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Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro Fórum de São José dos Pinhais CEP 83.005-590 1 EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 01ª VARA CRIMINAL DO FORO REGIONAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA PARANÁ. O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, através de seus Promotores de Justiça que subscrevem, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 129, inciso I, da Constituição Federal e pelo artigo 25, inciso III, da Lei nº 8.625/93, com base nos autos de Procedimento Investigatório Criminal nº MPPR-0135.15.000321- 2, vem oferecer DENÚNCIA em face de: SILVIO BARBOZA DE MELO, inscrito no RG nº 12.870.797-2/PR e CPF 106.488.738-46, filho de Francisca de Jesus Melo, residente na Rua Padre Bittencourt, 530, Centro, São José dos Pinhais; ANA LÚCIA MOURÃO DE MELO, inscrita no RG nº 21.490.856/SP e CPF nº 172.698.428-17, filha de Maria Rodrigues Mourão, residente na Rua Padre Bittencourt, 530, Centro, São José dos Pinhais; EDMAR ANDERSON LANES, inscrito no RG nº 3.211.577-2, CPF nº 490.763.109-04, filho de Edna Anderson Lanes e João Sobrinho Lanes, residente na rua Zacarias Alves Pereira, 244, Casa, Aristocrata, São José dos Pinhais;

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal … para... · 2018-05-21 · Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão saciados. Rua João

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Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão saciados.

Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 1

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 01ª

VARA CRIMINAL DO FORO REGIONAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS -

COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PARANÁ.

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO

PARANÁ, através de seus Promotores de Justiça que subscrevem, no uso

das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 129, inciso I, da

Constituição Federal e pelo artigo 25, inciso III, da Lei nº 8.625/93, com base

nos autos de Procedimento Investigatório Criminal nº MPPR-0135.15.000321-

2, vem oferecer DENÚNCIA em face de:

SILVIO BARBOZA DE MELO, inscrito no RG nº

12.870.797-2/PR e CPF 106.488.738-46, filho de Francisca de Jesus Melo,

residente na Rua Padre Bittencourt, 530, Centro, São José dos Pinhais;

ANA LÚCIA MOURÃO DE MELO, inscrita no RG nº

21.490.856/SP e CPF nº 172.698.428-17, filha de Maria Rodrigues Mourão,

residente na Rua Padre Bittencourt, 530, Centro, São José dos Pinhais;

EDMAR ANDERSON LANES, inscrito no RG nº

3.211.577-2, CPF nº 490.763.109-04, filho de Edna Anderson Lanes e João

Sobrinho Lanes, residente na rua Zacarias Alves Pereira, 244, Casa,

Aristocrata, São José dos Pinhais;

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Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão saciados.

Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 2

DJAMMES KUNRATH, inscrito no RG nº 4.715.508-

8/PR e CPF nº 829.374.359-04, filho de Irascema Regina Kunrath, residente

na Rua Barão do Serro Azul, 1176, Centro, e/ou Avenida Gonzales Pecotche,

471, Jardim Aristocrata, ambos em São José dos Pinhais;

MARCO ANTÔNIO DE PAULA LIMA, inscrito no RG

nº 3.110.052-6/PR e CPF nº 463.062.779-00, inscrito na OAB/PR 54.179, filho

de Iolanda Antonio de Paula Lima, residente na Rua Padre Manuel da

Nóbrega, 682, Curitiba;

ALCIONE MARIA NOVELLI DE PAULA LIMA,

inscrita no RG nº 1.830.453-8/PR e CPF nº 540.937.679-04, filha de Ivone

Kretzer Novelli e Aldo Novelli, residente na Rua Padre Manuel da Nóbrega,

682, Curitiba;

LEANDRO MENGARDO GOMES, inscrito no RG nº

6.410.160-9 e CPF nº 022.393.829-70, filho de Jacira Mengardo Gomes,

residente na rua Narcisos, 543, Jardim Boa Vista I, Campo Magro;

ROBERTO MANOEL CORREA NETO, inscrito no

RG nº 7.070.500-1, CPF nº 061.209.429-47, filho de Simone Cervi Correa e

Roberto Manoel Correa Filho, residente na rua Fredolin Wolf, 3833, CS 25,

Santa Felicidade, Curitiba; pela prática dos seguintes fatos delituosos:

DA ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA

A partir de data não precisada anterior, mas certo

que desde pelo menos o mês de fevereiro de 2012, neste município de São

José dos Pinhais, assim como em outros municípios da Região Metropolitana

de Curitiba e no litoral do Estado do Paraná, os denunciados Silvio Barboza

de Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes

Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula

Lima, Leandro Mengardo Gomes e Roberto Manoel Correa Neto, em

comunhão de esforços com outras pessoas ainda não identificadas, dotados

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Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão saciados.

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de vontade livre e consciente, cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas

condutas, uns aderindo às condutas ilícitas dos demais, todos em comum

acordo, associaram-se para os fins de praticar reiteradamente crimes

contra o patrimônio, as relações de consumo, ordem econômica, ordem

urbanística e meio ambiente, associação esta que perdurou e exerceu as

suas práticas criminosas, de modo estável e permanente, até pelo menos

a data de 18 de março de 2015.

Tal organização criminosa é especializada na

aquisição de imóveis rurais, com implantação de loteamentos clandestinos,

promoção de publicidade e indução em erro de um número indeterminado de

consumidores e, posteriormente, a venda individualizada de lotes integrantes

de empreendimentos imobiliários absolutamente ilegais e proibidos, por meio

de artifícios e ardis abaixo relatos e promessa de entrega de imóveis que

nunca poderão ser regularizados, obtendo assim vantagens ilícitas em

benefício dos integrantes da organização criminosa.

