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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio Ano XII - Edição 140 - Maio / 2015 www.irmaoclarencio.org.br pág.13 Na Seara Mediúnica: Árvores Humanas Mensagem Mediúnica: Irmão Clarêncio pág.5 Artigo: Pagar Até O Último Ceitil pág.16 A Família na Visão Espírita: Vigília Maternal pág.14 Artigo: O Problema Da Imortalidade pág.1 1 pág.6 Revista Espírita: Estilo Das Boas Comunicações Elucidações Doutrinárias: O Homem - Mistério Vivo pág.2 pág.3 Homenagem Dia das Mães: Honrar. , , O Quê ? pág.4 Deus – Causa Primeira: Perfectibilidade Dos Espíritos pág.7 Personalidade Espírita: João Batista Pereira Nesta Edição : Evasão da Alma D iz-nos a Doutrina Espírita que o Espírito encarnado sente-se como um cativo: “Pela morte o Espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para ela”. (¹) Por que isso? É que, quando desencarnado, sua visão reside em todo ele, não precisa da luz material para ver e percebe sons imperceptíveis para os encarnados, ou seja, quando está revestido por um corpo material as percepções só lhe chegam pelo conduto dos órgãos. (²) Como, então, não se sentir cativo? Mas, a lei de Deus é misericordiosa e permite que o Espírito se “liberte” temporariamente dessa “prisão”. Sabem como? Pelo sono. Como nos diz Léon Denis: “O sono, em verdade, outra coisa não é que a evasão da alma da prisão do corpo”. (³) “Esse é o mistério de Psique, isto é, da alma encerrada com seus tesouros na crisálida de carne, e que dela se evade em certas horas, se liberta das leis físicas, das condições de tempo e de espaço e se afirma em seu poder espiritual.” (³) É nessa oportunidade que o Espírito se revigora para dar continuidade aos seus compromissos de encarnado. Porém, como tem o livre arbítrio, ele pode aproveitar essa “evasão” para progredir ou não. Que possamos, pela prece e pela sintonia com nosso anjo guardião, nos imbuir de bons propósitos nesses momentos de “liberdade”. Bom sono para todos! Que Deus nos abençoe! Paz! Obs.: (¹) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 339. (²) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 245,246, 249 e 249-a. (³) Artigo O Homem: Mistério Vivo, Léon Denis (nesta edição). Cursos no C.E.I.C. Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00 A Família na visão Espírita. Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos). Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Ressurreição e vida). A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes. COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30 Grupo de Estudos Antônio de Aquino (No Invisível) Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Obras Póstumas. Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma) Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10 Aprofundamento das Obras Básicas Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Obras Póstumas. Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma) Revista Espírita. Dia : Sábado / 830 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 Curso Permanente para Médiuns do CEIC – CPMC (2º e 4º sábados do mês). Dia : Sábado / 14:30 às 16:00 Valorização da Vida (Aberto a Todos). Dia : Sábado / 16:00 às 17:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. ATENÇÃO: NÃO HAVERÁ MAIS "CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA MÉDIUNS". Cursos no C.E.I.C. Editorial

Evasão da Alma D - irmaoclarencio.org.brirmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Mai_2015.pdf · alma sucede à estância na prisão corpórea. Mas a alma se desprende também duran-te

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

Ano XII - Edição 140 - Maio / 2015www.irmaoclarencio.org.br

pág.13

Na Seara Mediúnica:Árvores Humanas

Mensagem Mediúnica:Irmão Clarênciopág.5

Artigo: Pagar Até O Último Ceitil

pág.16A Família na Visão Espírita:Vigília Maternal

pág.14

Artigo: O Problema Da Imortalidadepág.1 1

pág.6Revista Espírita:Estilo Das Boas Comunicações

Elucidações Doutrinárias:O Homem - Mistério Vivopág.2

pág.3Homenagem Dia das Mães:Honrar. , , O Quê ?

pág.4Deus – Causa Primeira:Perfectibilidade Dos Espíritos

pág.7Personalidade Espírita:João Batista Pereira

Nesta Edição :

Evasão da Alma

D iz-nos a Doutrina Espírita que o Espírito encarnado sente-se como um cativo: “Pela morte o Espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para ela”.(¹)Por que isso? É que, quando desencarnado, sua visão reside em todo ele,

não precisa da luz material para ver e percebe sons imperceptíveis para os encarnados, ou seja, quando está revestido por um corpo material as percepções só lhe chegam pelo conduto dos órgãos.(²)

Como, então, não se sentir cativo? Mas, a lei de Deus é misericordiosa e permite que o Espírito se “liberte” temporariamente dessa “prisão”. Sabem como? Pelo sono. Como nos diz Léon Denis: “O sono, em verdade, outra coisa não é que a evasão da alma da prisão do corpo”.(³)

“Esse é o mistério de Psique, isto é, da alma encerrada com seus tesouros na crisálida de carne, e que dela se evade em certas horas, se liberta das leis físicas, das condições de tempo e de espaço e se afirma em seu poder espiritual.” (³)

É nessa oportunidade que o Espírito se revigora para dar continuidade aos seus compromissos de encarnado. Porém, como tem o livre arbítrio, ele pode aproveitar essa “evasão” para progredir ou não.

Que possamos, pela prece e pela sintonia com nosso anjo guardião, nos imbuir de bons propósitos nesses momentos de “liberdade”.

Bom sono para todos!Que Deus nos abençoe!Paz!

Obs.: (¹) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 339.(²) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 245,246, 249 e 249-a.(³) Artigo O Homem: Mistério Vivo, Léon Denis (nesta edição).

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Ressurreição e vida).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Grupo de Estudos Antônio de Aquino(No Invisível)Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma)

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Aprofundamento das Obras Básicas

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma)Revista Espírita.

Dia : Sábado / 830 às 9:30 ou 16:30 às 17:30Curso Permanente para Médiuns do CEIC – CPMC (2º e 4º sábados do mês).

Dia : Sábado / 14:30 às 16:00Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.Atenção: não HAverá mAis "Curso de AtuAlizAção PArA Médiuns".

Cursos no C.E.I.C.Editorial

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Clareando / Ano XII / Edição 140 / Maio . 2015 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus “Eis que o Semeador saiu a semear.”

Elucidações Doutrinárias

O M a n d a M e n t O M a i O rMas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe

esta questão, para tentá-lo: - Mestre, qual o grande mandamento da lei? - Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. - Esse o maior e o primeiro mandamento. - E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (São Mateus, Cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Caridade e Humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e Orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro”, isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da Caridade não há Salvação.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Allan Kardec / Capítulo XV / Itens 4 e 5 / Editora FEB.

O homem é para si mesmo um mistério vivo. De seu ser não conhece nem utiliza senão a

superfície. Há em sua personalidade profundezas ignoradas em que dormi-tam forças, conhecimentos, recordações acumuladas no curso das anteriores existências, um mundo completo de ideias, de faculdades, de energias que o envoltório carnal oculta e apaga, mas que despertam e entram em ação no sono normal e no sono magnético. Esse é o mistério de Psique, isto é, da alma encerrada com seus tesouros na crisá-lida de carne, e que dela se evade em certas horas, se liberta das leis físicas, das condições de tempo e de espaço e se afirma em seu poder espiritual.

Tudo na Natureza é alternativa e ritmo. Do mesmo modo que o dia sucede à noi-te e o Verão ao Inverno, a vida livre da alma sucede à estância na prisão corpórea. Mas a alma se desprende também duran-te o sono; reintegra-se em sua consciência amplificada; nessa consciência por ela edi-ficada lentamente através da sucessão dos tempos; entra na posse de si mesma, exa-mina-a, torna-se objeto de admiração

“Espíritas! Amai-vos; este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”. O Espírito de Verdade (E.S.E. / Capítulo VI / Item 5).

O H O M e M : M i s t é r i O V i V O (*)

para ela própria. Seu olhar mergulha nos recessos obscuros de seu passado, e aí vai surpreender todas as aquisições mentais, todas as riquezas acumuladas no curso de sua evolução e que a reen-carnação havia amortalhado. E o que o cérebro concreto era impotente para ex-primir, seu cérebro fluídico o patenteia, o irradia com tanto mais intensidade quanto mais completo é o desprendi-mento.

O sono, em verdade, outra coisa não é que a evasão da alma da prisão do cor-po. No sono ordinário o ser psíquico se afasta pouco; não readquire senão em parte a sua independência, e qua-se sempre fica intimamente ligado ao corpo. No sono provocado, o despren-dimento atinge todas as gradações. Sob a influência magnética, os laços que pren-dem a alma ao corpo se vão afrouxando pouco a pouco. Quanto mais profunda é a hipnose, o transe, mais se desprende e se eleva a alma. Sua lucidez aumenta, sua penetração se intensifica, o círculo de suas percepções se dilata. Ao mesmo tempo as zonas obscuras, as regiões ocul-tas do “eu” se ampliam, se esclarecem e

entram em vibração: todas as aquisições do passado ressurgem. As faculdades psíquicas — vista à distância, audição, adivinhação — entram em atividade. Com os estados superiores da hipnose chegamos aos últimos confins, aos ex-tremos limites da vida física. O ser já vive, então, da vida do espírito e utiliza as suas capacidades. Mais um grau, e o laço fluídico que liga a alma ao corpo se despedaçaria. Seria a separação defi-nitiva, absoluta — a morte”.(*) Subtítulo criado para este trecho do tex-to. Título do texto completo: Exteriorização do ser humano. Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.Fonte: No Invisível, Léon Denis, 2ª parte, capítulo XII, Editora FEB.

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Homenagem Especial

Honrar... o Quê ?

B em, primeiramente em nome deste Boletim e em particular, em nome desta coluna, gosta-

ria de dar as boas vindas àqueles que nos visitam pela primeira vez e aos que já nos acompanham.

