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INTENÇÃO MENSAL DA MI EUCARISTIA E AMOR FRATERNO E m Deus vivemos, nos movemos e exis- timos (At 17,28). É em comunhão com Deus-Amor que a capacidade de relação que nutrimos com nosso semelhante se tornaa nossa experiência corriqueira de maior impor- nciaesinal originalde que somos criaturas e filhos de Deus. Não podemos nos esquecerde queo Deusao qualrezamoséo Painosso, e que contemplamos este DeusemJesusCristo que re- velouo seu rosto no Bom Samaritano(Lc 10,25- 37), no Bom Pastor (Jo 10,2-18), na parábola do Pai Misericordioso (Lc 15,1-32) e em tantas imagens bíblicas maravilhosas que nos servem como memória daquela família que fomlamos. Osinaldesta famíliaéaeucaristia, desejada pelo mesmo Mestre como memória permanente. A contemplação não diz respeito tão somen- tnossa oração feita de momentoa momento junto aoMestre e ao Espírito Santo,a fim de quea palavra da verdade permaneça emnós (Jo 17,17-19), mas diz respeito sobretudo à conti- nuidade daquelagraça recebida eà reelaboração de nossas atitudes. O código da nossa praxis cris- tãé bem claro: Como posso amar a Deus que não vejo, se não amoo irmão que vejo? (1Jo4,20). Não podemos separar a contemplação de Deus da ação fraterna. Se esta unidade não ocorre com frequência em nossa vida, devemos estar atentos a qual dimenopendemos menos. Se tomamos a contemplação deCristo Jesus como um prolongar daqueles sentimentos que compartilhamos com Ele, seja os seus para conosco e os nossos para com os dele, devemos prestar atenção a toda a nossa carga interior após receber Jesus-Eucaristia; atenção também àquilo que se torna objeto fixoda nossa mente. Se, ao invés de prolongar a serenidade, a benevolência e a solidariedade deCristo, perdemos oânimoe nos detemos na raiva, na cólerae na ira para com os nossos irmãos, nos deparamos com a nossa contTadição. Se a nossa mente se fixa exagerada- mente emnossos problemas, corremos o risco de não dedicarmos atenção ao nosso próximo. 019

Eucaristia e Amor Fraterno

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Intenção Mensal

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Page 1: Eucaristia e Amor Fraterno

INTENÇÃO MENSAL DA MI

EUCARISTIA EAMOR FRATERNO

Em Deus vivemos, nos movemos e exis-timos (At 17,28). É em comunhão comDeus-Amor que a capacidade de relação

que nutrimos com nosso semelhante se torna anossa experiência corriqueira de maior impor-tância e sinal original de que somos criaturas e

filhos de Deus. Não podemos nos esquecer deque o Deus ao qual rezamos é o Pai nosso, e quecontemplamos este Deus em Jesus Cristo que re-velou o seu rosto no Bom Samaritano (Lc 10,25-37), no Bom Pastor (Jo 10,2-18), na parábolado Pai Misericordioso (Lc 15,1-32) e em tantasimagens bíblicas maravilhosas que nos servemcomo memória daquela família que fomlamos.O sinal desta família é a eucaristia, desejadapelo mesmo Mestre como memória permanente.

A contemplação não diz respeito tão somen-te à nossa oração feita de momento a momentojunto ao Mestre e ao Espírito Santo, a fim deque a palavra da verdade permaneça em nós (Jo17,17-19), mas diz respeito sobretudo à conti-nuidade daquela graça recebida e à reelaboraçãode nossas atitudes. O código da nossa praxis cris-tã é bem claro: Como posso amar a Deus que nãovejo, se não amo o irmão que vejo? (1Jo 4,20).Não podemos separar a contemplação de Deusda ação fraterna. Se esta unidade não ocorre comfrequência em nossa vida, devemos estar atentosa qual dimensão pendemos menos.

Se tomamos a contemplação de Cristo Jesuscomo um prolongar daqueles sentimentos quecompartilhamos com Ele, seja os seus paraconosco e os nossos para com os dele, devemosprestar atenção a toda a nossa carga interior apósreceber Jesus-Eucaristia; atenção também àquiloque se torna objeto fixo da nossa mente. Se, aoinvés de prolongar a serenidade, a benevolênciae a solidariedade de Cristo, perdemos o ânimo enos detemos na raiva, na cólera e na ira para comos nossos irmãos, nos deparamos com a nossacontTadição. Se a nossa mente se fixa exagerada-mente em nossos problemas, corremos o risco denão dedicarmos atenção ao nosso próximo.

