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Comentários Adicionais 3º TRIMESTRE • 2009 • Nº 288 Estudos baseados no Evangelho de João

Estudos baseados no Evangelho de João Comentários Adicionais · de Cristo.” (BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testa-mento. São Paulo: Vida, 2009, p. 1706)

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Comentários Adicionais

3º TRIMESTRE • 2009 • Nº 288

Estudos baseados no Evangelho de João

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Prólogo (Jo 1:1-18): “Provavelmente não há outro lugar no Novo Testamento em que se diga tanto, como aqui, com tão poucas pa-lavras. Aqui estão afirmadas a singularidade de Cristo e as grandes conseqüências desse auto-sacrifício incorporado na encarnação. Nes-se prólogo João anuncia o seu tema principal, que é a glória de Jesus Cristo demonstrada por meio de tudo o que ele disse e fez. Diferente dos outros autores, o autor do quarto evangelho começa a história na eternidade; e é a partir daqui que ele entende o significado da obra de Cristo.” (BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testa-mento. São Paulo: Vida, 2009, p. 1706).

João Batista (Jo 1:6). “Embora fosse um solitário arauto sem creden-ciais, ele ousou ser profeta num tempo em que a profecia estava relega-da a um passado ideal. Sua única motivação era o sentido de missão para a qual veio; seu único objetivo era indicar para além de si mesmo como testemunha; sua única mensagem era a da luz (...) um homem preocupa-do com a luz num tempo em que os demais homens se contentavam em viver nas trevas.” (ALLEN, Clinfton J. Comentário Bíblico Broadmam: NT. Rio de Janeiro: JUERP, vol. 9, 1983, p. 257).

O Verbo (Jo 1:14a). “Quando ministrou na Terra, Jesus não era um fantasma, nem um espírito, e seu corpo não era uma ilusão. (...) Apesar da ênfase de João sobre a divindade de Cristo, ele deixa claro que o filho de Deus veio em carne e osso e, ainda que sem pecado, se sujeitou às fragi-lidades da natureza humana. (...) O Verbo não era um conceito abstrato nem uma filosofia, mas uma Pessoa real, que podia ser vista, tocada e ouvida. O Cristianismo é Cristo, e Cristo é Deus.” (WIERSBE, Warren W. Co-mentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, vol. I, 2007, p. 367).

4 JUL 2009

Aquele que Intervém1Habitou entre nós (Jo 1:14b). “Quão incrível foi esta intervenção

divina nos negócios do homem. A luz universal que brilha em todo o homem, transformou-se num homem particular. Aquele que sempre existiu, antes mesmo de o mundo começar, veio agora, participar da história. O agente que criara o cosmo inteiro ocupa, agora, um lugar no espaço da terra. Um dia, tudo tomara vida nele; agora, porém, ele vivia no mundo.” (ALLEN, Clinfton J. Comentário Bíblico Broadmam: NT. Rio de Janeiro: JUERP, vol. 9, 1983, p. 258).

Vimos a sua glória (Jo 1:14c). “O verbo vimos (...) indica uma visão cuidadosa e deliberada, que busca interpretar seu objeto. Ele se refere, de fato, à visão física, embora sempre inclua algo mais, como o escrutínio calmo, a contemplação, ou até mesmo o deslumbramento. Ele descreve o ato daquele que não fixa seus olhos em nada, nem tão pouco olha rapidamente, nem, necessariamente, tem apenas uma percepção com-preensiva. Muito pelo contrário. Esse indivíduo olha firme para um objeto e reflete sobre ele. Ele o examina com cuidado, estudando-o, vendo-o e considerando-o completamente.” (HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 119).

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11 JUL 2009

Aquele que Transforma2... houve um casamento ... (Jo 2:1). “A cerimônia festiva de casamen-

to era uma das ocasiões mais importantes e alegres da vida da família ju-daica. Como os casamentos eram geralmente contratados com bastante antecedência, a minúscula vila de Caná da Galiléia deve ter antecipado ansiosamente esta celebração. Sem dúvida alguma, um grande número de parentes e amigos e parentes foi convidado, inclusive a mãe de Jesus, da vizinha de Nazaré” (ALLEN, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983, p. 273).

Mulher ... (Jo 2:4). “Maria não disse a Jesus o que fazer; simples-mente lhe contou o problema. (...) A resposta de Jesus parece um tanto brusca e até mesmo áspera, mas não é o caso. “Mulher” era uma forma de tratamento educada (Jo 19:26; 20:13), e sua pergunta significa ape-nas: por que você está me envolvendo nessa questão?”. Estava deixan-do claro para a mãe que não se encontrava mais sob sua tutela (é bem provável que José estivesse morto), mas que, dali por diante, seguiria as ordens do Pai” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, volume I, 2007, p. 374).

... que tenho eu contigo ... (Jo 2:4). “Talvez Maria não tivesse ainda compreendido que, desde que seu filho tinha saído de casa (alguns meses antes), algo tinha acontecido que tornava diferente seu relacio-namento anterior. Ele tinha sido ungido pelo Espírito Santo e recebido poder para executar a tarefa especial que o Pai lhe tinha conferido. Agora que ele iniciara seu ministério público, depois dos longos “anos de silêncio” em Nazaré, tudo (incluindo seus laços familiares) tinha de ser subordinado a isso” (BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p. 69).