Em segundo lugar, não posso deixar de homenagear as nossas lindas e doces mamães. Neste mês, nossos olhares e corações estarão mais voltados para elas. E a forma de homenageá-las que encontrei foi trazendo um alerta: “Será que estamos tratando nossas Mães como deveríamos”? E quem são nossas Mães?

 Nossos lares são diferentes uns dos outros, mas Mãe  é  aquela que cria, educa e ama seus filhos; ela pode ser sua avó, sua irmã  mais velha ou sua tia, não importa. Na verdade, o que impor-ta mesmo é  como e quando estamos demonstrando este amor por elas. Será que a gente tem que agendar: “de se-gunda a sexta já estou muito ocupado, sábado, domingo ou feriado faço uma visitinha rápida. Ou, então: Se ela ficar doente passo lá e paparico um pouqui-nho, senão dou uma ligadinha...”?

Gente, gente, gente... Vamos prestar mais atenção! O que é que estamos fa-zendo? Estamos colocando em prática aquele mandamento de Jesus: “Hon-rai o vosso pai e vossa mãe”? Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. XIV, Allan Kardec explica que a palavra Honrar descreve um dever a mais para com nossos pais: o da pie-dade filial. Ele esclarece que devemos amá-los, respeitá-los, dar atenção e cumprir, de modo mais rigoroso, tudo o que a lei de amor e caridade ordena. Honrar não consiste apenas em respeitá-los, mas, ajudá-los na ne-cessidade, dando repouso na velhice, cercando-os de cuidados como eles fi-zeram conosco, quando éramos mais novos. Não basta dar aos nossos pais o estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto que nós não nos privamos de nada. Devemos a eles, na medida do que pudermos, os pequenos supérfluos, os cuidados amáveis que representam apenas uma pequenina parte da dívida sagrada que temos para com eles.

E não compete a nós, filhos, jul-gar aqueles que não cumpriram com seus deveres, muito menos cabe a nós puni-los. Só Deus é perfeito. E a Lei de caridade pede que se pague o mal com o bem.

A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a ingra-tidão dos filhos para com os pais é  algo muito, muito sério. Quero, através  do Evangelho, trazer uma luz para esse que é um dos grandes problemas do coração humano.

Filhos e Pais! Abraçai uns aos ou-tros! Se um filho vos dá desgostos ou vos é ingrato, dizei para vós mesmos: “Um de nós é  culpado.” E não de-sista da tarefa, ensina a vossos filhos que eles estão  aqui para amar e se aperfeiçoar.

A tarefa não é tão difícil, não exige o saber do mundo. Podem assim de-sempenhá-la, o ignorante e o sábio e o Espiritismo facilita o desempe-nho, esclarecendo as imperfeições da alma humana.

Deus não dá prova superior às forças daqueles que as pedem, só  permite as

que podem ser cumpridas. Se isso não acontece, não  é por falta de possibili-dade, é porque falta vontade.

Se tu que lês encontra-te na posição de filho, procura honrar teus pais.

E se já  exerces a maternidade ou paternidade fortalece teu coração e reúne vontade para a missão que Deus te confiou: auxiliar no aperfei-çoamento e educação de teu filho, que antes de tudo é um espírito em evolução.

Para aqueles que já  são pais e ainda são filhos, será cobrado o exemplo, pois com conhecimento de causa já sabem como gostariam de ser tratados e para isso não tem idade.

Persiste, não desiste, assim poderás celebrar o verdadeiro e completo Feliz Dia das Mães.

Um grande abraço,PAtriciA FurlAn

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Deus - Causa Primeira

Pergunta: Se, conforme o Espiritismo, os Espíritos ou almas se melhoram indefinidamen-te, devem tornar-se infinitamente aperfeiçoados ou puros. Chegados a esse grau, por que não são iguais a Deus? Isto não se coaduna com a justiça.Resposta: O homem é uma criatura real-

mente singular! Sempre acha o seu horizonte muito limitado; quer compreender tudo, tudo captar, conhecer tudo! Quer penetrar o insondável e despreza o estudo do que lhe toca imediatamente; quer compreender Deus, julgar seus atos, fazê-lo justo ou injusto; diz como queria que ele fosse, sem suspeitar que ele é tudo isto e mais ainda!... Mas, verme miserável, alguma vez compreendeste de ma-neira absoluta algo do que te cerca? Sabes por qual lei a flor se colora e se perfuma aos beijos vivificantes do Sol? Sabes como nasces, como vives e porque teu corpo morre?... — Tu vês fatos, mas, para ti, as causas ficam envol-tas num véu impenetrável e querias julgar o princípio de todas as causas, a causa primeira, Deus, enfim! — Há muitos outros estudos mais necessários ao desenvolvimento de teu ser, que merecem toda a tua atenção!... Quan-do resolves um problema de álgebra não vais do conhecido ao desconhecido e, para compreender Deus, esse problema insolúvel desde tantos séculos, queres dirigir-te a ele diretamente! Então possuis todos os elementos necessários para estabelecer tal equação? Não te falta algum documento para julgar teu Criador em última instância? Não vais crer que o mundo seja limitado a esse grão de poeira, perdido na imensidade dos espaços, onde te agitas mais imperceptível que o me-nor dos infusórios de que o Universo é uma gota d’água? — Entretanto, raciocinemos e vejamos por que, conforme teus conhecimen-tos atuais, Deus seria injusto não se deixando jamais alcançar por sua criatura. Em todas as ciências há axiomas ou verdades irrecusáveis, que se admitem como bases fundamentais. As ciências matemáticas e, em geral, todas as ciências, são baseadas no axioma de que a parte jamais po-deria igualar o todo. O homem, criatura de Deus, conforme esse princípio, jamais poderia al-cançar aquele que o criou. Suponde que um indivíduo deva percorrer uma estrada de ex-tensão infinita; de uma extensão infinita, pesai bem a expressão. É esta a posição do homem em relação a Deus, considerado o seu fim. Dir-me-eis que, por pouco que se avance, a soma dos anos e dos séculos de marcha per-mitirá atingir o fim. Aí está o erro!... O que fizerdes num ano, num século, num milhão

Que é Deus? — “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? — “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”o livro dos esPíritos / AllAn KArdec / Questões 1 e 4 / editorA FeB.

Perfectibilidade dos esPíritos

de séculos, será sempre uma quantidade fini-ta; outro espaço igual não vos permitirá fornecer senão uma quantidade igualmente finita, e assim por diante. Ora, para o mais noviço matemá-tico, uma soma de quantidades finitas jamais poderia formar uma quantidade infinita. O contrário seria absurdo e, neste caso, poder-se-ia medir o infinito, o que o faria perder sua qualida-de de infinito. — O homem progredirá sempre e incessantemente, mas em quantidade finita; a soma de seus progressos não será jamais senão de uma perfeição finita, que não poderia al-cançar a Deus, o infinito em tudo. Não há, pois, injustiça da parte de Deus em que suas criaturas jamais o possam igualar. A nature-za de Deus é um obstáculo intransponível a tal fim do Espírito; sua justiça também não poderia permiti-lo, porque se um Espírito al-cançasse a Deus, seria o próprio Deus. Ora, se dois Espíritos são tais que tenham ambos um poder infinito sob todos os aspectos e um seja idêntico ao outro, eles se confundirão num só e não haverá mais que um Deus; um deve-ria, pois, perder a sua individualidade, o que seria uma injustiça muito mais evidente do que não poder alcançar um fim infinitamen-te distanciado, mesmo dele se aproximando constantemente. Deus faz bem o que faz e o homem é muito pequeno para se permitir pe-sar as suas decisões.

moKi

(Paris, 3 de fevereiro de 1866 - Grupo do Sr. Lat... – Médium: Sr. Desliens).

Observação – Se há um mistério insondável para o homem, é o princípio e o fim de todas as coisas. A visão do infinito lhe dá vertigem. Para compreendê-lo, são necessários conhecimentos e um desenvolvimento intelectual e moral que ainda está longe de possuir, malgrado o orgulho que o leva julgar se chegado ao topo da escala humana. Em relação a certas ideias, está na po-sição de uma criança que quisesse fazer cálculo diferencial e integral antes de saber as quatro operações. À medida que avançar para a per-feição, seus olhos se abrirão à luz e o nevoeiro que os cobre se dissipará. Trabalhando seu me-lhoramento presente, chegará mais cedo do que se perdendo em conjecturas.

KardecFonte:Revista Espírita / Allan Kardec / Agosto / 1866 / Editora FEB.

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Clareando / Ano XII / Edição 140 / Maio . 2015 - Pág . 5

Mensagem Mediúnica

A nossa palavra sempre será de estímulo a todos os corações aqui reunidos e que foram convocados um dia, no Plano Espiritual, para, através do projeto e programação que criaram esta Instituição, terem as oportunidades precisas e ne-cessárias para diluírem os equívocos, os erros, as quedas, a mediunidade mal conduzida em outros tempos e, através do

trabalho no bem, aproveitando essas oportunidades, desenvolverem toda a programação destinada a esta Instituição que cada vez mais vai tomando corpo e vai se definindo como uma verdadeira Instituição ou Casa espírita.

De nossa parte sempre estamos atentos à necessidade de cada um dos trabalhadores da nossa Casa Espírita, observando as dificuldades e lutas que muitos atravessam; nunca pensem que possam estar deserdados dos nossos cuidados, do nosso carinho, da nossa presença constante, em suas vidas e, dentro da possibilidade ao nosso dispor, doarmos a cada um de vocês — trabalhadores, frequentadores desta casa — a cota de energia para que se sintam sustentados e possam prosseguir sempre com fé, esperança e ânimo renovado para superarem os obstáculos e vencerem as lutas do dia a dia.

Tenham sempre a certeza de que cada um se encontra amparado por guias, por benfeitores espirituais que vos acompanham há muito tempo e cada vez mais com a sintonia e o esforço da prática do bem, cada um, cada vez mais, está facilitando a sintonia, a ligação com cada um deles.

