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Excelência em Idiomas Ltda. 1 Audiência Pública referente ao Licenciamento Ambiental do Terminal Sul do Superporto do Açu em Campos em 26 de outubro de 2011. A gravação começa com uma pessoa fazendo ajustes no microfone. Maurício Couto: Alô! Boa noite, senhoras e senhores. Vamos dar início a audiência pública referente ao licenciamento ambiental do terminal sul do Superporto do Açu. Meu nome é Mauricio Couto, eu sou engenheiro civil e sanitarista da Secretaria de Estado do Ambiente fui designado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental, CECA, para presidir os trabalhos dessa audiência publica, conforme determinado pela deliberação nº 5407 do dia 04 de Outubro de 2011 publicado no Diário Oficial do dia 06 de Outubro de 2011, nos termos da resolução CONAMA nº 35 de 15 de Agosto de 2011. Gostaria de chamar para compor a mesa, registrar, a Dra. Aline Peixoto que secretaria os trabalhos da mesa, o Dr. Dyrton Bellas representante do INEA, ambos aqui a minha direita, Dr. Dyrton é o coordenador do grupo de trabalho responsável pela análise de estudo de impacto ambiental que, encontra-se em sua fase preliminar. Gostaria de chamar se tiver presente na platéia, algum representante do Ministério Público Estadual, gostaria de chamar também, se tiver algum representante do Ministério Público Federal, completando, agora, a mesa, gostaria de chamar como representante da empresa o senhor Luis Barone da LLX, o senhor Marcio Redivo, também da LLX e pela empresa consultora, o senhor Affonso Novelo, os três aqui a minha esquerda. A audiência publica, ela não tem caráter decisório nem deliberativo, o objetivo da audiência é de apresentar pra vocês o projeto e o estudo de impacto ambiental de uma forma sucinta, onde foram identificados os principais impactos identificados no estudo, as medidas mitigadoras e as medidas compensatórias para esse estudo. É nessa hora que vocês vão se manifestar vão tomar ciência exata do projeto e do estudo de impacto ambiental, e nós vamos ter a audiência é dividida em duas fases a primeira fase que é destinada as explanações, o INEA terá o prazo de 10 minutos para apresentar a situação, o trâmite do licenciamento, do processo administrativo do licenciamento, depois a empresa fará a apresentação do projeto e posteriormente a empresa consultora apresentará um resumo do estudo de impacto ambiental, dos impactos identificados, das medidas propostas para mitigação desses impactos. Vocês devem ter recebido na entrada um folheto, com as explicações sobre audiência publica, e dentro tem um formulário de perguntas. Ao longo das apresentações, vocês podem ir formulando as perguntas, mas eu sugiro que vocês façam essas perguntas após a apresentação do projeto e do

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Excelência em Idiomas Ltda.

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Audiência Pública referente ao Licenciamento Ambiental do Terminal Sul

do Superporto do Açu em Campos em 26 de outubro de 2011.

A gravação começa com uma pessoa fazendo ajustes no microfone.

Maurício Couto: Alô! Boa noite, senhoras e senhores. Vamos dar início a

audiência pública referente ao licenciamento ambiental do terminal sul do

Superporto do Açu. Meu nome é Mauricio Couto, eu sou engenheiro civil e

sanitarista da Secretaria de Estado do Ambiente fui designado pela Comissão

Estadual de Controle Ambiental, CECA, para presidir os trabalhos dessa

audiência publica, conforme determinado pela deliberação nº 5407 do dia 04 de

Outubro de 2011 publicado no Diário Oficial do dia 06 de Outubro de 2011, nos

termos da resolução CONAMA nº 35 de 15 de Agosto de 2011. Gostaria de

chamar para compor a mesa, registrar, a Dra. Aline Peixoto que secretaria os

trabalhos da mesa, o Dr. Dyrton Bellas representante do INEA, ambos aqui a

minha direita, Dr. Dyrton é o coordenador do grupo de trabalho responsável

pela análise de estudo de impacto ambiental que, encontra-se em sua fase

preliminar. Gostaria de chamar se tiver presente na platéia, algum

representante do Ministério Público Estadual, gostaria de chamar também, se

tiver algum representante do Ministério Público Federal, completando, agora, a

mesa, gostaria de chamar como representante da empresa o senhor Luis

Barone da LLX, o senhor Marcio Redivo, também da LLX e pela empresa

consultora, o senhor Affonso Novelo, os três aqui a minha esquerda. A

audiência publica, ela não tem caráter decisório nem deliberativo, o objetivo da

audiência é de apresentar pra vocês o projeto e o estudo de impacto ambiental

de uma forma sucinta, onde foram identificados os principais impactos

identificados no estudo, as medidas mitigadoras e as medidas compensatórias

para esse estudo. É nessa hora que vocês vão se manifestar vão tomar ciência

exata do projeto e do estudo de impacto ambiental, e nós vamos ter a

audiência é dividida em duas fases a primeira fase que é destinada as

explanações, o INEA terá o prazo de 10 minutos para apresentar a situação, o

trâmite do licenciamento, do processo administrativo do licenciamento, depois a

empresa fará a apresentação do projeto e posteriormente a empresa

consultora apresentará um resumo do estudo de impacto ambiental, dos

impactos identificados, das medidas propostas para mitigação desses

impactos. Vocês devem ter recebido na entrada um folheto, com as

explicações sobre audiência publica, e dentro tem um formulário de perguntas.

Ao longo das apresentações, vocês podem ir formulando as perguntas, mas eu

sugiro que vocês façam essas perguntas após a apresentação do projeto e do

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estudo de impacto ambiental, porque tem alguns questionamentos que vocês

podem querer fazer, pode ser que durante a apresentação do estudo já sejam

apresentados. Ao fim da última apresentação nós vamos, fazer um intervalo,

onde vocês poderão encaminhar essas perguntas à mesa, essas perguntas

serão separadas por temas e após o intervalo nós faremos o inicio da segunda

fase da audiência pública, que é a fase destinada aos debates. Durante a

apresentação também quem quiser fazer o uso da palavra, tem que usar esse

mesmo formulário, solicitando o uso da palavra, que também vai ser

encaminhado aqui para mesa, às pessoas que se inscreverem para fazer o uso

da palavra aguardarão que todas as perguntas por escrito sejam lidas e sejam

respondidas e aí no final dessa fase de debate, nós passaremos a palavra pra

quem fez a inscrição pra fazer o uso dela, tendo o prazo de 3 minutos com

direito a réplica e tréplica. Antes de dar inicio propriamente na audiência eu

gostaria de convidar a todos para ouvirmos o hino nacional.

Hino Nacional executado do minuto 05:37 ao minuto 09:06; logo após o hino,

alguém fala alguma coisa mas de maneira inaudível.

Maurício Couto: Gostaria de convidar o Sr. Márcio Redivo para fazer o

Briefing de segurança, por favor.