.... talhas de pedra ... (Jo 2:6). “Em algum lugar nas proximidades da sala em que a festa estava acontecendo, havia seis talhas de pedra. Elas eram consideravelmente maiores que a usada pela mulher samari-tana (4.28). Marcos 7.3 explica o propósito dessas grandes jarras: “Pois os fariseus e todos os judeus não comem se lavar as mãos, em obser-vação dos antigos”. (...) cada talha podia conter até cem litros de água. Portanto, as seis jarras podiam armazenar até cerca de seiscentos litros de água! Por que o texto declara esse fato? Obviamente, o propósito é enfatizar a grandeza de Cristo” (HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 159).

... a água transformada em vinho ... (Jo 2:9). “Nós também pre-cisamos entender o significado deste milagre, que é o seguinte: Jesus está empenhado no trabalho de transformação. Ele transforma água sem valor em vinho cintilante. Jesus realizou o trabalho de transfor-mação quando esteve pessoalmente presente entre os homens, e ele ainda está transformando pessoas como você eu nos dias de hoje. Al-guém afirmou, com propriedade, que ‘a natureza nos forma, o pecado nos deforma, a educação nos informa, a penitência nos reforma, mas só Jesus nos transforma’” (ROGERS, Adrian. Creia em milagres, mas confie em Jesus. São Paulo: Eclésia, 2000, p. 48).

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18 JUL 2009

Aquele que Surpreende3... Dá-me de beber (Jo 4:7). “Outra característica de Jesus que essa his-

tória destaca é a sua atitude para com a tradição. Ele era conservador em relação à Escritura, crendo que ela era a Palavra de Deus. Contudo, era ra-dical em relação à tradição, sabendo que ela consistia somente em palavras humanas. Um radical é alguém que é crítico acerca de todas as tradições e convenções, que se recusa a aceitá-las apenas por terem sido herdadas do passado. A mim me parece que precisamos de uma nova geração de ‘CRs’, (....) conservadores radicais” (STOTT, John. A Bíblia toda, o ano todo: medita-ções diárias de Gênesis a Apocalipse. Viçosa, MG: Ultimato, 2007, p. 74).

... os judeus não se dão com os samaritanos (Jo 4:9). “A separação entre Samaria e Judá, no tempo da monarquia hebraica, poderia ter sido consertada depois do cativeiro babilônico, mas os judeus que retornaram do exílio rejeitaram uma oferta de cooperação da parte dos samaritanos, suspeitando da sua pureza racial e religiosa. A hostilidade resultante foi intensificada pela construção de um templo rival no monte Gerizim, por volta de 400 a.C., e a destruição deste templo pelo governador hasmo-neu João Hircano” (BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p.97).

... chama o teu marido ... (Jo 4:16). “A única maneira de preparar o solo do coração para a semente é ará-lo com a convicção de pecado. Por isso, Jesus mandou que fosse chamar o marido. Ele a forçou a admitir seu pecado. Não é possível haver conversão enquanto a pessoa não estiver convencida de seu pecado. Só depois dessa convicção e do arrepen-dimento é que a fé salvadora poderá agir. Jesus havia despertado sua mente e suas emoções, mas também era preciso tocar em sua consci-ência” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, volume I, 2007, p. 386).

Eu o sou ... (Jo 4:26). “Essa mulher precisava de orientação, apoio e mudança. Ela tinha uma sede interior muito grande, que nem a água do velho poço, nem as sucessivas aventuras amorosas, nem as lembranças nostálgicas do antigo templo do monte Gerizim, destruído cerca de 150 anos antes, lá pelo ano 128 antes de Cristo, não podiam satisfazer. E o Jesus ‘cansado da viagem’ se revelou a ela como o Messias, chamado Cristo, que estava para vir, e lhe deu a ‘água viva’ — aquela água miste-riosa que mata a sede interior e ainda jorra para a vida eterna (Jo 4.1-26)” (Revista Ultimato, Ed. 288, maio-junho 2004, p. ).

... disse ao povo ... (Jo 4:28). “Fundamentado no seu breve encontro com Jesus, o testemunho da mulher, na cidade, foi superficial, apesar de bem intencionado. Seu testemunho inicial não foi sobre a pessoa de Jesus, mas sobre a sua clarividência em discernir os segredos do seu coração (cf. 2:23 e SS., 3:2). Ela apenas supunha que ele era mais do que um homem. (...) Assim mesmo, misturando a descoberta com a dúvida, conclamou os outros a irem ver com os seus próprios olhos. Mesmo defeituoso, seu testemunho levou o povo da cidade a Jesus. Que grande colheita Deus pode suscitar de uma semente tão pequena” (ALLEN, Clif-ton J. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983, pp. 299-300).

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25 JUL 2009

Aquele que Fortalece4... subiu a Jerusalém ... (Jo 5:1). “Uma festa dos judeus não identifica-

da propiciou a oportunidade para Jesus deixar para trás sua popularidade na Galiléia (4:45,54) e ir a Jerusalém como um profeta ‘sem honra em sua própria terra’ (4:44). Nos dois lugares, sua palavra trouxe vida para vivos e mortos (4:50; 5:8); no norte pagão, porém, a cura gerou fé, enquanto, no sul religioso, provocou perseguição (5:16), e isso durante a estação sagrada de um celebração litúrgica!” ( ALLEN, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983, p. 307).

