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Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro ano I nº 7 maio / junho 2010 Distribuição gratuita www.crc.org.br | [email protected] A Tribuna do Contabilista Revista do Nós contabilizamos o progresso págs. 12 e 13 Entre as novidades, o Exame de Suficiência volta a ser obrigatório para obtenção do registro Registro Conheça em detalhes a carteira do contabilista com chip eletrônico pág. 10 Fiscalização Esclareça dúvidas sobre o Termo de Transferência de Responsabilidade pág. 15 Eventos Encontro estimula Integração dos Órgãos de Controle no Rio pág. 5 Nova lei traz mudanças para a profissão Entrevista Vereador Roberto Monteiro fala sobre criação da lei do Código do Contribuinte pág. 16

Eventos Nova lei traz mudanças para a profi ssãowebserver.crcrj.org.br/asscom/jornais/revistacrc7/revista7.pdf · de conselheiros e funcionários estamos satisfeitos em já ter

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro • ano I • nº 7 • maio / junho 2010 • Distribuição gratuita

www.crc.org.br | [email protected]

A Tribuna do Contabilista

Revista do

Nós contabilizamos o progresso

págs. 12 e 13

Entre as novidades, o Exame de Sufi ciência volta a ser

obrigatório para obtenção do registro

Registro

Conheça em detalhes a carteira do contabilista com chip eletrônico

pág. 10

Fiscalização

Esclareça dúvidas sobre o Termo de Transferência de Responsabilidade

pág. 15

Eventos

Encontro estimula Integração dos Órgãos de Controle no Rio

pág. 5

Nova lei traz mudanças para a profi ssão

Entrevista

Vereador Roberto Monteiro fala sobre criação da lei do Código do Contribuinte

pág. 16

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 2

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Revista do CRCRJ A Tribuna do ContabilistaRevista doPresidente: Diva Maria de Oliveira GesualdiVice-Presidente: Vitória Maria da SilvaVP de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional: Francisco José dos Santos AlvesVP Operacional: Regina Célia Vieira FerreiraVP de Fiscalização, Ética e Disciplina: João Bosco LopesVP de Registro: Carlos Alberto do NascimentoVP de Interior: Claudio Vieira SantosVP de Controle Interno: Ana Cláudia Lima CorrêaVP de Ouvidoria: Vicente de Paulo Muniz

Câmara de Pesquisa e Desenvol vimento Profissional Presidente: Francisco José dos Santos AlvesIntegrantes: Aroldo José Planz, Josir Simeone Gomes, João Figueira e Mauro Moreira

Câmara de Controle Interno Presidente: Ana Cláudia Lima CorrêaIntegrantes: Mauro Moreira, Flávio da Silva Poggian e Lygia Maria Vieira Sampaio

Câmara de Registro Presidente: Carlos Alberto do Nascimento Integrantes: Adriano Luiz Medina, Ester Pildervasser, Neide Peres Ferreira e João Figueira

Câmara de Fiscalização, Ética e DisciplinaPresidente: João Bosco LopesIntegrantes: Aroldo José Planz, Ester Pildervasser, Flávio da Silva Poggian, Gil Marques Mendes, Irany Onofre Rodrigues, Jorge Leite Falcão, Lílian Lima Alves, Lygia Maria Vieira Sampaio, Maria Alípia Maia de Almeida e Rosimeri Moreira de Andrade

Conselho EditorialCoordenadora: Diva Maria de Oliveira GesualdiIntegrantes: Adriano Medina, Ana Cláudia Lima Corrêa, João Figueira, Neide Peres Ferreira, Vitória Maria da Silva

Conselheiros EfetivosContadores: Ana Cláudia Lima Corrêa, Aroldo José Planz, Carlos Alberto do Nascimento, Claudio Vieira Santos, Diva Maria de Oliveira Gesualdi, Flávio da Silva Poggian, Francisco José dos Santos Alves, Gil Marques Mendes, João Bosco Lopes, Josir Simeone Gomes, Lygia Maria Vieira Sampaio, Lilían Lima Alves, Mauro Moreira, Regina Célia Vieira Ferreira, Vicente de Paulo Muniz, Vitória Maria da SilvaTécnicos em Contabilidade: Adriano Luiz Medina, Ester Pildervasser, Irany Onofre Rodrigues, João Figueira, Jorge Leite Falcão, Maria Alípia Maia de Almeida, Neide Peres Ferreira, Rosimeri Moreira de Andrade

Conselheiros SuplentesContadores: Aluízio Beserra de Mendonça, Carlos Eduardo Inácio Ribeiro, Carlos Magno Caetano, Celso Barbosa de Lima, João Antonio da Silva Cardoso, Joper Padrão do Espírito Santo, Jorge Ribeiro dos Passos Rosa, José Ribamar do Amaral Cypriano, Josuel Batista Ferreira, Marcia Tavares Sobral de Sousa, Nilza Corrêa dos Santos, Paulo Cesar de Castro, Ril Moura, Sérgio Gonçalves da Costa, Waldir Jorge Ladeira dos SantosTécnicos em Contabilidade: Damaris Amaral da Silva, Eronildo Pereira Fernandes, Fernando Antonio Viana Mendes, José da Silva Puglia, Juércio de Oliveira Neves, Renata de Lima Haydt da Silva, Vagner Moreira Quito, Valéria Maria da Silva Coordenação: Fernanda Ribeiro e Daniel Garrido

Produção editorial / diagramação: Cajá – Agência de Comunicação Jornalista responsável: Leonardo Mancini (Mtb 18.296/84/40V) • www.caja.com.brBanco de imagens: Stock.xchng: Flávio Takemoto, Jade Colley e Stewe Woods (pág. 2), Fotolia: Joannis Kounadeas (pág. 14)

Rua Primeiro de Março, nº 33 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20.010-000 Tel.: (21) 2216-9595 – Fax: 2216-9505

[email protected] | www.crc.org.brOs artigos e matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. O CRCRJ não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.

Periodicidade bimestral. Entrega dirigida. Tiragem: 39.000 exemplares por edição

Impressão: Aquarius Gráfica Editora

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Ouvidoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Homenagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Desenvolvimento Profi ssional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Interior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Opinião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Registro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

Passo a Passo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

Capa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12

Perguntas e Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14

Fiscalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

Entrevista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

Diversos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

Entidades Congraçadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

Empresa Cidadã . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

Perfi l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

Boletim Informativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

Atualidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

Ed

itorial

Revista do CRCRJ3 março & abril 2010

Ed

itorial

*Diva Gesualdi

A modernização da contabilidade

Cartas e e-mails

*Diva GesualdiPresidente do CRCRJ

Cartas e e-mailsSOS Receita

Parabéns por nos informar a respeito da publicação que adia o prazo da DIPJ 2010. O site da Receita não está suportando tantos acessos e está impossível enviar qualquer declaração, sendo que eles não avisam se vão prorrogar ou não. Já estava dando como certa a não entrega da declaração. Obrigado, me aliviou um pouco. Tenho orgulho de pertencer a esta classe.

Leandro Macedo

Nova diretoria

É com orgulho e satisfação que tomo conheci-mento, através da revista, da posse de colegas. Assim permita-me dizer na nova diretoria do CRCRJ, profi ssionais inteligentes que tive prazer de compartilhar cursos, que sempre nos proporcionou anos de conhecimentos, enriquecendo-nos profi ssionalmente na ciên-cia do saber contábil. Congratulo com orgulho nossa querida Sra. Diva Gesvaldi - Presidente do CRC-RJ,

recem empossado e a Sra. Vitória Maria da Silva - Vice-Presidente, desejo-lhe felici-dade e uma boa gestão administrativa a frente do Conselho. Parabenizo também toda a sua equipe, e as funcionárias Sra. Maria de Fátima Bacelo e Sra. Telma , ambas no setor de cursos. Que Deus ilumine a todas.

Cleiton de Souza Machado

Prezado Contabilista:

Completamos agora seis meses do primeiro ano de minha gestão como Presidente do nosso Conselho. Eu e minha equipe de conselheiros e funcionários estamos satisfeitos em já ter im-plantado alguns dos projetos e compromissos fi rmados durante a campanha. Dentre eles, gostaria de destacar o ensino à distância, que acontece em um momento extraordinariamente oportuno: a volta da exigência do Exame de Sufi ciência, que aumentará a com-petição entre os profi ssionais contábeis no mercado de trabalho.

O projeto de educação à distância, um sonho antigo do Con-selho, foi iniciado na gestão de Antonio Miguel Fernandes, quando eu atuava como vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Profi ssional. Por meio de parceria fi rmada com o Instituto EA-D24h Cursos e Treinamento e da TV CRCRJ, vamos levar educa-ção de qualidade aos contabilistas, estejam onde estiverem, com a possibilidade de escolherem o melhor momento para estudar, 24h por dia, sem perda de tempo com deslocamentos. Para aten-der ainda mais à s necessidades da classe, contamos com sua participação, enviando-nos sugestões de assuntos sobre os quais desejam estudar, através do e-mail [email protected].

Outro sonho antigo que se tornou realidade foi a volta do Exa-me de Sufi ciência, que será obrigatório em todo o território na-cional para os registros de Técnicos e Bacharéis em Contabilidade efetuados a partir de 1º de novembro de 2010. Acreditamos que esta medida trará um futuro ainda mais positivo para a nossa pro-fi ssão, uma vez que a sociedade e o empresariado poderão contar

com profi ssionais de contabilidade ainda mais bem selecionados e mais aptos a realizar seus serviços.

A aplicação do Exame está prevista na Lei nº 12.249/10, que, entre outras providências, altera dispositivos do Decreto-lei nº 9.295/46, que regulamenta nossa profi ssão. O objetivo da refor-mulação é proteger e atualizar a classe contábil diante das novas realidades de mercado e do novo cenário legislativo. A partir do dia 2 de junho de 2015, somente serão feitos registros de Con-tadores (com nível superior). Os Técnicos em Contabilidade já registrados e os que venham a fazê-lo até 1o de junho de 2015 têm assegurado o seu direito ao exercício da profi ssão, com todas as prerrogativas garantidas pela legislação em vigor.

No editorial passado, perguntei se seria exagero dizermos que a contabilidade brasileira estaria em meio a uma revolução. A cada dia, fi camos mais tendentes a dizer que sim. Tantas novida-des técnicas, tecnológicas e legislativas, em quantidade sem prece-dentes, a nova economia mundial exigindo padrões internacionais e a informação contábil cada vez mais rápida e acessível estão transformando a contabilidade e consequentemente seu profi s-sional. Diante dessas transformações, será aplicada a lei da seleção natural. Sobreviverão no mercado, cada vez mais competitivo, os profi ssionais que souberem se atualizar e se adaptar às mudanças que não param de surgir. Neste novo mundo, o profi ssional con-tábil será cada vez mais exigido e, acima de tudo, mais necessário.