A organização criminosa inicia, ilegal e

clandestinamente, o loteamento de imóveis rurais, o que não é permitido pela

nossa legislação1 e promovem a implantação desses loteamentos sem a

prévia e indispensável aprovação de projeto de loteamento pela

municipalidade, sem o prévio e indispensável licenciamento ambiental emitido

pelo Instituto Ambiental do Paraná, sem a anuência da COMEC e do INCRA,

e sem o prévio e indispensável registro do loteamento aprovado no Cartório

de Registro de Imóveis, e promete a venda, e efetivamente realiza a venda de

centenas de lotes de tamanho que variam de 400m2 a 1.600m2, a

compradores que imaginam se tratar de um condomínio residencial

regularizado.

1 Seja pela Lei Federal nº 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento de solo, seja pelas leis municipais que apenas permitem o parcelamento do solo em zonas urbanas definidas pelo Plano Diretor.

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Para a consecução dos seus objetivos delituosos, a

organização criminosa, conforme o apurado no presente inquérito policial,

promove a criação de empresas sob o objeto social de empreendimento

hoteleiro, busca a expedição de alvará e manifestação de dispensa de

licenças ambientais de modo fraudulento, omitindo que se trata de

implantação de loteamento, e realiza ampla e requintada publicidade,

inclusive em meios de comunicação de grande circulação e, até mesmo, no

próprio “site” www.grupopedra.com.br, dentre outro meios de divulgação, os

quais induzem em erro um número indeterminado de consumidores.

Os denunciados Silvio Barboza de Melo, Ana Lúcia

Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath, Marco

Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula Lima, Leandro

Mengardo Gomes e Roberto Manoel Correa Neto, no funcionamento da

organização criminosa, possuem funções bem definidas e especializadas

dentro do grupo, o que, inclusive, atribuiu aparência de profissionalismo e

seriedade à empresa e confiabilidade quanto à regularidade dos

empreendimentos ora negociados e auxiliou na indução em erro das vítimas.

A organização criminosa atua mediante ampla

publicidade e propaganda dos seus empreendimentos, conforme a seguir

demonstrado, utilizadas para induzir em erro os compradores, bem como a

venda dos lotes, a formalização de contratos e escritura pública, da

assessoria jurídica, da cobrança e do protesto em desfavor das vítimas que

atrasaram os pagamentos e/ou deixaram de realizá-los quando descobriram a

ilegalidade dos empreendimentos, além das funções de obter, de modo

fraudulento, documentos oriundos dos órgãos públicos, com os quais buscam

dar aparência de legalidade aos empreendimentos.

Para tal mister, a organização criminosa constituiu

formalmente empresas, tendo como centro operacional a empresa do Grupo

Pedra, sendo certo que a distribuição funcional de tarefas, dá-se entre os

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denunciados da seguinte forma, sem prejuízo da identificação de outros

integrantes da organização criminosa:

Os denunciados Silvio Barboza de Melo e Ana

Lúcia Mourão de Melo, casados entre si, são proprietários e representantes

das empresas que compõe o Grupo Pedra, e são responsáveis, juntamente

com os denunciados Edmar Anderson Lanes, Marco Antônio Paulo de

Lima e Djammes Kunrath, pela aquisição de terrenos rurais, pelo comando

da administração das empresas da organização criminosa e pela condução

das negociações entabuladas com os interessados e compradores dos lotes.

Os denunciados Silvio Barboza de Melo, Ana Lúcia

Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Marco Antônio de Paula Lima e

Djammes Kunrath comandam as operações e orientavam as ações dos

demais integrantes da organização criminosa.

O denunciado Marco Antônio de Paula Lima

também desempenha papel de comando na organização criminosa, eis que

exerce toda a assessoria jurídica do Grupo, assim como confecciona os

contratos de compra e venda dos lotes, travestidos como contrato de

“timeshare”, apresenta informações e justificativas ideologicamente falsas às

vítimas e ao próprio Poder Público, de forma a dar aparência de legalidade

dos empreendimentos. O denunciado Marco Antônio de Paula Lima também

faz a intermediação do grupo com os Cartórios para o registro dos contratos,

e induz em erro as vítimas ao cobrar para fins de pagamento das custas pela

confecção de escritura pública, valores significativamente superiores aos

constantes da tabela de custas do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná,

obtendo assim vantagens pecuniárias ilícitas em favor da organização

criminosa. O denunciado Marco Antônio de Paula Lima ainda participa na

intermediação da venda de lotes clandestinos nos referidos empreendimentos

ilegais.

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O denunciado Edmar Anderson Lanes, da mesma

forma, possui claro papel de comando na organização criminosa, uma vez

que integra o grupo de investidores para a aquisição de imóveis rurais para a

implantação dos loteamentos clandestinos, disponibiliza, para venda, lotes

destes empreendimentos e participa de reuniões com os demais integrantes

da organização criminosa para tentar contornar situações em que os

compradores dos lotes descobriram o golpe. O denunciado Edmar Anderson

Lanes também se coloca perante as vítimas como integrante do Grupo Pedra,

participando de reuniões com os demais denunciados e com as vítimas, bem

como atua diretamente na aquisição e venda de propriedades em nome do

Grupo.

O denunciado Djammes Kunrath, no âmbito da

organização criminosa, também exerce função de comando, tendo inclusive já

constado como sócio efetivo da empresa Grupo Pedra. O denunciado

Djammes Kunrath, além de ser um dos investidores da organização

criminosa, dono de parte dos lotes clandestinos, também participa da

intermediação da venda destes nos referidos empreendimentos ilegais. O

denunciado Djammes Kunrath ainda é responsável pelo recebimento dos

valores pagos pelos clientes que foram induzidos a erro e, para tal mister,

utiliza-se da empresa DK Cadastro e Cobranças Ltda., da qual é sócio-

proprietário, para a cobrança e recebimento dos valores dos terrenos

clandestinos vendidos em benefício da organização criminosa.

