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BIOSSEGURANÇA Aula 1 Conceito de Biossegurança 1. Defina Biossegurança. Podemos definir “Biossegurança” como sendo “a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o ambiente. A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. 2. Qual é a diferença entre biossegurança e biosseguridade? O objetivo fundamental da Biosseguridade em laboratórios é a redução do risco relativo aos materiais biológicos, descrevendo princípios, técnicas e práticas que devem ser implementadas a fim de prevenir a perda, roubo, emprego incorreto, desvio ou liberação intencional de material biológico viável. A Biossegurança em laboratórios, de forma similar a Biosseguridade, busca reduzir o risco, descrevendo princípios de contenção, técnicas e práticas que devem ser implementadas a fim de prevenir a exposição acidental a agentes biológicos ou à sua liberação acidental. Algumas proposições relativas ao controle do risco biológico, afirmam que o diferencial entre Biossegurança e Biosseguridade, reside na amplitude das ações que a Biosseguridade deve observar frente à perspectiva de integração da noção de defesa, de estabilidade, de proteção, abrangendo possibilidades de ações de grande mobilização frente ao risco, podendo envolver, de acordo com a gravidade do evento, além das instituições científicas, as instituições de defesa que possam atuar no monitoramento de fronteiras, na elaboração de planos de contingência, etc, especialmente quando a magnitude do risco se relaciona com o volume quantitativo de populações. A discussão conceitual indica, no entanto, que a Biosseguridade, tal como a Biossegurança, se estrutura sobre a base da prevenção. 3. Qual a relação entre biossegurança e biotecnologia? O mundo contemporâneo está comprometido com o avanço da ciência e o progresso tecnológico, aumentando cada vez mais a complexidade do que é produzido. O campo da biotecnologia apresentou um grande avanço, o que é comprovado pela quantidade de organismos geneticamente modificados que já são produzidos e comercializados em vários países. A biossegurança deve acompanhar tal evolução no mesmo grau de complexidade, para evitar os riscos inerentes à liberação desses novos organismos. 5. Biossegurança e risco biológico utilizam a mesma simbologia? Sim. Aula 2 Risco Biológico

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Estudo dirigido relativo a disciplina de biosegurança

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BIOSSEGURANÇA Aula 1 ­ Conceito de Biossegurança 1. Defina Biossegurança. Podemos definir “Biossegurança” como sendo “a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o ambiente. A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados.

2. Qual é a diferença entre biossegurança e biosseguridade? O objetivo fundamental da Biosseguridade em laboratórios é a redução do risco relativo aos materiais biológicos, descrevendo princípios, técnicas e práticas que devem ser implementadas a fim de prevenir a perda, roubo, emprego incorreto, desvio ou liberação intencional de material biológico viável. A Biossegurança em laboratórios, de forma similar a Biosseguridade, busca reduzir o risco, descrevendo princípios de contenção, técnicas e práticas que devem ser implementadas a fim de prevenir a exposição acidental a agentes biológicos ou à sua liberação acidental. Algumas proposições relativas ao controle do risco biológico, afirmam que o diferencial entre Biossegurança e Biosseguridade, reside na amplitude das ações que a Biosseguridade deve observar frente à perspectiva de integração da noção de defesa, de estabilidade, de proteção, abrangendo possibilidades de ações de grande mobilização frente ao risco, podendo envolver, de acordo com a gravidade do evento, além das instituições científicas, as instituições de defesa que possam atuar no monitoramento de fronteiras, na elaboração de planos de contingência, etc, especialmente quando a magnitude do risco se relaciona com o volume quantitativo de populações. A discussão conceitual indica, no entanto, que a Biosseguridade, tal como a Biossegurança, se estrutura sobre a base da prevenção.