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VOCÊ PODE PAGAR O SEU DÉBITO PARCELADAMENTE ([email protected])

* Vicente MunizVice-presidente de Ouvidoria do CRCRJ

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 4

O Profi ssional regularmente inscrito e Ativo, ao completar 70 anos de ida-de, na forma regimental, fi ca isento da “Anuidade”, conservando porém todas as prerrogativas e direitos, que lhe são assegurados, inclusive votar, de que, ape-sar de obrigatório, fi ca excepcionalmen-te dispensado, e ser votado.

A Diretoria deste Conselho, por pro-posta do Vice-Presidente de Registro, Conselheiro Carlos Alberto do Nasci-mento, aprovou, como complementação da Isenção da Anuidade, a concessão do “Diploma de Honra ao Mérito” a todo Profi ssional que, ao atingir o limite regimental, não tenha cometido nenhu-ma infração ética ou disciplinar, homolo-gado pela Egrégia Plenária.

Presente em nosso Auditório, por ocasião dessa homologação, o ilustre Conselheiro do Conselho Federal e co-lega Antonio Miguel Fernandes, nosso ex-Presidente e atualmente Vice-Presi-dente de Registro do Conselho Federal, propôs e foi aprovado que se retroagisse a concessão desse Diploma aos que já estão usufruindo dessa prerrogativa, para que tenham os mesmos direitos.

Sensibilizado com a iniciativa de nossa Diretoria e especialmente com a do cole-ga Carlos Alberto de prestar essa home-nagem aos “Idosos” que continuam em

Velho ou idoso, qual a diferença?Diploma de honra ao mérito

atividade, entre os quais nos incluímos, é que fi zemos as considerações abaixo, que originaram o título de nossa coluna.

Ser Idoso é um estado de espírito. Quando se tem uma mente jovem e um corpo são, por que não agir como tal?

IDOSO – Tenha sempre sua atenção voltada para as técnicas de rejuvenesci-mento, e mesmo quando aposentado procure manter-se ativo, ora exercendo funções de consultoria, ou como presiden-te de Conselhos empresariais, empresário comercial ou industrial, profi ssional liberal, diretor ou conselheiro de entidades de classe, artista, jornalista e muitas outras ati-vidades, artísticas, literárias ou científi cas.

O Idoso não envelhece, recusa-se a parecer envelhecido, para não ser expul-so do mercado profi ssional, sexual e de consumo. O Idoso ativo exerce em sua plenitude a cidadania, vota, representa, cir-cula, decide, participa e age.

Alguns exemplos de Idoso ativo: Ro-berto Marinho (In Memoriam), Dercy Gonçalves (In Memoriam), Oscar Nie-meyer, Bernard Shaw (In Memoriam), que só assistiu a sua glorifi cação aos 70 anos. Mascagni (In Memoriam), que produziu Cavaleria Rusticana, lançou aos 72 anos a ópera Nero, de assombrosa dramaticidade e surpreendente harmo-nia. Goethe (In Memoriam) escreveu o

Fausto aos 80 anos. Pirandelo (In Memo-riam) só aos 80 anos conquistou o Prê-mio Nobel, e Vitor Hugo (In Memoriam) tinha quase 70 anos quando publicou seus mais belos versos.

VELHO – Nada melhor para defi nir o “velho” do que a tirinha do jornal “O Globo” – Segundo Caderno –, de autoria de A. Silvé-rio: “URBANO – o aposentado”. É a antíte-se total e completa do Idoso, aposentadoria compulsória, descartabilidade, discriminação, solidão, pobreza. Estão na terceira idade, feliz idade, e com isso são infantilizados, desqua-lifi cando-os. O ator Chico Anysio criou um personagem que bem identifi ca o velho: Professor Bartolomeu Guimarães. Quando se fala em velho, pensa-se logo no vovô que vai para a praça dar milho aos pombos ou jogar cartas com outros velhinhos. Informá-tica, Internet, e-mail, Orkut, Google e Twitter: “Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.”

Eurípedes Cardoso de Menezes es-creveu certa vez: “Esta vida é apenas um noviciado para a que se lhe há de seguir. O fi m de nossa jornada não é um túmu-lo; não cremos na vida eterna?? O que chamamos de morte é de fato o nasci-mento para uma nova vida.”

VOCÊ PODE PAGAR O SEU DÉBITO PARCELADAMENTE ([email protected])

* Vicente Muniz

Revista do CRCRJ5 maio & junho 2010

Even

tos

Fotos: Reynaldo Dias

A presidente do CRCRJ, Diva Maria Gesualdi, entre

o presidente do CFC, Juarez Domingues, e o

vice-presidente de Registro do Conselho Federal,

Antonio Miguel Fernandes

Com o objetivo de conscientizar os pequenos e médios empresários e seus contabilistas sobre a importância da con-vergência das informações contábeis com as Normas Interna-cionais de Contabilidade (IFRS), o Conselho Federal de Conta-bilidade (CFC) realizou no dia 4 de maio o Seminário IFRS para Pequenas e Médias Empresas.

O evento, promovido no Rio de Janeiro em parceria com o BNDES, Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ibracon, Sebrae, Fenacon e International Accounting Standards Board, demonstrou a importância das Normas para o desenvolvimento e o crescimento da economia. Segundo o presidente do CFC, Juarez Domingues, o seminário é um passo inicial para sensibilizar empresas, organizações e profi ssionais da contabilidade em relação à adoção das IFRS. “Os pequenos e médios empresários devem levar em conta que a sua inserção no mercado globalizado e a possibilidade de competir em igual-dade de condições com empresas em qualquer parte do mundo dependem da adoção de uma linguagem única, que são as IFRS.” O ex-presidente do CRCRJ e atual Vice-Presidente de Registro do Conselho Federal, Antonio Miguel Fernandes, exemplifi cou como a adoção de uma padronização é importante para o cres-cimento das micro, pequenas e médias empresas. “As instituições

Evento discute IFRS

Na abertura do 1º Encontro de Inte-gração dos Órgãos de Controle (1º Eninte Rio), a presidente do CRCRJ, Diva Maria Gesualdi, defendeu a aproximação entre os profi ssionais contábeis e os controla-dores do Tribunal de Contas da União, do Estado e do Município e outros órgãos de controle. O evento, promovido pela Con-troladoria-Geral da União no Rio de Janei-ro (CGU-Regional/RJ), em parceria com a Controladoria-Geral do Município, contou com o apoio do Grupo de Trabalho para o Controle Social do Estado (GTCS) e foi realizado no Centro de Convenções Sul América, localizado na Cidade Nova, Rio de Janeiro, nos dias 22 e 23 de junho.

Além do bom relacionamento com os Tribunais de Contas, a presidente Diva destacou a importância do profi ssional contábil no ciclo da arrecadação tributária do país. Disse que a aproximação entre os profi ssionais de contabilidade e os órgãos

de controle reforça o compromisso social da categoria e a busca constante de aper-feiçoamento dos métodos contábeis. “Te-mos de ser cidadãos cumprindo as deter-minações legais e cobrando do governo o controle dos gastos públicos para vermos aqueles tributos que nós pagamos aplica-dos corretamente. É sonho de todos nós termos retorno do valor que entregamos aos órgãos do governo, uma contrapartida que traga benefício para a sociedade”, en-fatizou a presidente do CRCRJ.

O encontro, que reuniu profi ssionais do setor público, teve como objetivo a troca de experiências entre os diversos órgãos de controle interno e externo das três esferas de poder (Municipal, Estadual e Federal) e está inserido no âmbito do Programa de Fortalecimento da Gestão Pública (FGP), desenvolvido pela CGU, e do Programa de Integração de Controles, promovido pela CGM.

CRCRJ defende aproximação no 1º ENINTE-RIO

fi nanceiras são rigorosas em relação à contabilidade. Se a em-presa não tem uma contabilidade dentro de um padrão consi-derado confi ável, não terá crédito. Se hoje a empresa é pequena, amanhã vai querer subir para média e, um dia, vai querer ser grande. Com a contabilidade padronizada, as difi culdades serão

menores do que partir do zero”, explicou.Sobre a posição do país no cenário internacional, o presi-

dente do CFC acredita que “o Brasil ocupa hoje uma posição de destaque. Por isso, não pegamos e simplesmente transcre-vemos as Normas. Estamos estudando, analisando, criticando e nos posicionando. Nós colocamos junto aos grupos de traba-lho a realidade brasileira. Trata-se de um processo de conver-gência responsável”, avalia.

A presidente do CRCRJ, Diva Maria Gesualdi, em discurso na abertura do 1º ENINTE RIO

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 6

Homenagem a dois ícones

No dia 13 de maio, deixou-nos o chefe de gabinete da Presi-dência do CRCRJ, Ruy Furtado de Oliveira. Funcionário do Con-selho desde 1963, ele deixa saudade entre os amigos, que orga-nizaram uma missa solene em sua homenagem após um mês de falecimento. “Falar sobre o Ruy será sempre com muita emoção. A ele devo boa parte dos resultados alcançados pela nossa adminis-tração”, revela o ex-presidente do Conselho Carlos de La Rocque.

Ruy formou-se técnico em contabilidade, depois cursou Ciências Contábeis, Direito e Administração. Aos 63 anos de idade, 47 deles dedicados ao CRCRJ, acumulava histórias das principais fases do Conselho, como as da época em que o Estado do Rio de Janeiro e o Estado da Guanabara possuíam entidades representativas independentes. Em 2008, foi home-nageado pelo então presidente do CRCRJ, Antonio Miguel Fernandes, que o ofereceu uma placa pela valiosa contribui-ção à classe.

No início deste ano, a classe contábil sofreu duas grandes perdas. A primeira foi a de Ruy Furtado de Oliveira, o funcionário mais antigo do CRCRJ. Em junho, deixou-nos o Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá, referência acadêmica e histórica da contabilidade brasileira e internacional.

