrada na Figura 2.15.

Figura 2.15 – Ilustração esquemática do modelo de 3 zonas, proposto

por Thome, Dupont e Jacobi (2004).

Mediante modificação da correlação de Chen (1966) e com base em dados

para R134a, Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) propuseram uma correlação utilizando

dados experimentais para tubos com diâmetros de 0,51 a 11mm, válida para ebuli-

ção convectiva em macro e microcanais. Nesse método, ênfase foi dada em captu-

rar o efeito do diâmetro do tubo no CTC através do número de Weber. O termo con-

vectivo desse método, hsp, foi calculado através da correlação de Dittus e Boelter

26 Revisão bibliográfica

(1930) e o de ebulição nucleada, hnb, através da correlação do Stephan e Abdelsa-

lam (1980). Coeficientes empíricos foram ajustados com base em banco de dados

experimental levantados por esses autores.

Recentemente, Bertsch, Groll e Garimella (2009) propuseram um método ba-

seado em Chen (1966) utilizando dados experimentais da literatura para diâmetros

hidráulicos variando de 0,16 a 2,92mm, incluindo 3899 dados experimentais e 12

fluidos, obtendo um erro médio de previsão inferior a 30% para este banco de da-

dos.

Qu e Mudawar (2003) propuseram um modelo para transferência de calor

considerando a evaporação progressiva da película líquida durante o padrão anular.

Assumiram que o mecanismo dominante de transferência de calor no escoamento

anular é a condução através do filme líquido, para escoamento termicamente de-

senvolvido. Assim, para determinar o coeficiente de transferência de calor, utilizaram

a equação (2-7),

δ

kh = (2-7)

onde: k é a condutividade térmica da fase líquida e δ é a espessura do filme líquido.

O modelo compõe-se de quatro equações diferenciais envolvendo conservação de

massa, energia e quantidade movimento para as fases vapor e líquida, cuja solução

é necessária para determinar a espessura do filme líquido. Foram incluídos efeitos

relacionados ao desprendimento e à deposição de gotas e desprezados efeitos de

tensão superficial na interface líquido/gás. Vale ressaltar que o fenômeno de depo-

sição de gotas pode explicar comportamento observado em microcanais para títulos

de vapor elevados, que consiste num incremento substancial do coeficiente de

transferência de calor com a elevação do título, após seu drástico decréscimo rela-

cionado a condições de secagem de parede. O modelo teórico de Revellin e Thome

(2007b) foi desenvolvido para cálculo do fluxo crítico de calor em microcanais, as-

sumindo que este ocorra durante o padrão de escoamento anular liso. Esse modelo

teórico resulta num sistema de cinco equações diferencias que permitem determinar

a espessura do filme líquido, as velocidades médias na seção transversal das fases

líquida e gasosa e as quedas de pressão para cada fase. Teoricamente, esse mode-

lo também poderia ser utilizado para estimar o CTC em escoamentos anulares de

forma análoga ao modelo proposto por Qu e Mudawar (2003).

Revisão bibliográfica

27

Cioncolini e Thome (2011) propuseram um método baseado em modelo al-

gébrico de turbulência para escoamento anular onde é possível calcular os perfis de

temperatura e velocidade do filme líquido, além da espessura média do filme líquido,

fração de vazio e coeficiente de transferência de calor. Cioncolini e Thome (2011)

citam que os modelos algébricos são os mais simples entre os modelos de turbulên-

cia até então propostos. Esse modelo não inclui efeitos do fluxo de calor e, segundo

seus autores, apresenta acuracidade próxima das melhores correlações disponíveis.

2.5. FLUXO CRÍTICO DE CALOR

O fluxo crítico de calor (FCC) está geralmente associado com um drástico de-

créscimo do coeficiente de transferência de calor e o aumento da temperatura na

superfície. Quando calor é dissipado em um dispositivo onde o parâmetro imposto é

o fluxo de calor, como microprocessadores e elementos combustíveis em reatores

nucleares, exceder o FCC pode resultar em danos irreversíveis ao sistema térmico.

Dessa forma, o FCC é o máximo valor seguro que o dispositivo pode operar. Devido

a esse motivo, esse tema tem atraído grande atenção do meio acadêmico na área

de transferência de calor e também dos setores industriais envolvidos com dissipa-

ção de fluxos de calor elevados.

Como na previsão do CTC, diversos fatores influenciam o valor do FCC. Den-

tre eles podem-se citar: velocidade mássica, título de entrada, relação comprimento

aquecido/diâmetro do tubo, propriedades dos fluidos, formato do canal, presença de

instabilidades no escoamento, etc.

2.5.1. MECANISMOS DO FLUXO CRÍTICO DE CALOR

Na ebulição em piscina, a condição de FCC é observada quando o forneci-

mento de líquido à superfície é bloqueado pela presença de uma camada de vapor

de tal forma que o calor é transferido da superfície para o líquido por condução e

convecção através da camada de vapor. À medida que o superaquecimento da pa-

rede se eleva, a radiação se torna o principal mecanismo de transferência de calor.

Na ebulição convectiva, os mecanismos relacionados com o surgimento do

FCC são dependentes do estado do fluido operante. Mecanismos distintos são ob-

28 Revisão bibliográfica

servados em condições subresfriadas e saturadas. A condição subresfriada refere-

se quando o FCC de calor ocorre em condições de título de vapor termodinâmico,

na saída da seção de testes, inferiores a zero. Esse cenário é observado para ele-

vadas velocidades mássicas e graus de subresfriamento na entrada da seção de

testes e reduzidas razões entre o comprimento aquecido e o diâmetro do tubo. O

FCC em condições saturadas ocorre quando o título de vapor termodinâmico na sa-

ída da seção de testes é superior a zero. A Figura 2.16 ilustra esses mecanismos.

Para FCCs saturados, pelo menos três mecanismos são encontrados na literatura.

O primeiro é a secagem completa do filme líquido próximo à parede, ocorrendo a

títulos de vapor elevados, conforme ilustrado na Figura 2.16. O segundo mecanis-

mo, descrito por Revellin e Thome (2007b), considera que a presença de ondula-

ções na interface do filme líquido pode levar à secagem prematura da superfície,

devido à reduzida espessura do filme alcançada nos vales das ondulações, confor-

me ilustrado na Figura 2.17. O terceiro mecanismo, similar aos mecanismos de

FCC sub-resfriado, ocorre a títulos de vapor ligeiramente acima de zero.

Figura 2.16 – Mecanismo de FCC em escoamento (a) saturado e (b) sub-resfriado,

segundo Lee e Mudawar (2009).

Figura 2.17 – Secagem de parede com e sem ondas interfaciais (REVELLIN; THOME, 2007b)

Revisão bibliográfica

29

Para FCC sub-resfriado, a formação do escoamento em filme de vapor, ou

crise da ebulição, como visto na Figura 2.16, é o fenômeno relacionado à brusca

redução da transferência de calor. Três mecanismos principais apresentados por

Lee e Mudawar (1988) demonstram como pode ocorrer a formação desse filme de

vapor: camada limite de separação que, devido às forças de aceleração do vapor

surgindo junto à parede, faz com que o líquido seja separado da parede; aglomera-

ção de bolhas de vapor, onde ocorre uma secagem local devido à coalescência de

um número elevado de bolhas junto à superfície; evaporação do filme líquido em

volta de um pistão de vapor, onde ocorre secagem do filme líquido junto à parede,

antes que o próximo pistão de líquido sub-resfriado alcance essa posição. Meca-

nismos similares foram considerados por diversos autores no desenvolvimento de

modelos de FCC (KATTO; OHNO, 1984; CELATA; KATTO; MARIANI, 1999; LEE;

MUDAWAR, 2009).

2.5.2. CORRELAÇÕES E MODELOS PARA PREVISÃO DO FLUXO CRÍTICO DE CALOR

Devido a complexidade de modelar o FCC em ebulição convectiva, os méto-

dos para sua previsão são geralmente baseados em correlações empíricas basea-

das em grupos adimensionais, os quais incluem os principais parâmetros que influ-

enciam o FCC. Devido a diferenças entre os mecanismos, correlações distintas são

ajustadas para FCC sub-resfriado e para o FCC saturado, sendo a maioria delas

desenvolvidas para estudos focados em aplicações nucleares e tendo a água como

fluido refrigerante. Entretanto, esse cenário vem se modificando, principalmente pela

necessidade de se dissipar fluxos de calor elevados em microprocessadores. Dessa

forma, dados experimentais passaram a ser levantados para uma ampla faixa de

fluidos e diâmetros reduzidos. No Quadro 2.1 listam-se métodos de previsão de

FCC da literatura, que apresentaram melhores previsões, segundo a presente pes-

quisa, em aplicações envolvendo microcanais.

Uma correlação generalizada para FCC em ebulição convectiva em tubos ver-

ticais uniformemente aquecidos, baseada em números adimensionais, foi proposta

por Katto e Ohno (1984). Trata-se de uma correlação amplamente utilizada e ajus-

tada a partir de um extenso banco de dados levantados em uma série de estudos

realizados pelo primeiro autor.

30 Revisão bibliográfica

Em 1987, Shah propôs uma nova versão de sua correlação para a previsão

do FCC para escoamentos verticais em tubos aquecidos uniformemente abrangen-

do condições saturadas e subresfriadas. Essa correlação é baseada em dados de

62 fontes independentes, incluindo 23 fluidos (água, refrigerantes, líquidos criogêni-

cos, metais líquidos), diâmetros de 0,315 até 37,5mm, comprimentos de 1,3 até 940

vezes o diâmetro, pressões reduzidas de 0,0014 até 0,96, títulos de vapor de entra-

da entre -4 e 0,85. Erros médios absolutos de 16% foram obtidos por Shah (1987),

quando comparando sua correlação à totalidade de seus dados experimentais, en-

quanto a correlação de Katto e Ohno (1984), segundo Shah (1987), apresentou

22,3%.

Quadro 2.1 – Métodos avaliados para o cálculo do fluxo crítico de calor.

Autor Aplicação

Katto e Ohno (1984) FCC sub-resfriado em macrocanais escoamento vertical

Shah (1987) FCC sub-resfriado e saturado em macrocanais escoamento vertical

Bowers e Mudawar (1994) FCC sub-resfriado em multi-microcanais

Hall e Mudawar (2000) FCC sub-resfriado macro e microcanais

Qu e Mudawar (2004) FCC sub-resfriado em macrocanais escoamento vertical

Wojtan, Revellin e Thome (2006)

FCC saturado em microcanais

Zhang et al. (2006) FCC saturado microcanais

Sarma et al. (2006) FCC sub-resfriado e saturado em macro e microcanais

Revellin e Thome (2007b) FCC saturado em microcanais

Ong e Thome (2011b) FCC saturado em microcanais

Hall e Mudawar (2000), tendo por base 5544 pontos experimentais para es-

coamentos com água, desenvolveram um método para prever FCC em condições

subresfriadas. Zhang et al. (2006) comparam um banco de dados obtido da literatu-

ra para condições saturadas e subresfriadas de FCC e métodos para sua previsão;

o banco de dados continha resultados apenas para água e cobria diâmetros hidráu-

licos de 0,33mm a 6,22mm, e concluíram que os métodos de Hall e Mudawar (2000)

e Shah (1987), ambos baseados em dados para macro e microcanais, previram ra-

zoavelmente o FCC em condições subresfriada e saturada, respectivamente. É im-

Revisão bibliográfica

31

portante destacar que o banco de dados utilizado por Zhang et al. (2006) continha a

maioria dos dados experimentais utilizados por Hall e Mudawar (2000).

Bowers e Mudawar (1994) desenvolveram uma correlação para FCC baseado

em dados de escoamento saturado de R113 para dois distintos dissipadores de ca-

lor com canais circulares de 2,54mm e 0,510mm. Posteriormente, Qu e Mudawar

(2004) desenvolveram uma correlação baseada em Katto e Ohno (1984), conside-

rando apenas resultados experimentais para diâmetros inferiores a 1,0mm. Ele utili-

zaram dados próprios para a água, levantados em dissipadores de calor compostos

de multi-microcanais, e também para o R-113, levantados em estudo prévio de Bo-

wers e Mudawar (1994).

Wojtan, Revellin e Thome (2006), com base em dados próprios para R134a e

R245fa em microcanais com diâmetro de 0,5 e 0,8mm, ajustaram a correlação de

Katto e Ohno (1984) e propuseram uma nova correlação para FCC em condições

saturadas. Conseguiram prever seu banco de dados com erro médio absoluto de

7,6% utilizando essa nova correlação.

Zhang et al. (2006) propuseram uma correlação baseada em parâmetros a-

dimensionais, utilizando uma rede neural artificial para identificar os parâmetros a-

dimensionais predominantes em FFC saturado. Utilizaram banco de dados com

mais de 2000 pontos experimentais para água e diâmetros variando entre 0,33 a

6,22mm. Essa correlação previu o banco de dados com erro de 16,8% e é reco-

mendada por seus autores para aplicações com tubos de reduzido diâmetro.

Sarma et al. (2006), utilizando-se de dados para água levantados na literatu-

ra, propuseram duas correlações distintas para FCC saturado e sub-resfriado, co-

brindo diâmetros de macro e microcanais. Os autores concluíram que as correla-

ções válidas para microcanais também são válidas para canais convencionais até

37,5mm.

Posteriormente, Revellin e Thome (2007b) desenvolveram um modelo teórico

para a previsão do FCC saturado, em condições estáveis e aquecimento uniforme

em microcanais circulares. O método baseia-se no mecanismo de secagem local do

filme líquido durante escoamento anular ondulado, conforme ilustrado na Figura

2.17, quando a espessura do filme líquido no vale das ondas interfaciais alcançam

um valor limite de secagem. O modelo é baseado nas equações de conservação de

massa, momento, energia, na equação de Laplace-Young e numa expressão semi-

32 Revisão bibliográfica

empírica para a altura das ondas da interface líquido-vapor. A validação do modelo

foi realizada comparando a solução numérica do sistema não linear de cinco equa-

ções diferenciais, com um banco de dados experimental incluindo três diferentes

refrigerantes (R134a, R245fa, e R113) de dois laboratórios independentes. Revellin

e Thome (2007b) também concluíram que poderiam prever FCC saturado para ca-

nais retangulares usando a largura do canal como a dimensão característica em seu

modelo unidimensional. Comparando resultados de FCC para R236fa em multi-

microcanais contra métodos para previsão do FCC da literatura, Agostini et al.

(2007) consideraram o método de previsão de Wojtan, Revellin e Thome (2006) co-

mo o melhor, seguido do modelo de Revellin e Thome (2007b), com uma diferença

marginal entre os resultados alcançados por eles. Ong e Thome (2011b) modifica-

ram a correlação de Wojtan, Revellin e Thome (2006), utilizando novos dados para

tubos de 1,0, 2,2 e 3,0mm e adicionaram o número de confinamento, Co, com o in-

tuito de capturar efeitos de transição entre micro e macrocanais, tal como a simetria

do filme líquido no escoamento anular que ocorre em escoamentos em microcanais.

2.6. CONCLUSÕES

• Foram identificados na literatura critérios que permitem o cálculo do diâmetro de

tubo a partir do qual mecanismos físicos associados a ebulição convectiva em

microcanais começam a diferir dos mecanismos encontramos em escoamentos

em macrocanais horizontais. À medida que se reduz o diâmetro do canal, os efei-

tos gravitacionais têm sua preponderância reduzida em relação aos efeitos de

tensão superficial. Entretanto, tal transição não é caracterizada apenas através do

confinamento de uma bolha em um tubo, assumindo-se que condições de ebuli-

ção em piscina, efeitos inerciais e de molhabilidade também devem ser conside-

rados. Na literatura, geralmente adota-se o diâmetro de 3mm como critério de

transição entre macro e microcanal, critério este relacionado principalmente a

questões de aplicação.

• Métodos de previsão de padrões de escoamento para ebulição convectiva em

microcanais disponíveis na literatura, geralmente foram desenvolvidos de forma

semi-empírica com ajuste de coeficientes através de banco de dados experimen-

Revisão bibliográfica

33

tais restritos, refletindo, dessa forma, as características dos resultados utilizados

em sua formulação.

• Verifica-se um número crescente de métodos para previsão do coeficiente de

transferência de calor em ebulição convectiva em microcanais. Correlações empí-

ricas, semi-empíricas e modelos fenomenológicos têm sido apresentados. Mode-

los apropriados para cada padrão de escoamento têm sido propostos, entretanto

tais métodos falham ao tentar prever resultados distintos daqueles presentes no

banco de dados utilizado em seu desenvolvimento.

• Grandes avanços tem ocorrido na identificação dos mecanismos relacionados ao

fluxo crítico de calor em microcanais. Mecanismos distintos foram identificados

em condições saturadas e subresfriadas e, atualmente, correlações semi-

empíricas têm sido desenvolvidas com a intenção de capturar seus efeitos.

34 Revisão bibliográfica

Comparação entre dados experimentais da literatura

35

3. COMPARAÇÃO ENTRE DADOS EXPERIMENTAIS DA LITERATURA E

MÉTODOS DE PREVISÃO PARA MICROCANAIS

Este capítulo trata da avaliação dos métodos para previsão do CTC e do FCC

por meio de comparações com resultados experimentais levantados na literatura. O

objetivo principal do capítulo é identificar métodos de previsão do CTC e do FCC

que possam ser indicados como ferramentas de projetos para trocadores de calor,

tendo como base a ebulição convectiva em microcanais.

3.1. TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Um extenso levantamento de dados experimentais na literatura foi realizado

envolvendo resultados para o CTC durante a ebulição convectiva em microcanais.

Essa base de dados contém mais de 2500 resultados experimentais e inclui 15 flui-

dos, velocidades mássicas de 50 a 1600 kg/m2s e CTC de até 40 kW/m2K. Os da-

dos foram analisados segundo as características geométricas das seções de testes,

intervalos de velocidade mássica e fluxo de calor. Esses resultados foram segrega-

dos segundo os padrões de escoamento bolhas, bolhas alongadas (pistonado), anu-

lar e em névoa, utilizando mapas de escoamento para microcanais. Assim, modelos

de previsão do coeficiente de troca de calor específicos para cada padrão foram a-

valiados através de comparações com os resultados experimentais. Também foram

analisadas correlações específicas para microcanais, que não consideram padrões

de escoamento.

3.1.1. BANCO DE DADOS

O Quadro 3.1 apresenta uma descrição sucinta do banco de dados obtidos

na literatura a partir de tabelas e gráficos. Foram levantados resultados para a ebuli-

ção convectiva saturada de quinze fluidos refrigerantes, diâmetros hidráulicos vari-

ando de 0,4 a 3,6mm, geometrias de seção circular e retangular, comprimento da

seção de testes variando de 75 a 3000mm, velocidades mássicas de 50 a

36 Comparação entre dados experimentais da literatura

1635kg/m2s, fluxos de calor de 3 a 201kW/m2 e títulos de vapor de até 98% para

escoamentos verticais e horizontais.

Embora a rugosidade superficial seja um fator relevante na determinação do

coeficiente de transferência de calor para a ebulição convectiva em microcanais (QI

et al., 2007), conforme ilustrado no Quadro 3.1, apenas um reduzido número de

trabalhos forneceu tal característica.

Por meio de análise detalhada dos dados levantados na literatura, buscou-se

identificar tendências similares obtidas por autores distintos para o coeficiente de

transferência de calor com a variação dos parâmetros experimentais. Geralmente o

coeficiente de transferência de calor eleva-se com o fluxo de calor, excetuando-se

condições de títulos elevados em que efeitos de secagem de parede predominam.

Resultados conflitantes foram observados em relação aos efeitos da velocidade

mássica. Incrementos do CTC com a velocidade mássica foram indicados nas refe-

rências (PAMITRAN; CHOI, 2003; OWHAIB; PALM, 2003). Tran, Wambsganss e

France (1996) e Qi et al. (2007) observaram redução do CTC com o incremento da

velocidade mássica. No caso do diâmetro hidráulico, tanto a elevação como a redu-

ção do CTC, através do seu incremento, foram indicadas (QI et al., 2007). Coeficien-

tes de transferência de calor superiores parecem ocorrer para títulos de vapor inferi-

ores a 0,4.

Diferenças significantes foram observadas entre os resultados de Owhaib e

Palm (2003) e Agostini e Bontemps (2005), levantados para condições experimen-

tais próximas, com Agostini e Bontemps (2005) obtendo um CTC 100% superior ao

de Owhaib e Palm (2003). O fato de Agostini e Bontemps (2005) terem utilizado mi-

crocanais com seção retangular e Owhaib e Palm (2003) circulares pode justificar

parcialmente tal diferença. As arestas da seção retangular tendem a favorecer o

surgimento de cavidades ativas e de regiões de filme de espessura inferior entre

arestas, com ambos os efeitos elevando o valor do CTC. Fatores como instabilida-

des nos escoamento (KAKAC; BON, 2008; RIBATSKI; WOJTAN; THOME, 2006)

podem também estar relacionados às divergências de tendências de resultados en-

tre os autores, assim como erros experimentais e de regressão de dados, conforme

indicado em Ribatski et al. (2007).

Comparação entre dados experimentais da literatura

37

Quadro 3.1 – Descrição de estudos envolvendo medição do coeficiente de transferência de calor em microcanais levantados neste estudo.

Autor Fluido G (kg.m-2s-1) Dh.L-1 (mm)/

no. de canais Tsat (

oC) q (kW.m-2) x (%) h (W.m-2K-1) Ra (µm)

Direção Material seção

Geometria da seção

Método de aquecimento

Wambsganss et al. (1993)

R113 50 – 300 2,9/ 368/1 53 - 60 8,8 - 90,75 1,0-88,0 1100-6300 - Horizontal Aço inoxidável

Circular a Própria seção de teste

Tran, Wambsganss e France (1996)

R12 63 -300 2,4;2,5/ 900/1 34 7,5 - 59,4 19,0-76,0 2100-10400/ 6,0-18,0

- Horizontal Latão Circular a Própria seção de teste

Yan e Lin (1998) R134a 50 - 100 -200 2/100/28 5 - 15 -31 5 - 15 - 20 8,0-89,0/ 3 1200-6300/ 6

- Horizontal - Circular a Própria seção de teste

Bao, Fletcher e Haynes (2000)

R123 R11

167 – 452 167 - 550

2/270/1 67 - 81 57 -76

39-125 52 – 125

1,0-68,0 0,7-84,0

4800-14100/ 6300-13100

- Horizontal Cobre Circular b Resistência externa

Lin, Kew e Cornwell (2001)

R141b 510 1,1/ 380/1 47,5 18-72 0,7-88 1400-5900 - Vertical - Circular a Própria seção de teste

Agostini e Bontemps (2005)

R134a 83;467 0,8; 2/ 690;695/11;18

9,3 4,4 - 14,6 0,4-86,0 1000-10800/ 3,0-7,5

<1 Vertical Alumínio Retangular a Própria seção de teste

Pamitran e Choi (2003) R410A R407C

300 -600 1,5; 3/ 1500-3000/1

10 10 5; 15

1,0-87 2,0-87/ 1,5-

10

340-6500 600-6300/ 2,5-

10,0

- Horizontal Aço inoxidável

Circular a Própria seção de teste

Owhaib e Palm (2003) R134a 100-500 0,8-1,2-1,7/ 310/1 24 10 a 30 0,5-63 1750-9500/ 17 - Vertical Aço inoxidável

Circular a Própria seção de teste

Yang e Fujita (2004) R113 100; 200 0,4;1,9;3,6/ 100/1 52 20-90 0,8-89,0 189-10000 - Horizontal Cobre Retangular b Resistência elétrica

Kim, Sim e Min (2004) R22 200-600 1,4/ 455/7 5;15 5;10;15 20,0-84,0 2700-7400 - Horizontal Alumínio Retangular Água aquecida

Bang e Choo (2004) R22 600 1,7/ 305/1 9,5 5,0 - 30 10,0-81,0 1000-4700 - Horizontal Alumínio, cobre, latão

Circular b Resistência elétrica

Yun et al. (2004) R410A 200 -400 1,4/7 5; 10 10; 15; 20 0,5-86/ 4

8700-19800/ 9,5 - Horizontal - Retangular a Própria seção de teste

Sobierska et al. (2006) Água 81 - 693 1,2/300/1 91 20-101 0,1-44,0 6000-16900 <1 Vertical Cobre Retangular a Própria seção de teste

Diaz e Schmidt (2007) Etanol 100 - 500 0,59/200/1 76 11 -188 0,04-63,0 4900-20800/ 15 - Vertical Níquel Retangular a Própria seção de teste

Qi et al. (2007) N2 460-1685 0,5;1,0;1,9/ 250/1

-177 - -190

81 - 135 1,0-79,0/ 3,2

2400-40000/ 8,5 0,6; 2,3 Vertical Aço inoxidável

Circular b Resistência elétrica

Consolini (2008) R134a R236fa R245fa

309-1435 386-957 305-812

0,5; 0,8/ 75/1

30 30 31

12 – 201 44-109 3 -113

0,2-68,0/ 5,0-25,0

1600-35500 400-14500

750-10300/ 3,5-27,0

2,4;1,8 Horizontal Aço inoxidável

Circular a Própria seção de teste

Ong (2010) R134a R236fa R245fa

199-1608 1,03;2,20,3,04 25 31 35

10-220 0-90 1000-25000 0,595; 0,827; 0,796

Horizontal Aço inoxidável

Circular a Própria seção de teste

a A própria seção de testes é utilizada como resistência elétrica para gerar o aquecimento através de efeito Joule.

b Uma resistência elétrica externa a seção de testes gera o aquecimento.

Comparação entre dados experimentais da literatura

38

3.1.2. COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE PREVISÃO DO CTC COM RESULTADOS

EXPERIMENTAIS DA LITERATURA

A Tabela 3.1 apresenta os resultados da comparação dos resultados experi-

mentais com os valores estimados por meio dos métodos de previsão. O erro médio,

ε, e a fração de dados previstos com erro inferior a 30%, λ, dos valores experimen-

tais foram adotados como parâmetros estatísticos na avaliação dos métodos. Os

resultados apresentados nesta tabela envolvem comparações realizadas individual-

mente para cada estudo experimental e também para a totalidade dos dados levan-

tados. Todos os resultados do banco de dados foram avaliados com as correlações

empíricas e semi-empíricas. Os modelos teóricos de Revellin e Thome (2007b) e Qu

e Mudawar (2003) foram avaliados para uma base de dados restrita após a segre-

gação dos dados segundo padrões de escoamento.

Numa análise da Tabela 3.1, verifica-se que nenhum dos métodos avaliados

proporciona estimativas razoáveis para o CTC durante a ebulição convectiva no inte-

rior de microcanais. Previsões próximas aos resultados experimentais são observa-

das quando se compara o método ao banco de dados utilizado no ajuste de seus

coeficientes empíricos, como no modelo de Thome, Dupont e Jacobi (2004) para os

dados de Wambsganss et al. (1993), Tran, Wambsganss e France (1996) e Lin,

Kew e Cornwell (2001).

A correlação de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) desenvolvida com base em

experimentos próprios e de outros autores para o R134a, apresentou resultados re-

lativamente razoáveis (ε= 68,1%, λ=43,5%) para a totalidade do banco de dados.

Entretanto, desvios inferiores são observados quando comparada a resultados en-

volvendo apenas o R134a (OWHAIB; PALM, 2003; YAN; LIN, 1998; AGOSTINI;

BONTEMPS, 2005; CONSOLINI, 2008), conforme ilustrado na Figura 3.1.

A correlação de Liu e Winterton (1991), desenvolvida para ebulição convecti-

va em macrocanais, não proporcionou previsões satisfatórias. Isso permite especu-

lar que os mecanismos físicos relevantes em microcanais não são predominantes

em macrocanais.

Comparação entre dados experimentais da literatura

39

Tabela 3.1 – Resultados da comparação entre o banco de dados descrito no Quadro 3.1 e os métodos para previsão do CTC.

Correlações Autor No de

dados Zhang et

al. (2004)

Thome, Dupont e Jacobi (2004)

Kandlikar e Balasubma-ranian (2004)

Liu e Winterton (1991)

Qi et al. (2007)

Saitoh, Daiguji e Hihara (2007)

Wambsganss et al. (1993) 150 ε 27,5 15,7 49,4 39,3 1539,6 26,8

λ 65,3 89,3 11,3 38,0 17,3 68,0

Tran, Wambsganss e France (1996)

87 ε 14,3 10,5 68,4 24,9 317,7 11,0

λ 86,2 100,0 0,0 64,4 4,6 98,9

Yan e Lin (1998) 119 ε 22,3 40,7 59,8 31,8 396,5 29,1

λ 84,9 52,1 3,4 51,3 0,8 65,5

Bao, Fletcher e Haynes (2000)

101 ε 21,8 11,6 41,7 37,8 190,0 15,8

λ 73,3 96,0 21,8 53,5 20,8 93,1

Lin, Kew e Cornwell (2001) 90 ε 136,8 29,7 22,9 309,2 437,6 114,6

λ 2,2 68,9 72,2 0,0 0,0 1,1

Agostini e Bontemps (2005).

196 ε 51,6 48,9 66,8 55,0 184,4 56,1

λ 25,5 25,0 10,2 34,7 13,3 24,0

Pamitran e Choi (2003) 164 ε 115,1 109,9 69,8 98,2 1159,1 76,7

λ 17,7 18,3 39,6 30,5 0,0 45,1

Owhaib e Palm (2003) 109 ε 22,8 57,0 45,6 67,3 258,7 20,2

λ 73,4 34,9 29,4 31,2 13,8 75,2

Yang e Fujita (2004) 477 ε 61,0 46,5 71,7 43,1 885,4 80,9

λ 44,0 42,6 14,5 61,2 13,8 36,7

Kim, Sim e Min (2004) 41 ε 36,7 28,7 26,3 44,1 474,6 20,5

λ 48,8 56,1 70,7 41,5 0,0 78,0

Bang e Choo (2004) 110 ε 273,1 114,1 209,1 260,0 1995,3 207,4

λ 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Yun et al. (2004) 156 ε 47,8 40,3 69,4 43,5 64,0 57,8

λ 12,2 26,9 0,0 23,1 34,6 0,6

Sobierska et al. (2006) 138 ε 74,3 178,0 83,9 159,8 44,4 49,6

λ 34,1 0,0 29,0 14,5 5,1 36,2

Diaz e Schmidt (2007) 379 ε 31,5 144,0 220,1 274,2 397,9 80,0

λ 50,7 14,8 0,8 8,2 2,1 27,2

Qi et al. (2007) 183 ε 111,5 52,0 140,7 1723,9 118,7 85,6

λ 26,8 21,9 20,2 0,0 39,3 43,2

Consolini (2008) * 154 ε 32,6 30,3 37,1 342,9 43,9 23,8

λ 40,3 57,8 48,1 0,0 44,2 72,7

Total 2654 ε 68,8 72,1 94,8 272,9 530,5 68,1

λ 43,2 39,0 18,1 27,6 15,1 43,5

*Somente dados com R134a

Comparação entre dados experimentais da literatura

40

Figura 3.1 – Comparação da correlação de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) com o

banco de dados experimentais levantados para este estudo.

O mapa de escoamento para microcanais de Revellin e Thome (2007a) foi

utilizado para classificar o padrão de escoamento do banco de dados apresentado

no Quadro 3.1. A Tabela 3.2 apresenta os resultados das comparações das corre-

lações empíricas e semi-empíricas com os dados segregados segundo o padrão de

escoamento.

No padrão bolhas, esperava-se que a correlação de Cooper (1984) apresen-

tasse melhores resultados, pois o efeito de ebulição nucleada é considerado por

diversos autores (QI et al., 2007; DIAZ; SCHMIDT, 2007) como o principal meca-

nismo de transferência de calor para este padrão.

O modelo semi-empírico de Thome, Dupont e Jacobi (2004), desenvolvido

para escoamentos em bolhas alongadas, não previu razoavelmente resultados para

esse padrão de escoamento. Uma explicação para tal resultado pode estar relacio-

nada ao fato da utilização, por estes autores, de um banco de dados com maior a-

brangência que o utilizado por Thome, Dupont e Jacobi (2004) e, dessa forma, os

coeficientes empíricos por eles propostos em seu modelo não se adéquam aos re-

sultados da literatura levantados no presente estudo.

Resultados estimados a partir do modelo teórico para escoamento anular de

Revellin e Thome (2007b) encontram-se ilustrados na Figura 3.2. Nesta, eles são

Comparação entre dados experimentais da literatura

41

comparados aos resultados experimentais de Consolini (2008). Para essa compara-

ção, o CTC foi dado pela razão entre kl e δ, onde a espessura do filme foi calculada

a partir do modelo de Revellin e Thome (2007b). Nessa figura, nota-se que os resul-

tados fornecidos pelo modelo são de uma ordem de grandeza inferiores aos expe-

rimentais. O modelo teórico para regime anular de Qu e Mudawar (2003) também

apresentou erros elevados para os dados classificados como regime anular.

Tabela 3.2 – Comparação entre os métodos de previsão e o banco de dados, com classificação

segundo padrões de escoamento utilizando Revellin e Thome (2007a).

Correlação

Padrão/ No pontos Cooper

(1984)

Dittus e Boelter (1930)

Gnielinski (1976)

Zhang, Hibiki e

Mishima e (2004)

Thome, Dupont e

Jacobi (2004)

Kandlikar e Balasub-maranian

(2004)

Liu e Winterton

(1991)

Qi et al. (2007)

Saitoh, Daiguji e Hihara (2007)

Bolhas/ ε 42,4 - - 41,5 122,3 535,0 205,3 748,6 38,2

231 λ 40,3 - - 38,1 31,6 28,6 18,2 10,4 48,5

Pistonado/ ε 43,4 - - 51,2 76,1 349,4 133,2 554,2 46,5

1331 λ 41,3 - - 45,1 37,0 16,6 31,6 10,2 42,7

Anular/ ε - - - 74,2 61,5 5010,4 341,3 427,3 81,0

1041 λ - - - 42,5 43,3 19,1 28,7 22,9 43,3

Névoa/ ε - 71,1 73,5 - - - - - -

204 λ - 9,8 7,8 - - - - - -

Figura 3.2 – Comparação entre o modelo de Revellin e Thome (2007b) para escoamento anular e

os dados de Consollini (2008). (R134a, D= 0,5mm; q=108kW/m2; G=1435kg/m2s; L=75mm). Padrão de escoamento determinado segundo Revellin e Thome (2007a).

Comparação entre dados experimentais da literatura

42

Para o escoamento em névoa, devido à inexistência de um modelo específico

para esse padrão em microcanais, adotou-se para comparação o modelo para cál-

culo do CTC dado segundo os métodos de Gnielinski (1976) e Dittus e Boelter

(1930), com as propriedades de transporte calculadas segundo o modelo homogê-

neo. Entretanto tal procedimento não forneceu previsões próximas aos resultados

experimentais conforme apresentado na Tabela 3.2. Observando-se detalhadamen-

te os resultados, em termos de comportamento do CTC, percebeu-se que parcela

significativa dos dados classificados segundo Revellin e Thome (2007a), como pós-

secagem de parede, apresentam comportamento típico de transição entre anular e

névoa, isto é, o coeficiente de transferência de calor decresce progressivamente

com a elevação do título de vapor, até que ocorra a completa secagem da parede.

Resultados experimentais com títulos de vapor próximos a 1, e classificados como

névoa pelo mapa de Revellin e Thome (2007a), foram previstos razoavelmente pelo

modelo homogêneo através das correlações de Gnielinski (1976) e Dittus e Boelter

(1930). Outro fator não considerado nesta análise, e que pode influenciar considera-

velmente o valor do CTC no regime em névoa, é a deposição na superfície aquecida

de gotas de líquido suspensas no vapor. Cheng et al. (2008) indicaram a elevação

do CTC com o título de vapor, para valores elevados de título de vapor, comporta-

mento segundo eles relacionado a tal mecanismo.

3.2. FLUXO CRÍTICO DE CALOR

Resultados experimentais para o FCC em microcanais, para configurações

em um único e em múltiplos microcanais, foram levantados da literatura. O banco de

dados obtido dessa forma contém mais de 1000 resultados experimentais e com-

preende tanto resultados de FCC sub-resfriado como saturado, cobrindo 7 fluidos,

ampla faixa de velocidades mássicas e valores FCC de até 276 MW/m2. Nove mé-

todos de previsão de FCC para canais convencionais e microcanais foram compa-

rados ao banco de dados experimentais levantado.

Comparação entre dados experimentais da literatura

43

3.2.1. BANCO DE DADOS

O banco de dados experimental aqui compilado, e descrito no Quadro 3.2,

compreende dados de FCC saturado e sub-resfriado e foi obtido de tabelas e gráfi-

cos da literatura. Exceto pelos dados de Lazareck e Black (1982) e parte dos resul-

tados de Lowdermilk, Lanzo e Siegel (1958), a maioria dos estudos listados no

Quadro 3.2 foram realizados em seções de teste com diâmetro hidráulico entre

240µm e 3mm. O banco de dados do Quadro 3.2 cobre 6 fluidos (água, R113,

R134a, R123, CO2 e hélio), faixa de velocidade mássica de 10,5 a 134000kg/m2s,

temperaturas de saturação correspondentes a pressões reduzidas de 4,5x10-7 a

0,7672, diâmetros hidráulicos de até 0,2mm, subresfriamentos na entrada da seção

de testes chegando ao valor de 329oC (operação próxima ao ponto crítico da água)

e fluxos críticos de calor de até 276MW/m2. Os ensaios foram conduzidos em confi-

guração de único e de múltiplos microcanais; todas as superfícies de testes foram

aquecidas aplicando-se corrente contínua à seção de testes.

Quadro 3.2 – Banco de dados para FCC em microcanais.

Autor Número de

pontos

Geometria/ número def

canais/ direção

Saturado/ sub-resfriado

Fluido Tsat (oC)

L (mm)

Dh (mm)

G (kg/m2s)

qcrit

(kW/m2)

Lowdermilk, Lanzo e Sielgel (1958)

177 circular/1/

vertical saturado água 7 -165 64 - 955 1,3 -4,7 27 – 3320

167 - 10850

Lazareck e Black (1982) 32

circular/1/ vertical saturado R113 55-97 126-250 3,1 235-498 93-336

Katto e Yokoya (1984)

28 circular/1/

vertical saturado hélio -269 25 1,0 10,5-70,8 2,6

Bowers e Mudawar (1994)

23 circular/17/ horizontal

saturado R113 57 10 0,5 – 2,54

27,8 - 477 352 -1070

Vandervort, Bergles e Jensen (1994)

210 circular/1/ vertical

sub-resfriado água 107-219 1,7 - 66 0,33 – 2,6

5027 – 41810

4600 - 124000

Mudawar e Bowers (1999)

174 circular/1/

vertical sub-resfriado água 127- 350 4,5 - 30

0,4 – 2,54

5000 -134000

9400 - 276000

Sumith, Kaminaga e Matsumura (2003)

6 circular/1/ vertical

saturado água 100 100 1,45 23-150 145-723

Yun e Kim (2003) 10 circular/1/ horizontal saturado CO2 5-10 1200 2,0 500-2000 7,9-36

Qu e Mudawar (2004)

18 retangular/21/ horizontal

saturado água 106 44,8 0,38 85,9-368 269-540

Wojtan, Revellin e Thome (2006)

34 circular/1/ horizontal

saturado R134a 30-35 20-70 0,5-0,8 348-1540 116-599

Kosar e Peles (2007) 30

retangular/5/ horizontal saturado R123 52-82 10 0,24 289-1120

310-1060

Ong (2010) >350 circular saturado R134a R236fa R245fa

25 31 35

380;180 1,03; 2,20; 3,04

100-1500 25-250

Comparação entre dados experimentais da literatura

44

3.2.2. COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE PREVISÃO DO FCC COM RESULTADOS

EXPERIMENTAIS DA LITERATURA

Nove métodos para previsão de FCC foram avaliados através de compara-

ções com os dados experimentais descritos no Quadro 3.2. A Tabela 3.3 apresenta

os resultados estatísticos dessa análise, para o banco de dados abrangendo resul-

tados para condições saturada e subresfriada. O método de Shah (1987) apresen-

tou a maior parcela de dados prevista com erro inferior a ± 30% e o menor erro mé-

dio absoluto. No caso de dados somente saturados, o método de Revellin e Thome

(2007b) apresentou previsões mais próximas aos resultados, segundo os critérios

estatísticos utilizados. Entretanto, ao contrário de outros métodos, deve ser mencio-

nado que o modelo de Revellin e Thome (2007b) foi avaliado sem a inclusão dos

dados de Qu e Mudawar (2004) e Lowdermilk, Lanzo e Siegel (1958), devido ao fato

de que para esses bancos de dados não ocorreu convergência na solução numérica

desse modelo. O método de Zhang et al. (2006) também apresentou resultados ra-

zoáveis para FCC saturado. Assim, considerando que sua análise envolveu um ban-

co de dados mais extenso, e por apresentar uma implementação simples, esse mé-

todo é indicado aqui para previsão de FCCs saturados em microcanais. Para FCC

sub-resfriado, o método proposto por Hall e Mudawar (2000) apresentou desvios em

relação aos dados experimentais inferiores aos demais.

Tabela 3.3 – Comparação dos métodos de previsão de FCC com os dados experimentais descritos no Quadro 3.2.

No de pontos

Katto e Ohno (1984)

Shah (1987)

Bowers e Mudawar

(1994)

Hall e Mudawar

(2000)

Qu e Mudawar

(2004)

Sarma et al. (2006)

Wojtan, Revellin e Thome (2006)

Zhang et al. (2006)

Revellin e Thome (2007) *

Sat+Sub

748 ε (%) 62,2 38,4 - - - 54,1 - - -

λ(%) 45,3 59,7 - - - 16,2 - - -

Saturado 348 ε (%) 54,7 49,1 124,3 - 1856,4 63,6 60,6 45,6 20,8 * λ(%) 54,8 56,3 19,5 - 11,5 14,1 58,1 65,8 81,5 *

Subresfriado 400 ε (%) 68,8 29,1 - 22,8 - 45,9 - - -

λ(%) 37.0 62,7 - 77,7 - 18,0 - - -

*Avaliado sem os bancos de dados de Qu e Mudawar (2004) e Lowdermilk, Lanzo e Siegel (1958).

Os métodos mencionados acima também foram comparados com 300 dados

experimentais levantados para macrocanais por Pioro et al. (2002) e Katto e Yokoya

(1982), com diâmetro hidráulicos de 6,92mm e 5,0mm, respectivamente. A correla-

Comparação entre dados experimentais da literatura

45

ção de Shah (1987) foi capaz de prever esses resultados com razoável precisão,

apresentando, ε=16,8% e λ=86,3%.

Comparações individuais para os bancos de dados também foram conduzi-

das. De acordo com essas comparações, o método de Shah (1987) apresenta as

melhores previsões dos resultados de Katto e Yokoya (1982), Bowers e Mudawar

(1994), Pioro et al. (2002) e Sumith, Kaminaga e Matsumura (2003). Resultados sa-

tisfatórios foram também observados nas comparações envolvendo o método de

Shah (1987) com os dados experimentais de Lowdermilk, Lanzo e Siegel (1958),

Vandervort, Bergles e Jensen (1994) e Wojtan, Revellin e Thome (2006), apresen-

tando λ superior a 70%. Adicionalmente, constatou-se que o método de FCC pro-

posto por Revellin e Thome (2007b), embora desenvolvido para a configuração de

um único microcanal, apresentou resultados satisfatórios para configurações de mul-

ticanais, prevendo, com reduzida margem de erro, resultados independentes para

esta configuração. Vale ressaltar que um número reduzido de resultados para multi-

canais foram considerados por Revellin e Thome (2007b) para o ajuste da correla-

ção da altura de ondas na interface. Tal fato se torna curioso, pois interações entre

microcanais vizinhos e a configuração do distribuidor do dissipador de calor baseado

em multicanais podem afetar o processo de ebulição, a distribuição do escoamento

bifásico através dos microcanais e, consequentemente, o valor do FCC.

3.3. CONCLUSÕES

• Foram levantados na literatura mais de 2500 dados experimentais para o coefici-

ente de transferência de calor durante a ebulição convectiva no interior de micro-

canais. Esses resultados foram analisados, segregados segundo padrões de es-

coamento e comparados a valores estimados através de correlações e modelos

disponíveis na literatura. Dessa análise comparativa, conclui-se que, de uma for-

ma geral, os métodos disponíveis falharam na previsão da transferência de calor

durante a ebulição convectiva em microcanais. A correlação proposta por Saitoh,

Daiguji e Hihara (2007) para a ebulição convectiva no interior de microcanais, ba-

seada exclusivamente em resultados para o R134a, apresentou previsões melho-

res que as demais quando comparadas ao banco de dados em sua totalidade. A

correlação de Cooper (1984) desenvolvida para a ebulição nucleada em piscina

Comparação entre dados experimentais da literatura

46

apresentou as melhores previsões do CTC para os padrões de escoamento em

bolhas e bolhas alongadas, embora para este último padrão, a nucleação de bo-

lhas não parece ser um mecanismo relevante.

• Métodos de previsão de transferência de calor adequados para cada padrão de

escoamento estão em desenvolvimento, mas os métodos disponíveis ainda não

podem ser adotados como ferramentas confiáveis de projeto.

• A comparação do banco de dados de FCC para microcanais, obtido na literatura

com nove métodos de previsão, revelou que a correlação de Shah (1987) estima

os dados experimentais envolvendo resultados para condições saturadas e su-

bresfriadas com desvios inferiores aos demais. O método de Zhang et al. (2006)

mostrou-se mais adequado para o banco de dados envolvendo apenas resulta-

dos para condições de FCC saturado e a correlação de Hall e Mudawar (2004)

para FCC sub-resfriado.

Equipamentos e procedimento experimental

47

4. EQUIPAMENTO E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Este capítulo descreve as bancadas utilizadas para a obtenção dos resulta-

dos experimentais, o procedimento experimental adotado e características da seção

de testes e do sistema de visualização do escoamento com a câmera de alta veloci-

dade. São descritos o sistema de aquisição de dados, os sensores e atuadores utili-

zados. As condições experimentais ensaiadas são definidas e a redução de dados é

detalhada. Por último, são apresentadas as incertezas experimentais e a validação

do aparato experimental. É importante ressaltar que duas bancadas experimentais

foram utilizadas, a primeira sobre responsabilidade do Professor Gherhardt Ribatski

situada no campus da USP de São Carlos e a segunda sobre responsabilidade do

Professor John Richard Thome, situada no LTCM/EPFL, em Lausanne, Suíça. A

utilização de duas bancadas independentes permitiu avaliar a repetibilidade dos re-

sultados experimentais em laboratórios distintos, fato que ainda não havia sido reali-

zado segundo a literatura sobre microcanais.

4.1. BANCADA EXPERIMENTAL I (USP-SÃO CARLOS)

A Figura 4.1 apresenta o diagrama esquemático do circuito de testes utiliza-

do. O aparato experimental inclui ainda um circuito auxiliar que atua no controle tér-

mico (resfriamento e aquecimento) do fluido refrigerante no circuito de testes. A

Figura 4.2 apresenta a fotografia da bancada construída. Para a promoção do des-

locamento do fluido de testes é utilizada uma microbomba, com a vazão de refrige-

rante sendo regulada por um variador de frequência, através da rotação da bomba.

Assim, o fluido refrigerante escoa a partir do tanque aquecido sendo sub-resfriado

no trocador de calor “iv”, tendo, a seguir, sua vazão mássica determinada pelo me-

didor do tipo “Coriolis”. A partir disso, o fluido refrigerante escoa através da válvula

tipo agulha I que tem como função não apenas o ajuste da vazão, mas também im-

por uma queda de pressão ao fluido circulante, reduzindo a propagação de instabili-

dades a partir da superfície de testes comumente verificadas na evaporação em mi-

crocanais. Em seguida, o refrigerante é novamente sub-resfriado e sua entalpia es-

Equipamentos e procedimento experimental

48

timada na entrada do pré-aquecedor, com a determinação de sua temperatura e

pressão.