A nossa Casa prossegue o trabalho e a presença cada vez mais irá crescer, nos pedindo a colaboração e a vontade de servir e de estarmos a postos nas tarefas da divulgação e do exercício da mediunidade com Jesus.

O trabalho prossegue, os estudos se desenvolvem. Muitos batem à nossa porta em busca de esclarecimento, de orientação e de consolação para as suas almas sofridas.

Portanto, que possamos todos nós que aqui estamos, porque somos uma família espiritual aqui reunida nessa noite, porque estamos, comemorando mais uma etapa, mais esforços que redundaram na complementação de mais um ano de fundação da nossa abençoada Casa.

Que possamos, então, receber de braços abertos esses corações sofridos que aqui chegam. Vamos compreender os momentos de intranquilidade, os momentos de dores acerbadas, muitas vezes até o descontrole e a rebeldia, oferecendo os recursos do Espiritismo, do Evangelho do Senhor, para que esses corações, essas almas, esses Espíritos encarnados, possam também encontrar respostas e orientações para bem se encaminharem dentro da vida material.

Cada um de nós tem qualidades, virtudes e imperfeições, mas permitam que paralisem as imperfeições; busquem cada vez mais ressaltar o que vocês tenham de melhor em seus corações e em suas mentes; doem, em torno de seus passos, os pen-samentos positivos, o sentimento mais nobre possível que seja e que estejam de acordo com a evolução de cada um vocês, mas não se recusem a doar algo de bom e de bem pelos caminhos da vida, porque todos estamos semeando e posteriormente faremos a nossa colheita.

A nossa Casa — esta querida Casa que nos abriga, que nos sustenta, que nos orienta, que nos dá o pão espiritual, tão necessários nos tempos atuais —, que ela permaneça por muitos e muitos anos.Tenham a certeza de que passando os anos, possamos, então, na condição de desencarnados, na condição de trabalhadores do bem, atentos e presentes a essa Casa Espírita e a cada um dos que aqui estão presentes, na doação, na orientação, no esclarecimento que fizerem, estarão semeando a boa semente do Evangelho, do Espiritismo e assim, dessa forma, nos momentos finais da vida terrena de vocês, estarão em paz pelo bem que fizeram e também pela possibilidade que deram a outras tantas almas de terem condição de se enganjarem nas tarefas da casa e de formarem os novos divulgadores do Espiritismo.

Deixamos, então, o nosso abraço de estímulo, de desejo, de progresso, de crescimento a cada um dos corações aqui reunidos em nome do Senhor, do nosso querido Mestre Jesus.

O irmão clArêncio.Graças a Deus

(Prece 20º aniversário CEIC - Mensagem de Clarêncio, em 10/04/2015, recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC).

O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; (O Evangelho Segundo o Eespiritismo / Capítulo I : 9)

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Clareando / Ano XII / Edição 140 / Maio . 2015 - Pág . 6

Revista Espírita

Clareando as Ideias com Kardec

Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não preci-sando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”

Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?

“Pelos sonhos, quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potencialidade e pode se por em comunicação com os demais Espíritos, quer deste mundo, quer do outro. Dizes frequentemente: Tive um sonho extravagante, um sonho horrível, mas absoluta-mente inverossímil. Enganas-te. É amiúde uma recordação dos lugares e das coisas que viste ou que verás em outra existência e das coisas que

O sO n O e O s sO n H O s

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

viste ou que verás em outra existência ou em outra ocasião. Estando entorpecido o corpo, o Espírito trata de quebrar seus grilhões e de in-vestigar no passado ou no futuro (...).”

notA de KArdec : Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que mais inde-pendente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida que se alonga até aos mais afastados lugares e até mesmo a outros mundos. Daí também a lembran-ça que traz à memória acontecimentos da precedente existência ou das existências anteriores. As singulares imagens do que se passa ou se passou em mundos desconheci-dos, entremeados de coisas do mundo atual, é que formam esses conjuntos estranhos e confusos, que nenhum sentido ou ligação parecem ter. A incoerência dos sonhos ain-da se explica pelas lacunas que apresenta a recordação incompleta que conservamos

do que nos apareceu quando sonhávamos. É como se a uma narração se truncassem frases ou trechos ao acaso. Reunidos depois, os fragmentos restantes nenhuma significa-ção racional teriam.

Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?

“Em o que chamas sono, só há o repouso do corpo, visto que o Espírito está constan-temente em atividade. Recobra, durante o sono, um pouco da sua liberdade e se cor-responde com os que lhe são caros, quer neste mundo, quer em outros. Mas, como é pesada e grosseira a matéria que compõe, o corpo dificilmente conserva as impres-sões que o Espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais.”

Fonte: O Livro dos Espíritos / Allan Kardec / Questões 401 a 403 / Editora FEB.

B uscai na palavra a sobriedade e a con-cisão: poucas palavras, muitas coisas. A linguagem é como a harmonia:

quanto mais erudita quisermos torná-la, me-nos melodiosa. A verdadeira ciência é sempre aquela que impressiona; não alguns sibaritas entediados, mas a massa inteligente que, desde muito tempo, é desviada do caminho do belo verdadeiro, que é o da simplicidade. A exemplo de seu Mestre, os discípulos do Cristo haviam adquirido esse profundo saber de bendizer, sobriamente, e seu falar, como o de Jesus, era marcado por essa graça delicada, essa profun-deza que, em nossos dias, numa época em que tudo mente ao nosso redor, ainda fazem as grandes vozes do Cristo e dos apóstolos mode-los inimitáveis de concisão e de precisão. Mas a verdade desceu do alto; os Espíritos superiores, como os apóstolos dos primeiros dias da era cristã, vêm ensinar e dirigir. O Livro dos Espí-ritos é toda uma revolução, porque é conciso e

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

es t i l o d a s bo a s co m u n i c a ç õ e ssóbrio: poucas palavras, muitas coisas; nada de flores de retórica, nada de imagens, mas apenas pensamentos elevados e fortes, que consolam e fortalecem. Por isso agrada, e agrada porque é facilmente compreendido: aí está a marca da superioridade dos Espíritos que o ditaram.

Por que há tantas comunicações oriundas de Espí-ritos que se dizem superiores, repletas de insensatez, de frases empoladas e floreadas? Uma página para nada dizer? Ficai certos de que não são Espíritos su-periores, mas pseudossábios, que julgam produzir efeito, substituindo por palavras o vazio das ideias, a profundeza do pensamento pela obscuridade. Não podem seduzir senão os cérebros vazios como os seus, que tomam bijuterias por ouro legítimo e julgam a beleza de uma mulher pelo brilho de seus adereços. Desconfiai, pois, dos Espíritos verbosos, de linguagem empolada e confusa, muito difícil para ser compreendida. Reconhecereis a verdadeira supe-rioridade pelo estilo conciso, claro e inteligível, sem esforço de imaginação. Não avalieis a importância

das comunicações por sua extensão, mas pela soma de ideias que encerram num pequeno volume. Para ter o tipo da superioridade real, contai as pala-vras e as ideias — refiro-me às ideias justas, sadias e lógicas — a comparação vos dará a exata medida.

BArBAret (Espírito familiar)(Sociedade Espírita de Paris / 08.08.1862 / Médium: Sr. Leymarie).Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, outubro-1862, Editora FEB.

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Personalidade Espírita

João Batista Pereira: Divulgador do Espiritismo

O dr. João BAtistA PereirA foi notá-vel advogado, nascido na cidade de Cachoeiro do Itapemirim, Estado

do Espírito Santo.Exercendo a advocacia no foro de São

Paulo, ali desenvolveu intensa tarefa em favor da divulgação do Espiritismo, prin-cipalmente nos idos de 1935 a 1940, quando se salientou como figura de pro-jeção em quase todas as realizações do movimento espírita.

Tribuno eloqüente e dotado de elevado conhecimento dos assuntos doutrinários, conseguiu empolgar grandes auditórios, o que fez com que seu nome se tornasse conhecido de todos os espíritas, principal-mente no Estado de São Paulo.

Foi presidente do Conselho Deliberativo da extinta Sociedade Metapsíquica de S. Pau-lo (S.M.S.P.) e um dos mais assíduos cola-boradores da famosa revista “Metapsíquica”, que durante muitos anos circulou no Brasil. Em março de 1936, foi um dos animadores da realização da Semana Metapsíquica, que culminou com a sessão solene de encerra-mento, no Teatro Municipal de São Paulo, com o comparecimento de representações dos Estados do Paraná, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e do antigo Distrito Federal.

O seu esforço não se limitou à tri-buna e imprensa espíritas, fez também publicar longos artigos de propaganda dos ideais espíritas na imprensa leiga. Na edição de 3 de outubro de 1936, do

tradicional órgão da imprensa paulista “Correio Paulistano”, fez publicar subs-tancioso trabalho sobre a personalidade de Allan Kardec, o qual ocupou duas páginas.

O trabalho de divulgação do Espiritis-mo, encetado por João BAtistA PereirA foi dos mais relevantes. Várias cidades do Estado de São Paulo e de outros Es-tados do Brasil foram percorridas por ele, em autênticas tarefas doutrinárias. No dia 30 de janeiro de 1937, inaugu-rou uma série de conferências na sede da União Espírita Mineira, sediada em Belo Horizonte.

Em 11 de dezembro de 1938, teve po-sição de destaque na realização da Grande Concentração Espírita, levada a efeito no Teatro Municipal de Araraquara, Esta-do de São Paulo, conclave inteiramente transmitido pela PRD-4-Rádio Cultura de Araraquara, emissora que até poucos meses antes vinha sendo invariavelmente utiliza-da por Caírbar Schutel, na difusão de suas memoráveis conferências.

Quando, na presidência do Conselho Deliberativo da Sociedade Metapsíquica de São Paulo, se concretizou a integração des-sa sociedade e da Associação Espírita São Pedro e São Paulo na Federação Espírita do Estado de S. Paulo, extinguindo-se as duas primeiras e permanecendo somente a última.