Antônio Lopes de Sá morreu no último dia 7 de junho, no Rio de Janeiro, aos 83 anos. Doutor em Ciências Contábeis pela Faculdade Nacional de

Ciências Econômicas da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janei-ro), o professor se dedicou à contabilidade

por 63 anos e deixa, como parte de seu legado, 157 livros publicados no Brasil, Espanha e Argentina. “O saudoso pro-

fessor Lopes de Sá foi o catedrático de maior cultura contábil que se tem notícia na história mundial da contabi-lidade. Este cientista contemporâneo deixa uma herança cultural de extra-

ordinária utilidade à Escola Brasileira de Contabilidade, ancorada na teoria geral e avançada, criada por ele à luz do neopatrimo-nialismo”, afi rma o professor Wilson Alberto Zappa Hoog.

Para a presidente do CRCRJ, Diva Gesualdi, Antônio Lopes era um cientista da contabilidade, reconhecido por sua humildade. “O professor se destacava por sua capacidade de atender a todos com carinho e estar sempre presente na vida do Conselho.” Além

das atividades na Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Po-líticas e Sociais e na Academia Brasileira de Ciências Contábeis, Lopes de Sá participou de trabalhos da Academie des Sciences Commerciales, da França, e da Real Academia de Ciências Econó-micas y Financieras, da Espanha.

Antônio Lopes de Sá nasceu em 1927 em Belo Horizonte, Mi-nas Gerais. Além de doutor em Ciências Contábeis e Letras, era administrador, economista e historiador. Foi indicado ao prêmio Nobel da Paz e, durante sua carreira, recebeu diversas honrarias, entre as quais a medalha João Lyra, a maior homenagem concedi-da a um profi ssional contábil.

Casado com a professora e pedagoga Édila Márcia, foi vítima de um aneurisma cerebral. O professor deixou quatro fi lhos e netos. De acordo com Wilson Alberto, o carisma de Lopes de Sá era uma característica memorável. “Convivi com o professor durante algum tempo e pude perceber o quanto ele valorizava as relações humanas. Quando ia a algum encontro, cumprimentava a todos e fazia questão de conhecer os contadores dos locais onde estavam sendo realizados os eventos. Com a família era amoroso, e sua esposa Édila era uma companheira que estava sempre pre-sente”, comenta.

“Meu pai era grato ao Conselho, pois acredi-tava tudo o que conseguira na vida tinha sido fruto de seu trabalho na entidade. O CR-CRJ era a coisa mais importante para ele”, conta o fi lho Vagner Furtado.

De acordo com a presidente Diva Gesualdi, Ruy tinha papel de destaque na adminis- tração da entidade. “Ele buscava o conhecimento de todo o sistema contábil brasileiro, trazendo uma visão geral e facilitando a tomada de de-cisões. É uma grande falta que sentimos de um parceiro que teve sua vida dedicada ao CRC.” O ex-presidente Antonio Miguel re-força a ligação afetiva entre Ruy e o Conselho. “Ao longo do tem-po, ele deixou de ser apenas um profi ssional para se tornar um amigo. Era um tipo de profi ssional que você não tem à disposição no mercado. Ninguém é insubstituível, mas eu diria que teremos difi culdade para encontrar alguém próximo à sua capacidade.”

Lopes de Sá: unanimidade acadêmica e profi ssional

Ruy Furtado: dedicação de 47 anos ao Conselho

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Revista do CRCRJ7 maio & junho 2010

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Encontro discute negócios no RioO 1º Encontro Profissional de Negócios Contábeis aconteceu

em maio, no Hotel Intercontinental, e contou com a presença de autoridades e renomados profissionais do setor contábil. Com o tema “Análise crítica da convergência internacional – o novo perfil da contabilidade e do contabilista”, foram discutidos assuntos como mercado de trabalho e os desafios que a profissão enfrenta atual-mente. Para dar início ao evento, o presidente do Conselho Fede-ral de Contabilidade, Juarez Carneiro, e a presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, Diva Maria Gesualdi, falaram sobre a importância da realização de encontros como este.

Para o presidente do CFC, as mudanças que ocorrem no setor contábil seguem, hoje, um fluxo mais intenso. Segundo ele, o conta-bilista precisa estar atento a esse processo para se tornar competiti-vo e agregar valor a sua profissão. “Nunca houve tanta mudança na área contábil como estamos presenciando. Isso exige uma atenção maior e uma capacitação constante de profissionais. A formação continuada passa a ser o grande alicerce do contabilista”, afirmou.

Em seu discurso, a presidente do CRCRJ, Diva Gesualdi, re-

conheceu que o setor vem sofrendo mudanças. “O encontro é uma oportunidade para os profissionais se atualizarem, trocarem experiências e fazer negócio.”

Participaram do encontro o desembargador do Tribunal de Jus-tiça do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cavalieri, o sócio da Deloitte Touche Tohmatsu Marcelo Cavalcanti, o vice-coordenador de Rela-ções Internacionais do CPC, Haroldo Neto, o Controlador Geral do Município do Rio de Janeiro de 2001 a 2008, Lino Martins da Silva, e o vice-presidente do Instituto Atlântico, Paulo de Castro.

Preocupado com a qualificação dos estudantes e profissionais contábeis, desde a década de 1990 o Conselho Regional de Conta-bilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ) investe continuamente na pro-dução e divulgação de artigos científicos e se esforça para oferecer à categoria um material de pesquisa de qualidade.

A revista Pensar Contábil é um exemplo desse trabalho. Sua cria-ção, em 1998, foi motivada pela falta de publicações científicas do Rio de Janeiro focadas na área contábil. Com artigos atualizados, a revista é classificada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) como QUALIS/CAPES B4, o que comprova sua relevância no meio acadêmico.

“Os artigos da revista atendem a critérios científicos e devem ser lidos por quem valoriza a Contabilidade como ciência”, destaca o vice-presidente do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimen-to Profissional, Francisco José dos Santos Alves.

Segundo o vice-presidente, todos podem enviar artigos para avaliação, desde que cumpram os critérios de formatação e conteú-do. O processo de seleção inclui a “dupla revisão cega”, na qual dois avaliadores analisam o artigo e o pontuam. Em seguida, o conselho editorial decide que artigos serão publicados. Os que não forem escolhidos retornam aos autores, com sugestões de melhorias que permitam que tais artigos sejam analisados novamente no futuro.

Durante o ano, são publicadas três edições, com uma tiragem de 2.000 exemplares. Para ter acesso ao periódico, basta fazer uma assinatura pagando uma taxa anual de R$16,00, estando o formu-

Publicação valoriza produção científicalário disponível no portal do CRC (www.crc.org.br). O conteúdo da revista também pode ser visto no site Atena (www.atena.org.br), uma base de dados que contém, na íntegra, periódicos sobre Contabilidade. Criado em 2008, seu objetivo é facilitar o acesso dos contabilistas ao conteúdo científico das revistas impressas. Atu-almente, o site disponibiliza quatro periódicos: a Revista Sociedade, Contabilidade e Gestão, da UFRJ, a Revista de Contabilidade do Mestra-do em Ciências Contábeis da UERJ, a Revista Brazilian Business – BBR, da FUCAPE, e a revista Pensar Contábil.

De acordo com o vice-presidente, o Atena é uma ferramenta importante para o engrandecimento da profissão. “Quando com-pramos um livro, ele está, em média, com cinco anos de defasagem em termos de informação. Os artigos, por outro lado, nos permitem conhecer o que de mais atual se discute no meio científico”, ressalta.

O vice-presidente diz ainda que os 53.025 acessos no primeiro semestre deste ano comprovam o sucesso do projeto, que está sendo bem recebido pelos alunos de Ciências Contábeis. “Encami-nhamos aos coordenadores do curso de Ciências Contábeis infor-mações a respeito do portal para que os estudantes tenham acesso a publicações científicas de qualidade. Os artigos ajudam os alunos em suas pesquisas acadêmicas e em seus trabalhos”, afirma.

O acesso ao Atena é livre. Não há necessidade de cadastro, de pagamento ou de autorização prévia. Quem quiser publicar seus artigos na revista Pensar Contábil deve seguir as orientações no site do CRCRJ e enviá-los para o e-mail [email protected].

Sérgio Cavalieri, desembargador do Tribunal de Justiça

do Estado do Rio de Janeiro, fala sobre

responsabilidade civil aos participantes do evento

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 8

Inte

rio

r

Angra dos Reis Parati e Rio Claro – Resp. Célia Pereira Santos – Av. José Elias Rabha, 280 lj. 132, Angra Shopping Center – Parque das Palmeiras – CEP: 23906-510 – telefax: (24) 3365-6880 – e-mail: [email protected]

Bangu Barra de Guaratiba, Campo Grande, Cosmos, Guaratiba, Inhoaíba, Magalhães Bastos, Paciência, Padre Miguel, Pedra de Guaratiba, Realengo, Santa Cruz, Santíssimo, Senador Camará, Senador Vasconcelos e Sepetiba – Resp. Célia Maria Gama da Silva – Rua Francisco Real, 1065 sls – 201/203 – Bangu – CEP: 21810-041 – tel. : (21) 2401-8421, (21) 2402-2092 – fax: (21) 2401-6167– e-mail: [email protected]

Barra do Piraí Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Santanésia, Valença e Vassouras – Resp. Maria Elizabeth Soares da Cunha – Rua Barão de Santa Cruz, 103, Centro – CEP: 27120-050 – telefax.: (24) 2442-2727 – e-mail: [email protected]

Cabo Frio Araruama, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Iguaba Grande, São Pedro d’ Aldeia e Saquarema – Resp. Francisco Antonio de Azevedo Rosa – Rua Teixeira e Souza, 278, s/ 105 – Centro – CEP: 28905-100 – telefax: (22) 2645-4685 – e-mail: [email protected]

Campos Cardoso Moreira, Italva, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra e São Joaquim – Resp. Maria José Rosa – Rua Dr. Lacerda Sobrinho, 132 lj. 4 – Ed. Gallery 132 – Centro – CEP: 28010-070 – tel.: (22) 2734-3600; fax: (22) 2725-7929 – e-mail: [email protected]

Duque de Caxias Guapimirim e Magé – Sendra e Koscheck Assessoria e Consultoria Contábil Ltda. – Resp. Francisco Carlos Rubens Sendra e Rogério Koscheck da Silva – Rua Ailton da Costa, 115, sls 405 a 412 – Centro – CEP: 25071-160 – telefax: (21)3659-8383 – e-mail: [email protected]

Itaperuna Aperibé, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci, Itaocara, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai – Resp. Jader Barbosa da Silva – Av. Cardoso Moreira, 841 slj./21 Centro – CEP: 28300-000 – tel.: (22) 3824-3831; telefax: (22) 3822-0386 – e-mail: [email protected]