Figura 4.1 – Diagrama esquemático da seção de testes e circuito auxiliar.

Equipamentos e procedimento experimental

49

No pré-aquecedor, o fluido de testes é aquecido até a condição de ensaio, onde

através de balanço de energia pode-se estimar sua entalpia na entrada da super-

fície de testes. A superfície de testes e o pré-aquecedor são aquecidos por efeito

Joule, com a aplicação de corrente contínua direta. A potência fornecida é esti-

mada a partir dos valores de corrente e tensão medidos pela fonte de alimenta-

ção. Na saída da seção de testes, pressão e temperatura são novamente deter-

minadas, respectivamente por um medidor de pressão diferencial e um termopar.

Um microtransdutor de pressão também foi instalado permitindo a observação de

fenômenos de alta freqüência.

Figura 4.2 – Vista da bancada experimental utilizada.

Termopares tipo K distribuídos ao longo da superfície de testes são utilizados

na determinação da temperatura superficial. Após passar pela superfície de testes,

o refrigerante escoa através de uma seção transparente, onde imagens do escoa-

mento são obtidas através de uma câmera digital de “vídeo-tape” rápido. A queda de

pressão na superfície de testes e de pré-aquecimento é determinada por um trans-

dutor de pressão diferencial. Após a seção de visualização, o refrigerante escoa pe-

la válvula do tipo agulha II, com funções similares à válvula I, onde é condensado no

trocador de calor “i” retornando a bomba de engrenagens. A pressão de operação

na seção de testes é imposta através do reservatório (também denominado de tan-

que aquecido) com a retirada ou adição de fluido ao circuito de testes. Controlado-

Equipamentos e procedimento experimental

50

res PID, baseados no sinal de temperatura fornecido por termo-resistências locali-

zadas nos tanques (ver Figura 4.1), atuando em resistências elétricas localizadas

no circuito auxiliar, controlam a temperatura das soluções de etileno-glicol/água que

escoam em serpentinas localizadas no interior dos tanques aquecido e resfriado, de

forma a manter a pressão em seus interiores no valor desejado. Tais dispositivos

são também utilizados na manobra de refrigerante na seção de testes.

O diagrama pressão-entalpia (p-v) do circuito principal, relacionado a Figura

4.1 é mostrado na Figura 4.3 para o caso onde o fluido entra sub-resfriado na seção

de testes. Nesta, o líquido da entrada da bomba, ponto 1, é comprimido até a pres-

são de saída da bomba em 2. Posteriormente ela passa por um sub-resfriador che-

gando ao ponto 3, onde se encontra o pré-aquecedor. Neste, o grau de subresfria-

mento é ajustado antes de entrar na seção de testes em 4. Em 4b, o fluido se en-

contra na pressão de saturação e continua a evaporar até 5, na saída da seção de

testes, onde a temperatura medida é a temperatura de saturação utilizada como

referência no experimentos. A partir de 5, o fluido é condensado até chegar no pon-

to 6, onde ele se encontra à pressão do reservatório em estado de líquido saturado.

Entre 6 e 1, o fluido é novamente sub-resfriado e o processo reiniciado.

Figura 4.3 – Diagrama p-v do circuito de testes para R134a.

Equipamentos e procedimento experimental

51

4.1.1. SEÇÃO DE TESTES

4.1.1.1. Tubo de 2,32mm

A Figura 4.4 apresenta detalhes da instalação dos termopares e sensores de

pressão utilizados nos ensaios com o tubo de 2,32mm. Tanto a seção de testes co-

mo a de pré-aquecimento são tubos circulares de 500mm de comprimento, em aço

inoxidável, com diâmetro interno de 2,32mm e espessura da parede de 0,325mm.

Os comprimentos aquecidos na seção de testes e no pré-aquecedor foram respecti-

vamente 464mm e 463mm. A rugosidade foi avaliada na superfície interna de um

tubo similar ao usado nos experimentos através de um rugosímetro Taylor e Robson

obtendo-se uma rugosidade média de Ra=0,33µm.

Figura 4.4 – Detalhes da seção de testes e do posicionamento dos termopares.

Foram instalados 12 termopares do tipo K (diâmetro da junção quente de

0,25mm) ao longo da superfície da seção de testes. Estes termopares foram colo-

cados ao longo de 4 seções distintas do tubo, dispostos 90º um do outro, do topo a

base, como indicado na Figura 4.4b. Desta forma é possível verificar diferenças en-

tre o coeficiente de transferência de calor ao longo do perímetro do tubo. A distribui-

ção dos termopares ao longo da superfície de testes possibilita a determinação do

CTC para distintos títulos de vapor para uma mesma condição de ensaio, já que o

título de vapor eleva-se a medida que o fluido recebe calor do tubo. Para fixar os

termopares adotou-se o seguinte procedimento: primeiro os termopares foram posi-

cionados a 90º um do outro numa seção, sendo então envoltos por três voltas de fita

Equipamentos e procedimento experimental

52

de kapton tensionadas. Por fim, um anel de vedação de borracha (o-ring) de diâme-

tro inferior ao tubo, foi posto sobre a fita, aumentando a pressão de contato. Através

deste método buscou-se minimizar a resistência térmica de contato entre o tubo e o

termopar. Todos os termopares foram isolados eletricamente da superfície de testes

através de uma reduzida camada de esmalte para evitar interferência da fonte de

corrente elétrica nas medidas. No pré-aquecedor instalou-se um termopar na super-

fície superior somente com a finalidade de detectar uma temperatura excessiva que

pudesse danificar o tubo e suas conexões. Após a instalação dos termopares, am-

bas as seções foram envoltas com espuma isolante térmica Armaflex, conforme ilus-

trado na Figura 4.5.

Figura 4.5 – Seção de testes com isolamento.

Para o isolamento da seção avaliou-se o raio crítico de isolamento com o ob-

jetivo de verificar o incremento da resistência térmica pelo material isolante. Para o

diâmetro utilizado (Di =2,32mm) considerando-se um CTC de convecção de

11W/m2K, estimado a partir da correlação de Churchill e Chu (1975) para convecção

natural e um kiso=0,03 W/m.K, obteve-se o raio crítico de isolamento igual a 2,7mm.

O raio crítico de isolamento é dado por:

ar

iso

crith

kr = (4-1)

A Figura 4.6 ilustra a variação da resistência térmica total de isolamento por

unidade de comprimento em função da espessura do isolamento. Nota-se que a

partir de aproximadamente 8mm de isolamento, a resistência térmica é superior a do

tubo sem isolamento. A espuma utilizada para isolar apresenta espessura superior a

16mm reduzindo desta forma a troca de calor com o ambiente externo.

Equipamentos e procedimento experimental

53

Próximo as tomadas de pressão na entrada e saída do conjunto de pré-

aquecedor e seção de testes, foram instalados termopares no interior da tubulação

a fim de determinar a temperatura do fluido. Nos experimentos realizados, o fluido

entrava sub-resfriado no pré-aquecedor. Determinada a temperatura e a pressão na

entrada do pré-aquecedor é possível calcular o estado termodinâmico do fluido an-

tes dele alcançar a seção de testes, e assim efetuar corretamente o balanço de e-

nergia.

Figura 4.6 – Resistência total por unidade de comprimento em função da

espessura de isolamento do tubo.

Cuidado especial foi adotado na determinação do posicionamento axial da úl-

tima seção de medida de temperatura na superfície da seção de testes, localizada

próxima a seção de visualização. Esta seção de medida deve se encontrar o mais

próximo possível da entrada da seção de visualização para que a configuração do

escoamento visualizado seja próxima ao padrão na região de leitura de temperatura

dos termopares. Entretanto, entre a seção de visualização e a seção de testes exis-

te o eletrodo metálico proveniente da fonte de corrente que está em contato direto

com a superfície do tubo da seção de testes. Este eletrodo funciona como uma aleta

entre o tubo e o ambiente, interferindo na temperatura do tubo na suas proximida-

des. Com intuito de determinar o comprimento do trecho de tubo termicamente afe-

tado pelo eletrodo, uma modelagem em elemento finitos da troca de calor foi reali-

Equipamentos e procedimento experimental

54

zada. A Figura 4.7 ilustra o modelo simulado e o resultado desta simulação para

condição de contorno crítica, onde ocorrem os maiores gradientes de temperatura

axiais no tubo. Nesta simulação foi considerado uma eletrodo de 3 mm de largura

em contato com a superfície do tubo, de forma que o eletrodo funcionasse como

uma aleta de alta eficiência, mantendo a superfície do tubo em contato com ela a

mesma temperatura ambiente, esta adotada em 22 oC. A região da seção de testes

recoberta com isolamento foi admitida adiabática. Desta forma, a perda de calor de-

vido ao efeito aleta foi superestimada.

A simulação indicou que a partir de uma distância de 15 mm do eletrodo, o

efeito de aleta no campo de temperaturas do tubo, torna-se desprezível, conforme

ilustrado na Figura 4.8.

Figura 4.7 – Modelo para avaliação do efeito do eletrodo no campo de

temperaturas da superfície de testes.

Figura 4.8 – (a) simulação em elementos finitos (Ansys) da distribuição de temperatura

ao longo da seção de testes junto ao eletrodo; (b) ampliação da área circu-lada (1mm por divisão horizontal).

Equipamentos e procedimento experimental

55

O comprimento de desenvolvimento térmico é outro fator importante a se

considerar nas medições experimentais. A teoria clássica para escoamento monofá-

sico, que aborda a transferência de calor na região de desenvolvimento, mostra que

nesta região sempre há um incremento do coeficiente de transferência de calor em

relação ao escoamento completamente desenvolvido (BEJAN, 1995). Para escoa-

mentos bifásicos, não se verificam resultados que possam ser utilizados para prever

o comprimento de desenvolvimento térmico. Isto se deve aos vários fenômenos,

geralmente acoplados entre si, que ocorrem em escoamentos bifásicos, tal como

formação e crescimento de bolhas, propagação de ondas de interface, padrões de

escoamento diversos, ocorrência de entreinament, o que dificulta a proposição de

um critério de desenvolvimento térmico para estes escoamentos. Pode-se questio-

nar se há como definir uma condição de desenvolvimento térmico para escoamen-

tos em ebulição convectiva, sem se considerar um padrão de escoamento específi-

co. Desta forma, o comprimento de desenvolvimento térmico monofásico foi consi-

derado no presente estudo para indicar tal condição para escoamento bifásico.

Para escoamento laminar, segundo Bejan (1995), o comprimento de desen-

volvimento térmico para fluxo de calor constante é dado pela equação(4-2),

PrRe05,0, ⋅⋅= D

lamdes

D

L (4-2)

e para escoamento turbulento é dado pela equação (4-3),

60, <D

L turbdes (4-3)

A Figura 4.9 ilustra a variação do comprimento de desenvolvimento térmico

laminar e turbulento em função do número de Reynolds em um tubo de 2,32mm pa-

ra R134a a temperatura de 30oC.

Conforme ilustrado na Figura 4.9, para escoamentos laminares, comprimen-

tos de desenvolvimento elevados são esperados. Para Re inferiores a 1000 este

comprimento pode ser desenvolvido na seção de pré-aquecimento. No caso de es-

coamento turbulento o comprimento de desenvolvimento térmico é de 138mm e po-

de ser alcançado em um comprimento inferior ao das posições onde ocorrem as

medidas de temperatura na superfície da seção de testes.

Equipamentos e procedimento experimental

56

Figura 4.9 – Comprimento de desenvolvimento térmico para o tubo de 2,32mm em

função do número de Reynolds para fluido R134a.

Em escoamentos monofásicos com transferência de calor existe um gradiente

de temperatura do fluido ao longo do comprimento do tubo devido ao aquecimento

do fluido. Esta variação da temperatura do fluido causa também um gradiente de

temperatura axial na parede do tubo, promovendo assim um, fluxo de calor axial.

Dependendo da condutividade térmica e da espessura da parede, este fluxo de ca-

lor axial pode se tornar considerável, devendo ser contabilizado para o adequado

cálculo de transferência de calor entre a parede e o fluido. Em escoamentos mono-

fásicos, a condução axial pode ser avaliada por meio do número de condução axial,

M, definido em Celata et al. (2006) para tubos circulares por meio da equação (4-4).

222

10PrRe

1 −>⋅

−⋅

=

Di

io

l

w

LD

DD

k

kM (4-4)

Para valores de M superiores a 10-2, a condução axial torna-se relevante e

não pode ser desprezada. Utilizando-se R134a a 31oC, kl=0,08W/m.K,

kw=16W/m.K, Do=2,9mm, Di=2,3mm, L=463 mm, Pr=3,2 e ReD=100 obtém-se um

valor de M=0,0018, valor inferior a 10-2, concluindo-se que efeitos de condução axial

para as condições consideradas são desprezíveis. Em geral, na ebulição convectiva,

Equipamentos e procedimento experimental

57

o gradiente de temperatura axial é muito inferior ao do escoamento monofásico, ex-

cetuando-se as condições de secagem da parede onde tal efeito pode ser relevante.

O aquecimento do fluido devido à dissipação viscosa em canais de diâmetros

reduzidos pode se tornar um parâmetro relevante na estimativa da temperatura local

do fluido refrigerante, pois em microcanais a queda de pressão tende a ser elevada.

Esse efeito pode ser avaliado por meio de um balanço de energia entre a entrada e

a saída da seção de testes. Considerando o escoamento monofásico e adiabático

obtém-se a equação (4-5).

saisaisaiententent

saient

vpuvpu

ii

+=+

= (4-5)

Calculando o incremento da energia interna para R134a a 8MPa, sub-

resfriado a 31oC e com uma perda de pressão de 100kPa, obtém-se um aquecimen-

to devido a efeitos viscosos da ordem de 0,01oC. As maiores perdas de pressão en-

contradas durante a campanha experimental para D=2,32mm foram da ordem de

80kPa em condições de escoamento bifásico. Para escoamento monofásico com

este diâmetro, a perda de pressão foi inferior a 10kPa. O resultado dessa análise

permite desprezar efeitos de aquecimento relacionados à dissipação viscosa.

4.1.1.2. Tubo de 1,10mm

A Figura 4.10 apresenta detalhes da instalação dos termopares e sensores

de pressão utilizados nos ensaios para o tubo de 1,10mm. Tanto a seção de testes

como a de pré-aquecimento são tubos circulares de 200mm de comprimento, em

aço inoxidável, com diâmetro interno de 1,10mm e espessura da parede de

0,185mm. O comprimento aquecido na seção de testes utilizados nos experimentos

foi de 143mm e 145mm no pré-aquecedor. A rugosidade foi avaliada na superfície

interna de um tubo similar ao usado nos experimentos através de um profilômetro

óptico obtendo-se uma rugosidade média de Ra=0,39µm.

Equipamentos e procedimento experimental

58

Figura 4.10 – Detalhes da seção de testes e o posicionamento dos termopares.

Foram instalados 12 termopares do tipo K (diâmetro da ponta de 0,125mm)

ao longo da superfície da seção de testes. Esses termopares foram colocados em 6

seções distintas do tubo, dispostos 180º um do outro, no topo e na base, como indi-

cado na Figura 4.10b. Para fixar os termopares, adotou-se o seguinte procedimen-

to: primeiro os termopares foram posicionados a 180º um do outro numa seção,

sendo então envoltos por três voltas de fita de kapton tensionadas. Por fim, um anel

de vedação de borracha (o-ring), de diâmetro inferior ao tubo, foi posto sobre a fita,

aumentando a pressão de contato. Com esse procedimento, buscou-se minimizar a

resistência de contato entre o tubo e o termopar. Todos os termopares foram isola-

dos eletricamente da superfície de testes, por meio de uma reduzida camada de

tinta esmalte para evitar interferência da fonte de corrente nas medidas. No pré-

aquecedor, instalou-se um termopar na superfície superior somente com a finalida-

de de detectar uma temperatura excessiva que possa danificar o tubo e suas cone-

xões. Após a instalação dos termopares, ambas as seções foram envoltas com es-

puma isolante térmica Armaflex, conforme ilustrado na Figura 4.11.

Equipamentos e procedimento experimental

59

Figura 4.11 – Seção de testes, pré-aquecimento e visualização de 1,10mm após o isolamento.

Para o isolamento da seção, avaliou-se o raio crítico de isolamento com o ob-

jetivo de verificar o incremento da resistência térmica pela espuma. Para o tubo utili-

zado, Di =1,10mm, considerando-se um CTC de convecção de 18W/m2K, obtido

através de Churchill e Chu (1975), e um kiso=0,03W/m.K, encontrou-se o raio crítico

de isolamento igual usando-se a equação (4-6).

mmh

kr

ar

isocrit 67,1

18

03,0=== (4-6)

A Figura 4.12 ilustra a variação da resistência térmica total de isolamento em

função da espessura do isolamento. Nota-se que a partir de 8mm de isolamento a

resistência térmica é superior a do tubo sem isolamento. A espuma utilizada para

isolar apresenta espessura superior a 16mm, reduzindo, dessa forma, perdas de

calor para o ambiente externo.

Figura 4.12 – Resistência total por unidade de comprimento em função da es-

pessura de isolamento para o tubo 1,10mm.

Equipamentos e procedimento experimental

60

A Figura 4.13 mostra o comprimento de desenvolvimento térmico laminar e

turbulento para o tubo de 1,10mm, fluido R134a, temperatura de 30oC para escoa-

mento monofásico em função do número de Reynolds.

Figura 4.13 – Comprimento de desenvolvimento térmico para o tubo de

1,10mm em função do número de Reynolds para fluido R134a.

Conforme ilustrado na Figura 4.13, comprimentos de desenvolvimento eleva-

dos se verificaram para o caso de escoamento laminar. No caso de escoamento

turbulento, o comprimento de desenvolvimento térmico é de 66mm e pode ser al-

cançado num comprimento inferior ao das posições das últimas medidas de tempe-

ratura na superfície da seção de testes. É importante ressaltar novamente que, em

escoamentos bifásicos, um critério relacionado ao comprimento de desenvolvimento

térmico ainda não foi definido, pois este depende da configuração dos padrões do

escoamento em estudo.

A condução axial de calor na parede do tubo, em condições de gradiente de

temperatura na parede devido ao aquecimento do fluido ao longo do comprimento

no escoamento monofásico, foi avaliada de acordo com a equação (4-4). Utilizando-

se R134a a 31oC, kf=0,08W/m.K, kw=16W/m.K, Do=1,47mm, Di=1,10mm, L=200mm,

Pr= 3,2 e Re=100 obtém-se um valor de M=0,0029, inferior a 10-2, concluindo-se

que efeitos de condução axial na parede são desprezíveis, também para esse diâ-

metro.

Através de uma análise similar a realizada para o tubo de 2,32mm com base

na maior queda de pressão verificada para este diâmetro, inferiores a 130kPa em

Equipamentos e procedimento experimental

61

condições bifásicas, verifica-se um aquecimento máximo devido à dissipação visco-

sa da ordem de 0,015oC para R134a, ligeiramente superior ao do tubo de 2,32mm.

Dessa forma, pode-se considerar desprezível para a análise efetuada.

4.1.2. SEÇÃO DE VISUALIZAÇÃO DE ESCOAMENTO

4.1.2.1. Tubo de 2,32mm

A seção de visualização para a seção de testes de 2,32mm é um tubo trans-

parente de sílica fundida com diâmetro interno de 2,1mm e externo de 2,4mm tendo

comprimento de 85mm e estando localizado a jusante da seção de testes. Essa se-

ção transparente foi unida à seção de testes por meio de uma flange de PVC que

pressiona anéis de borracha (o-rings) contra a parede externa dos tubos, vedando a

conexão. A jusante do tubo de vidro está instalado um micro-transdutor de pressão,

o termopar imerso no fluido e a tomada de pressão do sensor diferencial, conforme

ilustrado na Figura 4.14.

Figura 4.14 – Imagem da seção de visualização para seção de testes de Di=2,32mm.

Para registro de imagens dos padrões de escoamento formados, foi utilizada

uma câmera de alta velocidade da OPtronics, modelo CamRecord600, com capaci-

dade de captura de até 100000 imagens por segundo, ilustrada na Figura 4.15.

Conforme indicado na Tabela 4.1, a resolução da imagem capturada decresce com

o incremento da taxa de aquisição. Em testes realizados com a câmera, percebeu-

se que uma resolução de 50 pixels na vertical é o mínimo suficiente para se obser-

Equipamentos e procedimento experimental

62

var escoamentos em bolhas, pistonado e anular, sem que haja comprometimento da

qualidade. Analogamente, os testes revelaram que velocidades de até 10000 ima-

gens por segundo são suficientes para observar a maioria dos fenômenos do esco-

amento, tais como ondulações de interface e coalescência de bolhas. Para a obser-

vação adequada de gotículas de líquido (entrainment) durante o escoamento anular

com velocidades mássicas elevadas, taxas de aquisição de imagens superiores fo-

ram necessárias. Uma lente objetiva AF MICRO NIKKOR de 60mm, com razão de

reprodução de 1:1, permite visualizar tubos de 400µm de diâmetro com uma resolu-

ção de 50 pixels vertical.

Figura 4.15 – Posicionamento da câmera de alta velocidade junto à seção de visualização.

Tabela 4.1 – Relação entre as resoluções verticais e horizontais, em função da frequência de aquisição da câmera utilizada.

Resolução vertical (pixels) Resolução horizontal (pixels) Frequência máxima de

aquisição (quadros/s)

1024 1280 500

512 1280 1000

256 1280 2000

128 1280 4000

50 1280 5000

48 80 10000

4 1280 100000

Equipamentos e procedimento experimental

63

Uma dificuldade adicional a se considerar filmagens em altas velocidades é a

potência luminosa necessária para registrar as imagens. Quanto maior a taxa de

aquisição, maior deverá ser a potência de iluminação sobre o objeto. No caso da

utilização de lâmpada halógena, elas fornecem a iluminação necessária, entretanto,

apresentam o inconveniente de emitir altas taxas de radiação térmica, podendo

promover a evaporação do fluido de teste ao longo da seção de visualização. Dessa

forma, no presente estudo foram utilizados LEDs de alto brilho. Duas placas foram

construídas, contendo um total de 100 LEDs brancos (6W de potência elétrica) pro-

vendo a iluminação necessária, com uma geração de calor reduzida.

A Figura 4.16 apresenta imagens obtidas pela câmera. Cada foto foi obtida à

velocidade de 3000 imagens por segundo, com resolução de 1280x50 pixels.

Figura 4.16 – Padrões de escoamento filmados na bancada experimental (de cima para baixo:

bolhas, bolhas alongadas, agitante, anular), D=2,10mm. Velocidade de captura de 3000 imagens por segundo e resolução de 1280 x 50 pixels.

4.1.2.2. Tubo de 1,10mm

A seção de visualização para a seção de testes de 1,1mm é um tubo transpa-

rente de sílica fundida com diâmetro interno de 1,0mm e externo de 1,2mm, tendo

comprimento de 85mm e estando posicionada a jusante da seção de testes (Figura

4.17). Essa seção transparente foi unida à seção de testes por meio de uma flange

de PVDF que pressiona anéis de borracha (o-rings) contra a parede externa dos

tubos, vedando a conexão. Para esse diâmetro, o sensor piezoelétrico não foi utili-

zado e os procedimentos com a câmera de alta velocidade foram similares aos do

tubo de 2,32mm.

Equipamentos e procedimento experimental

64

Figura 4.17 – Seção transparente de visualização tubo de 1,00mm.

4.1.3. SENSORES, CONTROLADORES E SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS

A aquisição de dados e controle do sistema foi realizada por meio de placas

de aquisição da National Instruments e programação em Labview. O Quadro 4.1

apresenta a lista completa de sensores e atuadores utilizados na bancada.

A placa de aquisição da National Instruments utilizada foi a PCI-6021 e o kit

de condicionamento de sinal SCXI-1000, com os seguintes condicionadores de si-

nal: SCXI-1140 (8 entradas Sample/Hold), SCXI-1142 (8 canais com filtro passa bai-

xo 20 kHz), SCXI-1180 (ligação direta com os terminais), SCXI-1102 (32 canais de

termopares). Esses blocos foram ligados aos seguintes terminais, respectivamente:

SCXI-1304, SCXI-1302 e SCXI-1303. O módulo SCXI-1142 foi conectado em casca-

ta com o módulo SCXI-1140 para atuar como filtro. A Figura 4.18 apresenta o dia-

grama esquemático da ligação dos sensores com sistema de aquisição.

A Figura 4.19 apresenta a interface do software em Labview para aquisição

dos dados e controle da bancada experimental. Através desta interface, a vazão e

potência aplicada à seção de testes e de pré-aquecimento são controladas, deter-

minando assim a condição de operação do sistema. Todos os outros parâmetros da

bancada (temperaturas, pressões, vazão, fluxo de calor) são monitorados em tempo

real e podem ser gravados em arquivo, com taxa de aquisição superior a 100Hz. O

programa calcula em tempo real o coeficiente de troca de calor e o título de vapor na

posição do último termopar localizado próximo a saída da seção de testes. As pro-

priedades termodinâmicas e de transporte são calculadas mediante uma interface

desenvolvida entre o Labview e o Refprop 7, programa este que fornece valores

Equipamentos e procedimento experimental

65

precisos das propriedades de diversos refrigerantes. Funções de calibração do sinal

adquirido foram introduzidas no programa de aquisição, corrigindo, assim, erros sis-

temáticos do sistema de aquisição e dos sensores.

Quadro 4.1 – Sensores e atuadores utilizados na bancada experimental.

Sensores/Atuadores Modelo Quantidade Tipo de sinal Função

Termopares Tipo K- Omega 16 voltagem Medir temperaturas da seção de

testes

Pressão absoluta Endress+Hauser

PMP131

3 4- 20 mA Determinar pressão nos tanques

e na entrada da seção de testes

Pressão diferencial Endress+Hauser

Deltabar S

1 4-20 mA Determinar queda de pressão na

seção de testes

Pressão dinâmica

PCB Piezotronics

105C03

1 voltagem Determinar pressão na saída da

seção de testes, verificar efeitos

de instabilidade

Vazão (Coriolis) Micro Motion mode-

lo 2700

1 4-20 mA Determinar vazão do fluido na

seção de testes

Fonte elétrica DC Lambda

Genesys 750W DC

2 digital/RS-

232

Aquecimento da seção de testes

e de pré-aquecimento

Inversor/

Microbomba

ABB-ACS150/ Mi-

cropump

1 voltagem Promover escoamento de fluido

Figura 4.18 – Sensores e atuadores ligados ao sistema de aquisição.

Equipamentos e procedimento experimental

66

Figura 4.19 – Interface do programa de aquisição e controle da bancada experimental.

Todos os canais de temperatura onde estavam conectados os termopares ti-

veram a temperatura indicada corrigida através do procedimento de calibração des-

crito no Apêndice A. Gráficos de todos os parâmetros medidos na base tempo são

apresentados na interface, permitindo observar fenômenos transientes, tais como

instabilidades e condição de operação em regime. O programa conta com sistema

de proteção de alta temperatura na seção de testes; assim, caso os termopares in-

diquem temperatura excessiva, as fontes de corrente contínua são desligadas au-

tomaticamente. Um controlador PI (Proporcional Integral) implementado no Labview

controla a velocidade mássica no sistema. Esse controlador atua no inversor de fre-

quência para manter a velocidade mássica imposta pelo operador constante, pois foi

observado que aumentando-se o fluxo de calor a vazão tende a diminuir se o sinal

aplicado ao inversor de frequência for mantido constante. Tal comportamento decor-

re do aumento da queda de pressão que exige um incremento da potência de ali-

mentação da microbomba para manter a vazão.

Equipamentos e procedimento experimental

67

4.1.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1.4.1. Escoamento monofásico

Os experimentos foram conduzidos primeiro fixando-se a pressão de satura-

ção no tanque de refrigerante aquecido (ver Figura 4.1) com o controle da sua tem-

peratura através da solução de etileno-glicol e água. Esse tanque contém refrigeran-

te no estado saturado. Uma vez estabelecida a pressão de saturação do refrigerante

no circuito, a velocidade mássica desejada é ajustada pelo controlador PI, conecta-

do ao inversor de frequência que atua na microbomba. A seguir, a temperatura de

sub-resfriamento da entrada é fixada através do sub-resfriador localizado a montan-

te do pré-aquecedor. Na sequência, o fluxo de calor desejado é aplicado na seção

de testes e no pré-aquecedor variando a potência fornecida pelas duas fontes de

corrente contínua. Em geral, os fluxos de calor nas seções de testes e de pré-

aquecimento foram mantidos próximos, de forma que o comprimento de desenvol-

vimento térmico ocorresse no pré-aquecedor. A potência de aquecimento aplicada

foi limitada de forma a garantir um sub-resfriamento na saída da seção de testes

superior a 2oC, evitando condições com formação de vapor, o que resultaria em er-

ros no balanço de energia. Repetia-se este procedimento para cada pressão, vazão,

sub-resfriamento e fluxo de calor desejados.

4.1.4.2. Escoamento bifásico (Ebulição convectiva)

Os experimentos eram iniciados fixando a temperatura no tanque de refrige-

rante aquecido (ver Figura 4.1). Dessa forma, estabeleciam-se a temperatura de

saturação e, consequentemente, a pressão do fluido no circuito de testes. O estabe-

lecimento da temperatura se dá através de uma solução de etileno-glicol e água

com temperatura controlada, circulando no interior de uma serpentina localizada no

interior do tanque de refrigerante aquecido. Uma vez atingida a pressão de satura-

ção do refrigerante no circuito, a velocidade mássica é ajustada através do controla-

dor PI ligado ao inversor de frequência que atua na microbomba. Em seguida, inicia-

se o aquecimento no pré-aquecedor, fornecendo-se a potência necessária de forma

a alcançar o sub-resfriamento ou o título de vapor requerido na entrada da seção de

testes. A seguir, o fluxo de calor desejado na seção de testes é aplicado, variando-

Equipamentos e procedimento experimental

68

se a potência fornecida pela fonte de corrente contínua. Incrementos do título de

vapor, para um fluxo de calor fixo na seção de testes, são obtidos aumentando-se a

potência fornecida pelo pré-aquecedor, mantendo-se os demais parâmetros fixos. O

título de vapor no final da seção de visualização é calculado em tempo real pelo sis-

tema de monitoramento, de tal forma a permitir o ajuste preciso da condição de en-

saio desejada (fluxo de calor, vazão, temperatura de saturação e título de vapor).

Os dados experimentais utilizados para a redução de dados eram gravados

apenas após assegurada a condição de regime permanente, caracterizadas por va-

riações nas temperaturas indicadas através dos termopares inferiores à incerteza de

suas medidas, isto é, 0,15oC. Geralmente tal condição se verificava após 15 minutos

da imposição de novos parâmetros de ensaio.

Durante a calibração dos termopares e a campanha experimental, o ambiente

contendo a bancada experimental foi mantido a uma temperatura de 22oC por um

sistema de condicionamento de ar. Tal procedimento foi adotado com o propósito de

minimizar possíveis efeitos da variação da temperatura ambiente na repetitividade

das medidas.

4.1.5. CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS ENSAIADAS

Ensaios monofásicos e bifásicos foram realizados neste estudo. O objetivo

dos ensaios monofásicos foi a avaliação da coerência dos resultados obtidos pelo

aparato experimental. Para isso, comparações dos valores medidos foram feitas

com previsões teóricas de transferência de calor, queda de pressão e a avaliação do

calor fornecido ao fluido em relação à parcela dissipada para o ambiente por meio

de balanço de energia.

4.1.5.1. Ensaios para escoamento monofásico

Durante o levantamento experimental para condições monofásicas, variaram-

se os seguintes parâmetros experimentais: diâmetro interno do tubo, fluido refrige-

rante, velocidade mássica, pressão absoluta, pabs, sub-resfriamento na saída da se-

ção de testes, ∆Tsub, e fluxo de calor. A Tabela 4.2 apresenta as condições para as

quais os ensaios foram realizados.

Equipamentos e procedimento experimental

69

Tabela 4.2 – Faixas dos parâmetros experimentais ensaiados com escoamento monofásico.

Di

(mm) Fluido

G

(kg/m2s)

pabs

(kPa)

∆Tsub

(oC)

q

(kW/m2)

2,32 R134a

R245fa 50-700 110-1000 2-10 2,5-30

1,10 50-800 2-10 2,5-30

4.1.5.2. Ensaios para escoamento bifásico

Para a campanha experimental envolvendo ebulição convectiva, variaram-se

os seguintes parâmetros experimentais: diâmetro interno do tubo, fluido refrigerante,

velocidade mássica, temperatura de saturação, título de vapor e fluxo de calor. A

Tabela 4.3 apresenta as condições para as quais os ensaios foram realizados na

bancada localizada na EESC-USP.

Tabela 4.3 – Faixas dos parâmetros experimentais ensaiados com escoamento bifásico.

4.2. BANCADA EXPERIMENTAL II (EPFL- LAUSANNE)

Neste estudo também foram realizados ensaios em uma segunda bancada

experimental localizada no Laboratory of Heat and Mass Transfer (LTCM) da École

Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), Suíça, sob coordenação do professor

John Richard Thome. Tais ensaios, realizados durante estágio doutoral, tiveram a

finalidade de investigar a influência da geometria do canal no CTC e no FCC, em

canais horizontais com dimensões características próximas à transição macro-

microcanais. Também se buscou avaliar possíveis diferenças entre resultados le-

vantados por um operador em condições experimentais similares em bancadas dis-

tintas, pois é frequente, na literatura, encontrar dados com tendências díspares pro-

venientes de laboratórios distintos, conforme ilustrado em Ribatski, Wojtan e Thome

(2006).

Di

(mm) Fluido

G

(kg/m2s)

Tsat

(oC)

xsaída

(-)

q

(kW/m2)

2,32 50-600 5,0 – 55,0

1,10

R134a

R245fa 50-1000 22; 31; 41 0,05–0,99

15-200

Equipamentos e procedimento experimental

70

Os canais de geometria não circular avaliados tratam-se de tubos achatados

como ilustrado na Figura 4.20. Como forma de avaliar o efeito da geometria, de

forma independente dos outros parâmetros do escoamento, adotou-se que os ca-

nais achatados deveriam ter a mesma área interna da seção transversal. A mesma

área interna implica que os canais devem ter o mesmo diâmetro equivalente, Deq,

que é o diâmetro de um canal circular com a mesma área interna de um canal não

circular, dado pela equação (4-7).

π

seção

eq

AD

⋅=

4

(4-7)

Assim, dois tubos achatados foram avaliados, cada um sob duas orientações

da seção transversal distintas, horizontal e vertical, totalizando 4 razões altu-

ra/largura (H/W) diferentes:1/4, 1/2, 2 e 4, todas com o mesmo diâmetro equivalente

de 2,20mm. Canais circulares também foram ensaiados nessa bancada: um de

1,00mm de diâmetro e outro de 2,20mm. Esse último, devido ao seu diâmetro equi-

valente de 2,20mm, foi utilizado nas comparações contra os tubos achatados.

Figura 4.20 – Perfis dos canais avaliados na bancada experimental II (LTCM-EPFL).

A bancada experimental II tem configuração e operação similar à bancada

experimental I, Figura 4.21. As diferenças se dão no controle de vazão e de potên-

cia da seção de testes, ambas com operação manual no caso da bancada II. Uma

microbomba também promove o escoamento de fluido refrigerante na bancada II e

um banho termostático controla a pressão do reservatório de fluido refrigerante. A

Figura 4.22 apresenta uma fotografia dessa bancada.

Equipamentos e procedimento experimental

71

Figura 4.21 – Diagrama esquemático da bancada experimental II (LTCM-EPFL).

Figura 4.22 - Fotografia da bancada experimental II (LTCM-EPFL).

Equipamentos e procedimento experimental

72

4.2.1. SEÇÕES DE TESTES

4.2.1.1. Canais circulares

A Figura 4.23 apresenta detalhes da instalação dos termopares utilizados

nos ensaios com o tubo de 2,20mm. Tanto a seção de testes como a de pré-

aquecimento são canais circulares em aço inoxidável, com diâmetro interno de

2,20mm e espessura da parede de 0,1mm. O comprimento aquecido na seção de

testes utilizados nos experimentos foi de 361mm e no pré-aquecedor 90mm. A ru-

gosidade na superfície interna do tubo foi avaliada através da técnica de interfero-

metria (optical phase shifting and white light vertical scanning interferometer techni-

que) resultando no valor RMS (Root Mean Square) de 0,827µm.

Figura 4.23 – Detalhes da seção de testes e o posicionamento dos termopares no canal de 2,20mm.

Foram instalados 12 termopares do tipo K (diâmetro da ponta de 0,25mm) ao

longo da superfície da seção de testes, Figura 4.23. Esses termopares foram colo-

cados em 6 seções distintas do tubo, dispostos 180º um do outro, no topo e na ba-

se. Um termopar foi posicionado na parte final externa superior da seção de testes

com o objetivo de medir o fluxo crítico de calor. Para medir as temperaturas de en-

trada e saída, respectivamente, na seção de testes foram instalados um termopar

na parte superior do tubo assim posicionados: um 20mm a montante da região a-

quecida da seção de testes, e outro 20mm a jusante da região aquecida da seção

de testes, ambos em regiões adiabáticas. Todos os termopares foram envoltos por

voltas de fita de kapton tensionadas junto de um anel de vedação de borracha (o-

ring) de diâmetro inferior ao tubo para aumentar a pressão de contato. Os termopa-

Equipamentos e procedimento experimental

73

res utilizados nessa bancada foram da marca Thermocoax, vindos de fábrica com

isolamento elétrico superficial, não sendo necessário adicionar qualquer tipo de iso-

lante elétrico. No pré-aquecedor instalou-se um termopar na superfície superior,

somente com a finalidade de detectar uma temperatura excessiva que pudesse da-

nificar o tubo e suas conexões. Após a instalação dos termopares, ambas as seções

foram envoltas com espuma isolante térmica, conforme ilustrado na Figura 4.22.

Para o tubo de 1,00mm, foi utilizada configuração similar ao do tubo de 2,20mm,

como ilustrado na Figura 4.24. A rugosidade na superfície interna do tubo de

1,00mm foi avaliada resultando no valor RMS (Root Mean Square) em torno de

0,596 µm.

Figura 4.24 – Detalhes da seção de testes e posicionamento dos termopares no canal de 1,00mm.

4.2.1.2. Canais não circulares

Dois canais não circulares ilustrados esquematicamente na Figura 4.20 fo-

ram ensaiados. Estes canais foram obtidos deformando um primeiro tubo circular de

diâmetro interno original Di,orig =3,00mm e um segundo tubo de diâmetro interno ori-

ginal Di,ori=2,35mm até se obter o diâmetro equivalente de 2,20mm. O tubo

Di,orig=3,00mm formou os canais com relação (H/W)=1/4 e 4, enquanto o tubo com

Di,orig = 2,35mm formou os canais com relação (H/W)=1/2 e 2, conforme ilustrado na

Figura 4.20. Nesse processo de deformação, assumiu-se que o perímetro e a es-

pessura do tubo se mantiveram constantes, fato admissível considerando-se que a

espessura da parede era reduzida. Uma vista explodida da montagem do tubo acha-

tado com (H/W)=1/4 está ilustrada na Figura 4.25. As extremidades do tubo foram

mantidas circulares, facilitando a conexão com o circuito externo. Tanto a seção de

Equipamentos e procedimento experimental

74

testes como a de pré-aquecimento foram montadas no mesmo tubo, em aço inoxi-

dável, não havendo juntas entre as duas partes. O comprimento aquecido na seção

de testes utilizado nos experimentos de CTC foi de 361mm e 90mm no pré-

aquecedor, e o comprimento da parte achatada era de 540mm. A instalação dos

termopares sobre a superfície, nos ensaios com os tubos achatados, foi similar à do

tubo circular de 2,20mm.

Figura 4.25 – Vista explodida da montagem do tubo achatado com (H/W)=1/4. Obs.: nesta

ilustração, o comprimento do tubo não está em escala.

4.2.2. SENSORES, CONTROLADORES E SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS

Na bancada II, a aquisição de dados foi realizada utilizando-se placas de a-

quisição da National Instruments com chassi SCXI-1000, contendo o condicionador

de sinal SCXI-1102 (entradas analógicas) e o bloco de terminal SCXI-1303, com

programação em Labview 7.

Foram utilizados 16 termopares da marca Thermocoax, com diâmetro de jun-

ta quente de 0,25mm, isolados eletricamente pelo fabricante. O sensor de pressão

Equipamentos e procedimento experimental

75

absoluta é da marca Keller, modelo PAA 33 80794.5-10, e o sensor de pressão dife-

rencial é um Keller, modelo Series PD − 39X, com operação entre 0-5bar. O medi-

dor de vazão, do tipo coriolis, é um Micromotion, modelo CMF010m 2700, e as fon-

tes de corrente DC eram: Sorensen dlm32-95, na seção de testes, com capacidade

de até 95A, e, Sorensen DCS8-125E, no pré-aquecedor, com capacidade de até

125A. O programa de aquisição de dados salvava os dados numa frequência de

aquisição de até 10Hz, limitada pela leitura do sinal de vazão através de protocolo

digital.

4.2.3. CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS ENSAIADAS

4.2.3.1. Ensaios para escoamento monofásico

Durante o levantamento experimental para condições monofásicas, os se-

guintes parâmetros foram variados: diâmetro interno do tubo, fluido refrigerante, ve-

locidade mássica, pressão absoluta, sub-resfriamento na saída da seção de testes,

e fluxo de calor. A Tabela 4.4 apresenta a faixa em que esses parâmetros foram

ensaiados.

Tabela 4.4 – Faixas dos parâmetros experimentais ensaiados com escoamento

monofásico.

Di

(mm) Fluido

G

(kg/m2s)

pabs

(kPa)

∆Tsub

(oC)

q

(kW/m2)

2,20

R134a

R245fa

R1234ze

50-1500 200-1000 4-10 2,5-50

1,00

R134a

R245fa

R1234ze

50-1500 200-1000 4-10 2,5-50

Tubo achatado

Di,orig=2,35mm

R134a

R245fa 50-1500 200-1000 4-10 2,5-50

Tubo achatado

Di,orig=3,0mm

R134a

R245fa 50-1500 200-1000 4-10 2,5-50

Equipamentos e procedimento experimental

76

4.2.3.2. Ensaios para escoamento bifásico

Para a campanha experimental, segundo condições de ebulição convectiva,

os seguintes parâmetros foram variados: diâmetro interno do tubo, fluido refrigeran-

te, velocidade mássica, temperatura de saturação, título de vapor e fluxo de calor. A

Tabela 4.5 apresenta as condições experimentais para as quais os ensaios foram

executados.

Tabela 4.5 – Faixas dos parâmetros experimentais ensaiados com escoamento bifásico.

Vale destacar, que o R1234ze(E) é um novo refrigerante desenvolvido para

substituir o R134a, que é amplamente utilizado. Durante o desenvolvimento desse

fluido, buscou-se obter um refrigerante com reduzido impacto ambiental e com de-

sempenho similar ao R134a em suas aplicações. Como consequência desse esfor-

ço, o R1234ze(E) tem o ODP (potencial de destruição de ozônio) igual a zero, o

mesmo do R134a, e um GWP (potencial de aquecimento global) de apenas 6, muito

inferior ao valor de 1430 do R134a (ambos considerando um horizonte de tempo de

100 anos). O GWP é um índice usado para comparar o potencial de um gás em

produzir efeito estufa, cuja referência é o CO2 com valor de 1. Isso significa que 1kg

de R1234ze(E) produz o mesmo efeito de aquecimento global de 6kg de CO2. Outro

importante parâmetro a favor do R1234ze(E) é o tempo de vida atmosférica: 14 di-

as, contra 14 anos do R134a.

Di

(mm) Fluido

G

(kg/m2s)

Tsat

(oC)

xsaída

(-)

q

(kW/m2)

2,20

R134a

R245fa

R1234ze

50-1500 25; 31; 35 0,05–0,99 5,0 – 250

1,00

R134a

R245fa

R1234ze

50-1500 25; 31; 35 0,05–0,99 5,0 – 250

Tubo achatado

Di,orig=2,35mm

R134a

R245fa 50-1500 31 0,05–0,99 5,0 – 250

Tubo achatado

Di,orig=3,00mm

R134a

R245fa 50-1500 31 0,05–0,99 5,0 – 250

Equipamentos e procedimento experimental

77

4.3. TRATAMENTO DE DADOS

Este item descreve as hipóteses adotadas e os procedimentos para tratamen-

to dos dados utilizados para determinação dos resultados experimentais apresenta-

dos nesta tese.

4.3.1. PARÂMETROS GERAIS

4.3.1.1. Velocidade mássica

A velocidade mássica é a razão entre a vazão mássica, m& , medida pelo me-

didor Coriolis e a área interna da seção transversal do tubo, Ai, conforme as equa-

ções (4-8) e (4-9).

iA

mG

&= (4-8)

4

2i

i

DA

⋅=

π (4-9)

4.3.1.2. Fluxo de calor

O fluxo de calor, q, nas seções de testes e de pré-aquecimento, é dado pela

razão entre a potência elétrica aplicada na seção, P, e a área superficial interna do

tubo, As, considerando-se apenas a região aquecida. A potência elétrica é calculada

diretamente pelo produto entre a tensão e a corrente, fornecidas pela fonte de cor-

rente contínua. As fontes de correntes utilizadas permitem a medição da tensão lo-

calmente no ponto de contato do eletrodo e o tubo de testes, evitando-se, assim,

erros relacionados à queda de tensão nas fontes, conforme as equações (4-10), (4-

11), (4-12), (4-13).

sts

stst

A

Pq

,

= (4-10)

pas

pa

paA

Pq

,

= (4-11)

stists LDA ⋅⋅= π, (4-12)

Equipamentos e procedimento experimental

78

paipas LDA ⋅⋅= π, (4-13)

Para fins de cálculo, considera-se que o fluxo de calor é uniforme ao longo do

tubo e que perdas de calor para o ambiente na região aquecida do tubo são despre-

zadas. Para assumir esta hipótese, algumas verificações foram feitas:

• efeito de condução axial no tubo;

• efeito de resistência térmica do isolamento no fluxo de calor;

• efeito de aleta dos termopares.

Esses três efeitos combinados contribuem com menos de 1% de perda de ca-

lor para fluxos de calor acima de 10kW/m2 para o tubo de 2,32mm, considerando

condições extremas de operação da bancada. Para fluxos inferiores, esse efeito tor-

na-se relevante, apresentando valores substanciais para fluxos inferiores a

2,5kW/m2.

Gradientes de coeficiente de transferência de calor ao longo do perímetro do

tubo resultam numa não uniformidade da temperatura superficial em uma seção

transversal, originando estimativas incorretas do fluxo de calor devido a condução

de calor ao longo do perímetro do tubo. Esses gradientes ocorrem em situações em

que o escoamento bifásico não é uniforme na seção transversal do tubo, tal como

em escoamentos com efeitos de estratificação. Nesses casos, não é correta a utili-

zação de um único termopar para determinação da temperatura superficial, proce-

dimento comumente utilizado. A Figura 4.26 apresenta a distribuição de temperatu-

ra ao longo da parede de um tubo submetido a transferência de calor não uniforme

com o fluido a uma temperatura de 41oC. A região superior interna do tubo está

submetida a um CTC de 6kW/m2, enquanto a outra metade está submetida a um

CTC de 2kW/m2. Toda a superfície externa do tubo é adiabática e existe uma gera-

ção interna de calor de 108W/m3 (equivalente a um fluxo médio de 35kW/m2 para o

tubo de 2,32mm ensaiado). Verifica-se, pelas isotermas, que ocorrem gradientes de

temperatura positivos a partir da região superior do tubo.