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Que a eucaristia, pão da vida,jamais pennitaque nos confinemos em nós mesmos. Que surtaum efeito novo em nosso agir! Se pem1anece-mos em Cristo e nos identificamos como cris-tãos, podemos refletir constantemente se dentrode nós notamos a exigência de uma mudançade sensibilidade. A gama de afetos, a força damemól;a e o impulso das emoções que nos en-volvem e nos colocam em ação para com o nossosemelhante requerem unidade em Cristo e com oseu modo de sentir a vida e o ser humano. Se aeucaristia nos realiza como homens e mulheresde misericórdia, com a capacidade de perdoarsetenta vezes sete (Mt 18,21-22) e de amarcom palavras e fatos (110 3,18), com obras quetestemunhem o Pai que está no céu (Mt 5,16),então a palavra da verdade permanece em nós,nos fazendo servos da verdade.

Por vezes a experiência de contato diretocom quem é menos favorecido e sobrevive napobreza está muito longe da nossa praxis cristã.Àqueles de nós, aos quais ainda é requeridauma maturidade na sensibilidade de Cristo,reconhecendo-o nos pequeninos e fragilizados(Mt 25, 40), sugere-se começar a mudançaradical a partir do espírito. A contemplação deCristo, no sinal do pão vivo dado para a vidado mundo (10 6,51) com a finalidade de nosimpulsionar à caridade, deve ser uma experiên-cia contínua de consciência do profundo amorde Deus para com cada pessoa. O fazer-se pãoé pobreza; esvaziando-se de si mesmo e não seagarrando à sua condição divina (FI 2,7), CristoJesus, acolhido em nosso íntimo, apronta a nos-sa sensibilidade para acolher e desejar acolher opobre. Se Deus mesmo se 'empobreceu' ,jamaisdeveríamos nos escandalizar com quem é pobree nos manifesta a sua necessidade. Kolbe se ser-via de um sólido imperativo em sua consciência:devo renascer espiritualmente segundo a formade Jesus Cristo. Quanto mais desejava e faziadeste desejo a sua oração, mais Cristo vivia nele,e aos poucos se fazia sensível como Ele. ImitouCristo a ponto de dar sem receber. Sua oferta eraquotidiana, e quando nada mais havia para doaraos pobres, no campo de extermínio doou seupróprio corpo, como Cristo que faz oferta dopróprio corpo na eucaristia. Quando colocamosdiante da nossa consciência o imperativo de sercomo Cristo, crescemos neste modelo, caso Ele

PadreKolbeimitou oCristo aponto dedar semreceber

Perguntas

1 Comopodemos

prolongar aserenidade, abenevolênciae a solidarie-dade no am-biente em quevivemos?

2 Comooexemplo

de NossaSenhora podenos auxiliarna prática daverdadeiracaridade?

ÁREA DEFOR\I\(\O

CONSAGRAÇÃO ANOSSA SENHORAVirgem Imaculada. Minha mãe Maria.

Eu renovo, hoje e sempre, a consagraçãode todo o meu ser, para que disponhaisde mim para o bem de todos. Somentepeço que eu possa, minha rainha e mãe

da Igreja, cooperar fielmente com a vossamissão de construir o reino do vosso FilhoJesus, no mundo. Para isso, vos ofereço

minhas orações, sacrifícios e ações.

"Para que, contemplando Jesus, o pão da vida,abramos nossos corações às necessidades dos

irmãos e dos pobres"

Ó Maria concebida sem pecado, rogai pornós que recorremos a vós e por todos

quantos não recorrem a vós, especialmentepelos inimigos da santa Igreja e por todos

quantos são a vós recomendados.

seja objeto de nosso amor e de cada uma dasnossas energias.

Como Maria, que serviu de templo a Cristo,com a nossa presença devemos suscitar algo aopobre nosso próximo, como sinal da mesmapresença de Cristo que carregamos: alegria,esperança, otimismo, confiança e segurança.Maria correu ao encontro da sua parente neces-sitada (Lc 1,39); a contemplação do rosto deCristo na companhia de Maria Santíssima ensinaque aquele instantâneo degustar os traços de seuFilho em nossa vida interior 'provoca' o tempoda espera de quem é necessitado, que não podeser alargado, a fim de fazê-Io permanecer na ne-cessidade. É contemplação na ação; é eucaristiae amor fratemo! Mas se somos também nóspobres, compartilhamos no sinal do pão nossasalegrias e prantos (Rm 12,15).

ROBERTO MÁRIO BARBOSAMISSIONÁRIO DA IMACULADA-PADRE KOLBE

CE TRO INTERNACIONAL DA MIROMA - ITÁUA

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