14
165 sensibilidades O sistema sensitivo coloca o indivíduo em relação com o ambiente. As sensações estão dependentes de impulsos que surgem pela estimulação de receptores ou órgãos terminais. Estes impulsos são conduzidos ao sistema nervoso central (SNC) através de nervos sensitivos e, em seguida, feixes de fibras levam-nos a centros superiores para reconhecimento consciente. As sensibilidades somáticas abarcam todos os sentidos com excepção do paladar, visão, olfacto, audição e sensações vestibulares e é sobre elas que este capítulo trata. A sensibilidade pode ser dividida em exteroceptiva, interoceptiva e propioceptiva. O sistema exteroceptivo fornece informação acerca do ambiente externo. O sistema intereoceptivo informa sobre as funções internas, como a pressão arterial ou a concentração de substâncias nos fluidos orgânicos. A propriocepção diz respeito à orientação dos membros e do corpo no espaço. Fibras aferentes somáticas conduzem as informações exteroceptivas e propioceptivas. As fibras aferentes viscerais conduzem impulsos de estruturas viscerais. O gosto e o paladar sao dois exemplos de fibras viscerais com caracteristicas particulares. O sistema somatosensitivo compreende dois componentes distintos: - O sentido posicional, a sensibilidade vibratória e o tacto fino são veiculados através das colunas posteriores em seguida pelo lemnisco medial até ao nucleo ventro póstero lateral do tálamo (VPL). A sensibilidade da face é processada pelo núcleo sensitivo do trigémio e levada até ao nucleo ventro póstero medial do tálamo (VPM). - A dor e a temperatura provenientes do corpo são conduzidas pelo feixe espinho-talâmico e as provenientes da face pelo feixe e núcleo espinhal do trigémio. Receptores sensitivos Os receptores são a parte terminal de um nervo sensitivo e são contínuos com ele. Cada neurónio tem um campo receptivo específico que consiste em todos os receptores a que ele responde. Estes campos receptivos formam mapas mais ou menos precisos no sistema nervoso, nos quais regiões específicas do corpo são representadas em regiões específicas do cérebro. O homúnculo sensitivo no giro pós-central é um exemplo de um mapa altamente organizado. Os receptores classificam-se pela modalidade específica a que são mais sensíveis, como mecanorreceptores, termoreceptores, quimioreceptores, fotoreceptores e osmorreceptores. Podem, ainda, dividir-se morfologicamente e nesse caso temos terminações nervosas livres predominantemente nociceptivas e terminações nervosas encapsuladas como os órgãos de Golgi, fusos musculares, terminações de Ruffini e corpúsculos de Meissner e Pacini (fig. 1).