A denunciada Alcione Maria Novelli de Paula Lima,

por sua vez, é esposa ou convivente do denunciado Marco Antônio de Paula

Lima e exerce a função de chefia junto ao Departamento Financeiro das

Empresas do Grupo Pedra. Uma das funções da referida denunciada é a de

expedição de títulos de crédito fraudulentos e protesto destes, com valores

inferiores a R$ 300,00 (trezentos reais), de forma a afastar o pagamento das

custas e com a finalidade de pressionar os compradores ludibriados.

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O denunciado Roberto Manoel Correa Neto exerce

atuação relevante na organização criminosa, uma vez que atua como

engenheiro ambiental junto ao Grupo Pedra, com a finalidade de obter, de

modo fraudulento, documentos oriundos dos órgãos públicos e que buscam

dar aparência de legalidade aos empreendimentos para iludir os compradores

dos lotes, utilizando-se de documentos ideologicamente falsos. O denunciado

Roberto Manoel Correa Neto também é um dos investidores da organização

criminosa e dono de parte dos lotes clandestinos.

O denunciado Leandro Mengardo Gomes também

tem papel relevante na organização criminosa, uma vez que é ele quem

gerencia os corretores e, consequentemente, articula todo o ardil necessário

para induzir em erro as vítimas. Ademais, o denunciado Leandro Mengardo

Gomes acompanha a realização de marketing dos empreendimentos

clandestinos, acompanha as vítimas até estes e, posteriormente, realiza a

negociação de venda dos lotes clandestinos na sede do Grupo Pedra,

normalmente com a participação do denunciado Silvio Barboza de Melo,

assim como é quem conduz as vítimas até o cartório, juntamente com o

denunciado Marco Antônio de Paula Lima, para a formalização dos

documentos.

1º FATO – ESTELIONATO – VÍTIMAS CAROLINI

VERSAN ALVES COSTA LIMA, THIAGO PEREIRA

LIMA, CRISTHIANE VERSAN ALVES COSTA DE

OLIVEIRA, FELIPE QUERINO DE OLIVEIRA E

CAMILA VERSAN ALVES COSTA.

Em data não determinada nos autos, mas certo que

entre os meses de janeiro e fevereiro de 2013, neste município de São José

dos Pinhais, os denunciados Silvio Barboza de Melo e Edmar Anderson

Lanes, dotados de vontade livre e consciente, cientes da ilicitude e

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reprovabilidade de suas condutas, em comunhão de acordo e vontades entre

si, previamente ajustados com os denunciados Ana Lúcia Mourão de Melo,

Djammes Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli

de Paula Lima, Leandro Mengardo Gomes e Roberto Manoel Correa

Neto, e em benefício da organização criminosa, composta pelos denunciados

induziram em erro, mediante artifício e ardil, as vítimas Ramiro Alves Costa,

Carolini Versan Alves Costa Lima, Thiago Pereira Lima, Cristhiane Versan

Alves Costa de Oliveira, Felipe Querino de Oliveira e Camila Versan Alves

Costa, convencendo-os a vender o imóvel rural localizado na localidade

denominada Campina do Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul,

registrado sob a matrícula nº 23.782 – 2º Ofício de Registro de Imóveis de

São José dos Pinhais, com a finalidade de construção de um hotel a ser

explorado no sistema ‘time share’ e que o pagamento do imóvel se daria em

prestações, cujos valores decorreriam também da comercialização do

empreendimento. O ardil consistiu no fato de que os denunciados Silvio

Barboza de Melo e Edmar Anderson Lanes, sabedores que a vítima Ramiro

Alves Costa pretendia vender o referido imóvel rural, o qual estava em nome

das suas filhas e respectivos cônjuges, mantiveram com Ramiro Alves Costa

diversos contatos por telefone e na sede do Grupo Pedra, situada na rua

Padre Bittencourt, 530, bairro Aristocrata, município de São José dos Pinhais,

quando então acertaram a negociação da venda do imóvel no valor total de

R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), sendo que R$

50.000,00 (cinquenta mil reais) foram pagos quarenta dias antes da lavratura

da escritura pública como sinal de negócio.

Na data de 08 de julho de 2013, quando houve a

lavratura da escritura pública, foi efetuado um pagamento de R$ 450.000,00

(quatrocentos e cinquenta mil reais) em favor de Ramiro Alves Costa, sendo

que destes, $ 70.000,00 (setenta mil reais) foram pagos por meio do cheque

nº 000989, agência nº 2762, do Banco Bradesco, e R$ 380.000,00 (trezentos

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e oitenta mil reais) pagos via transferência bancária, na conta corrente nº

199326-7, agência 3220-4, banco Bradesco, conforme recibo de quitação de

fl. 22.

O valor residual de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de

reais) foi dividido em 100 (cem) notas promissórias assinadas pela

denunciada Ana Lúcia Mourão de Mello, sendo que a vítima Ramiro Alves

Costa foi induzido em erro para a aceitação das referidas notas promissórias

ante a afirmação de que seria construído um hotel no sistema ‘time share’

pelo Grupo Pedra, o qual se apresentava de forma estruturada e com

aparência de solidez, além da ampla divulgação e publicidade dos seus

empreendimentos, os quais não obstante serem ilícitos eram apresentados

como regulares.

Das 100 (cem) notas promissórias dadas como

garantia do pagamento, a vítima Ramiro Alves Costa recebeu apenas os

valores relativos às 08 (oito) primeiras parcelas, uma vez que os denunciados

Silvio Barboza de Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson

Lanes, Djammes Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria

Novelli de Paula Lima, Leandro Mengardo Gomes e Roberto Manoel

Correa Neto, com o inequívoco propósito de locupletar a organização

criminosa, mediante o ardil acima descrito, suspenderam os pagamentos e

obtiveram vantagem ilícita de R$ 1.840.000,00 (um milhão e oitocentos e

quarenta mil reais).

2º FATO – LOTEAMENTO CLANDESTINO –

SPARTA PARK HOME HOTEL.