Márcio: Boa noite, boa noite a todos, só uma rápida informação com relação

aos procedimentos de segurança e à estrutura que está disponível para essa

audiência pública. Em caso de qualquer emergência, nós contamos com uma

equipe, uma brigada de incêndio disponível aqui no local, as saídas de

emergência se encontram à nossa direita e esquerda, ao fundo do salão, ok?

Saiam com calma, enquanto a equipe atuará. Também para qualquer

eventualidade, na área externa temos uma ambulância com equipe médica

disponível, à disposição, ok? Então, também em caso de qualquer

eventualidade médica, também temos como atender isso, ok? E a todos uma

boa audiência.

Maurício Couto: Obrigado, Sr. Márcio. Gostaria de registrar a presença do

Marechal João Faria de Souza, comandante da área da Marinha, muito

obrigado pela participação; dos representantes do 1º Tenente, o Sargento

Fernandes e o Sargento Francisco do Batalhão de Polícia e Meio-Ambiente;

João Paulo Costa, vice-presidente do Sindicato de Metalúrgicos de Campos;

José Maria Rangel, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São

João da Barra e de São Francisco; Carlos Alberto Maciel, diretor do Rotary;

Flávio Nazareno, Fábio, perdão, vice-presidente da ONG Campos Cidadão Já;

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Vicente de Paula Santos, diretor do departamento de pesquisa e pós-

graduação da IFF, Instituto Federal Fluminense; Luís Felipe Klein, assessor do

Internacional Brasil Juniors Chamber. Bom, senhoras e senhores, eu convido

agora, então, o representante do INEA, o Sr. Dyrton Bellas, vai iniciar as

apresentações.

- Vozes inaudíveis fora do microfone –

Dyrton Bellas: Boa noite a todos, eu me chamo Dyrton Bellas, eu sou do

INEA, eu estou aqui representando o grupo de trabalho responsável pela

análise de estudo de impacto ambiental do terminal Sul da empresa LLX. A

minha apresentação basicamente é para explicar todos os procedimentos de

licenciamento e o histórico desse processo. Então, a empresa é a LLX

Operações Portuárias S.A e o processo de licença é o 509206 de 2010. Bom,

qual é o rito do licenciamento ambiental? Licenciamento ambiental, ele é

basicamente composto de 3 etapas: a licença prévia, a licença de instalação e

a licença de operação.

A licença prévia, se a empresa, se a atividade estiver enquadrado no hall das

empresas que necessitam de estudo de impacto ambiental e essas empresas

são listadas em função da potencialidade dos impactos, ela, obrigatoriamente é

forçada a apresentar o estudo de impacto ambiental. Também o poder

discricionário de um grupo de técnicos, não, nunca de um técnico somente,

pode mesmo ela não estando listada no hall das obrigatórias, ela pode ser

obrigada a apresentar o estudo de impacto ambiental. Então, é, a parte de uso

de recursos ambientais, aqueles capazes sobre qualquer forma, de causar

degradação ambiental, o empreendimento ou atividade com significado

potencial de degradação dependerá do estudo de impacto ambiental e o

relatório de impacto ambiental para a obtenção da licença prévia e a licença

prévia atesta somente a sua localização, a sua concepção e a sua, é, desculpe,

viabilidade ambiental. Então, ela não autoriza o empreendedor a mexer em

nada, ela não autoriza a supressão, não autoriza erguer um imóvel,

absolutamente nada, apenas aceita, como viável, ambientalmente, esse

empreendimento. Então, a fase em que nós estamos é a fase da licença prévia,

conforme eu já disse, aquela empresa que apresentar significado, significativo

impacto ambiental, ela deve ser objeto de EIA-RIMA. Em função disso, dentro

do procedimento normal do INEA, é criado um grupo de trabalho e esse grupo

de trabalho é responsável por elaborar uma instrução técnica que é o tema de

referência para a empresa apresentar o seu estudo de impacto ambiental. Após

a análise do EIA-RIMA, o grupo de trabalho emite um parecer favorável ou não

à emissão da licença prévia, sendo esse parecer favorável serão estabelecidas

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todas as condicionantes a serem atendidas na próxima fase e essa próxima

fase é a licença de instalação, onde o empreendedor apresenta todos os

estudos necessários além dos projetos executivos. O histórico deste processo

específico, a empresa pediu licença prévia ao órgão em 15/10/2010, em

11/03/2011 foi baixada a portaria nº 108 que criou o grupo de trabalho, em

14/04/2011 foi emitida a notificação com a entrega da instrução técnica para a

elaboração do estudo de impacto ambiental, em 15/07/2011 foi emitida a

notificação do órgão ambiental com o aceite do EIA-RIMA para fins de análise,

ou seja, nós encaminhamos a instrução técnica, o empreendedor seguiu toda a

instrução técnica, apresentou o estudo, o estudo foi visto se atendia na

integralidade todos os itens estabelecidos, não no seu conteúdo, mas a

simples, o simples atendimento a todos os quesitos e é dado o aceite para a

análise. Em 04/11/2010, a deliberação CECA autoriza a convocação de

audiência pública, ontem, 25/10, foi realizada a audiência pública em São João

da Barra e hoje, aqui, no dia 26, em Campos dos Goytacazes. Quais são as

considerações que a gente precisa fazer? A análise do EIA-RIMA, do

empreendimento pelo grupo de trabalho está em andamento, ou seja, a

audiência pública é uma fase dessa etapa, não há ainda uma definição do

grupo, embora haja tendências, mas não existe uma definição do grupo em

função de que novas, novos argumentos, novas solicitações devem ser feitas

na fase de audiência pública por escrito, e qualquer cidadão, qualquer

empresa, qualquer organização tenha até 10 dias após a audiência pública

para apresentar as suas considerações, essas são levadas, ou não, em conta,

devido sua pertinência, ou não, na análise do grupo e incorporadas no

processo de licenciamento e para elaborar, como eu disse, para a elaboração

são consideradas todas as manifestações apresentadas até um período de 10

dias. Isso aí é o grupo de trabalho, composto por 8 técnicos, a princípio, e

eventualmente, quando um ou outro item precisa de um conhecimento

específico o coordenador do grupo pode convocar outros membros, de dentro

do INEA ou até de fora do INEA para auxiliar na análise. E para

correspondência, para sugestões e é dentro desses 10 dias, nós temos uma

sede na Avenida Venezuela, 110, 5º andar, no Centro do Rio de Janeiro e na

central de atendimento na Fonseca Teles, em São Cristóvão, no 8º andar, esse

é o endereço eletrônico, quem tiver alguma sugestão, por favor, pode fazer

nesse prazo. Obrigado.

Maurício Couto: Obrigado Dr. Dyrton. – Palmas.

