Upload
laira-silva
View
3
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Biocombustiveis
Citation preview
ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO
INDUSTRIALIZAÇÃO DA CANA4º PERÍODO SUCROALCOOLEIRODOCENTE: JOÃO LUISDISCENTES: LAIRA SILA
FRUTAL – MG2013
Nos dias atuais, os biocombustíveis têm, cada vez mais, sua importância
reconhecida. São fontes renováveis de energia, provenientes de matéria
orgânica, e liberam na atmosfera uma quantidade significativamente menor de
poluentes em relação aos combustíveis fósseis, como os derivados do
petróleo.
Enquanto os biocombustíveis provêm de matérias-primas que podem ser
repostas em quantidade e velocidade proporcionais à sua utilização, sem se
esgotar, os combustíveis fósseis não são renováveis e têm o preço atrelado à
relação entre oferta e demanda. Ou seja, quanto mais escasseiam, mais
elevado é o valor de venda, que também pode ser influenciado por conflitos em
países produtores. Por isso, muitas vezes, ocorrem crises de alta do petróleo.
Assim, os biocombustíveis tornam-se ainda mais competitivos.
Outro importante benefício dos biocombustíveis é que eles permitem
uma ciclagem do gás carbônico (CO2), um dos causadores do aquecimento
global. O gás, que é eliminado pelos veículos, também é reutilizado pelas
plantas (matérias-primas dos biocombustíveis) para a produção de biomassa,
através da fotossíntese.
O Brasil é reconhecido mundialmente por seu pioneirismo na introdução
em sua matriz energética de um biocombustível produzido a partir da cana-de-
açúcar: o etanol. Obtido, em nosso país, principalmente pela fermentação da
sacarose do caldo de cana, o etanol passa a ter outras possibilidades de
produção. Trata-se do chamado etanol de segunda geração.
É considerado biocombustível de segunda geração o bioetanol
produzido a partir de diversas fontes de biomassa vegetal, dando-se
preferência para matérias-primas não destinadas à alimentação humana. As
matérias-primas podem ser espécies vegetais de alta biomassa dedicadas à
produção do etanol de segunda geração ou resíduos de culturas utilizadas na
produção do etanol de primeira geração, como o bagaço da cana e a torta da
mamona, utilizados respectivamente para produção de etanol a partir do caldo
da cana e de biodiesel do óleo da mamona. No Brasil, dentre as espécies de
alta biomassa que apresentam grande potencial está o sorgo.
O etanol de segunda geração é produzido a partir da biomassa vegetal,
que é composta principalmente pela celulose, um polímero formado por
cadeias de glicose. A quebra da celulose em moléculas simples de glicose
permite a fermentação desse açúcar simples por microrganismos e
subsequentemente produção de etanol.
Um dos principais problemas da produção do etanol de segunda
geração é o chamado pré-tratamento, que tem a função de desestruturar a
parede celular, deixando os compostos mais acessíveis aos tratamentos
seguintes. O pré-tratamento irá variar conforme o tipo de biomassa utilizado, o
que torna o processo bastante complexo. Hoje, o custo do pré-tratamento é um
dos principais gargalos da produção de etanol de segunda geração.
Apesar de no Brasil já existirem plantas-piloto para produção de etanol
de segunda geração, é nos Estados Unidos que a pesquisa está mais
avançada, fruto dos bilhões de dólares investidos nos últimos anos. Mesmo
assim, o processo ainda não é economicamente viável em larga escala,
principalmente devido ao alto custo das enzimas utilizadas.
A utilização de biocombustíveis de segunda geração, principalmente a
partir de resíduos de culturas alimentares ou mesmo culturas dedicadas à
produção desse tipo de biocombustível, permitirá que se consiga extrair das
espécies utilizadas maior quantidade de energia por hectare cultivado, o que
economicamente é bastante interessante. Em termos ambientais, isso também
quer dizer que menores áreas de plantio serão necessárias, além do sequestro
de CO2 da atmosfera, uma das maiores vantagens de utilização de espécies
vegetais para bioenergia.
Referência Bibliográfica
Notícias Agrícolas, Etanol de segunda geração: nova possibilidade de
combustível renovável, 2012. Disponível em:
<http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/sucroenergetico/105842-etanol
de-segunda-geracao-nova-possibilidade-de
combustivelrenovavel.html#.UpIozMRhBJ0> Acesso em: 24/11/2013.