19
______________________________________________________________________________________________ SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800 www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected] EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 15ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL Processo nº. 1008648-10.2016.4.01.3400 CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO DISTRITO FEDERAL, autarquia corporativa criada pela Resolução do CFF nº 66, de 24/04/1969, inscrita no CNPJ sob o nº 00.094.821/0001-34, situada no SIG Qd. 04 Lote 25 – Edifício Barão de Mauá, 4º andar, cobertura 01 - CEP 70.610-440 – Brasília/DF, por seu procurador signatário, vem perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 (Lei nº. 13.105/15), interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO com suas inclusas Razões, contra a r. decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência formulado na exordial, requerendo que se determine seu processamento na forma da Lei. Em atendimento ao disposto no inciso IV do artigo 1.016 do novo diploma processual civil, informa: a) Advogado da Agravante: Leonardo de Barros Silva, OAB/DF nº 28.004, com domicílio profissional no mesmo local da Agravante – endereço na nota de rodapé; b) Advogado da Agravada: A assessoria jurídica do SHH - Ivo Teixeira Gico Jr – com escritório no SIG Quadra 4, Lote 125/175, Bloco A, Sala 110, Ed. Capital Financial Center, CEP 70.610-440, Brasília – DF.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 15ª VARA FEDERAL DA … · agravo de instrumento com suas inclusas Razões, contra a r. decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência formulado

Embed Size (px)

Citation preview

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 15ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DODISTRITOFEDERAL

Processonº.1008648-10.2016.4.01.3400

CONSELHOREGIONALDEFARMÁCIADODISTRITOFEDERAL,autarquia

corporativacriadapelaResoluçãodoCFFnº66,de24/04/1969,inscritanoCNPJsobonº00.094.821/0001-34, situadano SIGQd. 04 Lote25– EdifícioBarãodeMauá, 4º andar,cobertura01-CEP70.610-440–Brasília/DF,porseuprocuradorsignatário,vemperanteVossaExcelência, com fulcronoartigo1.015e seguintesdoCódigodeProcessoCivil de2015(Leinº.13.105/15),interporopresente

AGRAVODEINSTRUMENTOcomsuas inclusasRazões,contraar.decisãoquedeferiuopedidodetuteladeurgênciaformuladonaexordial,requerendoquesedetermineseuprocessamentonaformadaLei.

Em atendimento ao disposto no inciso IV do artigo 1.016 do novo

diplomaprocessualcivil,informa:a) Advogado da Agravante: Leonardo de Barros Silva, OAB/DF nº

28.004, comdomicílioprofissionalnomesmo localdaAgravante–endereçonanotaderodapé;

b) AdvogadodaAgravada:Aassessoria jurídicadoSHH - IvoTeixeiraGico Jr – com escritório no SIG Quadra 4, Lote 125/175, Bloco A, Sala 110, Ed. CapitalFinancialCenter,CEP70.610-440,Brasília–DF.

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

Por oportuno, o advogado que esta subscreve responsabiliza-se pelaautenticidadedosdocumentosoraacostados,nostermosdaLeinº.11.925/09.

1. PEÇASOBRIGATÓRIAS(CPC/15,ARTIGO1.017,INCISOI):

Apresentam-se acostados à presente peça os comprovantes de

recolhimentodascustasprocessuais(artigo1.017,§1ºdoCPC/15)–pleiteando-se,desdejá,queVossaExcelênciainformecasoexistaalgumaquantiaamaisparaserecolher.

Por fim, requer que Vossa Excelência reconsidere vossa decisão,

valendo-sedoexercíciodojuízoderetratação,previstonoCódigodeProcessoCivil,paraacolheropedidoliminar,nostermosoraexpedidosnasrazõesdoAgravodeInstrumento,bemcomonomandamus.

Nessestermos,pededeferimento.Brasília,02dejaneirode2017.

LeonardodeBarrosSilvaOAB/DF28.004

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

EXCELENTÍSSIMOSENHORPRESIDENTEDOTRIBUNALREGIONALFEDERALDAPRIMEIRAREGIÃO

ORIGEM:JUÍZOFEDERALDA15ªVARACÍVELPROCESSODEORIGEM:1008648-10.2016.4.01.3400AGRAVANTE: Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal –

CRF/DFAGRAVADO: SINDICATO BRASILIENSE DE HOSP CASAS D SAUDE E

CLINICAS

MINUTADEAGRAVO

EGRÉGIOTRIBUNAL,COLENDATURMA,ÍNCLITOSJULGADORES.

I–DASPUBLICAÇÕES

Requer, desde já, que todas as publicações referentes ao caso sejamrealizadasemnomedoadvogadoLeonardodeBarrosSilva,OAB/DFnº.28.004.II–BREVESÍNTESEDALIDE

Trata-sederecursodeAgravodeInstrumentointerpostocontradecisãoliminar proferida no bojo do Mandado de Segurança supramencionado (DOC. 2),impetrado pelo SINDICATO BRASILIENSE DE HOSPITAIS, CASAS DE SAÚDE E CLÍNICAS –SBH, emdesfavordaPRESIDENTEDOCONSELHOREGIONALDE FARMÁCIADODISTRITOFEDERAL,determinandoqueaimpetrada:

“se abstenha de exigir dos filiados do impetrante a presença deprofissional farmacêutico em dispensários de pequena unidade

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

hospitalar, de exigir dos seus representados o registro perante oConselhoRegionaldeFarmáciadoDistritoFederalouopagamentodequalquercontribuição,anuidadeoutaxaedeautuá-losporessarazão; bem como que se abstenha de condicionar a emissão daCertidão de Regularidade Técnica aos filiados do impetrante àinscrição nos quadros do CRF e pagamento de anuidade ou àpresençadefarmacêuticoemdispensário”.

Outrossim,conformerestarácabalmentedemonstradoaseguir,carece

dereformaadecisãoliminarconcedidapelojuízoaquo,hajavistaqueainterpretaçãodoínclito julgador, ao se basear exclusivamente nas alegações iniciais apresentadas pelaAgravada, deixou de considerar questões cruciais, que já estão sendo levadas emconsideraçãopelamaioriadostribunaisdoPaís.Senãovejamos:

III–DODIREITOIII.1-DANECESSIDADEDOPROFISSIONALFARMACÊUTICONOSDISPENSÁRIOSDEMEDICAMENTOS:

Em que pese o brilhantismo das suas decisões, data maxima venia,

equivocou-seojuízoaquoaoentenderliminarmentepeladesnecessidadedapresençadeprofissional farmacêutico nas unidades de farmácia hospitalar de pequeno porte dosestabelecimentosfiliadosàAgravada,adespeitodosditamesdaLei13.021/14.