... trinta e oito anos ... (Jo 5:5). “Essa indicação de tempo não determi-na a sua idade e nem por quanto tempo ele vinha sendo exposto à beira do tanque, mas antes, informa-nos por quantos anos ele estava doente. O autor sagrado salienta para nós que o caso, segundo todos os recursos hu-manos, era desesperador e sem solução. É fora de qualquer dúvida que ele deve ter experimentado todos os meios disponíveis – médicos, remédios, etc. Mas coisa alguma fora capaz de ajudá-lo.” (CHAMPLIN, N. R. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Milenium Dis-tribuidora Cultural, 1979, volume 2, 341).

... se achava enfermo ... (Jo 5:5). “Devemos presumir que ele era levado para lá regularmente, cada vez que se esperava o ‘movimento’ da água, na esperança de que dia ele fosse o primeiro a entrar nela. Também não se es-clarece qual era a sua doença; evidentemente era algum tipo de aleijão ou paralisia, já que ele não era capaz de descer à água a tempo sem ajuda (v. 7), e há indício (v. 14) de eu ela era conseqüência de algum pecado que co-metera” (BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p. 115).

... sabendo que estava neste estado ... (Jo 5:6). “O Senhor sabia que o inválido estava nessa condição há muito tempo. Onde ele obte-

ve esse conhecimento? Existem três possibilidades, nenhuma das quais deve ser desprezada: (1) Alguém pode ter-lhe dado essa informação, de uma maneira perfeitamente natural e humana. (...). (2) O Pai pode ter-lhe revelado isso. (3) A natureza divina de Cristo pode ter transmitido esse conhecimento à sua natureza humana, de uma maneira que não conse-guimos compreender.” (HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, pp. 254-255).

... o homem foi curado ... (Jo 5:9). “Sob qualquer ponto de vista, esse milagre é uma ilustração da graça de Deus. Foi a graça que levou Jesus ao Tanque de Betesda, pois quem gostaria de misturar-se a uma multidão de desesperados? Jesus não curou todos eles; escolheu um homem e o restau-rou. O fato de Jesus ter procurado esse homem, de ter falado com ele e de o ter curado e de, mais tarde, tê-lo encontrado no templo mostra como sua graça e misericórdia são maravilhosas” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, volume I, 2007, p. 512).

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1 AGO 2009

Aquele que Satisfaz5Duzentos denários (Jo 6:7). “Um denário valia cerca de vinte centavos

e era o que se costumava pagar a um trabalhador por dia. Um trabalhador com uma família de cinco membros provavelmente gastava metade do seu ganho diário em alimento. Supondo que a família tivesse três refeições por dia, podemos concluir que meio denário lhes fornecia o alimento por um dia, ou quinze refeições. Um denário inteiro fornecia alimento para dois dias, ou trinta refeições. Duzentos denários forneceriam uma refeição para cerca de 6.000 pessoas. Nessa multidão, só os homens eram 5.000 (6:10).” (PFEIFFER, Charles F. & HARRISON, Everett F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: IBP, 1980, vol. 4 (Os Evangelhos e Atos).

Seria preciso uma fortuna (Jo 6:7 – BV). “Em todo o grupo de lí-deres, existe o pessimista das estatísticas, aquela pessoa que olha cada desafio tendo em mãos a conta certa do que falta, em vez de ver aqui-lo que Deus pode dar. Àquela altura Felipe já deveria saber que Deus nunca chama seu povo para realizar alguma coisa sem prometer suprir todas as suas necessidades. Uma resposta correta à pergunta de Jesus teria sido: ‘Eu ainda não sei, mas estou certo de que o Senhor vai pensar em alguma coisa’.” (SWINDOLL, Charles R. Jesus, o maior de todos. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 146).

A multidão (Jo 6:24). “Jesus nunca se deixou impressionar pelas multidões. Sabia que sua motivação não era sincera e que a maioria o seguia para ver seus milagres de cura. ‘Pão e circo’ era a fórmula roma-na para manter o povo contente, e muitos se sentiam satisfeitos com essa dieta. Se tivessem comida e entretenimento, tudo estaria bem. Roma dedicava 93 dias do ano a jogos públicos patrocinados pelo go-verno. Era mais barato entreter a multidão do que lutar contra ela ou prendê-la.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, vol. I, 2007, p. 399)

A comida que permanece (Jo 6:27). “Jesus utilizava os milagres como oportunidades para transmitir lições importantes, e não como golpes de pu-blicidade. Ele nunca realizou milagres com o objetivo de atrair seguidores. (...). Os milagres não são a melhor forma de evangelizar. A mesma multidão que havia presenciado um incrível milagre já pedia por outro, pois as pessoas nunca ficam satisfeitas com os milagres. A única coisa que satisfaz o ser hu-mano é um relacionamento com Deus através de Cristo.” (ROGERS, Adrian. Creia em milagres, mas confie em Jesus. São Paulo: Eclésia, 2000, p. 102).