Maurício Couto: Conforme o Dr. Dyrton falou, após a audiência pública de

hoje, vocês ainda terão 10 dias para encaminhar as manifestações tanto para a

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CECA quanto para o INEA. Lembrando que, além das manifestações que

vocês fizerem aqui, porque todas as perguntas vão ser lidas, essa audiência é

gravada e depois essa gravação é transcrita e fazem parte dos autos do

processo, além das perguntas também que fazem parte do processo, e das

manifestações que são apresentadas. Nós já recebemos uma manifestação

aqui do projeto Despertando Vidas, que já fará parte aqui dos autos do

processo. Gostaria de registrar a presença aqui de José Carlos da Silva, do

STICOMCIMO, o Sindicato dos Trabalhadores de Indústria e da Construção

Civil, aqui de Campos, muito obrigado pela participação. Eu convido agora,

para fazer a apresentação, o Sr. Luís Barone, da empresa LLX.

Luís Barone: Boa noite, boa noite aos representantes da mesa, boa noite a

todos os presentes, obrigado por terem vindo. Eu queria participar com vocês

aqui, fazer uma apresentação a respeito do objeto, hoje, do licenciamento que

é o terminal Sul da LLX, falar das potenciais sinergias e também atividades que

juntam esse terminal Sul a todo o complexo industrial do Superporto do Açu.

Eu sou diretor de implantação desse projeto, eu sou residente de São João da

Barra, moro em São João da Barra e estou responsável pela obra, pela

implantação do projeto em São João. Como foi dito, quem é responsável, o

empreendedor é a LLX, que é a empresa de logística do grupo, que assim

como outras empresas do grupo, a MPX na parte de energia, a própria OSX na

parte de estaleiro já fazem parte do complexo industrial do porto do Açu, assim

como demais empresas como a própria REX que é da área imobiliária, que

também já atuando na parte de prospecção imobiliária na região de São João

da Barra e redondezas, inclusive na área de Campos.

E quem é a LLX? A LLX é a empresa de logística do grupo EBX, e ela foi

criada em 2007, com o objetivo de trabalhar fundamentalmente, no

desengargalamento da parte logística, principalmente com foco na parte de

portos. A gente sabe que um grande gargalo logístico hoje do Brasil é essa

parte portuária e essa foi fundamental, o motivo fundamental da criação da

LLX. Foi criada em 2007 e o foco principal hoje da LLX é com relação ao

complexo industrial do Açu com o Superporto do Açu. Esse complexo industrial

e esse pólo portuário quando implementados serão o maior complexo portuário

do Brasil e um dos três maiores complexos portuários do mundo.

Aqui é uma visão geral do empreendimento e eu vou passar em ordem

cronológica, como ele foi apresentado, como ele vem se comportando até a

gente chegar no objeto do licenciamento de hoje, que é o terminal Sul.

Inicialmente, nós tivemos por uma, uma idéia do município de São João da

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Barra, a criação de uma zona industrial e portuária do Açu, que pegasse aquela

região, criasse um porto e uma região de empresas, onde já estão localizadas

hoje, já implantação, atividades da parte de minério, hoje com a LLX Minas-Rio,

que é uma associação entre a LLX, a empresa de mineração do grupo e a

empresa Anglo-América, foi também efetuada essa área, para um

licenciamento de uma unidade de tratamento de petróleo, também já em

implantação e uma área também já licenciada para termoelétricas, usinas

termoelétricas dentro dessa área. Essa foi a concepção e a idéia inicial do, da,

do complexo industrial do Superporto do Açu, posterior a essa criação, o

governo do Estado do Rio de Janeiro, visualizou um potencial para

desenvolvimento no norte do estado, no norte fluminense, a criação do distrito

industrial de São João da Barra, onde aproveitaria a sinergia já existente do

porto criado e poderia fazer a criação de um pólo industrial com foco no que foi

desenvolvido naquele momento, com foco siderúrgico num pólo minero-

metálico para aquela região. Então foi criado e já há alguns decretos de

utilidade pública com relação ao distrito como um todo. Posterior à criação do

distrito, foi viabilizado a atração de um estaleiro para dento do distrito industrial,

para que fizesse parte junto com o porto do Açu, então essa área, é, em azul,

tanto o canal de acesso, toda a movimentação, manobra e essa área em terra

para a criação do canal em terra, é que vai abrigar futuramente o estaleiro da

OSX. Esse estaleiro quando concluído, vai ser o maior estaleiro do Brasil e a

criação do estaleiro, por conseqüência possibilitou a criação, a prospecção de

atividades industriais que viessem ocupar esta área que nós estamos

chamando de terminal Sul, marcada em amarelo, que é o objeto é, da,

audiência pública e do licenciamento que nós estamos conduzindo hoje. Então

tudo o que for dito a respeito do licenciamento, a respeito de áreas, a respeito

de empresas, a respeito de indústrias que vão compor o terminal Sul, refere-se

a esta área marcada em amarelo, que aproveita o lado Oeste do canal e esta

parte ao ponto aqui, uma parte Leste do canal. Então só para deixar claro qual

é o objeto do licenciamento e discussão com relação ao terminal Sul.

Vou passar aqui com vocês, algumas características do empreendimento que

viabilizaram a inserção do terminal Sul. Primeiramente, obviamente, é contribuir

para aquilo que já foi desenvolvido dentro do pólo, com a criação do complexo

do porto, que é o desenvolvimento do norte fluminense, a geração de emprego

e rendas para essa região; outro ponto importante, consolidar a vocação do

Superporto do Açu para desengargalar também os portos brasileiros, esse foi o

objetivo inicial da própria criação da LLX, então está em linha com aquele

desenvolvimento inicial de continuar desengargalando os portos; possibilidade

de condução e operação de cabotagem, esse é um grande outro ponto do

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porto do Açu, tanto do terminal Norte como terminal Sul, onde fazer a

cabotagem, toda a costa brasileira poder servir do porto de atracação, mais um

grande porto na região Sudeste; com relação à parte dos aspectos logísticos, a

parte de localização dele, quais foram os pontos fundamentais para a atração

de tipos de empresas para essa região? Primeiramente, o próprio canal, a

UCN, Unidade de Construção Naval, a criação do canal, já foi um grande ponto

para a atração desse tipo de indústria para o terminal Sul. Outro ponto bastante

importante: a localização estratégica. Essa região está aproximadamente em

um raio de 150 km da Bacia de Campos e nós vamos ver, quando eu falar para

vocês do tipo de empresa que pode fazer parte do terminal Sul, o grande apelo

que tem para empresas do apoio offshore, então essa proximidade com a

Bacia de Campos também ela é muito importante com relação à parte

localizacional do projeto. A inte- A própria integração do distrito de São João da