Jacarepaguá Anil, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Pechincha, Praça Seca, Tanque, Taquara e Vila Valqueire – Unicon Contabilidade Ltda. – Resp. Luiz Carlos Rigoni Duarte e Ana Paula Pádua de Carvalho – Estrada dos Bandeirantes, 320 – Taquara – CEP: 22.710-112 – telefax: (21) 3432-9102 – e-mail: [email protected]

Macaé Barra de São João, Carapebus, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Quissamã, Rio das Ostras e Trajano de Moraes – Resp. Jussara Murteira Célem Garcia Vidal – Av. Ruy Barbosa, 698, sala 608, Ed. Tropical Plaza – Centro – CEP: 27910-362 – tel.: (22) 2759-2390; fax: (22) 2772-7003 – e-mail: [email protected]

Niterói Maricá – Resp. Jorge Luiz Rodrigues de Almeida – Rua José Clemente, 94 – Grupo 1304 – Centro – CEP: 24020-105 – tel.: (21) 2719-4557; fax: (21) 2620-5508 – e-mail: [email protected]

Nova Friburgo Bom Jardim, Cachoeira de Macacu, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Sumidouro – G. Contabilidade Ltda. – Resp. Guiomar Rodrigues Peres da Silva e Carlos Alberto Pereira da Silva – Rua Monsenhor José Antonio Teixeira, 25 s/101/103 – Centro – Ed. Mariana de Brito – CEP: 28610-390 – tel.: (22) 2523-2277 – telefax: (22) 2522-4639 – e-mail: [email protected] – End. para cor-respondência: Caixa Postal 89694 – Agência Serrana – CEP: 28610-972

Nova Iguaçu Belford Roxo, Engenheiro Pedreira, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Queimados e Paracambi – Resp. José Américo Moretti – Rua Athaide Pimenta de Moraes, 211 s/ 505 – Centro CEP: 26210-190 – telefax.: (21) 2667-9458 – e-mail: [email protected]

Petrópolis Consenso Consultoria Contábil Ltda. – Resp. Flavio Ottero Licht e Carolina Kronemberg Licht – Rua Irmãos D’Angelo, 48 s/401 – Centro – CEP: 25685-330 – tel.: (24) 2243-7188 – tele-fax: (24) 2242-0335 – e-mail: [email protected]

Resende Itatiaia, Porto Real e Quatis – Resp. Ubirajara Garcia Ritton – Praça Dr. Oliveira Botelho, 148 sls/ 2 a 5 – Centro – CEP: 27511-120 – tel.: (24) 3355-1522 e telefax: (24) 3355-3507– e-mail: [email protected]

Rio Bonito Itaboraí, Silva Jardim e Tanguá – Resp. José Américo dos Santos – Travessa Alexandre Fer-reira, 30 – Centro – CEP: 28800-000 – telefax: (21) 2734-2381 – e-mail: [email protected]

São Gonçalo Resp. Bianca dos Santos Motta – Rua Dr. Feliciano Sodré, 214 s/205, Centro – CEP: 24440-440 – tel.: (21) 2605-6108 / telefax: (21) 2605-6504 – e-mail: [email protected]

São João de Meriti Escritório Contábil Fontex Ltda. – Resp. Sinésio Fonseca de Sousa – Av. Comendador Teles, 2401, 4º piso – Vilar dos Teles – CEP: 25561-160 – tel.: (21) 2751-4998; telefax: (21) 2751-3353 – e-mail: [email protected]

Teresópolis São José do Vale do Rio Preto – Resp. Magda Medeiros Fonseca – Rua Coronel Claussen, 30 – Várzea – CEP: 25953-470 - tel.: (21) 2643-4662; telefax: (21) 2643-1417 – e-mail: [email protected]

Três Rios Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul e Sapucaia – Pedro Caldas Contabilidade S/S Ltda. - Resp. Pedro Paulo Moreira Caldas e Cristiano Silva Caldas – Pça. da Autonomia, 66 s/3 – Centro – CEP: 25802-310 – Caixa Postal 94178 – telefax: (24) 2252-0022 – e-mail: [email protected]

Volta Redonda Barra Mansa e Pinheiral – Resp. Luiz Gonzaga Pedrosa da Silva – Rua Norival de Freitas, 60 conj. 103 – Aterrado – CEP: 27295-100 – tel.: (24) 3347-4098 – telefax: (24) 3347-2797 – e-mail: [email protected]

Delegacias

Há três anos, a Delegacia do CRCRJ de Bangu atende aos profissionais de uma área extensa, que vai de Mangaratiba a Deodoro. De acordo com a delegada Célia Maria Gama da Silva, o objetivo da representação é “prestar serviços aos profissionais da área, já que muitos precisavam se deslocar, por exemplo, do Centro até Santa Cruz para obter uma etiqueta de Decore (Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos)”.

Com dois funcionários – um para o atendimen-to e a responsável Célia Maria – e uma rotina de trabalho intensa, muitas vezes impulsionada pela vi-sita da fiscalização do CRCRJ nas áreas próximas, a delegacia atende de oito a dez profissionais por dia. Célia explica que a demanda às vezes aumenta sig-nificativamente: “Quando a fiscalização visita Campo Grande, a semana seguinte é marcada pela incidência de defesas de quem foi autuado – fora o movimento cotidiano.” Inicialmente instalada na Rua Doze de Fevereiro, a representação foi transferida, há quatro meses, para a Rua Francisco Real, n° 65, sala 201. Ge-rida por Célia Maria há quase quatro anos, a delega-cia do CRC já atendeu a 1.162 profissionais desde que foi instalado no local, anteriormente ocupado pelo escritório de contabilidade de Célia Maria.

São muitos os serviços prestados, que incluem de todos os tipos de registros a parcelamento de anuida-de, inscrição de CEI (Cadastro de Escritório Individu-al), prorrogação de notificação, solicitação de etiquetas para Decore, baixa de escritório para pessoas físicas e jurídicas, declaração de extravio de DHP (Declaração de Habilitação Profissional), entrada de defesa de auto de infração, carteira de CFC/CRC (profissional), alvará, alteração contratual, entre outros.

Delegacia de Bangu atende a profissionais de quinze bairros

Valdemar da Silva (esq.) ao lado da esposa, Célia Maria, da presidente do CRC, Diva Gesualdi, e do vice-presidente de Interior Claudio Vieira Santos

Revista do CRCRJ9 maio & junho 2010

Op

inião

Simplifi cação no registro de comércio

Desde que assumimos a direção da Junta Comercial do Es-tado do Rio de Janeiro (Jucerja), buscamos a melhora no aten-dimento e a descentralização de nossos serviços. Temos hoje treze delegacias funcionando no Estado do Rio de Janeiro e um novo protocolo na Rua Sete de Setembro, com melhores con-dições de atendimento do que as que temos em nossa sede.

Nossa meta agora é agilizar, com a ajuda da tecnologia, o processo de obtenção de certidões e de registro de empresas.

A emissão de certidão, por exemplo, já está implantada em nosso site (www.jucerja.rj.gov.br). O processo é fácil, rápido e confortável para os nossos usuários. A guia de pagamento é au-tomaticamente preenchida e pode ser paga através da Internet ou em banco conveniado. Assim que confi rmado o pagamento, a certidão requerida é enviada para o e-mail do solicitante. Em caso de dúvidas, há um passo a passo detalhado no portal.

Estes documentos são certifi cados digitalmente e têm o mesmo valor dos obtidos através do nosso protocolo. Eventualmente, um documento mais antigo pode não estar

*Carlos de La Rocque Conselheiro do CFC e presidente da

Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

digitalizado e temos de buscá-lo e digitalizá-lo para atender os requerimentos.

Outra novidade é o Registro Mercantil Integrado (Regin), um sistema que integra Jucerja, Receita Federal, Secretaria Es-tadual e Prefeituras e permite, através do nosso portal, a inscri-ção no CNPJ, a obtenção do DOCAD e o Alvará da Prefeitura.

É importante que todos utilizem o Regin e nos deem sua opinião para que realizemos os ajustes necessários e sigamos em nossa busca da simplifi cação de procedimentos.

No futuro, quando esse sistema estiver ajustado, vamos im-plantar o contrato padrão com preenchimento praticamente automático dos itens específi cos. A utilização deste contrato padrão, pré-aprovado pela nossa Procuradoria ensejará a ine-xistência de exigências no exame do Contrato Social.

*Carlos de La Rocque

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Revista do CRCRJ maio & junho 2010 10

Como é o formato do número de registro da nova carteira do CRCRJ

A nova carteira do CRC agora apresenta o núme-ro completo do registro do contabilista, que é com-posto pela sigla do estado de origem do registro, mais seis números seguidos pela letra O (originário) ou P (provisório), e um dígito, que varia de zero a nove.

Reg

istr

o Em outubro de 2007, o formato da carteira de identifi ca-ção do profi ssional contábil mudou. A antiga carteira de papel foi substituída por um cartão contendo um chip, parecido com os cartões de crédito atuais.

O objetivo da nova identidade é padronizar a apresentação do profi ssional contábil e permitir a adoção do certifi cado di-gital, que possibilita fazer transações, procedimentos contábeis e trocas de documentos em meio digital de maneira segura.

“A cer tificação digital vai ser obrigatória em breve. Por isso, queremos deixar nossos profissionais atualizados para que não sejam surpreendidos”, aler ta José Vicente de Paula, chefe do Depar tamento de Registro do CRCRJ. Segundo ele, a Receita Federal, as Juntas Comerciais e os car tórios já estão exigindo a cer tificação digital para diver-sos procedimentos.

Além do chip, outro motivo para a atualização do do-cumento é a diminuição dos enganos devido aos diferentes formatos do número de registro. Até 1994, as carteiras do CRCRJ eram emitidas sem o dígito fi nal, somente com 10 números. Quem tenta utilizar esse formato sem acrescentar o dígito não consegue completar diversos procedimentos, como a solicitação do DOCAD, documento de cadastro do ICMS.

Para trocar a carteira, o profi ssional deve acessar o site do CRCRJ (www.crc.org.br) e seguir as instruções descritas no passo a passo desta revista, na página 11. A nova carteira custa R$37,00 e fi ca pronta em 30 dias. Na primeira emissão, o profi ssional tem direito a um certifi cado digital, válido por um ano, desde que realizado pela Fenacom. A carteira não tem prazo de validade.

“Ainda há um contingente grande de profi ssionais que possui carteiras antigas. Embora não seja obrigatória, reco-mendamos a troca para a nova carteira por sua segurança e atualização”, ressalta Vicente.