Para quem iremos nós? (Jo 6:68). “Simão Pedro é o homem que dá a resposta, e ela foi gloriosa! Ele usa o plural, mostrando que era o porta-voz de todos, embora na realidade ele não fosse o porta-voz de Judas. Pedro lhe respondeu fazendo uma pergunta: Senhor (...) para quem iremos nós? O ser humano é constituído de tal forma que ele deve ir a alguém. Ele não pode sustentar-se por si mesmo. O sentido das palavras de Pedro é o seguinte: ‘Não há ninguém mais para quem possamos ir; ninguém que satisfaça os anseios do nosso coração’.” (HENDRIKSEN, Willian. O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 324).

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8 AGO 2009

Aquele que Ampara6As obras de Deus (Jo 9:3). “Os discípulos se interessavam pela tragé-

dia, na intenção de encontrar alguém para responsabilizar. Jesus, por sua vez, estava preocupado com o que poderia fazer para mudar a situação. Os discípulos estavam interessados nas causas humanas, desde seus pri-mórdios. Jesus, por seu turno, estava interessado nos resultados divinos, até o fim. Para os discípulos, um cego era um ponto de interrogação, um objeto de mera especulação. Para Jesus era uma oportunidade, uma pessoa necessitando de compaixão.” (ALLEN, Clinfton J. Comentário Bí-blico Broadman: NT. Rio de Janeiro: JUERP, vol. 9, 1983, p. 347).

Sou a luz do mundo (Jo 9:5). “Os únicos que não são capazes de ver a luz são os cegos e os que recusam a abrir os olhos, fazendo-se, portanto, de cegos. O mendigo sofrera de cegueira física e espiritual, no entanto seus olhos e seu coração foram abertos, pois ouvira a Palavra, crendo, obedecendo e experimentando a graça de Deus. Em termos fí-sicos, os fariseus possuíam visão saudável, mas, em termos espirituais, eram absolutamente cegos.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: NT. Santo André, SP: Geográfica, 2006, vl. I, p. 421).

Tanque de Siloé (Jo 9:7). “Depois que os olhos do cego foram co-bertos com a pasta, Jesus mandou que fosse lavá-la no tanque de Siloé. Pode ser que este fosse o lugar com água mais próximo, mas o evan-gelista indica um outro significado. Ele diz que o Siloé tem o sentido de Enviado – shilôan em hebraico (como em ‘as águas de Siloé que correm brandamente’, de Is 8.6), claramente derivado do verbo shalah, ‘enviar’ e se refere a Jesus, o enviado (gr. apestalmenos) de Deus, o único com autoridade para proporcionar iluminação espiritual.” (BRUCE, F. F. João: Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987, p. 184).

Sou eu mesmo (Jo 9:9). “Nesse momento da história, eu esperaria que alguém fizesse planos para uma grande festa. Mas os fariseus, de-pois de descobrir que o homem fora curado no sábado, começaram a resmungar, discutir e se concentrar em picuinhas (...). Como sempre, os fariseus não conseguiam ver a situação como um todo. A cegueira deles seria cômica se não fosse tão trágica, e se seu exemplo não fosse tão influente.” (SWINDOLL, Charles R. Jesus, o maior de todos. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 150).

E era sábado ... (Jo 9:14). “Aqui está a razão principal por que os fari-seus rejeitaram o sinal. As regras da Mishná para a cura e o uso de saliva no sábado eram complicadas; mas Jesus tinha feito barro e, assim, havia trabalhado. Por isso, eles afirmam triunfantemente que ele não é de Deus (v.16) ao violar abertamente o sábado.” (BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p. 1728).

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14 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009 Comentários Adicionais | 15

Aprisco das ovelhas (Jo 10:1). “O curral (ou aprisco) deve ter sido um cercado de pedras, mais ou menos quadrado, com uma entrada de um lado. Esta entrada era guardada por um porteiro ou guarda cuja ta-refa era deixar entrar pessoas autorizadas e manter os intrusos do lado de fora. Se alguém fosse visto escalando o muro por algum dos outros lados, não havia erro em considerá-lo um intruso, com más intenções. Para desestimular essas pessoas, o muro às vezes era coberto de espi-nhos.” (BRUCE, F. F., João: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1987, p. 194-195).

... escutam a sua voz, e chama pelo nome (Jo 10:3). “Durante a noite, o porteiro ficava com as ovelhas. Ele conhece o pastor. Então, de manhã, quando ouve sua voz, ele abre a porta. As ovelhas também imediatamente reconhecem a voz de seu próprio pastor. Elas não apenas ouvem (mais ou menos inconscientemente), mas escutam. Elas obedecem. Isso é verdade com relação às ovelhas, animais de fato. (...) um pastor oriental, ainda nos dias atuais, freqüentemente chama as ovelhas pelo nome (foram registrados casos em que mesmo os pastores que tiveram os olhos vendados, foram ainda capazes de reconhecer cada ovelha, individualmente).” (HENDRIKSEN, Willian. O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 455).

A porta (Jo 10:8). “Faz-se aqui duas aplicações nas quais a função de

Jesus é associada (...) ao portão e seu guarda. No verso 8, Jesus regula o acesso dos pastores às ovelhas, enquanto no verso 9, regula o acesso das ovelhas ao aprisco e ao pasto. Em outras palavras, Cristo sozinho controla o ministério e a membresia da Igreja. Enquanto os dirigentes do velho Israel recebiam suas credenciais através da herança (sacerdotes, reis) e pela orde-nação humana (rabinos), os líderes do novo Israel são admitidos ao serviço apenas por Cristo.” (ALLEN, Clinfton J. Comentário Bíblico Broadmam. Rio de Janeiro: JUERP, vl. 9, 1983, p. 355).