A Figura 4.27 apresenta a parcela do fluxo de calor que ocorre na direção

vertical resultante dessa simulação. Segundo a figura, a parcela do fluxo de calor na

direção vertical transmitido para o fluido, na região superior do tubo, é de

39,25kW/m2, enquanto na região inferior é 25,4kW/m2. Caso não ocorresse esse

efeito de condução ao longo do perímetro, o fluxo de calor seria 35kW/m2 em toda a

Equipamentos e procedimento experimental

79

região interna do tubo. Para materiais de condutividade térmica superior, como o

cobre, esse efeito tende a se intensificar. É importante destacar que para experi-

mentos com velocidades mássicas mais elevadas esse efeito tende a ser reduzido,

fato pelo qual se priorizou ensaios experimentais neste trabalho com velocidades

mássicas mais elevadas, G>200 kg/m2s.

Figura 4.26 – Resultado, em elementos finitos, no tubo de 2,32mm, mostrando a distribuição

de temperatura na parede do tubo na presença de convecção assimétrica em relação ao eixo-x no interior do tubo.

Figura 4.27 – Valores do fluxo de calor na direção Y, correspondente às condições simuladas

na Figura 4.26.

Equipamentos e procedimento experimental

80

4.3.1.3. Comprimento monofásico na seção de pré-aquecimento

O comprimento monofásico na seção de pré-aquecimento é calculado através

da solução de um sistema de três equações, equações (4-14) a (4-16). A região na

qual o escoamento se torna saturado é onde a temperatura e a pressão termodinâ-

mica local no canal se igualam à condição de saturação (desprezando-se efeitos de

superaquecimento junto à superfície). A temperatura local do fluido no pré-

aquecedor é calculada mediante um balanço de energia, enquanto que a pressão

local é estimada a partir da queda de pressão assumindo um fator de atrito de Darcy

dado por 64/Re para Re<2300 e a correlação de Petukov (1970) para Re>2300.

Nesse cálculo, as propriedades do fluido foram estimadas com relação à temperatu-

ra de entrada no pré-aquecedor, pois mesmo considerando uma variação de 20oC

na temperatura, o erro na queda de pressão é inferior a 2%. Nas equações (4-14) a

(4-16), L1, é o comprimento não aquecido antes da seção de pré-aquecimento, co-

mo indicado na Figura 4.4. A temperatura de saturação na equação (4-16) é esti-

mada por intermédio de software para cálculos de propriedades termodinâmicas, tal

como EES (2009) ou Refprop (2008).

( )[ ]enLsatLimonoipa iTTiAGLDq ,−=⋅⋅=⋅⋅⋅π (4-14)

entLi

monoensat

D

GLLfpp

,

21

2

)(

ρ⋅⋅

⋅+⋅−= (4-15)

( )satsatsat ppatemperaturT == (4-16)

4.3.1.4. Pressão do fluido

A pressão ao longo da seção de testes é calculada assumindo-se uma varia-

ção linear da pressão na região de escoamento bifásico. Para isso, deve-se saber a

pressão no início da região saturada, psat, e no final dela, psai. A pressão de saída,

psai, é obtida subtraindo-se a queda de pressão medida pelo transdutor de pressão

diferencial, ∆p, da pressão na entrada, pent, determinada por um sensor de pressão

absoluta. A pressão de saturação no final do comprimento monofásico, psat, é calcu-

lada pelo sistema de equações (4-14) a (4-16). Assim, a pressão num determinado

comprimento z, na seção de testes, é obtida por meio das equações (4-17) a (4-18).

Equipamentos e procedimento experimental

81

( ) ( )( )

sat

monopasat

saisatsaiL

LLLzLpppzp

−++−⋅−+=

2 (4-17)

ppp entsai ∆−= (4-18)

( )1LLLL monoTsat +−=

sendo L1 e L2 comprimentos não aquecidos, como indicados na Figura 4.4.

4.3.1.5. Temperatura do fluido

A temperatura de saturação numa posição z, ao longo da seção de testes, é

calculada diretamente com EES (2009) ou Refprop (2008), a partir da pressão de

saturação local, de acordo com a equação (4-19).

( ) ( )( )zppatemperaturzT satsat == (4-19)

4.3.1.6. Título de vapor

O título de vapor local é determinado por um balanço de energia entre a en-

trada do pré-aquecedor e a posição z ao longo da seção de testes. A entalpia na

entrada da seção de testes, ient,st, pode ser razoavelmente aproximada pela entalpia

do líquido saturado à temperatura da entrada, segundo as equações (4-20) a (4-

23).

( ) ( ) ( )( )zi

zizizx

LV

L−= (4-20)

( ) ( )stent

i

st iAG

zPzi ,+

⋅= (4-21)

( ) zDqzP istst ⋅⋅⋅= π (4-22)

ent

i

pa

stent iAG

Pi +

⋅=, (4-23)

O título de vapor na entrada da seção de vidro é calculado diretamente pelo

balanço de energia ao longo de toda seção de pré-aquecimento e de testes, segun-

do a equação (4-24).

Equipamentos e procedimento experimental

82

saiLV

saiLent

i

past

saii

iiAG

PP

x,

,−

+

+

= (4-24)

4.3.1.7. Coeficiente de transferência de calor

O coeficiente de transferência de calor local é calculado segundo a lei de res-

friamento de Newton, de acordo com a equação (4-25).

( )( ) ( )zTzT

qzh

satpi

st

−= (4-25)

sendo: qst o fluxo de calor na seção de testes, dado pela equação (4-10); Tsat(z), a

temperatura de saturação local na posição z, calculada de acordo com a equação

(4-19); e, Tpi, a temperatura interna local da parede, estimada através da lei de Fou-

rier, considerando condução unidimensional e superfície externa adiabática, segun-

do as equações (4-26) e (4-27),

( ) ( ) ( )

⋅−

⋅+=

i

ee

p

gie

p

g

spiD

DD

k

EDD

k

EzTzT ln

4244

222

(4-26)

stie

stg

LDD

PE

−=

4

22

π

(4-27)

nas quais: Ts(z) é a temperatura na superfície externa do tubo, medida pelos termo-

pares fixados na superfície da seção de testes; Eg é a geração interna de calor do

tubo, relacionada à potência fornecida pela fonte de corrente contínua. Adotou-se a

condutividade térmica para o aço inoxidável AISI-304, material do tubo, igual a

kp=16,3W/m.K.

O coeficiente de transferência de calor médio ao longo do perímetro de uma

seção específica da seção de testes é dado pela equação (4-28),

( )( ) ( ) ( )

4

2 zhzhzhzh

baselateraltopo +⋅+= (4-28)

onde: htopo, hlateral, hbase são os coeficientes locais de transferência de calor, cal-

culados de acordo com os termopares posicionados, respectivamente, no topo,

Equipamentos e procedimento experimental

83

na lateral e na base do tubo, para uma determinada posição z (ver Figura 4.4).

No caso de ensaios onde se utilizou somente dois termopares, um no topo e ou-

tro na base, o coeficiente de transferência de calor médio ao longo do perímetro

de uma seção específica da seção de testes é dado pela equação (4-29).

( )( ) ( )

2

zhzhzh

basetopo += (4-29)

4.3.1.8. Fluxo crítico de calor (FCC)

O fluxo crítico de calor foi calculado utilizando a mesma expressão apresenta-

da para o cálculo do fluxo de calor na seção de testes, equação (4-10). Para

medir o FCC, a potência aplicada a seção de testes foi incrementada em peque-

nos valores, sempre controlando os outros parâmetros do experimento de forma

a mantê-los constante. Nesta campanha experimental o FCC foi definido para a

situação em que a temperatura da parede, medida pelo termopar localizado no

fim da seção de testes, alcançasse 40 K de superaquecimento (ver Figura 4.23

e Figura 4.24). Este procedimento foi usado para evitar detecções errôneas do

FCC devido a oscilações de temperatura da parede, que são comuns em condi-

ções de secagem da parede relativas a altos títulos de vapor.

Uma curva de superaquecimento da parede versus fluxo de calor durante a

ebulição convectiva, com velocidade mássica de 200kg/m2s para R134a é mos-

trada na Figura 4.28. Antes da ocorrência do FCC, o superaquecimento da pa-

rede é inferior a 10 K. Acima do valor de 55 kW/m2, um pequeno incremento do

fluxo de calor causa um drástico aumento do superaquecimento da parede. Para

esta condição, o fluxo de calor é caracterizado neste trabalho como FCC, no

qual, para as condições da Figura 4.28 e com um superaquecimento ∆Tsup=

39K resultou em um valor de 58 kW/m2.

Equipamentos e procedimento experimental

84

Figura 4.28 – Superaquecimento da parede para R134a para G=200 kg/m2s, Tsat=31oC, La-

que=361mm, Tsub=4 K.

4.3.2. ESCOAMENTO MONOFÁSICO

4.3.2.1. Velocidade mássica e fluxo de calor

A velocidade mássica e o fluxo de calor são calculados da mesma forma que

no escoamento bifásico, por meio das equações (4-8) e (4-10).

4.3.2.2. Balanço de energia

O balanço de energia monofásico, (∆E/E), é realizado num volume de contro-

le que engloba as seções de pré-aquecimento e de testes. Nesse balanço, a potên-

cia fornecida pelas fontes de corrente contínua, Pelet, é comparada com a potência

calculada através da variação da entalpia do fluido ao longo deste volume de contro-

le, Pinter, conforme as equações (4-30) a (4-32). Os termopares na entrada do pré-

aquecedor e na saída da seção de testes permitem determinar as respectivas ental-

pias, ient e isai, na condição monofásica, considerando-se estas similares ao do líqui-

do saturado à mesma temperatura.

( )

elet

eleter

P

PP

E

E −=

∆ int (4-30)

Equipamentos e procedimento experimental

85

( )entsaiier iiAGP −⋅⋅=int (4-31)

pastelet PPP += (4-32)

4.3.2.3. Temperatura do fluido ao longo da seção de testes

A temperatura do fluido numa posição z, ao longo da seção de testes, é de-

terminada através do balanço de energia num volume de controle que se inicia na

posição z e termina ao final da seção de testes, onde são determinadas a pressão e

a temperatura do fluido. Considera-se adiabática toda a região após a seção de tes-

tes e a entalpia na saída, isai, é determinada pela temperatura medida pelo termopar

imerso na saída da seção de visualização. Como a entalpia do liquido sub-resfriado

praticamente não varia com a pressão, ela pode ser aproximada pela entalpia do

líquido saturado à mesma temperatura. Assim, a temperatura numa posição z é da-

da pelas equações (4-33) e (4-34).

( ) ( )

i

stistsai

AG

zLDqizi

−⋅⋅⋅−=

π (4-33)

( ) ( )( )0; == xziatemperaturzT (4-34)

4.3.2.4. Coeficiente de transferência de calor

O coeficiente de transferência de calor para escoamento monofásico é calcu-

lado da mesma forma que o bifásico, exceto que neste a temperatura do fluido na

posição z é obtida pela equação (4-34).

4.4. INCERTEZAS EXPERIMENTAIS E VALIDAÇÃO DO APARATO EXPERIMENTAL

As incertezas experimentais foram avaliadas pelo método de propagação de

incertezas descrito em Moffat (1988). Considerando que toda medida iX apresenta

uma incerteza iXδ , uma variável R = R(X1,X2,...,Xn), função de N variáveis indepen-

dentes iX , terá a incerteza dada pela equação (4-35).

Equipamentos e procedimento experimental

86

2/1

1

2

∂= ∑

=

N

i

i

i

XX

RR δδ (4-35)

Os erros dos instrumentos de medição utilizados nos experimentos estão lis-

tados nas Tabela 4.6 e Tabela 4.7. Esses erros foram levantados a partir das espe-

cificações técnicas dos manuais ou dos certificados de calibração dos instrumentos

utilizados. O erro de temperatura dos termopares foi determinado por meio do pro-

cedimento de calibração descrito no apêndice A.

Tabela 4.6 – Incerteza dos parâmetros experimentais ban-

cada experimental I.

Parâmetro Incerteza Parâmetro Incerteza

D 20µm ∆p 150Pa

L 1,0mm q 0,8%

p 4,5kPa T 0,15oC

m& 0,1%

Tabela 4.7– Incerteza dos parâmetros experimentais bancada experimental II.

Parâmetro Incerteza Parâmetro Incerteza

D 20µm ∆p 1kPa

L 1,0mm q 0,8%

p 500Pa T 0,15oC

m& 0,1%

Aplicando a equação (4-35) aos parâmetros velocidade mássica, fluxo de ca-

lor, título de vapor e coeficiente de transferência de calor, obtiveram-se as incerte-

zas relativas R

Rδ, em porcentagem, indicadas na Tabela 4.8 e Tabela 4.9.

Tabela 4.8 – Incerteza dos parâmetros experimentais G, q, x e

h, na bancada I.

Parâmetro Incerteza Parâmetro Incerteza

G 1,7% x <5%

q 1,2% h <30%

Equipamentos e procedimento experimental

87

Tabela 4.9 – Incerteza dos parâmetros experimentais G, q, x e

h, na bancada II.

Parâmetro Incerteza Parâmetro Incerteza

G 2% x <5%

q 2,6% h <20%

O fluxo crítico de calor tem a incerteza dada aproximadamente pela incerteza

do fluxo de calor q. Considerando que a secagem da parede possa promover efeitos

de condução axial na parede do tubo, a incerteza do FCC, na prática, deve ser ligei-

ramente superior à do fluxo de calor apresentada nas tabelas acima.

Como o título de vapor e o CTC dependem de vários parâmetros experimen-

tais, a incerteza relativa depende da condição experimental ensaiada. Sendo assim,

os valores apresentados nas Tabela 4.8 e Tabela 4.9 foram as maiores incertezas

do banco de dados obtido. As incertezas no CTC da bancada II são inferiores à da

bancada I devido à realização de experimentos com velocidades mássicas e fluxos

de calor superiores.

Para assegurar a acuracidade na estimativa do título de vapor e avaliar a taxa

efetiva de transferência de calor para o fluido refrigerante, uma análise do balanço

de energia monofásico foi realizada com base na equação 4-29. Como se pode ver

na Figura 4.29, as perdas de calor decrescem com o incremento da velocidade

mássica e observam-se taxas efetivas de transferência de calor para o ambiente

inferiores a 10% para G≥100kg/m2s e 5% para G≥400kg/m2s. Perdas superiores

ocorreram para G=50kg/m2s.

A Figura 4.30 ilustra resultados a partir dos quais se buscou avaliar a varia-

ção da perda de calor com a temperatura do líquido na saída da seção de testes,

mantendo-se a temperatura externa em 22oC e a de entrada do pré-aquecedor em

13oC. Verifica-se que quanto mais próxima for a temperatura de saída à do ambien-

te, menores as perdas de calor. Este experimento demonstrou que ensaios bifásicos

realizados a Tsat=22ºC devem apresentar perdas de calor inferiores para o ambiente,

e, assim, tornar próximas as estimativas do título de vapor a do valor real. Para es-

coamentos em ebulição convectiva, o CTC interno é muito superior ao do monofási-

co, tornando as perdas de calor para o ambiente inferiores.

Equipamentos e procedimento experimental

88

Figura 4.29 – Avaliação do balanço de energia monofásico para temperaturas de

subresfriamento na saída da seção de testes, Tsub,sai, de 2 e 10oC. (R134a, D=2,32mm, Tent=16oC, p=106Pa, qst=qpa).

Figura 4.30 – Avaliação do balanço de energia monofásico (R134a, D=2,3mm,

Tent=13oC): (a) função da velocidade mássica e temperatura de saída; (b) função da potência aplicada e velocidade mássica.

Equipamentos e procedimento experimental

89

Foram ainda realizados experimentos monofásicos de medida do CTC e de

queda de pressão. Compararam-se esses resultados com valores fornecidos pelas

correlações de Gnielinski (1976) e Petukhov (1970), respectivamente. Para Re lami-

nar, foi utilizado um fator de atrito tipo Darcy, f=64/Re. A Figura 4.31(a) ilustra coin-

cidências satisfatórias entre o CTC experimental e os valores calculados através das

correlações. Para queda de pressão, os resultados também são satisfatórios, con-

forme ilustrado na Figura 4.31(b), considerando-se o fato de nenhum parâmetro

experimental ter sido ajustado.

Figura 4.31 – (a) Comparação entre CTC experimental monofásico e o previsto pela correlação

de Gnielinski (1976) (R134a, D=2,32mm, Tsai=40oC); (b) Comparação entre a per-da de pressão experimental monofásica e a prevista teoricamente (R134a, D=2,32mm, Tsai=40oC).

De modo geral, os ensaios revelaram resultados similares para validação, in-

dependentemente do fluido e diâmetros ensaiados, conforme Figura 4.32 e Figura

4.33.

Figura 4.32 – (a) Comparação entre CTC experimental monofásico e o predito pela correlação de

Gnielinski (1976) (R24fa, D=2,32mm, Tsai= 31oC); (b) Comparação entre a perda de pressão experimental monofásica e a prevista teoricamente (R245fa, D=2,32mm, Tsai=31oC).

Equipamentos e procedimento experimental

90

Figura 4.33 – (a) Comparação entre CTC experimental monofásico e o previsto pela correlação de

Gnielinski (1976) (R245fa, D=1,10mm, Tsai=31oC); (b) Comparação entre a perda de pressão experimental monofásica e a prevista teoricamente (R245fa, D=1,10mm, Tsai=31oC).

Com a finalidade de verificar os experimentos realizados neste estudo, foi

realizada uma comparação contra resultados disponíveis na literatura para ebulição

convectiva em condições similares. Na Figura 4.34, resultados levantados no pre-

sente estudo são comparados com os obtidos por Yan e Lin (1998). Verifica-se uma

concordância razoável entre esses resultados, apesar do fato de Yan e Lin (1998)

terem ensaiado multi-microcanais circulares de diâmetro interno igual a 2,0mm.

Figura 4.34 – Comparação entre dados da literatura (YAN; LIN, 1998) e os obtidos

no presente estudo (G=200kg/m2s, q=5kW/m2, Tsat=31oC).

Para validar as medidas de CTC fornecidas pelos termopares em posições

axiais distintas ao longo da seção de testes, é apresentada uma comparação na

Figura 4.35. Nela, são comparados resultados de h , fornecidos pelos termopares

posicionados a 15mm e a 65mm do final da seção de testes em condições similares

de velocidade mássica, temperatura de saturação e títulos de vapor próximos. Se-

gundo a Figura 4.35, a diferença entre os CTCs fornecidos através destes termopa-

Equipamentos e procedimento experimental

91

res encontra-se dentro da incerteza dos resultados experimentais. Esse resultado

evidencia que a escolha da distância de 15mm entre a última seção de termopares

foi apropriada, sendo o efeito de aleta do eletrodo desprezível nessa posição.

Figura 4.35 – Comparação entre h medidos em posições axiais distintas do tubo (G=300kg/m2s, q=15kW/m2, Tsat=41oC)

Com o objetivo de verificar a repetitividade dos resultados experimentais, na

Figura 4.36 são comparados resultados para condições experimentais similares,

levantadas com espaçamento superior a 2 meses. Nessa figura, verifica-se que a-

pesar do período entre ensaios, os resultados são similares. Ao longo desse perío-

do, diversos ensaios foram realizados e não ocorreu substituição de fluido refrige-

rante.

Figura 4.36 – Repetitividade dos ensaios experimentais bifásicos (G=400kg/m2s,

Tsat=22oC, q=35kW/m2)

Equipamentos e procedimento experimental

92

Instabilidades térmicas relacionadas a volumes compressíveis, também cha-

madas de ‘ebulição explosiva’, são fenômenos comuns em ebulição convectiva em

microcanais. Essas instabilidades podem promover variações elevadas de pressão

e temperatura no escoamento e parecem explicar algumas das discrepâncias ob-

servadas entre resultados de diferentes autores, como discutido em Consolini

(2008). Durante a campanha experimental do presente estudo, as flutuações na

temperatura do fluido e na pressão estiveram dentro da incerteza das medidas dos

transdutores.

Na presente pesquisa, também foi realizada investigação da queda de pres-

são bifásica para os tubos ensaiados. Tibiriçá e Ribatski (2011) e Tibiriçá, Diniz da

Silva e Ribatski (2011) apresentaram resultados dessa investigação para o tubo de

2,32mm. A hipótese de gradiente de pressão constante ao longo da região saturada

foi verificada. Pressões locais estimadas das medidas de temperatura dos termopa-

res da superfície do tubo durante escoamento saturado adiabático foram usadas

para verificar essa hipótese. A Figura 4.37 apresenta uma curva da pressão local

versus a distância da saída da seção de testes, de acordo com os resultados expe-

rimentais e a hipótese de queda de pressão linear. De acordo com a figura, a hipó-

tese de gradiente de pressão constante pode ser considerada para as faixas de

queda de pressão obtidas na campanha experimental.

Figura 4.37 – Comparação entre a hipótese de queda de pressão linear utilizada para o cálculo da

temperatura de saturação ao longo da seção de testes e as medidas de pressão de-rivadas das temperaturas da superfície do tubo no escoamento em ebulição convec-

tiva adiabática. R245fa no tubo de 2,32mm, em Tibiriçá e Ribatski (2011).

Equipamentos e procedimento experimental

93

4.5. CONCLUSÕES

Os procedimentos e equipamentos experimentais utilizados durante os ensaios

em microcanais foram apresentados. As hipóteses consideradas para o trata-

mento dos dados experimentais foram descritas e as incertezas experimentais

fornecidas. Recomenda-se atenção especial a condições de variações do CTC

ao longo do perímetro do tubo, pois, nessa condição, conforme ilustrado, ocorre

condução de calor circunferencial que afeta a acuracidade do fluxo de calor. Tal

condição não foi mencionada ou observada na maioria dos trabalhos similares

da literatura. As bancadas experimentais foram validadas através dos ensaios

monofásicos para CTC, queda de pressão e balanço de energia. Procedimentos

de validação em ebulição convectiva também foram realizados.

Equipamentos e procedimento experimental

94

Resultados experimentais

95

5. RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Este capítulo apresenta os resultados experimentais para CTC e FCC durante

a ebulição convectiva levantados neste estudo. Também são apresentados os pa-

drões de escoamento observados e discutidos aspectos envolvendo instabilidades

no escoamento.

5.1. MAPAS DE PADRÃO DE ESCOAMENTO

Mapas de padrão de escoamento foram levantados utilizando-se câmera de

alta velocidade para os canais circulares com diâmetros internos Di=1,00; 1,10; 2,20;

e 2,32mm. Esses experimentos tiveram o intuito de investigar o efeito do diâmetro,

fluido, temperatura, vazão e título de vapor nas transições entre os seguintes pa-

drões de escoamentos observados para esses tubos: bolhas, pistonado, agitante e

anular. O padrão estratificado não foi observado na presente campanha experimen-

tal. Os tubos achatados, devido à dificuldade em se fabricar a seção transparente de

visualização no formato desses canais, não tiveram seus padrões observados.

5.1.1. EFEITO DO DIÂMETRO

Em microcanais, de forma análoga ao observado na literatura para macroca-

nais, como em Barbieri, Jabardo e Bandarra Filho (2008), o incremento do diâmetro

tende a elevar o título da transição entre os padrões intermitente e anular. Na

Figura 5.1, comparando-se os títulos de transição intermitente-anular para o tubo de

1,00mm e o tubo de 2,20mm, a 31oC, observa-se um incremento de 3% no título de

vapor de transição com o aumento do diâmetro, portanto dentro da faixa de incerte-

za das estimativas do título de vapor. Para as transições entre os regimes bolhas,

pistonado e agitante, parece ocorrer uma redução do título de vapor de transição

com o incremento do diâmetro. Isso permite especular que para uma determinada

velocidade mássica, os padrões bolhas, pistonado e agitante tendem a não ocorrer

com a redução do diâmetro, tornando assim o padrão anular predominante, mesmo

para títulos de vapor reduzidos. Para ambos os diâmetros, o incremento da veloci-

Resultados experimentais

96

dade mássica causa uma redução do título de vapor da transição de todos os pa-

drões, tornando o padrão anular predominante sobre toda a faixa de títulos de va-

por.

Figura 5.1 – Padrões de escoamento para R1234ze(E) em canais de

1,00mm e 2,20mm, Tsat=31oC.

5.1.2. EFEITO DO FLUIDO

A Figura 5.2 apresenta os mapas de padrões de escoamento para os três

fluidos avaliados neste trabalho, para o diâmetro de 1,00mm a 31oC. Na figura, ob-

serva-se que as curvas de transição dependem do título de vapor e da vazão mássi-

ca para todos os fluidos. Verifica-se também que os títulos de transição entre os pa-

drões de escoamento decrescem progressivamente do R134a ao R1234ze e

R245fa.

Resultados experimentais

97

Figura 5.2 – Mapas de padrão de escoamento para R1234ze, R134 e

R245fa. (Tsat=31oC, Di=1,00mm).

Resultados experimentais

98

A Tabela 5.1 apresenta propriedades de transporte e termodinâmicas para os

três fluidos a 31oC. Esse decréscimo do título de transição está relacionado ao in-

cremento do volume específico da fase vapor com a redução da pressão do fluido

refrigerante. Com o incremento do volume específico do vapor, eleva-se a velocida-

de superficial desta fase e seus efeitos inerciais, rompendo, desse modo, pontes de

líquido observadas durante os escoamentos em bolhas alongadas e agitante. Com-

portamentos similares também foram observados para o tubo de 2,32mm utilizando

R134a e R245fa.

Tabela 5.1 – Propriedades dos fluidos R1234ze, R134a e R245fa a 31oC.

T P ννννl ννννv hlv µl σσσσ

(°C) (MPa) 103.(m³/kg) 103( m³/kg) (kJ/kg) (µPa-s) (mN/m)

R134a 31 0.8 0,85 25,64 172 181 7.3

R1234ze 31 0.6 0,88 32,26 162 188 7.7

R245fa 31 0,18 0,76 95,42 186 374 13,2

5.1.3. EFEITO DA TEMPERATURA

A Figura 5.3 ilustra efeitos da temperatura de saturação na transição entre

padrões de escoamento para os refrigerantes R134a e R245fa no canal de

Di=2,32mm. De acordo com essa figura, para uma mesma velocidade mássica, as

transições ocorrem a títulos de vapor superiores, com o incremento da temperatura

de saturação. Tal comportamento decorre do decréscimo do volume específico com

o incremento da temperatura de saturação, reduzindo efeitos inerciais relacionados

à velocidade do vapor no núcleo do escoamento.

Resultados experimentais

99

Figura 5.3 – Curvas de transição, comparando efeito da temperatura de

saturação para R134a e R245fa.

5.1.4. AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE PREVISÃO

Neste item, os métodos de previsão de padrões de escoamento propostos

por Barnea, Luninski e Taytel (1983), Revellin e Thome (2007a), Felcar, Ribatski e

Jabardo (2007) e Ong e Thome (2011a) são comparados aos resultados experimen-

tais levantados no presente estudo. As Figura 5.4 a Figura 5.7 ilustram essas com-

parações.

De acordo com a Figura 5.4, Barnea, Luninski e Taytel (1983) indicam, de

forma análoga aos resultados experimentais levantados no presente estudo, a não

ocorrência de escoamento estratificado. Cenário similar foi observado para as tem-

peraturas de saturação de 31 e 41oC. Na figura, nota-se que o método de Barnea,

Luninski e Taytel (1983) não representa satisfatoriamente a transição entre o padrão

intermitente (bolhas alongadas mais agitante) e o anular. Ele também não captura o

decréscimo do título de vapor de transição entre os padrões intermitente e anular

com o incremento da velocidade mássica, pois prevê um título de vapor de transição

constante. Esse resultado está relacionado com hipóteses de uma relação linear

entre as velocidades superficiais de vapor e líquido e uma fração de vazio de transi-

ção fixa. A combinação de ambas as hipóteses resulta em um título de vapor de

transição constante.

Resultados experimentais

100

Figura 5.4 – Comparação entre o método de Barnea, Luninski e Taytel

(1983) e dados experimentais para R245fa, D=2,32mm.

A Figura 5.5 ilustra uma comparação entre os resultados para padrão de es-

coamento e as linhas de transição baseadas no método de Revellin e Thome

(2007a), para temperatura de saturação de 31oC. Nessa figura, IB, CB e A referem-

se aos regimes de bolhas isoladas, bolhas coalescentes e anular, respectivamente.

Revellin e Thome (2007a) e, posteriormente, Ong e Thome (2011a), segregaram o

padrão de bolhas alongadas em dois regimes: (i) regime de bolhas isoladas, carac-

terizado pela taxa de geração de bolhas superior à taxa de coalescência de bolhas e

(ii) regime de bolhas coalescentes, caracterizado pela taxa de coalescência de bo-

lhas superior à de geração. De acordo com a Figura 5.5, para os dados experimen-

tais e um dado título, a transição intermitente (agitante e bolhas alongadas) e anular

ocorre a velocidades mássicas inferiores às fornecidas pelo método. Como discutido

anteriormente, para uma velocidade mássica fixa e independentemente do refrige-

rante, a transição entre intermitente e anular, segundo os resultados experimentais,

ocorre em títulos de vapor superiores com o incremento da temperatura de satura-

ção. Segundo o método de Revellin e Thome (2007a), tal comportamento ocorre

apenas para R245fa, enquanto comportamento oposto é proporcionado por este

método para o R134a. De acordo com os resultados experimentais, o regime de se-

cagem foi observado somente para títulos de vapor superiores a 80%, enquanto,

segundo Revellin e Thome (2007a), a região de secagem ocupa quase toda a parte

superior direita do mapa de padrão de escoamento. A transição para escoamento

estratificado não é fornecida por este método, dado que ele é baseado em dados

Resultados experimentais

101

experimentais para tubos com diâmetros inferiores a 1mm, condição na qual o es-

coamento estratificado não se verifica para esses fluidos.

Figura 5.5 – Comparação entre os métodos preditivos (linhas) de Revellin e Thome (2007a)

e Ong e Thome (2011a) e os dados experimentais (símbolos), para R245fa e D=2,32mm.

A Figura 5.6 apresenta comparações entre o banco de dados e as transi-

ções, segundo o método de Felcar, Ribatski e Jabardo (2007). De forma geral, Fel-

car, Ribatski e Jabardo (2007), preveem razoavelmente os dados do presente estu-

do. A transição intermitente-anular foi satisfatoriamente capturada, com o método

prevendo o decréscimo de título de vapor para transição entre intermitente anular

com o incremento da velocidade mássica. O incremento do título de vapor de transi-

ção entre os padrões intermitente e anular com a elevação da temperatura de satu-

Resultados experimentais

102

ração, segundo os resultados experimentais, é superior ao estimado pelo método.

Tal comportamento demonstra uma imprecisão desse método com o incremento da

temperatura de saturação. O método de Felcar, Ribatski e Jabardo (2007) também

sugere a ausência de escoamento estratificado durante o escoamento bifásico dos

refrigerantes R134a e R245fa em um tubo de 2,32mm. Para altos títulos de vapor e

velocidades mássicas inferiores a 100kg/m2s, de acordo com a Figura 5.6, o méto-

do de Felcar, Ribatski e Jabardo (2007) falha na previsão do escoamento anular,

sendo, portanto, sua utilização não indicada para a previsão de padrões de escoa-

mento nessas condições.

Figura 5.6 – Comparação entre o método de Felcar, Ribatski e Jabardo (2007) e dados ex-

perimentais, R134a e D=2,32mm.

Os resultados de padrões de escoamento identificados visualmente também

foram comparados com o método de Ong e Thome (2011a) (Figura 5.7). As linhas

de transição determinam o limite entre bolhas intermitentes (IB), bolhas confinadas

Resultados experimentais

103

(CB) e anular (A). Essas linhas de transição de Ong e Thome (2011a) foram desen-

volvidas usando dados de padrões de escoamento identificados com a análise de

sinais provenientes de lasers atravessando o escoamento na seção transparente, o

que evita a interpretação subjetiva dos padrões de escoamento. A linha IB-CB é re-

lacionada com a máxima frequência de bolhas, enquanto que a transição de bolhas

para pistonado, nesse banco de dados experimental, refere-se à condição em que o

comprimento das bolhas torna-se superior ao diâmetro do canal. A linha CB-A indica

quando a frequência do sinal do laser se aproxima de zero. A transição de agitante

para anular, no presente estudo, refere-se a quando o núcleo de vapor no escoa-

mento torna-se contínuo no tempo. Apesar de terem sido distintos os métodos utili-

zados para identificar os padrões de escoamento, houve concordância entre os da-

dos experimentais e as linhas teóricas de transição para média e altas velocidades

mássicas nas transições bolhas-pistão e agitante-anular, para os diâmetros e fluidos

avaliados.

Figura 5.7 – Comparação entre o método de Ong e Thome (2011a) e dados experimentais

de Tibiriçá, Ribatski e Thome, (2011) para R134a, R1234ze e R245fa.

Resultados experimentais

104

5.2. COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Os resultados a seguir apresentados para o CTC foram calculados utilizando

o procedimento descrito no capítulo 4. A faixa de condições experimentais ficou res-

trita às condições operacionais limites dos aparatos experimentais. Foram determi-

nados valores do CTC locais, hlocal, e médios, h , sendo este último o parâmetro uti-

lizado nas comparações com os métodos de previsão.

5.2.1. COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR AO REDOR DO PERÍMETRO

DO TUBO

A Figura 5.8 ilustra o efeito do título de vapor no CTC ao longo do perímetro

da seção de testes. Medidas de CTC no topo, na lateral e na base do tubo testado

para termopares localizados a 15mm de distância do fim da região aquecida são

apresentados. A Figura 5.8 também apresenta imagens dos escoamentos bifásicos

correspondentes às medidas de CTC. As imagens foram obtidas pela câmera de

alta velocidade posicionada 50mm a jusante das medidas de CTC.

De acordo com a figura, efeitos de estratificação do líquido estão presentes e

um filme líquido mais espesso é observado na região inferior do tubo. Esse compor-

tamento afeta a medida de transferência de calor da seguinte forma para este diâ-

metro e velocidade mássica: (i) para medida de h na região inferior do tubo, o CTC

se eleva até títulos de vapor de 0,85, enquanto que para a medida de h na região

superior, h decresce até títulos da ordem de 0,70; (ii) para títulos de vapor acima de

0,85, há decréscimo progressivo no h medido ,. Esse comportamento permite inferir

a ocorrência de secagem progressiva da parede superior do tubo, devido à baixa

vazão desse experimento e, posteriormente, no meio e na base do tubo. É importan-

te enfatizar que escoamentos estratificados não foram detectados na campanha

experimental para o tubo de 2,32mm.

Efeito similar encontra-se ilustrado para R245fa na Figura 5.9, porém com

velocidade mássica superior, condição na qual os efeitos de estratificação do esco-

amento decrescem. Além disso, o volume específico do R245fa, na fase vapor, é

superior ao do R134a, significando incrementos adicionais da velocidade desta fase,

favorecendo a uniformidade do filme líquido ao longo do perímetro do tubo em uma

Resultados experimentais

105

mesma seção transversal. Tal comportamento resulta em em variações inferiores do

CTC ao longo do perímetro do tubo.

Figura 5.8 – Distribuição do CTC ao longo do perímetro do tubo e imagens do escoamento

bifásico correspondentes (R134a, D=2,32 mm, G=100kg/m2s, q=5kW/m2, Tsat=22oC).

Figura 5.9 – CTC ao longo do perímetro do tubo e imagem do escoamento bifásico corres-

pondente para R245fa a G=200kg/m2s, q=10kW/m2, x=35%, Tsat=31oC.

Resultados experimentais

106

5.2.2. EFEITO DE ENTRADA SUBRESFRIADA E SATURADA

Dois procedimentos foram utilizados para levantar os resultados de CTC du-

rante a ebulição convectiva. No primeiro, o fluido entra na condição sub-resfriada na

seção de testes, sendo, então, evaporado; no segundo procedimento, o fluido é e-

vaporado já no pré-aquecedor, entrando em condição saturada na seção de testes.

Esse segundo método tem a vantagem de permitir alcançar títulos de vapor eleva-

dos, independentemente do fluxo de calor aplicado à seção de testes, algo que só

poderia ser alcançado com o primeiro procedimento mediante incremento do com-

primento aquecido. Porém, como nesse segundo método o fluxo de calor na seção

de testes difere do fluxo na seção de pré-aquecimento, o fluxo de calor não é uni-

forme ao longo de toda a região bifásica.

Dessa forma, ensaios foram realizados com o intuito de avaliar o efeito da

adoção de procedimentos experimentais distintos relacionados à condição de entra-

da do fluido na seção de testes. A Figura 5.10 ilustra uma curva de CTC para o

R134a em tubo de 1,00mm, considerando os dois procedimentos. Na figura, os da-

dos para títulos inferiores a 25% foram obtidos com o primeiro procedimento, en-

quanto que os dados com títulos de vapor superiores foram obtidos com o segundo

procedimento. Observa-se que a curva de CTC é contínua, indicando que o efeito

da condição de entrada, e consequentemente dos dois procedimentos utilizados,

não afeta os resultados experimentais para as condições avaliadas.

Figura 5.10 – Efeito da condição de entrada do fluido na seção de testes no CTC. (R134a,

D=1,00mm, G=200kg/m2s, q=15kW/m2).

Resultados experimentais

107

5.2.3. EFEITO DA BANCADA EXPERIMENTAL

Um dos objetivos da presente pesquisa foi avaliar a diferença entre resulta-

dos experimentais levantados em laboratórios distintos, pois, de acordo com Ribats-

ki, Wojtan e Thome (2006), é comum a discrepância de resultados experimentais

em condições similares provenientes de diferentes laboratórios. Assim, resultados

obtidos na bancada I (EESC-USP-Brasil) e na bancada II (LTCM-EPFL-Suíça) foram

comparados para condições similares. A Figura 5.11 ilustra valores do CTC levan-

tados para o diâmetro de 2,32mm na bancada I e 2,20 na bancada II. Observa-se

que apesar dos resultados serem levantados em bancadas distintas, eles são razo-

avelmente próximos, com resultados ligeiramente superiores na bancada da EESC-

USP para títulos de vapor a partir de 60%. Esse fato pode estar associado à dife-

rença do comprimento aquecido, conforme observado por Karayiannis, Mahmoud e

Kenning (2011), já que a bancada da EESC-USP apresenta um comprimento aque-

cido total (seção de testes + pré-aquecedor) igual a 967mm, enquanto a bancada do

LTCM-EPFL é de 451mm.

Figura 5.11 – Comparações de dados experimentais levantados na EESC-USP e no LTCM-

EPFL.

Resultados experimentais

108

5.2.4. EFEITO DO DIÂMETRO

Considerando que um dos principais mecanismos de transferência de calor

durante a ebulição convectiva é a condução através do filme líquido, é de se esperar

que, com a redução do diâmetro, a espessura do filme líquido se reduza e assim o

CTC aumente. Nesse sentido, determinando-se a espessura do filme líquido durante

o escoamento anular por meio da correlação de fração de vazio de Rouhani e A-

xelsson (1970) para o diâmetro de 2,0mm nas condições x=80%, G=300kg/m2s e

Tsat=31oC, obtém-se uma espessura de filme de 38µm, enquanto que para um diâ-

metro de 1,00mm, em condições similares, obtém-se uma espessura de filme de

23µm, ou seja, uma razão de 1,65 entre elas. Porém, na prática, durante a ebulição

convectiva observa-se um incremento menor do CTC como observado nas Figura

5.12 e Figura 5.13. Observa-se que para títulos de vapor superiores, o efeito do di-

âmetro se torna superior. Tendência similar foi observada por Saitoh, Daiguji e Hiha-

ra (2007), comparando o desempenho de tubos com diâmetros de 0,51 a 3,1mm.

Ong (2010) verificou tendência similar com o R245fa, enquanto para o R134a ob-

servou decréscimo do CTC com a redução do diâmetro. Na Figura 5.12, para o títu-

lo de vapor de 80%, observa-se um CTC 50% superior para o tubo de 1,00mm de

diâmetro. Resultados similares são observados para R245fa na Figura 5.13.

Figura 5.12 – Efeito do diâmetro no CTC para R134a.

Resultados experimentais

109

Figura 5.13 – Efeito do diâmetro no CTC para R245fa.

5.2.5. EFEITO DA VELOCIDADE MÁSSICA

As Figura 5.14 a Figura 5.16 ilustram o efeito da velocidade mássica no CTC

para diferentes condições experimentais. Segundo essas figuras, de forma geral o

CTC aumenta com o incremento da velocidade mássica. Esse efeito é mais pronun-

ciado para títulos de vapor superiores. Comportamentos distintos em relação ao e-

feito do título de vapor são observados para um nível de velocidade mássica a partir

de 200kg/m2s para tubo de 2,32mm utilizando R134a. Para velocidades mássicas

superiores a este valor, o CTC eleva-se com o incremento do título de vapor até va-

lores da ordem de 90%. Para velocidades mássicas inferiores a 200kg/m2s, o CTC

decresce com o incremento do título de vapor e podendo-se associar este fato a

maior estratificação do filme líquido em baixa velocidades. O incremento do CTC

com a elevação da velocidade mássica manteve-se independentemente do nível de

fluxo de calor. Comportamentos distintos do CTC com o título de vapor segundo

uma velocidade mássica de 200kg/m2s também foram observados por Saitoh, Dai-

guji e Hihara (2007) em seus experimentos com tubo de Di=3mm para o R134a.

Resultados experimentais

110

Figura 5.14 – Ilustração do efeito da velocidade mássica no CTC (D=2,32mm, R134a,

Tsat=31oC, q=15kW/m2).

Figura 5.15 – Ilustração do efeito da velocidade mássica no CTC (D=2,32mm, R245fa,

Tsat=31oC, q=15kW/m2).

Figura 5.16 – Ilustração do efeito da velocidade mássica no CTC (D=1,00mm, R1234ze(E),

Tsat=31oC, q=35kW/m2).

Resultados experimentais

111

5.2.6. EFEITO DO FLUIDO

A Figura 5.17 compara o CTC dos fluidos R134a, R245fa e R1234ze para o

diâmetro 1,00mm a 31oC. Observa-se que, nessa condição experimental, os fluidos

com maior pressão reduzida (R134a e R1234ze) apresentam CTCs superiores para

títulos de vapores reduzidos. Tal comportamento é similar ao observado para ebuli-

ção nucleada e sugere a predominância desse mecanismo em títulos de vapor re-

duzidos. À medida que o título de vapor se eleva, efeitos convectivos se intensificam

e, com o desenvolvimento do escoamento anular, tornam-se preponderantes os e-

feitos relacionados à condutividade térmica e à razão de deslizamento das fases. O

fluido R245fa apresenta a condutividade térmica da fase líquida similar ao R134a,

porém possui volume específico de vapor superior, o que resulta numa velocidade

superior para essa fase e numa maior intensificação de efeitos convectivos (ver

Tabela 5.2). Isso resulta, para títulos de vapor elevados, num CTC superior para o

R245fa, seguido do R134a e do R1234ze(E). A Figura 5.18 apresenta uma compa-

ração entre R134a e R1234ze(E) para uma condição de fluxo de calor e velocidade

mássica distinta da Figura 5.17, com os pontos experimentais em sua maioria em

escoamento anular. Na figura, verifica-se que o R134a apresenta CTC ligeiramente

superior ao R1234ze(E), dentro da faixa de títulos de vapor ilustrada. Também se

verifica que a secagem da parede ocorre a títulos de vapor ligeiramente inferiores

para o R1234ze(E), fato que pode ser relacionado ao valor inferior de calor latente

de evaporação do R1234ze(E).

Tabela 5.2 – Propriedades dos fluidos R134a, R1234ze(E) e R245fa, a 31oC.

T pr ρρρρl ρρρρv hlv µl kl σσσσ

(°C) (-) (kg/m3) (kg/m3) (kJ/kg) (µPa.s) (mW/mK) (mN/m)

R134a 31 0,195 1183 39 172 181 79 7.3

R1234ze 31 0,159 1139 31 162 188 61 7.7

R245fa 31 0,050 1322 10 186 374 79 13,2

Resultados experimentais

112

Figura 5.17 – Comparação do efeito do fluido no CTC para R134a, R245fa e R1234ze(E).

Figura 5.18 – Comparação do efeito do fluido no CTC para R134a e R1234ze(E) (TIBIRI-

ÇÁ; RIBATSKI; THOME, 2011)

5.2.7. EFEITO DA TEMPERATURA

As Figura 5.19 e Figura 5.20 ilustram o efeito da temperatura de saturação

no CTC para distintas condições experimentais. Observa-se que, em geral, o CTC

aumenta com o incremento da temperatura de saturação. Esse comportamento é

Resultados experimentais

113

mais pronunciado em títulos de vapor e velocidades mássicas reduzidas e sua in-

tensidade decresce com o incremento da velocidade mássica e do título de vapor.

Esse comportamento está qualitativamente de acordo com aqueles observados du-

rante a ebulição convectiva em macrocanais. Assim, mostra-se fazer sentido que

métodos de previsão de coeficiente de transferência de calor em macrocanais sejam

adotados para ebulição convectiva em microcanais e apresentem resultados satisfa-

tórios para condições próximas às ensaiadas.

Figura 5.19 – Ilustração do efeito da temperatura de saturação no CTC. (R245fa,

q=25kW/m2, G=300kg/m2s, Di=2,32mm).

Figura 5.20 – Ilustração do efeito da temperatura de saturação no CTC para R134a,

Di=1,00mm, G=600kg/m2s, q=55kW/m2.

Resultados experimentais

114

5.2.8. EFEITO DO FLUXO DE CALOR

De acordo com a Figura 5.21, exceto para alguns resultados na região de

secagem de parede caracterizada por títulos de vapor próximo a 90%, o CTC eleva-

se com o aumento do fluxo de calor independentemente da faixa de velocidade

mássica. Esse comportamento difere do observado em macrocanais, no qual o CTC

eleva-se com o incremento do fluxo de calor apenas para velocidades mássicas e

títulos de vapor reduzidos. Alguns autores indicam que este comportamento relacio-

na-se ao fato de a ebulição nucleada ser o mecanismo dominante na transferência

de calor durante a ebulição convectiva em microcanais, independentemente do título

de vapor e do padrão de escoamento estabelecido. Essa consideração vem da in-

terpretação incorreta de que um processo de evaporação dependente do fluxo de

calor necessariamente signifique que a ebulição nucleada é o mecanismo predomi-

nante. Thome, Dupont e Jacobi (2004), para escoamento pistonado, e Qu e Muda-

war (2003), para escoamento anular, ilustraram que a evaporação do filme líquido

pode também resultar num incremento do CTC com o incremento do fluxo de calor.

A Figura 5.22 ilustra que este comportamento mantém-se para diâmetros distintos

para o R134a. O fluido R1234ze(E) apresenta comportamento similar ao R134a.

A Figura 5.23 ilustra o efeito do fluxo de calor na ebulição convectiva do

R245fa. Distintamente do R134a, para títulos de vapor elevados (associados ao es-

coamento anular), o CTC torna-se independente do fluxo de calor. Essa característi-

ca é observada para o diâmetro de 1,00mm e 2,20mm, sendo que, neste último,

efeito desprezível do fluxo de calor no CTC é verificado para títulos de vapor superi-

ores. Para títulos de vapor reduzidos, associados a escoamentos em bolhas e in-

termitentes, o efeito do fluxo de calor mantém-se relevante também para o R245fa.

Resultados experimentais

115

Figura 5.21 – Ilustração do efeito do fluxo de calor no CTC para (R134a, Di=2,32mm,

Tsat=22oC). (a) G=200kg/m2s; (b) G=400kg/m2s; (c) G=600kg/m2s.

Resultados experimentais

116

Figura 5.22 – Efeito do fluxo de calor no CTC para R134a.

Figura 5.23 – Efeito do fluxo de calor no CTC para R245fa.

Resultados experimentais

117

5.2.9. EFEITO DA GEOMETRIA

As Figura 5.24 e Figura 5.25 ilustram os resultados do CTC para os perfis de

canais achatados avaliados neste estudo, onde é possível avaliar o efeito da geo-

metria no CTC. Esses perfis foram comparados com um canal circular de mesmo

diâmetro equivalente que serviu de referência.