Nova carteira inclui certifi cação digital e dados biométricos

Duas letras representam o estado de origem

O (originário) ou P (provisório)

Dígito varia de 0 a 9

Nº DO REGISTRORJ-999999/P-9

Nova identidade sai em 30 dias

Passo

a Passo

Para solicitar a carteira profissional do contabilista, é necessário acessar o site www.crc.org.br.

1. No endereço eletrônico, você clica no ícone em verde do lado esquerdo da tela, onde está escrito “Nova carteira de identidade profissional. Solicite aqui!”

2. Na nova página, clique no primeiro link.3. Você será direcionado para a página do CFC e deverá clicar

no ícone ao lado da foto ilustrativa da nova carteira4. Depois de ler as orientações, clique no link “Solicitar carteira”.5. A seguir, informe seu número de registro e a senha cadastrada

no site do CRCRJ.6. Imprima a guia e leve o comprovante de pagamento ao CRCRJ ou delegacia mais próxima, junto com uma foto 3x4,

conforme orientado na tela 4.

1

2

3

4

5

Conheça as etapas necessárias para obter a nova Carteira de Identidade Profissional do Contabilista

Revista do CRCRJ11 maio & junho 2010

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 12

Cap

a

Nova lei moderniza regras e assegura mais qualificaçãoLei autoriza CFC a regular princípios contábeis e adequar a classe aos novos desafios. Exame de Suficiência passa a ser obrigatório para a obtenção do registro nos conselhos regionais de contabilidade

A partir do Exame saberemos que profissionais

qualificados estarão exercendo a função

Sancionada pelo presidente Lula em julho, a lei nº 12.249/10, que altera o Decreto nº 9.295, de 1946, está sendo considera-

da um marco na qualificação e moder-nização da profissão contábil.

A principal novidade é a obrigato-riedade do Exame de Suficiência para a obtenção dos novos registros nos Conselhos Regionais, a partir de 1º de novembro de 2010, nos moldes da prova aplicada pela Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB).

O Exame estava suspenso havia mais de cinco anos por causa de uma ação pública, que argumentava que a exigência não constava no decreto que regulamenta a profissão.

Para a presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), Diva Maria Gesual-di, a volta do Exame é uma vitória, já que ele é uma garantia de que os profissionais contábeis só entrarão no mercado de trabalho caso estejam re-almente preparados.

“A aplicação do Exame de Suficiên-cia faz com que somente contabilistas com maior qualificação acadêmica pos-sam exercer a profissão. Dessa forma, eles estarão mais bem preparados para atender às demandas da sociedade e poderão contribuir para o crescimento do país”, afirmou.

Em plenária no dia 23 de julho, o Conselho Federal de Contabilidade

(CFC) decidiu que os registros somente poderão ser concedidos sem o Exame de Suficiência até o dia 29 de outubro de 2010. A previsão é de que a prova seja aplicada em março do ano que vem.

Para a presidente Diva Gesualdi, as alterações serão fundamentais para o aprimoramento da classe contábil. “Todas as modificações são relevantes e trazem maior segurança para dar-mos continuidade ao trabalho que fa-zemos junto à sociedade. Quando o profissional contábil faz um bom tra-balho, ele ajuda a tornar a sociedade mais justa”, ressaltou.

De acordo com Carlos Alberto do Nascimento, vice-presidente de Regis-tro, é possível que haja um aumento nos pedidos de registro nos próximos meses. “Até a publicação da lei, havia uma demanda de 150 registros por mês, mas acredito que esse número deve aumentar até outubro”, afirmou.

Outra mudança importante é o fim

do registro para os técnicos em con-tabilidade a partir de 1º de junho de 2015. Carlos Alberto acredita que essa é uma evolução natural, dada a deman-da por especialização, mas seus efeitos demorarão a ser sentidos, já que os técnicos com registro continuarão ten-do o direito de exercer a profissão. “Hoje, as empresas dão preferência a quem tem formação superior. Os dois profissionais são distintos, já que há funções que o técnico de contabilida-de não pode exercer, como auditoria, perícia e revisão de balanço”, afirmou.

Há ainda outras mudanças impor-tantes trazidas pela nova lei, como o cadastro de qualificação técnica, os programas de educação continuada e a elaboração das Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. Estas englobam as orienta-ções emitidas pelo Comitê de Pronun-ciamentos Contábeis (CPC), baseadas nas Normas Internacionais de Conta-bilidade (International Financial Repor-ting Standards ou IFRS). Na prática, o órgão já emitia as normas havia déca-das, o que não constava como direito do CFC no Decreto-Lei 9.295/46.

A nova Lei prevê, ainda, a fixação do valor da anuidade a ser paga aos Conselhos Regionais. Pela antiga lei, o valor ainda era calculado em cruzei-ros. Segundo Carlos Alber to, o valor determinado tornou-se ínfimo e era necessária uma nova regulamentação.

Revista do CRCRJ13 maio & junho 2010

Nova lei moderniza regras e assegura mais qualificação

Quando o profissional contábil faz um bom trabalho, ele ajuda a tornar a sociedade

mais justa

“O CFC não recebe ajuda de custo de nenhum órgão. Todo o custeio fica por conta dos profissionais contábeis. Agora, está definido que o valor a ser cobrado de pessoas físicas será R$380,00, e R$950,00 de pessoas jurídicas, reajustado anualmente pelo índice Nacional de Preço ao Consu-midor Amplo (IPCA).” Também deve-rão pagar a anuidade as empresas e organizações que exploram o ramo de serviços contábeis.

Com a lei 12.249/10 ficaram esta-belecidas, também, penalidades para os profissionais que não cumprirem as novas regras. As penas variam desde pagamento de multas, passando por suspensão do exercício da profissão, até cassação do exercício profissiona, quando comprovada a incapacidade técnica no desempenho da função, fal-sificação de documentos, crime contra a ordem econômica e tributária, pro-dução de falsa prova de qualquer dos requisitos para registro profissional e apropriação indevida de valores de clientes confiados a sua guarda quando comprovada incapacidade técnica de natureza grave.

Para que as novas medidas sejam colo-cadas em prática, o CFC compôs três co-missões específicas relacionadas ao Exame de Suficiência, à anuidade e à fiscalização.

Conheça as principais mudanças:• O Exame de Suficiência se torna novamente obrigatório para os novos

registros nos conselhos regionais de contabilidade.

• Interessados em se registrar sem prova têm até 29 de outubro. O primei-ro Exame de Suficiência está previsto para março de 2011.

• Técnicos em Contabilidade não poderão mais solicitar o registro a partir de 1º de junho de 2015.

• O valor da anuidade dos Conselhos Regionais foi fixada em R$380,00 para pessoas físicas e em R$950,00 para pessoas jurídicas e deverão ser pagos até o dia 31 de março de cada ano.

• Determinadas novas penalidades para os que não cumprirem as regras ou para casos de comprovada incapacidade técnica, crimes econômicos e tributários ou condutas indevidas.

No dia 18 de agosto, será realizado o seminário “Novas Diretrizes da Profissão Contábil Brasileira”, cujo tema principal é a nova lei. A previsão é que as comis-sões apresentem, durante o evento, um esboço do estudo que vem sendo feito para a implantação das mudanças. De-pois de definidas, as ações a serem reali-zadas serão enviadas ao plenário do CFC para avaliação e aprovação.

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 14

Per

gu

nta

s e

Res

po

stas O que é Certificação Digital

O que é esse novo sistema?O Certificado Digital é um arquivo

eletrônico, emitido por uma Autoridade Certificadora, que comprova a identida-de de pessoas ou empresas. Ele permite ao usuário se comunicar e efetuar tran-sações digitais de forma rápida, sigilosa e com validade jurídica. Nele estão conti-das a identificação da pessoa ou empre-sa, sua chave pública e a assinatura digital de uma Autoridade Certificadora.

Assinatura Digital e Certificado Digital são a mesma coisa?

Não. O Certificado Digital é um docu-mento que comprova a identidade de uma pessoa ou empresa. A Assinatura Digital é uma tecnologia, um conjunto de opera-ções criptográficas que autentica e garante a integridade de um arquivo eletrônico. Es-sas operações levam em consideração o documento a ser assinado, o que garante que, em caso de modificações, a Assinatura Eletrônica se torne inválida.

O que é uma chave pública?A chave pública é um código criptogra-

fado distribuído livremente para permitir a validação das assinaturas. Funciona da se-guinte maneira: a Autoridade Certificadora emite dois arquivos, uma chave pública e outra privada, que são únicos. A chave pri-vada é de posse e responsabilidade exclusi-va de seu dono. Quando o dono assina di-gitalmente um documento, ele aplica uma função matemática que gera uma espécie de “impressão digital” daquele conteúdo, chamada hash, que é criptografada com a chave privada. Só a chave pública é ca-paz de descriptografar o arquivo gerado a

partir da chave privada e vice-versa, o que garante a autenticidade da assinatura. Todo o processo, apesar de aparentar complexo, acontece automaticamente e de maneira transparente para o usuário.

Quais as vantagens do Certificado? Além de assegurar a validade de

transações digitais, a Certificação Digital garante agilidade em processos buro-cráticos, valida legalmente documentos digitais, elimina a necessidade de docu-mentos impressos e, considerando tudo isso, reduz custos.

Os documentos em papel, depois de digitalizados, poderão ser eliminados?

Se forem cópias, sim. Caso sejam originais, não. Apesar da tendência a uti-lizar cada vez menos papel, é necessário manter os registros existentes, mesmo se forem digitalizados posteriormente. Sempre existe a possibilidade de um do-cumento ter sofrido alterações antes de ser digitalizado. Em caso de questiona-mentos, só com o original se pode averi-guar a autenticidade do conteúdo.

Qualquer pessoa pode solicitar o certificado?

Sim. Tanto pessoas jurídicas quanto físicas podem ter um Certificado Digital. Basta fazer a solicitação às Autoridades Certificadoras, como Fenacom, Serasa, Imprensa Oficial, Autoridade Certifica-dora da Justiça, Autoridade Certifica-dora da Presidência da República, Casa da Moeda do Brasil, Correios, Certisign, Serpro, Receita Federal ou Caixa Eco-nômica Federal.

A assinatura digital confere sigilo ao documento eletrônico?

A assinatura digital não torna o do-cumento eletrônico sigiloso. Apenas ga-rante sua integridade e comprova sua autoria.

Na prática, o sistema já está sendo utilizado?