A partir de 08 de junho de 2013, na localidade

denominada Campina do Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul,

foro de São José dos Pinhais, os denunciados Silvio Barboza de Melo, Ana

Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath,

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Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula Lima,

Leandro Mengardo Gomes, Roberto Manoel Correa Neto, em comunhão

de esforços com outras pessoas ainda não identificadas, em benefício da

organização criminosa e seus integrantes, deram início a loteamento

clandestino, para fins urbanos, no imóvel rural localizado no município de

Tijucas do Sul/PR e registrado na matrícula nº 23782, cujo empreendimento

clandestino passou a ter a denominação de ‘Sparta Park Home Hotel’.

De fato, os denunciados Silvio Barboza de Melo,

Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath,

Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula Lima,

Leandro Mengardo Gomes, Roberto Manoel Correa Neto, em benefício da

organização criminosa e dos seus integrantes, iniciaram, ilegal e

clandestinamente, o loteamento do referido imóvel rural, o que não é

permitido pela nossa legislação2, além do que promoveram o início de

implantação desse loteamento, com a divisão de lotes de tamanho que variam

de 1.400m2 a 1.700m2, sob a denominação de ‘Sparta Park Home Hotel’ sem

a prévia e indispensável aprovação de projeto de loteamento pelo município

de Tijucas do Sul, sem o prévio e indispensável licenciamento ambiental

emitido pelo Instituto Ambiental do Paraná, sem a anuência da COMEC e do

INCRA, e sem o prévio e indispensável registro do loteamento aprovado no

Cartório de Registro de Imóveis.

Para a consumação do referido crime, os referidos

denunciados criaram a empresa denominada Sparta Park Home Hotel Eireli’,

inscrita no NIRE 41600061659, sob o objeto social de empreendimento

hoteleiro, e requereram, por meio da ativa participação do denunciado

Roberto Manoel Correa Neto, junto à Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul

e ao Instituto Ambiental do Paraná a concessão de alvará e manifestação de

2 Seja pela Lei Federal nº 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento de solo, seja pelas leis municipais que apenas permitem o parcelamento do solo em zonas urbanas definidas pelo Plano Diretor.

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dispensa de licença ambiental (DLAE) de modo ideologicamente falso,

omitindo que se trata de implantação de loteamento clandestino em área rural.

O Grupo Pedra Ltda., utilizado para as práticas

ilícitas da organização criminosa, no âmbito da veiculação da venda de lotes

clandestinos do empreendimento denominado Sparta Park Home Hotel, em

comunicação ao público, por meio de prospectos e divulgação pela internet,

ocultou qualquer fato relativo à sua ilegalidade e clandestinidade.

3º FATO – CRIMES CONTRA A ORDEM

ECONÔMICA E CONTRA AS RELAÇÕES DE

CONSUMO – SPARTA PARK HOME HOTEL.

A partir de 08 de junho de 2013 até a data de 18 de

março de 2015, no município de São José dos Pinhais, os denunciados Silvio

Barboza de Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes,

Djammes Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli

de Paula Lima, Leandro Mengardo Gomes, Roberto Manoel Correa Neto,

em comunhão de esforços com outras pessoas ainda não identificadas, em

benefício da organização criminosa e seus integrantes, induziram um número

indeterminado de consumidores a erro por meio de indicações e afirmações

enganosas sobre a natureza do empreendimento denominado ‘Sparta Park

Home Hotel’ em ampla divulgação promovida em feira de imóveis no Parque

Barigui (declaração da vítima José Augusto Pinto Rodrigues), em internet pelo

site do Grupo Pedra e sites como Facebook e OLX, conforme documentos

anexos, com forte apelo visual e proposta de estruturas e serviços, na medida

em que os referidos empreendimentos são clandestinos e nunca poderiam ser

implementados legalmente.

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4. ESTELIONATOS – SPARTA PARK HOME

HOTEL.

4.1. VITIMA JOSÉ AUGUSTO PINTO RODRIGUES

Em data não precisada nos autos, mas certo que no

lapso temporal compreendido entre os meses de maio e junho de 2013 no

município de São José dos Pinhais, os denunciados Silvio Barboza de Melo

e Leandro Mengardo Gomes, em benefício dos demais denunciados Ana

Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath,

Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula Lima, e

Roberto Manoel Correa Neto, em comunhão de esforços com outras

pessoas ainda não identificadas, induziram em erro a vítima José Augusto

Pinto Rodrigues, mediante ardil e outros meios fraudulentos levados a termo

pela a organização criminosa acima consistentes na venda um lote do

empreendimento denominado ‘Sparta Park Home Hotel’, que iniciou a

implantação de um loteamento clandestino no imóvel rural situado na

localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul /PR e

registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade que atraiu a referida vítima por intermédio da

internet, Feira de Imóveis no Parque Barigui e prospectos onde os

empreendimentos eram apresentados de forma chamativa e com ares de

regularidade, motivo pelo qual a vítima José Augusto, em meados do mês de

junho de 2013, dirigiu-se até a sede do Grupo Pedra, situada na Rua Padre

Bittencourt, n.º 530, em São José dos Pinhais e, quando atendida pelo

denunciado Leandro Mengardo Gomes, o qual com a inequívoca intenção

de locupletar a organização criminosa mediante ardil, induziu a vítima em erro

ao afirmar que se tratava de um empreendimento regular, com a venda de

terrenos individualizados, não obstante a denominação dada ao contrato, o

qual foi assinado no dia 14 de junho de 2013.

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A vítima José Augusto Pinto Rodrigues, induzida em

erro conforme acima descrito pagou em benefício da organização criminosa o

valor aproximado de R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais), como

pagamento do preço total negociado pelo terreno (documentação anexa).