3. Qual a relação entre biossegurança e biotecnologia? O mundo contemporâneo está comprometido com o avanço da ciência e o progresso tecnológico, aumentando cada vez mais a complexidade do que é produzido. O campo da biotecnologia apresentou um grande avanço, o que é comprovado pela quantidade de organismos geneticamente modificados que já são produzidos e comercializados em vários países. A biossegurança deve acompanhar tal evolução no mesmo grau de complexidade, para evitar os riscos inerentes à liberação desses novos organismos. 5. Biossegurança e risco biológico utilizam a mesma simbologia? Sim. Aula 2 ­ Risco Biológico

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Modo de Contaminação Via de Entrada

Ingestão Sistema digestório

Inalação Sistema Respiratório

Contato com mucosas Mucosa ocular, boca

Contato cutâneo Pele

Inoculação Intravenosa ou Intramuscular

1. Quais são as quatro classes de agentes infecciosos propostas pela legislação brasileira em vigor? Cite exemplos de cada classe.

Classe de Risco

Risco Individual

Risco para a Coletividade

Profilaxia/Terapêutica Exemplos

1 Baixo Baixo Agentes não causadores de doenças no homem ou em animais adultos sadios

Lactobacillus sp.; Bacillus subtillis;

2 Moderado Limitado Propagação e disseminação limitadas . Medidas terapêuticas e profiláticas eficazes.

Schistosoma mansoni; Vírus da Rubéola; Enterococcus spp; Escherichia coli

3 Alto Moderado Patologias letais, medidas de tratamento e prevenção. Risco de disseminação na comunidade.

Bacillus anthracis; HIV; Varíola do camelo; Varíola do macaco

4 Alto Alto Transmissão por via respitarória ou desconhecida. Patologias de alta gravidade sem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Alta disseminação. + vírus

Vírus Ebola; Vírus Lassa

2. Qual é a portaria que permitiu a revisão da classificação dos agentes biológicos? A Portaria nº 178, de 4 de fevereiro de 2009, instituiu, no âmbito da Comissão de Biossegurança em Saúde do Ministério da Saúde (CBS/MS), um Grupo de Trabalho para Revisão e Atualização da Classificação de Risco dos Agentes Biológicos 3. Quais fatores específicos de infecção são utilizados na classificação dos agentes biológicos?

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Os critérios de classificação têm como base diversos aspectos, tais como: VIRULÊNCIA, MODO DE TRANSMISSÃO, ESTABILIDADE, CONCENTRAÇÃO E VOLUME, ORIGEM DO AGENTE BIOLÓGICO, MEDIDAS PROFILÁTICAS, TRATAMENTO EFICAZ, DOSE INFECTANTE, MANIPULAÇÃO DO AGENTE BIOLÓGICO, ELIMINAÇÃO DO AGENTE BIOLÓGICO, FATORES REFERENTES AO PROFISSIONAL. 4. Como os fatores citados acima interferem na classificação dos agentes biológicos? ­ VIRULÊNCIA Capacidade patogênica: letalidade e/ou poder de invadir tecidos,infectividade e patogenicidade (slide) Uma das formas de mensurá­la é a taxa de fatalidade do agravo causado pelo agente patogênico, que pode vir a causar morte ou incapacidade em longo prazo. (fiocruz) ­ MODO DE TRANSMISSÃO Percurso até o hospedeiro e medidas de conter disseminação(direto / indireto) (slide) É de fundamental importância para a aplicação de medidas que visem conter a

disseminação de doenças, pois cada uma terá uma forma diferente de controle. (fiocruz) ­ ESTABILIDADE Manutenção do potencial infeccioso no meio ambiente (slide) É a capacidade de sobrevivência de um agente biológico no meio ambiente. Informações sobre sua sobrevivência quando exposto à luz solar ou ultravioleta, a determinadas temperaturas e teores de umidade, exposições a desinfetantes químicos ou à dissecação devem ser consideradas. (fiocruz) ­ CONCENTRAÇÃO E VOLUME Em relação ao agente patogênico, proporcional aos riscos (slide) É o número de agentes biológicos patogênicos por unidade de volume, portanto, quanto maior a concentração, maior o risco. O volume do agente a ser manipulado também é importante. Na maioria dos casos, os fatores de risco aumentam com o aumento do volume manipulado.(fiocruz) ­ ORIGEM DO AGENTE BIOLÓGICO POTENCIALMENTE PATOGÊNICO Geográfica, reservatório, vetor (slide) Este dado está associado não só à origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal, infectado ou não) mas também à localização geográfi ca (áreas endêmicas, etc.).(fiocruz) ­ DISPONIBILIDADE DE MEDIDAS PROFILÁTICAS Profilaxia e medidas de controle (slide) A avaliação de risco inclui a disponibilidade de compostos imunoprofi lá­ ticos efi cazes. Quando estão disponíveis, o risco é drasticamente reduzido.(fiocruz) ­ DISPONIBILIDADE DE TRATAMENTO Contenção do agravamento ou cura da doença (slide)