No dia 20 de novembro de 1938, com a renúncia do então presidente e de outros

diretores dessa Federação, numa chapa da qual constava o nome do Prof. Américo Montagnini, para vice-presidente, e Flávio Antônio Paciello, para segundo tesou-reiro, o dr. João BAtistA PereirA foi eleito presidente, cargo que desempe-nhou com apreciável descortino até o dia 10 de dezembro de 1939, quando resignou, passando a elevada investidu-ra ao seu substituto legal.

À frente da Federação Espírita do Estado de São Paulo, desenvolveu ingente tarefa, dinamizando seus trabalhos, devendo-se a ele a ampliação da sede própria dessa ins-tituição, na Rua Maria Paula, 158, cuja inauguração oficial ocorreu no dia 31 de maio de 1939.

Sob a sua presidência, a Federação inaugurou nova fase de atividades, pro-jetando-se como um dos mais laboriosos núcleos de ação em favor do movimento espírita.

Pouco sabemos da vida pública do dr. João BAtistA PereirA. Entretanto, teve grande repercussão em São Paulo, a sua nomeação, pelo governo federal, em outubro de 1939, para o elevado cargo de membro do Conselho Administrati-vo da Caixa Econômica Federal em São Paulo, função que exerceu com eficiên-cia e dedicação.

Fonte: Os Grandes Vultos do Espiritismo.Autor: Paulo Alves Godoy.

locAl: centro esPíritA irmão clArêncio

Encontros EspíritasEm Junho

25º encontro esPíritA soBre medicinA esPirituAl

seção - AtuAlidAdes

dAtA - 07 /06 /2015

HorA - 8:30 às 13:00

Em Maio

25° encontro esPíritA soBre A vidA e oBrA de

euríPedes BArsAnulFo temA - euríPedes, o Homem e o médium curAdor

dAtA - 24 /05 /2015

HorA - 8:30 às 13:00

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Sugestão de LeituraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

Sugestão do mês:

PesQuisAs soBre mediunidAde - memóriAs do esPiritismo - volume 5Autor: GABriel delAnne

editorA conHeciimento

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”. (O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

código Penal da Vida futura (Última Parte)Subordinadas ao arrependimento e

reparação dependentes da vontade huma-na, as penas, por temporárias, constituem concomitantemente castigos e remédios auxiliares à cura do mal. Os Espíritos, em prova, não são, pois, quais galés por certo tempo condenados, mas como doentes de hospital sofrendo de moléstias resultantes da própria incúria, a compadecerem-se com meios curativos mais ou menos do-lorosos que a moléstia reclama, esperando alta tanto mais pronta quanto mais estrita-mente observadas as prescrições do solícito médico assistente. Se os doentes, pelo pró-prio descuido de si mesmos, prolongam a enfermidade, o médico nada tem que ver com isso.Às penas que o Espírito experimenta

na vida espiritual ajuntam-se as da vida corpórea, que são consequentes às im-perfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas. É na vida corpórea que o Espírito repara o mal de anteriores existências, pondo em prática resoluções tomadas na vida espiritual. Assim se explicam as misérias e vicissitu-des mundanas que, à primeira vista, pa-recem não ter razão de ser. Justas são elas, no entanto, como espólio do passado —herança que serve à nossa romagem para a perfectibilidade. (1)

Deus, diz-se, não daria prova maior de amor às suas criaturas, criando-as infalíveis e, por conseguinte, isentas dos vícios ineren-tes à imperfeição? Para tanto fora preciso

que Ele criasse seres perfeitos, nada mais tendo a adquirir, quer em conhecimentos, quer em moralidade. Certo, porém, Deus poderia fazê-lo, e se o não fez é que em sua sabedoria quis que o progresso constituís-se lei geral. Os homens são imperfeitos, e, como tais, sujeitos a vicissitudes mais ou menos penosas. E, pois que o fato existe, devemos aceitá-lo. Inferir dele que Deus não é bom nem justo, fora insensata re-volta contra a lei. Injustiça haveria, sim, na criação de seres privilegiados, mais ou menos favorecidos, fruindo gozos que ou-tros porventura não atingem senão pelo trabalho, ou que jamaispudessem atingir. Ao contrário, a justiça divina patenteia-se na igualdade abso-luta que preside à criação dos Espíritos; todos têm o mesmo ponto de partida e nenhum se distingue em sua forma-ção por melhor aquinhoado; nenhum cuja marcha progressiva se facilite por exceção: os que chegam ao fim, têm passado, como quaisquer outros, pe-las fases de inferioridade e respectivas provas. Isto posto, nada mais justo que a liberdade de ação a cada qual conce-dida. O caminho da felicidade a todos se abre amplo, como a todos as mesmas condições para atingi-la. A lei, gravada em todas as consciências, a todos é en-sinada. Deus fez da felicidade o prêmio do trabalho e não do favoritismo, para que cada qual tivesse seu mérito. Todos somos livres no trabalho do próprio progresso, e o que muito e depressa tra-balha, mais cedo recebe a recompensa.

O romeiro que se desgarra, ou em ca-minho perde tempo, retarda a marcha e não pode queixar-se senão de si mesmo.

O bem como o mal são voluntários e facultativos: livre, o homem não é fa-talmente impelido para um nem para outro.Em que pese à diversidade de gêneros e graus de sofrimentos dos Espíritos im-perfeitos, o código penal da vida futura pode resumir-se nestes três princípios: O sofrimento é inerente à imperfeição.Toda imperfeição, assim como toda

falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências na-turais e inevitáveis: assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.Podendo todo homem libertar-se

das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males conse-cutivos e assegurar a futura felicidade. A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra: — tal é a lei da Justiça Divina.(1) Vide "O Céu e Inferno", 1ª Parte, Capítulo V, “O purgatório”, nº 3 e se-guintes; e, após, 2ª Parte, Cap. VIII, “Expiações terrestres”. Vide, também, "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo V, “Bem-aventurados os afli-tos”.Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, capítulo VII, 30º a 33º, Editora FEB.

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Artigo

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C omo acreditar na existência de um Deus bom e justo sem conceber a ideia da reencar-

nação? Como explicar que alguém venha a este mundo com imperfei-ções no corpo físico e outros não? Por que uns são agraciados com uma família unida e amiga e outros vivem um pesadelo no lar? Será que o Criador faz algum tipo de distin-ção entre as suas criaturas?

Todos nós já ouvimos de alguém a frase “são mistérios de Deus e temos que aceitar”. É mais cômodo acreditar que algo que eu não consigo explicar seja uma verdade impenetrável. E isso não é resignação. Joanna de Angelis em "Plenitude" nos fala que a resignação é algo dinâmico, aceitação do proble-ma com uma atitude corajosa. Então, consentir alguma coisa como inex-plicável não é uma atitude resignada, mas falta de disposição íntima para compreender e refletir sobre esses tais acontecimentos misteriosos.

Jesus nos disse: conhecereis a ver-dade e a verdade vos libertará. E, claro, não há como conhecer toda a verdade em uma única existência. Neste capítulo Jó fala de transfor-mação(¹). Como realizar em nós toda transformação necessária para que possamos, enfim, ver o reino de Deus, sem dispormos de tem-po e oportunidade? Vamos pensar em quantas vezes demos uma nova chance pra alguém. Por que Deus faria diferente? O Mestre nos disse ainda que seria a cada um segundo suas obras. Essas palavras nos reme-tem à Lei de causa e efeito, a bússola que vai determinar nossa direção nes-sa caminhada para a felicidade plena. Mas para entrarmos nesse proces-so educativo, que é a Lei de causa e efeito, também precisaremos de tempo.

Vamos observar que em várias pas-sagens Jesus nos falava, mesmo que de forma implícita, sobre a reencarnação. Estamos rodeados de espíritos em diferentes graus de evolução moral e intelectual. Uns progridem mais ra-pidamente que outros, porém, Deus dá oportunidades a todos, de acordo

ninguém Pode Ver o reino de deus se não nascer de noVo

com a capacidade de entendimento de cada um. Cabe a nós aproveitá-las. A reencarnação é uma bênção, uma pro-va do profundo amor de Deus por todos nós, não uma duplicata. Não estamos aqui para pagar nada. Estamos aqui para amadurecermos como espíritos criados por Deus para sermos seus colaboradores no funcionamento harmonioso do uni-verso. E por isso, quando agimos contra suas Leis, teremos que fazer as devidas reparações, pois somente assim estare-mos em consonância com essa trajetória traçada pelo Pai para todos os seus filhos, sem exceção.

Quando o assunto é reencarnação, uma coisa é certa, sempre terá alguém pra dizer que não pode corrigir algo de errado que não lembra ter feito. Mas se Jesus disse que é a cada um segun-do suas obras, então tudo que ocorre comigo tem uma razão de ser. Não há efeito sem causa. Se não for resultado dessa existência, certamente é de ou-tra. Contudo, nada disso faz sentido se não soubermos que existe uma for-ça maior que a tudo conduz. O fato de lembrarmo-nos de algo errado que fizemos não significa que teremos a percepção e o devido comprometimen-to para repará-lo. Se assim fosse não deixaríamos nada para depois. O que vai determinar a ação de correção dos nossos erros é a conscientização de que aquilo que fazemos ao outro e à Natu-reza fatalmente passará por nós. Jesus recomendou: Não  faça  aos  outros  o que você não quer que seja feito a você. Somos hoje resultado do que fizemos ontem. Tudo é uma questão de exer-cício e disciplina para conseguirmos a cada dia, mais e mais, agirmos de acor-do com as leis de Deus. Somente assim alcançaremos esse movimento cadencia-do com o Universo. Já erramos muito e erraremos ainda. Mas o fato de estarmos encarnados é porque Deus sabe que po-demos fazer diferente e melhor. Sempre. Senão a reencarnação não faria sentido. Não somos marionetes nas mãos do destino. Se estamos aqui encarnados é porque existe um plano pra nós. E isso é muito importante para percebermos o quanto a vida é especial com tudo que temos de bom ou ruim.

