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Evolução dos Direitos

FundamentaisDIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS

Prof.ª Dra. Elizabeth N. Cavalcante

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OS DIREITOS HUMANOS SÓ SE

TORNAM SIGNIFICATIVOS QUANDO

GANHAM CONTEÚDO POLÍTICOLYNN HUNT

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O Processo histórico não é tão linear a ponto de se

proceder a um corte histórico dos direitos fundamentais a

partir da Declaração de Virgínia (Bill of Rigths - 1776) e a

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)

como se a antiguidade clássica estivesse totalmente

alheia à ideia de direitos fundamentais.

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Pensamento sofístico – defendia a natureza biológica dos

homens (igualdade e humanidade).

Aristóteles (384 a.c.) – a felicidade como o bem maior. A

equidade como medida de justiça e como correção dos rigores

da lei. Justiça distributiva.

Estóicos (séc. III) – Existe uma razão universal que governa

todas as coisas (ideia de universalidade).

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A noção de respeitabilidade à pessoa

humana vincula-se ao advento da lei

escrita, pois em sendo geral e

uniforme, se aplica a todos os

integrantes de uma sociedade

organizada.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 5

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Lei escrita

Na Grécia a lei escrita fundamentou os pilares da

sociedade política.

Para os atenienses a lei escrita impede o arbítrio do

governante:

Eurípedes: “uma vez escritas as leis, o fraco e o rico gozam

de um direito igual; o fraco pode responder ao insulto do

forte, e o pequeno, caso esteja com a razão, vencer o

grande” - As Suplicantes”434-437).

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Leis não escritas

Leis universais ou leis

comuns?

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Na Grécia antiga as leis não escritas denotavam o caráter de

divindade dessas leis, como na tragédia grega de Sófocles, na qual

Antígona contesta o decreto de Creonte que a condena a morte por

insistir em sepultar o irmão “traidor”:

“sim, porque não foi Jupiter que a promulgou; e a Justiça, a deusa que habita com

as divindades subterrâneas jamais estabeleceu tal decreto entre os humanos;

nem eu creio que teu édito tenha força bastante para conferir a um mortal o

poder de infringir as leis divinas, que nunca foram escritas, mas são

irrevogáveis; não existem a partir de ontem, ou de hoje; são eternas, sim! –

Tais decretos, eu, que não temo poder de homem algum, posso violar sem que

por isso me venham a punir os deuses!

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Na Roma antiga, os romanos

adotaram as leis não escritas

como leis comuns (ius

gentium) a todos os povos.

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A proteção da pessoa humana

Sempre houve a necessidade de

proteção da pessoa humana, contudo, o

reconhecimento dos direitos da pessoa

humana bem como a positivação desses

direitos percorreu um longo trajeto de

evolução.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 10

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Na antiguidade

Código de Hamurabi (1800 a.c.) na Mesopotâmia – Proposta:

implantação da justiça na terra, propiciar o bem estar do povo,

trazer regras de prevenção da opressão do fraco pelo forte.

Código de Manu (Índia) – Redigido aproximadamente 1.000 a.c.

Divide-se em religião, moral e leis civis. Tratava de Direito Sucessório

(herança – filho mais velho responsável pelos outros irmãos).

Lei das doze tábuas (450 a.c.)– Compilado romano de leis privadas

e procedimentos (organização e procedimento processual, successão

e tutela, patrio poder e direito de propriedade).

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IDADE MÉDIA

Descentralização política - Feudalismo e

cristianismo.

Sociedade – Clero e nobreza.

Segunda metade da Idade Média – Primeiros

documentos escritos (forais e cartas de

franquias) – Direitos de comunidades locais ou de

corporações.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 12

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Carta Magna (1215)

Outorgada formalmente por João sem Terra.

Preocupação – Direitos dos Ingleses (prerrogativas garantidas a todos os súditos da

monarquia).

Reconhecimento de direitos e limitação de poder (para instituir ou aumentar

impostos o rei deveria submeter a decisão ao Grande Conselho – composto por

membros do clero e da nobreza).