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Este dado refere­se à disponibilidade de tratamento efi caz, capaz de proporcionar a cura ou a contenção do agravamento da doença causada pela exposição ao agente biológico. Também se torna um fator de redução do risco. (fiocruz) ­ DOSE INFECTANTE Número mínimo de agentes para a doença (slide) A dose infectante do agente biológico é um fator que deve ser levado em consideração, pois aponta o risco do agente patogênico a ser manipulado. (fiocruz) ­ MANIPULAÇÃO DO AGENTE PATOGÊNICO Pode potencializar o risco (slide) O tipo de ensaio pode potencializar o risco, como, por exemplo, a amplificação, sonificação ou centrifugação. Além disso, devemos destacar os ensaios que envolvem inoculação experimental em animais, pois os riscos irão variar de acordo com as espécies envolvidas e com a natureza da pesquisa desenvolvida. (fiocruz) ­ ELIMINAÇÃO DO AGENTE Informação do agente e das medidas (slide) O conhecimento das vias de eliminação do agente é importante para a adoção de medidas de contingenciamento. ­ FATORES REFERENTES AO TRABALHADOR Características individuais, experiência e qualificação (slide) São aqueles fatores diretamente ligados as pessoas: idade, sexo, fatores genéticos, susceptibilidade individual (sensibilidade e resistência com relação aos agentes biológicos), estado imunológico, exposição prévia, gravidez, lactação, consumo de álcool, consumo de medicamentos, hábitos de higiene pessoal (como lavar as mãos) e uso de equipamentos de proteção individual (como jalecos e luvas). Além do que, devemos levar em consideração a análise da experiência e da qualificação dos profissionais expostos (fiocruz) 5. Os agentes biológicos são apenas microorganismos? Justifique sua resposta com exemplos Não. AGENTES BIOLÓGICOS são seres vivos (plantas, microorganismos, animais, parasitas), seus subprodutos (toxinas, príons) e amostras biológicas (sangue, secreções, urina, biópsia), assim como organismos geneticamente modificados (OGMs). 6. A vacinação é uma medida profilática importante. Comente Vacinas são preparações que, ao serem introduzidas no organismo, desencadeiam uma reação do sistema imunológico (semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por determinado agente patogênico), estimulando a formação de anticorpos e tornando o organismo imune a esse agente e às doenças por ele provocadas. O uso de vacinas tem maior custo­benefício no controle de doenças imunopreveníveis que o de medicamentos para sua cura. As vacinas são mais úteis e mais efetivas no controle de doenças infectocontagiosas do que o uso de medicamentos para sua cura, além de ser um método mais barato para controle da saúde pública. No Brasil, a vacinação foi responsável pela erradicação da varíola e da poliomielite (paralisia infantil).

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Ajudam a erradicar doenças; ajudam a imunizar populações e profissionais da saúde; mais eficientes no controle das doenças infectocontagiosas; são mais eficientes no tratamento do que medicamentos 7. Qual a diferença entre vacina, soro e globulinas como medidas profiláticas? ­ VACINAS são medidas preventivas, a partir das quais se inoculam proteínas, toxinas, partes ou até o próprio agente patogênico enfraquecido ou morto no organismo, a fim de gerar uma resposta do sistema imunológico para a produção de anticorpos, aumentando a velocidade e a eficiência do combate a esse antígeno em futuras infecções, devido à memória imunológica. (IMUNIZAÇÃO ATIVA) ­ SOROS são usados para combate imediato a intoxicações, pois inserem no organismo os anticorpos que agirão contra as toxinas em questão, já prontos. Desta forma, a memória imunológica não é ativada e o efeito imune é temporário. (IMUNIZAÇÃO PASSIVA) ­ GLOBULINAS: Injeção de globulinas de outro indivíduo ou animal imunizado. Também tem ação imediata e temporária por não ativar a memória imunológica (IMUNIZAÇÃO PASSIVA) 8. Qual é a relação entre medidas de tratamento e profiláticas com a classificação dos agentes infecciosos? Através da classificação correta dos agentes infecciosos é possível conhecer a forma de disseminação, gravidade e riscos individual e coletivo da patogenia. Ao conhecer as características supracitadas é possível desenvolver as medidas de tratamento e profiláticas eficazes para o risco em potencial. Aula 3 ­ Risco Químico Penetração