De proêmio, imperioso se faz conceituar os estabelecimentos

farmacêuticos,aosolhosdalei13.021/14.Verbis:

Art.3oFarmáciaéumaunidadedeprestaçãodeserviçosdestinadaaprestarassistênciafarmacêutica,assistênciaàsaúdeeorientaçãosanitáriaindividuale coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação demedicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados,cosméticos,insumosfarmacêuticos,produtosfarmacêuticosecorrelatos.Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua naturezacomo:I-farmáciasemmanipulaçãooudrogaria:estabelecimentodedispensaçãoecomérciodedrogas,medicamentos, insumos farmacêuticosecorrelatosemsuasembalagensoriginais;II-farmáciacommanipulação:estabelecimentodemanipulaçãodefórmulasmagistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumosfarmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o deatendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outraequivalentedeassistênciamédica.(grifou-se)

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

Observa-sedadecisãovergastadaqueocernedaquestãogiraemtornoda aplicação – ou não – dos efeitos da Lei 13.021/14 também aos dispensários depequenasunidadeshospitalares,comquantidadedeleitosinferiora50(cinquenta).

Todavia,datavenia,dúvidanãopodeprosperarnessetocante,umavez

queo textoda lei é claroao contemplar as farmáciashospitalares – conhecidas comodispensáriodemedicamentos–noconceitoamplodefarmácia,independentementedaquantidadedeleitos.

Ora,otermo“dispensaçãodemedicamentos”estáexplicitonotextodo

art.3ºdosupracolacionadodispositivolegal,semquesefaçaqualquerdistinçãoquantoao número de leitos! Sendo assim, interpretar um texto expresso da lei com o fito delegitimarseudescumprimento,alémdefazerdetábuarasaodispositivolegal,podetrazerperigoiminenteaosusuáriosdemedicamentos,quepornãorarasvezessofremcomamádispensação dos mesmos – inclusive e majoritariamente no âmbito de dispensários deunidadeshospitalares.Senãovejamos:(DOC.3)

Técnicadeenfermagemépresaapóserrodemedicaçãoemortedeidoso11/04/201612h03-Atualizadoem11/04/201617h45DoG1ValedoParaíbaeRegiãoUma técnica de enfermagem de 31 anos foi presa na madrugada destasegunda(11)apóserraraaplicaçãodeummedicamentoemumpacientede87anosnaSantaCasadeCaraguatatuba.Oerro teriacausadoamortedeIvoAssine,queestavainternadohádezdiascompneumonia.A profissional vai responder por homicídio culposo, quando não há aintençãodematar. Foi estipulada fiançadeR$5,2mil, quenãohavia sidopagaatéapublicaçãodestareportagem.Ocasoaconteceuduranteamadrugada,quandoamulherdeveriatrocarosoro e aplicar óleo mineral pelas vias nasais do paciente. Durante oprocedimento, ela errou a aplicação e acabou introduzindo o óleo deformaintravenosa.Apósamedicação,oidosoteveumaparadacardíacaenãoresistiu.Apolíciafoi acionada e amulher foi presa. Segundo a Polícia Civil, a vítima estavainternada em estado grave há dez dias para o tratamento de umapneumonia.Em depoimento à polícia, a profissional alega que errou o procedimento,masqueteriaparadoaaplicaçãoatempoequeessanãoteriasidoacausada morte. "Ela confessou que fez a medicação de forma errada. Apesardisso, o corpo vai passar pela perícia no IML para verificar se a troca foirealmente a causa da morte", afirmou o delegado Marcelo AbreuMagalhães.Segundoohospital,amulhertrabalhavahá20diasnaunidademédica.Pormeiodenota,ohospital"lamentouoocorridoeinformouquetomarátodasasmedidasnecessáriasparaapurarofatoquefoicomunicadoàs autoridades policiais para averiguação”. Um defensor público deve sernomeado ainda nesta segunda para a fazer a defesa da técnica deenfermagem.AmulherestápresanadelegaciadeCaraguatatuba.

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

Outro lado: O advogado de defesa, Daniel Monteiro, afirma que pediu aliberdadeprovisóriadaenfermeira.EleafirmaqueasuaclientenãopossuicondiçõesdepagarafiançadeR$5.200.Segundoele,afuncionárioadmitetererrado,masdizterseguidoinstruções.(matéria extraída do sítio eletrônico G1, publicada em 11/04/2016:http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2016/04/enfermeira-e-presa-apos-errar-medicacao-e-causar-morte-em-caragua.html?noAudience=tru)(grifou-se)

Excelências, a quantidade de casos notórios e idênticos ao acima

colacionado,onde fatalidadesocorrememrazãodamádispensaçãodemedicamentos -praticamentetodasasvezesporatoculposopraticadoporprofissionalnãofarmacêutico-é tamanha, que desnecessária a juntada de tantas outras notícias veiculadas em jornalparaseobteroefeitooraperseguidopelaAgravante.

Certamente,comoúnicointuitodeevitar-senovasfatalidades-comoa

acima noticiada - que o poder legislativo editou a famigerada Lei 13.021/14, visandogarantir à população a correta dispensação dos medicamentos receitados, tanto emdrogarias quanto em farmácias e dispensários hospitalares, através de profissionalcapacitado,cujaatribuiçãolheéprivativa!

Comefeito,otextodosartigos5ºe6ºdaLei13.021/14éexpressoao

exigir das farmácias de qualquer natureza a presença de profissional farmacêuticodevidamentehabilitado,durantetodooseuhoráriodefuncionamento.Senãovejamos:

Art. 5o. No âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquernatureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, aresponsabilidade e a assistência técnica de farmacêutico habilitado naformadalei.(grifou-se)Art.6º.Paraofuncionamentodasfarmáciasdequalquernatureza,exigem-se a autorização e o licenciamento da autoridade competente, além dasseguintescondições:I - ter a presença de farmacêutico durante todo o horário defuncionamento;(grifou-se)

Outrossim,instasalientarqueoreferidodispositivolegal,emmomento

algum menciona a quantidade de leitos limítrofe para que seja exigível a presença deprofissional de farmacêutico no estabelecimento! O fazer por meio de interpretaçãoextensiva,repisa-se,éfazerdetábuarasaodispositivolegal!