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165

sensibilidades

O sistema sensitivo coloca o indivíduo em relação com o ambiente. As sensações estão dependentes de impulsos que surgem pela estimulação de receptores ou órgãos terminais. Estes impulsos são conduzidos ao sistema nervoso central (SNC) através de nervos sensitivos e, em seguida, feixes de fibras levam-nos a centros superiores para reconhecimento consciente. As sensibilidades somáticas abarcam todos os sentidos com excepção do paladar, visão, olfacto, audição e sensações vestibulares e é sobre elas que este capítulo trata. A sensibilidade pode ser dividida em exteroceptiva, interoceptiva e propioceptiva. O sistema exteroceptivo fornece informação acerca do ambiente externo. O sistema intereoceptivo informa sobre as funções internas, como a pressão arterial ou a concentração de substâncias nos fluidos orgânicos. A propriocepção diz respeito à orientação dos membros e do corpo no espaço. Fibras aferentes somáticas conduzem as informações exteroceptivas e propioceptivas. As fibras aferentes viscerais conduzem impulsos de estruturas viscerais. O gosto e o paladar sao dois exemplos de fibras viscerais com caracteristicas particulares. O sistema somatosensitivo compreende dois componentes distintos: - O sentido posicional, a sensibilidade vibratória e o tacto fino são veiculados através das colunas posteriores em seguida pelo lemnisco medial até ao nucleo ventro póstero lateral do tálamo (VPL). A sensibilidade da face é processada pelo núcleo sensitivo do trigémio e levada até ao nucleo ventro póstero medial do tálamo (VPM). - A dor e a temperatura provenientes do corpo são conduzidas pelo feixe espinho-talâmico e as provenientes da face pelo feixe e núcleo espinhal do trigémio. Receptores sensitivos Os receptores são a parte terminal de um nervo sensitivo e são contínuos com ele. Cada neurónio tem um campo receptivo específico que consiste em todos os receptores a que ele responde. Estes campos receptivos formam mapas mais ou menos precisos no sistema nervoso, nos quais regiões específicas do corpo são representadas em regiões específicas do cérebro. O homúnculo sensitivo no giro pós-central é um exemplo de um mapa altamente organizado. Os receptores classificam-se pela modalidade específica a que são mais sensíveis, como mecanorreceptores, termoreceptores, quimioreceptores, fotoreceptores e osmorreceptores. Podem, ainda, dividir-se morfologicamente e nesse caso temos terminações nervosas livres predominantemente nociceptivas e terminações nervosas encapsuladas como os órgãos de Golgi, fusos musculares, terminações de Ruffini e corpúsculos de Meissner e Pacini (fig. 1).

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Derm As rinervdevidembdermda cregiã

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2. Mapa deosterior

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anterior B -

166

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No que diz respeito à avaliação clínica, a função sensitiva é dividida em modalidades primárias e modalidades secundárias ou corticais. As modalidades primárias correspondem ao tacto, à pressão, à dor, à temperatura, ao sentido de posição articular e vibratório. As modalidades corticais ou secundárias são aquelas que requerem síntese e interpretação das modalidades primárias pelas áreas associativas sensitivas no lobo parietal. Estas incluem, entre outras, discriminação entre dois pontos, estereognosia (identificação de objectos pelo tacto), grafistesia (identificação de caracteres na pele) e localização táctil. Importa referir que a avaliação das modalidades corticais só pode ser realizada se houver integridade e o correcto funcionamento das modalidades primárias. Quando as modalidades primárias são normais, mas há compromisso das modalidades corticais podemos suspeitar de uma lesão do lobo parietal. As alterações sensitivas podem ser caracterizadas por aumento, diminuição, ausência ou perversão da sensibilidade. A dor é um exemplo de sensação aumentada. As perversões da sensibilidade assumem a forma de parestesias (sensações anormais espontâneas na ausência de estimulação sensitiva especifica, ex: dormências, ardor, comichão) e disestesias (sensação anormal desagradável ou dolorosa espontânea ou após um estímulo normalmente não doloroso). O exame sensitivo visa descobrir a presença de áreas de sensibilidade ausente (analgesia), diminuída (hipostesia), exacerbada (hiperalgesia) ou alterada (disestesia), a gravidade da alteração, bem como a localização e distribuição da lesão. O exame sensitivo é a parte mais morosa e difícil do exame neurológico, sobretudo porque os resultados estão na dependência de respostas perfeitamente subjectivas e, como tal, é necessária a atenção e cooperação total do doente durante os procedimentos. A percepção e interpretação de estímulos semelhantes difere entre indivíduos, difere nas diversas partes do corpo do indivíduo e no mesmo indivíduo em circunstâncias diferentes. Para um exame confiável o doente deve compreender o procedimento e estar disposto a colaborar. Devemos explicar de maneira simples não só o propósito, como o método dos testes que vamos realizar. O doente deve manter os olhos fechados para evitar distracções e interpretação errada dos estímulos. Deve avaliar-se sempre que possível áreas homólogas do corpo. Antes do exame propriamente dito, questionamos o doente sobre a existência de sintomas sensitivos. Caso estes estejam presentes, dirigimos o nosso exame de acordo com eles, em parte por uma questão de clareza de raciocínio e, por outro lado, para que o doente não fique perplexo com atitudes como começar a picar os pés quando o doente se queixa de parestesias nas mãos. Os sintomas sensitivos podem ser divididos em negativos, como ausência de sensibilidade e sintomas positivos como parestesias e disestesias. Havendo sintomas devemos caracterizá-los descrevendo a sua intensidade, distribuição, duração, periodicidade e os factores que os exacerbam e aliviam. A descrição que o doente faz das suas queixas pode ajudar a diferenciar entre distúrbio orgânico e não-orgânico. Alterações não-orgânicas estão, com alguma frequência, associadas a labilidade emocional ou indiferença. São, geralmente, de natureza ou localização vagas e as reacções do doente não são consistentes com o grau de incapacidade.