Tipo de Interação Via de Entrada Efeitos Tóxicos

Contato cutâneo e mucosas Pele, olhos e boca Local (queimadura, irritação, alergia)

Sistêmica (absorção e circulação)

Pele, mucosas, respiratório e digestório

Tecidos (efeitos específicos)

Sem interação Sistema respiratório (inalação)

Deslocamento do O2 (asfixia)

Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser levados em consideração: ∙ Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos manifestar­se­ão no organismo;

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∙ Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada de trabalho; ∙ Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo; ∙ Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo; ∙ Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.

1. Alguns dos riscos químicos estão representados a seguir de acordo com a respectiva simbologia. Nomeie e descreva estes riscos.

­ EXPLOSIVO: São agentes químicos que pela ação de choque, percussão, fricção, produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo através de violenta liberação de energia. Evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e ação do calor. Ex: ácido perclórico e ácido nítrico. ­ INFLAMÁVEL: substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação da fricção, exposição ao ar, absorção da umidade e absorção de calor. Evitar contato com o ar, a formação de misturas inflamáveis gás­ar e manter afastadas de fontes de ignição. Ex: fósforo branco, boro, nitrito de cálcio, peróxido de bário, pó de zircônio. ­ OXIDANTE = COMBURENTE: São agentes que desprendem oxigênio e favorecem a combustão. Podem inflamar substâncias combustíveis ou acelerar a propagação de incêndio. Evitar qualquer contato com substâncias combustíveis. Perigo de incêndio. O incêndio pode ser favorecido dificultando a sua extinção. Ex:peróxidos e outros. ­ GÁS SOB PRESSÃO: gases que podem explodir sob efeito de calor. Manter os recipientes longe de fontes de calor e de ignição. ex: gás natural ­ TÓXICO: São agentes químicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais.Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos,

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teratogênicos ou mutagênicos. Ex: brometo de etídio usado em laboratórios de pesquisa com ácidos nucleicos. ­ CORROSIVO: Estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes. Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vestuário. Ex: ácido nítrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico. ­ Perigo = SENSIBILIZAÇÃO RESPIRATÓRIA, MUTAGÊNICO CANCERÍGENO: por ser tóxico pode induzir malformações em fetos, alterar o funcionamento de certo orgãos ou provocar insuficiência respiratória. ­ IRRITANTE OU NOCIVO: São agentes químicos que por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de menor gravidade (nocivo). Este símbolo indica substâncias que podem desenvolver uma ação irritante sobre a pele, os olhos e o trato respiratório (irritante). Evitar qualquer contato com o corpo humano, e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos. Ex: hidróxido de amônia, ácido nítrico, acrilamida. ­ PREJUDICIAL PARA O AMBIENTE: Devem­se considerar como contaminantes do ar: poeiras, fumaças, aerossóis, neblinas, gases asfixiantes e irritantes e vapores. Ex: moedores de substâncias sólidas, centrífugas, incubadoras orbitais. 2. Agentes químicos podem ser mutagênicos ou cancerígenos? Explique e dê exemplos. Sim, agentes químicos podem ser mutagênicos, cancerígenos e teratogênicos. Carcinogênicos: produzem tumores malignos (amianto, benzeno, cádmio, cromo); Mutagênicos: produzem problemas hereditários (éteres de glicol, chumbo, benzeno); Teratogênicos: produzem malformações no feto (substâncias radioativas). 3. Como as informações dos produtos químicos devem estar disponíveis ? São necessárias informações relacionadas à periculosidade e à composição, que podem constar em um rótulo simples elaborado no próprio ambiente de trabalho. A rotulagem deve ser confeccionada em material que resista às condições normais de manuseio, transporte e armazenagem. Na rotulagem devem conter as informações: nome químico e identificador do produto; pictogramas; palavra­sinal; advertências de perigo e recomendações de prudência; informações suplementares; nome, endereço e número de telefone do fornecedor; e, por fim, a quantidade nominal da substância. Além do rótulo, deve­se providenciar uma ficha com dados de segurança sobre os resíduos. 4. O que é o Diagrama de Hommel ou Diamante do Perigo? Quais informações são representadas? O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA 704 — mas também conhecido como diamante do perigo ou diamante de risco —, é uma simbologia empregada pela Associação Nacional para Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire Protection Association), dos Estados Unidos da América. Nela, são utilizados quadrados que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por