4.2 – VÍTIMAS TERSO – BARLIF S/A DE

INVESTIMENTOS E FILIPE PAIS LENFERS

Em data não precisada nos autos, mas certo que no

lapso temporal compreendido entre o mês de setembro e outubro do ano de

2013, no município de São José dos Pinhais, o denunciado Leandro

Mengardo Gomes, juntamente com outros integrantes da organização

criminosa, até o momento não identificados, em benefício dos demais

denunciados Silvio Barboza de Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar

Anderson Lanes, Djammes Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima,

Alcioni Maria Novelli de Paula Lima e Roberto Manoel Correa Neto, em

comunhão de esforços com outras pessoas ainda não identificadas, induziram

em erro as vítimas Terso – Barlif S/A de Investimentos, representada por seu

Diretor Presidente Tarcisio Luis Lenfers e seu filho Filipe Pais Lenfers,

mediante ardil e outros meios fraudulentos levados a termo pela a

organização criminosa acima consistentes na venda dois lotes do

empreendimento denominado ‘Sparta Park Home Hotel’, que iniciou a

implantação de um loteamento clandestino no imóvel rural situado na

localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul /PR e

registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade que atraiu a vítima por intermédio da internet,

através do site do Grupo Pedra, onde os empreendimentos eram

apresentados de forma chamativa e com ares de regularidade, motivo pelo

qual a vítima Tarcisio e seu filho Filipe se dirigiram até a sede do Grupo

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Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão saciados.

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Pedra, situada na rua Padre Bittencourt, n.º 530, em São José dos Pinhais e,

quando atendida pelo denunciado Leandro Mengardo Gomes, o qual com a

inequívoca intenção locupletar a organização criminosa mediante ardil,

induziu as vítimas em erro ao afirmar que se tratava de um empreendimento

regular e que toda a documentação e licenciamento estavam certos, com a

venda de terrenos individualizados, não obstante a denominação dada ao

contrato, o qual foram assinados no dia 04 de setembro de 2013.

As vítimas Tarcisio e Felipe, induzidos em erro

conforme acima descrito pagaram em benefício da organização criminosa o

valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) cada, como pagamento integral do

preço total negociado pelo terreno. Ainda, após a assinatura do contrato, as

vítimas se dirigiram a sede do Grupo Pedra para buscar uma via do contrato e

nesta oportunidade efetuaram o pagamento do valor de R$ 1.300,00 para

realizar a escritura dos lotes. (documentação anexa).

4.3 - VÍTIMA CLAUDIO ROBERTO LUCHTENBERG

Em data não precisada nos autos, mas certo que no

lapso temporal compreendido entre os meses de junho e julho do ano de

2013, no município e São José dos Pinhais, os denunciados Silvio Barbosa

de Melo e Leandro Mengardo Gomes, em benefício dos demais

denunciados Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes,

Djammes Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli

de Paula Lima, e Roberto Manoel Correa Neto, em comunhão de esforços

com outras pessoas ainda não identificadas, induziram em erro a vítima

Claudio Roberto Luchtenberg, mediante ardil e outros meios fraudulentos

levados a termo pela a organização criminosa acima descrita, consistentes na

venda de um lote do empreendimento denominado ‘Sparta Park Home Hotel’,

que iniciou a implantação de um loteamento clandestino no imóvel rural

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situado na localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul /PR

e registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade dos empreendimentos, assim a vítima foi

atraída após tomar conhecimento através de seu cunhado que teria adquirido

um lote de outro empreendimento do Grupo Pedra, e assim lhe informou

sobre o empreendimento e, por meio da estrutura, organização e solidez que

transmitiam, onde os empreendimentos eram apresentados de forma

chamativa e com ares de regularidade, motivo pelo qual a vítima Claudio se

dirigiu até a sede do Grupo Pedra, situada na Rua Padre Bittencourt, n.º 530,

em São José dos Pinhais e, quando atendida pelo denunciado Leandro

Mengardo Gomes, o qual, com a inequívoca intenção de locupletar a

organização criminosa mediante ardil, induziu a vítima em erro ao afirmar que

se tratava de um empreendimento regular, com a venda de terrenos

individualizados, não obstante a denominação dada ao contrato, pronto para

construção, que poderia iniciar de imediato, devendo apenas respeitar o

mínimo de 50 m², sendo o contrato assinado no dia 08 de julho de 2013.

A vítima Claudio Roberto Luchtenberg, induzido em

erro conforme acima descrito pagou em benefício da organização criminosa o

valor de R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais), como pagamento do preço

total negociado pelo terreno, mediante transferência bancária. (documentação

anexa).

4.4 – VÍTIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

MADEIRAS TORTA LTDA – Neste ato

representado por seu sócio Tiago Tortelli

Em data não precisada nos autos, mas certo que em

junho de 2013 no município de São José dos Pinhais, os denunciados Silvio

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Barboza de Melo, Marco Antonio de Paula Lima e Leandro Mengardo

Gomes e outro indivíduo cujo nome a vítima não se recorda, em benefício dos

demais denunciados Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes,

Djammes Kunrath, Alcioni Maria Novelli de Paula Lima, Roberto Manoel

Correa Neto, em comunhão de esforços com outras pessoas ainda não

identificadas, induziram em erro a vítima Tiago Tortelli, mediante ardil e outros

meios fraudulentos levados a termo pela a organização criminosa acima

consistentes na venda um lote do empreendimento denominado ‘Sparta Park

Home Hotel’, que iniciou a implantação de um loteamento clandestino no

imóvel rural situado na localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas

do Sul /PR e registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser

regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade dos empreendimentos, que atraiu a referida

vítima por intermédio da internet, através do site do Grupo Pedra, onde os

empreendimentos eram apresentados de forma chamativa e com ares de

regularidade, motivo pelo qual a vítima Tiago Tortelli, em meados do mês de

junho de 2013, se dirigiu até a sede do Grupo Pedra, situada na rua Padre

Bittencourt, n.º 530, em São José dos Pinhais e, quando atendido pelos

denunciados Silvio Barboza de Melo, Marco Antonio de Paula Lima e

Leandro Mengardo Gomes, os quais com a inequívoca intenção de

locupletar a organização criminosa mediante ardil, induziram a vítima em erro,

em benefício dos integrantes da associação criminosa, ao afirmaren que se

tratava de um empreendimento regular, com a venda de terrenos

individualizados, não obstante a denominação dada ao contrato, o qual foi

assinado no dia 24 de junho de 2013.