Na Figura 5.24a pode-se analisar o efeito da rotação no canal achatado no

CTC. Na figura, o mesmo tubo achatado é comparado sobre rotações de 90º em

torno do eixo axial, obtendo duas razões altura/largura (H/W): 4 e 1/4. Segundo a

figura, para velocidades mássicas reduzidas, G=100kg/m2s, o tubo com orientação

da seção transversal horizontal (H/W= ¼) não apresenta secagem de parede até

altos títulos de vapor, pois o CTC continua se elevando; entretanto, o tubo com ori-

entação vertical (H/W= 4) já demonstra sinais de secagem de parede devido a estra-

tificação a partir do título de 60%. Esse efeito torna-se desprezível ao elevar-se a

velocidade mássica, como mostrado na Figura 5.24b.O tubo com orientação verti-

cal, (H/W)=4, tem altura de 4mm, diâmetro no qual o escoamento estratificado se

desenvolve para velocidade mássica de 100kg/m2s com R134a.

Resultados experimentais

118

Figura 5.24 – Efeito da orientação da seção transversal do tubo achatado no CTC

(Deq=2,20mm)

A Figura 5.25 ilustra uma comparação entre os resultados para tubos acha-

tados e canal circular, considerando diâmetros equivalentes similares. Nota-se um

efeito reduzido da geometria no CTC para a velocidade de G=400 kg/m2s. Assim,

percebe-se que quando a magnitude dos efeitos gravitacionais tornam-se inferiores

aos efeitos de inércia, a geometria tende a apresentar efeito desprezível no CTC.

Figura 5.25 – Comparação entre CTC para tubos achatados e circular, para Deq=2,20mm.

Resultados experimentais

119

5.2.10. AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE PREVISÃO DO CTC

Com o propósito de avaliar a capacidade dos métodos para determinação do

coeficiente de transferência de calor, neste estudo foi realizada uma comparação

entre os dados experimentais levantados e os métodos de previsão de transferência

de calor em ebulição convectiva. Os métodos de previsão foram avaliados de acor-

do com dois critérios: fração de dados preditos dentro de uma faixa de erro de

±30%, λ , e o erro médio absoluto, ε.

A Tabela 5.3, para o tubo de 2,32mm de diâmetro, apresenta os resultados

estatísticos das comparações envolvendo a totalidade deste banco de dados e tam-

bém considerando os dados segregados de acordo com o padrão de escoamento.

Escoamentos em bolhas não foram considerados já que foram observados somente

para títulos de vapor de equilíbrio termodinâmico próximo a zero e, assim, a condi-

ção de ebulição convectiva saturada, foco deste trabalho, não é garantida devido às

incertezas na estimativa do título de vapor. De acordo com a Tabela 5.3, o método

de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) apresentou previsões superiores, no caso da

comparação envolvendo a totalidade dos resultados experimentais. Esse resultado

pode estar relacionado ao fato de as constantes empíricas utilizadas no método te-

rem sido ajustadas baseadas somente em dados de R134a e para tubos de diâme-

tros internos variando de 0,5mm a 11mm, coincidindo com as condições experimen-

tais do presente trabalho. O método de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) apresentou

resultados superiores também para o caso de escoamentos agitantes e anulares. O

método de Tran, Wambsganss e France (1996) apresentaram as menores incerte-

zas para bolhas alongadas.

Um método para previsão do CTC não deve ser apenas estatisticamente acu-

rado, mas também ser capaz de capturar as principais tendências experimentais.

Levando esse fato em consideração, a Figura 5.26 ilustra a evolução do CTC com o

título de vapor segundo diferentes métodos de previsão e os resultados levantados

neste estudo. O pico de transferência de calor com baixos títulos de vapor, indicado

no modelo de 3-Zonas de Thome, Dupont e Jacobi (2004), parece ocorrer apenas

para as condições experimentais da Figura 5.26d, caracterizada por fluxos de calor

e velocidade mássicas elevadas. O decréscimo do CTC com o incremento do título

de vapor também ocorrem para as condições da Figura 5.26a para G=50kg/m2s.

Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) conseguiram prever razoavelmente o incremento do

Resultados experimentais

120

CTC com a elevação do título de vapor, como ilustrado na Figura 5.26b,c. A des-

continuidade no CTC fornecido pelo método de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) está

relacionada com a transição do escoamento turbulento para laminar, referente à

fase líquida, dada pelo número de Reynolds líquido, ( ) µDxGl −⋅= 1Re . Nesse mé-

todo, o cálculo do parâmetro de Martinelli e do CTC da parcela convectiva têm cor-

relações distintas, considerando fase líquida escoando em regime laminar ou turbu-

lento. Comparações com o fluido R245fa apresentaram resultados similares.

Tabela 5.3 – Resultados estatísticos das comparações entre os valores fornecidos pelos méto-dos de previsão do CTC e os resultados experimentais de Tibiriçá e Ribatski (2010).

Predictive method

Padrão de es-coamento (nú-mero de pontos experimentais)

Liu

e W

inte

rton

(19

91)

Kan

dlik

ar e

B

alas

ubra

man

ian

(200

4)

Zha

ng, H

ibik

i e

Mis

him

a (2

004)

Sai

toh,

Dai

guji

e

Hih

ara

(200

7)

Ber

tsch

et a

l. (2

009)

Tho

me,

Dup

ont

e Ja

cobi

(20

04)

Sun

e M

ishi

ma

(200

9)

Laza

reck

e B

lack

(19

82)

Tra

n, W

ambs

gans

s

e F

ranc

e (1

996)

Kew

e C

orne

ll (1

997)

Bolhas alongadas

ε

50,9 62,9 46,9 46,3 45,4 51,1 44,1 55,3 38,3 54,4

(26)

λ (±30%)

26,8 23,1 23,1 26,9 26,9 30,8 30,8 26,9 38,5 26,9

Agitante

(63) ε

38,3 62,0 36,3 33,4 38,2 36,5 32,0 53,4 35,4 50,4

λ (±30%)

61,9 19,0 69,8 71,4 30,2 46,0 41,3 17,5 30,2 23,8

Anular

(538) ε

17,9 39,9 24,5 21,8 44,1 29,1 19,8 29,4 24,0 25,6

λ (±30%

81,8 37,9 77,3 78,1 27,1 58,6 75,3 61,2 67,5 68,6

ε 22,4 41,9 23,34 21,1 39,2 33,8 20,6 30,6 23,1 27,9

R13

4a

Todo o banco de dados (2924)

λ (±30%) 75,3 37,2 76,9 78,6 32,7 48,5 76,4 59,9 71,1 66,3

ε 18,7 50,9 19,2 19,2 50,3 42,1 49,5 54,8 58,5 55,1 R24

5fa

Todo o banco de dados (584) λ (±30%) 80,5 21,4 86,1 84,9 7,2 23,6 11,8 10,6 9,4 14,4

ε 21,8 43,2 22,7 20,8 41,0 35,2 25,4 34,7 28,2 31,7 R13

4a e

R

245f

a

Todo o banco de dados (3508) λ (±30%) 76,2 34,6 78,4 79,7 28,5 44,3 65,7 51,7 60,8 57,7

Resultados experimentais

121

Resultados experimentais

122

Figura 5.26 – Comparação da evolução do CTC com o título de vapor para os dados experi-

mentais e métodos de previsão. (a) G=50kg/m2s; q=7,5kW/m2; Tsat=31oC; (b) G=200kg/m2s; q=15kW/m2;Tsat=31oC; (c) G=400kg/m2s; q=35kW/m2; Tsat=22oC; (d) G=600kg/m2s; q=45kW/m2; Tsat=41oC.

Posteriormente foram avaliadas as duas correlações com menores incertezas

da Tabela 5.3, a de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) e a de Liu e Winterton (1991),

para prever resultados experimentais do novo fluido R1234ze(E) com tubos de

2,20mm e 1,00mm, como mostrado na Tabela 5.4. O modelo de três zonas também

foi avaliado considerando somente dados para escoamento segundo bolhas alon-

gadas. Os métodos de Liu e Winterton (1991) e de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007)

foram avaliados sem considerar os padrões de escoamento dos dados experimen-

tais. Nesta análise, os métodos também foram avaliados considerando dois critérios:

fração de dados preditos dentro de uma faixa de erro de ±30%, λ , e o erro médio

absoluto, ε. Novamente, o método de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) mostrou-se

superior, considerando todo o banco de dados.

Tabela 5.4 – Estatísticas de comparação do CTC entre correlações e dados experimentais para R1234ze(Y) para tubos circulares com D=1,00mm e D=2,20mm (TIBIRIÇÁ; RIBATSKI; THOME, 2011)

Método de previsão de CTC

Liu e Winterton (1991)

Saitoh, Daiguji e Hihara (2007)

Thome, Dupont e Jacobi (2004) (so-mente dados para bolhas alongadas)

No de pontos experimentais 1398 1398 172

ε (%) 22,8 19,4 15,9 λ (±30%) 71,4 79,8 93,6

Resultados experimentais

123

5.3. FLUXO CRÍTICO DE CALOR

Os resultados apresentados para o FCC foram estimados utilizando-se o pro-

cedimento de regressão descrito no capítulo 4. Buscou-se realizar ensaios para uma

faixa de condições ampla, limitada pelas restrições do aparato experimental.

5.3.1. EFEITO DO DIÂMETRO

Para se avaliar corretamente o efeito do diâmetro no FCC, a relação Laquec/D

deve ser a mesma para todos os diâmetros avaliados, de forma a obter títulos de

vapor na saída da região aquecida similares. Os demais parâmetros, mantidos cons-

tantes para uma investigação adequada dos efeitos do diâmetro, são: temperatura

de saturação, velocidade mássica e grau de sub-resfriamento. A Figura 5.27 ilustra

resultados de FCC para os diâmetros de 1,00mm e 2,20mm. Para o tubo de

1,00mm, a relação (Laquec/D)=180 e para o tubo de 2,20mm (Laquec/D)=164. Apesar

da diferença das relações (L/D) ser da ordem de 10%, elas são próximas o suficien-

te para serem comparadas, pois, de acordo com Katto e Ohno (1984), essa diferen-

ça resulta num acréscimo da ordem de 3% no FCC para o tubo com (L/D)=164. As-

sim, analisando-se a Figura 5.27 constata-se um efeito desprezível do diâmetro pa-

ra as condições avaliadas, tornando-se perceptível apenas em vazões superiores,

com o tubo de diâmetro inferior apresentando um FCC ligeiramente superior.

Figura 5.27 – Efeito do diâmetro para FCC com R134a com tubos de 1,00mm e 2,20mm.

Resultados experimentais

124

5.3.2. EFEITO DO FLUIDO

A Figura 5.28 ilustra uma comparação do FCC para os refrigerantes R134a e

R245fa. Nela se observa que o FCC do R245fa é superior ao do R134a, conside-

rando-se condições de operação similares. Esse resultado também foi observado

por Ong e Thome (2011b) durante sua campanha experimental e é similar ao com-

portamento previsto pelas correlações avaliadas. A explicação principal para este

resultado é o fato de o calor latente de evaporação do R245fa ser aproximadamente

10% superior ao do R134a (ver Tabela 5.1) e o FCC ser diretamente proporcional

ao calor latente de evaporação. O mesmo efeito é observado entre R134a e

R1234ze(E), visto na Figura 5.29, devido ao fato de o calor latente de evaporação

do R134a ser aproximadamente 7% superior ao do R1234ze(E).

Figura 5.28 – Comparação entre o FCC do R134a e R245fa para tubo de 2,20mm.

Resultados experimentais

125

Figura 5.29 – Comparação entre o FCC do R134a e R1234ze(E) para tubo de 1,00mm.

5.3.3. EFEITO DA TEMPERATURA

A Figura 5.30 ilustra o efeito da temperatura do fluido no FCC para o R134a

em um tubo de diâmetro igual a 2,20mm. Nessa figura, para as velocidades mássi-

cas superiores verifica-se que o FCC decresce com o incremento da temperatura de

saturação. Esse comportamento é capturado pela maioria das correlações e está

associado ao decréscimo do calor latente de vaporização com o incremento da tem-

peratura.

Figura 5.30 – Efeito da temperatura de saturação no FCC para R134a e Di=2,20mm.

Resultados experimentais

126

5.3.4. EFEITO DO SUB-RESFRIAMENTO

A redução do sub-resfriamento na entrada do canal tem um efeito similar ao

da redução do comprimento aquecido. Para sub-resfriamentos elevados, a potência

de aquecimento necessária para se atingir um título de vapor crítico similar se eleva,

incrementando, portanto, o FCC. Entretanto, para os sub-resfriamentos utilizados

neste estudo experimental, este efeito tende a ser reduzido. As Figura 5.31 e

Figura 5.32 ilustram, respectivamente, os efeitos do sub-resfriamento para R245fa e

R1234ze(E).

Figura 5.31 – Efeito do subresfriamento no FCC para o fluido R245fa em tubo de 2,20mm.

Figura 5.32 – Efeito do subresfriamento no FCC para o fluido R1234ze em tubo de 1,00mm.

Resultados experimentais

127

5.3.5. EFEITO DA VELOCIDADE MÁSSICA

Nas Figura 5.27 à Figura 5.33 ilustram-se o efeito da velocidade mássica no

FCC. De acordo com essas figuras, o FCC se eleva com o incremento da velocida-

de mássica para os fluidos e faixa de vazões avaliadas, independentemente do grau

de sub-resfriamento, da temperatura de saturação e do comprimento aquecido. No-

ta-se na Figura 5.33 que a inclinação da curva CHF vs G altera-se a partir de

G=600kg/m2s. Isso indica uma mudança do mecanismo responsável pelo FCC, o

qual inicialmente está relacionado à secagem da parede por deficiência de líquido.

Para fluxos de calor elevados, relacionados a vazões superiores e comprimentos

aquecidos reduzidos, ocorre a nucleação de bolhas junto à superfície na presença

do filme líquido durante escoamento anular. Com o incremento da intensidade de

nucleação e a possibilidade de secagem da parede em uma situação de excesso de

líquido, alcança-se uma condição de escoamento anular invertido, isto é, o líquido

escoa na região central e o vapor junto à superfície.

Figura 5.33 – Variação do FCC com a vazão para o R1234ze(E) em tubo de Di=2,20mm.

5.3.6. EFEITO DO COMPRIMENTO

Mantendo-se o grau de sub-resfriamento e reduzindo-se o comprimento a-

quecido, verifica-se o incremento do FCC, conforme ilustrado na Figura 5.34. Isso

decorre da redução da área de transferência de calor e, portanto, para se alcançar o

Resultados experimentais

128

mesmo título de vapor crítico, um fluxo de calor superior se faz necessário. Nessa

análise se considera que os mecanismos de FCC se mantém os mesmos.

Figura 5.34 – Efeito do comprimento aquecido no FCC para R134a em tubo de Di=2,20mm.

5.3.7. EFEITO DA GEOMETRIA

O efeito da geometria foi avaliado comparando o FCC dos tubos achatados,

descritos na seção 4, com os valores verificados para diâmetros equivalentes simila-

res. Tais comparações, caso efetuadas fixando-se o comprimento aquecido, resul-

tam em títulos de vapor distintos na saída da seção de testes para um mesmo fluxo

de calor. Isto implica que os canais com maior grau de achatamento apresentam um

FCC inferior, pois o título de vapor na saída da seção de testes é superior devido a

uma maior área de transferência de calor. Assim, resultados foram obtidos conside-

rando comprimentos aquecidos de tubo equivalentes, isto é, áreas de superfície in-

terna similares, conforme equação (5-1).

eq

aquecerim

eq

aquecerimeqeq

D

LPL

LPLD

⋅=

⇒⋅=⋅⋅

π

π

,

,

(5-1)

Resultados experimentais

129

A Figura 5.35 apresenta os resultados para R245fa, da comparação de um

canal circular e dois perfis achatados utilizados neste trabalho para Deq=2,20mm e

Leq=361mm. Segundo essa figura, para um mesmo Deq e Leq, o efeito das geometri-

as avaliadas no FCC é desprezível.

Figura 5.35 – Efeito da geometria no FCC para R245fa com Deq=2,20mm.

5.3.8. AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE PREDIÇÃO

Neste item, os métodos de previsão do FCC propostos por Katto e Ohno

(1984), Shah (1987), Zhang et al. (2006) e Ong e Thome (2011b) são comparados

aos resultados experimentais levantados neste estudo. Os métodos são avaliados

de acordo com o erro médio absoluto e a parcela de dados com desvio em relação

aos resultados experimentais inferior a 25%. A Tabela 5.5 apresenta os resultados

desta comparação considerando o tubo de 2,2mm. De maneira geral, o método de

Katto e Ohno (1984) foi o que apresentou as melhores previsões dos resultados le-

vantados neste estudo, seguido de Ong e Thome (2011b) e Zhang et al. (2006). Pa-

ra ambos os fluidos, a Figura 5.36 mostra a dispersão dos dados experimentais em

relação as correlações.

A Tabela 5.6 apresenta os resultados da comparação do novo fluido

R1234ze(E) contra estas correlações para canais circulares de 1,00mm e 2,20mm.

Resultados experimentais

130

Como ocorrido para o tubo de 2,20mm, a correlação de Katto e Ohno (1984) nova-

mente apresentou os menores erros na previsão dos resultados experimentais.

Tabela 5.5 – Resultados das comparações para FCC entre métodos de previsão e resulta-dos experimentais para Di=2,20mm, para R134a e R245fa.

Método de previsão de FCC Fluido Nº de pontos

Katto and

Ohno (1984) Shah (1987) Zhang et al. (2006)

Ong e Thome (2011b)

R134a 32 ε (%) 10,8 24,0 14,0 14,1 λ(± 25%) 90,6 46,9 90,6 96,9

R245fa 22 ε (%) 2,7 25,9 18,9 13,0 λ(± 25%) 100,0 27,3 100,0 81,8

Total 54 ε (%) 7,5 24,8 16,0 13,6 (R134a + R245fa)

λ(± 25%) 94,4 38,9 94,4 90,8

Figura 5.36 – Comparação entre correlações e dados experimentais para FCC.

Resultados experimentais

131

Tabela 5.6 – Estatísticas de comparação para FCC entre correlações e banco de dados de 1,00mm e 2,20mm para R1234ze(E).

Métodos de previsão de FCC

Tubo Nº de pontos Katto e Ohno (1984) Shah (1987) Zhang et al.

(2006)

Ong e Thome (2011b)

1,00 mm 22 ε (%) 5,9 25,5 16,9 19,0 λ(±20%) 100 13,6 95,5 45,5 λ(±30%) 100 95,5 100,0 86,4

2,20 mm 32 ε (%) 6,5 32,7 13,1 16,0 λ(±20%) 100 6,3 93,8 59,4 λ(±30%) 100 46,9 100 100

Total 54 ε (%) 6,3 29,7 14,6 17,2 (1,00 e 2,20mm) λ(±20%) 100 9,3 94,4 53,7

λ(±30%) 100 66,7 100 94,5

5.4. CONCLUSÕES

Foram obtidos novos resultados para transferência de calor em ebulição con-

vectiva em microcanais com R134a, R245fa e R1234ze(E) em tubos circulares e

tubos achatados com diâmetros equivalentes variando de 1,00mm a 2,32mm. As

conclusões levantadas a partir destes resultados são as seguintes:

• o padrão de escoamento estratificado é improvável de se desenvolver durante

ebulição convectiva do R134a e R245fa para tubos com diâmetros iguais ou infe-

riores a 2,32mm;

• o fluido R245fa apresenta transição para escoamento anular a títulos de vapor

inferiores aos observados para o R134a;

• o decréscimo do diâmetro tende a reduzir o título da transição intermitente-anular;

o aumento da temperatura de saturação tende a elevar o título de transição in-

termitente-anular;

• o método de previsão de padrão de escoamento de Ong e Thome (2011a) e Fel-

car, Ribatski e Jabardo (2007) previram satisfatoriamente os dados experimentais

independentes levantados neste doutorado, entretanto ambos os métodos podem

ser aprimorados na previsão dos padrões de escoamento em condições de velo-

cidades mássicas reduzidas;

• verificou-se o incremento do FCC saturado com a elevação da velocidade mássi-

ca e um incremento moderado do FCC com a elevação do grau de sub-

resfriamento; conforme já indicado na literatura, o FCC decresce com o incremen-

to da temperatura de saturação e do comprimento aquecido;

Resultados experimentais

132

• o R245fa apresenta FCC saturado superior ao R134a nas mesmas condições

experimentais;

• comparações entre o banco de dados levantados neste estudo e correlações da

literatura indicaram que o método de Katto e Ohno (1984) proporciona previsões

satisfatórias com erro médio próximo a 7%;

• o FCC para os tubos achatados avaliados foi próximo ao dos tubos circulares,

desde que a comparação seja baseada no diâmetro e comprimento equivalentes;

• estratificação do escoamento foi observada e medidas de temperatura local reve-

laram seus efeitos na variação circunferencial do CTC ao longo do perímetro do

tubo;

• de forma geral, foi observado que o CTC aumenta com o incremento do fluxo de

calor, velocidade mássica e temperatura de saturação. Comportamentos distintos

do CTC com a variação do título de vapor foram observados para o R134a para

velocidade mássica inferiores a 200 kg/m2s;

• para R245fa, o CTC fica independente do fluxo de calor para títulos de vapor ele-

vados na região de escoamento anular;

• o efeito da geometria foi avaliado através do estudo de tubos achatados, revelan-

do que para condições em que os efeitos de inércia são preponderantes sobre os

efeitos gravitacionais (caso de vazões elevadas), a geometria tem pouco efeito

sobre o CTC médio, desde que se comparem resultados com mesmo diâmetro

equivalente;

• o método para CTC de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) comparado aos demais

métodos avaliados e aos resultados experimentais, capturou adequadamente o

fato do CTC incrementar com o aumento do título de vapor;

• o novo fluido refrigerante R1234ze(E), candidato a substituto do R134a com baixo

potencial de aquecimento global, apresenta desempenho de transferência de ca-

lor durante a ebulição convectiva próximo ao do R134a. Resultados de CTC, FCC

e mapas de padrões de escoamento foram similares aos do R134a.

Desenvolvimento de modelos

133

6. DESENVOLVIMENTO DE MODELOS

Neste capítulo são apresentados modelos desenvolvidos neste trabalho com

o intuito de contribuir para o avanço do estado da arte na área de ebulição convecti-

va em microcanais. Novos critérios relacionados à previsão da transição entre macro

e microcanais são apresentados, juntamente com novos modelos e correlações

simplificadas para previsão do CTC e FCC.

6.1. TRANSIÇÃO ENTRE MACRO E MICROCANAIS

Critérios para a distinção entre macro e microcanais receberam destaque nas

duas últimas décadas, tornando-se uma discussão central em trabalhos envolvendo

ebulição convectiva em canais de reduzido diâmetro. Diversos critérios foram de-

senvolvidos, como descritos no capítulo 2, a partir dos quais diâmetros de transição

podem ser calculados. Entretanto, esses métodos apresentam grande divergência

quando comparados entre si, pois cada um utiliza uma fundamentação diferente,

negligenciando, em suas concepçõesos efeitos sobre o CTC e FCC. Nesse sentido,

buscou-se identificar, na presente pesquisa, distinções entre macro e micro-escala

que teriam efeitos diretos em aplicações de engenharia, ou seja, influenciassem di-

retamente o CTC, o FCC e a perda de pressão dos escoamentos bifásicos.

A partir dos experimentos realizados com tubos de diâmetros de 1,00mm a

2,32mm e também da ampla revisão bibliográfica, identificaram-se as seguintes ca-

racterísticas típicas em escoamentos bifásicos em canais de reduzido diâmetro:

(1) inexistência de escoamento estratificado;

(2) tendência de simetria do filme líquido no escoamento anular ao longo do perí-

metro para canais horizontais.

A primeira característica refere-se a um critério objetivo, possível de ser mo-

delado analiticamente. A ocorrência de escoamento estratificado tem implicações

diretas no desempenho de um trocador, pois a transferência de calor pela fase ga-

sosa em contato com a parede é inferior à do líquido, tornando o escoamento estra-

tificado ineficiente. Dessa forma, este trabalho propõe como critério de transição

macro/micro o diâmetro a partir do qual não ocorra escoamento estratificado.

Desenvolvimento de modelos

134

A segunda característica observada é a tendência, com a redução do diâme-

tro, do escoamento anular apresentar filme líquido simétrico ao longo do perímetro,

o que, por consequência, torna o CTC uniforme. Filmes assimétricos ocorrem em

escoamentos horizontais com diâmetros superiores e, assim, a secagem prematura

da parede na parte superior do canal ocorre devido a efeitos de gravidade. Dessa

forma, a simetria do filme também pode ser utilizada como um critério de transição

macro/microcanal, apesar desta transição ocorrer de forma gradual, se comparada

ao critério baseado na existência do escoamento estratificado.

6.1.1. CRITÉRIO DE TRANSIÇÃO DEVIDO AO ESCOAMENTO ESTRATIFICADO

Um primeiro modelo de condição de estratificação pode ser resolvido consi-

derando-se um pistão de líquido saturado estático preenchendo um canal de diâme-

tro, D, e envolto em ambos os lados por vapor saturado, conforme ilustrado na

Figura 6.1. Para que este pistão de líquido se mantenha estaticamente estável, uma

condição mínima necessária é que a força devido à pressão estática na interface

seja inferior à força devido à tensão superficial no contato entre a interface e a pare-

de. Desprezando-se os efeitos inerciais e viscosos, hipóteses razoáveis, conside-

rando-se que o escoamento estratificado só é observado para vazões reduzidas, a

força de pressão, Fp, e a força devido à tensão superficial junto à parede, FTS, são

obtidas de acordo com a exposição a seguir.

Figura 6.1 – Forças de pressão e de tensão superficial para modelagem da condição de estrati-

ficação.

Força de pressão estática na interface:

( ) ( ) dARHgdF vlp ⋅+⋅⋅−= ρρ

dHydA ⋅⋅= 2

Desenvolvimento de modelos

135

222 HRy −=

( ) ( ) dHHRRHgdF vlp ⋅−⋅⋅+⋅⋅−= 222ρρ

( ) ( )∫−

⋅−⋅⋅+⋅⋅−=R

R

vlp dHHRRHgF 222ρρ

Força da tensão superficial na interface com a parede:

θσπ cos2 ⋅⋅⋅⋅= RFTS

Igualando-se as forças, obtém-se:

pTS FF =

( ) ( )[ ]∫−

⋅−⋅⋅+⋅⋅−=⋅⋅⋅⋅R

R

vl dHHRRHgR 222cos2 ρρθσπ (6-1)

A solução da equação (6-1) fornece o valor do raio do tubo, R, para a transi-

ção na qual o regime estratificado deixa de existir.

Um segundo critério para avaliar o diâmetro em que ocorre escoamento es-

tratificado foi desenvolvido. Neste, considera-se a altura capilar como critério para o

líquido estratificar dentro do tubo. Se o diâmetro D do tubo for maior que a altura

capilar para um tubo de diâmetro D, o líquido tende a se estratificar. Novamente

desprezando-se os efeitos de inércia e viscosos, hipóteses razoáveis para vazões

reduzidas. A altura de uma coluna de líquido num tubo capilar na vertical, H, é dada

pela equação (6-2).

RgH

⋅⋅

⋅⋅=

ρ

θσ cos2 (6-2)

onde R, é o raio do tubo. Considerando dessa forma que o diâmetro de transição da

estratificação é igual à altura capilar, obtém-se:

2

cos2D

g

D

⋅⋅

⋅⋅=

ρ

θσ

Isolando-se D, obtém-se a equação (6-3).

( ) gD

vl ⋅−

⋅⋅=

ρρ

θσ cos4 (6-3)

A Tabela 6.1 apresenta uma comparação dos diâmetros de estratificação

calculados segundo as equações (6-1) e (6-3) e os critérios propostos na literatura

e descritos no capítulo 2 (Revisão bibliográfica). O diâmetro DEo foi calculado utili-

Desenvolvimento de modelos

136

zando o número de Eotvos com critério de transição macro/microcanal com Eo=1,

segundo Brauner e Moalem-Marom (1992). O diâmetro DCo foi calculado conside-

rando o número de confinamento, assumindo critério de transição macro/micro de

Co=0,5, conforme proposto por Kew e Cornwell (1997), e DLap é o diâmetro dado

pela constante de Laplace, segundo Triplet et al. (1999). Como apresentado na

Tabela 6.1, para ângulos de contato reduzidos, os diâmetros de transição, segundo

Kew e Cornwell (1997), DCo, e a equação (6-3), Deq.(6.3) são similares. O diâmetro de

transição segundo a equação (6-1), Deq.(6.1), fornece valores superiores aos demais

critérios. De acordo com DCo e Deq.(6.3), para R134a o diâmetro de 2,1mm já deveria

apresentar escoamento estratificado. Porém, durante os experimentos realizados

em ebulição convectiva para R134a e R245fa não foi visualizada qualquer formação

de escoamento estratificado para o diâmetro de 2,1mm, ainda que para velocidades

mássicas próximas a zero, na qual o escoamento estratificado tem maior facilidade

de se desenvolver, demonstrando que o critério devido à equação (6-1) é próximo

do observado experimentalmente. Fator importante a ser considerado é a inclusão

do ângulo de contato no cálculo da transição, parâmetro não considerado nos crité-

rios de transição da literatura avaliados.

Tabela 6.1 – Diâmetros de transição para critérios da literatura e para os novos critérios de tran-sição, baseados em estratificação (diâmetros em milímetros).

DLap DEo DCo Deq.(6.1) Deq.(6-3)

R134a (31oC) 0,81 5,1 1,6 2,2 (θcont=7o) 1,6

R245fa (31oC) 1,01 6,4 2,0 2,9 (θcont=7o) 2,0

Água-ar 25oC) 2,7 17,0 5,4 7,7 (θcont=7o)

5,8 (θcont=55o)

5,5 (θcont=60o)

5,4 (θcont=7o)

4,1 (θcont=55o)

Álcool-ar

(25oC)

1,7 10,7 3,4 4,8 (θcont=7o)

3,4(θcont=60o)

3,4 (θcont=7o)

2,4(θcont=60o)

Com o objetivo de verificar a validade dos critérios propostos, um experimento

com ar-água foi elaborado. Conforme a Figura 6.2, o experimento consistiu numa

placa de acrílico com furos de vários diâmetros contendo água e ar, de forma a

permitir identificar o diâmetro em que ocorre estratificação. De acordo com essa fi-

gura, a estratificação, isto é, a presença de uma interface horizontal entre as fases

líquido e vapor, ocorreu para diâmetros superiores a 5,6mm. O valor calculado pela

Desenvolvimento de modelos

137

equação (6-1) para um ângulo de contato de 60o (valor medido para o par á-

gua/acrílico) foi de 5,5mm.

Apesar da relativa concordância entre os valores previstos pela equação (6-

1) com os resultados experimentais, deve-se considerar que ela não considera efei-

tos inerciais, os quais tendem a modificar o diâmetro de transição.

Figura 6.2 – Experimento elaborado para verificar o diâmetro em que ocorre estratifica-

ção de água e ar (diâmetros em milímetros).

6.1.2. CRITÉRIO DE TRANSIÇÃO DEVIDO À SIMETRIA DO FILME LÍQUIDO

Para escoamento anular horizontal, o grau de simetria do filme líquido ao lon-

go do perímetro do tubo se eleva através da redução do diâmetro do canal ou in-

cremento da velocidade superficial do vapor. Segundo Kandlikar (2010), diâmetros

reduzidos implicam na preponderância das forças de tensão superficial sobre efeitos

gravitacionais e o incremento da velocidade superficial do vapor na preponderância

das forças de inércia sobre as gravitacionais. Considerando que a simetria do filme

líquido é uma característica intrinsecamente relacionada ao desempenho termo-

hidráulico do microcanal, optou-se por analisar um critério de transição macro-micro

que considere tal aspecto.

Desenvolvimento de modelos

138

Kandlikar (2010) apresentou parâmetros que permitem comparar as grande-

zas das cinco principais forças presentes nos escoamentos em ebulição convectiva.

Essas forças são devidas à inércia, tensão superficial, tensão de cisalhamento, gra-

vidade e evaporação, e podem ser comparadas através dos parâmetros apresenta-

dos na Tabela 6.2.

Tabela 6.2 – Parâmetros de Kandlikar (2010) para avaliar a grandeza das forças em escoamentos bifásicos.

Forças de inércia

Tensão superficial

Força de cisalhamento Gravidade Evaporação

l

i

DGF

ρ

⋅=

2

σσ =F l

l GF

ρ

µτ

⋅= ( ) 2DgF vlgrav ⋅⋅−= ρρ

l

lv

m

Dh

q

=

2

Para essa análise, as forças identificadas por Kandlikar (2010) como neces-

sárias para avaliação da simetria do filme são a gravitacional e a de tensão superfi-

cial. Assumindo-se que as forças gravitacionais se tornem desprezíveis quando o

parâmetro Fgrav for da ordem de 5% de Fσ,, obtém-se o seguinte critério de transição

macro-microcanal:

( )→<

⋅⋅−→=<

20

1

20

105,0

2

σ

ρρ

σ

Dg

F

Fvlgrav

( ) gD

vl ⋅−⋅<

ρρ

σ

20 (6-4)

Considerando que este critério também indica a preponderância de efeitos de

tensão superficial, pode-se adotá-lo como critério para o estabelecimento de uma

espessura de filme média uniforme ao longo do perímetro do tubo.

A Tabela 6.3 mostra valores do diâmetro de transição calculados pela equa-

ção (6-4) para R134a, R245fa e água. Observa-se que esse diâmetro é cerca de

dez vezes menor que o diâmetro de estratificação calculado pela equação (6-1)

considerando a mesma temperatura.

Com o propósito de avaliar a equação (6-4), buscou-se na literatura métodos

que estimassem a espessura do filme líquido ao longo do perímetro do tubo no es-

coamento anular horizontal. Hulburt e Newell (2000) desenvolveram um método que

Desenvolvimento de modelos

139

possibilita estimar a espessura média do filme, δm, e a espessura do filme na base

do canal, δ0. Com essas medidas de espessuras de filme, definiram um parâmetro

de simetria do filme líquido dado pela razão δm/δ0, o qual é igual a unidade quando o

filme é completamente simétrico. Considerando-se que escoamentos anulares hori-

zontais têm um alto grau de simetria com valores de δm/δ0=0,95, calculou-se, pelo

método de Hulburt e Newell (2000), o diâmetro para obter esta simetria nas condi-

ções da Tabela 6.3. Para esse cálculo, é necessário adotar uma velocidade mássica

determinada, pois esta é parâmetro de entrada do método. Adotou-se uma valor

reduzido para velocidade mássica, G=50kg/m2s, de forma que os efeitos de inércia

fossem minimizados. Observa-se na Tabela 6.3 que os valores dados pela equação

(6-4) e do modelo de Hulburt e Newell (2000) foram relativamente próximos, mas

deve-se destacar que o modelo de Hulburt e Newell (2000) foi desenvolvido para

aplicações em macrocanais.

Tabela 6.3 – Diâmetros para simetria do filme líquido dado pela equação (6-4), comparado com diâmetro para simetria dado pelo modelo de Hulburt e Newell (2000).

Deq.(6.4) Dδm/δ0=0,95

(G=50kg/m2s)

Hulburt e Newell (2000)

R134a (31oC) 0,18 0,20

R245fa (31oC) 0,23 0,16

Água (25oC) 0,61 0,75

6.2. COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Os resultados experimentais e as comparações com modelos de CTC no ca-

pítulo 5 revelaram que os métodos disponíveis preveem o banco de dados com er-

ros médios absolutos da ordem de 20% e não capturam adequadamente a tendên-

cia dos dados observados experimentalmente com a variação dos parâmetros de

entrada. Isso demonstra a necessidade do desenvolvimento de novas correlações e

modelos teóricos. Nesse sentido, as seguintes abordagens foram adotadas neste

trabalho: (i) ajustar correlações da literatura segundo o presente banco de dados

experimental, visando o uso imediato por projetistas; e, (ii) desenvolver um modelo

Desenvolvimento de modelos

140

com fundamentação teórica que permita explorar e identificar mecanismos físicos

presentes durante a ebulição convectiva em microcanais quando comparados ao

banco de dados levantados neste estudo. Foram ajustadas as correlações de Sai-

toh, Daiguji e Hihara (2007) e Liu e Winterton (1991), por apresentarem melhores

desempenhos nas avaliações efetuadas ao longo deste trabalho. O banco de dados

utilizado para ajustar estas novas correlações contêm 1970 pontos experimentais,

para tubos circulares, horizontais, fluidos R134a, R245fa, diâmetros de 1,00mm,

2,20mm e 2,32mm, L/D entre 90 e 200, temperaturas de saturação de 22, 25, 31, 35

e 41oC, para condições de títulos de vapor inferiores às da secagem da parede.

6.2.1. NOVAS CORRELAÇÕES

A correlação de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) trata-se de um método do tipo

Chen, onde efeitos de ebulição nucleada e convectivos são ponderados de acordo

com o título de vapor para a região anterior à secagem da parede, conforme descrito

no capítulo 2. As quatro constantes empíricas do método de Saitoh, Daiguji e Hihara

(2007) – a, l, m, n – foram ajustadas com base no presente banco de dados. Na

versão modificada da correlação de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007), desprezou-se a

transição laminar/turbulento no número de Martinelli e na parcela convectiva do

CTC, estas relacionadas à descontinuidade no CTC com o incremento do título de

vapor, mantendo-se os termos para escoamento turbulento. Tal hipótese considera

que a agitação proporcionada pelo vapor no filme líquido mantém, ou até mesmo

incrementa, os efeitos de intensificação relacionados à turbulência. A correlação

modificada baseada em Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) é dada por:

( )

σρ

µ

⋅=

⋅=

⋅−⋅=

v

v

v

v

l

l

GDWe

xGG

DxG

2

1Re

Desenvolvimento de modelos

141

( )

( )

( )n

tp

hltp

m

v

l

v

l

l

v

l

b

b

l

pool

vl

b

v

l

l

v

v

aS

F

We

XF

Tk

qd

d

kh

gd

x

xX

4

25,1

533,0

581,0745,0

5,0

1,05,09,0

10Re1

1

ReRe

1

1

1

Pr207

251,0

1

−⋅+=

=

+

+=

=

−=

−=

ρ

ρ

ρρ

σ

µ

µ

ρ

ρ

poolltp hShFh ⋅+⋅= (6-5)

onde os coeficientes ajustados têm o valor de:

14,1

55

915,0

233,0

=

−=

=

=

n

m

l

a

De forma análoga, novos coeficientes foram ajustados para a correlação de

Liu e Winterton (1991), baseados no presente banco de dados. A correlação modifi-

cada, baseada em Liu e Winterton (1991), é dada por:

( )

gD

GFr

FS

xF

GD

l

l

v

ll

l

l

2

2

12522

32,0

Re0391,01

1Pr1

Re

ρ

ρ

ρ

µ

=

⋅⋅−=

−⋅⋅+=

=

−−−

( )( )

=

=<

=

=

5,0

21,0

05,0

1

1

Fre

FreFrse

e

e

s

Fr

f

s

f

Desenvolvimento de modelos

142

( )( ) 5,055,010

3

212,0

4,08,0

logPr55

PrRe023,0

−−⋅−⋅⋅⋅=

⋅⋅⋅=

Mpqh

D

kh

rpool

lll

l

( ) ( )22spoolfltp ehSehFh ⋅⋅+⋅⋅= (6-6)

6.2.2. NOVO MODELO PARA ESCOAMENTO ANULAR

Como observado no capítulo 5, o escoamento anular é o padrão que tende a

ser predominante em aplicações envolvendo a evaporação no interior de tubos. A

redução dos diâmetros e o incremento da velocidade mássica tornam este padrão

ainda mais abrangente. Além disso, CTCs superiores são verificados para este pa-

drão. Nesse sentido, a compreensão dos mecanismos de transferência de calor pa-

ra o escoamento anular e a proposição de modelos mecanísticos têm sido objetivos

de pesquisadores nesta área. Modelos para a transferência de calor durante a

ebulição convectiva em micro-escala, como os de 3-zonas proposto por Thome,

Dupont e Jacobi (2004), para o regime de bolhas alongadas, Qu e Mudawar (2003),

para o escoamento anular, considera a condução através de um filme líquido como

o principal mecanismo de transferência de calor. Considerando que o filme líquido

se encontra no regime laminar e termicamente desenvolvido, o coeficiente de

transferência de calor, h, pode ser estimado a partir da espessura do filme líquido, δ,

por meio da equação (6-7).

δlk

h = (6-7)

sendo kl a condutividade térmica do líquido.

Na obtenção dessa equação, considera-se que a interface líquido-vapor se

encontra à temperatura de saturação e o filme líquido superaquecido apresenta

gradiente de temperatura constante. De forma geral, a equação (6-7) também é

válida para filmes líquidos de reduzida espessura em condições de escoamento

saturados, pois nestes, ainda que o escoamento encontre-se no regime turbulento,

a espessura é tão diminuta que uma aproximação linear do perfil de temperatura

torna-se razoável. A espessura do filme líquido pode ser estimada a partir do cálculo

da fração de vazio. Diversas correlações para a determinação da fração de vazio

Desenvolvimento de modelos

143

estão disponíveis na literatura, sendo a maioria baseada no modelo de deslizamento

de fases de Zuber e Findlay (1965). Com base na correlação do Rouhani e Axelsson

(1970) para cálculo de fração de vazio e considerando o escoamento com fluido

R134a a 31oC, com q=108kW/m2, G=1435kg/m2s, x=20%, em um tubo de 500µm de

diâmetro, obtém-se um CTC a partir da equação (6-7) igual a 2615W/m2K, valor

próximo ao obtido através do cálculo de espessura segundo o método de Revellin e

Thome (2007b), ilustrado na Figura 3.2, porém 10 vezes inferior ao valor experi-

mental obtido por Consolini (2008). Diversas comparações realizadas pelo presente

estudo, com diâmetros variando de 0,5mm até 13mm demonstraram que a utiliza-

ção da equação equação (6-7) para cálculo do CTC em escoamentos anulares ten-

de a subestimar o CTC por fatores de 2 a 10 vezes, permitindo especular uma es-

pessura do filme líquido inferior à fornecida pelo método de cálculo de fração de va-

zio. Vale ressaltar que medidas de espessura de filmes líquidos para escoamento

anular em microcanais circulares não são verificadas na literatura, conforme a ex-

tensa pesquisa bibliográfica elaborada por Tibiriçá, Do Nascimento e Ribatski

(2010); assim, métodos para estimativas de fração de vazio em macrotubos não fo-

ram validados para microtubos.

Com o intuito de identificar razões para esta diferença, foram investigadas as

imagens de escoamento em alta velocidade realizadas neste estudo e também as

fornecidas na literatura. Uma das primeiras observações foi que o filme líquido difi-

cilmente é liso. Verificou-se a presença de ondulações na interface, conforme ilus-

trado na Figura 6.3, obtida por Revellin (2005) para um tubo de 0,509mm. Essas

ondulações estão relacionadas com diferenças de velocidades entre as fases líquida

e vapor e a presença de instabilidades. Para diâmetros superiores, conforme ilustra-

do na Figura 6.4, obtida no presente estudo para um tubo de diâmetro igual a

2,32mm, fenômeno similar ocorre, ao qual soma-se a tendência de o filme líquido na

região inferior tornar-se mais espesso devido a efeitos de gravidade.

Desenvolvimento de modelos

144

Figura 6.3 – Padrões de escoamento anular obtidos por Revellin (2005) para R134a,

D=0,509mm, G=500kg/m2s, Tsat=30oC. (A) x=40%, (B) x=82%;

Figura 6.4 – Evolução das ondulações na superfície do filme líquido durante o escoamento

anular do R134a, D=2,32mm, G=50kg/m2s, Tsat=31oC, x=80%. Intervalo entre imagens: 2ms.

No presente estudo, também foram observadas frentes de ondas intermiten-

tes contendo gotículas caracterizadas por regiões escuras, como ilustrado na Figura

6.5, movendo-se a velocidades aparentemente superiores às do escoamento bifási-

co. Tal fenômeno foi observado para os padrões de escoamento anular, secagem

de parede e agitante. Através da análise de imagens do escoamento e da variação

da temperatura e pressão do fluido durante a propagação da frente de onda, verifi-

cou-se que a passagem desta frente coincide com picos na temperatura e pressão

local do fluido.

Figura 6.5 – Frente de onda durante a ebulição convectiva do R134a para G=200kg/m2s;

q=15kW/m2, Tsat=31oC, x=75%.

Desenvolvimento de modelos

145

Essas frentes de ondas incrementam a espessura local do filme líquido e

promovem a formação de gotículas dispersas no vapor. Em condições de secagem

de parede, pode-se especular que as gotículas dispersas na frente de onda agem

de forma a molhar a superfície de troca de calor, postergando a secagem da pare-

de. Essas oscilações parecem estar relacionadas às características da seção aque-

cida (pré-aquecedor e seção de testes).

Dessa forma, realizou-se uma avaliação de como essas modificações do per-

fil do filme líquido poderiam afetar o CTC médio na seção do tubo.

Inicialmente avaliou-se o efeito da assimetria do filme líquido em relação ao

eixo central do tubo, conforme esquema ilustrado na Figura 6.6. Como se vê na fi-

gura, quando o centro da fase vapor é deslocado, o filme se torna mais espesso na

base do canal, porém ressalta-se que este deslocamento não afeta a fração de va-

zio que se mantém. Considerando o mecanismo de transferência de calor como

sendo a condução unidimensional através do filme, o CTC médio, h , pode ser cal-

culado como na equação (6-8).

π

θδ

π

∫= 0

dk

h

l

(6-8)

A espessura do filme, δ, em função do ângulo θ, pode ser determinada atra-

vés da lei dos cossenos. A equação 6-13 foi aplicada a três condições ilustrativas

dadas por:

(a) KmWerRkh l

2/2)0,5,0,1,1( ===== , condição de simetria do filme líquido;

(b) KmWerRkh l

2/2,2)45,0,5,0,1,1( ===== ;

(c) KmWerRkh l

2/4)49,0,5,0,1,1( ===== .

Conforme ilustrado nos exemplos acima, verifica-se uma variação do CTC

médio de até 100%, dependendo do grau de simetria do filme.

Desenvolvimento de modelos

146

Figura 6.6 – Ilustração do modelo para avaliação do efeito da assime-

tria do núcleo de vapor no CTC médio.

Também foram avaliados, qualitativamente, efeitos das ondulações no filme

líquido, a partir de condições de interface esquematicamente ilustradas na Figura

6.7. Considerando-se uma ondulação senoidal, com amplitude ψm, para filme líquido

de reduzida espessura, e condução unidimensional, o CTC médio no tempo é dado

por:

f

dtk

h

f l

1

1

0∫= δ (6-9)

onde ( )( ) ⋅⋅⋅⋅⋅+⋅= tfsenm πψδδ 21 e f é a freqüência de oscilação.

A partir da definição do CTC médio pela equação (6-9), calculou-se seu valor

para as seguintes condições:

(a) 1);0;1;1;1( ===== ψδfkh l W/m2K, condição sem ondulação;

(b) 15,1);5,0;1;1;1( ===== ψδfkh l W/m2K;

(c) ( ) 15,15,0;1;6;1 ===== ψδfkh l W/m2K;

(d) ( ) 599,0;1;1;1 ===== ψδfkh l W/m2K.

Desenvolvimento de modelos

147

Conforme resultados para as condições (b) e (c), verifica-se que a frequência

da ondulação não afeta o h , entretanto, ao se compararem as condições (a) e (d),

nota-se uma elevada influência da amplitude no CTC médio. Tal comportamento

indica que efeitos de ondulações da interface no CTC médio são relevantes.

Figura 6.7 – Ilustração esquemática das ondulações na interface em torno da espessura

média, δ .