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Figura 3. Feixe espinho-talâmico lateral

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Sens Os nocitermviajacontO co(GRneurfeixedestsão maisdos resutermestím que 4). OquesEstaque exam“UmanalirreleconcDevedói epodepodeParado aregiãdificiseguencohiposens

sibilidade E

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s rostrais. achados

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O doente, stionado sa é uma da

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Exterocept

que transp– terminaes são termnervos peónios do prar deste rno dorsal ussam, em

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o suficienteo dissemo

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pouco fidicar ao doeporque o

em doentessem se tras devemos

bo. Rremos co

m défice igcom o d

a de déficeassar de z

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sen

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o teste de e para cauos anterior

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doente ajus como: “Qe preciosis

normais pria do codedignas ente que etacto ao ss com défiatar realmes mostrar a

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ambos os mãos e

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normal, vislados neso dorso

mos delineáde diminuí

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sar um alfinar a peleos fechadode igual fo

me objectivombiguidade

doí mais?tes demas

as pequentamos, asão do exos em sabes vias distorma, o dobilidade álado pontiameiro lugasto que, mssa região

dos pésá-la. Se hída para a

169

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as de

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e função, de se encalterações

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os, porque r confundidão entre do uma sens

Propiocept

de propioce músculotem um corma a via aliadas clin

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C. O teste alfinete ou

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e discrimine de doa sensib

contrar abos podem

o com um ar se o dotensidade. pressão sde cada va estimula

da com o eois pontos

sibilidade c

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al transmita coluna nativa e dis pontos.

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ntes seguee entram n

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e algodão nhece e loulo não dtecidos suentir o estsitiva causaeste. erada tantque requer

nos tecidsos, tendente e um As sensib

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em pelos nnos fascíc

Figuava

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zação precude da smodalidadsões medu

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ou um pincaliza estíeve ser s

ubcutâneostímulo. Devada pelo m

to uma mor interpreta

os profundões e a

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ncel maciomulos táct

suficientems. Pedimovemos evimovimento

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dos do coarticulaçõesnte conscionscientesação e pres

riféricos atl e cuneifo

ca de acto

170

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sem com

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menor como s ou

o (fig. teis e

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subindo até à medula alongada onde estabelecem sinapse com o 2º neurónio que decussa subindo pelo lemnisco medial até ao tálamo (fig. 6). Sentido posicional O sentido cinético ou cinestésico, consiste na percepção de movimento de diversas partes do corpo. O sentido posicional, ou postural, é a percepção da

Figura 6. Vias dos cordões posteriores

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posique alonmovpartedirecdetedo cCominterestivdeveao pelimpassmovexamcercinter

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ção das váse origin

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te aument a idade.emos do ver perdido tornoze

culações ato semelha nas sensal possibilpense, at

siste em mo doente osolhos abeequilíbrio o

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sibilidade ndo um dia

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árias partenam comoe encurta

ão habituao e avalia-força e ocomo a ca

o teste na s distais dmais não o dedo do movimentoações de e para cim

Realizam-seerro. Indiv

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ou queda.