Deus é misericordioso e bom e sempre será. Sempre teremos no-vas oportunidades. Mas o que vai determinar nosso estado de alegria ou tristeza é exatamente o que fa-remos com essas oportunidades. No livro Vinha de Luz, Emmanuel nos dá a seguinte mensagem: A superfície do mundo é, indiscutivelmente, a grande escola dos espíritos encarnados. Impos-sível recolher o ensinamento, fugindo à lição. Ninguém sabe, sem aprender. Está no Evangelho: A reencarnação é uma necessidade absoluta, uma Lei da natureza. É ela que dá sentido a tudo que ocorre em nossas vidas. Que possa-mos ser verdadeiramente gratos a Deus por essa maravilhosa realidade chamada reencArnAção.(Comentário sobre o Capítulo IV de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Itens 14 a 17).

(¹) “Mas quando o homem morreu uma vez e seu corpo, separado do seu es-pírito, foi consumido, em que é que ele se transforma? O homem, estando morto uma vez, poderia reviver de novo? Nesta guerra em que me encontro todos os dias da minha vida, espero que chegue a mi-nha transformação.”(Jó,62 XIV:10 a 14. Tradução de Louis-Isaac Lemaistre de Sacy.) (E.S.E.,item 14)

FernAndA BArBosA eliAs

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Venha estudar conosco O Livro dos Médiuns

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Venha estudar conosco O Livro dos Espíritos

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Venha estudar conosco O Evangelho Segundo o Espiritismo

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Venha estudar conosco A Gê ne s e Allan Kardec

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Mensagem Mediúnica

Reflexão

“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mateus, V: 9.).

Q ue todos possam guardar em seus corações a mensagem da noite de hoje que aponta os caminhos, as oportunidades que o bom Deus oferece a cada um de nós, para nos redimirmos dos males e dos erros de outros tempos, conscientizando-nos de que o hoje é o momento certo, correto

para semearmos a boa semente do bem em nossos caminhos, em nossas vidas, para podermos no amanhã, ou no futuro, fazer a colheita positiva que trará aos nossos espíritos imortais a verdadeira felicidade decorrente do bem.

Cuidemos, pois, daquilo que pensamos, do que falamos, do que fazemos; aprendamos de fato a pensar e refletir melhor naquilo que pretendamos fazer, nas palavras que possamos proferir ao nosso próximo.

Ressalta-se, desta noite, o convite do Senhor para que todos possam compreender a necessidade da transformação moral, não só intelectual, mas principalmente a moral, para que cada vez mais compreendamos o verdadeiro sentido das lições que Jesus nos deixou.

E, portanto, que Ele coloque em cada um dos corações aqui presentes, através desses benfeitores espirituais que vos amparam e protegem, essa bênção que cada vez mais acrescente e acenda a fé, a esperança, a vontade de cada vez mais identificar-se com as lições do bem.

Que o bom Deus ampare e sustente todos!Fiquemos, pois, na paz desse bom Deus.O irmão inácio

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 25 de março de 2015).

“Vigiai e orai...”. Jesus (Mateus, 26:41)

V igilância é a atitude de cuidar da vida mental. Cultivar o hábito da higiene dos pensamentos, da meditação no conhecimento de si, da absorção de nutrição

mental digna nas boas leituras, conversas, diversões e ações sociais. Vigilância é a postura da mente alerta, ativa, sempre voltada a ideais enriquecedores.ermAnce duFAux

Fonte: Reforma Íntima Sem Martírio - Capítulo 2 / Psicografia:Wanderley S. de Oliveira / Editora Dufaux.

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

Ainda que sejas interpelado pelo maior malfeitor do mundo, deves guardar uma atitude agradável e digna para informar ou esclarecer. Saber responder é virtude do quadro da sabedoria celestial. Em favor de ti mesmo, não olvides o melhor modo de atender a cada um. (Lição 77)

Não estamos convocados a querelar e, sim, a servir e a aprender com o Mestre; nem fomos chamados à entronização do "eu", mas, sim, a cumprir os desígnos superiores na construção do Reino Divino em nós. (Lição 98)

Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

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Artigo

A Humanidade, deslocada dos legítimos preceitos da moral — Moral Divina, Religião de todos os tempos e de todos

os povos, que foi substituída criminosamente por mandamentos humanos e cultos esdrúxu-los, não cogita, mormente nos tempos em que nos achamos, dos seus deveres e seus destinos. São relativamente poucos os que pensam no dia de amanhã a não ser para auferir bastardos lucros. Entretanto, a pequena, a insignificante fração que constitui esses poucos, esforça-se e trabalha, uns para a conquista de uma crença verdadeira que bem lhes oriente no caminho da vida, outros, para verem resolvidos, no nos-so planeta, o grande problema, o problema máximo cuja resolução é, de fato, o que nos oferece maiores promessas, mais valorosos be-nefícios.

A Imortalidade é, com efeito, o pivô sobre o qual se devem movimentar todos os cometimentos para uma orientação segura da vida.

A sabedoria e as virtudes nunca terão grande razão de ser enquanto os homens se desinteressarem pela imortalidade. A resolução do grande problema afeta por tal forma todas as ramificações do saber humano, que permaneceremos estacio-nários se a Humanidade, ou antes, os homens continuarem a pôr à margem esta questão de interesse político, reli-gioso, científico e social, pois, de fato, é ela a base fundamental de todos os problemas que inflamam o cérebro e fa-zem palpitar o coração; é, na verdade, o ponto de partida para todos os estudos; é sobre essa rocha que se deverá erguer o grande edifício, o enorme Monu-mento onde pontificarão: a Ciência, a Religião, a Filosofia, as Artes. A própria Paz, interna e externa, não se consegui-rá, nos países e nas nações, sem a Luz da Imortalidade, assim como sem ela é impossível manter a Fraternidade entre os povos.

Pascal dizia com suma razão: “A imor-talidade é o nosso primeiro interesse, é uma coisa de tal importância que é preciso ter perdido toda a sensibilidade para ser indiferente ao seu conhecimento”.

Com efeito, não é a solução desse pro-blema que aclara a nossa razão, ilumina o nosso destino, dá sentido ao nosso futuro pessoal, à nossa existência? Não é a solução desse problema que nos dá

O Problema da Imortalidade uma orientação firme, norteando a nos-sa vida ao influxo de nobres paixões, de uma moral legitima e edificante?

Poderão a negação e a dúvida produzir semelhante milagre, formar caracteres, ar-regimentarmos para enfrentar os dissabores da existência, as decepções cotidianas que nos assaltam e oprimem?

Quem não se viu ainda em frente do de-sespero, quem não se deteve à porta fechada de um túmulo, quem não viu desaparecer do seu convívio um ente querido, quem, nos momentos angustiosos, não disse para si mesmo, — a morte é o fim de toda essa tragédia que os homens representam no grande palco do mundo? Tragará ela os bons como os ruins, os virtuosos, os ab-negados, os sábios que, debruçados sobre livros ou absorvidos em seus laboratórios, trabalham pela coletividade, pelo bem geral, pela comunidade?

Os nossos entes amados, objetos da nossa afeição, aqueles que constituíram nossos melhores afetos, nossa veneração, nosso amor, serão dissolvidos, extintas nos abismos do nada?

Será que não somos mais que um vo-lume de carne cobrindo um esqueleto, formando ao todo uma combinação de oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono?

Será que não somos mais que uma ar-mação de ossos coberta de albumina e fibrina, com uma rede de nervos imersa num lago de água?

Os pensadores, os que procuram encarar a vida tal como é, não teriam meditado nunca? Não lhes teria passado pela mente essas naturalíssimas conjeturas, essas con-siderações que surgem no nosso cérebro e em nosso coração nos momentos difíceis que atravessamos, quando sentimos a vida pesada, quando o aguilhão das contrarie-dades nos assalta e oprime?

E como responder a todas essas pergun-tas sem resolver o grande problema que é a chave principal, a chave “mágica”, que abre todas essas portas fechadas à nossa razão, à nossa inteligência, ao nosso sentimento, ao nosso coração?

Darão, porventura, as religiões sacer-dotais uma resposta a esses quesitos que ensombram a Humanidade?

A Ciência Catedrática, com todos os recursos que lhe têm vindo das novas descobertas e invenções, será ela capaz

de responder-nos positiva e categori-camente de modo a satisfazer o nosso entendimento e por um paradeiro às ânsias que se acentuam todos os dias em nossa alma?

Finalmente, somos ou não somos? Exis-timos ou não existimos? Continuaremos a viver após o último ato da nossa existência terrestre? Ao cair o pano, restará de nós al-guma coisa, ou tudo se extinguirá?

Será a vida uma farsa que começa no berço e termina no túmulo?

Será a vida uma sucessão continua de micróbios, um combate sem tréguas de animálculos que se entredevoram e se sucedem, tendo por epílogo a desagre-gação do “Eu” debaixo de uma laje fria, dentro de um sepulcro?

Meditemos sobre tudo isso, pense-mos: eis o primeiro trabalho a realizar. Esqueçamo-nos por um momento das ilusões que nos fascinam e embrute-cem; encaremos a realidade sem temor, porque, dela nos desviando, só teremos ilusões e desenganos. Tomemos a sério a vida, para que a vida se nos mostre tal como é, sem enganadoras aparências.

Fiquemos certos de que não teremos paz, nem saúde, nem religião, nem sabedoria, nem felicidade, sem que o grande mistério do “ser” ou “não ser” fique resolvido.

Fonte:A vida no outro mundo.Autor:Caibar Schutel.Editora: O Clarim.