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uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam, respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade. 5. Qual é a finalidade das Fichas de Identificação e de segurança do produto químico (FISPQ ­ FISPIQ)? A ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) fornece informações sobre vários aspectos de produtos químicos (substâncias ou misturas) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ fornece, para esses aspectos, conhecimentos básicos sobre os produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. A FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações essenciais sobre os perigos de um produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência) ao usuário deste, possibilitando a ele tomar as medidas necessárias relativas à segurança, saúde e meio ambiente. A FISPQ também pode ser usada para transferir essas informações para trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança, pessoal de emergência, agências governamentais, assim como membros da comunidade, instituições, serviços e outras partes envolvidas com o produto químico. Além do rótulo, deve­se providenciar uma ficha com dados de segurança sobre os resíduos divididos em 16 seções: IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO, COMPOSIÇÃO, IDENTIFICAÇÃO DO PERIGOS, MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS, ATUAÇÃO EM CASO DE INCÊNDIOS, MEDIDAS DE ESCAPO ACIDENTAL, MANIPULAÇÃO E ESTOCAGEM, CONTROLE DE EXPOSIÇÃO/PROTEÇÃO INDIVIDUAL, PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS, ESTABILIDADE E REATIVIDADE, TOXICOLOGIA, INFORMAÇÕES AMBIENTAIS, DESCARTE, TRANSPORTE, REGULAMENTAÇÃO, OUTRAS INFORMAÇÕES. 6. Como profissionais da área da saúde estão sujeitos a riscos químicos? Comente com exemplos. Através da manipulação de sais e meios de cultura, solventes e soluções e reagente corrosivos. ­ Risco Físico 1. Quais são os 7 agentes físicos responsáveis por risco ocupacional, de forma geral? Temperaturas extremas (frio e calor), radiações (ionizantes e não ionizantes), ruídos, vibrações (localizadas ou corpo inteiro), pressões anormais, iluminação e umidade. 2. Quais são as consequências dos riscos fisicos para os trabalhadores da saúde? Doenças ocupacionais. Ruídos: fadiga nervosa, alterações mentais, hipertensão, surdez, etc; vibrações: alterações neurovasculares, problemas nas articulações, osteoporose, lesões na coluna vertebral; radiações: afetam os orgãos ou se manifestam nos descendentes, perturbações visuais, queimaduras, lesões na pele; temperaturas extremas: queimaduras, desidratação, fadiga física, insolação, enregelamento, rachaduras e necrose na pele, agravamento de doenças reumáticas; pressões anormais: ruptura do tímpano, liberação de nitrogênio dos tecidos e vasos sanguíneos, morte; umidade: doenças do

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aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias; iluminação: perturbações visuais. ­ Risco Ergonômico 1. O que é o risco ergonômico? Cite exemplos. Riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando­lhe desconforto ou doença. Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER, DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc. 2. Como prevenir contra o risco ergonômico em ambientes de saúde e laboratórios de ensino e pesquisa? É necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o trabalhador sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.

­ Risco de Acidentes 1. O que você entende por risco de acidentes? Riscos de Acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral.