Barra, a utilização de toda a infra-estrutura do distrito, também é um ponto

fundamental para a atração desse tipo de empresa e também desse ultimo

item, disponibilidade de retro área. Por quê? O que está sendo feito coma

criação do complexo industrial do porto do Açu? Existe uma área portuária, e

todo o distrito de São João da Barra, com esse complexo que eu falei para

vocês, da área siderúrgica do minero-metálico está sendo desenvolvido de uma

forma estruturada e organizada para que você possa acomodar tanto uma

parte portuária como também uma parte de retro área que você possa

acomodar de forma organizada essas empresas. Eu trouxe uma foto aqui para

compartilhar com vocês essa primeira, do lado esquerdo, é um porto típico

brasileiro, onde a gente tem a parte de atracação na costa e bem, muito

próxima a essa parte de atracação, uma área de crescimento urbano, então

fica muito restrito você colocar empresas nessa região que possam se utilizar

do porto, então fica engargalado, tanto o município, o crescimento urbano,

como a área portuária, impedindo a implantação de empresas nesta região e

ao lado, a gente vê qual é a idéia da criação do distrito industrial e do complexo

industrial. É justamente poder fazer de uma forma organizada e estruturada,

uma área portuária, uma retro área que abrigasse essas empresas, que

pudessem ter essa sinergia entre a produção e o escoamento dessa produção

e empresas produzindo no local e não somente tratando da exportação de

matéria prima. Vocês vão ver nessas empresas, que a gente tem um grande

potencial de instalação de empresas de beneficiamento e produção que está

muito em foco também, que é uma opção do próprio governo, trabalhar, poder

agregar produto aos valores que vão ser feitos dentro do complexo industrial e

proporcionar a exportação desses produtos. Então só para mostrar para vocês,

e um detalhe, esse porto que está aqui, ao lado esquerdo na foto não é um

porto comum, esse aqui é o porto de Santos, talvez o maior porto que a gente

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tenha no Brasil. Então essa é uma característica geral dos portos brasileiros

hoje, que eu trouxe aqui só para compartilhar com vocês uma situação que a

gente tem hoje.

Então, quando foi feito a criação pelo, a idéia do Governo do Estado do Rio de

Janeiro na criação do distrito industrial de São João da Barra, aquilo que eu

falei para vocês, já se imaginou a criação de um pólo siderúrgico e já se

imaginou também as empresas, que nós chamamos de empresas secundárias

e terciárias que pudessem também fazer parte desse complexo industrial. Se

nós vamos ter siderúrgicas, nós também vamos ter empresas eletroeletrônicas

com fabricação de equipamentos, nós também vamos ter empresas de

alimentação, saúde e segurança que vão apoiar todas essas empresas

primárias. Isso somado ao complexo industrial e o corredor logístico,

proporciona de uma forma estruturada e organizada a inserção de empresas

dentro do complexo, e o terminal Sul vai de encontro a essa tecnologia de

inserção de empresas que tenham a vocação para fazer parte desse pólo.

- Silêncio –

Eu vou passar com vocês agora, os tipos de empresas, que foram identificadas

e que pode- e que, quais os potenciais de empresas que vão, futuramente,

fazer parte do terminal Sul. Eu listei algumas delas aqui ao lado e eu gostaria

que vocês prestassem atenção no desenho; essa área com o polígono

amarelo, essa é toda a área que nós estamos chamando de terminal Sul e aqui

ao lado os tipo de empresa que vão fazer parte do terminal Sul. Eu vou

passando uma a uma, mostrando para vocês, inclusive a localização, que está

dentro do objeto do licenciamento. Quando eu mostrar a figura completa,

aquela vai ser a localização que está sendo proposta dentro do estudo

ambiental. Então, o primeiro ponto, dutos e correias: Essa área tracejada

incluindo esse berço de atracação, aqui nós vamos ter correias transportadoras

para a parte de granel sólido e nós vamos ter dutos para transportar líquidos e

granéis líquidos. Na área marcada em amarelo, nessa retro área, que não tem

acesso direto ao canal, nós vamos ter um pátio de granéis sólidos, mais

adiante eu vou passar qual o tipo de granel sólido vai estar aqui e que tipos de

equipamentos nós vamos ver em cada uma delas. Na área marcada em

vermelho, que tem acesso direto ao canal, nós temos o pátio de apoio marítimo

supply-boat para poder, como eu falei para vocês, a proximidade da Bacia de

Campos, vocês vão ver que são vários equipamentos, barcos rebocadores, que

vão poder fazer todo esse apoio offshore.

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A parte em azul... A parte em azul com granéis líquidos, essa outra parte a

Oeste do canal com carga geral e produtos siderúrgicos e completando o

terminal Sul, a área marcada em amarelo, um pátio multiuso. Essa aqui é uma

configuração daquele complexo industrial que eu falei para vocês, que mostra

justamente isso, um pólo minero-mecânico, com os tipos de empresas que

podem estar inseridos dentro dele e aqui a gente vê, eu já marquei em

vermelho para vocês, áreas possíveis de instalação de empresas, então a

gente vê que essas áreas marcadas em vermelho são justamente aquelas

referentes ao terminal Sul, onde nós vamos ter mercado externo de via

marítima, nós vamos ter cabotagem e nós vamos ter indústrias offshore e

cargas diversas, esses são os tipos que suportaram essa área que é o terminal

Sul. Agora eu vou passar para vocês, cada uma dessas áreas e que tipo de

equipamento será instalado futuramente em cada uma delas.

A primeira área, marcada em amarela, que vai ali junto ao píer de atracação,

são os granéis sólidos, essas figuras, são figuras ilustrativas, esses

equipamentos são equipamentos usados em outros portos, mas, futuramente,

estarão instalados no terminal Sul. Então, o que, que ele vai consistir? Vai

consistir em peras ferroviárias, viradores de vagão, empilhadeiras,

recuperadoras, carregadores e descarregadores de navio. Esse é um retrato

típico do que, que seria um pátio de granel sólido, lembrando que é essa área

em amarelo.

Com relação aos granéis líquidos, nessa outra área marcada em amarelo,

praticamente são tanques, diques de contenção e tubulações. Sempre

interligado por um grande sistema de proteção e controle. Nós fizemos questão

de colocar aqui porque esse sistema acho que a alma dele é a parte de

automação, tanto para a segurança como também para a parte operacional,

transporte de líquidos, e dentro dos produtos químicos que vão ser colocados

aqui, o etanol que é um produto também muito produzido na região. Vai fazer

parte também da matriz de carga desse terminal de granéis líquidos.

Com relação ao pátio de carga geral, aqui, onde vamos colocar produtos

acabados, já produzidos no pólo, no complexo industrial do Super Porto do

Açu, aqui é um exemplo de carros produzidos e bobinas de aço que podem ser

produzidas na siderúrgica, que pode tá produzido em bobinas, que pode tá

produzido em chapa e esses são os equipamentos típicos que compõem parte

de carga geral. São grandes pórticos, grandes pontes rolantes pra

movimentação e poder carregar o direto navio através desses pórticos aí,

dessas pontes rolantes.

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Com relação a essa área amarela, junto ao canal, aquilo que eu falei pra vocês,

pátio de apoio marítimo. Aqui é um píer de atracação, onde nós vamos ter esse

tipo de embarcação, principalmente voltada para indústria off-shore, para

petróleo e gás, aí são embarcadores, rebocadores que vai suprir, tanto a parte

de equipamentos, como também alimentação, tripulação e outros tipos de

carga e descarga que vão usar esse, essa área de embarcadouro.