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Clareando / Ano XII / Edição 140 / Maio . 2015 - Pág . 12

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Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

Do Outro Lado da Vida

“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimentos e de carências inomináveis e teve como prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarnações passadas em que faliu sistematicamente”. (Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”) Fonte: O Voo de Uma Alma.

entreVista feita pela reVista internaciOnal dO espiritisMO (rie)Pergunta: Como e quando começou a psicografar?

Resposta: Aos doze anos de idade já eu es-crevia impulsionada pelos Espíritos, sem, con-tudo, ter verdadeira noção do fenômeno. Sou criada em ambiente espírita desde o berço e, por isso, o fato nunca me impressionou. Sentia indomável impulso no braço e atordoamento sem, no entanto, se verificar o transe e isso, fora mesmo de sessões práticas. Desejava parar de es-crever e não conseguia. O fenômeno parece que se processava pela psicografia mecânica.

E via o Espírito comunicante, que se nomeava Roberto, afirmando ter vivido na Espanha, pelo século XIX.

Nunca procurei desenvolver a mediunidade ou a provoquei. Apresentou-se-me ela naturalmente desde a infância. Apenas procurei imprimir-lhe o rumo conveniente, educando-me na moral evangélica e nas disciplinas recomendadas pela Doutrina Espírita. E comecei a psicografar livros ainda em minha juventude, recebendo o primeiro convite ao trabalho e as necessárias instruções do Espírito Camilo Castelo Branco, que desde minha

infância se revelou um grande amigo es-piritual. Qualquer entidade que conceda uma obra psicográfica convida o médium (não ordena) e fornece instruções. Sem esse convite será difícil, senão impossível, conseguir-se alguma coisa autêntica. Pelo menos é o que acontece comigo.

Pergunta: Possui apenas o dom da psi-cografia ou faz alguma outra coisa dentro do Espiritismo?

Resposta: Possuo vários outros dons me-diúnicos, inclusive o da cura, os quais pus a serviço da Doutrina Espírita e do próximo, desde a minha juventude. De tudo já realizei um pouco, como médium e como espírita. Atualmente, porém, como médium, limito--me à psicografia, à oratória, à colaboração na imprensa espírita, ao esperanto, à cor-respondência doutrinária e a um pouco de assistência social nos meios espíritas. Possuo, também, a faculdade de efeitos físicos (mate-rializações), mas não a utilizo.

Obs.: Esta entrevista foi publicada em 1972.

Fonte: Pelos Caminhos da Mediunidade Serena / 1ª entrevista / Perguntas 3 e 4.Autora:Yvonne A. Pereira.Editora Lachâtre.

A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espírito retoma a vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiritual, ou seja, seu perispírito. (O Livro dos Espíritos / Allan Kardec / Questões 153, 150 e 150-a).

f r a n ç O i s r i q u i e r

E ra um velho celibatário, avarento e muito popular, falecido em C. , em 1857, legando aos parentes colaterais

considerável fortuna. Em tempo fora locador de uma inquilina, que mais tarde o esquecera completamente, ignorando até se ainda, ou não, vivia. Em 1862, uma filha desta senho-ra, sujeita a crises de catalepsia seguidas de espontâneo sono magnético e também bom médium escrevente, viu, num desses sonos, o Sr. Riquier, o qual, assegurava, pretendia di-rigir-se à sua mãe. Passados alguns dias, uma vez que se manifestara espontaneamente con-firmando aquele intuito, entretiveram com ele a seguinte conversação:P. Que pretendeis de nós?

– R. O dinheiro do qual se apossaram, os miseráveis, a fim de o repartirem! Venderam fazendas, casas, tudo para se locupletarem! Desbarataram meus bens como se não mais me pertencessem. Fazei que se me faça justiça, já que a mim me não ouvem, e não quero presen-ciar infâmias tais. Dizem que eu era usurário,

e guardaram-me o cobre. Por que não mo querem restituir? Acharão que foi mal ga-nho? P. Mas vós estais morto, meu caro senhor, e não tendes mais necessidade alguma de di-nheiro. Implorai a Deus para vos conceder uma nova existência de pobreza a fim de expiardes a usura desta última.

– R. Não, eu não poderei viver na pobre-za. Preciso do meu dinheiro, sem o qual não posso viver. Demais, não preciso de outra existência, porque vivo estou atualmente.P. (Foi-lhe feita a seguinte pergunta no intuito de chamá-lo à realidade.). Sofreis?

– R. Oh! Sim. Sofro piores torturas que as da mais cruel enfermidade, pois é minha alma quem as padece. Tendo sempre em mente a iniquidade de uma vida que foi para muitos motivo de escândalos, tenho a consciência de ser um miserável indigno de piedade, mas o meu sofrimento é tão grande que mister se faz me auxiliem a sair desta situação deplorável.

P. Oraremos por vós.– R. Obrigado! Orai para que eu esqueça os

meus bens terrenos, sem o que não poderei arrepender-me. Adeus e obrigado.François Riquier, Rue de La Charité nº 14.

É curioso ver-se este Espírito indicar a moradia como se estivesse vivo. A senhora deu-se pressa em verificá-la e ficou muito surpreendida por ver que era justamente a última casa que Riquier habitara. Eis como, após cinco anos, ainda ele não se considerava morto, antes experimentava a ansiedade, bem cruel para um usurário, de ver os bens partilhados pelos herdeiros. A evocação, provocada indubitavelmente por qualquer Es-pírito bom, teve por fim fazer-lhe compreender o seu estado e predispô-lo ao arrependimento.

KArdec

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo IV, Espíritos Sofredores, Editora FEB.

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Clareando / Ano XII / Edição 140 / Maio . 2015 - Pág . 13

Data : 21 / 06 / 2013

Festa Junina

Artigo

T odas as vezes que agimos em sentido contrário à Lei Divina, criamos aflição e sofrimento, su-

portando, por isso, suas consequências, seja no corpo físico seja fora dele. Às vezes, criaturas ainda imaturas, do pon-to de vista do entendimento espiritual, julgam que, uma vez fora das vestes fí-sicas, os problemas desaparecem como num passe de mágica. No entanto, tal não se sucede como bem nos informam os Orientadores Maiores. Continuamos sendo sempre nós mesmos, com nossos defeitos e virtudes, tristezas e alegrias, viciações ou moralidade, pensamentos inferiores ou nobres. Nada muda com a morte, pois, a volta do corpo à mãe--natureza, não significa libertação do Espírito. Liberta-se das vestes carnais, mas, não dos problemas e culpas cons-ciênciais pelos atos praticados, uma vez de posse do entendimento.

O passado de equívocos não se desfaz sem correção, pois, toda a vez que se viola o Có-digo Divino, é acionado automaticamente, o mecanismo de cobrança na consciência do infrator, em razão do fruto amargo da plantação semeada. Desajustes e enfermi-dades brotam na mente, imantando-se, por projeção no corpo, trazendo um sen-timento intenso de mal-estar, como forma de cobrar o imediato reajuste, necessário para o retorno às trilhas do Bem. Quando não se consegue corrigir o débito nesta exis-tência, por carência de razão, sê-lo-á feito na seguinte, ou nas seguintes, pois, todas as existências são solidárias entre si. Dessa for-ma, aquele que quitar o débito numa, não terá que fazê-lo uma segunda vez.

A reencarnação é a Justiça de Deus para com Seus filhos. Todos nós necessitamos de várias existências para o nosso melhora-mento progressivo. Sem ela, onde a justiça? “A cada nova existência, o Espírito dá um passo adiante na senda do progresso. Desde que se ache limpo, não tem mais necessida-de das provas da vida corporal.” Portanto, todos passamos por muitas experiências reencarnatórias; os que dizem o contrário o fazem por ignorância, em que eles próprios se encontram, ou por interesse de manter as pessoas fora do alcance do entendimen-to dessa Lei Universal, auferindo com isso até dinheiro a rodo!..

Em que se funda a Justiça da reencarna-ção? Esta questão formulada por Kardec

P a g a r a t é o Ú l t i m o C e i t i l teve a seguinte resposta dos Orientado-res Maiores: “Na Justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repeti-mos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrepen-dimento. (...) Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio impla-cável e os castigos sem remissão.” Esta clareza de resposta marca o grande diferen-cial entre a Doutrina das Vidas Sucessivas, e aquela fundada na unicidade de existência, que sela definitivamente a sorte das criaturas numa única experiência corporal. A lógica nos conduz a raciocinar sobre a impossibilidade de a criatura, mesmo que alcance a média de 100 anos de vida — como a ciência projeta para daqui a alguns anos — desenvolver toda a po-tencialidade e alcançar a condição de espírito bem-aventurado ou Espírito Puro, numa única existência física.

O item 3, do Código Penal da Vida Futura, em O Céu e o Inferno prescre-ve: “Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevi-táveis consequências, como não há uma só qualidade boa que não seja fonte de um gozo.” Ratificando essa lei, Jesus alerta: “Eu te digo, em verdade, que de lá não sairás enquanto não pagares até o último ceitil (centavo).” Este conse-lho é para que aproveitemos o tempo da melhor maneira possível. Engana-mos os homens, mas não a Deus, que, por Suas Leis, cobra de cada criatura a persistência de luta no aperfeiçoamento progressivo, pois, todos deverão batalhar para pagar até o último ceitil, ou seja, reparar todos os erros, por mínimos que sejam, para que a Luz resplandeça em cada ser. Em outras palavras, ninguém alcançará a alegria de vibrar na máxima sintonia possível com Deus, enquanto não tenha cumprido completamente Sua Justiça!...

“Podemos enganar o povo inteiro durante parte do tempo”, expressou o estadista estadunidense Abraham Lin-coln, e prossegue declarando: “Podemos enganar parte do povo durante o tempo todo. Mas, jamais poderemos enganar o tempo todo, todo o povo.” Tal frase nos traz de pronto à lembrança o ensino de Jesus segundo o qual “nada há que, sendo feito em oculto, que um dia não será revelado.”