Devido processo legal (n.39) – Nenhum súdito seria condenado sem antes ter

passado por um processo judicial.

Direito de herança (n. 2 e 7); liberdade de ir e vir (n. 41 e 42); graduação da pena

de acordo com a importância do delito (n. 20 e 21).

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Petition of rights (1628)

Direito de petição - Permitiu aos súditos

ingleses que dirigissem petições ao rei.

Movimento político liderado por Edward Coke

(jurista e parlamentar) defensor do common

law = a lei como limite da prerrogativa real.

Proteção das liberdades públicas.

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HABEAS CORPUS ACT (1679)

Instrumento de limitação de poder.

Preservação da integridade física

(liberdade do corpo) e para evitar

prisões arbitrárias.

Cria o direito de mandado.

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Bill of rights (1689)

Garantias individuais de liberdade, de

preservação da vida e do direito de propriedade.

Garante as eleições livres para os membros do

Parlamento.

Fortalece os poderes do Parlamento com relação

às decisões políticas.

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Declaração de Direitos de Virgínia (1776)

Nasce no contexto da luta pela independência dos EUA.

De inspiração iluminista e contratualista imprime

fundamentos democráticos no reconhecimento da dignidade

da pessoa humana.

Amplia as liberdades individuais: liberdade de imprensa e de

religião.

Além das liberdades civis e políticas, consta o direito de se

rebelar contra um governo “inadequado”.

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Declaração da Independência dos EUA (1.776)

Limitação do poder estatal e valorização da liberdade

individual.

Restaura os direitos de cidadania e reconhece os direitos

de igualdade e propriedade.

Exerceu forte influência na Declaração Francesa (1789).

Alicerçada nos direitos naturais do homem

(“inalienáveis”).

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Declaração dos Direitos do Homem do Cidadão (1789)

Surge da necessidade de estabelecer um novo governo legitimado pela

soberania popular a fim de preservar os direitos naturais do homem.

Votado em Assembleia Nacional Constituinte marca o fim do regime

absolutista.

Influenciada pela doutrina dos direitos naurais vocacionada pela

universalidade dos direitos (válidos em todo e qualquer momento

porque orindos da natureza humana).

Estabelece os direitos fundamentais dos cidadãos franceses bem como

a todos os seres humanos sem exceção.

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Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)

Documento que inspirou outros textos europeus na linha de

proteção de direitos e permitiu grandes conquistas políticas

e sociais. Por exemplo:

- Direitos eleitorais;

- Liberdade religiosa (judeus e protestantes poderiam

professar livremente sua religião e exercer função pública);

- Mulheres poderiam ser proprietárias de imóveis e se

divorciar.

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Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

Os países membros da ONU decidiram redigir um documento que

expressasse o repúdio as atrocidades cometidas nas 1ª e 2ª

guerras mundiais.

O documento invoca os direitos civis e políticos conhecidos como

direitos de primeira geração (relativos aos direitos de liberdade);

os direitos sociais, econômicos e sociais entendidos como direitos

de segunda geração (relativos ao trabalho e a educação) e os

direitos de terceira geração tendo a fraternidade (solidariedade)

como valor universal (voltado ao espírito pacífico, de justiça e de

colaboração geral).Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 21

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A finalidade pedagógica da

Declaração Francesa é no sentido

de instruir os cidadãos a respeito

daqueles direitos impressos na

Declaração.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 22

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A Declaração Francesa enuncia princípios de

organização política, disciplina o gozo dos

direitos por ela elencados, reconhece as

liberdades públicas como direitos subjetivos os

quais revelam-se atualmente como potenciais e

reais poderes de agir tutelados pela ordem

jurídica e extensivos a todos os seres humanos.

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Liberdades Públicas

O sujeito ativo é o titular do poder de agir (individual ou

coletivamente).

As liberdades públicas são operacionalizadas por meio de um

sistema de garantias constitucionais que funcionam como

instrumentais de prevenção de violação dessas liberdades.

Podem estar sujeitas a regime excepcional (regime

extraordinário) em razão de situações “emergenciais”.

Reserva-se à lei formal a disciplina das liberdades.

