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EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Evolução é um processo de
desenvolvimento dos seres vivos por meio da modificação de suas características
em gerações sucessivas. A
evolução é um fato da natureza que se pode perceber, por
exemplo, nos registros fósseis
(espécies animais e vegetais extintas) .
A comparação da estrutura das
formas de vida atuais - anatomia ,
bioquímica, embriologia -
também fornece provas da
evolução. Para explicar esses fatos existem as teorias
da evolução.
O conceito de Evolução
vem sendo discutido
pelos homens, de modo
geral, desde Heráclito,
passando por filósofos
estoicistas já na era cristã e por Leibniz.
É no entanto com os estudos intensivos e de muitas viagens
do famoso naturalista e
biólogo Charles Darwin (que fundou com a
teoria da Seleção Natural
e a Evolução dos seres vivos o Darwinismo)
que este conceito ganhará grande
absorção intelectual, influenciando poetas,
antropólogos, filósofos, entre outros,
com o princípio de que tudo está num
processo de transformação,
transmutação (para a Biologia) dos seres
vivos em sua história natural.
Por exemplo: o homem é o resultado de um processo de transformação que o elevou da condição de macaco à condição
de homo sapiens. Esta seria uma hipótese evolucionista claramente e, até hoje, é um argumento muito forte para os
intelectuais a negarem.
Decerto não estamos aqui para formular
problemas, mas para tentar
esclarecê-los um pouco.
Escritores, poetas e estudiosos do
mundo todo viram-se
influenciados por essa nova
corrente, como dissemos atrás,
e os temas colocados em
cheque pretendiam
especialmente esclarecer as diferenças
essenciais entre os seres vivos e os seres inertes, a
matéria e o espírito, o mundo
e Deus.
Teorias Evolutivas: em 547 a.C .
Anaximandro de Mileto foi o primeiro
a cogitar de um processo evolutivo
ocorrendo na natureza, chegando
afirmar que “o homem descende de
animais especificamente
diferentes”.
No ocidente, até a metade do século XVIII, dominou a hipótese fixista ou fixismo , segundo a
qual todas as espécies vivas
haviam sido criadas por ato divino, e o
número de espécies era fixo e havia sido
determinado por Deus no momento
da criação.
Carl von Linné , morto em 1778,
encerrou sua obra de classificação dos seres vivos com a seguinte
observação: “Deixo aos
naturalistas a tarefa de verificar
se as espécies não são obras do
tempo.
De a muito comecei a
alimentar tal suposição e ouso
apenas acrescentar uma hipótese de
que as espécies de um mesmo gênero não constituem na origem senão uma mesma espécie que se diversificou por via da hibridação”.
Em 1809 , Jean Baptiste
Lamarck lançou a teoria
lamarkista . Sua teoria
fundamentava-se basicamente em duas leis:
a) a lei do uso e do desuso;
b) lei da transmissão dos caracteres adquiridos
De todos os seus estudos,
sobressaem-se as suas teorias acerca do
evolucionismo biológico, tendo
sido um dos primeiros
estudiosos a dar importância ao
fato das variações entre indivíduos de uma mesma
espécie..
Explicou as variações de
características entre seres de uma
mesma espécie como resultantes da diversidade de
fatores e transformações
ambientais apresentados nas
diversas localidades onde
subsistem
Assim, Lamarck formulou o chamado transformismo, em
que os indivíduos de uma espécie adaptar-
se-iam à ação e às transformações do meio ambiente em que vivem, sendo que o resultado de tais adaptações nos indivíduos seriam
transmitidas para sua descendência.
A célebre exemplificação de
Lamarck para demonstrar sua teoria valia-se da afirmação de que o comprimento do pescoço das girafas
atingiu tal desenvolvimento a
partir de uma necessidade imposta
pelo meio em que vivem:.
as girafas precisavam
alcançar os ramos mais altos das árvores para se
alimentarem sem concorrência com
outros animais que se
alimentavam com os ramos mais
baixos
As leis que regem o transformismo (ou
Lamarckismo) foram estabelecidas por
Lamarck em 1800: a primeira lei afirma que
os órgãos dos seres cujo uso é evidenciado tendem a desenvolver-se, à proporção do uso; o contrário ocorre com os órgãos aos quais se aplica a falta de uso, tendendo portanto a
desaparecerem.
A segunda lei de Lamarck afirma que as adaptações sofridas pelos seres de uma
espécie por influência do meio ambiente são transmitidas e conservadas de geração
para geração, desde que as adaptações ocorram em seres de ambos os sexos na espécie. Tendo enfrentado em vida, por
suas teorias de evolução, o escárnio geral da comunidade científica, Lamarck e suas
idéias caíram no esquecimento até o século XIX, quando foram redescobertas.
Atualmente, a Ciência tende de maneira geral a rejeitar o princípio
da transmissão de geração a geração das características
evidenciadas e potencializadas pelos fatores naturais, pois as
modificações adquiridas ocorreriam em milhões de anos, não podendo ser comprovadas,
enquanto, por outro lado, tende a aceitar a idéia da constância do uso de um órgão animal como um dos
fatores de manutenção de sua existência e funcionalidade.