Considerando-se esse aspecto, um novo modelo para escoamento anular é

proposto, onde o efeito da ondulação da interface é incluído. No contexto de esco-

amento em microcanais, as seguintes hipóteses foram adotadas: considera-se que

o filme líquido tem espessura reduzida, de forma que a relação h=kl/δ seja válida, e

também que exista simetria do filme líquido ao longo do perímetro do canal. Assim,

o novo modelo é dado pela equação (6-10).

( )( )

f

dttfsen

k

h

f

m

l

121

1

0∫ ⋅⋅⋅⋅+⋅=

πψδ (6-10)

A espessura média do filme, δ , é calculada através da equação (6-11) com

fração de vazio, ε, segundo a correlação de Rouhani e Axelsson (1970) apresentada

na equação (6-12).

2vDD −

=δ (6-11)

onde:

( )

4

1

4

2

21

DA

AA

AA

AD

l

v

v

v

π

ε

ε

π

=

−⋅=

⋅=

=

ε, é a correlação de Rouhani e Axelsson (1970), ou seja,

Desenvolvimento de modelos

148

( ) driftvl

v

vjjC

j

++⋅=

0

ε (6-12)

sendo,

( )

( )

v

v

l

l

l

vldrift

xGj

Gxj

C

gv

ρ

ρ

ρ

ρρσ

=

−=

=

−=

1

12,1

18,1

0

25,0

2

Embora não se verifique na literatura um modelo ou correlação para a previ-

são da fração de vazio em canais de reduzido diâmetro, optou-se pela correlação de

Rouhani e Axelsson (1970) por apresentar resultados satisfatórios para macroca-

nais. Correlações mais atuais, como a de Woldesemayat e Ghajar (2007), apresen-

tam resultados similares para a fração de vazio.

A amplitude da oscilação, ψm, nesse modelo, depende da velocidade de des-

lizamento das fases, da gravidade, da tensão superficial, sendo também afetada por

efeitos de instabilidades do escoamento. Os efeitos das instabilidades na interface

do filme líquido são complexos, podendo ser dependentes do fluxo de calor devido a

meta-estabilidade do escoamento e também devido a efeitos de coalescência de

bolhas. No presente modelo, devido a sua complexidade, desprezaram-se os efeitos

de instabilidade na espessura do filme e adotou-se a teoria de ondas em filme finos,

descrita em Carey (1992), segundo a qual a amplitude da onda depende da razão

de deslizamento das fases e da relação entre forças gravitacionais e tensão superfi-

cial, podendo esta ser escrita como uma função do número de Bond dado na equa-

ção (6-13).

( ) ( )σ

ρρ2

2Dg

Bondvl ⋅⋅−

= (6-13)

Além disso, o número de ebulição foi introduzido como forma de capturar e-

feitos do fluxo de calor no CTC, conforme observado nos resultados experimentais.

Quatro parâmetros foram ajustados a esta correlação, utilizando-se o banco de da-

dos para tubos circulares levantado neste estudo. Mediante o procedimento adota-

do, obteve-se a equação (6-14) para o cálculo da amplitude média da onda da inter-

face, ψm.

Desenvolvimento de modelos

149

( ) ( )0091,020064,00039,0

203,1

⋅⋅−⋅

⋅⋅=

σ

ρρψ

Dg

u

u

iG

q vl

l

v

lv

m (6-14)

onde:

( )( )ερ

ερ

−⋅

−⋅=

⋅=

1

1

l

l

v

v

xGu

xGu

6.2.3. TRANSFERÊNCIA DE CALOR NA REGIÃO DE PÓS-SECAGEM DA PAREDE

A transferência de calor na região de pós-secagem de parede depende da

determinação do título de vapor onde se inicia a secagem da parede. Fatores que

antecipam a ocorrência da secagem de parede são: gotículas de líquido no núcleo

de vapor, afinamento do filme líquido na parte superior do tubo devido a gravidade,

alta rugosidade da parede e ângulo de contato. Fatores que podem promover atraso

da secagem de parede são: frentes de onda carregando líquido proveniente de efei-

tos de instabilidade, vorticidade axial no escoamento levando líquido da parte inferi-

or para a superior. A modelagem de todos estes fatores é extramente complexa e

uma forma prática de se determinar o título de secagem é através de balanço de

energia na condição de FCC saturado. Assumindo que o título de secagem inde-

pende do fluxo de calor, hipótese que pode ser considerada válida considerando

que os mapas de escoamento também não dependem do fluxo de calor, pode-se

calculá-lo fazendo-se o balanço de energia entre a entrada e a saída da seção de

testes, nos termos da equação (6-15).

( )es hhmQ −⋅= & (6-15)

sendo a entalpia da saída dada por meio da equação (6-16):

sailsailvsai iixi ,, +⋅= 6-16

Expressando em termos de fluxo de calor e velocidade mássica tem-se:

aqueAqQ .= (6-17)

AGm .= (6-18)

Desenvolvimento de modelos

150

Substituindo as equações (6-16), (6-17) e (6-18) na equação (6-15) obtêm-se:

( )entsailsailv iiixm

Q−+⋅= ,,

& (6-19)

( ) sailventsl

aqueixiaii

AG

Aq,,

sec.

.⋅=−− (6-20)

Isolando-se o título de vapor:

( )

sailv

entsail

aque

i

iiAG

Aq

x,

,sec.

.−−

= (6-21)

Para a condição de fluxo crítico, obtém-se o título de vapor correspondente

igual a:

( )

aii

iiAG

Aq

xslv

entsail

aquecrit

crit

,

,sec.

.−−

= (6-22)

onde qcrit é o FCC com os métodos descritos na seção seção 6.3 deste capítulo.

A partir do xcrit, o CTC tende a se aproximar do CTC do vapor, o qual pode ser

calculado, por exemplo, através da correlação de Gnielinski (1976) no caso de es-

coamento de transição e turbulento. Assim, adota-se entre x=xcrit e x=1, o decrésci-

mo do coeficiente de transferência de calor com seu valor local, dado conforme a

equação (6-23):

( ) ( )( )crit

crit

vapcritcritposx

xxhhhh

−⋅−−=

1 (6-23)

onde,

crith = )( critxxh =

( )( )( ) ( )1Pr8/7.121

Pr1000Re8/3/22/1−+

⋅−=

f

f

D

kh Dv

vap , sendo ( ) 264,1Reln790,0 −−= Df

6.2.4. COMPARAÇÕES

Com o intuito de avaliar os resultados proporcionados pelos modelos e as

correlações para previsão do CTC, uma comparação foi efetuada entre todos eles e

o mesmo banco de dados. A Tabela 6.4 contém os resultados desta comparação

Desenvolvimento de modelos

151

em termos do erro médio absoluto, ε, e a parcela de dados com erro inferior a 20%,

λ.

As três últimas colunas da Tabela 6.4 apresentam os parâmetros estatísticos,

considerando os desvios em relação aos dados experimentais para as correlações

modificadas no presente estudo e o modelo proposto. As quatro primeiras colunas

apresentam parâmetros de comparações similares para as correlações originais, o

modelo de Cioncolini (2001) para escoamento anular. Também é apresentado o

CTC, dado pela razão entre kl/δ com a fração de vazio calculado segundo Rouhani e

Axelsson (1970) desprezando efeitos de ondulação na interface. Conforme apresen-

tado nesta tabela, o novo modelo para escoamento anular, considerando ondula-

ções na interface, proporciona previsões superiores aos do cálculo apenas por in-

termédio da razão kl/δ.

Pelo modelo proposto, observa-se que os valores de ψm, fornecido pela e-

quação (6-14), variam em torno do valor de 0,98, indicando que as ondulações pos-

suem amplitudes próximas da espessura média do filme líquido. O modelo de Cion-

colini e Thome (2011), que também utiliza o conceito de espessura de filme no es-

coamento anular, teve desempenho próximo do novo modelo, porém, neste, a am-

plitude independe do fluxo de calor, comportamento observado neste estudo apenas

para o R245fa durante escoamento anular com elevados títulos de vapor.

Conforme indicado no capítulo 5, a correlação de Saitoh, Daiguji e Hihara

(2007) apresentou novamente o melhor desempenho entre as correlações avaliadas

e a modificação desta correlação implicou numa melhora de 11,2% para 8,8% de

erro médio absoluto. A correlação de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) modificada a-

presenta vantagens de eliminar a descontinuidade do CTC verificada em sua versão

original, relacionada à transição entre o regime laminar e turbulento, utilizada no cál-

culo do parâmetro de Martinelli, e também ampliar o banco de dados para o qual

sua proposição foi baseada (a correlação original somente utilizou dados para o flui-

do R134a). Essas descontinuidades, além de não serem observadas nos dados ex-

perimentais, dificultam a convergência de programas de simulação numérica.

A correlação modificada de Liu e Winterton (1991) também apresentou me-

lhoras na previsão do banco de dados levantados neste estudo, quando comparada

com a sua versão original.

Desenvolvimento de modelos

152

Tabela 6.4 – Comparação entre as correlações originais, modificadas, e o novo modelo para es-coamento anular versus dados experimentais deste estudo.

Saitoh, Dai-

guji e Hihara.

(2007)

Liu e

Winterton

(1991)

Modelo kl /δ sem ondulações

de interface

Cioncolini

e Thome

(2011)

Modificação de

Saitoh, Daiguji e

Hihara (2007)

Modificação de

Liu e Winterton

(1991)

Novo modelo

para escoamento

anular

ε 11,2 16,5 82,6 21,6 8,8 12,1 23,4

λ(±20%) 87,6 66,2 0,0 56,7 94,3 82,3 57,0

A Figura 6.8 apresenta uma comparação direta dos novos modelos versus

dados experimentais para R134a no tubo de 2,32mm. A Figura 6.9 apresenta a

mesma comparação com os modelos da literatura.

Figura 6.8 – Comparação dos novos modelos de CTC com dados experimentais.

A Figura 6.10 mostra o cálculo de CTC utilizando a condição de pós-

secagem da parede apresentada na equação (6-23). Para o cálculo do xcrit, foi utili-

zada a correlação de FCC modificada de Katto e Ohno (1984). O CTC na região de

pré-secagem foi calculado utilizando-se a correlação modificada de Saitoh, Daiguji e

Hihara (2007), apresentada na equação (6-5).

Desenvolvimento de modelos

153

Figura 6.9 – Comparação de correlações da literatura para CTC com dados experimentais.

Figura 6.10 – Modelo de pós-secagem da parede, pela equação (6-23).

6.3. FLUXO CRÍTICO DE CALOR

Os resultados experimentais e as comparações com modelos de FCC indica-

ram não haver diferenças significativas entre FCC para macro e microcanais, já que

métodos desenvolvidos para macro-escala previram satisfatoriamente os resultados

levantados neste estudo. As correlações de Katto e Ohno (1984), Zhang et al.

(2006) e Ong e Thome (2011b), por apresentarem desempenhos superiores nas

Desenvolvimento de modelos

154

avaliações efetuadas no Capítulo 5 (Resultados experimentais), foram selecionadas

para serem ajustadas de acordo com o presente banco de dados. O banco de da-

dos contêm 150 pontos experimentais, para tubos circulares horizontais, com fluidos

R134a, R1234ze, R245fa, diâmetros de 2,20mm e 1,10mm, relações comprimen-

to/diâmetro (L/D) entre 90 e 180, temperaturas de saturação de 25, 31 e 35oC e sub-

resfriamentos de 4 e 10K.

6.3.1. DESENVOLVIMENTO DE CORRELAÇÕES PARA FCC

O método de Katto e Ohno (1984) foi o que apresentou desvios inferiores

quando comparado ao presente banco de dados, conforme ilustrado no Capítulo 5.

O desempenho superior deste método se deve principalmente à definição de quatro

regimes de FCC, cada um com uma correlação específica. Comparando o método

com o presente banco de dados, verifica-se que os resultados levantados enqua-

dram-se em apenas dois regimes, ambos relacionados a condições de secagem de

parede, sendo o primeiro para vazões reduzidas e o segundo para vazões elevadas.

Dessa forma, somente as correlações relacionadas a estes regimes foram otimiza-

das a partir do banco de dados, também segregado segundo estes regimes, deven-

do as demais equações seguirem o método original de Katto e Ohno (1984). O mé-

todo proposto é dado pelas equações (6-24) e (6-25).

DLLG

CiGq lfgco

10,0298

21 ⋅

⋅⋅⋅⋅=

ρσ (6-24)

DLLG

iGq l

l

vfgco ⋅+

⋅⋅

⋅⋅⋅=

0031,011

06213,00,31348

2

085,0

2

ρσ

ρ

ρ (6-25)

onde C é dado por:

15032576,0

150505000076,025,0

5025,0

>=

<<

−+=

<=

D

LparaC

D

Lpara

D

LC

D

LparaC

Desenvolvimento de modelos

155

A correlação de Zhang et al. (2006) também foi ajustada aos dados experi-

mentais levantados neste estudo, resultando na correlação expressa por meio da

equação (6-26). A correlação original utilizou somente dados de água para o ajuste

dos coeficientes, enquanto a proposta neste estudo se baseia em 3 fluidos refrige-

rantes.

⋅⋅

⋅+

⋅⋅⋅⋅= in

0.17

f

v

0,311--0.2950,529

f

v

2,1382

x2.05D

L

D

L0,01190,02843

ρ

ρ

ρ

ρ

ρσ l

fgcrit

DGiGq

(6-26)

A correlação de Ong e Thome (2011b) também foi ajustada aos dados expe-

rimentais resultando na seguinte equação (6-27).

( )

-0,0065

0,5

vl

0,645-0,143-20,00627-

f

v

0,0815-

v

l

-g

2

D

D

L0,1782

⋅⋅=

ρρ

σρσρ

ρ

µ

µ

l

fgcrit

LGiGq

(6-27)

6.3.2. COMPARAÇÕES

A Figura 6.11 apresenta uma comparação entre dados experimentais e os

métodos de previsão segundo Katto e Ohno (1984), Zhang et al. (2006) e Ong e

Thome (2011b). Segundo os resultados experimentais, ocorrem duas tendências de

FCC: uma a vazões inferiores a 600kg/m2s, onde o FCC varia linearmente com a

velocidade mássica, e outra a partir de 800kg/m2s, onde o efeito da velocidade más-

sica no FCC decresce, parecendo tender a um valor máximo a partir do qual o efeito

da vazão é desprezível. A baixas vazões, os modelos apresentam concordâncias

satisfatórias com os dados experimentais. Entretanto, à medida que a vazão se ele-

va, divergências elevadas são observadas. O modelo de Katto e Ohno (1984) foi o

único a capturar a alteração da tendência do FCC em vazões superiores, entretanto

superestima os resultados experimentais.

A Figura 6.12 compara os mesmos dados experimentais com as versões o-

timizadas dos métodos. A correlação modificada de Ong e Thome (2011b) pratica-

mente não teve seu desempenho alterado, mesmo considerando vazões reduzidas.

Os resultados fornecidos pela correlação modificada de Zhang et al. (2006) aproxi-

maram-se dos experimentais em relação à versão anterior, entretanto não foi captu-

Desenvolvimento de modelos

156

rada a alteração na inclinação da curva com incremento da vazão. A correlação mo-

dificada de Katto e Ohno (1984) foi a que melhor se ajustou aos dados, corroboran-

do a existência de distintos regimes para o FCC.

Figura 6.11 – Comparação entre valores de FCC e correlações originais da litera-

tura selecionadas para otimização com o banco de dados.

Figura 6.12 – Comparação entre valores de FCC e as correlações propostas, com

base no banco de dados levantado.

A Tabela 6.5 ilustra os resultados estatísticos dos métodos originais e modifi-

cados com o banco de dados levantado. Na tabela, são apresentados o erro médio

absoluto, ε, e a parcela de dados com desvio inferior a 5%, λ. De modo geral, as

correlações modificadas de Katto e Ohno (1984) e Zhang et al. (2006) apresentaram

ótima concordância, com erro médio absoluto de 3% e aproximadamente 80% dos

dados com erro inferior a 5%. A Figura 6.13 apresenta a comparação do banco de

dados utilizados no ajuste e os métodos de previsão modificados neste estudo.

Desenvolvimento de modelos

157

Tabela 6.5 – Comparação do banco de dados de FCC com os métodos de previ-são originais e suas modificações.

Katto e Ohno (1984)

Zhang et al. (2006)

Ong e Thome (2011b)

Katto e Ohno (1984) modificada

Zhang et al. (2006)

modificada

Ong e Thome (2011b)

modificada

ε 6,3 16,3 15,2 3,1 3,5 14,9

λ(±5%) 38 6,7 17,3 84,6 78,0 26,7

Figura 6.13 – Comparações entre as correlações modificadas e o banco de dados ex-

perimental. (a) Modificação de Katto e Ohno (1984); (b) Modificação de Zhang et al. (2006); (c) Modificação de Ong e Thome (2011b).

Desenvolvimento de modelos

158

Conforme anteriormente indicado no item de CTC na região de secagem, o

modelo modificado de Katto e Ohno (1984) aplica-se para a previsão do título de

secagem da parede.

A nova correlação, derivada do modelo de Katto e Ohno (1984), será utilizada

para o cálculo do título de secagem de parede, apresentado no próximo item.

6.3.3. APLICAÇÃO EM TUBOS NÃO CIRCULARES

Os resultados de FCC para tubos achatados revelaram que o FCC não foi a-

fetado consideravelmente pela forma do tubo. Também foi observado que duas

condições devem ser respeitadas para se aplicar corretamente as correlações de

FCC em tubos não circulares. Essas condições são:

(1) utilizar o diâmetro equivalente, ao invés do diâmetro hidráulico. O diâmetro equi-

valente, definido no Capítulo 4, é dado equação (6-28).

πseção

eq

AD

⋅=

4

(6-28)

onde Aseção, é a área interna da seção transversal do canal. Tubos com o mesmo

Deq, para uma vazão fixa, têm a mesma área interna e velocidades médias iguais,

tornando, assim, as condições hidrodinâmicas mais similares;

(2) a outra condição a ser respeitada, é utilizar o comprimento equivalente do tubo,

Leq, ao invés do comprimento real. O comprimento equivalente, definido no Ca-

pítulo 4, determina o comprimento que o tubo deve ter para ter a mesma troca

de calor de um tubo circular aquecido uniformemente. Assim, em ebulição con-

vectiva, tubos de mesmo comprimento equivalente teriam o mesmo título de sa-

ída, para o mesmo fluxo de calor e a mesma condição de entrada.

LPLD aquecerimeqeq ⋅=⋅⋅ ,π

eq

aquecerim

eqD

LPL

⋅=

π

, (6-29)

Desenvolvimento de modelos

159

onde Perim,aquec é o perímetro aquecido na seção transversal do tubo.

Aplicando essas definições e comparando o banco de dados de FCC para tu-

bos achatados, descrito no capítulo 4, com as correlações originais e suas versões

modificadas, obtêm-se os resultados estatísticos listados na Tabela 6.6.

Tabela 6.6 – Comparação do banco de dados de FCC de tubos achatados,

contra as novas correlações e as correlações da literatura. Banco de dados com 74 pontos experimentais.

Katto e Ohno (1984)

Zhang et al. (2006)

Katto modificada

Zhang modificada

ε 9,0 15,3 4,8 6,4

λ(±10%) 63,5 22,9 89,1 81,1

As Figura 6.14 e Figura 6.15 ilustram a comparação das correlações contra

os dados experimentais para tubos achatados baseados no diâmetro e comprimento

equivalentes.

Figura 6.14 – Comparação dos dados experimentais para canais não circulares e corre-

lações de FCC. (a) modelos originais; (b) modelos reajustados.

Desenvolvimento de modelos

160

Figura 6.15 – Comparação dos dados experimentais de FCC para canais não circulares

versus correlações modificadas.

Como observado nessas figuras, a utilização do diâmetro equivalente e do

comprimento equivalente possibilitou a previsão adequada do FCC para geometrias

não circulares utilizando-se métodos de previsão para tubos circulares. Essa meto-

dologia, desenvolvida na presente pesquisa, não foi observada em outros estudos

da revisão bibliográfica.

Conclusões

161

7. CONCLUSÕES

Este trabalho envolveu um estudo da transferência de calor e fluxo crítico de

calor durante a ebulição convectiva no interior de canais de diâmetros reduzidos.

Também investigou uma possível transição entre comportamentos para micro e ma-

cro-escala. Uma ampla revisão bibliográfica foi realizada e novos experimentos fo-

ram conduzidos em bancadas experimentais construídas para essa finalidade. Fo-

ram levantados resultados para tubos circulares de 1,00mm a 2,32mm de diâmetro

e tubos achatados com diâmetro equivalente de 2,20mm para os fluidos R134a,

R245fa e R1234ze(E). Tendo sido os objetivos alcançados, podem ser apresenta-

das as seguintes conclusões:

Conclusões “Capítulo 5 - Resultados experimentais”

• O fluido R245fa apresenta transição para escoamento anular em títulos de vapor

mais baixos que o R134a.

• O decréscimo do diâmetro tende a reduzir o título da transição intermiten-

te/anular. O aumento da temperatura de saturação tende a aumentar o título de

transição intermitente/anular.

• O método de previsão de padrão de escoamento de Ong e Thome (2011a) e Fel-

car, Ribatski e Jabardo (2007) previram relativamente bem os dados experimen-

tais independentes obtidos neste doutorado, podendo, ambos os métodos, serem

aprimorados na previsão dos padrões de escoamento a baixas velocidades más-

sicas.

• Estratificação do escoamento foi visualizada e medidas de temperatura local re-

velaram seus efeitos na variação circunferencial do CTC ao longo do perímetro

do tubo.

• De forma geral, foi observado que o CTC aumenta com o incremento do fluxo de

calor, a velocidade mássica e a temperatura de saturação. Comportamentos dis-

tintos do CTC, com variação do título de vapor, foram determinados para uma ve-

locidade mássica abaixo e acima de 200kg/m2s para R134a.

• Para R245fa, o CTC fica independente do fluxo de calor para títulos de vapor ele-

vados na região de escoamento anular.

Conclusões

162

• O efeito da geometria foi avaliado através do estudo de tubos achatados, reve-

lando que para condições em que o efeito gravitacional é pequeno, caso de altas

vazões, a geometria tem pouco efeito sobre o CTC médio, desde que se mante-

nha o mesmo diâmetro equivalente, De.

• O método para CTC de Saitoh, Daiguji e Hihara (2007) forneceu resultados com

erros médios absoluto inferiores aos demais métodos de previsão de coeficiente

de transferência de calor e capturou adequadamente o fato de o CTC ser incre-

mentado com o aumento do título de vapor.

• O novo fluido refrigerante R1234ze(E), candidato a substituto do R134a com bai-

xo potencial de aquecimento global, apresenta desempenho de transferência de

calor próximo ao do R134a. Resultados de CTC, FCC e mapas de padrões de

escoamento foram similares aos do R134a.

• O FCC saturado aumenta com o incremento da velocidade mássica e mais mode-

radamente com o grau de sub-resfriamento. Ele decresce com o incremento da

temperatura de saturação e do comprimento aquecido.

• O fluido R245fa tem FCC saturado maior que o do R134a em condições experi-

mentais similares.

• Comparações entre o banco de dados e correlações selecionadas da literatura

revelaram uma melhor concordância com Katto e Ohno (1984), com erro médio

próximo de 7%.

• O FCC para tubos achatados avaliados tem valores próximos ao dos tubos circu-

lares, desde que se considere o diâmetro equivalente, Deq, e o comprimento equi-

valente, Leq, na comparação.

Conclusões Capítulo 6 - Desenvolvimento de modelos

• Duas características marcantes foram observadas em escoamentos em micro-

escala, que os distinguem dos escoamentos considerados macro-escala: (i) a i-

nexistência de escoamento estratificado; (ii) a tendência de simetria do filme lí-

quido no escoamento anular ao longo do perímetro em canais horizontais.

• Critérios de transição macro/microcanais foram desenvolvidos em cima dessas

características, permitindo calcular o diâmetro em que a o escoamento estratifi-

cado deixa de existir e o diâmetro no qual o escoamento anular tem simetria.

Conclusões

163

• Duas novas correlações para CTC foram ajustadas ao presente banco de dados.

A que obteve melhor desempenho com erro médio de 8,8% foi a correlação ba-

seada em Saitoh, Daiguji e Hihra (2007).

• Foram investigados fatores que afetam o CTC médio ao longo do perímetro do

tubo. A investigação mostrou que mesmo se mantendo a fração de vazio constan-

te no escoamento anular, ondulações na interface líquido/vapor do escoamento

anular geram consideráveis modificações do CTC médio. Efeito similar também

foi identificado para o afinamento do filme líquido no topo do escoamento anular

devido à força gravitacional.

• Um novo modelo para escoamento anular em microcanais foi desenvolvido con-

siderando o efeito das ondulações na interface. Comparações com dados expe-

rimentais mostraram que o novo modelo previu o banco de dados com erro médio

absoluto de 23%.

• Três novas correlações para FCC foram ajustadas ao presente banco de dados

experimentais. A nova correlação, baseada na correlação de Katto e Ohno

(1984), foi a que apresentou melhor desempenho, conseguindo prever o banco

de dados com erro médio absoluto de 3,1%.

• As correlações de FCC podem ser aplicadas com baixo erro a tubos não circula-

res desde que se utilize o diâmetro equivalente, Deq, e o comprimento equivalen-

te, Leq, dos tubos não circulares nas correlações originais para tubos circulares.

7.1. LINHAS DE PESQUISAS A SEREM CONTINUADAS

A experiência obtida com a montagem das bancadas experimentais, com os

experimentos realizados, com a implementação de modelos e correlações da litera-

tura, e o desenvolvimento de novos modelos permitiram identificar novas frentes de

pesquisa que poderão contribuir para o avanço do estado da arte na área de ebuli-

ção convectiva. Entre alguns temas importantes a serem considerados em novos

projetos de pesquisa podem-se citar:

• Estudo da simetria de escoamento em filmes com câmera de alta velocidade e

comparação com modelos disponíveis na literatura. Até então, os modelos dispo-

Conclusões

164

níveis foram desenvolvidos para macrocanais onde efeitos de tensão superficial

tem sido desprezados.

• Medição da espessura do filme utilizando-se a técnica de Laser focus displace-

ment, técnica avaliada em Tibiriçá, Do Nascimento e Ribatski (2010), que se mos-

tra promissora para ser utilizada em pesquisas sobre escoamentos bifásicos em

micro-escala.

• Medição das ondulações na interface com a técnica de Laser focus displacement

e correta caracterização da amplitude das ondas.

• Estudo de instabilidades em sistemas bifásicos de micro-escala.

• Desenvolvimento de modelos de CTC utilizando modelos transientes que incluam

os diversos tipos de instabilidades presentes nos escoamentos bifásicos.

• Aprimoramento das correlações para CTC, FCC e mapas de padrão de escoa-

mento utilizando o banco de dados já disponível.

• Experimentos detalhados envolvendo o estudo da ocorrência do escoamento es-

tratificado em condições sem e com escoamento.

• Experimentos investigando o título de secagem da parede e sua dependência

com do fluxo de calor, com comprimento aquecido e com a temperatura de satu-

ração.

• Estudos da frequência de formação de bolhas e de coalescência de bolhas, ava-

liando o efeito da velocidade mássica e do fluxo de calor. A energia liberada du-

rante a coalescência de bolhas pode estar relacionada com algumas instabilida-

des observadas em escoamentos bifásicos.

• Estudos avaliando o efeito da rugosidade do tubo no CTC e FCC.

• Realizar novos experimentos para avaliar o efeito do comprimento no CTC, rela-

cionando com a modificação da espessura do filme líquido.

• Experimentos de microPIV em micro-escala no padrão anular para avaliar turbu-

lência no filme líquido.

• Realização de experimentos com canais abaixo de 200µm e avaliação da simetria

do filme líquido no escoamento anular.

• Demonstração experimental de que para diâmetros muito reduzidos, o escoamen-

to anular ocorre praticamente sobre toda a faixa de títulos de vapor.

Conclusões

165

• Investigação de a partir de qual diâmetro reduzido as ondulações na interface são

desprezíveis durante o escoamento anular, pois é esperado que a tensão superfi-

cial amorteça essas ondulações tornando o filme liso.

• Análises isoladas da transferência de calor na condução através de filme líquido e

na condução transiente na frente do pistão.

• Montagem de experimentos com visualização de todo o processo de ebulição

convectiva de evaporação utilizando seções transparentes, de forma a investigar

com câmera de alta velocidade todo o desenvolvimento do processo de ebulição

convectiva em microcanais, relacionado a instabilidades devido à coalescência de

bolhas.

Conclusões

166

Referência bibliográficas

167

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176

Apêndice A – Calibração das medidas de temperatura 177

APÊNDICE A – CALIBRAÇÃO DAS MEDIDAS DE TEMPERATURA

A medição de temperatura com acuracidade é essencial para estimar corre-

tamente o coeficiente de transferência de calor, balanço de energia e o título de va-

por. Para reduzir os erros de medida de temperatura, o conjunto termopares e seus

canais de aquisição foram calibrados num banho termostático HAAKE C35, Figura

A.0.1. As temperaturas medidas pelos termopares mergulhados no banho foram

comparadas as temperaturas medidas por um termômetro de precisão de mercúrio

com resolução de 0,1oC e erro 0,05oC (v. figura 10).

Figura A.0.1 - Banho termostático utilizado para calibrar os canais de termopares

As medidas de temperatura foram calibradas numa faixa de 5oC a 57,5oC

com incrementos de 7,5oC. Para calibração e dedução de incertezas adotou-se pro-

cedimento descrito por Abernethy e Thompson (1973). Este procedimento consta

de:

1. levantamento de N curvas de subida (com incremento de temperatura) e descida

(decremento de temperatura) de calibração, onde temperaturas conhecidas são

aplicadas e os valores fornecidos pelo sistema de aquisição são armazenados;

2. ajuste de uma curva aos dados de cada calibração;

3. cálculo da incerteza do processo de calibração;

4. ajuste de uma curva utilizando os dados de todas as curvas de calibração para

fornecer a temperatura real em função da temperatura medida pelo canal.

Apêndice A – Calibração das medidas de temperatura

178

A.1. Levantamento de N curvas de calibração

Foram levantadas cinco curvas de calibração para todos os 16 canais de a-

quisição de temperatura. Adotou-se levantar cinco curvas de calibração para reduzir

a incerteza da medida. A Tabela A.0.1 apresenta a curva da primeira calibração pa-

ra os canais de número 2 a 20 (canais 1, 3, 4 e 18 não foram utilizados). Todos os

termopares foram imersos no banho termostático contendo água, dentro de um tubo

de ensaio também preenchido com água, para garantir temperatura homogênea en-

tre os termopares e isolamento elétrico do banho termostático. Entre cada incremen-

to ou decréscimo da temperatura foi aguardado as medidas entrarem em regime

permanente antes dos dados serem salvos. A calibração foi conduzida com tempe-

ratura da sala aproximadamente estável em torno de 22oC.

Tabela A.0.1 – Valores indicados pelos canais de temperatura para obtenção da primeira curva

de calibração.

Calibração 1 - Valores medidos nos canais de termopares Tobjetivo Treal 2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 20

5 4.93 5.98 6.77 6.66 6.38 6.61 6.47 6.60 6.85 6.62 5.90 6.11 6.16 6.30 6.08 6.46 6.62 12.5 12.5 13.83 14.24 14.13 13.85 14.10 13.95 14.08 14.32 14.10 13.39 13.60 13.65 13.77 13.55 13.93 14.09 20 19.92 21.67 21.76 21.63 21.36 21.61 21.47 21.60 21.81 21.61 20.91 21.11 21.14 21.29 21.07 21.43 21.59

27.5 27.4 29.53 29.26 29.13 28.86 29.11 28.98 29.11 29.31 29.14 28.42 28.61 28.65 28.81 28.57 28.92 29.06 35 34.94 37.32 36.73 36.54 36.32 36.59 36.46 36.58 36.77 36.59 35.90 36.10 36.13 36.25 36.06 36.38 36.53

42.5 42.4 45.11 44.17 43.91 43.78 44.02 43.91 43.99 44.23 44.05 43.39 43.56 43.55 43.60 43.35 43.78 43.99 50 49.9 52.93 51.65 51.22 51.23 51.49 51.40 51.51 51.73 51.54 50.88 51.07 51.02 51.09 50.92 51.27 51.48

57.5 57.35 60.70 59.02 58.58 58.52 58.85 58.77 58.93 59.16 58.93 58.16 58.48 58.41 58.57 58.34 58.69 58.90 50 49.9 52.93 51.62 51.55 51.30 51.60 51.46 51.55 51.76 51.57 50.93 51.04 51.12 51.26 50.93 51.36 51.38

42.5 42.45 45.11 44.19 43.88 43.79 44.06 43.94 44.05 44.27 44.06 43.42 43.60 43.60 43.66 43.46 43.83 44.04 35 34.95 37.33 36.80 36.68 36.37 36.65 36.50 36.64 36.82 36.69 35.99 36.12 36.18 36.37 36.11 36.48 36.55

27.5 27.4 29.53 29.31 29.20 28.91 29.12 28.98 29.15 29.33 29.19 28.46 28.61 28.66 28.86 28.63 28.97 29.05 20 19.9 21.72 21.94 21.84 21.53 21.67 21.51 21.74 21.89 21.82 21.07 21.15 21.22 21.50 21.30 21.61 21.63

12.5 12.5 13.84 14.26 14.14 13.86 14.11 13.97 14.09 14.33 14.11 13.40 13.61 13.66 13.78 13.58 13.93 14.09 5 4.96 6.01 6.78 6.66 6.38 6.61 6.46 6.59 6.84 6.62 5.89 6.10 6.15 6.28 6.08 6.44 6.61

A.2. Ajuste de uma curva aos dados de cada calibração

Após a obtenção das curvas de calibração, funções foram ajustadas aos da-

dos de calibração de cada canal. Adotaram-se funções lineares e estas foram ajus-

tadas pelo método dos mínimos quadrados independentemente para cada canal. A

função linear utilizada tem o formato:

bmTT realm +⋅=

Onde Treal, é o valor real fornecido pelo termômetro de precisão, m o coefici-

ente angular de ajuste da curva, b o coeficiente linear e Tm é a temperatura medida

pelo canal. m e b são calculados pelo método dos mínios quadrados. A Tabela

A.0.2 apresenta os coeficientes, m e b, das curvas ajustadas para cada canal e o

valor de Tm para as temperaturas Tobjetivos, que são as temperaturas desejadas na

calibração.

Apêndice A – Calibração das medidas de temperatura 179

Tabela A.0.2 – Valores dos coeficientes da equação de ajuste, m e b, para cada canal e os va-lores fornecidos por essa equação para as temperatura Tobjetivo.

Curva de ajuste 1 - canais de termopares 2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 20

m 1.04 1.00 0.99 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 Tobjetivo b 0.85 1.88 1.84 1.49 1.70 1.54 1.68 1.91 1.72 0.99 1.17 1.24 1.41 1.20 1.56 1.68

5 6.07 6.87 6.80 6.48 6.69 6.54 6.68 6.90 6.71 5.99 6.17 6.24 6.40 6.19 6.54 6.67 12.5 13.90 14.35 14.25 13.95 14.18 14.03 14.17 14.39 14.20 13.49 13.67 13.72 13.88 13.66 14.02 14.15

20 21.73 21.83 21.69 21.43 21.67 21.53 21.66 21.88 21.69 20.98 21.17 21.21 21.36 21.14 21.50 21.64 27.5 29.56 29.31 29.14 28.91 29.16 29.02 29.16 29.37 29.18 28.48 28.66 28.70 28.84 28.61 28.98 29.12

35 37.39 36.79 36.58 36.39 36.65 36.52 36.65 36.86 36.68 35.98 36.16 36.18 36.32 36.09 36.46 36.60 42.5 45.22 44.27 44.03 43.86 44.13 44.02 44.14 44.35 44.17 43.48 43.66 43.67 43.80 43.56 43.94 44.08

50 53.04 51.76 51.47 51.34 51.62 51.51 51.63 51.84 51.66 50.97 51.16 51.16 51.28 51.04 51.41 51.57 57.5 60.87 59.24 58.92 58.82 59.11 59.01 59.13 59.33 59.15 58.47 58.66 58.65 58.76 58.52 58.89 59.05

50 53.04 51.76 51.47 51.34 51.62 51.51 51.63 51.84 51.66 50.97 51.16 51.16 51.28 51.04 51.41 51.57 42.5 45.22 44.27 44.03 43.86 44.13 44.02 44.14 44.35 44.17 43.48 43.66 43.67 43.80 43.56 43.94 44.08

35 37.39 36.79 36.58 36.39 36.65 36.52 36.65 36.86 36.68 35.98 36.16 36.18 36.32 36.09 36.46 36.60 27.5 29.56 29.31 29.14 28.91 29.16 29.02 29.16 29.37 29.18 28.48 28.66 28.70 28.84 28.61 28.98 29.12

20 21.73 21.83 21.69 21.43 21.67 21.53 21.66 21.88 21.69 20.98 21.17 21.21 21.36 21.14 21.50 21.64 12.5 13.90 14.35 14.25 13.95 14.18 14.03 14.17 14.39 14.20 13.49 13.67 13.72 13.88 13.66 14.02 14.15

5 6.07 6.87 6.80 6.48 6.69 6.54 6.68 6.90 6.71 5.99 6.17 6.24 6.40 6.19 6.54 6.67

A.3. Cálculo da incerteza do processo de calibração

A incerteza da calibração, U, é calculada usando o método padrão mais am-

plamente adotado e recomendado pela NBS (National Bureau of Standards - atual

NIST). Ele consta da soma do erro sistemático mais um múltiplo do erro de precisão.

( )1951 StBU ⋅+±=

sendo: B1 = erro sistemático do instrumento de calibração

S1 = índice de precisão da calibração

t95= 95 percentil da distribuição t-Student com df graus de liberdade

∑±=i

isS 21

( )∑

= −

−±=

N

j

j

iN

YYs

1

2

1

=

i i

i

i

i

df

s

s

df4

2

2

1−= Ndf i

sendo: si = índice de precisão para cada temperatura i=Tobjetivo aplicada.

N = número de calibrações realizadas

Y = valor médios de todos os Yj para um temperatura Tobjetivo

Yj = valores calculados dos ajustes de curvas, eq. A1 para cada calibração j,

1<j<N e para uma Tobjetivo,i.

A Tabela A.0.3 mostra os resultados dos cálculos de si dos termopares 2 a

20, para cada Tobjetivo.

Apêndice A – Calibração das medidas de temperatura

180

Tabela A.0.3 – Índice de precisão, si, de cada canal para cada Tobjetivo.

si - canais de aquisição

Tobjetivo 2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 20

5 0.007 0.011 0.020 0.010 0.010 0.009 0.010 0.007 0.009 0.012 0.009 0.009 0.012 0.010 0.011 0.008 12.5 0.008 0.010 0.013 0.008 0.008 0.008 0.009 0.007 0.009 0.009 0.008 0.007 0.010 0.009 0.010 0.007 20 0.008 0.010 0.009 0.008 0.008 0.008 0.009 0.008 0.010 0.008 0.007 0.007 0.009 0.008 0.009 0.008

27.5 0.010 0.011 0.011 0.012 0.010 0.009 0.010 0.009 0.012 0.008 0.007 0.009 0.009 0.009 0.010 0.009 35 0.011 0.012 0.017 0.016 0.013 0.011 0.012 0.010 0.014 0.010 0.008 0.011 0.010 0.010 0.011 0.011

42.5 0.012 0.015 0.025 0.021 0.017 0.013 0.014 0.012 0.016 0.013 0.009 0.013 0.013 0.012 0.013 0.013 50 0.013 0.017 0.033 0.026 0.021 0.015 0.016 0.013 0.019 0.017 0.010 0.016 0.015 0.015 0.015 0.015

57.5 0.015 0.020 0.040 0.031 0.024 0.017 0.019 0.015 0.021 0.020 0.012 0.019 0.018 0.017 0.018 0.018

A partir dos cálculos de si, o grau de liberdade, df, e o índice de precisão, Si,

foram calculados, adotando N=5. Dispondo do grau de liberdade, df, t95 foi calculado

utilizando a função INVT() do Microsoft Excel. A Tabela A.0.4 apresenta o resultado

desses cálculos e a incerteza da calibração U, adotando o erro sistemático,

B1=0,05oC, igual ao erro do termômetro de calibração.

Tabela A.0.4 – Índice de precisão de calibração,Si, graus de liberdade, df, erro sistemá-tico, B, percentil t-Student, t95 e incerteza experimental de cada canal, U.

Canais de termopares 2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 20

Si 0,031 0,039 0,066 0,052 0,043 0,033 0,036 0,030 0,041 0,036 0,025 0,035 0,035 0,033 0,035 0,033 df 25,76 24,40 17,15 17,56 19,59 24,07 24,86 24,66 23,04 22,11 28,27 20,96 24,81 24,20 25,81 22,22 B 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 t95 2,06 2,06 2,11 2,11 2,09 2,06 2,06 2,06 2,07 2,07 2,05 2,09 2,06 2,06 2,06 2,07 U 0,11 0,13 0,19 0,16 0,14 0,12 0,12 0,11 0,13 0,13 0,10 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12

Como se pode ver na tabela, exceto pelos canais 6 e 7, todos os outros obti-

veram erros inferiores a 0,15oC.

A.4. Ajuste da função final de calibração

Por fim, para obter a curva de ajuste para cada canal fez-se a regressão line-

ar com os dados de todas as 5 calibrações, obtendo-se uma nova função que rela-

ciona a temperatura real, Treal, com a temperatura medida pelo canal, Tm.

bmTT realm +⋅=

Isolando-se Treal, obtém-se:

m

bT

mT mreal −⋅=

1

Assim, para corrigir o canal multiplicou-se o valor medido pelo canal de aqui-

sição, Tm, pelo coeficiente 1/m, subtraindo b/m. A Tabela A.0.5 mostra os valores de

m e b para cada canal.

Apêndice A – Calibração das medidas de temperatura 181

Tabela A.0.5 – Valores de correção dos canais de temperatura.

Canais de termopares

2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 20

m 1,044 0,999 0,996 0,998 1,000 1,001 1,000 0,999 0,999 1,001 1,001 1,000 0,999 0,998 0,998 0,999 b 0,846 1,838 1,757 1,457 1,665 1,514 1,654 1,893 1,692 0,947 1,141 1,212 1,363 1,167 1,517 1,656 1/m 0,958 1,001 1,004 1,002 1,000 0,999 1,000 1,001 1,001 0,999 0,999 1,000 1,001 1,002 1,002 1,001

(-b/m) -0,810 -1,841 -

1,764 -

1,459 -

1,665 -

1,513 -

1,653 -

1,894 -

1,693 -

0,946 -

1,140 -

1,212 -

1,364 -

1,170 -

1,519 -

1,658

É importante considerar que a calibração foi verificada ao longo de semanas

para aferir a capacidade do sistema de aquisição manter a calibração. Antes da ca-

libração final, percebeu-se que a calibração não era mantida pelo sistema da Natio-

nal Instruments, chegando a variações de 0,5oC. A investigação deste problema in-

dicou que o bloco terminal utilizado (SCXI-1303) não conseguia manter as juntas

frias dos termopares a uma temperatura uniforme e igual a do sensor de compensa-

ção de junta fria, e assim, a variação da temperatura ambiente estaria afetando a

calibração. Para contornar este problema, a calibração dos termopares foi refeita,

mas agora com a temperatura da sala mantida próxima a 22oC através do sistema

de condicionamento de ar. Desta forma, adotou-se como procedimento de operação

da bancada manter a sala a uma temperatura próxima a 22oC, para manter a incer-

teza de calibração constante. Outro detalhe a ser considerado, é manter o sistema

de aquisição ligado, pois os chassis levam cerca de 40min para entrarem em equilí-

brio térmico com o ambiente, efeitos relacionados com a dissipação térmica de seus

componentes eletrônicos.

Avaliações contínuas foram feitas na medida de temperatura dos termopares,

depois da instalação deles na bancada experimental, através de escoamentos mo-

nofásicos com velocidades mássicas elevadas na seção de testes e aplicando-se

potência somente no pré-aquecedor de forma a manter uma temperatura uniforme

em toda seção de testes. A faixa de temperatura para estes testes foi superior a

22oC de forma a simular condições de temperatura similares às dos ensaios bifási-

cos. Nesses testes, verificou-se uma excelente concordância das temperaturas for-

necidas pelos termopares, sempre com diferença dentro de uma margem de 0,15oC

entre eles. Assim, mesmo com uma incerteza ligeiramente superior a 0,15oC para os

termopares 6 e 7, adotou-se uma incerteza de 0,15oC para todas as medidas de

temperatura nesses canais de aquisição com termopares, incerteza restrita à faixa

de temperatura de 22oC a 55oC.

Apêndice A – Calibração das medidas de temperatura

182

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 183

APÊNDICE B – TABELAS DE RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Tabela B.0.1 – Resultados para coeficiente de transferência de calor médio, ,

para canais circulares.

Tabela B.0.2 – Resultados para fluxo crítico de calor para canais circulares.

Tabela B.0.1- Resultados para coeficiente de transferência de calor médio, h ,

para canais circulares.