15 AGO 2009

Aquele que Pastoreia7O ladrão (Jo 10:10a). “O ladrão é o fariseu (cf. 9:35-10:1, 19-21). Observe

o arranjo culminante: roubar, matar e destruir. Que esses líderes religiosos matavam e destruíam as pessoas que eles tinham roubado está claro em Mateus 23:15. O exato oposto de matar e destruir é tornar vivo. E o exato oposto do ladrão é o bom pastor, Cristo. (...) O bom pastor. O adjetivo é en-fático! O sentido básico da palavra é maravilhoso. Aqui ele indica excelente. Esse pastor corresponde a um ideal tanto em caráter como em sua obra. Ele é o único de sua categoria.” (HENDRIKSEN, William. Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 461).

O Bom Pastor (Jo 10:10b). “Quando Jesus se intitula o Bom Pastor, ele

não está apenas se proclamando um líder a mais. Muitos dos líderes religio-sos de seu tempo diziam-se pastores de Israel, mas Jesus viu sua hipocrisia, seu egocentrismo, sua incapacidade para liderar e defender seu rebanho. O que Jesus realmente estava dizendo era: ‘Eu sou o Pastor por excelên-cia! Sob a minha liderança vocês vão encontrar proteção, companheirismo, sustento.’ (...) Suas ovelhas não vão ter um pastor assistente para atender o telefone. Ele é o Bom Pastor. Amar as ovelhas é o seu estilo.” (YOUSSEF, Mi-chael. O estilo de liderança de Jesus. Belo Horizonte: Betânia, 1987, p. 38).

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22 AGO 2009

Aquele que Ressuscita8Não é para morte (Jo 11:4). “A resposta que Jesus deu indica que

ele estava olhando para além da morte. Quando disse, ‘Essa enfermi-dade não é para morte’, ele não quis dizer: ‘Lázaro não vai morrer’, mas ‘a morte não será o resultado final desta doença’. O clímax será ‘a glória de Deus’, isto é, a manifestação do poder, amor, e sabedoria, para que os homens possam ver e proclamar essas virtudes.” (HEN-DRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 497).

Demorou dois dias ... (Jo 11:6). “Na verdade, a demora de Cristo era propositadamente destinada a trazer-lhe uma bênção assombrosa que iria fortalecer a fé deles, e glorificar a Deus. Acontece a mesma coisa conosco. As dores que sofremos, as dúvidas angustiantes que nos fazem imaginar: ‘Isto poderia ter acontecido comigo se Jesus estivesse aqui?’ um dia se dissolverão na alegria do maior milagre que Cristo deseja realizar em nossa vida.” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 226).

Eu sou a ressurreição e a vida (Jo 11:25). “Aí está a mensagem cen-tral do milagre. Jesus a anunciou claramente, antes mesmo de ressusci-tar Lázaro dentre os mortos: ‘Eu sou a ressurreição e a vida’. Jesus é a so-lução para o problema da morte. Por esta razão, afirmo outra vez: creia no milagre, mas confie em Jesus. A ressurreição de Lázaro aconteceu de fato. Podemos acreditar nisto. Mas a nossa fé não está fundamentada neste milagre histórico. A nossa fé precisa ter como base o Senhor do milagre, Jesus Cristo.” (ROGERS. Adrian. Creia em Milagres, mas confie em Jesus. São Paulo: Eclésia, 2000, p. 148).

Jesus chorou (Jo 11:35). “Jesus chorou em silêncio (esse termo gre-go não aparece em nenhuma outra passagem do Novo Testamento),

não em altos prantos, como os que lamentavam ao seu redor (...) As lágrimas de Jesus revelam a humanidade do Salvador. Passou por todas as experiências de nossa existência e sabe como nos sentimos. Na ver-dade, por ser o Deus-homem perfeito, Jesus experimentou tudo isso de maneira mais profunda do que nós. Suas lágrimas também nos mostram sua compaixão.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: NT. Santo André, SP: Geográfica, 2006, vl. I, p. 433-34).

E o morto saiu (Jo 11:44). “A ressurreição de Lázaro não foi o último milagre de Jesus antes da cruz, mas certamente foi o maior de todos e o que mais chamou a atenção de amigos e de inimigos. João escolheu esse milagre como o sétimo da série registrada em seu livro, pois foi, de fato, um ponto alto do ministério de Jesus na Terra (...). Um prodígio como esse não poderia ser negado nem ignorado pelos líderes judeus.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: NT. Santo André, SP: Geográfica, 2006, vl. I, p. 430).

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... depositado nas suas mãos todas as coisas ... (Jo 13:3). “Jesus, consciente da soberania universal que o Pai lhe conferiu, plenamente ciente da sua origem e destino celestiais, faz algo que deixará no coração dos discípulos um sinal indelével desta soberania, origem e destino. Ele se veste como um empregado da casa e pratica a tarefa de um emprega-do. Qualquer um dos discípulos teria realizado com prazer este serviço para ele, mas o ato de fazê-lo para os outros discípulos seria considerado uma admissão de inferioridade.” (BRUCE, F. F. João: introdução e comen-tário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p.240).