A vítima pessoa jurídica denominada Indústria

Comércio de Madeiras Torta LTDA, representada por seu sócio Tiago Tortelli,

induzido em erro conforme acima descrito pagou, em benefício da

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organização criminosa o valor aproximado de R$ 95.000,00 (noventa e cinco

mil reais), como pagamento do preço total negociado pelo terreno mediante

transferência bancária. Ainda, após assinatura do contrato, realizou o

pagamento ao Grupo Pedra do valor de R$ 1.300,00 relativo ao valor da

escritura do lote (documentação anexa).

4.5 – VÍTIMA JOSÉ TRINDADE DE JESUS

Em data não precisada nos autos, mas certo que

entre os meses de setembro e outubro de 2013 no município de São José dos

Pinhais, os denunciados Leandro Mengardo e Silvio Barbosa de Melo, em

benefício dos demais denunciados Ana Lúcia Mourão de Melo, Alcioni

Maria Novelli de Paula Lima, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath,

Marco Antônio de Paula Lima e Roberto Manoel Correa Neto, induziram

em erro a vítima José Trindade de Jesus, mediante ardil e outros meios

fraudulentos levados a termo pela a organização criminosa acima

consistentes na venda de três lotes do empreendimento denominado ‘Sparta

Park Home Hotel’, que iniciou a implantação de um loteamento clandestino no

imóvel rural situado na localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas

do Sul /PR e registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser

regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade que atraiu a referida vítima por intermédio da

propaganda de um corretor não identificado nos autos, onde os

empreendimentos foram apresentados de forma chamativa e com ares de

regularidade, com a afirmação de que a documentação do empreendimento já

estava regularizada, motivo pelo qual a vítima José Trindade, após ter

vistoriado o terreno na companhia do denunciado Leandro Mengardo, dirigiu-

se à sede do Grupo Pedra, situada na rua Padre Bittencourt, n.º 530, em São

José dos Pinhais e, quando atendido pelo denunciado Silvio Barboza de

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Melo, que garantiu a vítima que após o pagamento, seriam lavradas as

respectivas escrituras dos terrenos adquirido.

Os denunciados Leandro Mengardo e Silvio

Barboza de Melo, os quais com a inequívoca intenção de locupletar a

organização criminosa mediante ardil, induziram a vítima em erro, ao

afirmarem que se tratava de um empreendimento regular, com a venda de

terrenos individualizados, não obstante a denominação dada ao contrato, o

qual foi assinado pela vítima e pelo denunciado Sílvio Barbosa de Melo na

data de 01 de outubro de 2013, conforme documento anexo.

A vítima José Trindade de Jesus, induzida em erro

conforme acima descrito pagou, em benefício da organização criminosa o

valor aproximado de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) referente

aos três lotes adquiridos, como pagamento do preço total negociado pelos

terrenos, mediante transferência bancária no valor de R$ 105.000,00 (cento e

cinco mil reais), mais R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) mediante boleto

bancário e R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais) mediante transferência do

veículo automotor Toyota Hilux SW4, ano 2007/08, placas ASW-1309.

(documentação anexa).

4.6 VÍTIMA JENIFFER CHRISTEN TAVARES

REMOWICZ

Em data não precisada nos autos, mas certo que no

lapso temporal compreendido entre os meses de maio e junho do ano de

2013, no município e São José dos Pinhais, o denunciado Leandro

Mengardo Gomes, em benefício dos demais denunciados Silvio Barboza de

Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes

Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula

Lima, e Roberto Manoel Correa Neto, em comunhão de esforços com outras

pessoas ainda não identificadas, induziram em erro a vítima Jeniffer Christen

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Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 19

Tavares Remowicz, mediante ardil e outros meios fraudulentos levados a

termo pela a organização criminosa acima descrita, consistentes na venda de

dois lotes do empreendimento denominado ‘Sparta Park Home Hotel’, que

iniciou a implantação de um loteamento clandestino no imóvel rural situado na

localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul /PR e

registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade dos empreendimentos, o que atraiu a vítima

Jeniffer Christen Tavares Remowicz, que se dirigiu até a sede do Grupo

Pedra, situada na Rua Padre Bittencourt, n.º 530, em São José dos Pinhais.

Quando atendida pelo denunciado Leandro Mengardo Gomes, o qual, com a

inequívoca intenção de locupletar a organização criminosa mediante ardil,

induziu a vítima em erro, ao afirmar que se tratava de um empreendimento

regular, com a venda de terrenos individualizados, não obstante a

denominação dada ao contrato, pronto para construção, sendo o contrato

assinado no dia 21 de junho de 2013.

A vítima Jeniffer Christen Tavares Remowicz,

induzida em erro conforme acima descrito pagou em benefício da organização

criminosa o valor de R$ 190.000,00 (cento e noventa mil reais), como

pagamento do preço total negociado pelo terreno, mediante vários cheques e

a transferência de um veículo automotor Mitsubishi Pajero Dakar, placa AVC-

0648 (documentação anexa).

4.7 VÍTIMA DEISY RODRIGUES FELÍCIO DE

SOUZA

Em data não precisada nos autos, mas certo que no

lapso temporal compreendido entre os meses de junho e julho do ano de

2013, no município e São José dos Pinhais, o denunciado Leandro

Mengardo Gomes juntamente com outra corretora não identificada até o

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momento, em benefício dos demais denunciados Silvio Barboza de Melo,

Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath,

Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula Lima, e

Roberto Manoel Correa Neto, em comunhão de esforços com outras

pessoas ainda não identificadas, induziram em erro a vítima Deisy Rodrigues

Felício de Souza, mediante ardil e outros meios fraudulentos levados a termo

pela a organização criminosa acima descrita, consistentes na venda de 01

(um) lote do empreendimento denominado ‘Sparta Park Home Hotel’, que

iniciou a implantação de um loteamento clandestino no imóvel rural situado na

localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul /PR e

registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade dos empreendimentos, por intermédio da

internet, através do site do Grupo Pedra, onde os empreendimentos eram

apresentados de forma chamativa e com ares de regularidade.