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A saga evolutiva dos direitos fundamentais

Novas tecnologias (bioética, cibernética, inteligência artificial)

Mapeamento do genoma humano

Crise ambiental

Patrimônio genético

Direito fundamental à internet

Sociedade informacional

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Direitos Fundamentais na Constituição da República Brasileira

de 1988

A CR/88 deixa claro o compromisso ético em favor da democracia.

A CR/88 imprime valores ideológicos e admite os direitos fundamentais

em construção.

Trata-se de uma Constituição dirigente que impõe ao Estado estabelecer

programas e expedientes para viabilizar as políticas públicas.

A CR/88 traz intrumentos processuais e institucionais de proteção dos

direitos fundamentais.

A CR/88 promove a adoção de um modelo econômico capitalista.

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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS (ART. 5º, CR)

Tratam-se de direitos civis e de garantias

processuais.

Visam limitar o poder do Estado.

Constituem-se em mandamentos ético-jurídicos:

- Respeito à vida, ao próximo, às liberdades, aos direitos

de personalidade, à autonomia da vontade e

respeito à segurança jurídica. ( George Marmelstein)

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Direitos ou interesses?

DIREITO E INTERESSE NÃO SE CONFUNDEM.

SUSTENTA-SE QUE O DIREITO É O INTERESSE

JURIDICAMENTE PROTEGIDO (definição clássica de direito

subjetivo).

A CARACTERIZAÇÃO DO INTERESSE JURIDICAMENTE

PROTEGIDO ENCONTRA CRITÉRIOS DIFERENCIADOS NO

COMPASSO DAS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS.

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Direito Subjetivo

Para Savigny, o direito subjetivo é o direito

considerado na vida real, que envolve e

penetra todo o ser, no qual reina a vontade

do indivíduo e se solidifica com o consenso

geral.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 29

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DIREITO – INTERESSE

OU

DIREITO-FUNÇÃO?

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O DIREITO-INTERESSE TEM POR FINALIDADE

O INTERESSE DO PRÓPRIO INDIVÍDUO, QUE É O

PRÓPRIO TITULAR DO DIREITO.

O DIREITO-FUNÇÃO TEM POR FINALIDADE UM

BENEFÍCIO SOCIAL, OU SEJA, EXERCE-SE O

DIREITO, MAS NÃO NO INTERESSE PRÓPRIO.

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O INTERESSE ESTÁ SEMPRE LIGADO A UMA

SITUAÇÃO SUBJETIVA DO INDIVÍDUO DA QUAL SE

EXTRAI O PODER DA VONTADE, A POTÊNCIA E A

AUTONOMIA DE SEU TITULAR OUTORGADA PELA

NORMA JURÍDICA E CHANCELADA PELO

CONSENSO GERAL.

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Teoria da vontade

Considerações sobre a autonomia da vontade e a autonomia privada:

Autonomia da vontade = Princípio jurídico filosófico que se refere ao âmbito

de decidibilidade do ser humano para promover suas escolhas na esteira da

capacidade e da razão.

Autonomia privada : “Autonomia privada ou liberdade negocial traduz-se pois

no poder reconhecido pela ordem jurídica ao homem, prévia e necessariamente

qualificado como sujeito jurídico, de juridicizar a sua actividade

(designadamente, a sua actividade económica), realizando livremente negócios

jurídicos e determinando os respectivos efeitos.” Ana Prata

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A matriz ideológica e econômica da autonomia da vontade

advém do liberalismo clássico no escopo geral de

proporcionar segurança e equilíbrio às relações jurídicas.

A autodeterminação do indivíduo de substância kantiana

serviu de inspiração a uma nova corrente doutrinária que

vê na autonomia privada um princípio do direito contratual

que permite a disposição de interesses desde que estes

estejam de acordo com a normativa jurídica.

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INTERESSE EM SENTIDO LATO

• Interesse que interliga uma pessoa a

um bem da vida, em virtude de um

determinado valor que esse bem

possa representar para aquela

pessoa.