Com relação ao parque multiuso, essa nós vamos ter, além de estocagem,

também beneficiamento. Aqui vão ser produzidos futuramente tubulações,

arvores de natal para as plataformas marítimas, tubulações flexíveis,

tubulações rígidas e vão usar todo esse acesso ao canal, tanto o acesso Leste

como acesso Oeste, após a sua produção também pra envio off-shore. Então

essa tipologia de empresas, nessa configuração geográfica é o que consiste o

terminal Sul e que tá composto hoje, como objeto nosso de estudo ambiental,

nessa mesma geografia, nessa mesma localização desse tipo de empresas.

Junto com essa prospecção de empresas, nós também fizemos uma análise de

potenciais demandas envolvidas com essa criação desse tipo de empresa.

Uma delas foi, em relação ao acesso marítimo, esse é um trabalho que já

começou com a empresa junto aos órgãos competentes, pra fazer esse

ordenamento de navegação que é a Marinha e que quando tiver em elaboração

mais avançada, vai ser compartilhada com toda a comunidade, com todos os

pescadores pra que a gente possa fazer o ordenamento das rotas de

aproximação de navio, com objetivo principal de minimizar as interferências

sobre as atuais rotas de pesca, sempre lembrando, esse ordenamento é um

ordenamento proposto pela Marinha, mas esse trabalho conjunto entre a

empresa e o grupo de pescadores, vai ser fundamental pra fazer esse

ordenamento conjunto e poder trabalhar passo a passo com a Marinha pra

criação desse ordenamento.

Outro item que foi bastante analisado também, na prospecção, na tipologia de

empresas no terminal Sul foi com relação ao acesso terrestre onde a gente tem

a BR-356 hoje, tem a RJ-240 e tanto para parte de instalação como também

posteriormente para parte de operação e manutenção do terminal Sul, estamos

falando na necessidade de expansão da RJ-240 como na criação de uma nova

via de acesso interna ao Distrito Industrial de São João da Barra que vai poder

fazer todo o entorno daquilo que a gente chamou aqui de terminal Sul.

Outro fator bastante analisado, foi com relação a ocupação do solo, a

permanência das pessoas nessa área. Nós sabemos que vamos precisar de

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um número considerável de profissionais tanto pra parte de implantação de

obra, como também futuramente pra parte de operação e manutenção do

Distrito. Então existem 2 fatores que são fundamentais para que as pessoas

permaneçam nessa região, primeiro dele: vias de acesso. Então fizemos um

estudo de vias de acesso, tanto ao Norte como ao Sul do complexo industrial,

3° e 4° distrito, 5° distrito ao Sul, as vias já existentes, as vias necessárias a

sua implantação, aí essa necessidade, uma necessidade parte dela pela

empresa, parte dela pelo poder público, isso é um ponto fundamental para a

fixação das pessoas na região, outro ponto importante pra fixação dessas

pessoas: a existência de núcleos urbanos, já existe uma serie de

empreendimentos, inclusive por parte do grupo, a REX é a empresa imobiliária

do grupo, com o estudo de criação de núcleos urbanos nessa região, próximo

ao 3° e 4° distrito, de maneira que com essas 2 variáveis, vias de acesso e

núcleos urbanos, possamos possibilitar a fixação dessa mão de obra, pra

essas duas fases que eu falei pra vocês, tanto a parte de operação, como

futuramente, desculpa, na parte de implantação como futuramente na parte de

operação e manutenção e tem analisado, quanto ao consumo de água sempre

lembrando esses 2 pontos. Durante a implantação, o consumo de água será

através de poços artesianos, futuramente, com a implantação já da operação o

consumo de água será através da adutora, que vai está no rio Paraíba do Sul e

toda captação que vai ser feito o tratamento de água do próprio distrito que foi

objeto do distrito de São João da Barra nesse licenciamento. Então na

operação já vai usar água disponível no distrito industrial captada no Paraíba

do Sul e durante a obra vai ser utilizada a água de poços artesianos.

Com relação ao controle ambiental, a parte dos efluentes, efluentes sanitários

durante a obra, cada empresa daquela quando for se instalar vai ter uma

estação de tratamento de efluentes compacta que vai servir durante a fase de

obra e não vai ser utilizada durante a fase de operação. Durante a fase de

operação vai ser utilizada toda estação de tratamento de efluente sanitário do

distrito que já tá proposta no plano de elaboração do próprio distrito. O mesmo

vai acontecer com os resíduos, durante a obra, o máximo de reaproveitamento

interno, máximo de reciclagem e o que não puder ser reciclado, vai ser retirado

com destinação final por empresas licenciadas. Esse processo vale tanto pras

duas etapas, tanto pra parte de obra e futuramente na operação.

Quero passar com vocês um pouco do cronograma. O cronograma, esse é um

cronograma de obra que tem o seu inicio com a obtenção, obviamente de todos

os licenciamentos, só vai ser possível com a obtenção dos licenciamentos e o

prazo para a conclusão do terminal Sul é de aproximadamente 3 anos, 36

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meses. Nós estamos prevendo um investimento de aproximado de 3 bilhões de

reais pra esse investimento e um ponto que eu gostaria de chamar atenção de

vocês é a mão de obra, existe um equilíbrio entre o numero de mão de obra,

para obra, para implantação, e posteriormente para fase de operação e

manutenção. Nós sabemos o aspecto interno de obra que sempre muito

importante, existe um conhecimento adquirido durante a obra, por esses

profissionais que é fundamental posteriormente para a parte de operação e

manutenção, então a idéia é poder utilizar o máximo dessa mão de obra que

fez parte da obra, da construção, também trabalhando futuramente. A gente

sabe que muitas vezes a característica do funcionário, do empregado que

trabalha na obra é diferente de quem tem que trabalhar na operação, então

existirá um programa de requalificação profissional voltado pra poder pegar

aquele profissional de obra e dar um treinamento, uma recapacitação para ele,

para atividades que ele possa futuramente trabalhando na obra, na operação e

na manutenção.

Com relação à gestão de sustentabilidade das empresas que vão compor o

terminal Sul. Na proposta de criação do distrito industrial de São João da Barra

foi criado o que a gente chamou de marco regulatório ambiental, foi proposta a

criação do marco regulatório ambiental. O que é isso? O marco regulatório

ambiental são uma serie de normas, como se fosse um condomínio que cada

uma dessa empresas que futuramente vier incorporar o terminal Sul, vai

necessariamente ter que seguir. Não é optativo, cada empresa que chegar ali

não pode ter suas próprias políticas e diretrizes referente a gestão ambiental.

Isso vai existir um ente gestor que vai controlar que cada um desses

condôminos, dessas empresas, sigam essas normas. E entre elas a adoção de

melhores praticas de gestão de resíduos, de otimização de consumo de água,

gestão de efluentes, pra que a gente possa ter de uma forma estruturada, não

somente no terminal Sul, mas em todo o complexo industrial de São João da

Barra, o que a gente chama de uma gestão socioambiental integrada então a

criação desse marco regulatório já foi proposta, quando da proposição da

criação do distrito de São João da Barra.