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

Ademais, a massacrante maioria dos tribunais do País entende pelaaplicação da Lei 13.021/14 também aos dispensários de medicamentos, sem qualquerdistinçãodequantidadede leitos,eentendemporultrapassadaa jurisprudênciadoSTJ,mormente em relação aos casos em que o fato gerador – leia-se, fiscalização – tenhaocorridoapósavigênciadaLei13.021/14(DOC.5).Verbis:

TribunalRegionalFederalda3ªRegiãoAGRAVODEINSTRUMENTO.NOVALEIDASFARMÁCIAS.OBRIGATORIEDADEDA PRESENÇA PERMANENTE (ART.6º,I, LEI Nº13.021/2014) DOFARMACÊUTICONAQUILOQUEELAMESMATRATACOMOFARMÁCIASDEQUALQUERNATUREZA.RECURSODOCRF/SPPROVIDO.1.ApartirdanovaLeinº13.021/2014,farmáciasedrogariasdeixamdesermeros estabelecimentos comerciais para se transformar em unidades deprestação de assistência farmacêutica e à saúde, além de orientaçãosanitária individual e coletiva; o mesmo ocorre com locais públicos eprivados de dispensação de medicamentos (manipulados e/ou jáindustrializados). E a impõe a obrigatoriedade da presença permanente(art.6º, I)do farmacêuticonaquiloqueelamesma trata como farmáciasdequalquernatureza.2. Para as situações ulteriores a edição da nova lei dasfarmácias, encontra-se superada a jurisprudência do STJcristalizada emREsp 1.110.906/SP, Rel.MinistroHUMBERTOMARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/05/2012, DJe07/08/2012, impondo-se apenas observar se os fatos e afiscalização do CRF/SP que resultou em auto de infração,deram-seapósaentradaemvigênciadaLeinº13.021/2014.3.No caso, a fiscalizaçãonosestabelecimentosdaautora foi efetuadaemduas datas distintas (11/02/2015 e 23/02/2015), sendo constatadofuncionamentosemresponsáveltécnicoperanteoCRF/SP,doqueresultoulavratura de autos de infração com fundamento no art.4ºda Leinº13.021/2014,jávigenteàépoca.4.Agravoprovido.ACÓRDÃOVistoserelatadosestesautosemquesãopartesasacimaindicadas,decidea Egrégia Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, porunanimidade, dar provimento ao agravo de instrumento, nos termos dorelatórioevotoqueficamfazendoparteintegrantedopresentejulgado.SãoPaulo,12denovembrode2015.JohonsomdiSalvoDesembargadorFederal.

ADMINISTRATIVO - CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA/ES –PROFISSIONALFARMACÊUTICO–PRESENÇA–ROLTAXATIVODOART.15,DA LEI No 5.991/73 – RELEITURA DA SÚMULA 140 DO EXTINTO TFR –FISCALIZAÇÃO POSTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI No 13.021/2014 –APLICAÇÃO–VÍNCULOEMPREGATÍCIO–EXIGÊNCIAÀCONCESSÃODECRT- ILEGALIDADE. I.Aalteraçãopositivadana regulamentaçãodoart. 15,daLein.o5.991,de17.12.1973,por forçadoadventodoDecreton.o793,de05.04.1993, importou em ilícita inovação da ordem jurídica, vez que

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

estabelecida no regulamento disposição exorbitante ao conteúdo da leiregulamentada,disposiçãoconsubstanciada,incasu,naobrigatoriedadedeassistência de farmacêutico responsável nos “setores de dispensação doshospitaispúblicoseprivadosedemaisunidadesdesaúde,distribuidoresdemedicamentos, casas de saúde, centros de saúde, clínicas de repouso esimilares que dispensem, distribuam ou manipulem medicamentos sobcontroleespecialousujeitosaprescriçãomédica”(art.27,§2o,doDecretono74.170,de10.06.1974,naformadaredaçãodadapeloDecreton.o793,de 05.04.1993). Precedente do E. STJ (REsp n.o 205.323-SP, DJU de21.06.1999).II. Contudo, já o extinto Tribunal Federal de Recursos havia pacificado oentendimento acerca da inexigibilidade de manutenção de responsáveltécnico farmacêutico em dispensários de medicamentos de unidadeshospitalarescomatéduzentosleitos,ateor,aliás,doverbeten.o140desuajurisprudênciasumulada.III.Posteriormente,oSuperiorTribunaldeJustiça,nojulgamentodoREsp1110906/SP,assentouoentendimentodequeaSúmula140TFRcontinuaaplicável, todavia, com atualização de seu conteúdo, no que tange aoconceito de “pequena unidade hospitalar”, como sendo a que possuicapacidade de até cinquenta leitos, em respeito à atual definição de“pequenaunidadehospitalar”dadapeloMinistériodaSaúde.IV.Entretanto,apartirde25desetembrode2014,dataemquepassouaviger a Lei no 13.021, a qual dispõe sobre o exercício e a fiscalização daatividade farmacêutica, toda a discussão acerca da presença doprofissional farmacêutico nos dispensários de medicamentos perdeu osentido, uma vez que a referida lei no 13.021/2014 determina que asfarmácias,dequalquernatureza,inseridosnessecontextoosdispensáriosde medicamentos, deverão contar com a presença de farmacêutico emtodo o seu horário de funcionamento, passando a ser obrigatória,portanto,àpartirdeentão,apresençadesseprofissional.V.Emquepese,apenasparaas situaçõesposterioresàvigênciada Leino13.021/2014,comoincasu,emrespeitoaoprincípiodairretroatividadedalei, resta superada a jurisprudência uníssona do C. Superior Tribunal deJustiça no sentido da inexigibilidade da presença do profissionalfarmacêuticoapenasnasunidadesdesaúdecomaté50leitos.VI.Verifica-se que a Lei no 13.021/2014 é clara no que tange à obrigação damanutenção de profissional farmacêutico durante todo o horário defuncionamento das farmácias, incluídas as de unidade hospitalar,independentemente do número de leitos dessas unidades de saúde.Contudo, não faz exigência quanto à forma de contratação desseprofissional,restandoilegítima,assim,aimposiçãodoCRF/ESnessesentido,aocondicionaraexpediçãodeCertidãodeResponsabilidadeTécnica (CRT)da farmácia do Hospital Praia da Costa à comprovação de vínculoempregatíciodoprofissionalfarmacêutico.VII.Recursodeapelaçãoeremessanecessáriadesprovidos.(TRF-4 - AG: 50336070820164040000 5033607-08.2016.404.0000, Relator:RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, Data de Julgamento: 25/10/2016,TERCEIRATURMA)(grifou-se)PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.CONSELHOREGIONALDEFARMÁCIA.PRESENÇADEFARMACÊUTICO.RESP