Fluido G q x D Tsat h

(kg/m2s) (W/m2) (-) (m) (oC) (W/m2K)

R134a 99,63 5005 0,6587 0,00232 22,17 2974

R134a 99,61 5002 0,7631 0,00232 22,23 3164

R134a 100,2 5002 0,8642 0,00232 22,28 3857

R134a 100,3 10003 0,4841 0,00232 22,31 3342

R134a 100,2 10001 0,5246 0,00232 22,29 3190

R134a 99,92 10002 0,6409 0,00232 22,27 3313

R134a 100,3 10001 0,7458 0,00232 22,21 3507

R134a 100,1 14818 0,6479 0,00232 22,02 3776

R134a 99,61 14820 0,7321 0,00232 22,07 3845

R134a 200,1 4998 0,152 0,00232 21,99 2723

R134a 199,6 4998 0,2456 0,00232 22,06 2380

R134a 200 4998 0,3545 0,00232 22,16 2691

R134a 200,1 4998 0,4598 0,00232 22,22 3095

R134a 200,1 4995 0,5509 0,00232 22,26 3448

R134a 199,7 4994 0,8529 0,00232 22,32 4762

R134a 199,5 9997 0,2466 0,00232 22,27 2952

R134a 200,5 9997 0,3485 0,00232 22,33 3122

R134a 199,9 9997 0,4533 0,00232 22,37 3400

R134a 200,3 9993 0,5495 0,00232 22,45 3678

R134a 200,1 9987 0,8614 0,00232 22,52 5203

R134a 200 15007 0,336 0,00232 21,85 3398

R134a 199,9 15007 0,4346 0,00232 22 3615

R134a 199,7 15007 0,5476 0,00232 22,07 3891

R134a 200,1 15007 0,6482 0,00232 22,11 4239

R134a 200 15007 0,7447 0,00232 22,15 4690

R134a 200 15001 0,8521 0,00232 22,22 5327

R134a 200,2 25028 0,5421 0,00232 22,32 4632

R134a 200,1 25072 0,73 0,00232 22,46 5723

R134a 199,4 25078 0,8374 0,00232 22,51 6022

R134a 300 5007 0,09461 0,00232 22,51 2093

R134a 299,9 5005 0,155 0,00232 22,39 2295

R134a 299,9 5003 0,2511 0,00232 22,4 2820

R134a 300 5003 0,3574 0,00232 22,47 3355

R134a 300 5000 0,445 0,00232 22,37 3753

R134a 300,2 5000 0,5485 0,00232 22,34 4143

R134a 300,2 5000 0,6555 0,00232 22,35 4386

R134a 299,6 14998 0,3398 0,00232 22,18 3788

h

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

184

R134a 300,1 14994 0,4497 0,00232 22,24 4310

R134a 300,2 14988 0,5421 0,00232 22,29 4786

R134a 299,9 14988 0,6515 0,00232 22,34 5317

R134a 299,8 25067 0,3894 0,00232 22,21 4650

R134a 300 25079 0,4399 0,00232 22,3 4825

R134a 300 25075 0,5473 0,00232 22,41 5239

R134a 300 25072 0,6402 0,00232 22,36 5635

R134a 300,1 35039 0,5322 0,00232 22,24 5846

R134a 300 35069 0,639 0,00232 22,31 6120

R134a 300 35127 0,8297 0,00232 22,41 7208

R134a 300,1 44938 0,6731 0,00232 22,45 7701

R134a 399,6 4973 0,1446 0,00232 22,45 2524

R134a 399,8 4970 0,249 0,00232 22,32 3313

R134a 400,1 4970 0,3478 0,00232 22,3 3797

R134a 400,2 4969 0,4594 0,00232 22,24 4103

R134a 400,2 4970 0,5573 0,00232 22,32 4220

R134a 400,1 4970 0,602 0,00232 22,41 4253

R134a 400 14997 0,2477 0,00232 22,1 3860

R134a 399,8 14997 0,3455 0,00232 22,26 4498

R134a 400 14991 0,452 0,00232 22,37 5090

R134a 400,1 14991 0,5494 0,00232 22,43 5520

R134a 400 14991 0,6495 0,00232 22,45 5922

R134a 400 24683 0,2914 0,00232 22,25 4725

R134a 399,9 24691 0,3389 0,00232 22,33 4914

R134a 400,2 24698 0,4479 0,00232 22,47 5474

R134a 399,9 24707 0,5381 0,00232 22,67 5885

R134a 399,9 24705 0,6474 0,00232 22,73 6401

R134a 400 24698 0,7433 0,00232 22,69 6923

R134a 399,9 35046 0,3819 0,00232 22,34 5838

R134a 400 35067 0,4424 0,00232 22,33 6025

R134a 400 35076 0,5396 0,00232 22,37 6339

R134a 400,2 35076 0,6428 0,00232 22,4 6797

R134a 399,8 35082 0,7411 0,00232 22,42 7294

R134a 399,7 45020 0,4884 0,00232 22,36 6873

R134a 400,1 44993 0,5411 0,00232 22,4 8588

R134a 399,9 45050 0,6391 0,00232 22,5 8560

R134a 399,7 45040 0,7343 0,00232 22,53 8609

R134a 400 55022 0,594 0,00232 22,65 7734

R134a 399,9 54988 0,6372 0,00232 22,71 9664

R134a 400,2 54978 0,733 0,00232 22,76 9544

R134a 499,7 5001 0,152 0,00232 22,47 3074

R134a 500,1 5001 0,2467 0,00232 22,62 3730

R134a 499,6 5004 0,3582 0,00232 22,78 4011

R134a 499,7 5004 0,4552 0,00232 22,88 4073

R134a 499,8 15010 0,2452 0,00232 22,57 4350

R134a 500,2 15004 0,3517 0,00232 22,72 5102

R134a 499,9 15004 0,4483 0,00232 22,82 5574

R134a 499,9 15009 0,5485 0,00232 22,9 5940

R134a 500 25007 0,244 0,00232 22,51 4843

R134a 500,1 25015 0,3458 0,00232 22,65 5505

R134a 499,9 25015 0,4476 0,00232 22,77 6073

R134a 500 25015 0,5459 0,00232 22,84 6547

R134a 499,8 25022 0,6455 0,00232 22,9 6991

R134a 500,1 34998 0,2981 0,00232 22,55 7524

R134a 500,1 35016 0,3436 0,00232 22,6 7525

R134a 500,2 35034 0,4361 0,00232 22,7 7579

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 185

R134a 500,2 35043 0,5412 0,00232 22,78 7712

R134a 500,1 35043 0,6437 0,00232 22,84 7901

R134a 499,9 35043 0,7319 0,00232 22,85 8147

R134a 499,7 45030 0,3842 0,00232 22,62 6946

R134a 499,8 45040 0,4422 0,00232 22,7 7088

R134a 500,1 45064 0,5423 0,00232 22,84 7432

R134a 499,9 45063 0,6396 0,00232 22,92 7818

R134a 500,1 45060 0,7413 0,00232 22,97 8329

R134a 500,1 45050 0,7915 0,00232 22,99 8657

R134a 499,9 54985 0,4778 0,00232 22,93 7973

R134a 500,1 54911 0,5401 0,00232 22,92 9308

R134a 499,8 54933 0,6368 0,00232 23,04 9375

R134a 500 54901 0,7363 0,00232 22,9 9432

R134a 600,1 4966 0,1495 0,00232 22,44 3342

R134a 599,8 4966 0,254 0,00232 22,77 3808

R134a 600,1 4970 0,3469 0,00232 22,94 3844

R134a 600,3 15003 0,1528 0,00232 22,76 3891

R134a 600,1 14997 0,2508 0,00232 22,95 4900

R134a 600 14997 0,3498 0,00232 22,87 5502

R134a 599,8 14997 0,4498 0,00232 22,89 5806

R134a 599,9 25015 0,1949 0,00232 22,28 4713

R134a 599,9 25015 0,2444 0,00232 22,44 5209

R134a 600 25022 0,3439 0,00232 22,69 5975

R134a 599,9 25030 0,4417 0,00232 22,9 6505

R134a 599,9 25030 0,4915 0,00232 23,03 6720

R134a 599,9 35052 0,2533 0,00232 22,67 5882

R134a 600 35063 0,3457 0,00232 22,9 6443

R134a 600 35078 0,4388 0,00232 23,08 6959

R134a 600 35079 0,5463 0,00232 23,23 7448

R134a 599,7 45005 0,3429 0,00232 22,96 7048

R134a 600,1 55033 0,393 0,00232 23,08 8065

R134a 599,8 45005 0,4446 0,00232 23,12 7425

R134a 600 45006 0,5449 0,00232 23,27 7866

R134a 599,8 45005 0,6447 0,00232 23,35 8302

R134a 600,1 54978 0,7359 0,00232 23,41 9830

R134a 49,94 4999 0,5158 0,00232 30,74 2383

R134a 49,56 4997 0,5384 0,00232 30,61 2266

R134a 100 10007 0,5786 0,00232 31,08 3732

R134a 100 10012 0,6351 0,00232 31,18 3334

R134a 100,2 10010 0,7377 0,00232 31,25 3815

R134a 99,6 15011 0,7275 0,00232 31,59 4383

R134a 99,97 15011 0,8242 0,00232 31,63 4400

R134a 100,1 4997 0,6969 0,00232 30,62 3092

R134a 100 4997 0,7442 0,00232 30,65 3287

R134a 100,5 4997 0,7875 0,00232 30,68 3534

R134a 99,85 4997 0,8365 0,00232 30,72 3682

R134a 199,9 9996 0,2487 0,00232 31,15 3112

R134a 199,9 10000 0,3448 0,00232 31,26 3341

R134a 200,1 10000 0,4482 0,00232 31,33 3502

R134a 200,3 10000 0,5419 0,00232 31,37 3711

R134a 200,1 9995 0,8412 0,00232 31,37 4838

R134a 199,9 15005 0,3866 0,00232 31,33 3998

R134a 199,9 15005 0,4418 0,00232 31,23 4052

R134a 199,7 15005 0,539 0,00232 31,21 4118

R134a 200,9 15005 0,6375 0,00232 31,11 4275

R134a 200 15005 0,7437 0,00232 31,15 4540

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

186

R134a 200,1 15000 0,854 0,00232 31,1 5170

R134a 200 25021 0,6251 0,00232 30,83 5509

R134a 200,2 25028 0,7327 0,00232 30,84 5692

R134a 200 25020 0,8434 0,00232 30,83 6513

R134a 200 5001 0,1472 0,00232 30,89 2831

R134a 199,7 5000 0,2457 0,00232 30,95 2907

R134a 200 5000 0,3474 0,00232 30,99 2709

R134a 200 5000 0,4446 0,00232 31,01 3017

R134a 200 5000 0,5442 0,00232 31,04 3388

R134a 299,9 5020 0,1049 0,00232 30,78 2372

R134a 299,6 5018 0,1497 0,00232 30,8 2634

R134a 299,9 5017 0,2541 0,00232 30,87 2874

R134a 299,9 5017 0,3434 0,00232 30,91 3318

R134a 300 5017 0,4434 0,00232 30,96 3798

R134a 299,9 5017 0,5543 0,00232 31,01 4279

R134a 300,1 15016 0,2992 0,00232 30,99 4993

R134a 300,2 15012 0,3478 0,00232 31,01 5058

R134a 299,9 15018 0,4487 0,00232 31,06 5159

R134a 300 15017 0,5473 0,00232 31,1 5269

R134a 300,2 15017 0,6454 0,00232 31,15 5424

R134a 299,9 25040 0,4332 0,00232 31,13 5521

R134a 300 25055 0,5354 0,00232 31,17 5626

R134a 300 25062 0,6376 0,00232 31,2 5743

R134a 299,9 25068 0,7405 0,00232 31,22 6019

R134a 300,3 25070 0,8499 0,00232 31,22 6567

R134a 300 35136 0,5759 0,00232 31,25 6872

R134a 299,6 35163 0,624 0,00232 31,26 6913

R134a 299,9 35168 0,7311 0,00232 31,27 6963

R134a 300,1 35189 0,841 0,00232 31,28 7114

R134a 299,9 45094 0,7267 0,00232 31,28 8633

R134a 400,2 5021 0,1486 0,00232 30,8 2542

R134a 400,2 5020 0,2427 0,00232 30,86 3309

R134a 400 5020 0,347 0,00232 30,92 3974

R134a 399,9 5020 0,4565 0,00232 30,97 4476

R134a 399,7 5020 0,5657 0,00232 30,99 4772

R134a 399,9 15002 0,1876 0,00232 30,71 3849

R134a 399,9 15001 0,2432 0,00232 30,74 4034

R134a 400,1 14997 0,3536 0,00232 30,81 4518

R134a 399,9 15000 0,4587 0,00232 30,85 5063

R134a 400 15001 0,5467 0,00232 30,89 5493

R134a 400 14998 0,6436 0,00232 30,91 5942

R134a 399,9 24997 0,3356 0,00232 30,71 5518

R134a 399,9 25004 0,4423 0,00232 30,78 5711

R134a 400 25012 0,5436 0,00232 30,81 5973

R134a 400,2 25027 0,6476 0,00232 30,86 6362

R134a 400,3 25019 0,7558 0,00232 30,88 6899

R134a 400,1 35140 0,4301 0,00232 30,77 6699

R134a 399,9 35169 0,5332 0,00232 30,82 6885

R134a 400 35181 0,6313 0,00232 30,87 7027

R134a 400 35190 0,7441 0,00232 30,9 7333

R134a 400,2 45034 0,5404 0,00232 30,94 9119

R134a 399,8 45039 0,6217 0,00232 30,98 9103

R134a 399,9 45044 0,7345 0,00232 31,01 9095

R134a 399,9 55019 0,6724 0,00232 31,07 10389

R134a 400 54977 0,7333 0,00232 31,09 10325

R134a 499,9 5005 0,1469 0,00232 31,82 3000

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 187

R134a 500 5005 0,2482 0,00232 32,02 3921

R134a 500 5005 0,3501 0,00232 32,24 4487

R134a 500,3 5008 0,3934 0,00232 32,54 4641

R134a 499,8 14998 0,1564 0,00232 31,19 3882

R134a 499,9 14999 0,2415 0,00232 31,34 4377

R134a 499,8 15002 0,3438 0,00232 31,48 5054

R134a 500,1 14999 0,4494 0,00232 31,56 5660

R134a 500,1 25012 0,2457 0,00232 31,37 5507

R134a 500,2 25025 0,3507 0,00232 31,48 5761

R134a 500,6 25028 0,4454 0,00232 31,57 6131

R134a 500,3 25034 0,548 0,00232 31,63 7372

R134a 500 35231 0,338 0,00232 31,48 6747

R134a 499,7 35354 0,4409 0,00232 31,51 6986

R134a 500,1 35371 0,5444 0,00232 31,55 7235

R134a 500 35380 0,6428 0,00232 31,56 7581

R134a 500,2 45014 0,4319 0,00232 31,44 8092

R134a 500 44941 0,5384 0,00232 31,45 8173

R134a 499,8 44906 0,6458 0,00232 31,48 9646

R134a 500,1 44872 0,744 0,00232 31,49 9651

R134a 500 54985 0,5236 0,00232 31,38 9018

R134a 499,8 54954 0,6294 0,00232 31,41 9031

R134a 500 54919 0,7362 0,00232 31,42 9092

R134a 499,8 54855 0,8348 0,00232 31,4 9376

R134a 600,2 5007 0,1469 0,00232 31,13 3430

R134a 600 5007 0,2578 0,00232 31,34 4273

R134a 599,9 5010 0,3437 0,00232 31,48 4514

R134a 600 14998 0,1421 0,00232 31,27 4021

R134a 600,1 15002 0,2531 0,00232 31,46 4930

R134a 599,8 15000 0,3506 0,00232 31,62 5632

R134a 600,1 14997 0,4025 0,00232 31,72 5924

R134a 599,9 24953 0,1945 0,00232 31,5 5201

R134a 600 24959 0,2438 0,00232 31,61 5491

R134a 599,7 24967 0,344 0,00232 31,81 6080

R134a 600 24967 0,445 0,00232 31,88 6614

R134a 600,1 24967 0,4899 0,00232 31,9 6844

R134a 599,9 35034 0,2939 0,00232 30,9 6442

R134a 600,1 35068 0,339 0,00232 30,94 6668

R134a 600,1 35068 0,4435 0,00232 31,05 8642

R134a 599,9 35087 0,5478 0,00232 31,1 8693

R134a 599,9 44806 0,5361 0,00232 31,01 9547

R134a 600,1 44821 0,6433 0,00232 31,03 9547

R134a 49,92 4999 0,6479 0,00232 42,27 2604

R134a 100,1 5064 0,8538 0,00232 41,36 3566

R134a 99,73 9996 0,7485 0,00232 41,24 4530

R134a 100,2 9995 0,8433 0,00232 41,07 4375

R134a 99,83 15006 0,8278 0,00232 40,89 5323

R134a 199,8 4995 0,4565 0,00232 41,06 3255

R134a 199,8 4995 0,5546 0,00232 41,05 3483

R134a 199,8 15013 0,4358 0,00232 41,08 4833

R134a 200 15013 0,5444 0,00232 41,13 4910

R134a 199,9 15014 0,6342 0,00232 41,18 4939

R134a 199,9 15017 0,8443 0,00232 41,31 5225

R134a 300 5067 0,09005 0,00232 41,22 2894

R134a 300 5067 0,3544 0,00232 41,37 3301

R134a 299,9 5067 0,4575 0,00232 41,41 3797

R134a 300 5067 0,5524 0,00232 41,43 4288

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

188

R134a 299,9 15005 0,2869 0,00232 41,41 4858

R134a 299,6 15005 0,3445 0,00232 41,44 4945

R134a 300,1 15005 0,4394 0,00232 41,48 5010

R134a 299,9 15005 0,5475 0,00232 41,52 5114

R134a 300,3 15005 0,6449 0,00232 41,54 5253

R134a 299,8 15005 0,7535 0,00232 41,58 5498

R134a 299,9 25010 0,444 0,00232 41,59 6755

R134a 299,8 25010 0,5332 0,00232 41,61 6824

R134a 300,1 25018 0,6329 0,00232 41,63 6821

R134a 300,1 25018 0,7451 0,00232 41,64 6830

R134a 399,7 5074 0,06407 0,00232 41,01 2572

R134a 400 5072 0,1477 0,00232 41,17 2813

R134a 400,1 5071 0,2559 0,00232 41,29 3422

R134a 400 5071 0,3475 0,00232 41,39 4005

R134a 400 5071 0,4481 0,00232 41,47 4584

R134a 399,9 14986 0,1945 0,00232 41,37 4783

R134a 400 14986 0,2496 0,00232 41,4 4928

R134a 400,2 14980 0,3429 0,00232 41,45 5877

R134a 400,1 14980 0,4551 0,00232 41,48 5955

R134a 400,2 14980 0,5477 0,00232 41,5 6058

R134a 400 14980 0,6375 0,00232 41,51 6210

R134a 400 25020 0,31 0,00232 41,37 7084

R134a 400 25026 0,348 0,00232 41,34 7175

R134a 400,3 54925 0,7719 0,00232 41,57 10922

R134a 500 5058 0,1548 0,00232 41,53 3067

R134a 500,2 5058 0,2534 0,00232 41,62 3995

R134a 500 5058 0,3515 0,00232 41,7 4352

R134a 500,2 15001 0,1609 0,00232 41,55 4766

R134a 500 15001 0,2489 0,00232 41,63 5029

R134a 500 15001 0,3487 0,00232 41,7 5195

R134a 500,1 15006 0,448 0,00232 41,76 5078

R134a 499,9 25154 0,3007 0,00232 41,68 6542

R134a 499,8 25162 0,3461 0,00232 41,71 6664

R134a 500 25169 0,4468 0,00232 41,75 6449

R134a 500,1 25177 0,5604 0,00232 41,8 6167

R134a 499,8 35048 0,3529 0,00232 41,67 8037

R134a 500,4 35065 0,6441 0,00232 41,75 8816

R134a 500,1 45222 0,4502 0,00232 41,63 9737

R134a 500 45244 0,5402 0,00232 41,66 9474

R134a 499,9 45237 0,6412 0,00232 41,68 9875

R134a 499,7 45238 0,7375 0,00232 41,68 9493

R134a 499,8 55569 0,5517 0,00232 41,6 10784

R134a 500,1 55559 0,6404 0,00232 41,61 10536

R134a 600,6 5078 0,05629 0,00232 41,13 2891

R134a 600,1 5078 0,1557 0,00232 41,25 3717

R134a 600 5074 0,2568 0,00232 41,34 4498

R134a 600 15000 0,1459 0,00232 41,21 4671

R134a 600 15003 0,2539 0,00232 41,31 5099

R134a 600,1 15003 0,3465 0,00232 41,38 5624

R134a 599,7 25117 0,2513 0,00232 41,28 6265

R134a 599,8 45082 0,3905 0,00232 41,33 9326

R134a 600,1 45124 0,4506 0,00232 41,37 9399

R134a 599,9 45086 0,5888 0,00232 41,44 9917

R134a 99,63 5005 0,6347 0,00232 22,17 2781

R134a 99,61 5002 0,739 0,00232 22,23 2968

R134a 100,2 5002 0,8403 0,00232 22,28 3509

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 189

R134a 100,3 10003 0,4363 0,00232 22,31 3106

R134a 100,2 10001 0,4768 0,00232 22,29 2978

R134a 99,92 10002 0,593 0,00232 22,27 3075

R134a 100,3 10001 0,6981 0,00232 22,21 3200

R134a 100,1 14818 0,5772 0,00232 22,02 3427

R134a 99,61 14820 0,661 0,00232 22,07 3496

R134a 200,1 4998 0,14 0,00232 21,99 2441

R134a 199,6 4998 0,2336 0,00232 22,06 2314

R134a 200 4998 0,3425 0,00232 22,16 2582

R134a 200,1 4998 0,4478 0,00232 22,22 3019

R134a 200,1 4995 0,5388 0,00232 22,26 3396

R134a 199,5 9997 0,2226 0,00232 22,27 2801

R134a 200,5 9997 0,3246 0,00232 22,33 2894

R134a 199,9 9997 0,4292 0,00232 22,37 3219

R134a 200,3 9993 0,5255 0,00232 22,45 3532

R134a 200,1 9987 0,8374 0,00232 22,52 5035

R134a 200 15007 0,3001 0,00232 21,85 3292

R134a 199,9 15007 0,3987 0,00232 22 3416

R134a 199,7 15007 0,5115 0,00232 22,07 3654

R134a 200,1 15007 0,6123 0,00232 22,11 4025

R134a 200 15007 0,7086 0,00232 22,15 4480

R134a 200 15001 0,8161 0,00232 22,22 5074

R134a 200,2 25028 0,4821 0,00232 22,32 4674

R134a 199,7 25043 0,5758 0,00232 22,38 5193

R134a 200,1 25072 0,6699 0,00232 22,46 5263

R134a 199,4 25078 0,777 0,00232 22,51 5390

R134a 199,7 25081 0,8771 0,00232 22,51 6181

R134a 299,9 5005 0,1469 0,00232 22,39 2264

R134a 299,9 5003 0,2429 0,00232 22,4 2762

R134a 300 5003 0,3492 0,00232 22,47 3338

R134a 300 5000 0,4367 0,00232 22,37 3732

R134a 300,2 5000 0,5402 0,00232 22,34 4139

R134a 300,2 5000 0,6472 0,00232 22,35 4421

R134a 299,6 14998 0,3157 0,00232 22,18 3582

R134a 300,1 14994 0,4255 0,00232 22,24 4176

R134a 300,2 14988 0,5179 0,00232 22,29 4652

R134a 299,9 14988 0,6273 0,00232 22,34 5208

R134a 299,8 25067 0,3492 0,00232 22,21 4775

R134a 300 25079 0,3997 0,00232 22,3 4878

R134a 300 25075 0,507 0,00232 22,41 5103

R134a 300 25072 0,6 0,00232 22,36 5383

R134a 299,8 25069 0,7077 0,00232 22,19 5906

R134a 299,8 25049 0,8954 0,00232 22,07 7410

R134a 300,1 35039 0,476 0,00232 22,24 5903

R134a 300 35069 0,5827 0,00232 22,31 6022

R134a 300,1 35101 0,6873 0,00232 22,39 6246

R134a 300 35127 0,7733 0,00232 22,41 6609

R134a 300 35092 0,8849 0,00232 22,41 7856

R134a 300,1 44938 0,6011 0,00232 22,45 7642

R134a 300,1 44906 0,6589 0,00232 22,34 7587

R134a 300 44825 0,8625 0,00232 22,37 8472

R134a 299,7 44803 0,8984 0,00232 22,34 8776

R134a 300,3 54961 0,8775 0,00232 22,49 9462

R134a 399,6 4973 0,1385 0,00232 22,45 2455

R134a 399,8 4970 0,2427 0,00232 22,32 3291

R134a 400,1 4970 0,3414 0,00232 22,3 3796

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

190

R134a 400,2 4969 0,453 0,00232 22,24 4108

R134a 400,2 4970 0,5508 0,00232 22,32 4265

R134a 400,1 4970 0,5955 0,00232 22,41 4318

R134a 400 14997 0,2295 0,00232 22,1 3666

R134a 399,8 14997 0,3272 0,00232 22,26 4368

R134a 400 14991 0,4336 0,00232 22,37 4984

R134a 400,1 14991 0,5309 0,00232 22,43 5455

R134a 400 14991 0,6311 0,00232 22,45 5899

R134a 400 24683 0,2616 0,00232 22,25 4733

R134a 399,9 24691 0,309 0,00232 22,33 4886

R134a 400,2 24698 0,418 0,00232 22,47 5260

R134a 399,9 24707 0,5081 0,00232 22,67 5728

R134a 399,9 24705 0,6172 0,00232 22,73 6293

R134a 400 24698 0,7132 0,00232 22,69 6826

R134a 399,9 35046 0,3395 0,00232 22,34 5906

R134a 400 35067 0,4 0,00232 22,33 6021

R134a 400 35076 0,4972 0,00232 22,37 6167

R134a 400,2 35076 0,6003 0,00232 22,4 6556

R134a 399,8 35082 0,6985 0,00232 22,42 7056

R134a 399,7 45020 0,4339 0,00232 22,36 6982

R134a 400,1 44993 0,4868 0,00232 22,4 8297

R134a 399,9 45050 0,5846 0,00232 22,5 8257

R134a 399,7 45040 0,6798 0,00232 22,53 8309

R134a 400 55022 0,5274 0,00232 22,65 7919

R134a 399,9 54988 0,5707 0,00232 22,71 9175

R134a 400,2 54978 0,6666 0,00232 22,76 9089

R134a 399,8 54964 0,7694 0,00232 22,78 9156

R134a 499,7 5001 0,1469 0,00232 22,47 3025

R134a 500,1 5001 0,2414 0,00232 22,62 3695

R134a 499,6 5004 0,3529 0,00232 22,78 4043

R134a 499,7 5004 0,4497 0,00232 22,88 4128

R134a 499,8 15010 0,2304 0,00232 22,57 4216

R134a 500,2 15004 0,3368 0,00232 22,72 5023

R134a 499,9 15004 0,4332 0,00232 22,82 5529

R134a 499,9 15009 0,5334 0,00232 22,9 5922

R134a 500 25007 0,2196 0,00232 22,51 4746

R134a 500,1 25015 0,3213 0,00232 22,65 5297

R134a 499,9 25015 0,4229 0,00232 22,77 5930

R134a 500 25015 0,5212 0,00232 22,84 6460

R134a 499,8 25022 0,6207 0,00232 22,9 6923

R134a 500,1 34998 0,264 0,00232 22,55 6153

R134a 500,1 35016 0,3095 0,00232 22,6 6231

R134a 500,2 35034 0,4019 0,00232 22,7 6478

R134a 500,2 35043 0,5069 0,00232 22,78 6873

R134a 500,1 35043 0,6094 0,00232 22,84 7354

R134a 499,9 35043 0,6975 0,00232 22,85 7801

R134a 499,7 45030 0,3403 0,00232 22,62 6930

R134a 499,8 45040 0,3983 0,00232 22,7 7028

R134a 500,1 45064 0,4984 0,00232 22,84 7232

R134a 499,9 45063 0,5956 0,00232 22,92 7557

R134a 500,1 45060 0,6973 0,00232 22,97 8073

R134a 500,1 45050 0,7474 0,00232 22,99 8404

R134a 499,9 54985 0,4241 0,00232 22,93 7930

R134a 500,1 54911 0,4867 0,00232 22,92 8826

R134a 499,8 54933 0,5832 0,00232 23,04 8919

R134a 500 54901 0,6828 0,00232 22,9 8997

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 191

R134a 499,8 54878 0,7871 0,00232 22,73 9280

R134a 600,1 4966 0,1451 0,00232 22,44 3297

R134a 599,8 4966 0,2494 0,00232 22,77 3849

R134a 600,1 4970 0,3421 0,00232 22,94 3928

R134a 600,1 14997 0,2382 0,00232 22,95 4796

R134a 600 14997 0,3371 0,00232 22,87 5423

R134a 599,8 14997 0,4369 0,00232 22,89 5790

R134a 599,9 25015 0,2239 0,00232 22,44 4999

R134a 600 25022 0,3232 0,00232 22,69 5807

R134a 599,9 25030 0,4208 0,00232 22,9 6406

R134a 599,9 25030 0,4705 0,00232 23,03 6643

R134a 599,9 35052 0,2246 0,00232 22,67 5776

R134a 600 35063 0,3169 0,00232 22,9 6184

R134a 600 35078 0,4099 0,00232 23,08 6740

R134a 600 35079 0,5172 0,00232 23,23 7306

R134a 599,7 45005 0,3061 0,00232 22,96 6955

R134a 600,1 55033 0,3479 0,00232 23,08 7911

R134a 599,8 45005 0,4077 0,00232 23,12 7224

R134a 600 45006 0,5079 0,00232 23,27 7632

R134a 599,8 45005 0,6076 0,00232 23,35 8122

R134a 600,1 54978 0,6908 0,00232 23,41 9605

R134a 49,94 4999 0,4658 0,00232 30,74 2406

R134a 49,56 4997 0,4881 0,00232 30,61 2274

R134a 49,91 5000 0,5235 0,00232 30,59 1841

R134a 100 10006 0,4826 0,00232 31,01 3665

R134a 100 10007 0,5285 0,00232 31,08 3547

R134a 100 10012 0,5849 0,00232 31,18 3281

R134a 100,2 10010 0,6876 0,00232 31,25 3562

R134a 99,62 10011 0,81 0,00232 31,32 3605

R134a 99,6 15011 0,6518 0,00232 31,59 4124

R134a 99,97 15011 0,7487 0,00232 31,63 4162

R134a 99,98 4997 0,6348 0,00232 30,58 2910

R134a 100,1 4997 0,6719 0,00232 30,62 2952

R134a 100 4997 0,7192 0,00232 30,65 3135

R134a 100,5 4997 0,7627 0,00232 30,68 3202

R134a 99,85 4997 0,8114 0,00232 30,72 3392

R134a 100,6 4997 0,8561 0,00232 30,75 3343

R134a 199,9 9996 0,2236 0,00232 31,15 3117

R134a 199,9 10000 0,3197 0,00232 31,26 3209

R134a 200,1 10000 0,4231 0,00232 31,33 3336

R134a 200,3 10000 0,5168 0,00232 31,37 3482

R134a 200,1 9995 0,8161 0,00232 31,37 4662

R134a 199,9 15005 0,3488 0,00232 31,33 4112

R134a 199,9 15005 0,4041 0,00232 31,23 4141

R134a 199,7 15005 0,5013 0,00232 31,21 4198

R134a 200,9 15005 0,6 0,00232 31,11 4236

R134a 200 15005 0,7061 0,00232 31,15 4382

R134a 200,1 15000 0,8164 0,00232 31,1 4769

R134a 200 25021 0,5625 0,00232 30,83 5612

R134a 200,2 25028 0,6701 0,00232 30,84 5612

R134a 200 25020 0,7807 0,00232 30,83 5682

R134a 200 25014 0,8765 0,00232 30,83 6476

R134a 200 5001 0,1346 0,00232 30,89 2585

R134a 199,7 5000 0,2331 0,00232 30,95 2985

R134a 200 5000 0,3348 0,00232 30,99 2617

R134a 200 5000 0,432 0,00232 31,01 2917

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

192

R134a 200 5000 0,5316 0,00232 31,04 3270

R134a 299,9 5020 0,09652 0,00232 30,78 2308

R134a 299,6 5018 0,1412 0,00232 30,8 2547

R134a 299,9 5017 0,2457 0,00232 30,87 2795

R134a 299,9 5017 0,3349 0,00232 30,91 3257

R134a 300 5017 0,4348 0,00232 30,96 3767

R134a 299,9 5017 0,5457 0,00232 31,01 4276

R134a 300,1 15016 0,274 0,00232 30,99 4753

R134a 300,2 15012 0,3226 0,00232 31,01 4785

R134a 299,9 15018 0,4235 0,00232 31,06 4929

R134a 300 15017 0,522 0,00232 31,1 5091

R134a 300,2 15017 0,6202 0,00232 31,15 5321

R134a 300,2 15018 0,7281 0,00232 31,16 5694

R134a 299,9 25040 0,3912 0,00232 31,13 5667

R134a 300 25055 0,4933 0,00232 31,17 5706

R134a 300 25062 0,5955 0,00232 31,2 5780

R134a 299,9 25068 0,6983 0,00232 31,22 5911

R134a 300,3 25068 0,8966 0,00232 31,23 7346

R134a 300 35136 0,517 0,00232 31,25 7059

R134a 299,6 35163 0,5649 0,00232 31,26 7046

R134a 299,9 35168 0,6721 0,00232 31,27 7057

R134a 300,1 35198 0,8807 0,00232 31,26 7687

R134a 299,9 45094 0,651 0,00232 31,28 8538

R134a 400,2 5021 0,1422 0,00232 30,8 2506

R134a 400,2 5020 0,2362 0,00232 30,86 3283

R134a 400 5020 0,3405 0,00232 30,92 3972

R134a 399,9 5020 0,4499 0,00232 30,97 4492

R134a 399,7 5020 0,559 0,00232 30,99 4840

R134a 399,9 15002 0,1687 0,00232 30,71 4118

R134a 399,9 15001 0,2243 0,00232 30,74 4211

R134a 400,1 14997 0,3346 0,00232 30,81 4425

R134a 399,9 15000 0,4396 0,00232 30,85 4945

R134a 400 15001 0,5276 0,00232 30,89 5417

R134a 400 14998 0,6244 0,00232 30,91 5894

R134a 399,9 24997 0,3041 0,00232 30,71 5695

R134a 399,9 25004 0,4107 0,00232 30,78 5789

R134a 400 25012 0,512 0,00232 30,81 5948

R134a 400,2 25027 0,616 0,00232 30,86 6237

R134a 400,3 25019 0,7241 0,00232 30,88 6755

R134a 400,1 35140 0,3859 0,00232 30,77 6860

R134a 399,9 35169 0,4889 0,00232 30,82 6985

R134a 400 35181 0,587 0,00232 30,87 7032

R134a 400 35190 0,6997 0,00232 30,9 7197

R134a 399,9 35199 0,7873 0,00232 30,91 7511

R134a 400,2 45034 0,4837 0,00232 30,94 8780

R134a 399,8 45039 0,5649 0,00232 30,98 8766

R134a 399,9 45044 0,6777 0,00232 31,01 8750

R134a 400 45041 0,7893 0,00232 31,02 8783

R134a 399,9 55019 0,6031 0,00232 31,07 9556

R134a 400 54977 0,664 0,00232 31,09 9501

R134a 400,1 54945 0,7708 0,00232 31,1 9456

R134a 499,9 5005 0,1417 0,00232 31,82 2928

R134a 500 5005 0,2429 0,00232 32,02 3906

R134a 500 5005 0,3447 0,00232 32,24 4504

R134a 500,3 5008 0,3879 0,00232 32,54 4675

R134a 499,8 14998 0,1411 0,00232 31,19 4115

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 193

R134a 499,9 14999 0,2261 0,00232 31,34 4305

R134a 499,8 15002 0,3283 0,00232 31,48 4939

R134a 500,1 14999 0,4338 0,00232 31,56 5596

R134a 500,1 25012 0,2203 0,00232 31,37 5578

R134a 500,2 25025 0,3252 0,00232 31,48 5791

R134a 500,6 25028 0,4198 0,00232 31,57 6046

R134a 500,3 25034 0,5224 0,00232 31,63 7251

R134a 500 35231 0,3022 0,00232 31,48 6940

R134a 499,7 35354 0,4049 0,00232 31,51 7093

R134a 500,1 35371 0,5084 0,00232 31,55 7227

R134a 500 35380 0,6068 0,00232 31,56 7448

R134a 500,2 45014 0,3862 0,00232 31,44 8209

R134a 500 44941 0,4927 0,00232 31,45 8217

R134a 499,8 44906 0,6001 0,00232 31,48 9635

R134a 500,1 44872 0,6984 0,00232 31,49 9668

R134a 500 54985 0,4678 0,00232 31,38 9165

R134a 499,8 54954 0,5737 0,00232 31,41 9137

R134a 500 54919 0,6805 0,00232 31,42 9167

R134a 499,8 54855 0,7792 0,00232 31,4 9281

R134a 500,3 54833 0,8322 0,00232 31,36 9456

R134a 600,2 5007 0,1425 0,00232 31,13 3362

R134a 600 5007 0,2532 0,00232 31,34 4273

R134a 599,9 5010 0,3389 0,00232 31,48 4597

R134a 600,1 14998 0,09703 0,00232 31,2 3990

R134a 600 14998 0,1294 0,00232 31,27 4091

R134a 600,1 15002 0,2401 0,00232 31,46 4790

R134a 599,8 15000 0,3375 0,00232 31,62 5542

R134a 600,1 14997 0,3893 0,00232 31,72 5864

R134a 599,9 24953 0,1733 0,00232 31,5 5380

R134a 600 24959 0,2225 0,00232 31,61 5617

R134a 599,7 24967 0,3226 0,00232 31,81 6017

R134a 600 24967 0,4235 0,00232 31,88 6485

R134a 600,1 24967 0,4683 0,00232 31,9 6723

R134a 599,9 35034 0,2642 0,00232 30,9 6609

R134a 600,1 35068 0,3092 0,00232 30,94 6801

R134a 600,1 35068 0,4136 0,00232 31,05 8518

R134a 599,9 35087 0,5178 0,00232 31,1 8609

R134a 600 44771 0,3019 0,00232 30,86 9502

R134a 600 44801 0,4064 0,00232 30,96 9530

R134a 599,9 44806 0,498 0,00232 31,01 9445

R134a 600,1 44821 0,6051 0,00232 31,03 9474

R134a 600 55005 0,3836 0,00232 30,86 10330

R134a 599,9 55016 0,4922 0,00232 30,93 10284

R134a 600,1 55019 0,5869 0,00232 30,97 10321

R134a 599,8 55016 0,674 0,00232 30,97 10379

R134a 49,92 4999 0,5943 0,00232 42,27 2501

R134a 100,1 5064 0,8268 0,00232 41,36 3332

R134a 99,73 9996 0,6952 0,00232 41,24 4235

R134a 100,2 9995 0,7902 0,00232 41,07 4265

R134a 99,49 15006 0,668 0,00232 40,9 4944

R134a 99,83 15006 0,748 0,00232 40,89 5051

R134a 100,5 15007 0,8353 0,00232 40,88 5150

R134a 199,8 4995 0,4432 0,00232 41,06 3115

R134a 199,8 4995 0,5412 0,00232 41,05 3373

R134a 199,9 4993 0,6469 0,00232 41,05 3673

R134a 199,8 15013 0,3958 0,00232 41,08 4863

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

194

R134a 199,9 15014 0,5942 0,00232 41,18 4976

R134a 199,9 15017 0,8043 0,00232 41,31 5112

R134a 200,3 25005 0,8961 0,00232 41,43 7850

R134a 300 5067 0,08103 0,00232 41,22 2689

R134a 300 5067 0,3453 0,00232 41,37 3265

R134a 299,9 5067 0,4484 0,00232 41,41 3762

R134a 299,9 15005 0,2601 0,00232 41,41 4938

R134a 299,6 15005 0,3178 0,00232 41,44 5044

R134a 300,1 15005 0,4126 0,00232 41,48 5139

R134a 299,9 15005 0,5207 0,00232 41,52 5207

R134a 300,3 15005 0,6181 0,00232 41,54 5281

R134a 299,8 15005 0,7266 0,00232 41,58 5442

R134a 299,9 25010 0,3994 0,00232 41,59 6877

R134a 299,8 25010 0,4886 0,00232 41,61 6920

R134a 300,1 25018 0,5883 0,00232 41,63 6940

R134a 300,1 25018 0,7004 0,00232 41,64 6923

R134a 300,1 25018 0,8897 0,00232 41,63 7034

R134a 300,1 35103 0,5147 0,00232 41,55 8442

R134a 299,9 35190 0,5723 0,00232 41,54 8480

R134a 299,8 35251 0,6832 0,00232 41,53 8434

R134a 299,9 45023 0,7432 0,00232 41,42 10193

R134a 399,7 5074 0,0573 0,00232 41,01 2544

R134a 400 5071 0,3406 0,00232 41,39 3976

R134a 400 5071 0,4411 0,00232 41,47 4587

R134a 399,9 14986 0,1744 0,00232 41,37 4918

R134a 400 14986 0,2295 0,00232 41,4 5069

R134a 400,2 14980 0,5276 0,00232 41,5 5564

R134a 400 14980 0,6173 0,00232 41,51 5829

R134a 400 25020 0,2765 0,00232 41,37 6949

R134a 400 25026 0,3145 0,00232 41,34 7005

R134a 399,8 45028 0,4914 0,00232 41,19 10178

R134a 500 5058 0,1492 0,00232 41,53 2994

R134a 500,2 5058 0,2478 0,00232 41,62 3941

R134a 500 5058 0,3458 0,00232 41,7 4332

R134a 500 15001 0,2327 0,00232 41,63 5074

R134a 500 15001 0,3324 0,00232 41,7 5214

R134a 500,1 15006 0,4317 0,00232 41,76 5038

R134a 499,9 25154 0,2736 0,00232 41,68 6688

R134a 499,8 25162 0,319 0,00232 41,71 6832

R134a 500 25169 0,4196 0,00232 41,75 6568

R134a 500,1 25177 0,5333 0,00232 41,8 6241

R134a 500,4 35065 0,6065 0,00232 41,75 8717

R134a 500,1 45222 0,4016 0,00232 41,63 9799

R134a 500 45244 0,4916 0,00232 41,66 9512

R134a 499,9 45237 0,5927 0,00232 41,68 9815

R134a 499,7 45238 0,689 0,00232 41,68 9466

R134a 500,1 55559 0,5809 0,00232 41,61 10583

R134a 496,6 55360 0,6897 0,00232 41,56 10938

R134a 499,9 55331 0,7764 0,00232 41,56 10597

R134a 600,6 5078 0,05175 0,00232 41,13 2839

R134a 600,1 5078 0,151 0,00232 41,25 3672

R134a 600 5074 0,252 0,00232 41,34 4522

R134a 600 15000 0,1324 0,00232 41,21 4803

R134a 600 15003 0,2403 0,00232 41,31 5163

R134a 600,1 15003 0,3328 0,00232 41,38 5552

R134a 599,7 25117 0,2287 0,00232 41,28 6423

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 195

R134a 600,1 25117 0,4053 0,00232 41,41 7963

R134a 599,8 45082 0,35 0,00232 41,33 9318

R134a 600,1 45124 0,4101 0,00232 41,37 9363

R134a 600 45084 0,5066 0,00232 41,42 9877

R134a 599,9 45086 0,5484 0,00232 41,44 9631

R134a 599,8 55015 0,5951 0,00232 41,51 10885

R134a 99,61 5002 0,6905 0,00232 22,23 2884

R134a 100,2 5002 0,7921 0,00232 22,28 3262

R134a 99,92 10002 0,4962 0,00232 22,27 3115

R134a 100,3 10001 0,6017 0,00232 22,21 3185

R134a 99,42 9998 0,706 0,00232 22,16 3296

R134a 100,1 14818 0,4343 0,00232 22,02 3407

R134a 99,61 14820 0,5174 0,00232 22,07 3466

R134a 99,77 14823 0,6138 0,00232 22,11 3592

R134a 200,1 4998 0,1158 0,00232 21,99 2409

R134a 199,6 4998 0,2093 0,00232 22,06 2274

R134a 200,1 4994 0,9289 0,00232 22,31 5600

R134a 199,5 9997 0,174 0,00232 22,27 2730

R134a 200,5 9997 0,2762 0,00232 22,33 2832

R134a 199,8 9982 0,882 0,00232 22,48 5433

R134a 199,9 15007 0,326 0,00232 22 3654

R134a 199,7 15007 0,4387 0,00232 22,07 3783

R134a 200,1 15007 0,5395 0,00232 22,11 3958

R134a 200 15007 0,6359 0,00232 22,15 4238

R134a 200 15001 0,7434 0,00232 22,22 4730

R134a 200 14996 0,8373 0,00232 22,23 5291

R134a 200,1 14996 0,8708 0,00232 22,27 5605

R134a 200,1 25072 0,5484 0,00232 22,46 4980

R134a 199,4 25078 0,655 0,00232 22,51 5062

R134a 199,7 25081 0,7553 0,00232 22,51 5254

R134a 200,4 25081 0,7891 0,00232 22,5 5439

R134a 299,9 5003 0,2264 0,00232 22,4 2691

R134a 300 5003 0,3326 0,00232 22,47 3283

R134a 300 5000 0,4201 0,00232 22,37 3718

R134a 300,2 5000 0,5235 0,00232 22,34 4172

R134a 300,2 5000 0,6305 0,00232 22,35 4520

R134a 300,1 14994 0,3767 0,00232 22,24 3987

R134a 300,2 14988 0,4691 0,00232 22,29 4419

R134a 299,9 14988 0,5783 0,00232 22,34 4989

R134a 300 14983 0,6738 0,00232 22,41 5477

R134a 299,8 25067 0,2679 0,00232 22,21 5044

R134a 300 25079 0,3184 0,00232 22,3 5072

R134a 300 25075 0,4256 0,00232 22,41 5144

R134a 300 25072 0,5185 0,00232 22,36 5268

R134a 299,8 25069 0,6263 0,00232 22,19 5560

R134a 300,1 35039 0,3625 0,00232 22,24 6196

R134a 300 35069 0,469 0,00232 22,31 6215

R134a 300,1 35101 0,5735 0,00232 22,39 6309

R134a 300 35127 0,6594 0,00232 22,41 6417

R134a 300,1 44938 0,4554 0,00232 22,45 7406

R134a 300,1 44845 0,6158 0,00232 22,36 7310

R134a 300 55003 0,5513 0,00232 22,5 8367

R134a 299,8 54984 0,6662 0,00232 22,5 8288

R134a 300,3 54961 0,6996 0,00232 22,49 8537

R134a 399,6 4973 0,1261 0,00232 22,45 2383

R134a 399,8 4970 0,2301 0,00232 22,32 3244

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

196

R134a 400,1 4970 0,3286 0,00232 22,3 3809

R134a 400,2 4969 0,44 0,00232 22,24 4191

R134a 400,2 4970 0,5378 0,00232 22,32 4410

R134a 400,1 4970 0,5824 0,00232 22,41 4488

R134a 399,9 14997 0,1386 0,00232 22,1 3550

R134a 400 14997 0,1928 0,00232 22,1 3705

R134a 399,8 14997 0,2902 0,00232 22,26 4193

R134a 400 14991 0,3965 0,00232 22,37 4796

R134a 400,1 14991 0,4937 0,00232 22,43 5311

R134a 400 14991 0,5937 0,00232 22,45 5790

R134a 400 24683 0,2013 0,00232 22,25 5017

R134a 399,9 24691 0,2486 0,00232 22,33 5103

R134a 400,2 24698 0,3574 0,00232 22,47 5252

R134a 399,9 24707 0,4472 0,00232 22,67 5489

R134a 400 24698 0,6523 0,00232 22,69 6507

R134a 400 25089 0,7348 0,00232 22,58 7026

R134a 399,9 35046 0,2537 0,00232 22,34 6250

R134a 400 35067 0,3144 0,00232 22,33 6277

R134a 400 35076 0,4113 0,00232 22,37 6358

R134a 400,2 35076 0,5144 0,00232 22,4 6501

R134a 399,8 35082 0,6125 0,00232 22,42 6746

R134a 400,2 35076 0,7125 0,00232 22,41 7219

R134a 399,7 45020 0,3237 0,00232 22,36 7414

R134a 400,1 44993 0,3768 0,00232 22,4 7303

R134a 399,9 45050 0,4744 0,00232 22,5 7317

R134a 399,7 45040 0,5695 0,00232 22,53 7383

R134a 399,8 45020 0,6755 0,00232 22,56 7546

R134a 400 44999 0,7687 0,00232 22,53 7972

R134a 400 55022 0,3926 0,00232 22,65 8418

R134a 399,9 54988 0,4362 0,00232 22,71 8295

R134a 400,2 54978 0,5322 0,00232 22,76 8250

R134a 399,8 54964 0,6349 0,00232 22,78 8277

R134a 400,2 54920 0,7262 0,00232 22,73 8395

R134a 400,2 54889 0,7664 0,00232 22,68 8566

R134a 499,7 5001 0,1366 0,00232 22,47 2957

R134a 500,1 5001 0,2309 0,00232 22,62 3713

R134a 499,6 5004 0,342 0,00232 22,78 4138

R134a 499,7 5004 0,4386 0,00232 22,88 4272

R134a 499,8 15010 0,2006 0,00232 22,57 4066