E pra finalizar eu queria compartilhar com vocês e eu acho que essa reunião

também é mais um objeto disso que eu gostaria de mostrar pra vocês, que é o

seguinte: é fazer um modelo de gestão participativa onde a empresa privada

junto com os órgãos públicos, junto com as organizações não governamentais,

junto com entidades de ensino, possam analisar as demandas de um projeto

dessa magnitude sempre no aspecto social, ambiental e econômico e poder

incluir uma variável diferente aqui, que é o que a gente está buscando e está

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praticando nesse projeto. Poder pegar as tecnologias disponíveis para que a

gente possa ter uma sinergia maior dessas empresas ainda e colocar a parte

cultural da região, que a gente considera fundamental, acrescentar essa

demanda cultural em todas essas discussões, em todos os níveis, poder

público, organizações, entidades de ensino e é fundamental e essa reunião de

hoje é mais uma atividade dessa, então eu aproveito para finalizar a minha

apresentação agradecer a presença de todos e que tenhamos todos uma boa

reunião. Muito obrigado a todos. – Palmas.

Maurício Couto: Obrigado Sr. Luís Barone, pela apresentação. Eu gostaria de

registrar a presença dos representantes da Superintendência Regional do

INEA, Sr. René Jüsten e o Dr. Sidney Machado, registrar a presença do Sr.

Jorge Carvalho, presidente da Associação de Pescadores Artesanais do rio

Paraíba do Sul; Bruno da Silva Lopes, diretor geral da comissão Direito

Portuário Marítimo da OAB aqui de Campos; e de Adriano Parreira também

vice-presidente da comissão Direito Portuário da OAB de Campos. Obrigado

pela participação. Convido agora o representante da empresa consultora

responsável pela elaboração do estudo de impacto ambiental, o Sr. Affonso

Novelo.

Affonso Novelo: Boa noite a todos, meu nome é Afonso Novelo, sou

coordenador de estudos ambientais da Conestoga-Rovers & Associados,

CR&A, empresa consultora contratada pela LLX para elaborar e apresentar o

estudo de impacto ambiental, com todo o detalhe de diagnóstico, de

caracterização ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental, o RIMA, que

contém a avaliação de edificação de impactos e proposição de medidas

mitigadoras e aqui então, a gente vai direcionar essa apresentação de um

modo mais rápido no diagnóstico, no EIA, que é um documento muito denso, e

focar, prestar mais atenção na parte de identificação e avaliação de impactos e

a proposição de medidas mitigadoras.

Então, o EIA-RIMA, do terminal Sul, né? Partiu desse conceito que o

empreendedor apresentou agora, aproveitando-se de áreas já licenciadas, em

sua maioria, da UCN da OSX, das térmicas da MPX e do distrito industrial.

Então, nós temos aqui, no processo da UCN-OSX, talvez esse desenho seja

até melhor. Nós temos todo o canal de acesso marítimo, os diques, os quebra-

mares, a supressão de vegetação, os estudos de arqueologia, os processos

de, de desapropriação, todos já implantados, todos já licenciados e autorizados

pelo órgão ambiental, pelos processos anteriores e aqui o cenário de

implantação do terminal Sul da LLX. Esse empreendimento necessita de 550

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hectares. Desses 550 hectares, 526 hectares já estão sobrepostos às áreas

licenciadas pelo processo da OSX principalmente, então resta 24 hectares para

somar os 550 que não foram abordados, não foram estudados nos processos

anteriores e serão detalhados nesse, nesse estudo do terminal Sul. Então nós

temos uma sobreposição de estudos de avaliação de impactos e de áreas já

licenciadas seguindo no processo do terminal Sul.

Essa complementação, né? Esses estudos complementares aproveitando o

diagnóstico, todo os dados, todas as avaliações de impactos de outros

empreendimentos e de outros processos, se restringem a esses 4 grandes

estudos: o inventário florestal, naquela área do ramal ferroviário que não tinha

sido, não foi abordado pelos outros estudos; uma modelagem de dispersão

atmosférica específica para as pilhas de carvão previstas como uma atividade

do pátio de granéis sólidos do terminal Sul, então eu tenho que entender como

esse armazenamento vai se comportar ao longo da operação do

empreendimento, quais são seus potenciais e impactos; uma modelagem de

dispersão de ruídos, já que eu tenho equipamentos e instalações diferentes

dos outros processos para o terminal Sul, como correias transportadoras,

virador de vagão, troca de correias, então são atividades específicas, distintas

para o terminal Sul e que foram também abordadas.

E por final, o estudo de análise de risco das operações previstas para o

terminal Sul, principalmente tancagem e armazenamento de combustíveis.

Então esses estudos complementares, digamos assim, fecha o escopo, né? O

conteúdo técnico do EIA/RIMA do terminal Sul. O EIA/RIMA, ele tem uma

estrutura técnica metodológica muito bem definida e exigida pelo órgão

ambiental, então nós partimos de uma caracterização do empreendimento que

a empresa apresentou agora com detalhes, quais são as suas atividades

previstas, a sua localização, a sua concepção de funcionamento para nós

entendermos a viabilidade ambiental desse empreendimento. A partir da

caracterização do empreendimento, da sua ocupação, suas atividades

previstas, define-se pela equipe consultora, pela equipe técnica, consultora

formada por vários especialistas, por vários profissionais e definimos as áreas

de influência desse empreendimento, onde que o território vai ser afetado,

quais as relações que vão ser afetadas pela implantação e operação desse

empreendimento, afetadas positivamente, ou negativamente. Isso é definição

de áreas de influência. Entendendo o empreendimento e definindo as áreas de

influência, eu parto para o diagnóstico, para o entendimento da qualidade

ambiental atual daquela área de influência, e insiro, entendo, constituo todo o

conjunto das normas legais, dos atendimentos legais, dos parâmetros

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ambientais estabelecidos pela legislação, o processo de elaboração do EIA-

RIMA tem um conjunto enorme de leis que regulam a sua elaboração e o seu

conteúdo; os projetos localizados no mesmo território de estudo, se eles tem

interface, sinergia ou não e fechando todo esse conjunto de dados, eu identifico

e avalio os impactos positivos e negativos que podem ocorrer com a

implantação e operação daquele empreendimento. E a partir dessa

identificação, devo propor medidas e programas de controle e monitoramento.

Então a gente vai passar rapidamente por cada um desses blocos, até chegar,

com mais calma, na parte dos impactos. Como o empreendedor já demonstrou,

esse é o território de estudo, né? De inserção do terminal Sul, essa faixa

amarela aqui, que aproveita a faixa oeste da UCN, né? Desse estaleiro. Aqui é

o canal de acesso marítimo, aqui é o canal de atracação, e aqui é a parte Sul,

os pátios também de estocagem na parte Sul. Todo esse limite, com exceção

do ramal ferroviário, que é esse limite Oeste aqui , tirando o ramal ferroviário

todo esse território já foi estudado, já foi avaliado em termos de impactos, está

sendo monitorado e controlado pelos processos da UCN da OSX. Então, o

conjunto todo, a caracterização do empreendimento hoje é o ramal ferroviário

mais todas essas unidades inseridas no território da UCN. Como eu falei, a

área de influência do projeto é um dos impactos que podem ser manifestados

de forma indireta, define-se área de influência indireta, área de influência direta,

os impactos ocorrem de forma direta, muito visíveis e muito sensíveis, e a

nossa ADA, Área Diretamente Afetada, que é a nossa área de construção,

onde as edificações vão ser implantadas, é a parte física do território.