Não reconhecido pelos cientistas de sua contemporaneidade como
Cuvier e o próprio Buffon, com quem rompera relações, pois este
ainda aceitava as teorias então vigentes baseadas no princípio da geração espontânea, Lamarck foi reconhecido por sua importância
num estágio evolutivo do conhecimento das leis que regem a evolução biológica somente tempos
após sua morte.
Weissmam, em 1876, invalidou parte da teoria
lamarkista : segundo ele em certas raças de cães, são lhes
extirpada a cauda na ocasião do nascimento,
mesmo assim os filhotes
continuam a nascem com
cauda.
DARWINISMO
Na segunda metade do séc. XIX, Charles
Darwin lançou a teoria
darwinista; que ressaltava
dois fenômenos
extremamente comuns e que
podem ser observados
com facilidade:
1º a tendência da natureza produzir
variedades pássaros com
tamanho e bico diversos , etc.
Essas variantes, produzidas ao
acaso, são inatas e freqüentemente transmitidas de pais para filhos.
2º a disparidade existente entre o
grande nº de indivíduos que
nascem e os poucos que alcançam a idade adulta e conseguem
se reproduzir. A esse processo contínuo de
eliminação dos indivíduos menos vigorosos, Darwin
deu o nome de seleção natural.
Evolução das Espécies e Seleção Natural
O princípio da evolução postula
que as espécies que habitaram e habitam o nosso planeta não
foram criadas independentemente,
mas descendem umas das outras, ou seja, estão ligadas
por laços evolutivos
Esta transformação,
denominada evolução das espécies, foi apresentada e
explicada satisfatoriamente
por Charles Darwin, no seu
tratado A origem das espécies, em
1859.
A base da evolução
biológica é a existência da variedade, ou
seja, as diferenças individuais
entre os organismos
de uma mesma
espécie.
Na grande maioria das vezes, os indivíduos
produzem uma grande quantidade de descendentes, dos quais apenas
uma parte sobrevive até a fase adulta.
Assim, por exemplo, a cada
ano, o salmão põe milhares de ovos, uma ave produz vários filhotes.
No entanto, as populações das espécies em um ecossistema em
equilíbrio não crescem indiscriminadamente. Isto significa que os
indivíduos são selecionados na
natureza, de acordo com suas
características. Freqüentemente menos
de dez por cento da prole sobrevive.
Os indivíduos que apresentarem características vantajosas para a sua sobrevivência, como por exemplo,
maior capacidade de conseguir alimento, maior eficiência reprodutiva, maior
agilidade na fuga de predadores, têm maior chance de sobreviver até a idade
reprodutiva, na qual irá passar estas características individuais vantajosas à
prole. Isto ocorre porque todas as características estão imprensas nos
genes do indivíduo. Este é o princípio da seleção natural de Darwin.
Darwin mostrou que a seleção natural
tende a modificar as
características dos indivíduos ao longo das
gerações, podendo gerar o aparecimento
de novas espécies.
A partir desta teoria, pode-se estudar, sob o
aspecto evolutivo, todo o parentesco
entre os seres vivos da Terra, o que culminou em
uma árvore genealógica da
vida.
Nela, os organismos unicelulares semelhantes às bactérias
foram os primeiros
seres vivos, surgidos há três bilhões de anos nos
mares primitivos.
O Neodarwinismo:
Toda a informação genética dos seres
vivos está registrada no DNA, a proteína
que constitui os genes e
cromossomos. Durante o processo
de reprodução, a replicação destes
genes sofre alterações
denominadas mutações genéticas.
Quando as mutações começaram a ocorrer nos primeiros seres vivos do planeta,
iniciou-se o processo de evolução, através do aparecimento das
citadas variações individuais na mesma espécie. A evolução
é, então, impulsionada pelo
fenômeno da seleção natural, através das
centenas de milênios do tempo geológico.
.A história da evolução da
vida está documentada
através do registro dos
fósseis encontrados
pelos arqueólogos e evolucionistas.
A pressão gerada pelo ambiente sobre os seres vivos representa uma das principais causas
da evolução. Ambientes naturais
geralmente apresentam fatores negativos e limitantes, além de realidades difíceis
como a predação e a competição.
Ambientes hostis e instáveis impulsionam o processo evolutivo, uma vez que selecionam fortemente apenas a
sobrevivência dos mais aptos.
Como conseqüência da pressão ambiental e
da existência das mutações genéticas, a
vida evoluiu e se especializou, criando
toda esta gama de diferentes biomas e ecossistemas que
constituem a biosfera.
Só o grupo dos animais conta
atualmente com mais de um milhão de
espécies descritas. No topo da linha
evolutiva, encontram-se os animais mais
complexos e elaborados, os vertebrados,
representando apenas cinco por cento do
total.