Sim. Cada vez mais os órgãos de go-verno, como a Receita Federal, exigem a certificação eletrônica em seus processos. A tendência é que em pouco tempo tudo seja feito digitalmente. Hoje, por exemplo, a certificação já é obrigatória para: cadas-tro do CNPJ, cadastro do CPF e fontes pagadoras, além das operações para co-mércio exterior. Esse é o cenário do futuro.

Qual o prazo de validade? O certificado digital possui um perí-

odo de validade de um a três anos. Após o vencimento, basta solicitar uma reno-vação em alguma Autoridade Certifica-dora.

Qual o custo para obtê-lo? O custo da certificação depende de

cada Autoridade Certificadora, pois há vários tipos de certificados. É possível obter um certificado digital, com valida-de de um ano, por um valor a partir de R$100,00.

Quais as recomendações para um uso seguro do sistema?

A senha de acesso não deve ser compartilhada com ninguém e deve ser guardade em local seguro, cuja localiza-ção só seja conhecida pelo titular.

Criada em 2001 pela medida provisória 2.200-2 para possibilitar as transações na Internet, o Certificado Digital tem se tornado cada vez mais importante para os contabilistas. Para sanar as dúvidas a respeito de sua utilização, conversamos com o chefe do Departamento de Registro José Vicente de Paula sobre suas vantagens e seu funcionamento.

Revista do CRCRJ15 maio & junho 2010

Fiscalização

Como usar o Termo de Transferência de Responsabilidade

Quando um profi ssional de contabilidade transmite suas responsabilidades técnicas de uma empresa para um novo contabilista, deve lançar mão do Termo de Transferência de Responsabilidade Técnica. Esse instrumento, além de assegurar a conduta ética e profi ssional da classe contábil, ajuda no tra-balho de fi scalização nas organizações contábeis.

O CRCRJ já faz um trabalho de orientação para que seja utilizado o termo. “Quando o contabilista nos solicita, enviamos o modelo para ele, com as informações necessárias. Alguns utili-zam esse termo para se resguardar da entrega da documentação para outro profi ssional. O Termo de Transferência é um modelo que pode ser adaptado às necessidades do contabilista”, explica Mara Ferreira Freitas, gerente de fi scalização do Conselho.

No Manual de Fiscalização do Conselho Federal de Contabi-lidade (CFC) existe um modelo do termo, no qual o profi ssional deverá informar os dados da empresa, a situação dos serviços contábeis e os dados do contabilista anterior e do novo con-tabilista que irá assumir as responsabilidades. Embora seja uma ferramenta importante para os profi ssionais, alguns desconhe-cem o seu uso. “É necessário criar o hábito de utilizá-lo para se resguardar de futuras ações na justiça, caso venha a ser intimado para alguma situação, porque o termo esclarece até quando vai a responsabilidade técnica do contabilista, o que ele entregou de trabalho pronto para a empresa, o que ele devolveu de docu-mentação, entre outras informações”, destaca Mara.

O documento se encontra disponível na página do CR-CRJ (www.crc.org.br). O responsável técnico anterior deverá preencher o termo em três vias: uma para ele mesmo, outra para o cliente e a terceira para o novo responsável técnico. Não há necessidade de envio para o Conselho. Ao realizar a transferência, o responsável técnico anterior deverá entregar ao novo responsável os documentos, livros fi scais, livros con-tábeis e arquivos magnéticos.

O Termo de Transferência de Responsabilidade está de acordo com as disposições do Código de Ética do Profi s-sional Contábil (CEPC – CFC 803/96), nos artigos 7º (“O contabilista poderá transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro contabilista, com a anuência do cliente, sempre por escrito.”) e 11º, inciso IV (“O contabilista deve, com rela-ção à classe, observar as seguintes normas de conduta: acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários profi ssionais.”).

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 16

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Código do Contribuinte do Rio pode ser votado ainda este ano

O Rio de Janeiro caminha para ser a primeira capital brasileira

a ter um código de defesa dos contribuintes. Um dos autores da

proposta substitutiva ao projeto de lei 1702/99,

em tramitação na Câmara Municipal, o vereador

Roberto Monteiro conversou com a Revista

do CRCRJ sobre o assunto durante a visita

feita pelo vice-presidente da Ouvidoria,

Vicente Muniz (à direita).

O que é o Código de Defesa do Contribuinte? Roberto Monteiro – O projeto começou através de uma iniciativa da Comissão de Assuntos Tributários da OAB-RJ, na qual elaboraram um esboço. Havia um projeto de lei na Câ-mara, sobre um código do contribuinte na gestão do César Maia, há mais de dez anos. O projeto nunca foi à votação e não tinha apoio da sociedade. Em função da minha atuação, sou advogado, sabia dessa demanda da Ordem e que a co-missão já trabalhava no tema. Eu fui me inteirar do assunto e a comissão resolveu me encaminhar o projeto para que eu apresentasse na Câmara. Este ano, o prefeito Eduardo Paes resolveu retomar a discussão e formou uma nova comissão, composta de representantes da Comissão de Assuntos Tri-butários da OABRJ, da Secretaria Municipal de Fazenda, da Procuradoria Geral do Município e por mim. O objetivo é elaborar uma proposta substitutiva ao projeto. O prefeito deu o prazo de até agosto para fi nalizarmos a nova sugestão. A criação do código determina a consolidação das normas tributárias, em um único local de acesso, onde será possível a consulta e, assim, o contribuinte entender do processo como um todo. Hoje, a pessoa não tem mecanismos para pleitear os seus direitos. Esse é o espírito da lei em tramitação.

Em que fase está a análise do projeto na comissão formada pelo prefeito? RM – Estamos em uma fase de discussão e negociação. O pro-jeto já foi votado em primeira discussão na Câmara e devemos colocar em segunda. Os atores principais têm de ter uma parti-cipação, e com isso o projeto vai sair com grandes avanços. Em agosto, devemos resgatar a discussão para o fechamento do

projeto e o prefeito já concordou. A minha sugestão é que no início do mês que vem, ou até setembro, já esteja na pauta para votação. O código terá medidas de interesse dos contribuintes, como direitos e prazos estipulados.

Em que o CRCRJ pode ajudar nesse processo? RM – O CRCRJ pode ajudar com sugestões, o que demonstra o interesse da sociedade civil. Estou passando para o Sr. Muniz o projeto. E a ideia é que o Conselho reúna pessoas que entendam do tema, possam estudar a situação e sugerir modifi cações. O prazo fi nal é o mês de julho. Eu ainda posso fazer novas emendas na segunda discussão. O Senado já tem um projeto sobre o tema que pode servir de base para as sugestões vindas do Conselho.

Em que a criação do código de defesa do contribuin-te vai benefi ciar a cidade, seus cidadãos e empresas? RM – O código evidencia a transparência da legislação, unifi cando diversas delas. Determina que haja uma consolidação das normas tributárias do município, já que algumas são antigas. Atualmente, um dos grandes problemas do contribuinte é não encontrar esse material para entender a tramitação. É um marco zero nos pro-cessamentos tributários da cidade do Rio de Janeiro. O código vai diminuir as longas fi las de atendimento, e não terá taxas. Estamos começando agora e com as regras do jogo estabelecidas.

O projeto deverá ser votado este ano? RM – Acho que sim, mas, com as novas discussões na Câmara, pode ser que não. A sociedade já conhece, participa, e o prefei-to também, o que é um ponto positivo para a capital, que será a primeira a ter um código de defesa do contribuinte.

O Rio de Janeiro caminha para ser a primeira capital brasileira

a ter um código de defesa dos contribuintes. Um dos autores da

proposta substitutiva ao projeto de lei 1702/99,

em tramitação na Câmara Municipal, o vereador

Roberto Monteiro conversou com a Revista

Foto: Fernanda Ribeiro

Revista do CRCRJ17 maio & junho 2010

Cont-Ação

Para acelerar a abertura e o fechamento de empresas, a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (JUCERJA) criou o Registro Mercantil Integrado (REGIN). O objetivo do programa é reduzir o tempo dos processos de 152 dias para 48 horas.

O sistema funciona através de convênios, assinados com a Receita Federal, a Fazenda Estadual, as Prefeituras e o SEBRAE, que permitem que todos os processos sejam avaliados pela Junta.

Para abrir uma empresa, basta preencher o Pedido de Viabi-lidade no site http://www.jucerja.rj.gov.br/ e seguir as instruções. A nova empresa já recebe CNPJ, Inscrição Estadual, protocolo do Alvará de Funcionamento, do Alvará Sanitário, da Vistoria do Corpo de Bombeiros, entre outros.

Para o superintendente de Informática da JUCERJA, José Luciano da Silva, o contabilista será o maior beneficiado do RE-GIN. “Além de facilitar o cadastro, o programa permite ainda a verificação da viabilidade do processo no site, em vez de se ter de ir à Prefeitura e fazer a busca prévia”, ressaltou.

Hoje, 52 prefeituras do estado fazem parte do programa, mas a previsão é que até o fim do ano todos os municípios estejam integrados ao REGIN.

REGIN agiliza abertura de empresas

Diverso

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“Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; se esta ou aquela ou se ambas igualmente serão boas.”

Eclesiastes de Salomão 11.6

Em muitos momentos temos a oportunidade de semear para colher o melhor da vida, porém a semeadura é um processo traba-lhoso e de paciência: o mais fácil é dar o fruto colhido. É importan-te para matar a fome de nosso semelhante dar o alimento, mas também precisamos ensiná-los a semear. Quem planta colhe com alegria o fruto do seu trabalho. Plantemos sempre que for possível: Caridade, Fraternidade e Solidariedade.

Nesses dois últimos meses, nossas contribuições foram destinadas às seguintes instituições: LUZ DE ESCOL, em Nova Iguaçu, e Associa-ção Beneficente Projeto ELIKIA, em Ramos. Se você deseja conhecer melhor as instituições beneficiadas, entre em contato conosco.

“Dando oportunidades iguais a quem a vida deu caminhos diferentes.” Ingresse nesta luta, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

Semente da vida

maio & junho 2010 18

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das Rotary Sindicont-Rio Sindicato dos Con-

tabilistas do Município do Rio de Janeiro

A casa do contabilistaNa fachada do prédio-sede do SINDICONT-Rio

há uma placa que diz: “ A CASA DO CONTABILIS-TA”, e esta continua a ser a meta da atual gestão, sob a presidência da contabilista Damaris Amaral: a de mobilizar os profissionais da Contabilidade para parti-cipar do trabalho que está sendo desenvolvido e para se sentir, realmente, em casa.

Para maior entendimento em relação às altera-ções trazidas pela IFRS, pelo SPED e NFe, o Sindicato tem realizado uma série de palestras esclarecedoras para ajudar os contabilistas a acompanhar essas mu-danças tão radicais.