2. Dê exemplos dos principais riscos de acidentes em laboratórios de ensino e pesquisa. Equipamentos de vidro; rolhas dos frascos; ampolas de vidro; equipamentos e instrumentos perfurocortantes; amostras biológicas; equipamentos com gás comprimido; engrenagens e sistemas de trituração; equipamentos de ultrassom usados para limpeza. Aula 4 ­ Mapa de Risco 1. Mapa de risco: comente o conceito e a aplicação do mesmo. O mapa de risco é a representação gráfica, através de círculos de tamanhos e cores diferentes, que caracterizam o tipo e o grau de risco presentes no ambiente, devendo estar visível a todos os trabalhadores. O desenvolvimento de um Mapa de Risco permite compreender, diagnosticar e promover as soluções dos problemas, minimizando os agravos à saúde do trabalhador, através da implantação de ações em biossegurança, qualidade e vigilância em saúde do trabalhador. Na planta baixa de cada setor são identificados todos os tipos de riscos, agrupados conforme o tipo de agente: químico, físico, biológico, ergonômico e acidentes; e classificados por grau de perigo: pequeno, médio e grande.

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Através da visualização do mapa de risco os profissionais tornam­se informados sobre os riscos inerentes a cada setor de atuação, incentivando­os a buscar informações e orientações para sua proteção e de como proceder nas situações de acidentes. A finalidade do mapeamento de riscos é de conscientizar e informar os trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes, reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho, possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção, garantindo a qualidade do serviço. O MAPEAMENTO DE RISCO é uma representação gráfica referente aos riscos presentes no ambiente de trabalho (sentidos e observados pelos próprios trabalhadores de acordo com a sua sensibilidade), que podem acarretar prejuízos à saúde. Ele deve ser realizado pela empresa e aprovado pela CIPA, para depois ser fixado em um local de alta visibilidade do setor analisado. É apresentado graficamente de acordo com o layout do local analisado através de círculos de cores diferentes, de acordo o nível dos riscos e com as cores correspondentes a eles. Serve para mostrar os riscos, fazendo um diagnóstico da situação da empresa ou do setor analisado, e para determinar medidas de prevenção ou anulação dos referidos riscos. Visa estimular a conscientização, fazendo com que após o conhecimento dos riscos, os funcionários passem a ser mais zelosos pela própria segurança.

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Aula 5 ­ Principais doenças em profissionais da saúde 1. Quais são as principais doenças em profissionais da saúde? Tuberculose, Influenza, Hepatite B, Hepatite C, HIV 2. Como estes profissionais minimizam o risco de exposição aos respectivos agentes infectantes? Precauções padrão: higienização das mãos, utilização de EPIs, vacinação, correta manipulação de instrumentos e materiais, descarte adequado, desinfecção e esterilização; atenção e cuidado; terinamento, educação e conscientização; adequadas condições de trabalho; normas e manuais técnicos. 3. Sempre que um profissional da saúde tem contato com um agente biológico patogênico ele desenvolve a doença? Comente sua resposta Não, porque o desenvolvimento ou não da doença depende de certas características do agente biológico como: virulência, concentração e volume, dose infectante e manipulação do agente patogênico. Além disso, informações referentes ao profissional (idade, sexo, fatores genéticos, susceptibilidade individual, estado imunológico, exposição prévia, gravidez, lactação, consumo de álcool, consumo de medicamentos, hábitos de higiene pessoal e uso de equipamentos de proteção individual) também são determinantes no desenvolvimento da doença. 4. Por que o acidente com exposição biológica deve ser tratado como emergência médica? 5. Na sua opinião, qual a importância da notificação em caso de acidente ocupacional? Aula 6 ­ Barreiras de contenção 1. O que são EPIs, EPCs e EPRs? EPI – Equipamento de proteção Individual; EPC – Equipamento de Proteção Coletivo; EPR – Equipamento de Proteção Respiratória 2. Cite os EPIs que devem ser utilizados por profissionais da área da saúde, e a ordem de colocação e retirada dos mesmos. Jaleco, avental, macacão e traje pressão positiva, máscara, óculos, luvas, respiradores, protetor auricular, touca ou gorro, protetor para membros inferiores, dispositivos de pipetagem, dosimetro para radiação ionizante. 3. Dê exemplos de EPCs para a área da saúde. Autoclaves, forno pasteur, chuveiro de emergência, lava olhos, microincineradores, caixas ou containers de aço, agitadores e misturadores, centrifugas, sinalização laboratorial,