Na lei humana, quando se comete um deli-to, a justiça, com base na legislação pertinente, penaliza o culpado com determinadas sanções. A Lei Divina — gravada na consciência de cada um — registra as ações na própria intimidade. Assim, quem transgride a Lei de Deus, registra em si mesmo a marca da transgressão, até o momento em que haja reparado a lesão, em sua totalidade, não deixando um único ceitil. Sendo perfeita a Lei de Deus, não há privilégios, favores e nem milagres a ninguém! Todos são iguais perante Deus, não havendo, por conse-quência, atendimento discriminatório em razão de se pertencer a esta ou aquela cren-ça, mas sim, pelas obras produzidas. Vale dizer, de forma comparativa, que, uma vez despertados pela consciência, enquanto não reparamos os nossos débitos, por me-nores que sejam não sairemos do vaivém das reencarnações. Assim, para atingir, na escala evolutiva, a condição de Espírito Puro, não se pode dever qualquer ceitil de impureza.

José lázAro BoBerG

Fonte: O Código Penal dos Espíritos — A Justiça do Tribunal da Consciência, Editora: EME

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Vida - Dádiva de Deus

Na Seara Mediúnica

A ma a vida conforme se te apresen-tem os programas existenciais.

O campo, enriquecido de grãos, foi trabalhado arduamente.

A fonte cantante e abençoada venceu lama e pedra para fluir cristalina.

Não apagues a chama da alegria, antes que se consuma o combustível do amor.

Valorizando cada aprendizagem, no quotidiano, preparar-te-ás para futuros cometimentos.

Cada experiência merece respeito. As positivas devem oferecer substância para que sejam repetidas, e as outras, as dolorosas, merecem examinadas nas suas causas, a fim de que não necessitem retomar.

Considera a dor como dádiva de salu-tar efeito para o teu progresso espiritual.

“A vida é um hino de louvor ao Pai Criador, que faculta aos Seus filhos os dons da imortalidade e da relativa perfeição que lhes cabe alcançar a esforço pessoal”. Joanna de Ângelis

Amor à Vida Ela é o meirinho austero que te induz

à realização edificante. Insiste no bem, mesmo quando tudo

te pareça sombrio e desesperador, em conspiração odienta contra os teus pro-pósitos de elevação.

Sem a custódia da sua mensagem, a vida ser-te-á um fardo impossível de le-vado adiante.

Informas que há dias em que todas as coisas parecem somar-se para afligir-te mais.

Não recues, porém, nos propósitos superiores, quando tal suceder.

Ninguém consegue avançar no pro-cesso educativo da evolução, em regime de exceção injusta.

Quando a dor te acena, é um chama-do para a meditação.

Quando se te instala no coração ou na mente, é um contributo para teu cresci-mento e resgate.

Sob quaisquer ocorrências, ama a vida e aprende a técnica de ser feliz.

Desgraça real é o desconhecimento dos objetivos superiores da existência sem a chama luminosa do amor como bênção e a imperiosa necessidade de seguir, arrastado pelas circunstâncias penosas.

Inclina-te diante da necessidade de ressarcir os débitos e inflama-te de ale-gria pela graça de sofrer para libertar-te e morrer para ressurgir dos escombros carnais em corpo de luz.

JoAnnA de ÂnGelis

Fonte: Alerta / Psicografia: Divaldo Pereira Franco /Editora LEAL.

O texto evangélico, ante a luz da Doutri-na Espírita, não se refere aos médiuns

categorizando-os por fachos ou estrelas, anjos ou santos.

Com muita propriedade, reporta-se a eles como sendo árvores frutíferas.

E sabemos, à saciedade, que as árvores produzem segundo a própria espécie.

Não vivem sem irrigação e sem adubo; entretanto, o excesso de uma e outro pode perdê-las.

Em verdade, não prescindem do cuidado e do carinho de cultivadores atentos; con-tudo, se obrigam a tolerar vento e chuva, canícula e tempestade.

São abençoadas por ninhos e melodias de pássaros amigos; todavia, suportam pragas que por vezes lhes carcomem as orças e pancadas

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

Á r v o r e s H u m a n a sde criaturas irresponsáveis que lhes furtam lascas e flores.

Registram a gratidão das almas boas que

lhes recolhem o favor e a utilidade, mas aguentam o assalto de quantos lhes tomam a golpes de violência ramos e frutos.

E, conquanto estimáveis aos pomicultores,

que lhes garantem a existência, são submetidas por eles mesmos à poda criteriosa e providen-cial, com vistas ao rendimento e melhoria da produção.

Assim também são os médiuns da Terra,

postos no solo da experiência para a exten-são do bem de todos. E anotemos que, se-melhantes às árvores preciosas, todos eles, por muito dignos, como sucede a qualquer criatura humana, se elevam em pensamento no rumo do Céu, conservando, porém, os próprios pés.

emmAnuel

Fonte: Mediunidade e Sintonia/Psicografia:Francisco Cândido Xavier/Editora CEU

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Artigo

C onforme narrado pelo espírito Ermance Dufaux no livro Reforma Íntima sem Martírio, psicografado pelo médium

Wanderley Soares de Oliveira (MG), houve na dimensão espiritual, nas dependências do Hos-pital Esperança, situado no ambiente astral de Minas Gerais, um conclave de líderes espíritas para importantes assertivas e orientações, tendo em vista o terceiro período do Espiritismo, a iniciar-se com o novo milênio.

Para podermos repassar com mais fidelidade o que foi dito nessa reunião, vamos transcrever alguns trechos do livro acima citado: Faltavam apenas dez minutos para as duas horas. A ma-drugada revestia-se de intenso trabalho. Era a última semana do segundo milênio da era cristã. As expectativas criavam um clima psi-cológico na Terra de rara amplitude — uma “virada” na qual as esperanças se renovavam coroadas de júbilo e fé.

Cumprindo mais uma de nossas programa-ções no Hospital Esperança, reunimos influente grupo encarnado de pouco mais de mil forma-dores de opinião no movimento espírita. Trouxe-mo-los para uma breve e oportuna advertência. Radialistas, unificadores, médiuns, escritores, oradores, dirigentes, apresentadores, jornalis-tas, expositores, diretores, estudiosos e muitos presidentes de centro espírita estavam sendo devidamente preparados há quase três dias para que pudessem cooperar com o desligamento pe-rispiritual e ampliassem sua lucidez quanto ao tentame.

O professor Cícero Pereira foi encarregado a fazer os comentários em nome de Bezerra de Menezes e Eurípedes Barsanulfo.

Observávamos a chegada de cada um dos membros, todos em estado de emancipação e acompanhados de pelo menos três cooperado-res que se revezavam em várias tarefas, junto a cada um deles. Alguns ofereciam dificuldade até para se assentarem nos lugares a eles reser-vados no salão, contudo, no horário previsto, tudo era calmaria e prontidão para o serviço da noite.

Aos dois para as duas horas, entraram Eurípe-des e dona Maria Modesto Cravo, ladeando o amado Bezerra e o professor.

(...) Dona Maria Modesto fez um sinal ao professor, o qual assumiu a tribuna:

— Declinarei de quaisquer detalhes que nos desaproximem do tema. Desejo que todos en-riqueçam as almas nesse conclave com a paz e a esperança.

Constatamos um ascendente número de adeptos que têm desistido dos ideais de melho-ria, em razão do ônus voluntário que carreiam

Conclave de Líderes Espíritas para si mesmos ao conceberem reforma ín-tima como um compromisso de angelitude imediata. O momento exige autocrítica e vi-gilância. Além do ônus do martírio a que se impõem, ilusões lamentáveis têm povoado a mente de muitos espíritas sobre o porvir que os espera para além dos muros da morte, em razão dessa angelitude de adorno. (Reforma Íntima sem Martírio, pág. 175, 176 e 177).

Essas palavras refletem a exata reali-dade, porque encontramos a cada passo companheiros muito preocupados com essa “angelitude de adorno”, ao entende-rem que dirigentes, expositores, médiuns ou quaisquer trabalhadores da seara es-pírita precisam mostrar ao mundo que são melhores que os outros, em razão da doutrina esclarecedora que professam, ou que necessitam vestir-se com as vestes da santidade para serem recebidos nos planos superiores após a morte. Então, ouvimos nos meios espíritas frases assim: “Um espírita não pode ter raiva”; “O espí-rita tem que ser paciente, manso, humilde e perdoar sempre”; “O espírita não pode ter medo de morrer”; “não pode isso, não pode aquilo... tem que ser assim ou assado...” e por aí afora.

Mas será que alguém, pelo fato de ser es-pírita, é capaz de passar pelas injustiças que a vida muitas vezes impõe, pelas agressões, humilhações e demais situações revoltantes sem sentir raiva, embora possa controlá-la e livrar-se dela em maior ou menor espaço de tempo?

Será que a maioria de nós é formada por pessoas pacientes, mansas, humildes e que sempre perdoam, sem restrições? Será que nenhum de nós sente medo de morrer? Por que então ostentarmos qualidades que ainda não alcançamos, passando uma falsa ideia sobre nós mesmos?

Lembremos que, na codificação da Doutrina Espírita, se diz que é possível conhecer-se o verdadeiro espírita pelo es-forço que faz em melhorar-se. (Item 4 do capítulo XVII de “O Evangelho Segun-do o Espiritismo”). E esse esforço é que deve ser a nossa bandeira, assim como os valores que já conseguimos vivenciar em profundidade.

Na verdade, as posturas delineadas para o espírita são muito difíceis de serem desenvolvidas e mantidas. Somos seres egressos de longos percursos através dos milênios, nos quais fomos aprendendo e vivenciando alguns valores positivos, mas também negativos, muitos deles comple-tamente enraizados em nosso psiquismo.