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

1110906/SP REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA - ART. 543-C DO CPC.DISPENSÁRIODEMEDICAMENTOS. FISCALIZAÇÃOANTERIOR À VIGÊNCIADA LEI Nº 13.021/2014. VERBA HONORÁRIA MANTIDA. RECURSOIMPROVIDO. - A obrigatoriedade de profissional técnico farmacêutico nasfarmácias e drogarias, encontra-se disciplinada no artigo 15 da Lei nº5.991/73, que trata do Controle Sanitário do Comércio de Drogas,Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outrasProvidências. O artigo 4º de referido diploma legal conceitua drogaria,farmáciaedispensáriodemedicamentos.-Ausenteprevisão legal, inviávelexigirapermanênciadeprofissionalfarmacêuticonopostoe/oudispensáriodemedicamentos,bemassim,emUnidadesBásicasdeSaúde, incluídasnoconceito de "posto de medicamentos". - "Se eventual dispositivoregulamentar, seja ele Decreto, Portaria ou Resolução, consignou talobrigação, o fez de forma a extrapolar os termos estritos da legislaçãovigentee,destaforma,nãopodeprevalecer"(REsp1.110.906/SP).Assim,aobrigatoriedade da assistência e responsabilidade de farmacêutico emdispensários de hospitais ou unidades de saúde, públicas ou privadas nãopode subsistir nos termos em que dispõe o artigo 1º do Decreto nº85.878/81.-AC.PrimeiraSeçãodoSuperiorTribunaldeJustiçapacificouoentendimento, em julgamento submetido à sistemática do art. 543-C doCódigo de Processo Civil - REsp nº 1.110.906/SP, de que não é exigível apresença de responsável técnico farmacêutico nos dispensários demedicamentos.-Naocasião,restouconsignadaaincidênciadaSúmula140do extinto Tribunal Federal de Recursos, cujo conceito de dispensário demedicamentos foi atualizadopara estabelecer que, "a partir da revogaçãodaPortariaMinisterial316/77,ocorridaem30/12/10,considera-seunidadehospitalardepequenoporteohospitalcujacapacidadeédeaté50leitos".Nessepasso,ainterpretaçãodadapelojulgadoafastaaalegadaviolaçãoaosprincípiosda isonomia,daproporcionalidadeedadignidadehumana,bemassim aos artigos 6º e 196 da Constituição Federal. - A matéria foiradicalmente alterada pela entrada em vigor da Lei nº 13.021, de08/08/2014. Com a entrada em vigor em setembro de 2014, osdispensários demedicamentos da rede pública, e também dos hospitaisparticulares, passaram a ser legalmente considerados como farmácias. -Por silogismo, naótica nanovel legislação, os dispensários públicos e oshospitalares, públicos e privados, sendo considerados como farmácias,devemestarassistidosporprofissionais farmacêuticoshabilitados. -Paraassituaçõesposterioresàediçãodaleiemcomento,eapenasparaestassituações, encontra-se superada a jurisprudência do C. Superior TribunaldeJustiçaedosdemaisTribunaispátriosnosentidodainexigibilidadedetais profissionais. - No caso, aplica-se a legislação anterior à Lei nº13.021/2014,umavezqueconformeTermodeIntimação/AutodeInfração(fls. 123/129 e 137/146), em 24/08/2004, 02/12/2005, 15/09/2006 e22/04/2008, a apelada foi autuada como Posto de Pronto Atendimento -PPA Isamu Ito - FarmáciaPrivativadeUnidadeBásicadeSaúde,PrefeituraMunicipal de Itapira/SP, assim, de rigor a manutenção da r. sentençaSingular. - Quanto à verba honorária, nos termos da jurisprudência daQuartaTurma,econsiderandoovalordacausa(R$37.415,50-trintaesetemil,quatrocentosequinzereaisecinquentacentavos-em30/11/2012-fl.122), bem como a matéria discutida nos autos, mantenho os honoráriosadvocatícios em 10% (dez por cento) do valor da execução, devidamente

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

atualizados, conforme a regra prevista no § 4º do artigo 20 do Código deProcesso Civil. - Apelação improvida. (AC 00421866720154039999,DESEMBARGADORAFEDERALMÔNICANOBRE, TRF3 -QUARTATURMA, e-DJF3 Judicial 1 14/03/2016) IDEM: AC 00093911420104036109,DESEMBARGADORAFEDERALMÔNICANOBRE, TRF3 -QUARTATURMA, e-DJF3 Judicial 1 14/03/2016 ; AC 00447304320094036182,DESEMBARGADORAFEDERALMÔNICANOBRE, TRF3 -QUARTATURMA, e-DJF3Judicial108/03/2016.(grifou-se)PROCESSO0001737-82.2017.4.02.5001(2017.50.01.001737-5)JFESMANDADODESEGURANÇAINDIVIDUAL/OUTROSIMPETRANTE: MUNICÍPIO DE ARACRUZIMPETRADO: PRESIDENTE DOCONSELHO REGIONAL DE FARMACIA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO -CRF/ES(...)Ora, como se vê, o CRF/ES procedeu à devida adequação de suaregulamentação à exigência trazida pela Lei 13.021/2014, qual seja:assistência farmacêutica durante todo o período de funcionamento dasfarmácias hospitalares, enquadrando-se, aí, aquelas que consistem emdispensáriodemedicamentos,mesmoemhospitaisquepossuammenosdoque50(cinquenta)leitos.Portanto, neste primeiro contato com a causa, não vislumbro qualquerilegalidade praticada pela autoridade coatora ao exigir da impetrante acontratação de farmacêutico responsável técnico habilitado em tempointegral.Issoposto,pornãovislumbrarofumus,INDEFIROopedidoliminar.(decisãoliminar,cujacópiadodocumentoestáacostadaàpresentepetição)

Ou seja, a Lei n.13.021/2014, especialmente seus artigos3º,5ºe6º,

incisoI, determina expressamente a necessidade da presença de farmacêutico paradispensáriodemedicamentos,independentementedaquantidadedeleitos!EissoéoquesealmejacomopresenteAI.