... tomando uma toalha, cingiu-se (Jo 5:4). “É impressionante como o Evangelho de João revela a humildade de Jesus, mesmo quan-do exalta sua divindade: ‘o Filho nada pode fazer di si mesmo’ (Jo 5:19, 30). ‘Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade’ (Jo 6:38). ‘O meu ensino não é meu’ (Jo 7:16). ‘Eu não procuro a minha própria glória’ (Jo 8:50). ‘A palavra que estais ouvindo não é minha’ (Jo 14:24). (...) Tinha todas as coisas em suas mãos, no entanto pegou uma toalha.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo An-dré: Geográfica, volume I, 2007, p. 444).

... começou a lavar os pés ... (Jo 13:5). “Jesus e os discípulos tinham vindo de Betânia. Os pés, protegidos apenas por sandálias, ficavam par-cialmente expostos à areia e poeira. Eles estavam sujos ou pelos menos desconfortáveis. Nessas circunstâncias, a lavagem dos pés era um cos-tume. O anfitrião, embora pessoalmente não realizasse essa tarefa (Gn 18.4; Lc 7.44), em geral tomava as providências para que fosse feita. Era, no final das contas, uma tarefa servil, ou seja, uma tarefa a ser feita por um criado.” (HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004, p. 604).

29 AGO 2009

Aquele que Ministra9... não só os meus pés ... (Jo 13:9). “A reprimenda do Senhor Jesus

abalou Pedro, e ele mudou diametralmente de atitude (...). Podemos notar, pois, que Pedro era um homem sensível para com a palavra de Cristo (...). A tragédia da natureza humana, tão prevalente também no seio da igreja cristã, é que a maioria dos membros da raça humana se tem tornado insensível para com a palavra divina e já não sente qualquer dificuldade em dar de ombros ante uma instrução divina, continuando a seguir im-passivelmente o seu próprio caminho, sentindo-se mesmo satisfeito com esse curso de ação.” (CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Milenium, 1979, volume II, p. 504).

Judas Iscariotes, filho de Simão (Jo 13:26). “É impressionante per-ceber que Judas foi um dos que tiveram os pés lavados por Jesus. O traidor recebeu o mesmo tratamento que os fiéis, e durante todo o tem-po Jesus sabia que Judas iria traí-lo! Que lição extraímos disso? (...) Na comunidade cristã, temos de servir igualmente os irmãos e os que são como Judas da mesma maneira que Jesus lavou os pés de todos no ce-náculo.” (RICHARDS, Lawrence C. Comentário bíblico do professor: um guia didático completo para ajudar o ensino das Sagradas Escrituras do Gênesis ao Apocalipse. São Paulo: Editora Vida, 2004, p. 855).

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5 SET 2009

Aquele que Encoraja10Não se turbe o vosso coração (Jo 14:1). “Havia muitos motivos

para os corações dos discípulos estarem turbados: um deles traíra Jesus (13:10,11,18,21); outro o negaria três vezes (13:38); mais perturbador ainda, Jesus estava indo para onde ninguém poderia segui-lo (13:33,36). Como um antídoto para o desespero, Jesus os convidou para crerem em Deus e nele mesmo.” (ALLEN, Clinfton J. Comentário Bíblico Broadman: NT. Rio de Janeiro: JUERP, vol. 9, 1983, p. 384).

Creiam ... e creiam ... (Jo 14:1). “As palavras podem ser traduzidas de três maneiras: (a) ‘vocês crêem em Deus, (assim) creiam também em mim’; (b) ‘vocês crêem em Deus e crêem em mim’; e (c) ‘creiam em Deus e creiam em mim’. No geral, a última é preferível. Jesus está interessado em fortalecer a fé dos discípulos em face das provações que estão para co-meçar. Como judeus, eles professam ter fé em Deus. Agora eles precisam aprender a renovar a fé em Cristo.” (BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2009, p. 1737).

Eu sou o caminho ... (Jo 14:6). “Jesus não se limita a ensinar o cami-nho ou a mostrar o caminho; ele é o caminho. Na verdade, ‘o Caminho’ é um dos primeiros nomes dados a fé cristã (At 9:2; 19:9, 23; 22:4; 24:14, 22). A declaração de Jesus: ‘ninguém vem ao Pai senão por mim’ elimina qualquer outro caminho proposto para chegar ao céu, como boas obras, cerimônias religiosas, ofertas vultosas etc. Existe somente um caminho: Jesus Cristo.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: NT. Santo André, SP: Geográfica, 2006, vl. I, p. 451).

Não vos deixarei órfãos (Jo 14:18). “O que Jesus quer dizer é o seguinte: ‘Minha partida não será como a de um pai cujos filhos ficam órfãos quando ele morre. No Espírito, eu mesmo estarei voltando para vocês’. O Espírito revela o Cristo, o glorifica, aplica seus méritos ao co-

ração dos crentes, torna seus ensinamentos efetivos na vida deles. Por-tanto, quando o Espírito é derramado, Cristo verdadeiramente retorna.” (HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 668).