Quem cultivou a violência, o orgulho, a prepotên-cia, o desamor, a vaidade e demais atitudes e ações negativas em suas jornadas reencarnatórias (e cer-tamente todos nós já desenvolvemos essas culturas) precisará de muita força de vontade, esforço e per-sistência para transmutá-los definitivamen-te em valores positivos, e isto certamente demandará muito tempo, provavelmente várias encarnações. Assim, com um mínimo de reflexão, podemos perceber o quanto é utó-pico esse enfoque da “angelitude imediata”. No mínimo, será apenas de fachada, sem a profun-didade necessária para enfrentar incólume as intempéries da vida e as situações adversas ou estimuladoras dos valores negativos enterrados no inconsciente e não completamente trans-mutados em positivos.

Essas posturas que foram erigidas como pa-drões de comportamento, conduzem muitos companheiros à acomodação, bastando-lhes aparentar as virtudes solicitadas por esses pa-drões para se sentirem quites com a doutrina que professam. Com isso, furtam-se às devi-das avaliações de si mesmos, do que lhes vai no íntimo, perdendo valiosas oportunidades de crescimento. Essa é uma característica her-dada das religiões tradicionais que se ocupam com o exterior, sem maiores compromissos com o interior, onde reside a verdade de cada um.

Nessa passarela de perfis adotados dentro da seara, além de uma “angelitude de adorno”, que agrega admiradores incautos em torno de quem a ostenta, ocorre também, com grande frequên-cia, o oposto, a marginalização daqueles que não conseguem dominar seus impulsos, não se adequando ao modelo que foi criado para um “verdadeiro espírita”. Quem se encontra em si-tuação dessa natureza precisa de fraternidade e compreensão (não conivência), além do auxílio dos companheiros para não arrefecer em seus ideais, ante as dificuldades que enfrenta. Com poucas exceções, isso não acontece, ao contrá-rio, tal pessoa vê-se logo excluída, tachada de obsediada e relegada ao abandono.

Fonte: ABRADE ( Artigo retirado do Acervo Virtual Espírita).

Dia : 03 / 05 / 2015 - 16 horas

Culto no Lar de Maria Alice Silva

Atividades Doutrinárias

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A Família na Visão Espírita

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

Curso : A Família na Visão EspíritaDia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.

estudo ABerto A todos os interessAdos.

Maio / 2015 :

Dia 05 - Constelação familiar: órfãos, meni-nos de rua, a mendicância.

Dia 12 - A família como agência educadora por excelência: instrumento de redenção espi-ritual, criação, educação, amor e autoridade.

Dia 19 - O lar é a melhor escola: pais, os pri-meiros professores: Quem é o educando, quem é o educador? A missão da paternidade.

Dia 26- Aspectos da educação: intelectual, so-cial, moral e espiritual e religiosa.

Estamos aguardando você no Centro Espírita Irmão ClarêncioRua Begônia, 98 - Vila da Penha

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S orves, em lágrimas silenciosas, o cálice da amargura, ante o filho desobediente, e notas no coração

que o amor e a dor palpitam juntos em paroxismos e profundezas.

Desencantada com as leves nódoas de indignidade que lhe entreviste no cará-ter, reparas, chorando, que ele não é mais a aparição celeste dos primeiros dias e, ao ponderar-lhe a falência iniciante, temes a liberdade que o tempo lhe concederá na construção do destino.

Pretextando querê-lo, não te rendas à feição de praça vencida...

Conquanto carregues o espinho da angústia engastado na alma, é preciso velar no posto de sentinela.

Não deformes o sentimento que te pulsa no peito.

Fortalece a própria vontade, governando-lhe os impulsos.

Ceder sempre, no fundo, é menosprezar. Sê previdente, aparando-lhe os caprichos. Acende a luz da prece e medita nas

dores excruciantes que alcançaram, também, a doce mãe de Jesus e ergue a voz no corretivo às irreflexões e aos anseios imoderados que o visitam, se queres fazer dele um homem.

Dosa o sal da energia e o mel da brandura, nos condimentos da educação.

Nem liberdade desordenada, nem apego excessivo.

Se teu filho é tua cruz, lembra-te de que, na Terra, não há nascimento de santos. Almas em luta consigo mesmas, é compreensível vivamos todos nós, não raro, em luta uns com os outros, nos passos ziguezagueantes da experiência.

Sê operosa e humilde, sem ser escrava. Não cultives desgostos. Sê fiel à esperança. Não fites ingratidões, nem coleciones

queixumes. A missão divina da maternidade

apoia-se na força onipotente do amor. Envolve teu filho na palavra de ben-

ção, que vence o orgulho, e na luz do exemplo que dissipa as sombras da re-beldia.

Faze que se lhe desenvolvam os senti-mentos bons do coração, que o musgo dos séculos recobriu e ocultou.

V i g í l i a M a t e r n a lNão te faças borboleta do sono, quando

a vida te pede vigílias de guardiã.No rio da existência humana, os espíritas

são as gotas d’água que se transformam em lâminas de arremesso contra as pedras dos obstáculos, talhando caminhos novos.

O Espiritismo gera consciências livres. Prova a teu filho semelhante verdade pelas próprias ações de renúncia e dis-cernimento, conjugando o bálsamo do carinho com a rédea da autoridade.

Não queiras transformá-lo, à força, em escolhido, dentre aqueles chamados pelo Senhor.

Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da Eternidade e somente elevamos a nós mesmos a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.

Assim, pois, embora muitas vezes tor-turada na abnegação incompreendida, mostra a teu filho que a Lei Divina é insubornável e que todo espírito é res-ponsável por si próprio.

AnáliA FrAnco

Fonte: O Espírito da Verdade.Espíritos Diversos.Psicografia: Francisco Cândido Xavier.Editora FEB.

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Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :BAirro dos estrAnHos

Autor: Wilson Frugilo JrEditora IDE

O EsfOrçO da sEmEntE

Suplemento Infantojuvenil

A sementinha soltou-se da árvore e caiu no solo, e lá per-maneceu. Certo dia, um vento passou soprando forte, e a arrastou para longe.

Nesse lugar estranho, longe do local onde sempre vivera, longe da árvore-mãe que a tinha agasalhado, a sementinha sentia-se solitária, mas confiante de que sua vida ia mudar. Uma manhã, olhando para o alto, viu pesadas nuvens que se acumulavam no céu e percebeu que ia chover.

Logo, o vento começou a soprar, e a chuva forte caiu, molhando a terra, se acumulando em poças e depois formando um pequeno regato.

A sementinha, apavorada, viu-se arrastada pela enxurrada por um longo trecho... Até que notou que havia parado. A lama acabou por envolvê-la, e ali ela ficou, escondida no escuro, coberta pela terra.

Sem nada ver, a sementinha sentia-se muito triste. Estava sozinha e sem poder sair daquele lugar onde não entrava luz. Não gostava da escuridão, nem da umidade, nem da terra que a mantinha presa, impedindo-a de ver o sol.

Todavia, ela não perdia as esperanças de ter um futuro melhor. Confiava que o Criador não a fizera nascer em vão.

E a sementinha sentia a vida pulsar dentro de si: Toc... toc...toc... Eram as batidas do seu coração.

Mas o que adiantava ter um coração, sentir-se viva, se nada podia fazer, entregue à inutilidade embaixo da terra?

Então, a sementinha, em lágrimas, orou com muita fé:— Ajude-me, Senhor. Quero ter uma vida diferente, realizar alguma

coisa de útil e de bom! Não me deixe aqui sem poder fazer nada.Depois, cansada de chorar, a sementinha acabou por se acomodar,

adormecendo aconchegada à terra.Certo dia, algum tempo depois, ela acordou. Dormira bastante.

Sentia-se descansada. Teve vontade de espreguiçar-se.Encheu o peito de ar e abriu os braços com força. Então, viu que dois

delicados brotinhos surgiam do seu corpo. Mais animada, começou a fazer força: Esticou... Esticou... Esticou bem os braços... E, cheia de ale-gria, conseguiu romper o solo!

E um espetáculo lindo surgiu diante de seus olhos maravilhados: O céu azul, as árvores verdes e floridas que existiam ali perto, os pássaros, e especialmente o sol, cujos raios mornos aqueciam seu corpo, fortalecendo sua seiva.

Poucos dias depois, já era uma linda plantinha, forte e de-cidida, cheia de pequenos galhos e de folhas verdinhas. Em breve, tinha crescido e se transformado num belo arbusto. Não demorou muito, e era uma árvore, de tronco robusto e cujos galhos avançavam para todos os lados formando uma grande copa.

Surpresa e feliz, descobriu que era uma Macieira!

Agora, olhando tudo do alto, a Macieira pensava em como se mo-dificara sua vida. Os pássaros vinham fazer ninhos em seus ramos; os pequenos animais se abrigavam sob sua copa; as pessoas prote-giam-se sob sua sombra, as crianças subiam em seus galhos, e, no tempo certo, colhiam seus frutos, alimentando-se com suas doces e saborosas maçãs. E até os vermes existentes no solo se beneficiavam, aproveitando os frutos estragados que caíam no chão.

E a Macieira acolhia a todos, satisfeita por poder ser útil. Sentia-se agora feliz e realizada.

Seu coração grande e generoso, repleto de gratidão, reconhecia o quanto devia à terra que a agasalhara em seu seio por tanto tempo, à água que mantivera sua vida latente, e ao calor do sol que lhe dera condições de crescer e se desenvolver.

Compreendia agora que, sem as dificuldades que tinha atravessado, não poderia ter chegado a ser a bela árvore em que se transformara.

E certamente, agradecia a Deus, que a criara, consciente de que precisava passar por aquele processo de aprendizado para crescer e realizar a tarefa que lhe fora destinada.

Sentia-se importante; deixara de considerar-se inútil.Sua tarefa poderia ser pequena, mas só ela a poderia realizar, por

isso agora se considerava muito feliz.tiA céliA

Fonte: Revista O Consolador, junho de 2007 (www.oconsolsdor.com.br)