Assim, conforme o entendimento da jurisprudência majoritária, não

mais subsisteapolêmicaquantoànecessidadeounãodapresençade farmacêuticoemestabelecimentodedispensaçãodemedicamentos,apósaentradaemvigordaLeisupramencionada,ouseja,25desetembrode2014.

NessemesmosentidoéobrilhanteentendimentodoMinistérioPúblico

Federal, por meio da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, em parecerproferido no AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 5029824-42.2015.404.0000, onde litigam oConselhoRegionaldeFarmáciadeSantaCatarinaeoINSTITUTODEENSINOEASSISTÊNCIASOCIAL–HOSPITALSALVATORIANODIVINOSALVADOR(DOC.4),verbis:

“Quantoaomérito,aproveitaestainstituiçãoministerialparamanifestar-senosentidodaprocedênciadopedidodoagravante.

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

Discute-seaquianecessidadedemanutençãodeprofissional farmacêuticoem “dispensário de medicamentos” de hospital como requisito para aemissãodeCertificadodeRegularidadepeloConselhoRegionaldeFarmáciadoEstadodeSantaCatarina.Comefeito,deacordocomosconceitosdaLeinº5.991/73,aexigênciadecontrataçãode responsável técnicodevidamentehabilitado restringe-seàsfarmácias e drogarias (artigos 4º, inciso XIV, e 19), não alcançando osdispensários de medicamentos, categoria em que se enquadra odepartamentoresponsávelpelofornecimentodemedicamentosintegrantedasunidadeshospitalares.Ocorre que o conceito empregado (“dispensário de medicamentos”)somentepodeserutilizadoquandosetratardepequenaunidadehospitalar,qual seja, com até 50 (cinquenta) leitos, conforme entendimento doSuperior Tribunal de Justiça, citado nadecisão monocrática do MM.Relator(evento2).Ainstituiçãohospitalarimpetrantedomandamusafirmoucontarcommaisde 100 (cem) leitos, razão pela qual não possui um “dispensário demedicamentos” e sim uma farmácia, segundo os conceitos estabelecidosjurisprudencialmente.Alémdisso,anovellegislaçãosobreoexercícioefiscalizaçãodasatividadesfarmacêuticas exige a presença do profissional farmacêutico nas unidadeshospitalares(Leinº13.021/2014):

Art. 3o Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada aprestarassistênciafarmacêutica,assistênciaàsaúdeeorientaçãosanitáriaindividualecoletiva,naqualseprocesseamanipulaçãoe/oudispensaçãodemedicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados,cosméticos,insumosfarmacêuticos,produtosfarmacêuticosecorrelatos.[…]

Art. 5o No âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquernatureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, aresponsabilidadeeaassistênciatécnicadefarmacêuticohabilitadonaformadalei.[…]

Art. 8o A farmácia privativa de unidade hospitalar ou similar destina- seexclusivamenteaoatendimentodeseususuários.Parágrafoúnico.Aplicam-seàsfarmáciasaqueserefereocaputasmesmasexigênciaslegaisprevistasparaasfarmáciasnãoprivativasnoqueconcernea instalações, equipamentos, direção e desempenho técnico defarmacêuticos,assimcomoaoregistroemConselhoRegionaldeFarmácia.Nessecompasso,faz-senecessáriaapresençadoprofissionalfarmacêuticonasfarmáciasprivativasdeunidadeshospitalares,bemcomoseuregistrojunto ao Conselho Regional de Farmácia, merecendo provimento opresente agravo de instrumento para revogar a liminar proferida nomandadodesegurançaoriginário.”(Grifou-se)

Percebam,ínclitosjulgadores,queopareceracimatranscritoversaipsis

litterisacercadotemaoradiscutido,nãohavendo,portanto,dúvidaacercadanecessidadedereformadadecisãoliminarguerreada.

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

Portanto,nãohácomoprosperaradecisãotomadapelojuízosubstitutode primeira instância, que, data maxima venia, em exame de cognição sumária, nãoobservouaquestãocomacautelaeresponsabilidadenecessária.Sendo,portanto,medidaqueseimpõeasuareforma,nostermosaquipretendidos.

III.2DACOMPETÊNCIAPARAFISCALIZARDOCRF/DF

Tantoquantoo tópicoanterior, carecede reformaoentendimentodo

juízo a quo de restringir o campo de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia doDistrito Federal exclusivamente aos estabelecimentos cuja atividade principal sejafarmácia.

Issoporque,amedidaliminaroraguerreadaentendeuserinadequadaa

fiscalização (e autuações consequentes) do CRF/DF junto aos hospitalares privados, emrazãodeaatividade-fimnelesdesempenhadasera“atividademédica,mesmoqueestespossuamdispensáriodemedicamentosemsuasdependênciaseministremtaisfármacos”.

Data venia, a manutenção de tal entendimento inviabilizaria por

completoaoexercícioda fiscalizaçãopelosConselhosProfissionaisna grandemaioriadosestabelecimentosdoPaís.

Se assim o fosse, indago a Vossas Excelências: qual seria o

estabelecimento passível de fiscalização por parte do Conselho de Enfermagem (porexemplo), no intuito de fiscalizar se as atividades de competência privativa dosenfermeiros estão de fato sendo exercida por tais profissionais? Ora, se não puderfiscalizardentrodoshospitais,taltarefaseriadignadeumespiãorusso!

Omesmo questionamento supra se aplica aos Conselhos Profissionais

de Psicologia, Odontologia, Fisioterapia, dentre tantos outros que tem de regular asatividadesedesempenhosdeprofissionaisqueprestamserviçosdentrodeHospitais.