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a-se de atbservada ndéfice é mrecção conponto, a poente com ai. Uma pr

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sitiva signifções cerebos olhos f

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do sentido p

s dependedas artic

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ca do hálu. Se estao exame.

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o e do sende detectaSe o sen

culações malidade neficativa e belosas, cofechados. e permite a. O testeolhos fechaz-se positivles fechad

de sentirproeminêidênticas

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o possível arte é moar a direçãsuspende-os do hálus articula

ntido posicar movimetido posic

mais proxiessas graincoorden

om a diferA estimulque o do

e de Romados e verva se o dodos aprese

r uma vibrncia ósseaàs do se

172

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a das ações nador ralelo para

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oente mberg rificar oente entar

ração a. As ntido

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corpquassabedo dNa pantediapsensPodeduraA pesistedesmvibranas sinto Preg O sesentsubcpostpreslocaem ppregmov Dor A dosupeprofuaperintercaus

Figusent

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po procurase sempreer se o doedoente devpresença des de deixasão parasibilidade nemos quan

ante quantoerda de seema nervosmielinizaçãatória em extremida

omas espe

ga – Press

entido de tido táctil,cutâneas eteriores talssão deveml onde a ppele glabraga cutâneavimentos se

profunda

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ando assime anormaisente sente emos colo

de sensibilxar de viba localizaçnormal. ntificar de os segundoensibilidadso periféric

ão. Há, assdoentes c

ades inferioecíficos nes

ão

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origina em endo difusas mesma

úsculos, tea uma ho cabo do

ca de avaliaçnal

vezes disdedéhapodoPadiasocointcovibex

metrias, qs. Devemo

mas sim socar o diapidade vibrabrar. Se hções mais

maneira sos o doent

de vibratórco e dos csim, um co

com esclerores geralssas áreas

ou prega-pnvolve a tacto leve sentido poo cuidado

e facilmentmos aleatoo doente exame nor

tecidos pra e de loas da dor endões e iperflexão martelo d

ção do

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s proximai

imples a ste sente a ia é um in

cordões poompromissrose múltipmente torns, a necess

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osicional e o de não cate sobre ooriamente cometa 3

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e reflexos

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e o contráis).

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ntre estasmbinada d12 a perd

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unha. A perda de sensibilidade profunda é um achado clássico na tabes dorsalis. Sensibilidade Interoceptiva ou Visceral A sensibilidade interoceptiva diz respeito aos órgãos viscerais. As fibras aferentes viscerais estão envolvidas nos reflexos autonómicos inconscientes e conduzem sensações viscerais como fome náusea, excitação sexual, distensão vesical e dor visceral. Algumas seguem pelos nervos somáticos e outras pelos nervos autonómicos eferentes. Em consequência das múltiplas vias e da sua redundância, a localização da dor visceral não é precisa. As vísceras são geralmente insensíveis aos estímulos habituais que causam dor, todavia espamo, inflamação, traumas, pressão ou distensão podem causar dores intensas. Supõe-se que o término da via é o giro recto e não o córtex parietal. Embora clinicamente importante, a sensibilidade visceral não é adequadamente avaliada pelo exame neurológico. Funções sensitivas corticais As sensibilidades corticais envolvem áreas sensitivas primárias e áreas associativas do córtex cerebral. As primeiras são necessárias para perceber o estímulo, e as segundas para interpretar o significado do estímulo e colocá-lo no seu contexto. Estas funções são designadas modalidades sensitivas secundárias ou corticais. O processamento sensitivo cortical é uma função dos lobos parietais. O lobo parietal analisa e sintetiza as variedades individuais da sensibilidade, correlaciona a percepção do estímulo com a memória de estímulos anteriores que foram idênticos ou semelhantes e com o conhecimento de estímulos relacionados. Interpreta assim o novo estímulo ajudando no seu reconhecimento e discriminação. O córtex não é importante nas sensações grosseiras como a dor e a temperatura que são mediadas pelo tálamo, a sua relevância é sobretudo para graus mais finos da sensibilidade, no reconhecimento da intensidade, a apreciação de semelhanças e diferenças, avaliação dos aspectos gnósticos, localização, reconhecimento de relações espaciais, forma e peso dos objectos e percepção e reconhecimento das sensibilidades. As modalidades corticais de maior relevância neurológica incluem estereognosia, grafistesia, discriminação de dois pontos e atenção sensitiva. A perda destas modalidades sensitivas pode ser considerada uma agnosia, ou seja, a perda de reconhecer o significado de estímulos sensitivos. Como facilmente se depreende do discutido anteriormente as sensibilidades corticais só podem ser avaliadas se houver integridade das sensibilidades primárias. Não estando estas preservadas não se pode concluir nunca que um determinado défice corresponde a uma lesão do lobo parietal. Um exemplo do referido será o doente com um síndrome de túnel cárpico grave e parestesias dos dedos não conseguir identificar um objecto pequeno pelo tacto. Tal achado não constitui astereognosia, tal como a incapacidade de reconhecer objectos por um olho cego não constitui agnosia visual.