Essas áreas de influência são muito importantes porque é o meu território de

estudo, onde eu vou levantar todo o cenário da qualidade ambiental, é onde eu

vou entender a ocorrência dos impactos, a forma como eles ocorrem, se eles

são reversíveis ou não, se eles são temporários ou não, se eles são positivos

ou não e aí propor medidas e programas para essa área de estudo, para essa

área de influência. Então aqui é uma sequência inicial, muito importante para o

estudo porque eu defino o território de estudo e defino onde eu vou implantar

as minhas medidas mitigadoras e compensatórias. Então, para cada, para cada

meio, como a gente fala, né? Meio físico, meio biótico, meio socioeconômico,

são os grandes blocos de estudo. Meio físico sempre aborda água, ar e solo,

basicamente. Meio biótico, fauna e flora também basicamente e o meio sócio-

econômico, a população potencialmente afetada e suas relações produtivas,

suas relações econômicas e infra-estrutura, nós definimos, a equipe consultora

define qual é a área, qual é o território e quais as atividades presentes para

cada meio. Então para o meio físico, água, ar e solo, novamente falando, foi

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definido uma área de influência indireta, onde os impactos podem ocorrer de

forma indireta, toda essa região, já mapeada pelo Estado no seu plano de

bacias hidrográficas desde o Norte né? De São Francisco de Itabapoana,

passando pelo Muraí, contornando a Lagoa Feia e fechando mais ou menos na

Barra do Furado. Toda essa área em verde é a minha área de influência

indireta, onde pode ocorrer impactos indiretos nos parâmetros do meio físico,

água, ar e solo. A área em amarelo é a minha área de influência direta, então

eu pego todo o complexo lagunar aqui, desde da Barra do Paraíba em Atafona,

venho pelo canal doce ou Quitingute, passo pela Lagoa Salgada, Lagoa do Taí,

Lagoa do Açu e fecho também lá no Farol de São Tomé. Esse território, né?

Foi definido como área de influência direta, ou seja, os impactos podem ocorrer

de forma direta e aonde eu vou desenvolver o meu diagnóstico e propor

minhas medidas mitigadoras e a minha ADA, como eu falei, bem mais restrita,

né? É a área de edificação, é a área de construção do meu empreendimento.

Para o meio biótico, o mesmo conceito, tá? Aqui definimos também área de

influência indireta para os parâmetros do meio biótico, fauna e flora, vegetação

e povoamentos faunísticos. Essa área em verde desde a Barra até o Farol, né?

A Lagoa do Açu, e depois a área de influência direta, essa área mais restrita

ainda. Então você já vê uma diferença entre a área do meio físico, que é

definida pelas bacias hidrográficas, pelas lagoas comunicantes, né? Então eu

tenho uma extensão muito maior de potencialidade de impacto enquanto que

os parâmetros do meio físico, eu já tenho uma restrição de território de estudo.

Por que, quais são os parâmetros do meio biótico que podem ser afetados? As

formações de restinga e os povoamentos faunísticos situados no entorno do

empreendimento. As formações de restinga ao norte de São Francisco de

Itabapoana ou até ao sul, mais, bem mais ao sul, próximo de Macaé não vão

sofrer interferências desse empreendimento, então eles não são classificados

como área de influência direta. E a nossa ADA, mais uma vez, repete-se, tanto

para o meio físico quanto para o meio biótico o compartimento marinho,

também foi classificado como área de influência direta, então os parâmetros

ambientais do meio físico e do meio biótico para o ambiente marinho foram

estudados e para eles foram propostos medidas mitigadoras. O meio

socioeconômico, ele tem uma estrutura bem diferente: rio, fauna e flora, você

consegue mapear, eles têm uma localização geográfica definida. No meio

socioeconômico como eu falei, além dos municípios territorialmente definidos,

os núcleos urbanos definidos, nós temos todo essas relações sociais entre os

municípios, entre localidades, dependência dessas localidades com o

empreendimento ou com outros empreendimentos, então são atividades e

potencialidades não mapeadas, não apresentadas em formas de mapa físico,

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delimitados, a minha relação social vai até aonde? A atividade produtiva

afetada vai até aonde? De onde ela surge? Quais são os seus produtores,

então, para definição de área de influência para o meio socioeconômico,

abordou-se as relações sociais econômicas, quais são as relações mais

estreitas, mais suscetíveis aos impactos positivos e negativos da implantação e

operação do empreendimento e aqui nós temos São João e Campos com

relações de serviços, de turismo, de ensino, de trabalho, mão-de-obra muito

intensas, então elas podem ser potencialmente afetadas, positivas ou

negativas, a área de influência direta foge já desse limite físico dos municípios

e foca nas localidades mais próximas ao empreendimento, ao terminal Sul, no

território mais próximo e que são suscetíveis às interferências e aí nós temos

São João da Barra, praticamente, um município inteiro e o distrito de

Mussurepe que pertence a Campos de, dos Goytacazes. Além disso, né? Esse

empreendimento pode afetar atividades produtivas, então foi feito um estudo

preliminar também, para ver quais são as atividades, independentemente do

município que podem ser afetadas. E aqui tem a definição das atividades de

pesca de São Francisco de Itabapoana, além das outras colônias, também

situadas no Farol e em Atafona, como potenciais parâmetros afetados. Então

as atividades pesqueiras das colônias situadas em São Francisco e em toda

essa costa, foram identificadas como área de influência direta. Se foram

identificadas como área de influência direta, tem o seu estudo e tem a sua

proposição de medidas mitigadoras e compensatórias. E a nossa ADA, que é o

terminal Sul.

Fechando então o empreendimento, entendendo a sua localização e a sua

concepção, definindo a minha área de influência, o meu território de estudo, as

suas relações, as suas, os seus municípios, as suas localidades, partimos, toda

a equipe multidisciplinar parte para o campo, ou parte para outra, outro banco

de dados, para entender, para retratar como que está o cenário de qualidade

socioambiental hoje, e como que ela vai sofrer com a implantação e operação

desse empreendimento. Isso é chamado de diagnóstico ambiental. Então,

todos aqueles parâmetros que eu falei do meio físico, do meio biótico e do meio

sócio econômico foram levantados, só que vocês, acho que a maioria já sabe,

temos vários estudos de licenciamento, de outros empreendimentos, no

mesmo território, afetando potencialmente os mesmos parâmetros ambientais,

então eu tenho um grande conjunto de dados, atuais, detalhados, que eu

aproveitei para entender o diagnóstico atual de todos esses parâmetros e fiz

algumas atualizações. O estudo do distrito, o estudo da UCN, o estudo da

Ternium, o estudo da térmica, todos foram feitos na mesma área de influência,

praticamente e tem dados muito atuais, muito detalhados. Então, eu me

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aproveitei desses dados, complementei com aqueles faltantes para entender

melhor o cenário de qualidade ambiental e a sua influência junto ao terminal

Sul. Então é um sequência de dados e por orientação do próprio órgão

ambiental, permite-se o aproveitamento desses dados chamados dados

secundários, que são dados já consolidados em outros estudos, mas que

propiciam bom entendimento da região.