A vítima Deisy Rodrigues Felício de Souza foi atraída

por meio da estrutura, organização e solidez que transmitiam, motivo pelo

qual se dirigiu até a sede do Grupo Pedra, situada na rua Padre Bittencourt,

n.º 530, em São José dos Pinhais e, quando atendida pelo denunciado

Leandro Mengardo Gomes, o qual, com a inequívoca intenção de locupletar

a organização criminosa mediante ardil, induziu a vítima em erro, ao afirmar

que se tratava de um empreendimento regular, com a venda de terrenos

individualizados, não obstante a denominação dada ao contrato, pronto para

construção, sendo o contrato assinado no dia 04 de julho de 2013.

A vítima Deisy Rodrigues Felício de Souza, induzida

em erro conforme acima descrito pagou, em benefício da organização

criminosa o valor de R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais), como

pagamento do preço total negociado pelo terreno, mediante transferência

bancária do valor integral do lote. (documentação anexa).

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4.8 VÍTIMA HUMBERTO DE ALENCAR BASTOS

DE ABREU

Em data não precisada nos autos, mas certo que no

lapso temporal compreendido entre os meses de abril e março do ano de

2013, no município e São José dos Pinhais, o denunciado Leandro

Mengardo Gomes, em benefício dos demais denunciados Silvio Barboza de

Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes

Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula

Lima e Roberto Manoel Correa Neto, em comunhão de esforços com outras

pessoas ainda não identificadas, induziram em erro a vítima Humberto de

Alencar Bastos de Abreu, mediante ardil e outros meios fraudulentos levados

a termo pela organização criminosa acima descrita, consistentes na venda de

um lote do empreendimento denominado ‘Sparta Park Home Hotel’, que

iniciou a implantação de um loteamento clandestino no imóvel rural situado na

localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas do Sul /PR e

registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade dos empreendimentos, assim a vítima

Humberto de Alencar Bastos de Abreu foi atraída à sede do Grupo Pedra.

Em negociação com o denunciado Leandro

Mengardo Gomes, o qual, com a inequívoca intenção de locupletar a

organização criminosa mediante ardil, induziu a vítima em erro, ao afirmar que

se tratava de um empreendimento regular, com a venda de terrenos

individualizados, não obstante a denominação dada ao contrato, pronto para

construção, sendo o contrato assinado no dia 14 de março de 2013.

A vítima Humberto de Alencar Bastos de Abreu,

induzido em erro conforme acima descrito pagou, em benefício da

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Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 22

organização criminosa o valor de R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais),

como pagamento do preço total negociado pelo terreno, mediante a

transferência de um imóvel comercial localizado no centro de Curitiba/PR, o

qual foi transferido para o nome da pessoa até então identificada como

Fernando.

4.9 VÍTIMA ISOLETE BITTENCOURT CORREA

Em data não precisada nos autos, mas certo que em

meados de mês de agosto do ano de 2013, no município e São José dos

Pinhais, o denunciado Leandro Mengardo Gomes, em benefício dos demais

denunciados Silvio Barboza de Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar

Anderson Lanes, Djammes Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima,

Alcioni Maria Novelli de Paula Lima, e Roberto Manoel Correa Neto, em

comunhão de esforços com outras pessoas ainda não identificadas, induziram

em erro a vítima Isolete Bittencourt Correa, mediante ardil e outros meios

fraudulentos levados a termo pela a organização criminosa acima descrita,

consistentes na venda de dois lotes do empreendimento denominado ‘Sparta

Park Home Hotel’, que iniciou a implantação de um loteamento clandestino no

imóvel rural situado na localidade de Morro Vermelho, no município de Tijucas

do Sul /PR e registrado na matrícula nº 23.782 e que nunca poderia ser

regularizado.

Para a consecução do ardil e fraude, os denunciados

realizavam ampla publicidade dos empreendimentos, assim a vítima Isolete

Bittencourt Correa foi atraída e se dirigiu até a sede do Grupo Pedra, situada

na Rua Padre Bittencourt, n.º 530, em São José dos Pinhais.

Quando atendida pelo denunciado Silvio Barbosa de

Melo, o qual, com a inequívoca intenção de locupletar a organização

criminosa mediante ardil, induziu a vítima em erro, ao afirmar que se tratava

de um empreendimento regular, com a venda de terrenos individualizados,

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Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 23

não obstante a denominação dada ao contrato, pronto para construção, sendo

o contrato assinado no dia 19 de agosto de 2013.

A vítima Isolete Bittencourt Correa, induzida em erro

conforme acima descrito, pagou em benefício da organização criminosa o

valor de R$ 178.000,00 (cento e setenta e oito mil reais), como pagamento do

preço total negociado pelo terreno, mediante os cheques nº 24, do Banco

Bradesco, agência 3287, c/c nº 085847, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil

reais), cheque nº 851534, do Banco do Brasil, agência 1432, c/c nº 11.277-1,

no valor de R$ 3.450,00 (três mil quatrocentos e cinquenta reais), cheque nº

UA-001141, do Banco Itaú, agência 0624, c/c nº 2213-3, no valor de R$

16.550,00 (dezesseis mil quinhentos e cinquenta reais), cheque nº 120999, do

Banco Estilo, agência 4818, c/c nº 9.900-7, no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil

reais) e um ultimo cheque nº 25, do Banco Bradesco, agência 3287, c/c nº

085847, no valor de R$ 128.000,00 (cento e vinte e oito mil reais).

(documentação anexa)”.