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chuveiro químico para laboratório NB­4, extintor de incêndio, mangueira de incêndio, sprinkle, luz ultravioleta, etc 4. O que são cabines de segurança biológica? São o principal EPC utilizado para proteger contra aerossóis que contêm agentes infecciosos originados de vários procedimentos microbiológicos, para limitar a exposição do laboratorista e do ambiente, e ainda, para proteger o experimento de contaminações originadas do ar. São também cabines especiais destinadas a trabalhos com produtos biológicos em condições absolutamente estéreis e trabalhos com ausência de partículas em suspensão no ar. O princípio fundamental é a proteção do operador, do ambiente e do experimento através de fluxo laminar de ar, filtrado por filtro absoluto ou filtro HEPA. 5. Quais classes de cabines de segurança biológica existem? Existem três classes de cabine de segurança bioógica (I, II, III). Aula 7 ­ Perfurocortantes 1. Quais são as 4 estratégias de prevenção contra acidentes com perfurocortantes apresentadas. Comente estas estratégias. Programas educacionais e treinamento para práticas seguras de trabalho; descarte adequado, técnica e recipientes resistentes à perfuração e vazamento; programa de vacinação; e programas de registros e acompanhamento das exposições ocupacionais 2. Cite dispositivos de segurança para a prevenção de riscos com perfurocortantes. Escalpe e bisel (?) Aula 8 ­ Lavagem das mãos 1. Qual é a importância da higinenização das mãos para os profissionais da saúde? Comente sua resposta incluindo definições e conceitos adquiridos ao longo do curso. As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a

assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A higienização das mão é a medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos. O processo de higienização tem por finalidades: a remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato; prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. 2. O que é flora transitória e flora residente? A MICROBIOTA RESIDENTE é constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções veiculadas

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pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele. A MICROBIOTA TRANSITÓRIA coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução anti­séptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gram­negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus 3. Quais são as 4 técnicas de higienização das mãos? Comente. HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS (Água e sabão) Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. Duração do procedimento: 40 a 60 segundos HIGIENIZAÇÃO ANTISÉPTICA DAS MÃOS (substitui o sabão normal por um anti­séptico) – Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti­séptico. Duração: 40 a 60 segundos FRICÇÃO DE ANTISÉPTICO NAS MÃOS Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1­3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. Duração 20 a 30 segundos. ANTISEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ­OPERATÓRIO DAS MÃOS Para eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti­séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal. Para este procedimento, recomenda­se: Anti­sepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antiséptico degermante. Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante). Aula 9 ­ Boas práticas de laboratório 1. O que são Boas Práticas de Laboratório? As BPL, são regras, que juntas formam um guia, contento informações mínimas para o funcionamento seguro dos laboratórios de aulas práticas. Protegendo os técnicos, alunos e professores de riscos e acidentes de laboratório. 2. Cite 10 exemplos de Boas Práticas de Laboratório. ­­ Utilizar proteção apropriada para os olhos quando necessário. ­­ Usar outros equipamentos de proteção conforme for necessário. ­­ Não usar cabelo solto, quando for longo.