Em ano eleitoral, o Sindicato dos Contabilistas do Município do Rio de Janeiro se propõe a ter uma atuação efetiva, colocando-se à disposição dos contabilistas — candidatos para que compareçam e apresentem a sua plataforma de governo.

Entretanto, ninguém se engaja em qualquer ins-tituição se não conhecer o que está sendo feito e discutido. Por essa razão, o SINDICONT-Rio convida todos os contabilistas a vir enriquecer este trabalho que só tem sentido com a sua participação.

Que venham divulgar as suas mensagens que se-jam favoráveis à categoria.

Sescon-RJ Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro

Novo triênio para realizaçõesNo dia 1º de julho, a presidente eleita do Sescon-RJ, Márcia

Tavares, tomou posse para o triênio 2010/2013, junto com sua diretoria. A sétima presidente do Sescon-RJ apresentou as metas pelas quais se pautará o seu mandato: valorizar a gestão empre-sarial junto aos associados e filiados; ser referência de qualidade e ética; e ter representatividade perante a categoria e a sociedade.

“O nosso foco terá como base a capacitação dos represen-tados pelo Sindicato para que nossa categoria possa ser referên-cia e ter representatividade. O resultado de todas as nossas ações será o fortalecimento da classe contábil”, afirmou Márcia Tavares, a primeira mulher a se tornar presidente no Sindicato.

Diretoria Sescon-RJ para a gestão 2010/2013, empossada em 1º de julho

Companheirismo – a celebração das relações profissionais

A facilidade das comunicações proporcionada pela Internet tem feito com que uma grande maioria dos contabilistas adote as redes de relacionamento como facilitadores do contato profissional. Cada vez mais é comum aderirmos ao LinkedIn, Plaxo, Messenger e Skype, por exemplo. Até mesmo o Facebook, o Twitter e o Orkut passam a fazer parte do nosso cotidiano.

Listas de afinidade profissional também facilitam a aproximação seja para o intercâmbio de informações acadêmicas, seja para as práti-cas tributárias, previdenciárias e fiscais.

No entanto, esses espaços virtuais jamais suprirão a importância do contato pessoal, do momento do abraço fraterno entre pessoas que escolheram a mesma profissão, ou com parceiros em seus negó-cios. Este é um dos propósitos dos clubes de serviços como os Rotary Clubs, que propiciam encontros constantes para que profissionais e empresários possam manter suas redes de relacionamentos e que são conhecidos pelos Rotarianos como COMPANHEIRISMO.

A celebração da amizade fortalece a aproximação de pessoas vol-tadas para o bem comum, e os contabilistas precisam, sempre mais, se fazer presentes nesses espaços de saudável encontro profissional.

Contador Joper Padrão do Espirito Santo Governador 2001-02 do Distrito 4570 do Rotary

International Coordenador da Comissão da Imagem Pública do Rotary Club RJ Tijuca

Além do projeto de capacitação, o novo vice-presidente, Ale-xandre Andrade, abordou a necessidade de continuar a valorização institucional perante os órgãos públicos e de formação de opinião.

Revista do CRCRJ19 maio & junho 2010

terior, destaca a importância do Certifi cado para o contabilista: “Para o profi ssional de contabilidade, este é um projeto que incen-tiva seu envolvimento nas ações sociais da empresa para o qual trabalha. Permite dei-xar a sua marca registrada na história des-sas empresas comprometidas com o bem comum, a sociedade e o meio ambiente”, declarou a presidente. E para consagrar a participação dos contabilistas, os profi ssio-nais responsáveis pelas informações das em-presas certifi cadas receberão o Diploma de Mérito Contábil – Empresa Cidadã.

Formada pelos conselheiros Jorge Ribeiro dos Passos Rosa, Carlos Magno Caetano, Eronildo Fernandes e Joper Pa-drão e pela professora da UFRJ Aracéli Cristina Ferreira, a comissão tem como objetivo principal orientar o processo de análise dos Balanços Sociais das empresas. O Certifi cado, entretanto, visa incentivar a realização, a publicação e a valorização dos balanços sociais das organizações, bem como o trabalho dos profi ssionais de contabilidade, que passaram a receber o prêmio a partir de 2007.

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Estão abertas as inscrições para a oita-va edição do Certifi cado Empresa Cidadã. Organizações de todos os portes e regiões do país têm até o dia 31 de agosto para se inscrever. Para enviar seus relatórios, as em-presas devem seguir as instruções contidas no site do CRCRJ (www.crc.org.br).

Há oito anos reconhecendo empresas engajadas em projetos sociais e ambien-tais, o Certifi cado Empresa Cidadã está ampliando sua área de atuação. O projeto, que tem alcance nacional, está ganhando espaço na agenda anual do Conselho Re-gional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ). A cada edição, o número de em-presas certifi cadas cresce, o que demons-tra a preocupação das instituições com as questões socioambientais.

Para o coordenador da Comissão de Balanço Social, responsável pelo projeto, Jor-ge Ribeiro dos Passos Rosa, o Certifi cado tornou-se relevante para as empresas por ser um reconhecimento do trabalho social por elas promovido. “Só no ano passado, 61 empresas de todo o país se candidataram. Ganhamos foro nacional em pouco tempo porque as organizações perceberam a im-portância do Certifi cado Empresa Cidadã como uma forma de mostrar o quanto são socialmente responsáveis”, ressaltou.

A Presidente do CRCRJ, Diva Gesualdi, que fez parte da Comissão na gestão an-

Empresa Cidadã comemora oito anos e ampliação do projeto

V Fórum da Mulher ContabilistaPara discutir o espaço da mulher no mundo contábil, o V Fó-

rum da Mulher Contabilista acontecerá nos dias 7 e 8 de outubro no Auditório do Sindicont-Rio, na Rua Buenos Aires, nº 283, 6º an-dar. O objetivo do encontro é debater o lugar da mulher no am-biente profi ssional e social, em face das mudanças ocorridas nos dois cenários. A previsão dos organizadores é que cerca de 250 participantes irão comparecer ao V Fórum. Todos os contabilistas e estudantes de contabilidade podem participar do encontro, mas é preciso se inscrever pelo portal do CRCRJ (www.crc.org.br) e informar o número do registro do profi ssional contábil.

De acordo com o conselheiro Joper Padrão, o contabilista, como elaborador do balanço social das empresas, deve ter seu trabalho devidamente reconhecido. “Aqui no CRC, não consideramos somente o que a empresa faz, mas especialmente a função do profi ssional de contabilidade neste pro-cesso”. Ainda segundo ele, o “Certifi cado Empresa Cidadã exerce ação signifi cativa para o Conselho, pois gera a oportunidade de os profi ssionais contábeis terem uma vi-são ampla do seu papel na sociedade”.

O processo de avaliação das informa-ções das empresas é feito por um grupo de alunos do Mestrado em Ciências Contábeis da UFRJ, coordenado pela professora Ara-céli. “Junto com meus alunos de mestrado, analisamos os relatórios enviados e obser-vamos se as empresas cumprem os critérios defi nidos pela comissão, entre eles, que prá-ticas socioambientais se destacaram duran-te o ano”, afi rmou a professora.

O projeto, que teve início em 2003, mantém parceria com a Federação das In-dústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a Federação do Comércio do Estado do Rio Janeiro (Fecomércio-RJ) e a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Neste ano, a TV CRCRJ (www.tvcrc.com.br) também se conveniou ao projeto na parte de divulgação.

No dia 7, o evento começará às 17h com a palestra de abertura “Cidadania Fiscal e Controle Social”, de Rony Enara, do Observatório Social. No segundo dia, o encontro terá início às 9h30min com um painel sobre o tema “Violência conta a mulher”, apresentado por Ce-cília Teixeira Soares, presidente da Campanha Educativa sobre Direitos da Mulher. Haverá ainda uma palestra sobre assédio moral, ministrada pelo vice-presidente de Pesquisa e Desenvol-vimento Profi ssional Francisco José dos Santos Alves. O encon-tro terminará às 17h30min, com um show de encerramento.

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 20

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VOCÊ PODE PAGAR O SEU DÉBITO PARCELADAMENTE ([email protected])

Izínia da Costa Agda Lima é uma funcionária exemplar. No setor de Re-gistro de Cadastro há 34 anos, ela se orgulha da função que desempenha no CRCRJ e guarda boas lembranças de sua trajetória pelo Conselho.

Juntamente com outros funcioná-rios, Izínia busca oferecer ao contabi-lista um bom atendimento. “Desde que comecei a trabalhar no Conselho, mi-nha principal preocupação é fazer com que o profi ssional contábil seja bem atendido e saia daqui satisfeito. Dedi-co-me a eles porque o CRC represen-ta muito para mim. É a minha vida, a minha casa. Tenho muito orgulho de ser funcionária desta instituição.”

Para ela, o crescimento do Con-selho trouxe benefícios para os con-

Uma história voltada para o bom atendimento

tabilistas e para os funcionários: “O CRCRJ sempre busca capacitar seus colaboradores, da mesma maneira que investe nos contabilistas. É fre-quente a ofer ta de cursos, tanto aos profissionais contábeis quanto aos funcionários do Conselho, o que nos deixa sempre atualizados.”

As histórias de dedicação ao Con-selho marcaram a vida de Izínia. Apesar de muito trabalho, ela se lembra com carinho do período destinado ao envio das guias de anuidade aos profi ssionais: “Precisávamos checar as informações e enviar os boletos aos contabilistas de dezembro a março. Como o trabalho era manual, todos se esforçavam bas-tante para entregar as cartas no tempo certo. Foi uma batalha muito grande

para chegarmos à posição que ocupa-mos hoje”, afi rma.

E, quando o assunto é a nova presidência do CRCRJ, Izinia é só elogios. Ela acredita que a presidente, Diva Maria Gesu-aldi, trará ao CRCRJ mui-tos projetos para melhorar ainda mais a classe contábil. “Ela é a primeira mulher a ocupar esse cargo e acredito que será uma ótima dirigente. Tenho esperança de que a Diva fará o Conselho crescer cada vez mais”, concluiu.

Izínia da Costa: 34 anos de serviços exemplares

Boletim Informativo Nº 20

Considerações IniciaisNo presente trabalho, mostraremos os procedimen-

tos que devem ser observados pelos prestadores de serviços sujeitos à retenção na fonte das contribuições sociais PIS/PASEP, COFINS, CSLL e do Imposto de Ren-da para o respectivo registro contábil dos valores retidos, assim como pelos tomadores dos serviços.