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AstenatudiagintacchegParaváriopodepapepodediscrmoeem estemãoladounila Graftraçarecona poutrose hcom9). Didencomtamb A disfechExisman“V” estímque precestímdois termpareestímaté pontdistâ2 a 340mcorpsenslater

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Extinção sensitiva é a incapacidade de perceber dois estímulos sensitivos simultâneos. Para testarmos a sua presença estimulamos com um toque leve dois locais homólogos do corpo em simultâneo. Se um dos estímulos não for percebido existe extinção táctil. A gravidade da extinção pode ser quantificada aumentando-se a intensidade do estímulo do lado anormal. Assim, um doente com extinção leve irá extinguir um estímulo na ponta dos dedos, mas sentirá um estímulo realizado em dois ou três dedos, outro, com extinção mais grave poderá só perceber um estímulo feito em toda a mão. A somatotognosia (agnosia da imagem corporal) é a incapacidade de identificar partes do corpo. O doente pode não identificar um membro ou metade do corpo como sendo seu. Pode sentir por exemplo um braço próximo de si e não perceber que se trata do seu próprio braço. Agnosia digital ocorre mais comumente como parte da síndrome de Gerstmann (agnosia para dedos, agrafia, acalculia e confusão esquerda-direita). Finalmente a anosognosia é a ausência de percepção ou negação da existência de uma doença. As alterações sensitivas podem ocorrer por lesões em qualquer ponto do trajecto das vias sensitivas. Podemos assim ter lesões que envolvam os nervos periféricos, as raízes, a medula, o tronco cerebral ou o córtex. A localização vai depender do padrão e da distribuição da alteração sensitiva. Existem alguns dados que possuem grande valor semiológico na observação de défices sensitivos e que nos ajudam a concluir mais acertadamente sobre a localização da lesão. Assim, uma alteração da sensibilidade que tenha dois níveis, ou seja, em que haja sensibilidade normal acima e abaixo da lesão será uma lesão segmentar (TS). Uma lesão com apenas um nível é uma lesão do tracto longitudinalis (TL) e dela podemos deduzir lesão dos feixes antero-lateral e posterior. Sinais TL de sensibilidade ajudam a localizar o nível da lesão, que será mais ou menos idêntico ao nível do défice. Uma área de défice em meia e luva poderá fazer pensar numa lesão com um único nível e portanto apontar para uma lesão TL, contudo, porque um limite proximal de défice nas mãos e nos pés envolve sempre dois dermátomos teremos uma lesão de características TS. Do ponto de vista semiológico, a determinação da área do défice é mais importante do que a averiguação das sensibilidades afectadas na medida em que é mais informativa em da localização da lesão. Alguns padrões de perda sensitiva Hemi-anestesia a todas as sensibilidades sugere uma lesão a nível do SNC envolvendo provavelmente o tálamo ou o córtex. Pode por outro lado tratar-se de um síndrome conversivo, o qual, habitualmente não está associado a outro tipo de alterações do exame neurológico e que, ao contrário do défice orgânico, tende a terminar rigorosamente na linha média. Défice sensitivo ipsilateral da face e do hemicorpo contra-lateral sugere uma lesão do tronco como por exemplo um acidente vascular medular lateral também conhecido por Síndrome de Wallenberg – perda sensitiva álgica e térmica com preservação táctil. A seringomielia é uma causa clássica, embora rara, de dissociação sensitiva. Nas lesões iniciais por seringomielia existe uma banda suspensa de hipostesia. Há défice sensitivo termo-álgico com preservação do tacto. A fisiopatologia é a