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­­ Jamais pipetar com a boca solventes ou reagentes voláteis, tóxicos ou que apresentem qualquer risco para a segurança. Usar sempre um pipetador. ­­ Evitar a exposição a gases, vapores e aerossóis. Utilizar sempre uma capela ou fluxo para manusear estes materiais. ­­ Lavar as mãos ao final dos procedimentos de laboratório e remover todo o equipamento de proteção incluindo luvas e aventais. ­­ Nunca consumir alimentos e bebidas no laboratório. A separação de alimentos e bebidas dos locais contendo materiais tóxicos, de risco ou potencialmente contaminados pode minimizar os riscos de ingestão acidental desses materiais. Consumir alimentos e bebidas apenas nas áreas designadas para esta finalidade. ­­ Não guardar alimentos e utensílios utilizados para a alimentação nos laboratórios onde se manuseiam materiais tóxicos e perigosos. ­­ Não utilizar os fornos de microondas ou as estufas dos laboratórios para aquecer alimentos. ­­ A colocação ou retirada de lentes de contato, a aplicação de cosméticos ou escovar os dentes no laboratório pode transferir material de risco para os olhos ou boca. Estes procedimentos devem ser realizados fora do laboratório com as mãos limpas. ­­ Aventais e luvas utilizados no laboratório que possam estar contaminados com materiais tóxicos ou patogênicos não devem ser utilizados nas áreas de café, salas de aula ou salas de reuniões. ­­ Antes de sair do laboratório, lavar sempre as mãos para minimizar os riscos de contaminações pessoais e em outras áreas. ­­ No laboratório sempre devem existir locais para a lavagem das mãos com sabonete ou detergente apropriado e toalhas de papel descartáveis. 3. Estude atentamente as regras de boas práticas de laboratório e regras gerais de uso do laboratórios da UFABC. 4. Como podem ser classificadas as Boas Práticas de Laboratório? Podem ser classificadas em técnicas, normas e procedimentos. Aula 10 ­ Desinfecção e Esterilização 1. Quais são os conceitos de: limpeza, descontaminação, germicida, desinfetante, anti­séptico, esterilização. LIMPEZA: remoção de materiais estranhos (sujidades), orgânicos ou inorgânicos, de objetos ou superfícies. DESCONTAMINAÇÃO: limpeza, desinfecção e/ou esterilização GERMICIDA: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise etc. DESINFETANTE: formulação que tem na sua composição substâncias microbicidas e apresentam efeito letal para microrganismos não esporulados. ANTISSÉPTICO: Um antisséptico adequado deve exercer a atividade gemicida sobre a flora cutâneo­mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.

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ESTERILIZAÇÃO: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos. 2. Qual a diferença entre desinfecção e esterilização? DESINFECÇÃO: é o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos NÃO são necessariamente destruídos. ESTERILIZAÇÃO: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. Os esporos SÃO destruídos. 3. Quais são os princípios ativos utilizados para desinfecção e esterilização? Álcoois (etanol e isopropanol), formaldeído, glutaraldeído, compostos liberadores de cloro e compostos quaternários de amônio. 4. Quais são as principais técnicas de esterilização utilizadas em serviços de saúde? Comente cada uma delas. FILTRAÇÃO: Filtração é usada como controle ambiental, criando áreas limpas e áreas estéreis, podendo inclusive lançar utilizar se do fluxo laminar. CALOR SECO: Os microorganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidação), assim, podemos usar a chama para esterilizar (flambagem) e a eletricidade (fulguração). O aparelho mais comum para a esterilização pelo calor seco é a estufa, usada para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, principalmente as de precisão, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina, etc. CALOR ÚMIDO (fervura): Foi um método correntemente usado na prática diária, mas não oferece uma esterilização completa, pois a temperatura máxima que pode atingir é 100oC ao nível do mar, e sabemos que os esporos, e alguns vírus, como o da hepatite, resistem a essa temperatura, alguns até por 45 h. Por outro lado, a temperatura de ebulição varia com a altitude do lugar. RADIAÇÃO (RAIOS GAMA): A radiação é uma alternativa na esterilização de artigos termossensíveis, (seringa de plástico, agulha hipodérmicas, luvas, fios cirúrgicos)rapidamente. Tem boa penetrabilidade nos materiais mesmos já empacotados o que justifica a sal comodidade. ÓXIDO DE ETILENO: É bactericida esporicida e virucida. Eficaz em temperatura relativamente baixa, penetra em substâncias porosas, não corrói ou danifica materiais, age rapidamente, removível ULTRA VIOLETA (UV): devido a sua baixa eficiência está vetado o seu uso pelo Ministério da Saúde desde 1992. 5. Quais são as principais fatores que afetam a eficácia de processos de desinfecção e esterilização? Comente

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Limpeza prévia; presença de microorganismos: resistência, carga inicial e localização; concentração e tempo de exposição germicida; agentes físicos e químicos; presença de matéria orgânica; presença de biofilmes