EmquepeseosestabelecimentosfiliadosàAgravadaexerceremfunção

precípuademedicina,osmesmosnecessitamdeprofissionalfarmacêuticoparafuncionar,haja vista a dispensação de medicamentos ser competência privativa do farmacêutico.Verbis:

DECRETO No85.878, DE 7 DE ABRIL DE 1981.Estabelecenormaspara execuçãoda Lei nº 3.820, de 11denovembrode

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

1960, sobre o exercício da profissão de farmacêutico, e dá outrasprovidênciasArt1ºSãoatribuiçõesprivativasdosprofissionaisfarmacêuticos:I - desempenho de funções de dispensação ou manipulação de fórmulasmagistraisefarmacopéicas,quandoaserviçodopúblicoemgeraloumesmodenaturezaprivada;(...)(grifou-se)

Ou seja, em que pese a natureza fundamental dos serviços prestados

pela Agravada, é notória e indiscutível a necessidade de profissionais de farmácia naconduçãodosprocedimentos.

Com efeito, nos estabelecimentos filiados à Agravada, torna-se

indispensável, não apenas a presença, mas o registro e habilitação do farmacêutico,conformedeterminaçãodaLei24daLei3.820/60,inverbis:

Art. 24. - As empresas e estabelecimentos que exploram serviços para osquais são necessárias atividades de profissional farmacêutico deverãoprovar perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades sãoexercidasporprofissionalhabilitadoeregistrado.

Na mesma esteira, tem-se que o Conselho Regional de Farmácia é

responsávelpelagarantiadoregularexercíciodaprofissãodefarmacêutico,inverbis:

Art. 10. - As atribuições dos Conselhos Regionais são as seguintes: a)registrarosprofissionaisdeacordocomapresente leieexpediracarteiraprofissional;(...)c) fiscalizar o exercício daprofissão, impedindoe punindo as infrações àlei, bem como enviando às autoridades competentes relatóriosdocumentadossobreosfatosqueapuraremecujasoluçãonãosejadesuaalçada;(grifou-se)

Ademais,assimcomoosjámencionadosartigosdaLei13.021/14,a

Lei 5.991/73 prevê que a farmácia e drogaria terão que contratar responsável técnicofarmacêuticodurantetodoohoráriodefuncionamento,senãovejamos:

Art. 15 -A farmácia e adrogaria terão,obrigatoriamente, a assistênciadetécnicoresponsável,inscritonoConselhoRegionaldeFarmácia,naformadalei.§ 1º - A presença do técnico responsável será obrigatória durante todo ohoráriodefuncionamentodoestabelecimento.

Desta feita, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento

ratificandootextolegalatravésdoenunciadodaSúmula561,inverbis:

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

Súmula561-STJOsConselhosRegionaisdeFarmáciapossuematribuiçãoparafiscalizar e autuar as farmácias e drogarias quanto aocumprimentodaexigênciademanterprofissionallegalmentehabilitado (farmacêutico) durante todo o período defuncionamentodosrespectivosestabelecimentos.

Outrossim, como já ficou demonstrado alhures, a Lei 13.021/14

encampou ao conceito de farmácia também os dispensários de medicamentos deunidades hospitalares, em texto expresso e taxativo. Dessa feita, a súmula acimamencionadanãopodeolvidarasfarmáciashospitalares.

Ademais, como não poderia ser diferente, haja vista a questão já se

encontrar inclusive sumulada, a jurisprudência é clarano sentidodequea competênciaparafiscalizarapresençadefarmacêuticoresponsáveltécniconosmaisdiversostiposdeestabelecimentosédoConselhoRegionaldeFarmáciarespectivo,senãovejamos:(grifei)

APELACAO/REEXAME NECESSARIO Nº 0026403-15.2003.4.03.6100/SP2003.61.00.026403-0/SPRELATOR : Desembargador Federal MARCELO SARAIVAAPELANTE : CONSELHO REGIONAL DE FARMACIA DO ESTADO DE SAOPAULO CRF/SPADVOGADO : SP163674 SIMONE APARECIDA DELATORREAPELADO (A) : INSTITUTO RADIUM CAMPINAS S/C LTDAADVOGADO : SP070177 PAULO ROBERTO BENASSE e outro (a)REMETENTE : JUIZO FEDERAL DA 2 VARA DE SAO PAULO1ª SSJ>SPEMENTA ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANCA. CONSELHOREGIONAL DE FARMACIA (CRF). FARMACIA HOSPITALAR DESTINADA APRESTACAO DE SERVICOS DE ONCOLOGIA. MANIPULACAO DEMEDICAMENTOS. PRESENCADE FARMACEUTICOTECNICORESPONSAVEL.EXIGIBILIDADE. I. Estabelecimento pertencente ao hospital que tem porobjeto serviços médicos especializados no campo da terapêutica quecompreendeousoderadiaçõesionizantesdequalquernaturezanaareadediagnostico oncológicos e tem como funções administração de drogaantineoplastica emanipulação dasmesmas, tem necessidade da presençade farmacêutico técnico responsável em seus quadro, nos termos dasexigências contidasnasnormasprevistasno art. 15da Lei nº 5.991/73. II.Apelação e Remessa Oficial providas. ACORDAO Vistos e relatados estesautosemquesãopartesasacimaindicadas,decideaEgrégiaQuartaTurmado Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, darprovimentoaapelaçãoea remessaoficial,nos termosdo relatórioevotoqueficamfazendoparteintegrantedopresentejulgado.SAOPAULO,06dejulhode2016.MARCELOSARAIVADesembargadorFederalRelatorPROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA- CRF. COMPETÊNCIA. RESPONSÁVELTÉCNICO. MULTA. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO-MÍNIMO. LEGALIDADE. 1. Acompetênciaparaautuaremultarosestabelecimentosinfratores,senão