Rodolfo de Camargo Mancuso

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O critério baseado no poder de agir é

tangenciado por outras bases, assim, já não

basta a identificação do titular do bem jurídico

protegido, seu valor ou pretensão; elementos

indispensáveis à configuração da titularidade.

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Atualmente, na esfera de proteção das

relações jurídicas, estas se apresentam

em dimensões e graus variados que

reclamam tutela jurídica também em

dimensão e graus variados.

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Tem-se assim o interesse que se

apresenta em seu sentido plural ou de

dimensão plúrrima, afeito às aspirações

de uma coletividade, em dimensão

determinada ou determinável ou ainda,

indeterminada.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 38

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Interesse no campo genérico

INTERESSE NO CAMPO GENÉRICO SE

LIGA A IDEIA DE CONEXÃO ENTRE

DUAS SITUAÇÕES: SUJEITO E OBJETO

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Pode-se entender como interesse

uma tomada de atitude que

interliga alguém a alguma coisa.

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Interesse social

Rodolfo de Camargo Mancuso define interesse social

como aquele que equivale ao exercício coletivo de

interesses coletivos.

O interesse social nos remete à ideia de uma

variedade de situações que convergem e que visam

proveito ou vantagem comuns ou de dimensão

indivisível (interesse de todos e de cada um).

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Interesse jurídico

O interesse em sentido lato pode ser definido como uma expressão volitiva que se concretiza no plano fático.

O interesse jurídico se concretiza no mundo jurídico porque retira da norma o seu conteúdo de valor.

Interesse jurídico = interesse disciplinado pela norma.

Interesse jurídico = goza de proteção jurídica.

Segundo Jhering, o direito subjetivo é o interesse protegido.

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Interesse econômico

Produção capitalista = relações mercantilizadas

advindas do conceito-gênero de liberdade para

o conceito-espécie de liberdade econômica.

A propriedade se destaca pela dimensão

econômica em todas as suas nuances.

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INTERESSE PÚBLICO

Dimensão coletiva de interesses particularizados

qualificados como membros de uma sociedade.

Pressupõe um juízo de valor para qualificar o seu

conteúdo e extensão prognóstica.

A supremacia do interesse público como princípio

da Administração Pública tem sido utilizado em

dissonância com os preceitos constitucionais.

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Interesse no âmbito processual

NECESSIDADE + UTILIDADE +

ADEQUAÇÃO

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Interesse individual

Segundo Rodolfo de Camargo Mancuso é individual o

interesse cuja fruição se esgota no círculo de atuação de seu

destinatário e o critério mais prático para examiná-lo é aferir

o prejuízo e a utilidade.

Assim, um acidente qualquer que resulte apenas em prejuízos

materiais gerará interesses individuais (ressarcimento) bem

como situações que gerem benefícios para as partes

envolvidas (a utilidade do evento se esgota na esfera de

atuação dos participantes).

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Interesses difusos

Refere-se a a grupo de pessoas indeterminadas no qual

inexiste vínculo jurídico, mas que possuem uma conexão

circunstancial fática;

Existe um elo comum entre os lesados que comungam do

mesmo interesse difuso (Hugo Nigro Mazzilli);

Por vezes coicidem com o direito público (meio ambiente);

Não se confunde com o direito geral da coletividade;

O objeto é indivisível.

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O art. 81 do CDC assim define direitos difusos:

I - interesses ou direitos difusos, assim

entendidos, para efeitos deste código, os

transindividuais, de natureza indivisível,

de que sejam titulares pessoas

indeterminadas e ligadas por

circunstâncias de fato.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 48

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Interesses coletivos

Interesses que transcendem a esfera do indivíduo, ou

seja, relacionados a grupos, classes ou categorias de

pessoas ligados por uma situação jurídica base;

Tratam-se de pessoas indeterminadas cujo interesse

individual dá lugar ao interesse do grupo, classe ou

categoria;

O objeto é indivisível porque o interesse do indivíduo

corresponde ao interesse do grupo.Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 49

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Art. 81 assim define os direitos coletivos:

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos,

para efeitos deste código, os transindividuais, de

natureza indivisível de que seja titular grupo,

categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou

com a parte contrária por uma relação jurídica base;

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Direitos individuais homogêneos

Sujeitos determinados ou determináveis cujo objeto de interesse

é divisível.