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lesão das fibras que conduzem a dor e a temperatura quando elas decussam na comissura anterior. As fibras posteriores estão distantes do local da lesão e são portanto, pelo menos inicialmente, protegidas. O acidente vascular da artéria espinhal anterior é outro exemplo de perda sensitiva dissociada. O enfarte envolve os dois terços anteriores da medula e poupa portanto os cordões posteriores que são irrigados pelas artérias espinhais posteriores. Os doentes apresentam défice motor marcado e perda sensitiva de termo-álgica com preservação do tacto, pressão, sentido posicional e vibratório. No síndrome de Brown-Sequard (hemi-secção medular) existe abaixo da lesão perda de sentido vibratório e posicional e défice motor, do lado ipsilateral à lesão e perda de dor e temperatura no lado contralateral. Uma lesão transversa da medula tem uma relevância clínica muito grande e implica urgência diagnóstica. Caracteriza-se por paralisia abaixo do nível da lesão, perda de todas as sensibilidades e alterações disautonómicas como retenção urinária. Se a lesão se estabelecer de maneira aguda como num traumatismo, hemorragia ou enfarte medular pode haver choque medular, nesse caso os músculos paralisados estão flácidos, sem tónus, os reflexos osteotendinosos e superficiais estão abolidos, há alterações disautonómicas com compromisso dos esfíncteres e pode haver hipotensão ortostática. Perdas de sensibilidades causadas por lesões dos nervos periféricos envolvem habitualmente as zonas mais distais do corpo e têm uma distribuição em meia e luva. Nas neuropatias periféricas a área de lesão sensitiva corresponde à distribuição do nervo envolvido e implica lesão de todos os tipos de sensibilidade. Devemos recordar que a região mais caudal do corpo é a região sagrada e embora não seja testada de rotina pode ter interesse fazê-lo, sobretudo, se há evidência de mielopatia (lesão da medula) ou de disfunção vesical, intestinal ou sexual. Podemos encontrar então alterações sensitivas com uma distribuição em sela. Estas são características em lesões do cone medular e da cauda equina. Perda sensitiva não orgânica Em primeiro lugar importa referir que pessoas sem doença e indivíduos com défices orgânicos sensitivos podem ser sugestionados a admitir alterações sensitivas sem significado. Habitualmente as alterações sensitivas não orgânicas são sobretudo áreas de sensibilidade diminuída. Algumas pistas que nos fazem acreditar na não organicidade das queixas são:

‐ lesão que não segue distribuição anatómica conhecida;

‐ zona de fronteira entre normal e défice está localizada num ponto que não tem valor neurológico ex:. Articulação, prega de pele..

‐ área da lesão é extremamente bem demarcada;

‐ um nível medular perfeitamente horizontal (um nível real apresenta um ligeiro declive descendente de posterior para anterior);

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‐ sensibilidades corticais preservadas em doente com perda

sensitiva cutânea total. Um teste curioso para revelar perdas sensitivas não orgânicas consiste em explicar ao doente para, com os olhos fechados dizer “sim” cada vez que sentir um estímulo e “não” cada vez que não sentir um estímulo. Claro que o doente para além de défice sensitivo não orgânico também padecer de ingenuidade dirá que não cada vez que a área de analgesia for tocada.

nuno mendonça