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

mantêm técnicos farmacêuticos durante todo o período defuncionamento, é do Conselho Regional de Farmácia. 2. A VigilânciaSanitária e o Conselho Regional de Farmácia possuem focos distintos: oprimeiro,temocontrolesanitáriodocomérciodeprodutosfarmacêuticos;o segundo, a fiscalização do exercício profissional, com a proteção dasaúdepública. 3.Hipótese emqueé irrelevantequeo embargante tenharesponsáveltécnicoregistradonoCRF,porqueelenãoestásendomultadopela falta de responsável registrado, mas pelo funcionamento sem oacompanhamento desse responsável em períodos determinados. 4. O art.15, § 1º, da Lei 5.991/73diz que "apresençado técnico responsável seráobrigatóriadurantetodoohoráriodefuncionamentodoestabelecimento".A norma é claríssima, no sentido de que o estabelecimento não podefuncionar semapresençade responsável técnico. 5.A vedação insertanaLei nº 6.205/75, dirigida à vinculação de valores monetários ao salário-mínimo,não seaplicaemrelaçãoàsmultasaplicadaspeloCRF,poisestassãosançõespecuniárias.6.Deacordocomoart.1ºdaLei5.724/71,amultadeve ser aplicada no valor de 01 a 03 saláriosmínimos, não podendo sermajoradaquando ausente reincidência da farmácia, sobpenadenulidadedotítuloexecutivo.(TRF-4 -AC:2380SC2008.72.01.002380-4,Relator: FERNANDOQUADROSDA SILVA, Data de Julgamento: 05/04/2011, TERCEIRA TURMA, Data dePublicação:D.E.08/04/2011)

TRIBUTÁRIO.EMBARGOSÀEXECUÇÃOFISCAL.MULTAS.ART.24DALEINº3.820/1960. AUSÊNCIA DE RESPONSÁVEL TÉCNICO PERANTE O CRF.CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA. COMPETÊNCIA. CDA. NULIDADE.AUSÊNCIA.1.Não conhecimentodoapeloquantoàalegação concernenteao cerceamentododireito ao contraditório e à ampladefesa, pornão tersido a embargante cientificada dos autos de infração e da imposição dasmultasemcobrança,bemcomoquantoàarguiçãorelacionadaaosvaloresconstantesdasCDA'snº19760/00e19761/00,fundamentadosnoartigo22,parágrafoúnico,daLeinº3.820/1960,porconfigurareminovaçãoemsederecursal, visto que tais questões não foram suscitadas na exordial e, porconseguinte, não foram objeto da sentença. 2. O Conselho Regional deFarmácia detém competência para fiscalizar e aplicar sanções aosestabelecimentosdeacordocomodispostonoart.24,daLein.3.820/60,semprejuízodacompetênciaconcorrentedosÓrgãosdeVigilância locaisfixadapeloart.44,daLein.5991/1973(inteligênciadosarts.23,IIe24,XIIdaCF). 3. Rejeitada a alegaçãodenulidadedasCertidõesdeDívidaAtiva,porquantotrazememseubojoonúmerodaNotificaçãoparaRecolhimentoda Multa, os valores da multa, dos juros e da correção monetária e ofundamento legal embasador da penalidade aplicada, conferindo àexecutada meios para identificar a origem do débito e impugnar suacobrança.4.NãomereceprosperaroargumentodequeCDAénulapornãomencionar o nome do corresponsável pelo débito, pois a execução foipropostacontraapessoajurídica,sendoqueainclusãodesóciosomenteépossívelnoscasosprevistosemlei.5.Àépocadasautuaçõesrealizadaspeloembargado, não dispunha a embargante de responsável técnicofarmacêutico devidamente registrado perante o Conselho Regional deFarmácia. Dessa maneira, não há como se afastar a cobrança das multasaplicadascomfundamentonoartigo24daLeinº3.820/1960,considerando

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

que o CRF tem o poder-dever de autuar e aplicar sanções aoestabelecimento, não podendo dele se escusar, sob pena dedescumprimentodedeverlegal.6.Apelaçãonãoprovida.(TRF-3 - AC: 31298 SP 0031298-83.2008.4.03.9999, Relator:DESEMBARGADOR FEDERAL MÁRCIO MORAES, Data de Julgamento:14/11/2013,TERCEIRATURMA,)

PROCESSUALCIVILEADMINISTRATIVO.CRF/MA-MULTAADMINISTRATIVA.COMPETÊNCIA DO CONSELHO PROFISSIONAL PARA MULTARESTABELECIMENTOSFARMACÊUTICOSQUEDESRESPEITEMODISPOSTONALEIN.3.820/60.VALORDAMULTA.1.ALein.3.820,de11/11/1960,quecriou os Conselhos Regionais de Farmácia, a eles atribuiu competênciapara fiscalizar as atividades profissionais farmacêuticas (art. 1º) e paramultar os estabelecimentos que desrespeitem as normas defuncionamento (art. 24). Não há falar, então, em ilegitimidade ativa daautarquia para cobrar o quantumdevido. Jurisprudência desta Corte e doSTJ.2.AResoluçãonº225/91,doConselhoFederaldeFarmácia,nãopodefixarvaloressuperioresa03saláriosmínimosouodobroparareincidentes,ouseja,nãopodealterarovalordamulta instituídapeloparágrafoúnico,art.24,daLei3.820/60,sobpenadeviolaroprincípiodalegalidade,vezqueosvalorescobradospeloConselhoRegionaldeFarmáciadevempermanecerdentro dos padrões delimitados por Lei, a quem cabe a descrição deinfrações e cominação de penas. Precedentes desta Corte. 3. In casu, amulta aplicada foi fixada em R$ 1.013,57 (mil e treze reais e cinqüenta esete centavos), fora, portanto, dos limites de 01 a 03 salários mínimosprevistos pelo art. 1.º da Lei n.º 5.724/71, já que à época dos fatos(dezembro de 1997), o saláriomínimo vigente era de R$ 120,00 (cento evintereais).4.Apelaçãoparcialmenteprovida.(TRF-1-AC:39755MA0039755-66.2000.4.01.0000,Relator:JUIZFEDERALWILSON ALVES DE SOUZA, Data de Julgamento: 10/07/2012, 5ª TURMASUPLEMENTAR,DatadePublicação:e-DJF1p.920de20/07/2012)

Diante da vasta legislação supracitada, bem como dos entendimentos

jurisprudenciais colacionados, resta evidente que o profissional farmacêutico éindispensávelparaa regularatividadedoshospitais,hajavistase trataremdeatividadescomplementares e indissociáveis, sendo, por conseguinte, indiscutível a competência doCRF/DF para fiscalizar os estabelecimentos filiados à Agravada, sob pena de não haverfiscalização alguma quanto ao exercício profissional privativo dentro dos hospitais,aumentando assim o risco de uma fatalidade decorrente da má dispensação demedicamentos,semconsideraraviolaçãoexpressadedispositivoslegais.