Assim agindo, incorreram os denunciados Silvio

Barboza de Melo, Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes,

Djammes Kunrath, Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli

de Paula Lima, Leandro Mengardo Gomes e Roberto Manoel Correa Neto

nas sanções penais descritas no artigo 171, caput, do Código Penal (1º

Fato); artigo 50, inciso I, da Lei nº 6.766/79 (2º Fato); artigo 7º, inciso VII,

da Lei nº 8.137/90 (3º Fato); artigo 171, caput, do Código Penal, por nove

vezes (Fatos 4.1.1, 4.1.2, 4.1.3, 4.1.4, 4.1.5, 4.1.6, 4.1.7, 4.1.8 e 4.1.9), tudo

na forma do artigo 69 do Código Penal, razão pela qual é oferecida a

presente denúncia, que se espera seja recebida e autuada, devendo os

denunciados serem citados para responderem à acusação e se verem

processar nos termos dos artigos 396 a 405 do Código de Processo Penal,

até final julgamento, tudo com ciência do Ministério Público.

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Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 24

Requer-se, ainda sejam ouvidas em juízo as

testemunhas/informantes imprescindíveis abaixo arroladas.

São José dos Pinhais, 18 de agosto de 2015.

João Milton Salles Alexandre Gaio

Promotor de Justiça Promotor de Justiça

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Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 25

Rol de testemunhas:

1. JOSÉ AUGUSTO PINTO RODRIGUES (vítima): brasileiro, RG nº

8.879.190-8 – PR, residente na Rua Augusto Mari, nº1872, sob. 03,

Bairro Guaíra, em Curitiba/PR.

2. TERSO BARLIF (vítima): pessoa jurídica de direito privado, inscrita no

CNPJ nº 07.807.771/0001-34, devidamente representada por seu sócio

administrador Tarcisio Luis Lenfers, OAB/PR 28608, residente na Rua

João Negrão, nº 731, sala 2007, Centro, Curitiba/PR.

3. CLAUDIO ROBERTO LUCHTENBERG (vítima): brasileiro, RG nº

4482777-8 - PR, residente na Rua José Alides de Lima, nº 1850, bloco

I, apto. 34, Capão Raso, Curitiba/PR.

4. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MADEIRAS TORTA (vítima): pessoa

jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº 79.621.215/0001-80,

atualmente denominada Tortta Participações LTDA, com sede na Rua

Alberto Bichebiche, nº 656, Afonso Pena, em São José dos Pinhais –

PR, devidamente representada por seu sócio Tiago Tortelli, RG nº

6800136-6– PR, brasileiro, CPF nº 042.270.339-77

5. JOSÉ TRINDADE DE JESUS (vítima): brasileiro, RG nº 1.284.770 –

PR, filho de Mathildes Fortes de Jesus e Bibiana Trindade de Jesus,

residente na Rua Engenheiro Artur Bete, nº 42, apto. 114, Bairro Portão,

em Curitiba – PR

6. JENIFFER CHRISTEN TAVARES REMOWICZ (vítima): brasileira, RG

nº 9.576.597-1 – PR, filha de Mario Tavares Filho e Maria Divair

Bontorin Tavares, residente na Rua Tavares de Lyra, nº 3721, casa

112, Afonso Pena, em São José dos Pinhais – PR

7. DEISY RODRIGUES FELÍCIO DE SOUZA (vítima): brasileira, RG nº

2077261-1 – PR, CPF nº 541.928.209-78, filia de José Rodrigues

Felício e Maria Aparecida Felício, residente e domiciliada na Rua

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Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 26

Saldanha Marinho, nº 1709, apto. 302, Bairro Bigorrilho, em Curitiba –

PR

8. ISOLETE BITTENCOURT CORREA (vítima): brasileira, casada, RG nº

1.120.634-4 – PR, residente na Rua Joinville, nº3724, ap. 01, Bairro

São Pedro, em São José dos Pinhais – PR.

9. HUMBERTO DE ALENCAR BASTOS DE ABREU (vítima): brasileiro,

RG nº 1645596/PR, residente na rua Dona Alice Tibirisá, nº 244, bairro

Bigorrilho, Curitiba/PR;

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Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão saciados.

Rua João Ângelo Cordeiro, s/nº, Centro – Fórum de São José dos Pinhais – CEP 83.005-590 27

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 01ª

VARA CRIMINAL DO FORO REGIONAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS -

COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PARANÁ.

Autos de Procedimento Investigatório Criminal nº MPPR-0135.15.000321-2

1. Denúncia em face de Silvio Barboza de Melo,

Ana Lúcia Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath,

Marco Antônio de Paula Lima, Alcioni Maria Novelli de Paula Lima,

Leandro Mengardo Gomes e Roberto Manoel Correa Neto;

2. Requer-se:

a) sejam providenciadas as certidões de

antecedentes criminais do denunciado junto às Varas de Execuções Penais

do Estado, Instituto de Identificação do Paraná, Corregedoria de Presídios e

Distribuidor Criminal e da Justiça Federal;

b) a juntada da documentação anexa;

3. Não obstante constar da descrição fática a

organização criminosa capitaneada pelos denunciados, esta não foi

capitulada uma vez que os denunciados já respondem pelo crime descrito no

artigo 288 do Código Penal nos autos de ação penal nº 0000874-

34.2015.8.16.0035, em trâmite na 2ª Vara Criminal deste Foro Regional.

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4. Em separado, seguem representação pela

decretação da prisão preventiva de Silvio Barboza de Melo, Ana Lúcia

Mourão de Melo, Edmar Anderson Lanes, Djammes Kunrath, Marco

Antônio de Paula Lima e Leandro Mengardo Gomes, assim como o

requerimento de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão em face

de Alcioni Maria Novelli de Paula Lima e Roberto Manoel Correa Neto;

São José dos Pinhais, 18 de agosto de 2015.

João Milton Salles Alexandre Gaio

Promotor de Justiça Promotor de Justiça