As hipóteses de retenção, os serviços alcançados, os prazos de recolhimento e demais aspectos fi scais sobre o assunto podem ser vistos no Manual de Procedimen-tos Cenofi sco nº 19/09, pág. 3 do Caderno “Imposto de Renda - PIS - COFINS - CSLL e Legislação”.

Registro da Retenção das C ontribuições pelo Prestador dos Serviços

As retenções na fonte das contribuições soci-ais PIS/PASEP, COFINS e CSLL sobre a prestação de serviços de limpeza, conservação, segurança e vigilância, transporte de valores, locação de mão de obra, de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços profi ssionais previstos no art. 30 da Lei nº 10.833/03, serão consideradas como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a reten-ção em relação ao imposto de renda e às respectivas contribuições e, portanto, devem ser registradas na conta do ativo circulante “Impostos e Contribuições a Recuperar ou a Compensar”, em rubricas próprias que as identifi quem.

Registro da Retenção das Contribuições pelo Tomador dos Serviços

Os valo res retidos a título das contribuições de-verão ser recolhidos ao Tesouro Nacional pelo órgão público que efetuar a retenção ou, de forma central-izada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica,

Registros Contábeis da Retenção na Fonte das Contribuições Sociais PIS/PASEP, COFINS e CSLL e do Imposto de Renda

até o último dia útil da quinzena subsequente àquela em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço.

Dessa forma, ao efetuar o pagamento ao prestador de serviços e a respectiva retenção, a pessoa jurídica tomadora dos serviços deverá reconhecer o valor dev-ido em rubrica própria do subgrupo de “Impostos e Contribuições a Recolher”, no passivo circulante.

Identifi cação do Fato Gerador da Retenção das Contribuições

De acordo com o art. 30 da Lei nº 10.833/03, o fato gerador da retenção da contribuição é o pagamento. Portanto, o reconhecimento do direito à compensação se dará nessa ocasião, mantendo-se inalterados os valores a receber pela prestação dos serviços registrados nas contas de clientes ou dupli-catas a receber e, ao se efetuar a baixa dos títulos recebidos, faz-se o reconhecimento do direito de crédito das contribuições retidas na fonte.

Algumas Considerações sobre o Momento do Registro da Retenção das Contribuições

A determinação do momento em que deve ser reconhecido o crédito pela retenção, apesar de pa-recer simples, requer a análise conjunta de aspectos técnicos e fi scais.

Tecnicamente, todo ativo deve ser reconhecido e avaliado de acordo com suas características e capa-cidade de realização. Dessa maneira, numa primeira análise, pode-se afi rmar que, ao prestar serviços, o contribuinte já sabe de antemão que os seus rece-bíveis sofrerão a retenção na fonte das contribuições e, portanto, seria possível cogitar o reconhecimento do registro por ocasião da emissão da nota fi scal de prestação de serviços, pois há a expectativa de rece-bimento em dinheiro, assim como há a expectativa da retenção na fonte.

Uma história voltada para o bom atendimento

Boletim Informativo

Este Boletim Informativo faz parte da edição nº 7 da Revista do CRCRJ

Todavia, do ponto de vista fi scal, o direito de aproveitamento da contribuição retida como crédito a compensar com os valores devidos se dá apenas por ocasião da liquidação do título ou do recebi-mento à vista e da efetiva retenção, ou seja, o direito à compensação com os valores das contribuições devidas pela pessoa jurídica somente poderá ser ex-ercido se ocorrer o fato gerador da retenção.

Se por um lado existe a expectativa potencial de realização do ativo, por outro há o impedimento legal de aproveitamento do crédito antes da efetiva retenção, que se dá por ocasião do recebimento.

Entendemos, portanto, que não é possível recon-hecer a retenção como um ativo sem que haja o ple-no direito do crédito. Fato que ocorre somente com o recebimento do título e a retenção efetiva das con-tribuições pelo tomador dos serviços, ou seja, o ativo se modifi cará mediante um fato novo. Nesse caso, o mais recomendável é aguardar a efetiva ocorrência do fato, a retenção, para que ele seja registrado.

Veja que não há dúvida sobre a expectativa da retenção sobre os valores a receber pela prestação de serviços, pois a única possibilidade da não reten-ção é o não recebimento, e se houver dúvida sobre o recebimento, tecnicamente, deve-se provisionar a expectativa de perda, ou seja, constituir a famosa provisão para créditos de liquidação duvidosa — in-dedutível para fi ns fi scais. Mas o direito ao crédito somente existirá se ocorrer um evento subsequente: o pagamento com a retenção.

Pode-se argumentar que os valores a rece-ber pela prestação de serviços não vão se efetivar plenamente, pois uma parcela será retida na fonte por conta das contribuições. Para solucionar esse impasse, é possível efetuar o registro dos valores a receber líquido das retenções e registrar o valor das contribuições em uma conta transitória, até que o di-reito ao crédito seja consumado. Todavia, essa prática tornará o controle complexo e dispendioso.

Se levarmos em conta que a retenção poderá ser compensada com os valores devidos, a condição de ativo dos valores a receber não será perdida, pois os valores retidos reduzirão o montante a pagar das contribuições. Logo, não haverá prejuízo relevante de informação com a manutenção dos valores a receber pelos montantes brutos.

Alertamos que o registro da retenção como ativo, por ocasião da emissão da nota fi scal ou fatura de prestação de serviços, poderá levar o contribuinte ao

erro de aproveitamento do crédito antes de adquirir esse direito.

Retenção do Imposto de RendaA incidência do Imposto de Renda Retido na

Fonte a alíquotas de 1% ou de 1,5% sobre os ser-viços prestados ou mediante a aplicação da tabela progressiva tem como fato gerador o crédito ou o pagamento dos serviços.

Haja vista as considerações feitas com relação ao momento do reconhe cimento da retenção das contribuições, o fato de a legislação fiscal prever a possibilidade da retenção com base no crédito, assim considerado o registro contábil da fatura do prestador de serviços na contabilidade do tomador dos serviços, a linha de definição do momento para o registro continua sendo muito tênue, pois o to-mador dos serviços não terá conhecimento formal do momento do crédito reconhecido pelo tomador dos serviços, ficando assim muito pouco provável que possa fazer o registro com segurança por oca-sião do faturamento.

Junte-se a isso a possibilidade de o tomador dos serviços não estar obrigado à manutenção da es-crituração fi scal completa e utilizar-se de livro Caixa.

Portanto, novamente o momento mais seguro e adequado para o reconhecimento do direito à com-pensação do valor retido na fonte é o do efetivo pagamento do título pelo tomador dos serviços, pelo valor líquido da retenção.

Dessa forma, os procedimentos para registro das contribuições aplicam-se perfeitamente ao Imposto de Renda Retido na Fonte.

Compensação com os Valores DevidosO registro da compensação dos valores do Im-

posto de Renda e das Contribuições retidos na fonte com os montantes devidos dos respectivos tributos se dará por meio da transferência do saldo das con-tas do subgrupo de “Impostos e Contribuições a Re-cuperar ou a Compensar”, do ativo circulante, com as contas de Impostos e Contribuições a R ecolher”, do passivo circulante.

Veja os Exemplos no caderno de Contabilidade e Assuntos Diversos do fascículo 29 do Boletim CE-NOFISCO.

Elaborado pela equipe técnica do CENOFISCO.

Revista do CRCRJ23 maio & junho 2010

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ATUALIZE O CADASTRO DE SEU E-MAIL JUNTO AO SETOR DE REGISTRO E RECEBA NOSSOS BOLETINS INFORMATIVOS

Para explicar o funcionamento do novo sistema de re-colhimento do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), através da Nota Fiscal de Serviços Eletrôni-ca (NFS-e) — a Nota Carioca — o Conselho Regional de Contabilidade (CRCRJ), em parceria com a Prefeitura, promoveu uma palestra, apresentada pelo Fiscal de Ren-das da Secretaria Municipal de Fazenda, Renato de Olivei-ra Caldas Madeira.

O encontro lotou o Salão Nobre do SindicontRio, com a participação de mais de 400 profi ssionais de contabilida-de, empresários da área e estudantes, no dia 25 de maio. A presidente do CRCRJ, Diva Maria Gesualdi, participou da abertura do evento, que também foi acompanhado pela presidente do Sindicont, Damaris Amaral da Silva.

O contabilista José Ricardo Pereira, da UTC Engenha-ria, aprovou a iniciativa do Conselho. “É uma experiência que estreita nosso relacionamento com a Prefeitura e tira nossas dúvidas. Muitas vezes enfrentamos fi la e burocracia e não conseguimos esclarecer de forma simples e objetiva como estamos conseguindo aqui nesta palestra”, destacou.

No site do Nota Carioca, é possível encontrar o passo a passo detalhado sobre o novo sistema, com manual de ajuda e orientação para quem tem Recibo Provisório de Serviços (RPS), entre outros detalhes: https://notacarioca.rio.gov.br.

A partir de outubro, acaba defi nitivamente o sistema de recolhimento do ISS nos moldes de hoje, e o cidadão poderá começar a exigir a nota fi scal eletrônica. Entre os benefícios da Nota Carioca, estão a participação em sor-teios, o abatimento do IPTU de imóvel no município do Rio de Janeiro, que não precisa ser do contribuinte (inclui aluguel de imóvel), e prêmios.

Palestra explica sistema da Nota Carioca

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LançamentosO Manual do (Re)Estruturador de Empre-

sas, de Ricardo Negreiros, apresenta uma visão ampla e práti-ca da ainda pouco conhecida profi ssão de reestruturador de empresas, cuja principal e mais elementar ferramenta é o es-tabelecimento de controles e de uma contabilidade efi ciente para o propósito de torná-las mais lucrativas e valorizadas pelo mercado. O livro enfatiza o trabalho do contabilista e o coloca em uma posição de proatividade e interferência nas decisões es-tratégicas de empresas. É um lançamento da editora Concilium.

Já o livro Auditoria de metas, Auditoria do novo mi-lênio — Inovações de conceitos e aplicabilidades, de Ti-tao Yamamoto, lançado pela Litteris Editora, aborda o desafi o da auditoria de reinventar a si própria e seus respectivos setores para detectar suas expectativas e necessidades. O livro visa servir de referência para es-tudantes e profi ssionais de Contabilidade interessa-dos em auditoria de organização públicas e privadas.

O livro está disponível para consulta na biblioteca do Conselho Regional de Contabilidade.

Revista do CRCRJ maio & junho 2010 24