Porfim,Excelências,instasalientarqueadecisãooraagravadausurpaa

competênciaconferidaporLeiFederalàAgravante,alémdeimpedirqueoCRF/DFexerçauma de suas principais atribuições, qual seja: ente fiscalizador, que faz as vezes daAdministraçãoPúblicacomofitodeassegurar,dentreoutros,oatendimentoadequadoàpopulação.

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

III.3DaNecessidadedeRegistrodasFarmáciasHospitalaresJuntoaoCRF/DFAproveitando-se ainda do gancho dado pelo parecer da procuradoria

colacionadoalhures,urgenecessáriaamanutençãoderegistrodasfarmáciasprivativasdeunidadeshospitalaresjuntoaoCRF/DF(DOC.4).Verbis:

“Nessecompasso, faz-senecessáriaapresençadoprofissional farmacêuticonas farmácias privativas de unidades hospitalares, bem como seu registrojuntoaoConselhoRegionaldeFarmácia,merecendoprovimentoopresenteagravo de instrumento para revogar a liminar proferida no mandado desegurançaoriginário.”(grifou-se)

Uma vez demonstrada a patente necessidade dos estabelecimentos

manterem profissionais farmacêuticos devidamente registrados e habilitados perante oCRF/DF durante todo o seu horário de funcionamento, bem como a competênciafiscalizatóriadeste,evidenteenaturalanecessidadederegistro.

Notem, excelências, que a Impetrante não busca com o famigerado

registro a arrecadação das anuidades. Nem por um instante! Há anos o CRF/DF nãocobramaisanuidadedosestabelecimentoscujaatividadeprincipalnãosejafarmácia,noseuconceitomaisamplo.

Noutraspalavras,a intençãodaAgravanteéfazervalerosditamesdas

Leis 3.820/60, 5.991/73 e 13.021/14, sem qualquer prejuízo pecuniário ou de qualquerespécieparaosfiliadosdaAgravada,medianteonecessárioregistrodosestabelecimentosperanteoCRF/DF.

Diante de tudo o que fora exposto acima, requer seja reformada a

decisão liminar vergastada, também no ponto em que desobriga os estabelecimentosfiliadosàImpetradaamanteremregistroperanteoCRF/DF.

III.4DOPERIGONADEMORA

Conformejádemonstradoalhures,osjámencionadosdispositivoslegais

que versam sobre a necessidade de registro dos estabelecimentos hospitalares quepossuam farmácia privativa em sua estrutura (Lei. 3.820/60), da necessidade demanutenção de profissional farmacêutico durante todo o período de funcionamento dodispensário (Leis 13.021/14 e 5.991/73), e da competência fiscalizatória dos ConselhosRegionaisdeFarmácia,visamexclusivamenteobemestardapopulação,garantindo-lhesa

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

tão perseguida Assistência Plena, e busca a todo custo evitar novas tragédias causadaspelamádispensaçãodemedicamentos.

Ainda,aprópriaLei13.021/14trazemseutextoaresponsabilidadedo

EstadoemsefazercumpriraAssistênciaPlena,pormenorizadamenteestruturadanobojodotextodomencionadodispositivolegal,especificamentenosseusarts.2ºe4º.Vejamos:

Art. 2o Entende-se por assistência farmacêutica o conjunto de ações e deserviços que visem a assegurar a assistência terapêutica integral e apromoção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentospúblicos e privados que desempenhem atividades farmacêuticas, tendo omedicamentocomo insumoessenciale visandoao seuacessoeao seuusoracional.Art. 4o É responsabilidade do poder público assegurar a assistênciafarmacêutica,segundoosprincípiosediretrizesdoSistemaÚnicodeSaúde,deuniversalidade,equidadeeintegralidade.

Nessestermos,amanutençãodamedidaliminarvergastadacausariscoiminenteàpopulaçãodoDistritoFederal,quedevesercombatidoatodocustopelopoderpúblico,nostermosdalei!

Enquanto a decisão vigorar, todos estarão sujeitos a receber óleo

mineralnaveia(conformenoticiadonamatériajornalísticaacimacolacionadaeacostadaaopresenteagravonoDOC.3),aoinvésdeumsimplessoro!

Patente,portanto,operigonademora!

III.5DAFUMAÇADODIREITOAfumaçadobomdireitoéindiscutívelnopresentecaso,aopassoquea

decisão guerreada viola não um, mas três leis federais (Lei. 3.820/60, 13.021/14 e5.991/73),cujojudiciáriotemodeverdezelarefazê-lasvaleraqualquerpreço.

Ademais,Excelências,instasalientarqueadecisãooraagravadausurpa

a competência conferida por Lei Federal à Agravante, além de impedir que o CRF/DFexerçaumadesuasprincipaisatividades,qualseja:ente fiscalizadorque fazasvezesdaAdministraçãoPúblicacomofitodeassegurar,dentreoutros,oatendimentoadequadoàpopulação.

______________________________________________________________________________________________SIG Quadra 04 – Lote 25 – Ed. Barão de Mauá – Cobertura 1 – Brasília/DF – CEP: 70610-440 – Telefax: 61 3030-2800

www.crfdf.org.br – e-mail: [email protected]

IV-DOSPEDIDOS

Anteoexposto,epreenchidososrequisitosexigidospelosartigos1.015,1.019, inciso I, e 1.012, parágrafo 4º, do Código de Processo Civil, vem a AgravanterequererqueVossasExcelências:

a)reformem,emsededeantecipaçãodetutela,adecisãointerlocutóriaatacada, deferindo totalmente a pretensão recursal, tendo em vista aevidente existência de Periculum In Mora, de Fumus Boni Juris e emrazãodeserplenamentepossível,aqualquerinstante,areversibilidadeda medida, reestabelecendo assim o direito de a Agravada exigir,fiscalizareautuartodasosestabelecimentosfiliadosàAgravada,bemcomo que reestabeleçam a necessidade de registro de taisestabelecimentosperanteoCRF/DF-medianteoNÃOpagamentodeanuidade;b) Caso entendam pela necessidade demelhor analise dos fatos, queatribuam ao presente recurso o efeito suspensivo previsto no art.1.019, I doNCPC,eque,nesse caso,determinea intimaçãoeletrônicado MP, para que se manifeste dentro do prazo legal que lhe éconcedido.

Nessestermos,pededeferimento.Brasília/DF,13defevereirode2017

LEONARDODEBARROSSILVAOAB/DF28.004