Interesses que se caracterizam por uma origem comum oriunda

de uma situação episódica.

São interesses coletivos apenas na forma e no seu exercício.

A origem comum recomenda a tutela conjunta.

São direitos considerados de extrema relevância social uma vez

que não deixam de ser direitos coletivos (em sentido lato).

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O art. 81 do CDC assim define os

Direitos Individuais Homogêneos:

III - interesses ou direitos individuais

homogêneos, assim entendidos os

decorrentes de origem comum.

Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 52

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Como identificar os

direitos ou interesses que

foram afetados?Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 53

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O dano provocou lesões divisíveis?

É possível identificar quantitativamente os lesados?

As lesões têm natureza variável conforme a situação individual as vítimas?

SE POSITIVO = DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS

Prof.ª Elizabeth N. Cavalcante 54

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O dano provocado atingiu um número de

pessoas indeterminadas, ou seja, é

impossível dimensionar o número e grau de

lesionados?

A reparação do dano ou prejuízo não é

passível de divisão?

SE POSITIVO = INTERESSES DIFUSOSProf.ª Elizabeth N. Cavalcante 55

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A pretensão oriunda do dano é indivisível?

Os interesses envolvidos referem-se a um

grupo, classe ou categoria de pessoas?

As pessoas estão ligadas por uma relação

jurídica-base?

SE POSITIVO = DIREITOS COLETIVOS EM SENTIDO ESTRITO.

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Proc. 801676PE. Min. Rel. Luis Roberto Barroso. J. 19/08/2014. 1ª T. Acórdão Eletrônico Dje-170 Divulg em 02-09-2014 Public. Em 03-09-2014

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO PELO PODER PÚBLICO DO TRATAMENTO ADEQUADO. SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERATIVOS. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. NÃO OCORRÊNCIA. COLISÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS. PREVALÊNCIA DO DIREITO À VIDA. PRECEDENTES. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que, apesar do caráter meramente programático atribuído ao art. 196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde dos cidadãos. O Supremo Tribunal Federal assentou o entendimento de que o Poder Judiciário pode, sem que fique configurada violação ao princípio da separação dos Poderes, determinar a implementação de políticas públicas nas questões relativas ao direito constitucional à saúde. O Supremo Tribunal Federal entende que, na colisão entre o direito à vida e à saúde e interesses secundários do Estado, o juízo de ponderação impõe que a solução do conflito seja no sentido da preservação do direito à vida. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. Agravo regimental a que se nega provimento.

Data de publicação: 02/09/2014

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TJ-PR - Conflito de Jurisdição CJ 9601614 PR 960161-4 (Acórdão) (TJ-PR)

Data de publicação: 11/12/2012

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO.MANDADO DE SEGURANÇA. RECUSA DE FORNECIMENTO GRATUITO DO MEDICAMENTO INDISPENSÁVEL À SOBREVIDA DA PACIENTE.OFENSA AO DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE, CONSAGRADO NO ARTIGO 196 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL . DEVER DO ESTADO. OBSERVÂNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NÃO CONSTITUI ÓBICE AO FORNECIMENTO DOS MEDICAMENTOS.PRINCÍPIO DA RESERVA DO POSSÍVEL.INADMISSIBILIDADE - Se por um lado é correto reconhecer que o dinheiro público é limitado e deve ser gasto de forma adequada e racionalizada, por outro também é certo dizer que a razão de ser do estado é atender os direitos fundamentais do homem, de forma a resguardar-lhe um mínimo de dignidade.RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS NO FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS.APELO DESPROVIDO.SENTENÇA MANTIDA EM SEDE DE REEXAME NECESSÁRIO.

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Referências Bibliográfias

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FERREIRA Filho, Manoel Gonçalves. Direitos Humanos Fundamentais. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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JHERING, Rudolph Von. A Finalidade do Direito. Campinas: Bookseller, 2002.

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