Deixo-vos a paz (Jo 14:27). “‘Paz (shalon) seja contigo’ era (e é) o cumprimento dos judeus, quando amigos se encontravam e se des-pediam. A palavra de paz que Jesus estava desejando ao partir era diferente da que era comum no mundo. O que ele chamou de minha paz era algo mais profundo e duradouro, paz no coração que expulsa ansiedade e medo.” (BRUCE, F. F. João: Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987, p. 262).

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... videira ... (Jo 15:1). “As vinhas destacam-se nas parábolas de Jesus. Em Lc 13:6-9, o centro de interesse é a figueira plantada numa vinha e cuidada por um vinhateiro. (...) Mt 20:1-16 registra a parábola dos traba-lhadores na vinha. (...) A parábola dos dois filhos, o primeiro dos quais recusou-se a trabalhar na vinha, mais depois foi, e o segundo prometeu ir, mas acabou não indo (Mt 21:28-32). (...) Esta parábola é imediatamente seguida por aquela dos lavradores maus (Mt 21:33-46 par. Mc 12:1-12; Lc 20:9-19; cf. Is 5:1-7).” (BROWN, Colin. O novo dicionário de teologia do Novo Testamento. São Paulo: Edições Vida Nova, 1983, p. 762).

Toda vara ... (Jo 15:2a). “No Velho Testamento, usava-se muito o termo ‘videira’ como uma designação para Israel (Is. 5:1; Jer. 2:21a; Os. 10:1; Ez 15:1-5; 19:10, 11; Sal 80:8-11). (...) Como seu Pai se assemelhava ao viticultor, o uso da autodesignação divina, Eu Sou (ego eimi), sugeria, de modo claro, sua identidade e sua subordinação ao Deus de Israel. O propósito fundamental da analogia da vara da videira era descrever um relacionamento permanente entre Cristo e o crente, semelhante ao firmado entre Israel e Yahveh, para que desse muito fruto (cf. Is. 5:2; Os. 10:1).” (ALLEN, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983, p.390).

... tira ... (Jo 15:2b). “Jesus disse: ‘Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta’. Muitas versões traduzem a importante palavra grega desde versículo como ‘tira’ e até mesmo como ‘corta’, porém a definição mais importante é ‘erguer do chão’. Um dos significados possíveis e, na verdade, o mais comum, é elevar com o objetivo de carregar, de levar para fora ou descartar. Para manter-se dentro da metáfora, Jesus provavelmente estava referindo-se à prática do agricultor de erguer um ramo caído e pren-dê-lo à treliça – um procedimento chamado de ‘treino’” (SWINDOLL, Char-les R. Jesus, o maior de todos. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 183).

... sem mim não podeis fazer (Jo 15:5). “Onde cresce o fruto? Na videira, é claro. Os ramos (assim somos descritos nessa ilustração de Jesus) são incapazes de dar fruto por conta própria. Precisam estar li-gados à videira. (...) A admoestação é clara. Não poderemos nos tornar o que Deus planejou que fôssemos, sem um relacionamento próximo com Jesus, em que o nosso amor seja expresso por meio da obediência a ele.” (RICHARDS, Lawrence C. Comentário bíblico do professor: um guia didático completo para ajudar o ensino das Sagradas Escrituras do Gênesis ao Apocalipse. São Paulo: Editora Vida, 2004, p. 859).

... lançam no fogo ... (Jo 15:6). “Em outras passagens do A.T., onde Israel é comparado com uma videira é enfatizado que a madeira da videi-ra não serve para nenhuma outra coisa a não ser para a função específica da videira – produzir uvas. A madeira de uma videira morta não pode ser usada para fazer um móvel ou algum outro utensílio; não serve nem de gancho para se pendurar algo. Um galho de videira que não produz uvas ser apenas para combustível (Ez 15.1-8).” (BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p.265).

12 SET 2009

Aquele que Capacita11

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19 SET 2009

Aquele que Intercede12Jesus falou essas coisas e... (Jo 17:1a). “A temática dos discursos

do cenáculo encontra sua conclusão na oração do capítulo 17, comu-mente chamada de oração sacerdotal do Senhor (...). O título é ade-quado, porque nessa oração o Senhor consagra-se para o sacrifício em que ele é, ao mesmo tempo, sacerdote e vítima. Também é uma oração de consagração em favor daqueles por quem o sacrifício é oferecido – os discípulos que estavam presentes no cenáculo e os que depois vi-riam a crer através do testemunho deles.” (BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p. 279).

...Pai... (Jo 17:1b). “A estrutura da oração se organiza em três par-tes, destinadas a indicar as prioridades teológicas pretendidas. (...) Jesus orou primeiro por si mesmo (v. 1-5), por já ter vencido o mundo (16:33), glorificando assim, o Pai, em tudo o que fez. (...) A seguir, Je-sus voltou a orar pelos seus discípulos (v. 6-19) (...). Finalmente, Jesus orou pela unidade de todos aqueles que cressem nele (v. 20-26), para que o mundo pudesse conhecer o amor, a realidade mais profunda da trindade.” (ALLEN, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Ja-neiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983, pp. 396-397).