R134a 500,2 15004 0,3066 0,00232 22,72 4802

R134a 499,9 15004 0,4028 0,00232 22,82 5381

R134a 499,9 15009 0,5028 0,00232 22,9 5845

R134a 500 25007 0,1704 0,00232 22,51 5060

R134a 500,1 25015 0,2718 0,00232 22,65 5280

R134a 499,9 25015 0,3731 0,00232 22,77 5665

R134a 500 25015 0,4712 0,00232 22,84 6172

R134a 499,8 25022 0,5706 0,00232 22,9 6689

R134a 500,1 34998 0,1951 0,00232 22,55 6350

R134a 500,1 35016 0,2405 0,00232 22,6 6330

R134a 500,2 35034 0,3327 0,00232 22,7 6399

R134a 500,2 35043 0,4375 0,00232 22,78 6621

R134a 500,1 35043 0,5398 0,00232 22,84 6983

R134a 499,9 35043 0,6279 0,00232 22,85 7418

R134a 499,7 45030 0,2514 0,00232 22,62 7353

R134a 499,8 45040 0,3096 0,00232 22,7 7308

R134a 500,1 45064 0,4095 0,00232 22,84 7370

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 197

R134a 499,9 45063 0,5065 0,00232 22,92 7481

R134a 500,1 45060 0,6082 0,00232 22,97 7792

R134a 500,1 45050 0,6583 0,00232 22,99 7997

R134a 499,9 54985 0,3156 0,00232 22,93 8452

R134a 500,1 54911 0,3785 0,00232 22,92 8824

R134a 499,8 54933 0,4749 0,00232 23,04 8853

R134a 500 54901 0,5745 0,00232 22,9 8908

R134a 499,8 54878 0,6789 0,00232 22,73 9038

R134a 499,9 54844 0,729 0,00232 22,67 9190

R134a 600,1 4966 0,1363 0,00232 22,44 3285

R134a 599,8 4966 0,2401 0,00232 22,77 3897

R134a 600,1 4970 0,3325 0,00232 22,94 4047

R134a 600,1 14997 0,2128 0,00232 22,95 4565

R134a 600 14997 0,3113 0,00232 22,87 5263

R134a 599,8 14997 0,4108 0,00232 22,89 5724

R134a 599,9 25015 0,1332 0,00232 22,28 4776

R134a 599,9 25015 0,1824 0,00232 22,44 5062

R134a 600 25022 0,2813 0,00232 22,69 5527

R134a 599,9 25030 0,3785 0,00232 22,9 6107

R134a 599,9 25030 0,4281 0,00232 23,03 6384

R134a 599,9 35052 0,1667 0,00232 22,67 6149

R134a 600 35063 0,2588 0,00232 22,9 6357

R134a 600 35078 0,3514 0,00232 23,08 6585

R134a 600 35079 0,4584 0,00232 23,23 7009

R134a 599,7 45005 0,2316 0,00232 22,96 7387

R134a 600,1 55033 0,2567 0,00232 23,08 8443

R134a 599,8 45005 0,333 0,00232 23,12 7402

R134a 600 45006 0,433 0,00232 23,27 7572

R134a 599,8 45005 0,5325 0,00232 23,35 7896

R134a 600,1 54978 0,5994 0,00232 23,41 9347

R134a 49,91 5000 0,4225 0,00232 30,59 2090

R134a 50,09 5000 0,4763 0,00232 30,51 2165

R134a 50,96 5001 0,521 0,00232 30,49 1957

R134a 50,36 7496 0,5091 0,00232 30,54 2354

R134a 50,24 7497 0,5485 0,00232 30,57 2383

R134a 100 10007 0,4272 0,00232 31,08 3608

R134a 100 10012 0,4836 0,00232 31,18 3380

R134a 100,2 10010 0,5864 0,00232 31,25 3570

R134a 99,62 10011 0,7082 0,00232 31,32 3613

R134a 99,77 10011 0,7764 0,00232 31,41 3669

R134a 99,6 15011 0,4988 0,00232 31,59 4142

R134a 99,97 15011 0,5963 0,00232 31,63 4228

R134a 100,3 15011 0,6925 0,00232 31,65 4344

R134a 100 4997 0,6688 0,00232 30,65 3052

R134a 100,5 4997 0,7124 0,00232 30,68 3110

R134a 99,85 4997 0,7609 0,00232 30,72 3212

R134a 100,6 4997 0,8059 0,00232 30,75 3433

R134a 99,98 4997 0,8576 0,00232 30,8 3476

R134a 199,9 9996 0,1729 0,00232 31,15 3298

R134a 199,9 10000 0,2689 0,00232 31,26 3340

R134a 200,1 10000 0,3723 0,00232 31,33 3420

R134a 200,3 10000 0,466 0,00232 31,37 3510

R134a 199,8 9995 0,5703 0,00232 31,38 3686

R134a 199,7 9990 0,8706 0,00232 31,37 5055

R134a 199,9 15005 0,2726 0,00232 31,33 4188

R134a 199,9 15005 0,3279 0,00232 31,23 4245

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

198

R134a 199,7 15005 0,425 0,00232 31,21 4312

R134a 200,9 15005 0,5243 0,00232 31,11 4330

R134a 200 15005 0,6299 0,00232 31,15 4430

R134a 200,1 15000 0,7403 0,00232 31,1 4636

R134a 200,1 14994 0,8359 0,00232 31,04 5007

R134a 200 25021 0,4359 0,00232 30,83 5811

R134a 200,2 25028 0,5435 0,00232 30,84 5829

R134a 200 25020 0,6541 0,00232 30,83 5832

R134a 200 25014 0,7499 0,00232 30,83 5858

R134a 200 5001 0,1093 0,00232 30,89 2598

R134a 199,7 5000 0,2077 0,00232 30,95 2840

R134a 200 5000 0,3094 0,00232 30,99 2523

R134a 200 5000 0,4065 0,00232 31,01 2844

R134a 200 5000 0,5061 0,00232 31,04 3221

R134a 299,9 5020 0,07953 0,00232 30,78 2340

R134a 299,6 5018 0,1242 0,00232 30,8 2615

R134a 299,9 5017 0,2285 0,00232 30,87 2723

R134a 299,9 5017 0,3177 0,00232 30,91 3197

R134a 300 5017 0,4175 0,00232 30,96 3749

R134a 299,9 5017 0,5283 0,00232 31,01 4315

R134a 300,1 15016 0,2231 0,00232 30,99 4605

R134a 300,2 15012 0,2717 0,00232 31,01 4683

R134a 299,9 15018 0,3724 0,00232 31,06 4780

R134a 300 15017 0,4709 0,00232 31,1 4924

R134a 300,2 15017 0,5691 0,00232 31,15 5129

R134a 300,2 15018 0,677 0,00232 31,16 5452

R134a 299,9 25040 0,3063 0,00232 31,13 5982

R134a 300 25055 0,4084 0,00232 31,17 6037

R134a 300 25062 0,5105 0,00232 31,2 6076

R134a 299,9 25068 0,6132 0,00232 31,22 6123

R134a 300,3 25070 0,7228 0,00232 31,22 6262

R134a 300 35136 0,3978 0,00232 31,25 7404

R134a 299,6 35163 0,4456 0,00232 31,26 7377

R134a 299,9 35168 0,5528 0,00232 31,27 7372

R134a 300,1 35189 0,6627 0,00232 31,28 7343

R134a 299,9 45094 0,4981 0,00232 31,28 8829

R134a 300,3 45074 0,595 0,00232 31,27 8770

R134a 300,4 45025 0,711 0,00232 31,23 8706

R134a 300 54983 0,5957 0,00232 31,23 10288

R134a 300 54958 0,6431 0,00232 31,21 10216

R134a 400 5024 0,07454 0,00232 30,79 2270

R134a 400,2 5021 0,1293 0,00232 30,8 2493

R134a 400,2 5020 0,2231 0,00232 30,86 3224

R134a 400 5020 0,3272 0,00232 30,92 3966

R134a 399,9 5020 0,4365 0,00232 30,97 4554

R134a 399,7 5020 0,5456 0,00232 30,99 4983

R134a 399,9 15002 0,1305 0,00232 30,71 4273

R134a 399,9 15001 0,186 0,00232 30,74 4423

R134a 400,1 14997 0,2962 0,00232 30,81 4621

R134a 399,9 15000 0,4011 0,00232 30,85 4909

R134a 400 15001 0,4889 0,00232 30,89 5304

R134a 400 14998 0,5858 0,00232 30,91 5788

R134a 399,9 24997 0,2404 0,00232 30,71 5958

R134a 399,9 25004 0,3469 0,00232 30,78 6055

R134a 400 25012 0,4481 0,00232 30,81 6158

R134a 400,2 25027 0,552 0,00232 30,86 6290

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 199

R134a 400,3 25019 0,6601 0,00232 30,88 6582

R134a 400,1 35140 0,2964 0,00232 30,77 7225

R134a 399,9 35169 0,3993 0,00232 30,82 7333

R134a 400 35181 0,4973 0,00232 30,87 7347

R134a 400 35190 0,6099 0,00232 30,9 7413

R134a 399,9 35199 0,6974 0,00232 30,91 7530

R134a 399,9 35201 0,7713 0,00232 30,89 7722

R134a 400,2 45034 0,369 0,00232 30,94 8818

R134a 399,8 45039 0,4501 0,00232 30,98 8825

R134a 399,9 45044 0,5629 0,00232 31,01 8812

R134a 400 45041 0,6744 0,00232 31,02 8816

R134a 400,2 45024 0,7769 0,00232 30,99 8894

R134a 399,9 55019 0,4629 0,00232 31,07 9703

R134a 400 54977 0,524 0,00232 31,09 9647

R134a 400,1 54945 0,6308 0,00232 31,1 9595

R134a 400,1 54929 0,7273 0,00232 31,08 9600

R134a 499,9 5005 0,1312 0,00232 31,82 2852

R134a 500 5005 0,2321 0,00232 32,02 3901

R134a 500 5005 0,3337 0,00232 32,24 4572

R134a 500,3 5008 0,3768 0,00232 32,54 4794

R134a 499,8 14998 0,1104 0,00232 31,19 4379

R134a 499,9 14999 0,1951 0,00232 31,34 4607

R134a 499,8 15002 0,2971 0,00232 31,48 4885

R134a 500,1 14999 0,4024 0,00232 31,56 5459

R134a 500,1 25012 0,169 0,00232 31,37 6023

R134a 500,2 25025 0,2737 0,00232 31,48 6156

R134a 500,6 25028 0,3681 0,00232 31,57 6287

R134a 500,3 25034 0,4705 0,00232 31,63 7056

R134a 500 35231 0,2299 0,00232 31,48 7337

R134a 499,7 35354 0,3322 0,00232 31,51 7467

R134a 500,1 35371 0,4356 0,00232 31,55 7543

R134a 500 35380 0,5338 0,00232 31,56 7641

R134a 500,2 45014 0,2939 0,00232 31,44 8727

R134a 500 44941 0,4004 0,00232 31,45 8685

R134a 499,8 44906 0,5078 0,00232 31,48 9490

R134a 500,1 44872 0,6062 0,00232 31,49 9534

R134a 500 54985 0,3551 0,00232 31,38 9690

R134a 499,8 54954 0,461 0,00232 31,41 9643

R134a 500 54919 0,5678 0,00232 31,42 9642

R134a 499,8 54855 0,6667 0,00232 31,4 9664

R134a 500,3 54833 0,7199 0,00232 31,36 9705

R134a 600,2 5007 0,1335 0,00232 31,13 3323

R134a 600 5007 0,2438 0,00232 31,34 4344

R134a 599,9 5010 0,3293 0,00232 31,48 4723

R134a 600,1 14998 0,07137 0,00232 31,2 4356

R134a 600 14998 0,1036 0,00232 31,27 4447

R134a 600,1 15002 0,2139 0,00232 31,46 4813

R134a 599,8 15000 0,311 0,00232 31,62 5407

R134a 600,1 14997 0,3627 0,00232 31,72 5747

R134a 599,9 24953 0,1305 0,00232 31,5 5869

R134a 600 24959 0,1794 0,00232 31,61 6049

R134a 599,7 24967 0,2792 0,00232 31,81 6267

R134a 600 24967 0,3799 0,00232 31,88 6485

R134a 600,1 24967 0,4246 0,00232 31,9 6642

R134a 599,9 35034 0,2042 0,00232 30,9 7002

R134a 600,1 35068 0,249 0,00232 30,94 7096

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

200

R134a 600,1 35068 0,3531 0,00232 31,05 8254

R134a 599,9 35087 0,4571 0,00232 31,1 8367

R134a 600 44771 0,2251 0,00232 30,86 9178

R134a 600 44801 0,3294 0,00232 30,96 9205

R134a 599,9 44806 0,4209 0,00232 31,01 9242

R134a 600,1 44821 0,5279 0,00232 31,03 9315

R134a 600 55005 0,2893 0,00232 30,86 10261

R134a 599,9 55016 0,3979 0,00232 30,93 10198

R134a 600,1 55019 0,4924 0,00232 30,97 10246

R134a 599,8 55016 0,5795 0,00232 30,97 10301

R134a 49,92 4999 0,4859 0,00232 42,27 2739

R134a 49,43 5001 0,576 0,00232 42,36 2478

R134a 49,78 7496 0,5232 0,00232 41,06 2942

R134a 49,86 7495 0,5893 0,00232 40,98 2942

R134a 100,1 5064 0,7724 0,00232 41,36 3540

R134a 100,2 5064 0,8709 0,00232 41,42 3350

R134a 100,2 9995 0,6831 0,00232 41,07 4319

R134a 99,65 9995 0,787 0,00232 41 4207

R134a 99,49 15006 0,5061 0,00232 40,9 5178

R134a 99,83 15006 0,5867 0,00232 40,89 5270

R134a 100,5 15007 0,675 0,00232 40,88 5257

R134a 200 4995 0,1084 0,00232 41,02 2958

R134a 200,6 4995 0,3106 0,00232 41,06 2827

R134a 199,8 4995 0,4162 0,00232 41,06 2990

R134a 199,8 4995 0,5142 0,00232 41,05 3249

R134a 199,9 4993 0,62 0,00232 41,05 3595

R134a 199,8 15013 0,315 0,00232 41,08 5134

R134a 200 15013 0,4237 0,00232 41,13 5196

R134a 199,9 15014 0,5133 0,00232 41,18 5256

R134a 200,2 15018 0,615 0,00232 41,26 5314

R134a 199,8 15017 0,8332 0,00232 41,38 5551

R134a 200,3 15018 0,8584 0,00232 41,48 5684

R134a 199,7 25005 0,4801 0,00232 41,58 7300

R134a 199,8 25005 0,5449 0,00232 41,52 7272

R134a 199,9 25005 0,6393 0,00232 41,5 7272

R134a 300 5067 0,06282 0,00232 41,22 2705

R134a 299,9 5067 0,1319 0,00232 41,27 2978

R134a 300,3 5067 0,23 0,00232 41,33 2872

R134a 300 5067 0,327 0,00232 41,37 3189

R134a 299,9 5067 0,4299 0,00232 41,41 3700

R134a 300 5067 0,5248 0,00232 41,43 4228

R134a 299,9 15005 0,2061 0,00232 41,41 5203

R134a 299,6 15005 0,2636 0,00232 41,44 5274

R134a 300,1 15005 0,3585 0,00232 41,48 5397

R134a 299,9 15005 0,4665 0,00232 41,52 5495

R134a 300,3 15005 0,564 0,00232 41,54 5559

R134a 299,8 15005 0,6724 0,00232 41,58 5640

R134a 300 15005 0,763 0,00232 41,59 5800

R134a 299,9 25010 0,3092 0,00232 41,59 7239

R134a 299,8 25010 0,3984 0,00232 41,61 7284

R134a 300,1 25018 0,4981 0,00232 41,63 7309

R134a 300,1 25018 0,6102 0,00232 41,64 7319

R134a 299,8 25018 0,709 0,00232 41,64 7324

R134a 300,1 35103 0,3883 0,00232 41,55 8926

R134a 299,9 35190 0,4455 0,00232 41,54 8945

R134a 299,8 35251 0,5562 0,00232 41,53 8932

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 201

R134a 299,9 35264 0,6438 0,00232 41,53 8917

R134a 300 35268 0,7474 0,00232 41,52 8848

R134a 300,1 44993 0,5281 0,00232 41,44 10384

R134a 299,9 45023 0,5812 0,00232 41,42 10346

R134a 400 5072 0,1271 0,00232 41,17 2851

R134a 400,1 5071 0,2351 0,00232 41,29 3306

R134a 400 5071 0,3266 0,00232 41,39 3938

R134a 400 5071 0,427 0,00232 41,47 4584

R134a 399,9 14986 0,1339 0,00232 41,37 5293

R134a 400 14986 0,1889 0,00232 41,4 5356

R134a 400,2 14980 0,2821 0,00232 41,45 5454

R134a 400,1 14980 0,3941 0,00232 41,48 5578

R134a 400,2 14980 0,4868 0,00232 41,5 5683

R134a 400 14980 0,5765 0,00232 41,51 5828

R134a 400 25020 0,2088 0,00232 41,37 7191

R134a 400 25026 0,2468 0,00232 41,34 7248

R134a 500 5058 0,1381 0,00232 41,53 2954

R134a 500,2 5058 0,2365 0,00232 41,62 3908

R134a 500 5058 0,3343 0,00232 41,7 4357

R134a 500,2 15001 0,1122 0,00232 41,55 5280

R134a 500 15001 0,1999 0,00232 41,63 5510

R134a 500 15001 0,2995 0,00232 41,7 5579

R134a 500,1 15006 0,3987 0,00232 41,76 5238

R134a 499,9 25154 0,2188 0,00232 41,68 7155

R134a 499,8 25162 0,2642 0,00232 41,71 7293

R134a 500 25169 0,3647 0,00232 41,75 6972

R134a 500,1 25177 0,4784 0,00232 41,8 6577

R134a 499,8 35048 0,239 0,00232 41,67 8700

R134a 500 35059 0,3287 0,00232 41,7 8599

R134a 500 35063 0,4299 0,00232 41,73 9060

R134a 500,4 35065 0,5303 0,00232 41,75 8639

R134a 500,1 45222 0,3034 0,00232 41,63 10307

R134a 500 45244 0,3933 0,00232 41,66 9969

R134a 499,9 45237 0,4945 0,00232 41,68 9937

R134a 499,7 45238 0,5909 0,00232 41,68 9629

R134a 500,1 55559 0,4604 0,00232 41,61 11104

R134a 496,6 55360 0,569 0,00232 41,56 11035

R134a 499,9 55331 0,6566 0,00232 41,56 10764

R134a 600,1 5078 0,1416 0,00232 41,25 3594

R134a 600 5074 0,2423 0,00232 41,34 4532

R134a 600 15000 0,1052 0,00232 41,21 5240

R134a 600 15003 0,2128 0,00232 41,31 5559

R134a 600,1 15003 0,3051 0,00232 41,38 5704

R134a 599,7 25117 0,1831 0,00232 41,28 6914

R134a 600,2 25117 0,2786 0,00232 41,35 7857

R134a 600,1 25117 0,3594 0,00232 41,41 7550

R134a 600 35198 0,4014 0,00232 41,42 9119

R134a 599,8 45082 0,2683 0,00232 41,33 9931

R134a 600,1 45124 0,3282 0,00232 41,37 9952

R134a 600 45084 0,4248 0,00232 41,42 9906

R134a 599,9 45086 0,4666 0,00232 41,44 9663

R134a 599,8 55015 0,4956 0,00232 41,51 10918

R134a 100,2 5002 0,6974 0,00232 22,28 3134

R134a 99,69 5002 0,7868 0,00232 22,29 3609

R134a 99,65 5003 0,8245 0,00232 22,31 3918

R134a 100,3 10001 0,4128 0,00232 22,21 3283

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

202

R134a 99,42 9998 0,5155 0,00232 22,16 3229

R134a 99,74 10001 0,629 0,00232 22,14 3249

R134a 100,3 10000 0,645 0,00232 22,15 3266

R134a 100,1 14818 0,154 0,00232 22,02 3825

R134a 99,77 14823 0,3325 0,00232 22,11 3537

R134a 100,1 14825 0,421 0,00232 22,14 3700

R134a 100,1 14826 0,4712 0,00232 22,22 3657

R134a 200,1 4998 0,06837 0,00232 21,99 2417

R134a 199,6 4998 0,1616 0,00232 22,06 2535

R134a 200 4998 0,2704 0,00232 22,16 2454

R134a 200,1 4998 0,3756 0,00232 22,22 2859

R134a 200,1 4995 0,4665 0,00232 22,26 3265

R134a 200,1 4994 0,8811 0,00232 22,31 5422

R134a 199,5 9997 0,07881 0,00232 22,27 2979

R134a 200,5 9997 0,1813 0,00232 22,33 2946

R134a 199,9 9997 0,2853 0,00232 22,37 3001

R134a 200,3 9993 0,3818 0,00232 22,45 3198

R134a 199,6 9992 0,4891 0,00232 22,48 3557

R134a 200 15007 0,08516 0,00232 21,85 3665

R134a 199,9 15007 0,1835 0,00232 22 3651

R134a 199,7 15007 0,296 0,00232 22,07 3746

R134a 200,1 15007 0,3969 0,00232 22,11 3909

R134a 200 15007 0,4931 0,00232 22,15 4090

R134a 200,2 25028 0,1231 0,00232 22,32 5169

R134a 199,7 25043 0,2158 0,00232 22,38 5107

R134a 200,1 25072 0,31 0,00232 22,46 5212

R134a 199,4 25078 0,4156 0,00232 22,51 5290

R134a 199,7 25081 0,5162 0,00232 22,51 5346

R134a 200,4 25081 0,551 0,00232 22,5 5368

R134a 299,9 5005 0,09855 0,00232 22,39 2280

R134a 299,9 5003 0,1941 0,00232 22,4 2581

R134a 300 5003 0,3001 0,00232 22,47 3207

R134a 300 5000 0,3873 0,00232 22,37 3717

R134a 300,2 5000 0,4907 0,00232 22,34 4259

R134a 300 15000 0,08064 0,00232 22,12 3667

R134a 299,6 14998 0,1713 0,00232 22,18 3751

R134a 300,1 14994 0,281 0,00232 22,24 3972

R134a 300,2 14988 0,3732 0,00232 22,29 4191

R134a 299,9 14988 0,4821 0,00232 22,34 4676

R134a 300 14983 0,5776 0,00232 22,41 5169

R134a 300,3 14982 0,6884 0,00232 22,41 5816

R134a 299,8 25067 0,1084 0,00232 22,21 5299

R134a 300 25079 0,1588 0,00232 22,3 5310

R134a 300 25075 0,2657 0,00232 22,41 5407

R134a 300 25072 0,3586 0,00232 22,36 5434

R134a 299,8 25069 0,4663 0,00232 22,19 5491

R134a 299,9 25058 0,5689 0,00232 22,08 5702

R134a 299,8 25049 0,6543 0,00232 22,07 6042

R134a 299,8 25043 0,7015 0,00232 22,12 6495

R134a 300,1 35039 0,1396 0,00232 22,24 6657

R134a 300 35069 0,2458 0,00232 22,31 6636

R134a 300,1 35101 0,35 0,00232 22,39 6692

R134a 300 35127 0,4355 0,00232 22,41 6721

R134a 300 35092 0,5476 0,00232 22,41 6811

R134a 299,7 35168 0,5797 0,00232 22,43 6856

R134a 300,1 44938 0,1692 0,00232 22,45 7881

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 203

R134a 300,1 44906 0,2279 0,00232 22,34 7791

R134a 300,1 44845 0,3306 0,00232 22,36 7797

R134a 300 44825 0,432 0,00232 22,37 7818

R134a 299,7 44803 0,4679 0,00232 22,34 7760

R134a 300 55003 0,201 0,00232 22,5 8984

R134a 299,8 54984 0,3161 0,00232 22,5 8889

R134a 300,3 54961 0,3504 0,00232 22,49 8929

R134a 400,1 4970 0,3035 0,00232 22,3 3848

R134a 400,2 4969 0,4145 0,00232 22,24 4393

R134a 400,2 4970 0,5121 0,00232 22,32 4686

R134a 400,1 4970 0,5567 0,00232 22,41 4791

R134a 399,9 14997 0,06672 0,00232 22,1 3705

R134a 400 14997 0,1206 0,00232 22,1 3819

R134a 399,8 14997 0,2176 0,00232 22,26 4088

R134a 400 14991 0,3235 0,00232 22,37 4503

R134a 400,1 14991 0,4204 0,00232 22,43 5051

R134a 400 14991 0,5203 0,00232 22,45 5596

R134a 400 24683 0,08286 0,00232 22,25 5256

R134a 399,9 24691 0,1299 0,00232 22,33 5306

R134a 400,2 24698 0,2383 0,00232 22,47 5415

R134a 399,9 24707 0,3277 0,00232 22,67 5513

R134a 399,9 24705 0,4365 0,00232 22,73 5784

R134a 400 24698 0,5325 0,00232 22,69 6200

R134a 400 25089 0,6132 0,00232 22,58 6674

R134a 399,9 35046 0,08535 0,00232 22,34 6724

R134a 400 35067 0,1461 0,00232 22,33 6659

R134a 400 35076 0,2427 0,00232 22,37 6721

R134a 400,2 35076 0,3456 0,00232 22,4 6789

R134a 399,8 35082 0,4433 0,00232 22,42 6897

R134a 400,2 35076 0,5434 0,00232 22,41 7083

R134a 400,1 35067 0,6385 0,00232 22,34 7384

R134a 399,7 45020 0,1072 0,00232 22,36 8031

R134a 400,1 44993 0,1608 0,00232 22,4 7861

R134a 399,9 45050 0,2579 0,00232 22,5 7870

R134a 399,7 45040 0,3528 0,00232 22,53 7900

R134a 399,8 45020 0,4587 0,00232 22,56 7930

R134a 400 44999 0,5522 0,00232 22,53 8057

R134a 400 44995 0,5983 0,00232 22,46 8207

R134a 400 55022 0,1276 0,00232 22,65 9233

R134a 399,9 54988 0,1717 0,00232 22,71 8934

R134a 400,2 54978 0,268 0,00232 22,76 8908

R134a 399,8 54964 0,3705 0,00232 22,78 8858

R134a 400,2 54920 0,4623 0,00232 22,73 8904

R134a 400,2 54889 0,5028 0,00232 22,68 8999

R134a 499,7 5001 0,1165 0,00232 22,47 2887

R134a 499,6 5004 0,3205 0,00232 22,78 4357

R134a 499,7 5004 0,4168 0,00232 22,88 4646

R134a 499,8 15010 0,1419 0,00232 22,57 3876

R134a 500,2 15004 0,2473 0,00232 22,72 4486

R134a 499,9 15009 0,4425 0,00232 22,9 5813

R134a 500 25007 0,0737 0,00232 22,51 5359

R134a 500,1 25015 0,1745 0,00232 22,65 5508

R134a 499,9 25015 0,2752 0,00232 22,77 5685

R134a 500 25015 0,3728 0,00232 22,84 5994

R134a 499,8 25022 0,4719 0,00232 22,9 6486

R134a 500,1 34998 0,05956 0,00232 22,55 6888

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

204

R134a 500,1 35016 0,105 0,00232 22,6 6730

R134a 500,2 35034 0,1968 0,00232 22,7 6758

R134a 500,2 35043 0,3009 0,00232 22,78 6882

R134a 500,1 35043 0,4029 0,00232 22,84 7061

R134a 499,9 35043 0,4908 0,00232 22,85 7282

R134a 499,7 45030 0,07662 0,00232 22,62 8115

R134a 499,8 45040 0,1352 0,00232 22,7 7910

R134a 500,1 45064 0,2347 0,00232 22,84 7901

R134a 499,9 45063 0,3313 0,00232 22,92 7983

R134a 500,1 45060 0,4328 0,00232 22,97 8116

R134a 500,1 45050 0,4829 0,00232 22,99 8187

R134a 499,9 54985 0,102 0,00232 22,93 9129

R134a 500,1 54911 0,1658 0,00232 22,92 9062

R134a 499,8 54933 0,2616 0,00232 23,04 9106

R134a 500 54901 0,3614 0,00232 22,9 9108

R134a 499,8 54878 0,4658 0,00232 22,73 9189

R134a 499,9 54844 0,5162 0,00232 22,67 9267

R134a 600,1 4966 0,119 0,00232 22,44 3268

R134a 599,8 4966 0,2218 0,00232 22,77 4082

R134a 600,1 4970 0,3135 0,00232 22,94 4387

R134a 600,1 14997 0,1629 0,00232 22,95 4309

R134a 600 14997 0,2606 0,00232 22,87 5102

R134a 599,8 14997 0,3595 0,00232 22,89 5710

R134a 599,9 25015 0,101 0,00232 22,44 5313

R134a 600 25022 0,1989 0,00232 22,69 5545

R134a 599,9 25030 0,2954 0,00232 22,9 5934

R134a 599,9 25030 0,3446 0,00232 23,03 6204

R134a 599,9 35052 0,05277 0,00232 22,67 6747

R134a 600 35063 0,1444 0,00232 22,9 6695

R134a 600 35078 0,2362 0,00232 23,08 6831

R134a 600 35079 0,3426 0,00232 23,23 7037

R134a 599,7 45005 0,08505 0,00232 22,96 7943

R134a 600,1 55033 0,07693 0,00232 23,08 9184

R134a 599,8 45005 0,1861 0,00232 23,12 7860

R134a 600 45006 0,2855 0,00232 23,27 7978

R134a 599,8 45005 0,3845 0,00232 23,35 8111

R134a 600,1 54978 0,4193 0,00232 23,41 9501

R134a 49,99 5002 0,388 0,00232 30,47 1953

R134a 49,77 5001 0,4455 0,00232 30,44 2347

R134a 49,86 5003 0,5018 0,00232 30,44 1850

R134a 50,1 7503 0,3908 0,00232 30,72 2675

R134a 99,77 10011 0,577 0,00232 31,41 3768

R134a 199,9 9996 0,07342 0,00232 31,15 3556

R134a 199,9 10000 0,1693 0,00232 31,26 3663

R134a 200,1 10000 0,2726 0,00232 31,33 3686

R134a 200,3 10000 0,3664 0,00232 31,37 3784

R134a 199,8 9995 0,4705 0,00232 31,38 3973

R134a 200,2 9995 0,5629 0,00232 31,37 4155

R134a 199,9 15005 0,1231 0,00232 31,33 4676

R134a 199,9 15005 0,1785 0,00232 31,23 4604

R134a 199,7 15005 0,2754 0,00232 31,21 4625

R134a 200,9 15005 0,3756 0,00232 31,11 4694

R134a 200 15005 0,4805 0,00232 31,15 4767

R134a 200,1 15000 0,5911 0,00232 31,1 4852

R134a 200 25021 0,1875 0,00232 30,83 6219

R134a 200,2 25028 0,2953 0,00232 30,84 6317

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 205

R134a 200 25020 0,4057 0,00232 30,83 6373

R134a 200 25014 0,5015 0,00232 30,83 6382

R134a 200 5001 0,05959 0,00232 30,89 2548

R134a 200 5000 0,2595 0,00232 30,99 2620

R134a 200 5000 0,3566 0,00232 31,01 2881

R134a 200 5000 0,4562 0,00232 31,04 3316

R134a 299,6 5018 0,09074 0,00232 30,8 2602

R134a 299,9 5017 0,1949 0,00232 30,87 2762

R134a 299,9 5017 0,2839 0,00232 30,91 3260

R134a 300 5017 0,3836 0,00232 30,96 3894

R134a 300,1 15016 0,1233 0,00232 30,99 4718

R134a 300,2 15012 0,1719 0,00232 31,01 4778

R134a 299,9 15018 0,2723 0,00232 31,06 4896

R134a 300 15017 0,3706 0,00232 31,1 5008

R134a 300,2 15017 0,4688 0,00232 31,15 5157

R134a 300,2 15018 0,5766 0,00232 31,16 5420

R134a 300,1 15014 0,6632 0,00232 31,17 5768

R134a 299,9 25040 0,1397 0,00232 31,13 6419

R134a 300 25055 0,2416 0,00232 31,17 6492

R134a 300 25062 0,3435 0,00232 31,2 6575

R134a 299,9 25068 0,4461 0,00232 31,22 6648

R134a 300,3 25070 0,5559 0,00232 31,22 6705

R134a 300,3 25068 0,6448 0,00232 31,23 6779

R134a 300 35136 0,164 0,00232 31,25 8072

R134a 299,6 35163 0,2113 0,00232 31,26 8080

R134a 299,9 35168 0,3186 0,00232 31,27 8089

R134a 300,1 35189 0,4286 0,00232 31,28 8090

R134a 300,1 35198 0,5273 0,00232 31,26 8096

R134a 299,9 45094 0,1979 0,00232 31,28 9354

R134a 300,3 45074 0,2954 0,00232 31,27 9337

R134a 300,4 45025 0,4119 0,00232 31,23 9359

R134a 300 54983 0,23 0,00232 31,23 10633

R134a 300 54958 0,2778 0,00232 31,21 10581

R134a 400,2 5021 0,1039 0,00232 30,8 2584

R134a 400,2 5020 0,1974 0,00232 30,86 3274

R134a 400 5020 0,3012 0,00232 30,92 4215

R134a 399,9 15002 0,05557 0,00232 30,71 4691

R134a 399,9 15001 0,1109 0,00232 30,74 4660

R134a 400,1 14997 0,2208 0,00232 30,81 4837

R134a 399,9 15000 0,3253 0,00232 30,85 5040

R134a 400 15001 0,413 0,00232 30,89 5316

R134a 400 14998 0,5098 0,00232 30,91 5779

R134a 399,9 24997 0,1155 0,00232 30,71 6469

R134a 399,9 25004 0,2216 0,00232 30,78 6560

R134a 400 25012 0,3225 0,00232 30,81 6652

R134a 400,2 25027 0,4262 0,00232 30,86 6750

R134a 400,3 25019 0,5344 0,00232 30,88 6906

R134a 400,1 35140 0,1209 0,00232 30,77 8030

R134a 399,9 35169 0,2232 0,00232 30,82 8069

R134a 400 35181 0,321 0,00232 30,87 8103

R134a 400 35190 0,4334 0,00232 30,9 8165

R134a 399,9 35199 0,5209 0,00232 30,91 8219

R134a 399,9 35201 0,5948 0,00232 30,89 8279

R134a 400,2 45034 0,1438 0,00232 30,94 9358

R134a 399,8 45039 0,2246 0,00232 30,98 9297

R134a 399,9 45044 0,3373 0,00232 31,01 9336

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

206

R134a 400 45041 0,4488 0,00232 31,02 9363

R134a 400,2 45024 0,5516 0,00232 30,99 9420

R134a 399,9 55019 0,1874 0,00232 31,07 10496

R134a 400 54977 0,2488 0,00232 31,09 10477

R134a 400,1 54945 0,3559 0,00232 31,1 10524

R134a 499,9 5005 0,05833 0,00232 31,6 2548

R134a 499,9 5005 0,1105 0,00232 31,82 2946

R134a 500 5005 0,2108 0,00232 32,02 4228

R134a 499,8 14998 0,05001 0,00232 31,19 4727

R134a 499,9 14999 0,1343 0,00232 31,34 4795

R134a 499,8 15002 0,2357 0,00232 31,48 5070

R134a 500,1 14999 0,3408 0,00232 31,56 5513

R134a 500,1 25012 0,0683 0,00232 31,37 6583

R134a 500,2 25025 0,1724 0,00232 31,48 6608

R134a 500,6 25028 0,2666 0,00232 31,57 6732

R134a 500,3 25034 0,3685 0,00232 31,63 7411

R134a 500 35231 0,08784 0,00232 31,48 8093

R134a 499,7 35354 0,1893 0,00232 31,51 8059

R134a 500,1 35371 0,2924 0,00232 31,55 8226

R134a 500 35380 0,3903 0,00232 31,56 8344

R134a 500,2 45014 0,1125 0,00232 31,44 9390

R134a 500 44941 0,219 0,00232 31,45 9263

R134a 499,8 44906 0,3262 0,00232 31,48 9227

R134a 500,1 44872 0,4247 0,00232 31,49 9309

R134a 500 54985 0,1334 0,00232 31,38 10472

R134a 499,8 54954 0,2393 0,00232 31,41 10366

R134a 500 54919 0,3463 0,00232 31,42 10430

R134a 600 5010 0,06911 0,00232 31,02 2900

R134a 600,2 5007 0,1158 0,00232 31,13 3472

R134a 600 14998 0,05294 0,00232 31,27 4740

R134a 600,1 15002 0,1625 0,00232 31,46 4922

R134a 599,8 15000 0,2589 0,00232 31,62 5391

R134a 600,1 14997 0,3104 0,00232 31,72 5734

R134a 600 24959 0,09494 0,00232 31,61 6496

R134a 599,7 24967 0,194 0,00232 31,81 6665

R134a 600 24967 0,2942 0,00232 31,88 6876

R134a 600,1 24967 0,3388 0,00232 31,9 6974

R134a 599,9 35034 0,08617 0,00232 30,9 7823

R134a 600,1 35068 0,1307 0,00232 30,94 7836

R134a 600 44771 0,07434 0,00232 30,86 9539

R134a 600 44801 0,1782 0,00232 30,96 9482

R134a 600 55005 0,104 0,00232 30,86 10633

R134a 50,12 5003 0,4606 0,00232 42,47 2753

R134a 50,26 5003 0,5467 0,00232 42,53 2291

R134a 200,6 4995 0,258 0,00232 41,06 3301

R134a 199,8 4995 0,3633 0,00232 41,06 3323

R134a 199,8 4995 0,4613 0,00232 41,05 3580

R134a 300,3 5067 0,1941 0,00232 41,33 3396

R134a 300 5067 0,2909 0,00232 41,37 3679

R134a 400 5072 0,1 0,00232 41,17 3179

R134a 400,1 5071 0,2078 0,00232 41,29 3673

R134a 500 5058 0,1161 0,00232 41,53 3293

R134a 500 15001 0,1357 0,00232 41,63 6019

R134a 500 15001 0,2349 0,00232 41,7 6090

R134a 500,1 15006 0,334 0,00232 41,76 5666

R134a 500 25169 0,2569 0,00232 41,75 7732

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 207

R134a 500,1 25177 0,3705 0,00232 41,8 7307

R134a 500,4 35065 0,3807 0,00232 41,75 9070

R134a 499,7 45238 0,398 0,00232 41,68 10088

R134a 600,1 5078 0,1229 0,00232 41,25 3878

R134a 600 15000 0,05185 0,00232 41,21 5942

R134a 600 15003 0,1589 0,00232 41,31 6160

R134a 600,1 15003 0,2507 0,00232 41,38 6335

R134a 600,1 25117 0,2692 0,00232 41,41 7748

R134a 600 35198 0,2755 0,00232 41,42 8943

R245fa 199,8 10043 0,7545 0,00232 28,5 5212

R245fa 200 10051 0,8471 0,00232 29,2 5584

R245fa 300 10134 0,817 0,00232 36,16 5592

R245fa 400 10061 0,194 0,00232 29 4028

R245fa 399,9 10159 0,5395 0,00232 38,27 5547

R245fa 500,2 10081 0,1554 0,00232 30,9 4105

R245fa 500,3 10125 0,2477 0,00232 34,89 4829

R245fa 500 10161 0,3437 0,00232 38,25 5226

R245fa 500 10188 0,4154 0,00232 40,55 5554

R245fa 599,7 10110 0,1383 0,00232 33,28 4340

R245fa 599,9 10199 0,3125 0,00232 41,77 5571

R245fa 700,1 10130 0,1151 0,00232 35,05 4367

R245fa 700,1 10150 0,1423 0,00232 36,99 4785

R245fa 199,4 14738 0,7487 0,00232 28,45 5376

R245fa 199,5 14745 0,8511 0,00232 29,24 6038

R245fa 299,3 14967 0,2824 0,00232 27,58 4195

R245fa 299,8 14976 0,3521 0,00232 28,96 4694

R245fa 300,3 15005 0,4374 0,00232 30,64 5079

R245fa 299,2 15089 0,848 0,00232 36,41 6367

R245fa 299,9 15091 0,8862 0,00232 36,67 6741

R245fa 400,2 15013 0,2359 0,00232 30,51 4494

R245fa 399,7 15047 0,3333 0,00232 33,27 5098

R245fa 399,9 15104 0,4392 0,00232 35,27 5453

R245fa 400 15136 0,5369 0,00232 37,38 5898

R245fa 399,9 15160 0,621 0,00232 38,95 6124

R245fa 500 15005 0,1885 0,00232 32,09 4627

R245fa 500,1 15034 0,239 0,00232 34,15 5015

R245fa 499,8 15085 0,3444 0,00232 37,71 5619

R245fa 499,9 15101 0,4455 0,00232 40,71 5931

R245fa 599,9 15005 0,149 0,00232 33,71 4705

R245fa 600 15065 0,2417 0,00232 38,29 5575

R245fa 599,9 15125 0,3361 0,00232 42 5983

R245fa 700 15053 0,1464 0,00232 37,03 4923

R245fa 700,3 15089 0,1877 0,00232 39,52 5355

R245fa 700 15125 0,2372 0,00232 42,05 5755

R245fa 199,8 25049 0,7231 0,00232 27,78 5836

R245fa 300,1 25140 0,4243 0,00232 29,96 5236

R245fa 300,1 25227 0,8432 0,00232 35,35 7025

R245fa 400,1 25017 0,2909 0,00232 31,94 5024

R245fa 400,1 25031 0,3457 0,00232 33,32 5387

R245fa 400,1 25061 0,4313 0,00232 35,29 5890

R245fa 400 25107 0,5385 0,00232 37,47 6336

R245fa 500,8 25084 0,2478 0,00232 34,72 5337

R245fa 500,2 25125 0,3282 0,00232 37,41 5916

R245fa 499,3 25191 0,4335 0,00232 40,42 6426

R245fa 499 25254 0,5404 0,00232 43,12 6861

R245fa 599,9 25139 0,2008 0,00232 36,69 5390

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

208

R245fa 599,9 25158 0,2328 0,00232 38,11 5685

R245fa 599,8 25239 0,3346 0,00232 41,97 6423

R245fa 600 25294 0,4108 0,00232 44,55 6847

R245fa 700,6 25019 0,1927 0,00232 39,93 5783

R245fa 301,2 10330 0,4942 0,00232 56,24 4152

R245fa 300,2 14998 0,2369 0,00232 41,32 3503

R245fa 300 14974 0,3489 0,00232 40,86 4563

R245fa 300,3 25071 0,4387 0,00232 41,92 5229

R245fa 300,2 35011 0,4869 0,00232 41,78 5689

R245fa 300,3 34971 0,844 0,00232 42,52 7882

R245fa 299,9 44963 0,8311 0,00232 42,23 7852

R245fa 300 55084 0,7723 0,00232 42,74 7507

R245fa 300 55058 0,8385 0,00232 42,31 7497

R245fa 300,2 55080 0,8835 0,00232 42,86 7428

R245fa 200 10051 0,8229 0,00232 29,44 5277

R245fa 300,2 10033 0,2218 0,00232 26,75 3526

R245fa 299,8 10055 0,3232 0,00232 28,95 4135

R245fa 300 10076 0,434 0,00232 31,11 4575

R245fa 400 10061 0,1811 0,00232 29,21 3661

R245fa 400,1 10076 0,234 0,00232 30,99 4043

R245fa 399,9 10110 0,3332 0,00232 33,87 4581

R245fa 400 10137 0,4335 0,00232 36,54 5114

R245fa 399,9 10159 0,5252 0,00232 38,66 5365

R245fa 500,2 10081 0,1445 0,00232 31,14 3723

R245fa 500,3 10125 0,2362 0,00232 35,21 4470

R245fa 500 10161 0,3316 0,00232 38,64 4975

R245fa 500 10188 0,4031 0,00232 40,97 5388

R245fa 599,7 10110 0,1286 0,00232 33,55 3929

R245fa 600,3 10164 0,2229 0,00232 38,76 4849

R245fa 599,9 10199 0,3016 0,00232 42,19 5337

R245fa 700,1 10130 0,1064 0,00232 35,33 3969

R245fa 700,1 10150 0,1333 0,00232 37,3 4382

R245fa 700 10179 0,1754 0,00232 40,13 4851

R245fa 700 10209 0,2264 0,00232 42,99 5268

R245fa 199,5 14745 0,8161 0,00232 29,48 5576

R245fa 299,3 14967 0,2586 0,00232 27,74 3808

R245fa 299,8 14976 0,328 0,00232 29,16 4322

R245fa 300,3 15005 0,413 0,00232 30,88 4738

R245fa 299,2 15089 0,8227 0,00232 36,78 6144

R245fa 299,9 15091 0,8609 0,00232 37,04 6653

R245fa 400,2 15013 0,2172 0,00232 30,73 4090

R245fa 399,7 15047 0,314 0,00232 33,56 4729

R245fa 399,9 15104 0,4195 0,00232 35,63 5229

R245fa 400 15136 0,5169 0,00232 37,77 5699

R245fa 399,9 15160 0,6007 0,00232 39,37 5960

R245fa 500 15005 0,1729 0,00232 32,34 4170

R245fa 500,1 15034 0,2231 0,00232 34,45 4604

R245fa 499,8 15085 0,3278 0,00232 38,09 5297

R245fa 499,9 15101 0,4285 0,00232 41,14 5708

R245fa 599,9 15005 0,1355 0,00232 33,98 4231

R245fa 600 15065 0,2274 0,00232 38,64 5140

R245fa 599,9 15125 0,3212 0,00232 42,43 5685

R245fa 700 15053 0,1342 0,00232 37,33 4483

R245fa 700,3 15089 0,1751 0,00232 39,86 4981

R245fa 700 15125 0,2242 0,00232 42,45 5447

R245fa 199,9 25042 0,7913 0,00232 28,55 5841

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 209

R245fa 300,1 25140 0,3844 0,00232 30,18 4752

R245fa 300,1 25227 0,8021 0,00232 35,71 6637

R245fa 299,7 25033 0,8938 0,00232 36,07 7191

R245fa 400,1 25017 0,2603 0,00232 32,2 4574

R245fa 400,1 25031 0,3149 0,00232 33,6 4937

R245fa 400,1 25061 0,4001 0,00232 35,6 5480

R245fa 400 25107 0,5069 0,00232 37,83 5989

R245fa 400 25153 0,6083 0,00232 39,82 6405

R245fa 500,8 25084 0,2225 0,00232 35 4851

R245fa 500,2 25125 0,3025 0,00232 37,73 5462

R245fa 499,3 25191 0,4071 0,00232 40,81 6080

R245fa 499 25254 0,5135 0,00232 43,55 6632

R245fa 599,9 25139 0,179 0,00232 36,99 4881

R245fa 599,9 25158 0,2108 0,00232 38,43 5204

R245fa 599,8 25239 0,3119 0,00232 42,37 6051

R245fa 600 25294 0,3876 0,00232 44,99 6567

R245fa 700,6 25019 0,1734 0,00232 40,26 5270

R245fa 299,9 10021 0,3269 0,00232 28,41 4034

R245fa 300,3 10022 0,3479 0,00232 28,82 4195

R245fa 300,1 10031 0,3741 0,00232 29,29 4264

R245fa 300 10031 0,3963 0,00232 29,67 4424

R245fa 299,7 10035 0,4227 0,00232 30,09 4442

R245fa 300,1 10040 0,4493 0,00232 30,52 4491

R245fa 301,2 10330 0,4763 0,00232 56,33 4039

R245fa 300,2 14998 0,2125 0,00232 41,39 3182

R245fa 300 14974 0,3243 0,00232 40,97 4237

R245fa 299,9 14993 0,4199 0,00232 42,01 4993

R245fa 300,3 25071 0,3979 0,00232 42,06 4747

R245fa 300,2 25048 0,5012 0,00232 41,81 5433

R245fa 300,4 25035 0,8992 0,00232 43,06 8342

R245fa 300,2 35011 0,4299 0,00232 41,97 5220

R245fa 300,3 35000 0,4817 0,00232 41,97 5433

R245fa 299,8 34973 0,8816 0,00232 43 7598

R245fa 300,3 45012 0,553 0,00232 42,69 5950

R245fa 299,9 44963 0,7581 0,00232 42,47 7110

R245fa 300 44988 0,8595 0,00232 42,99 7655

R245fa 300 55084 0,6824 0,00232 43,06 6863

R245fa 300 55058 0,7491 0,00232 42,57 7185

R245fa 300,2 55080 0,7941 0,00232 43,11 7520

R245fa 299,9 55085 0,8347 0,00232 42,98 7440

R245fa 200 10051 0,774 0,00232 29,94 5072

R245fa 200 10048 0,8678 0,00232 29,85 5713

R245fa 300,2 10033 0,1891 0,00232 27,06 3124

R245fa 299,8 10055 0,2895 0,00232 29,38 3748

R245fa 300 10076 0,3995 0,00232 31,65 4278

R245fa 400 10061 0,1551 0,00232 29,62 3262

R245fa 400,1 10076 0,2073 0,00232 31,48 3677

R245fa 399,9 10110 0,3055 0,00232 34,5 4297

R245fa 400 10137 0,405 0,00232 37,27 4906

R245fa 399,9 10159 0,4964 0,00232 39,45 5307

R245fa 500,2 10081 0,1226 0,00232 31,61 3331

R245fa 500,3 10125 0,2128 0,00232 35,84 4178

R245fa 500 10161 0,3073 0,00232 39,41 4795

R245fa 500 10188 0,3783 0,00232 41,81 5295

R245fa 599,7 10110 0,1091 0,00232 34,08 3568

