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Ética no fotojornalismo

Ética no Fotojornalismo

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Page 1: Ética no Fotojornalismo

Ética no fotojornalismo

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Algumas dicas importantes sobre direitos e deveres:

• Pode fotografar pessoas em lugares públicos desde que o uso da foto seja para matérias de interesse público.

• Não fotografe crianças sem que haja autorização por escrito dos pais

• Não invadir a privacidade

• Não usar fotos de arquivo fora do contexto de tempo/espaço: O texto pode alterar a realidade do contexto da foto: uma mulher grávida pode estar ilustrando uma matéria sobre saúde como estupro. Tem que se considerar a questão moral em relação à modelo fotografada.

• Para fotografar em lugares fechados como shoppings, estação de trem/metrô, etc., tem que pedir autorização

• Dar créditos ou assinaturas das imagens: nome do autor da fotografia

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Manipulação da imagem:É permitido um tratamento básico na imagem para melhorar sua qualidade e adequação ao espaço que vai ocupar no jornal impresso ou on-line: cortes; brilho/contraste, nitidez, correção de cor, etc.

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O processo de manipulação da imagem existe bem antes das novas tecnologias como o programa Photoshop. Existem vários exemplos na história da fotografia com interferência na imagem dentro de um processo analógico e artesanal.

O comissário do partido Nikolai Yezhov, executado pela polícia secreta em 1940, desapareceu da foto oficial ao lado de Stálin, presidente da antiga União Soviética. Yezhov foi acusado de crimes que vão de "incompetência" para "desvio sexual" e traição.

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O Irã ludibriou o mundo em 2008 ao disponibilizar imagens dos exercícios militares. Um míssil foi adicionado por meio de manipulação fotográfica, aparentemente para encobrir uma falha no lançamento ou demonstrar o poderio militar.

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O caso de Brian Walski é um bom exemplo de manipulação da imagem. Quando trabalhava no jornal “Los Angeles Times”, o fotógrafo manipulou duas imagens que fez no Iraque para formar uma só, mais impactante. A trapaça foi descoberta, e o fotógrafo, demitido em 2003. A foto da direita é a manipulada.

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Foto-ilustração ou ilustração fotográfica

“A ilustração fotográfica é um tipo de fotografia encontrado na imprensa que não se configura como uma captura do real, sendo, ao contrário, produzido em estúdio e/ou posteriormente montado e manipulado para acompanhar as matérias jornalísticas”

Jorge Pedro Sousa

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Conteúdo da imagem

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A foto de Eddie Adams, que lhe rendeu o prêmio Pulitzer, foi feita no Vietnã em 1968: a execução do prisioneiro vietcong, a sangue frio, pelo general Nguyen Ngoc Loan. A imagem chocou o mundo, a foto tornou-se um dos símbolos da brutalidade da guerra e contribuiu para posicionar a opinião pública americana contra a Guerra do Vietnã. A imagem levanta questões sobre a ética nas publicações de imagens apelativas com conteúdo de tragédia e violência explicita.

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Foto de Kevin Carter realizada no Sudão em 1993, ganhou o Prêmio Pulitzer . O fotógrafo se suicidou meses após o recebimento do prêmio em 1994. Se para grande parte do público o fotojornalista foi desumano, sádico e frio, por não intervir no sofrimento da criança, para a crítica especializada Kevin Carter merecia todos os cumprimentos pelo profissionalismo e por levar ao conhecimento do mundo, a miséria e barbárie que o povo sudanês estava sofrendo. Esse fato leva a questionamentos éticos: Deve o fotojornalista apenas mostrar a realidade crua através da sua lente ou interferir nela quando a sua consciência assim o exige?

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Há certo consenso ético entre os jornais mundiais de não explorarem o horror, o bizarro de uma forma explicita. No “11 de setembro” as fotos seguiram esse padrão, mas esta imagem do fotógrafo Richard Drew fugiu à regra e sofreu graves críticas.

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No dia 11 de março de 2004, bombas explodiram simultaneamente em estações de trem, no horário de maior movimento, em Madri. Pelo menos 192 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas. Uma imagem do fotojornalista Pablo Torres Guerrero, do jornal El País, foi publicada na primeira página dos principais jornais do Brasil e do mundo.

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O jornal “O Estado de São Paulo” publicou a fotografia original, onde aparece um pedaço de corpo humano próximo a um dos trilhos, no lado esquerdo da imagem.

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O Jornal do Brasil e o Diário de São Paulo adulteraram a foto original. Os dois jornais com auxílio do programa Photoshop retiraram a parte humana do campo visual da imagem, para que não agredisse emocionalmente seus leitores. Por outro lado não foram éticos em cometer uma fraude.