Chegada a hora (Jo 17:1c). “A expressão ‘chegou a hora’, mostra mais uma vez que Jesus está consciente do fato de que, para todo acontecimento no poderoso drama da redenção (...) há um momento estipulado (...). Essa hora era o momento da crise. Era a hora em que o Filho do homem findaria seus labores ao fazer o único e exclusivo sacrifício de expiação pelo pecado da humanidade; a hora do cum-primento das profecias, de tipos e de símbolos; a hora do triunfo sobre o príncipe do mundo; a hora da destituição da antiga dispen-sação e da instituição da nova.” (HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004, 753).

Manifestei o teu nome aos homens ... (Jo 17:6). “Qual é a missão que Deus tem para nós na terra? Sermos ‘grandes’? Tornarmo-nos evangelistas conhecidos? Sermos mestres famosos? Sermos conhe-cidos e respeitados por todos? Dificilmente. Deus deseja uma coisa muito simples, que todo crente, até o mais humilde, pode pôr em prática: que manifestemos (façamos conhecer) seu nome.” (RICHAR-DS, Lawrence C. Comentário bíblico do professor: um guia didático completo para ajudar o ensino das Sagradas Escrituras do Gênesis ao Apocalipse. São Paulo: Vida, 2004, p. 865).

... lhes dei as palavras que me deste (Jo 17:8). “Deus proveu os recursos divinos para que possamos glorificá-lo e ser fiéis. Temos sua Palavra (17:7, 8), e ela nos revela tudo que possuímos em Jesus Cristo. (...) Temos o Filho de Deus intercedendo por nós (Jo 17:9; Rm 8:34 Hb 4:14-16). (...) temos a comunhão da igreja: “para que eles sejam um, assim como nós” (Jo 17:11). O Novo Testamento não diz coisa algu-ma sobre cristãos isolados; onde quer que encontremos cristãos, os vemos em comunhão. Isso porque todos do povo de Deus precisam uns dos outros.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, volume I, 2007, pp. 476-477).

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26 SET 2009

Aquele que Restaura13Apascenta os meus cordeiros (Jo 21:15). “Quando foi chamado

pela primeira vez da sua ocupação de pescador para ser seguidor de Jesus, foi-lhe dito que dali em diante ele pescaria pessoas (Lc 5.10; veja Mc 1.17). Agora ao anzol do pescador é acrescentado o cajado do pastor. A seriedade com que ele encarou esta segunda missão pode ser vista em 1 Pedro 5.1-4 onde, falando perto do fim da sua vida como presbítero para outros presbíteros, ele os exorta a ‘pastorear o rebanho de Deus’ com fidelidade”. (BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p. 345).

Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21:16). “Pedro deveria minis-trar tanto como evangelista (pegando peixes) quanto como pastor (cuidando do rebanho). É triste separar essas duas coisas, pois devem sempre andar juntas. Os pastores devem evangelizar (2 Tm 4:5) e pastorear as pessoas que ganharam para Cristo, de modo que ama-dureçam em sua fé. (...) Ser pastor do rebanho de Deus é uma respon-sabilidade assustadora (1 Pe 5:2). Há inimigos que desejam destruir o rebanho, e o pastor deve estar sempre alerta e cheio de coragem (At 20:28-35).” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Santo André: Geográfica, volume I, 2007, p. 515).

... amas-me ...? (Jo 21:15). “Depois do café da manhã na praia, veio a entrevista que Pedro temia. Três vezes ele havia negado a Jesus. Assim, três vezes Jesus lhe fez a mesma pergunta: ‘Você me ama?’ E três vezes Jesus o renomeou, dizendo: ‘Cuide das minhas ovelhas’. (...) A pergunta não foi sobre o passado, mas sobre o presente; não sobre palavras ou obras, mas sobre a atitude do coração de Pedro. O amor a Cristo pressupõe prioridade, pois são pecadores perdoados os que mais amam.” (STOTT, John. A Bíblia toda, o ano todo: meditações diá-rias de Gênesis a Apocalipse. Viçosa (MG): Ultimato, 2007, p. 276).

Disse-lhe terceira vez (Jo 21:17). “A tríplice repetição da pergunta Amas-me? (v. 15, 16, 17) corresponde à tríplice negação. De Pedro soli-citou-se que reafirmasse sua lealdade a Jesus com a mesma ênfase com que o rejeitara. (...) É possível que Pedro tivesse ficado triste, quando Je-sus lhe disse pela terceira vez: Amas-me? Porque isto lhe fez recordar seu terceiro e derradeiro fracasso, quando da prova cujo sinal foram o canto do galo (Jo 18:27).” (ALLEN, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983, p. 429).

Senhor, e deste que será? (Jo 21:21). “Há uma tarefa a se realizar. Que Pedro direcione sua atenção para isso! Algumas pessoas ficam sempre fazendo perguntas. Elas perguntam tanto que sua missão real na vida acaba por não receber a devida atenção e energia. Existem ocasiões que fazer perguntas não é adequado. Alguém bem disse certa vez que um homem que foi ferido por uma seta com penas en-venenadas não deve começar a perguntar, ‘Oh, de que terá sido feita esta seta? De que pássaro serão estas penas? Será que a pessoa que a atirou tem cabelos escuros ou claros, será ela baixa ou alta?’ Que ele, em primeiro lugar, faça alguma coisa!” (HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 932).