R245fa 600,3 10164 0,2018 0,00232 39,49 4647

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

210

R245fa 599,9 10199 0,2796 0,00232 43,03 5245

R245fa 700,1 10130 0,08886 0,00232 35,89 3613

R245fa 700,1 10150 0,1151 0,00232 37,93 4077

R245fa 700 10179 0,1564 0,00232 40,86 4665

R245fa 700 10209 0,2066 0,00232 43,81 5199

R245fa 199,5 14745 0,7453 0,00232 29,95 5106

R245fa 199,6 14738 0,8371 0,00232 29,72 5641

R245fa 199,3 14751 0,8673 0,00232 29,76 6121

R245fa 299,3 14967 0,2103 0,00232 28,08 3279

R245fa 299,8 14976 0,2792 0,00232 29,56 3789

R245fa 300,3 15005 0,3635 0,00232 31,37 4265

R245fa 299,8 15029 0,4666 0,00232 33,31 4781

R245fa 400,2 15013 0,1793 0,00232 31,17 3557

R245fa 399,7 15047 0,275 0,00232 34,12 4280

R245fa 399,9 15104 0,3795 0,00232 36,33 4838

R245fa 400 15136 0,4762 0,00232 38,56 5420

R245fa 399,9 15160 0,5597 0,00232 40,21 5799

R245fa 500 15005 0,1415 0,00232 32,84 3649

R245fa 500,1 15034 0,1908 0,00232 35,04 4122

R245fa 499,8 15085 0,2942 0,00232 38,83 4941

R245fa 499,9 15101 0,394 0,00232 41,99 5488

R245fa 599,9 15005 0,1084 0,00232 34,5 3655

R245fa 600 15065 0,1986 0,00232 39,35 4743

R245fa 599,9 15125 0,2911 0,00232 43,29 5447

R245fa 700 15053 0,1095 0,00232 37,93 4012

R245fa 700,3 15089 0,1495 0,00232 40,56 4575

R245fa 700 15125 0,1977 0,00232 43,25 5139

R245fa 200,1 25052 0,3963 0,00232 27,18 3707

R245fa 200,3 25054 0,4573 0,00232 27,59 3962

R245fa 199,8 25049 0,5472 0,00232 28,33 4472

R245fa 199,9 25042 0,6733 0,00232 28,99 5163

R245fa 200,3 25042 0,7468 0,00232 28,88 5485

R245fa 199,8 25048 0,748 0,00232 29 5529

R245fa 300,1 25140 0,3038 0,00232 30,62 4008

R245fa 300,1 25162 0,4201 0,00232 32,58 4625

R245fa 299,7 25033 0,811 0,00232 36,83 6700

R245fa 300 25069 0,8359 0,00232 37,38 7254

R245fa 400,1 25017 0,1983 0,00232 32,73 3813

R245fa 400,1 25031 0,2526 0,00232 34,14 4229

R245fa 400,1 25061 0,3369 0,00232 36,23 4846

R245fa 400 25107 0,4428 0,00232 38,55 5447

R245fa 400 25153 0,5435 0,00232 40,61 5973

R245fa 399,9 25185 0,6292 0,00232 42,13 6423

R245fa 500,8 25084 0,1713 0,00232 35,58 4069

R245fa 500,2 25125 0,2503 0,00232 38,39 4816

R245fa 499,3 25191 0,3536 0,00232 41,58 5557

R245fa 499 25254 0,4591 0,00232 44,42 6219

R245fa 599,9 25139 0,135 0,00232 37,6 4094

R245fa 599,9 25158 0,1664 0,00232 39,07 4480

R245fa 599,8 25239 0,2659 0,00232 43,15 5491

R245fa 600 25294 0,3407 0,00232 45,86 6123

R245fa 700,6 25019 0,1345 0,00232 40,91 4525

R245fa 299,9 10021 0,2933 0,00232 28,85 3666

R245fa 300,3 10022 0,3142 0,00232 29,29 3828

R245fa 300,1 10031 0,3402 0,00232 29,78 3931

R245fa 300 10031 0,3622 0,00232 30,19 4089

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 211

R245fa 299,7 10035 0,3884 0,00232 30,63 4150

R245fa 300,1 10040 0,4148 0,00232 31,09 4209

R245fa 300,2 10045 0,4416 0,00232 31,52 4303

R245fa 300 10001 0,293 0,00232 32,59 3920

R245fa 300,1 10006 0,3171 0,00232 32,97 4095

R245fa 300,1 10001 0,3452 0,00232 32,89 4179

R245fa 300,1 10006 0,3724 0,00232 33,19 4284

R245fa 299,9 10006 0,3993 0,00232 33,16 4393

R245fa 299,7 10006 0,416 0,00232 33,42 4514

R245fa 299,7 10009 0,4467 0,00232 33,57 4591

R245fa 301,2 10330 0,4401 0,00232 56,51 3913

R245fa 300 14974 0,2747 0,00232 41,2 3753

R245fa 299,9 14993 0,3697 0,00232 42,3 4543

R245fa 300 14993 0,4649 0,00232 42,53 5220

R245fa 300,3 25071 0,3153 0,00232 42,33 4111

R245fa 300,2 25048 0,4185 0,00232 42,15 4788

R245fa 299,9 25046 0,5304 0,00232 42,74 5421

R245fa 300,3 35000 0,3667 0,00232 42,33 4640

R245fa 300,2 35001 0,463 0,00232 42,84 5117

R245fa 300 44973 0,5208 0,00232 42,78 5611

R245fa 299,9 44963 0,6102 0,00232 42,94 5993

R245fa 300 44988 0,7114 0,00232 43,48 6671

R245fa 300 55084 0,5003 0,00232 43,69 6079

R245fa 300 55058 0,5682 0,00232 43,11 6249

R245fa 300,2 55080 0,613 0,00232 43,62 6290

R245fa 299,9 55085 0,6536 0,00232 43,49 6555

R245fa 200 10048 0,7715 0,00232 30,89 5267

R245fa 199,9 10050 0,7984 0,00232 30,71 5439

R245fa 300,2 10033 0,1248 0,00232 27,65 2530

R245fa 299,8 10055 0,2232 0,00232 30,21 3269

R245fa 300 10076 0,3317 0,00232 32,69 3954

R245fa 299,7 10096 0,4319 0,00232 34,6 4436

R245fa 400 10061 0,1039 0,00232 30,42 2705

R245fa 400,1 10076 0,1548 0,00232 32,43 3243

R245fa 399,9 10110 0,251 0,00232 35,7 4094

R245fa 500,2 10081 0,07939 0,00232 32,51 2818

R245fa 500,3 10125 0,167 0,00232 37,06 3983

R245fa 599,7 10110 0,07075 0,00232 35,1 3141

R245fa 700,1 10130 0,05434 0,00232 36,95 3227

R245fa 700,1 10150 0,07943 0,00232 39,12 3898

R245fa 200,6 14707 0,1581 0,00232 25,58 2260

R245fa 199,6 14714 0,1985 0,00232 26,5 2479

R245fa 199,3 14751 0,7276 0,00232 30,78 5121

R245fa 299,3 14967 0,1155 0,00232 28,72 2552

R245fa 299,8 14976 0,1833 0,00232 30,33 3002

R245fa 300,3 15005 0,2661 0,00232 32,31 3603

R245fa 299,8 15029 0,3677 0,00232 34,4 4281

R245fa 298,7 15053 0,4747 0,00232 36,21 4883

R245fa 399,7 15047 0,1983 0,00232 35,21 3683

R245fa 399,9 15104 0,3007 0,00232 37,66 4488

R245fa 400 15136 0,3962 0,00232 40,05 5308

R245fa 500,1 15034 0,1274 0,00232 36,16 3478

R245fa 499,8 15085 0,2281 0,00232 40,25 4673

R245fa 499,9 15101 0,3263 0,00232 43,62 5570

R245fa 600 15065 0,1419 0,00232 40,71 4386

R245fa 599,9 15125 0,232 0,00232 44,91 5547

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

212

R245fa 700 15053 0,06103 0,00232 39,08 3285

R245fa 700,3 15089 0,09931 0,00232 41,89 4145

R245fa 700 15125 0,1457 0,00232 44,77 5049

R245fa 200,1 25052 0,1661 0,00232 27,81 2710

R245fa 200,3 25054 0,2271 0,00232 28,24 2824

R245fa 199,8 25049 0,3156 0,00232 29,04 3222

R245fa 199,9 25042 0,441 0,00232 29,82 3848

R245fa 200,3 25042 0,5147 0,00232 29,81 4162

R245fa 199,8 25048 0,5153 0,00232 29,93 4182

R245fa 300 25188 0,3551 0,00232 35,19 4169

R245fa 299,9 25211 0,4566 0,00232 36,7 4786

R245fa 400,1 25061 0,2125 0,00232 37,42 3893

R245fa 400 25107 0,3164 0,00232 39,92 4746

R245fa 400 25153 0,4156 0,00232 42,11 5470

R245fa 399,9 25185 0,5004 0,00232 43,72 6058

R245fa 499,3 25191 0,2481 0,00232 43,05 4890

R245fa 499 25254 0,3517 0,00232 46,05 5870

R245fa 599,8 25239 0,1753 0,00232 44,64 4842

R245fa 600 25294 0,2483 0,00232 47,52 5737

R245fa 299,9 10021 0,2272 0,00232 29,7 3196

R245fa 300,3 10022 0,2479 0,00232 30,19 3373

R245fa 300,1 10031 0,2734 0,00232 30,73 3524

R245fa 300 10031 0,2951 0,00232 31,19 3711

R245fa 299,7 10035 0,3209 0,00232 31,67 3800

R245fa 300,1 10040 0,347 0,00232 32,18 3889

R245fa 300,2 10045 0,3735 0,00232 32,66 4050

R245fa 300 10001 0,2271 0,00232 33,31 3424

R245fa 300,1 10006 0,2508 0,00232 33,74 3642

R245fa 300,1 10001 0,2786 0,00232 33,73 3785

R245fa 300,1 10006 0,3054 0,00232 34,09 3936

R245fa 299,9 10006 0,332 0,00232 34,13 4071

R245fa 299,7 10006 0,3484 0,00232 34,41 4232

R245fa 299,7 10009 0,3788 0,00232 34,63 4359

R245fa 300,2 10006 0,235 0,00232 42,44 3790

R245fa 300,4 10232 0,2315 0,00232 48,26 3798

R245fa 299,7 10247 0,2519 0,00232 49,76 4059

R245fa 301,2 10330 0,3689 0,00232 56,86 3910

R245fa 300,2 14998 0,06645 0,00232 41,83 2638

R245fa 300 14974 0,1772 0,00232 41,65 3072

R245fa 299,9 14993 0,271 0,00232 42,87 3876

R245fa 300 14993 0,3655 0,00232 43,23 4673

R245fa 300,2 25048 0,2557 0,00232 42,8 3857

R245fa 299,9 25046 0,3666 0,00232 43,52 4505

R245fa 299,9 25036 0,4521 0,00232 43,79 5043

R245fa 300,2 35011 0,0875 0,00232 43,11 4312

R245fa 300,3 34971 0,4438 0,00232 44,17 5138

R245fa 299,8 34973 0,5375 0,00232 44,53 5694

R245fa 300,3 45012 0,1116 0,00232 44,18 5272

R245fa 300 44988 0,4194 0,00232 44,44 5336

R245fa 300 55084 0,1411 0,00232 44,92 6078

R245fa 300 55058 0,2115 0,00232 44,14 5718

R134a 101,8 10025 0,09086 0,001 31,39 3357

R134a 97,76 10031 0,4377 0,001 31,51 4370

R134a 96,97 10038 0,5337 0,001 31,51 4112

R134a 97,28 10054 0,6317 0,001 31,55 4318

R134a 99,36 15051 0,1031 0,001 31,49 4532

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 213

R134a 99,03 15039 0,1756 0,001 31,51 4504

R134a 98,6 15039 0,3182 0,001 31,56 5246

R134a 97,6 15054 0,364 0,001 31,55 5240

R134a 201,4 15065 0,08096 0,001 31,08 4352

R134a 198,3 15072 0,1518 0,001 31,04 4604

R134a 198,7 15055 0,2558 0,001 31,04 4571

R134a 198,9 15057 0,3433 0,001 30,93 4578

R134a 198,9 15050 0,4436 0,001 30,92 4904

R134a 199,3 15057 0,5347 0,001 30,94 5356

R134a 197,7 15062 0,6232 0,001 30,91 5965

R134a 197,4 15099 0,7511 0,001 30,96 7531

R134a 304,3 15063 0,1144 0,001 30,88 4722

R134a 300,5 15083 0,1612 0,001 30,89 4612

R134a 298,7 15071 0,2411 0,001 30,97 4855

R134a 297,1 15054 0,3341 0,001 31,01 5265

R134a 303,5 35096 0,123 0,001 31,06 8175

R134a 298,1 35093 0,19 0,001 31,11 8255

R134a 298,3 35086 0,262 0,001 31,16 8568

R134a 296,5 35080 0,3476 0,001 31,18 8570

R134a 293,7 35092 0,4334 0,001 31,18 8517

R134a 292,7 35089 0,5793 0,001 31,27 9300

R134a 396,2 15029 0,0782 0,001 30,9 4597

R134a 401,5 15033 0,1718 0,001 31,05 4696

R134a 396,2 15046 0,2692 0,001 31,13 5304

R134a 398,1 15054 0,3522 0,001 31,25 6451

R134a 397,6 15052 0,4371 0,001 31,34 7445

R134a 400,3 35054 0,1036 0,001 31,24 8747

R134a 399,2 35046 0,1774 0,001 31,33 8644

R134a 396,5 35035 0,2595 0,001 31,39 8868

R134a 399,8 35039 0,3488 0,001 31,48 8972

R134a 399,8 34998 0,4311 0,001 31,55 9040

R134a 392,3 35035 0,5337 0,001 31,58 9773

R134a 499,7 35083 0,06607 0,001 31,22 8364

R134a 500,2 35107 0,1398 0,001 31,45 8657

R134a 499,3 35100 0,2219 0,001 31,64 8964

R134a 501,5 35083 0,3176 0,001 31,76 9287

R134a 497,7 35073 0,4005 0,001 31,86 9630

R134a 496,9 35069 0,4915 0,001 31,97 10240

R134a 499,6 54982 0,1314 0,001 31,46 11919

R134a 496,5 55046 0,1848 0,001 31,53 12071

R134a 498,6 55033 0,2572 0,001 31,61 12192

R134a 496,5 55061 0,3497 0,001 31,7 12470

R134a 494,7 55048 0,4363 0,001 31,75 12471

R134a 493,3 55059 0,5741 0,001 31,72 13143

R134a 602 35047 0,08416 0,001 31,19 8908

R134a 598,5 35042 0,1718 0,001 31,44 8965

R134a 596,2 35033 0,2625 0,001 31,62 9360

R134a 597,9 35029 0,3396 0,001 31,81 10088

R134a 594,3 35029 0,4314 0,001 31,99 11137

R134a 606,6 55050 0,05615 0,001 31,18 11298

R134a 597 55022 0,1477 0,001 31,74 12349

R134a 598,3 55052 0,2172 0,001 31,87 12109

R134a 595,3 55051 0,3219 0,001 32,04 12694

R134a 596,3 55053 0,4146 0,001 32,18 13188

R134a 592,7 55084 0,4924 0,001 32,26 13662

R134a 591,7 55047 0,5623 0,001 32,17 13999

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

214

R134a 901,8 35160 0,1695 0,001 31,87 11135

R134a 902,4 55068 0,1466 0,001 32,6 12405

R134a 101,8 10025 0,1595 0,001 31,42 3005

R134a 99,1 10032 0,2265 0,001 31,48 3500

R134a 98,28 10014 0,4075 0,001 31,51 4455

R134a 97,76 10031 0,5094 0,001 31,52 3646

R134a 99,36 15051 0,2089 0,001 31,5 3957

R134a 99,03 15039 0,2816 0,001 31,53 3969

R134a 98,31 15071 0,3604 0,001 31,56 5000

R134a 98,6 15039 0,4248 0,001 31,58 4883

R134a 97,6 15054 0,4718 0,001 31,57 4849

R134a 201,4 15065 0,1331 0,001 31,09 3960

R134a 198,3 15072 0,2048 0,001 31,04 4234

R134a 198,7 15055 0,3087 0,001 31,03 4051

R134a 198,9 15057 0,3961 0,001 30,91 4203

R134a 198,9 15050 0,4964 0,001 30,9 4491

R134a 199,3 15057 0,5874 0,001 30,92 4843

R134a 197,7 15062 0,6763 0,001 30,9 5284

R134a 197,4 15099 0,8038 0,001 31,11 7072

R134a 297,1 15054 0,3697 0,001 30,97 4620

R134a 298,5 15048 0,4589 0,001 31,01 5211

R134a 296,7 15072 0,5369 0,001 31,06 5744

R134a 294,9 15035 0,7099 0,001 31,09 7277

R134a 296,4 15040 0,8648 0,001 31,29 10364

R134a 303,5 35096 0,2039 0,001 31,02 7001

R134a 298,1 35093 0,2724 0,001 31,06 7125

R134a 298,3 35086 0,3444 0,001 31,11 7295

R134a 296,5 35080 0,4305 0,001 31,13 7353

R134a 293,7 35092 0,517 0,001 31,14 7379

R134a 292,7 35089 0,6624 0,001 31,41 8424

R134a 398,1 15054 0,379 0,001 31,19 5467

R134a 397,6 15052 0,4639 0,001 31,27 6310

R134a 400,3 35054 0,1651 0,001 31,19 7201

R134a 399,2 35046 0,2391 0,001 31,27 7339

R134a 396,5 35035 0,3218 0,001 31,32 7427

R134a 399,8 35039 0,4106 0,001 31,4 7556

R134a 399,8 34998 0,4928 0,001 31,47 7761

R134a 392,3 35035 0,5967 0,001 31,49 8317

R134a 499,7 35083 0,1153 0,001 31,19 7276

R134a 500,2 35107 0,1894 0,001 31,38 7476

R134a 499,3 35100 0,2717 0,001 31,55 7640

R134a 501,5 35083 0,3672 0,001 31,65 7855

R134a 497,7 35073 0,4506 0,001 31,74 8227

R134a 496,9 35069 0,5417 0,001 31,85 8936

R134a 499,6 54982 0,2091 0,001 31,36 9790

R134a 496,5 55046 0,263 0,001 31,42 9981

R134a 498,6 55033 0,3352 0,001 31,49 10041

R134a 496,5 55061 0,4281 0,001 31,57 10154

R134a 494,7 55048 0,515 0,001 31,61 10305

R134a 602 35047 0,1253 0,001 31,13 7390

R134a 598,5 35042 0,2135 0,001 31,34 7601

R134a 596,2 35033 0,3044 0,001 31,49 7925

R134a 597,9 35029 0,3815 0,001 31,67 8427

R134a 594,3 35029 0,4736 0,001 31,82 9238

R134a 596,7 35050 0,5638 0,001 31,97 10476

R134a 601,2 34980 0,6526 0,001 31,99 11907

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 215

R134a 606,6 55050 0,1199 0,001 31,13 9493

R134a 597 55022 0,2132 0,001 31,61 10113

R134a 598,3 55052 0,2827 0,001 31,73 10165

R134a 595,3 55051 0,3878 0,001 31,87 10442

R134a 596,3 55053 0,4804 0,001 32 10751

R134a 592,7 55084 0,5586 0,001 32,07 11240

R134a 591,7 55047 0,6284 0,001 32 11876

R134a 901,8 35160 0,1982 0,001 31,69 9413

R134a 897,4 35154 0,251 0,001 31,88 9809

R134a 894,6 35154 0,3259 0,001 32,18 10694

R134a 895,9 35162 0,4206 0,001 32,54 12190

R134a 902,4 55068 0,191 0,001 32,4 10151

R134a 892,1 55066 0,2723 0,001 32,42 11868

R134a 901,5 55051 0,3294 0,001 32,58 12332

R134a 890,6 55075 0,3765 0,001 32,67 12604

R134a 890,6 55075 0,8998 0,001 31,39 12319

R134a 890,6 55075 0,2866 0,001 31,26 10203

R134a 890,6 55075 0,3412 0,001 31,3 10376

R134a 890,6 55075 0,4131 0,001 31,37 10486

R134a 890,6 55075 0,5064 0,001 31,44 10654

R134a 890,6 55075 0,5935 0,001 31,47 10915

R134a 890,6 55075 0,7303 0,001 31,72 12938

R134a 890,6 55075 0,6059 0,001 31,79 11319

R134a 890,6 55075 0,6942 0,001 31,8 12945

R134a 890,6 55075 0,7985 0,001 31,77 15656

R134a 890,6 55075 0,1835 0,001 31,09 10072

R134a 890,6 55075 0,2785 0,001 31,48 10669

R134a 890,6 55075 0,348 0,001 31,59 10717

R134a 890,6 55075 0,4535 0,001 31,71 11016

R134a 890,6 55075 0,5461 0,001 31,82 11426

R134a 890,6 55075 0,6247 0,001 31,88 12073

R134a 890,6 55075 0,6944 0,001 31,82 13126

R134a 890,6 55075 0,2268 0,001 31,5 9958

R134a 890,6 55075 0,2799 0,001 31,67 10412

R134a 890,6 55075 0,3551 0,001 31,93 11419

R134a 890,6 55075 0,4499 0,001 32,25 12948

R134a 890,6 55075 0,2353 0,001 32,2 10579

R134a 890,6 55075 0,3173 0,001 32,17 12634

R134a 890,6 55075 0,3741 0,001 32,31 13147

R134a 890,6 55075 0,4218 0,001 32,38 13486

R134a 890,6 55075 0,8289 0,001 31,67 11391

R134a 890,6 55075 0,7372 0,001 31,57 11672

R134a 890,6 55075 0,3641 0,001 31,16 10148

R134a 890,6 55075 0,4193 0,001 31,19 10297

R134a 890,6 55075 0,4909 0,001 31,25 10493

R134a 890,6 55075 0,5846 0,001 31,3 10825

R134a 890,6 55075 0,6719 0,001 31,33 11373

R134a 890,6 55075 0,558 0,001 31,49 10936

R134a 890,6 55075 0,6479 0,001 31,6 12386

R134a 890,6 55075 0,7358 0,001 31,61 14436

R134a 890,6 55075 0,2471 0,001 31,04 10068

R134a 890,6 55075 0,3438 0,001 31,34 10607

R134a 890,6 55075 0,4132 0,001 31,44 10779

R134a 890,6 55075 0,5191 0,001 31,55 11225

R134a 890,6 55075 0,6116 0,001 31,63 11948

R134a 890,6 55075 0,6907 0,001 31,69 13046

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

216

R134a 890,6 55075 0,7603 0,001 31,64 15298

R134a 890,6 55075 0,2554 0,001 31,31 10165

R134a 890,6 55075 0,3087 0,001 31,45 10848

R134a 890,6 55075 0,3843 0,001 31,67 12167

R134a 890,6 55075 0,4791 0,001 31,96 14057

R134a 890,6 55075 0,2795 0,001 32,01 11037

R134a 890,6 55075 0,3623 0,001 31,92 12585

R134a 890,6 55075 0,4187 0,001 32,03 13368

R134a 890,6 55075 0,4669 0,001 32,09 13866

R134a 890,6 55075 0,8171 0,001 30,95 9364

R134a 890,6 55075 0,8217 0,001 31,18 11695

R134a 890,6 55075 0,6917 0,001 31,47 11422

R134a 890,6 55075 0,7882 0,001 31,43 12722

R134a 890,6 55075 0,4414 0,001 31,06 10333

R134a 890,6 55075 0,4973 0,001 31,08 10616

R134a 890,6 55075 0,5685 0,001 31,12 10829

R134a 890,6 55075 0,6627 0,001 31,17 11360

R134a 890,6 55075 0,7502 0,001 31,19 12370

R134a 890,6 55075 0,507 0,001 31,22 10373

R134a 890,6 55075 0,6 0,001 31,32 11855

R134a 890,6 55075 0,6898 0,001 31,42 13421

R134a 890,6 55075 0,7772 0,001 31,42 16190

R134a 890,6 55075 0,3107 0,001 30,99 10321

R134a 890,6 55075 0,409 0,001 31,21 10847

R134a 890,6 55075 0,4783 0,001 31,3 11137

R134a 890,6 55075 0,5846 0,001 31,38 11798

R134a 890,6 55075 0,6771 0,001 31,45 13025

R134a 890,6 55075 0,7566 0,001 31,5 14476

R134a 890,6 55075 0,2839 0,001 31,12 10714

R134a 890,6 55075 0,3376 0,001 31,24 11517

R134a 890,6 55075 0,4133 0,001 31,42 12882

R134a 890,6 55075 0,5083 0,001 31,66 14946

R134a 890,6 55075 0,3236 0,001 31,81 11249

R134a 890,6 55075 0,407 0,001 31,67 13428

R134a 890,6 55075 0,4631 0,001 31,76 14189

R134a 890,6 55075 0,5119 0,001 31,8 14820

R134a 890,6 55075 0,8528 0,001 30,91 9291

R134a 890,6 55075 0,851 0,001 30,95 8814

R134a 890,6 55075 0,8488 0,001 31,1 11119

R134a 890,6 55075 0,8477 0,001 31,12 10739

R134a 890,6 55075 0,7415 0,001 31,34 11061

R134a 890,6 55075 0,8391 0,001 31,3 12350

R134a 890,6 55075 0,7406 0,001 31,03 11008

R134a 890,6 55075 0,642 0,001 31,15 11386

R134a 890,6 55075 0,7317 0,001 31,23 12833

R134a 890,6 55075 0,65 0,001 31,21 11100

R134a 890,6 55075 0,7423 0,001 31,27 12325

R134a 890,6 55075 0,3124 0,001 30,93 10448

R134a 890,6 55075 0,3663 0,001 31,02 11107

R134a 890,6 55075 0,4423 0,001 31,16 12267

R134a 890,6 55075 0,5373 0,001 31,37 13884

R134a 890,6 55075 0,3676 0,001 31,6 10645

R134a 890,6 55075 0,4517 0,001 31,42 12828

R134a 890,6 55075 0,5074 0,001 31,48 13501

R134a 890,6 55075 0,5568 0,001 31,51 13692

R245fa 103 14994 0,1834 0,001 31,16 3797

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 217

R245fa 99,48 15007 0,3066 0,001 31,36 4332

R245fa 198,2 15167 0,1882 0,001 32,39 3802

R245fa 103 14994 0,2771 0,001 31,12 3351

R245fa 102,7 15020 0,3175 0,001 31,2 4102

R245fa 101,7 15003 0,3476 0,001 31,26 3808

R245fa 99,48 15007 0,404 0,001 31,31 3755

R245fa 199,8 15156 0,1831 0,001 31,97 3619

R245fa 198,2 15167 0,2385 0,001 32,24 3436

R245fa 196,6 15151 0,3373 0,001 32,51 4142

R245fa 196,6 15142 0,4238 0,001 32,76 4857

R245fa 191,9 15163 0,535 0,001 32,91 5807

R245fa 195,5 15185 0,599 0,001 32,9 6576

R245fa 191,9 15177 0,7289 0,001 32,82 8015

R245fa 191,3 15151 0,802 0,001 32,74 9434

R245fa 192 15182 0,8216 0,001 32,83 10886

R245fa 302,2 15039 0,1493 0,001 32,5 3470

R245fa 199,8 15156 0,2328 0,001 31,86 3219

R245fa 198,2 15167 0,2888 0,001 32,09 3549

R245fa 196,6 15151 0,3881 0,001 32,34 4389

R245fa 196,6 15142 0,4746 0,001 32,57 5147

R245fa 191,9 15163 0,5872 0,001 32,7 6136

R245fa 195,5 15185 0,6505 0,001 32,66 6904

R245fa 191,9 15177 0,7813 0,001 32,55 8496

R245fa 192 15182 0,8734 0,001 32,68 13664

R245fa 302,2 15039 0,183 0,001 32,26 3508

R245fa 295,2 15069 0,8141 0,001 33,6 12434

R245fa 103 14994 0,4649 0,001 31,04 3986

R245fa 101,7 15003 0,5379 0,001 31,16 4522

R245fa 99,48 15007 0,5987 0,001 31,19 4923

R245fa 199,8 15156 0,2824 0,001 31,74 4010

R245fa 198,2 15167 0,339 0,001 31,95 4425

R245fa 196,6 15151 0,4388 0,001 32,17 5315

R245fa 196,6 15142 0,5254 0,001 32,37 6103

R245fa 191,9 15163 0,6391 0,001 32,48 7219

R245fa 195,5 15185 0,7019 0,001 32,41 8073

R245fa 191,9 15177 0,8336 0,001 32,29 10355

R245fa 295,2 15069 0,8491 0,001 33,06 12160

R245fa 103 14994 0,5587 0,001 31 4612

R245fa 199,8 15156 0,3319 0,001 31,62 4325

R245fa 198,2 15167 0,389 0,001 31,8 4719

R245fa 196,6 15151 0,4895 0,001 32 5580

R245fa 196,6 15142 0,5762 0,001 32,18 6336

R245fa 191,9 15163 0,6915 0,001 32,26 7317

R245fa 195,5 15185 0,7528 0,001 32,16 8153

R245fa 199,8 15156 0,3816 0,001 31,5 4957

R245fa 198,2 15167 0,4394 0,001 31,65 5263

R245fa 196,6 15151 0,5401 0,001 31,83 6093

R245fa 196,6 15142 0,6268 0,001 31,98 6992

R245fa 191,9 15163 0,7435 0,001 32,04 8052

R245fa 195,5 15185 0,8044 0,001 31,91 9156

R245fa 291,7 15072 0,8601 0,001 32,13 13821

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

218

Tabela B.0.2 – Resultados para fluxo crítico de calor para canais circulares.

Fluido G Laque xent Di Tsat FCC (kg/m2s) (m) (-) (m) (oC) (W/m2)

R134a 200,1 0,361 -0,0383 0,0022 25,9 59214

R134a 402,8 0,361 -0,05141 0,0022 25,49 116665

R134a 608,1 0,361 -0,05524 0,0022 25,3 168260

R134a 811 0,361 -0,05917 0,0022 24,92 192886

R134a 1003 0,361 -0,06845 0,0022 25,4 210750

R134a 1205 0,361 -0,08327 0,0022 25,72 232471

R134a 99,85 0,361 -0,03665 0,0022 32,01 28652

R134a 201,2 0,361 -0,05378 0,0022 32,26 58711

R134a 402,8 0,361 -0,03971 0,0022 31,5 112077

R134a 604 0,361 -0,05316 0,0022 31,73 161292

R134a 800,3 0,361 -0,0619 0,0022 31,7 186349

R134a 1006 0,361 -0,06564 0,0022 31,57 203122

R134a 1211 0,361 -0,06952 0,0022 31,81 214811

R134a 1492 0,361 -0,06404 0,0022 32,51 224366

R134a 99,6 0,361 -0,03411 0,0022 35,31 27511

R134a 201,2 0,361 -0,06586 0,0022 35,75 58416

R134a 400,7 0,361 -0,03494 0,0022 36,03 108747

R134a 605,6 0,361 -0,04001 0,0022 35,55 155672

R134a 805,5 0,361 -0,05218 0,0022 34,72 181116

R134a 1004 0,361 -0,06113 0,0022 34,86 196133

R134a 1202 0,361 -0,05651 0,0022 35,59 205269

R134a 51,31 0,152 -0,04285 0,0022 30,19 36320

R134a 103,4 0,152 -0,0452 0,0022 31,08 75426

R134a 151,6 0,152 -0,04816 0,0022 30,2 111678

R134a 206 0,152 -0,05212 0,0022 31,19 151365

R134a 307,9 0,152 -0,05128 0,0022 31,31 220287

R134a 414,7 0,152 -0,0561 0,0022 31,66 253273

R134a 504,9 0,152 -0,0549 0,0022 31,85 263849

R134a 593,2 0,152 -0,0539 0,0022 31,55 274600

R134a 696,3 0,152 -0,05413 0,0022 31,67 285217

R134a 790,6 0,152 -0,06328 0,0022 32,28 298259

R245fa 100,2 0,361 -0,03481 0,0022 26,38 32152

R245fa 199,9 0,361 -0,04518 0,0022 26,44 64060

R245fa 300,3 0,361 -0,07149 0,0022 25,68 93764

R245fa 398,7 0,361 -0,1094 0,0022 27,83 123458

R245fa 100,3 0,361 -0,03565 0,0022 32,14 31708

R245fa 201,9 0,361 -0,06449 0,0022 32,03 64945

R245fa 301,9 0,361 -0,102 0,0022 32,09 96870

R245fa 400,9 0,361 -0,1228 0,0022 31,69 126371

R245fa 500,2 0,361 -0,09937 0,0022 31,7 147576

R245fa 601,4 0,361 -0,1219 0,0022 32,6 172086

R245fa 100,6 0,361 -0,03848 0,0022 35,37 30766

R245fa 200,3 0,361 -0,06939 0,0022 35,48 64365

R245fa 301,2 0,361 -0,09777 0,0022 34,79 96389

R245fa 401,1 0,361 -0,1239 0,0022 35,21 126538

R245fa 503,9 0,361 -0,1173 0,0022 36,3 146977

R245fa 603,2 0,361 -0,1108 0,0022 36,24 170735

R245fa 101,5 0,361 -0,08511 0,0022 31,28 33095

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais 219

R245fa 201,1 0,361 -0,1039 0,0022 31,57 66623

R245fa 301,7 0,361 -0,1273 0,0022 31,69 98766

R245fa 401,8 0,361 -0,1529 0,0022 31,77 128482

R245fa 500,9 0,361 -0,1633 0,0022 31,57 153818

R245fa 603,6 0,361 -0,1745 0,0022 32,53 177555

R1234ze 100,7 0,361 -0,05868 0,0022 32,4 27574

R1234ze 199,9 0,361 -0,0823 0,0022 32,47 56196

R1234ze 400,4 0,361 -0,05707 0,0022 31,86 106707

R1234ze 601,9 0,361 -0,06604 0,0022 31,57 152217

R1234ze 801,7 0,361 -0,0789 0,0022 31,79 177795

R1234ze 1011 0,361 -0,0865 0,0022 32,48 195942

R1234ze 1206 0,361 -0,09208 0,0022 31,96 211967

R1234ze 1512 0,361 -0,1035 0,0022 32,05 226943

R1234ze 99,59 0,361 -0,05606 0,0022 26,27 27224

R1234ze 201,9 0,361 -0,06711 0,0022 26,55 57078

R1234ze 392,7 0,361 -0,06186 0,0022 25,56 108495

R1234ze 600,3 0,361 -0,08115 0,0022 26,08 157734

R1234ze 798,1 0,361 -0,09485 0,0022 26,09 184901

R1234ze 1002 0,361 -0,1057 0,0022 26,28 205115

R1234ze 1199 0,361 -0,1124 0,0022 26,31 222690

R1234ze 1498 0,361 -0,1305 0,0022 26,64 243917

R1234ze 98,99 0,361 -0,04884 0,0022 37,28 27544

R1234ze 200,2 0,361 -0,0894 0,0022 35,85 55965

R1234ze 399,6 0,361 -0,04795 0,0022 35,27 104077

R1234ze 603,9 0,361 -0,06235 0,0022 35,56 150094

R1234ze 805,4 0,361 -0,07258 0,0022 36 172058

R1234ze 1005 0,361 -0,07791 0,0022 36,04 188286

R1234ze 1205 0,361 -0,08872 0,0022 35,99 204632

R1234ze 1498 0,361 -0,09566 0,0022 35,99 220254

R1234ze 100,1 0,361 -0,1116 0,0022 32,32 28463

R1234ze 198,9 0,361 -0,1179 0,0022 33,64 58104

R1234ze 403,7 0,361 -0,1148 0,0022 31,91 112926

R1234ze 601,6 0,361 -0,1209 0,0022 31,4 159725

R1234ze 801,8 0,361 -0,1349 0,0022 31,69 188731

R1234ze 1003 0,361 -0,1452 0,0022 32,39 212712

R1234ze 1205 0,361 -0,15 0,0022 31,72 231319

R1234ze 1503 0,361 -0,1663 0,0022 31,99 248824

R134a 101 0,18 -0,04845 0,001 24,14 27438

R134a 197,5 0,18 -0,03697 0,001 24,22 54081

R134a 402,1 0,18 -0,0519 0,001 24,39 108084

R134a 598,5 0,18 -0,06183 0,001 24,68 159811

R134a 800,4 0,18 -0,06453 0,001 23,61 203407

R134a 99,81 0,18 -0,01436 0,001 30,37 26757

R134a 203 0,18 -0,02469 0,001 30,39 54226

R134a 299,2 0,18 -0,04489 0,001 30,48 79869

R134a 400,7 0,18 -0,05953 0,001 30,55 106520

R134a 506,6 0,18 -0,06818 0,001 30,65 132216

R134a 600,5 0,18 -0,05097 0,001 30,75 153369

R134a 703,6 0,18 -0,0546 0,001 30,74 178087

R134a 810,7 0,18 -0,06091 0,001 30,86 198295

R134a 103 0,18 -0,01293 0,001 34,8 26851

R134a 201,4 0,18 -0,03252 0,001 35,01 53077

R134a 401,7 0,18 -0,06548 0,001 35,19 104467

R134a 603 0,18 -0,05681 0,001 35,4 149330

R134a 98,86 0,18 -0,09041 0,001 30,54 28229

Apêndice B – Tabela de resultados experimentais

220

R134a 199,3 0,18 -0,09064 0,001 30,95 56188

R134a 401 0,18 -0,1076 0,001 31,21 109469

R134a 598,9 0,18 -0,1212 0,001 31,48 158697

R245fa 101 0,18 -0,02428 0,001 28,97 30293

R245fa 201 0,18 -0,04864 0,001 29,24 59748

R245fa 299,8 0,18 -0,07056 0,001 31,31 88945

R245fa 100,8 0,18 -0,02918 0,001 32,74 30015

R245fa 197,1 0,18 -0,04106 0,001 35,27 58662

R245fa 305,6 0,18 -0,06848 0,001 36,26 89966

R245fa 406,8 0,18 -0,1066 0,001 36,57 120320

R245fa 504,1 0,18 -0,133 0,001 37,37 148027

R245fa 613,3 0,18 -0,1774 0,001 36,83 169624

R245fa 99,82 0,18 -0,00261 0,001 35,89 28817

R245fa 198,4 0,18 -0,03594 0,001 38,86 58130

R245fa 298,2 0,18 -0,0669 0,001 38,45 87706

R245fa 402,5 0,18 -0,09984 0,001 39,51 118446

R245fa 494,6 0,18 -0,1247 0,001 39,84 145599

R245fa 597,5 0,18 -0,1494 0,001 41,94 171571

R245fa 102,7 0,18 -0,06557 0,001 35,47 31082

R245fa 200,6 0,18 -0,07029 0,001 36,12 60535

R245fa 304,2 0,18 -0,09655 0,001 36,44 91637

R245fa 398,8 0,18 -0,1209 0,001 36,51 119417

R245fa 503,2 0,18 -0,1519 0,001 37,78 148493

R245fa 606,5 0,18 -0,1891 0,001 40,03 176570

R1234ze 97,98 0,18 -0,04501 0,001 27,83 24869

R1234ze 202,2 0,18 -0,04479 0,001 29,78 51911

R1234ze 403,6 0,18 -0,07097 0,001 27,06 100834

R1234ze 609,7 0,18 -0,07277 0,001 30,61 152832

R1234ze 814,6 0,18 -0,08512 0,001 31,02 195267

R1234ze 100,1 0,18 -0,03362 0,001 33,79 25666

R1234ze 200,7 0,18 -0,0406 0,001 34,05 50718

R1234ze 303,2 0,18 -0,06024 0,001 34,96 76545

R1234ze 401,7 0,18 -0,07867 0,001 35,11 101180

R1234ze 500,5 0,18 -0,07099 0,001 35,6 124433

R1234ze 599,4 0,18 -0,06143 0,001 35,11 143752

R1234ze 706,1 0,18 -0,06965 0,001 35,08 169774

R1234ze 807,3 0,18 -0,06893 0,001 36,44 187707

R1234ze 99,28 0,18 -0,00646 0,001 35,39 24180

R1234ze 100,3 0,18 -0,1702 0,001 35,33 27697

R1234ze 201,7 0,18 -0,03083 0,001 36,4 49452

R1234ze 397,3 0,18 -0,07751 0,001 37,4 98230

R1234ze 615,7 0,18 -0,06775 0,001 36,42 137552

R1234ze 98,22 0,18 -0,0788 0,001 30,93 26119

R1234ze 203,3 0,18 -0,1007 0,001 32,43 53050

R1234ze 403,7 0,18 -0,1169 0,001 34,95 105338

R1234ze 613,8 0,18 -0,1349 0,001 33,39 151504

Apêndice C – Cronograma dos trabalhos realizados 221

APÊNDICE C – CRONOGRAMA DOS TRABALHOS REALIZADOS

Este doutorado foi realizado de setembro de 2007 a julho de 2011, de acordo

com as etapas apresentadas no quadro abaixo.

Quadro de atividades realizadas neste doutorado.

1o sem. Ano I

2o sem Ano I

1o sem Ano II

2o sem Ano II

1o sem Ano III

2o sem Ano III

1o sem Ano IV

2o sem Ano IV

Disciplinas de pós-graduação Levantamento bibliográfico Desenvolvimento de programas de aquisição e tratamento de dados

Lançamento e ajuste da bancada com ensaios iniciais para o escoamento monofásico de R134a

Realização do exame de qualificação

2,3mm Levantamento experimental

para escoamento bifásico em seções circulares (R134a, R245fa) 1,1mm

2,2mm Levantamento experimental

para escoamento bifásico em seções circulares (R134a, R245fa, R1234ze) 1,0mm

Canal (H/W)=4

Canal (H/W)=

1/4

Canal (H/W)=2

Levantamento experimental para escoamento bifásico em seções não-circulares (R134a, R245fa)

Ca-nal(H/W)=1/2

Análises dos resultados experimentais Elaboração do modelo teórico para h Elaboração do modelo teórico para o qcrit Proposição de critério para a transição entre macro e microcanais baseado em h e qcrit

Redação e defesa da tese

Período relativo ao doutorado realizado no Brasil (USP-São Carlos)

Período relativo a estágio de doutorado no exterior (EPFL-Lausanne)

Apêndice C – Cronograma dos trabalhos realizados

222

Curriculum vitae 223

CURRICULUM VITAE

Informações pessoais

Nome: Cristiano Bigonha Tibiriçá Local e ano de nascimento: Juiz de Fora, MG, Brasil, 1981.

Formação

Doutorando em Engenharia Mecânica. Área: térmica e fluídica. Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil. 2008-2011. Doutorado sanduíche no Laboratory of Heat and Mass Transfer, LTCM/EPFL, Lausanne, Suíça. 2009-2010. Mestrado em Engenharia Mecânica. Área: controle, dinâmica de sistemas. Universi-dade de São Paulo, São Carlos-SP. 2005-2007. Graduação em Engenharia Mecânica, com ênfase em mecatrônica, aeronáutica e computação. Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil.1999-2004. Estágio na Smar Equipamentos Industriais. Sertãozinho-SP. 2000-2002 Publicações

Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G.; Thome, J.R. Flow boiling characteristics for R1234ze in 1.0 and 2.2 mm circular channels. Journal Of Heat Transfer- ASME, 2011 (aceito para publicação).

Tibiriçá, C.B.; Szczukiewicz, S.; Ribatski, G.; Thome, J.R. Critical heat flux of R134a and R245fa in a 2.2 mm circular tube. Heat Transfer Engineering, 2011 (em re-visão).

Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. Two-phase frictional pressure drop and flow boiling heat transfer for R245fa in a 2.3mm tube. Heat Transfer Engineering, v. 32, n. 13-14, p. 1139-1149, 2011.

Tibiriçá, C.B.; Silva, J.D.; Ribatski, G. Experimental investigation of flow boiling pres-sure drop of R134a in a microscale horizontal smooth tube, Thermal Science and Engineering Applications-ASME, v. 3, p. 011006-011014, 2011.

Tibiriçá; C.B.; Ribatski, G. Flow boiling heat transfer of R134a and R245fa in a 2.3mm tube. International Journal of Heat and Mass Transfer, v. 53, p. 2459-2468, 2010.

Arcanjo, A.A.; Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. Evaluation of flow patterns and elongated bubble characteristics during the flow boiling of halocarbon refrigerants in a micro-scale channel. Experimental Thermal and Fluid Science, v. 34, p. 766-775, 2010.

Currículum vitae

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Tibiriçá, C.B.; Nascimento, F.J.; Ribatski, G. Film thickness measurement techniques applied to micro-scale two-phase flow systems. Experimental Thermal and Fluid Science, v. 34, p. 463-473, 2010.

Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. An experimental study on micro-scale flow boiling heat transfer of R134a. International Journal of Microscale and Nanoscale Thermal and Fluid Transport Phenomena, v. 1, n. 1, p. 37-38, 2010.

Tibiriçá, C.B.; Szczukiewicz, S.; Ribatski, G.; Thome, J.R. Critical heat flux of R134a and R245fa in a 2.2 mm circular tube. In: 13th Brazilian Congress of Thermal Sci-ences and Engineering, 2010, Uberlândia.

Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G.; Thome, J.R. Flow boiling characteristics for R1234ze in 1.0 and 2.2 mm circular channels. In: ASME/JSME 8th Thermal Engineering Con-ference, 2011, Honolulu.

Araújo, D.C.; Nascimento, F.J.; Arcanjo, A.A.; Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. Neural net-works approach for prediction of gas-liquid two-phase flow pattern during convective evaporation in microscale channels. In: 7th International Conference on Heat Transfer, Fluid Mechanics and Thermodynamics, Antalya, 2010.

Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. Experimental investigation of flow boiling pressure drop of R134a in a micro-scale horizontal smooth tube. In: 14th International Heat Transfer Conference (IHTC), Washington D.C., 2010.

Tibiriçá, C.B. ; Ribatski, G. An experimental study on micro-scale flow boiling heat transfer. In: International Conference on Boiling Heat Transfer, 2009, Florianópo-lis. International Conference on Boiling Heat Transfer, 2009.

Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. An experimental study on micro-scale flow boiling heat transfer of R245fa. In: 2nd Micro and Nano Flows conference, Uxbridge. 2nd Mi-cro and Nano Flows Conference, 2009.

Arcanjo, A.A.; Freitas, J.O.; Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. Two-phase flow characteris-tics during flow boiling of halocarbon refrigerants in micro-scale channels. In: ECI International Conference on Boiling Heat Transfer, Florianópolis, 2009.

Ribatski, G.; Tibiriçá, C.B. Flow boiling heat transfer and two-phase flow behavior in micro-scale channels. In: Fourth International Topical Team Workshop on Two-Phase Systems for Ground and Space Applications, Novosibirsk, Russia, 2009.

Tibiriçá, C.B.; Felcar, H.O.M.; Ribatski, G. An analysis of experimental data and pre-diction methods for critical heat fluxes in micro-scale channels. In: 5th European Thermal-Sciences Conference,Eindhoven. 5th European Thermal-Sciences Con-ference, 2008.

Tibiriçá, C.B.; Ribatski, G. Análise de dados experimentais e métodos para predição do coeficiente de transferência de calor em micro-canais. In: EBECEM, Florianópo-lis, 2008.