Então eu vou passar rapidamente em cada meio para ver o, a estrutura desses

estudos. Meio físico, recurso hídrico, água, importante parâmetro ambiental.

Aproveitou-se todo o diagnóstico dos outros estudos, principalmente no

ambiente marinho, como estamos vendo aqui o exemplo, além de outros

parâmetros, temos vários pontos de coleta de água, vários poços já instalados

para outros empreendimentos, então nada melhor do que aproveitar esses

dados, fazer a coleta, fazer novas análises e aproveitar todo esse cenário de

qualidade. Então pegamos as malhas amostrais, como a gente fala, de outros

estudos e complementamos com alguns pontos específicos para a área do

terminal Sul, para entender melhor a qualidade ambiental daquela região. E

deu-se ênfase à águas superficiais, subterrâneas e marinhas e os ambientes

lagunares, todas as lagoas presentes naquela área de influência direta

estabelecida no início dos trabalhos. Continuando com os recursos hídricos,

uma ênfase também na qualidade do ar e na emissão de ruídos, já que eu

tenho atividades, potencialmente dispersoras de poluentes atmosféricos como

as pilhas de carvão, tá? Situadas nos pátios de granéis sólidos e também o

funcionamento de várias estruturas previstas pelo empreendimento,

informações fornecidas pelo empreendedor, como as correias transportadoras,

o virador de vagão, então foi feito todo uma análise, todo uma modelagem de

dispersão, né? Aonde que esses poluentes das pilhas, ou aonde que esse

ruído pode chegar, principalmente preocupado com a situação da proximidade

com a localidade da Barra do Açu, imediatamente ao Sul do empreendimento.

E, como eu já falei, tem vários dados já detalhados e já estabelecidos pelo

próprio grupo e de outros estudos situados próximos ao terminal Sul que me

forneceram dados detalhados e muito completos para entender essa qualidade.

Tem uma estação automática, Água Preta, que funciona desde 2007 operada

pelo grupo, pela empresa MBX do mesmo grupo EBX e que me fornece dados

climatológicos e meteorológicos de hora em hora desde 2007, é um grande

conjunto de dados pra eu tabular e entender e qualificar a minha qualidade do

ar e foi feito todo um estudo né? De inspeção de caracterização e hoje a

qualidade do ar pode ser considerada boa. Além de outros equipamentos, os

programas de monitoramento da LLX pelo porto, pelo pátio logístico de coleta

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de amostras de ar pra ver a quantidade de poeira, material particulado

suspenso no ar, então já instalados e já em operação, aproveito esses dados.

O ruído, eu não aproveito os dados, porque eu tenho atividades específicas do

terminal Sul, como o funcionamento de correias transportadoras, como virador

de vagão, como eu falei. Pega essa especificação técnica desses

equipamentos, vai à campo, você toma vários pontos, são 10 pontos que você

toma para ver hoje, qual o nível de ruído natural naquela região e joga em um

modelo matemático, você joga no computador, roda esse modelo e vê aonde

que se dispersa, até onde ele atinge. O vermelho, tá? São aqueles índices que

ultrapassariam o nível de conforto acústico de um nível urbano, de uma área

urbana, porém eu estou em um ambiente industrial, por isso que é linear, né? A

correia transportadora. Então, o, a emissão de ruídos de concentra exatamente

no percurso da correia transportadora e no virador de vagão, que são as

principais atividades potenciais geradoras de ruído e Barra do Açu, que era o

nosso foco, nossa preocupação está na faixa amarela. A faixa amarela quer

dizer que não ultrapassa os padrões de níveis de conforto acústico, então não

haverá alteração no conforto acústico no núcleo urbano Barra do Açu. Como eu

falei teve uma modelagem de dispersão atmosférica aqui dos poluentes. Essa

é uma foto de uma pilha de carvão muito similar à prevista para o terminal Sul,

então foi feito uma modelagem contemplando o total, a total estocagem ou

ocupação do pátio previsto para a, o pátio de granéis sólidos. Então eu tenho

uma quantidade estimada de carvão para aquele pátio, uso a sua capacidade

máxima, essa capacidade, essas toneladas tem uma previsão média de

emissão de poeira, então, o vento constante aqui na região, forte, passa por

essa pilha e para onde ele carrega essa, esse pó de carvão? Então eu tenho

que fazer essa modelagem, tá? E ver se eu ultrapasso, se essa poeira vai

ultrapassar concentrações estabelecidas em lei e pelos resultados projetados

preliminares, não ultrapassamos os padrões de qualidade do ar por essa

atividade, mas é uma que deve ser proposta medida mitigadora e

monitoramento contínuo. Finalizando o meio físico, né? Os parâmetros do meio

físico, como eu falei logo no começo, o terminal Sul apresenta atividades

especificas, diferentes das outras já licenciadas e já aprovadas e já

monitoradas, de outros empreendimentos, como por exemplo, a tancagem de

combustíveis. Então é necessário, é exigido pelo órgão ambiental um estudo

de analise de risco preliminar para eu entender quais são os níveis de risco

dessa tancagem, a identificação e caracterização de todas as operações,

edificações e instalações desse empreendimento, apresentar uma estimativa,

uma possibilidade de acidentes, a freqüência desse acidentes e as

conseqüências desses acidentes, tudo em um nível preliminar, obviamente,

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mas com todas as especificações técnicas apresentadas pelo empreendedor e

aí eu tenho um entendimento da potencial avaliação de risco. Aí eu monto o

meu plano de gerenciamento de riscos ambientais. Eu tenho diretrizes, né?

Vindas desse estudo e aí estruturo o meu programa de controle, o meu

programa de gerenciamento de riscos. E nesse estudo preliminar, os

resultados apontaram que os riscos dessas operações previstas são

classificadas como toleráveis dentro da, desse estudo.

Meio biótico, rapidamente, fauna e flora e áreas de conservação, como eu falei,

aquele ramal ferroviário não tinha sido estudado em outros processos, então foi

feito um inventário florestal específico para aquele ramal ferroviário, uma área

de 24 hectares, era uma área remanescente, né? Como eu falei. O resto já foi,

os 524 hectares para o terminal Sul já foram estudados, já foram inventariados,

já foram propostos e já foram licenciados e executados a sua supressão. Então

foi feito um inventário e nesse trecho do ramal ferroviário, temos 24 hectares,

dos quais 7,4 são recobertos por restinga arbustiva de estágio inicial conforme

os diplomas regulatórios CONAMA e Decreto Estadual, além de nesse

levantamento florístico né, que eu faço, eu identifico espécies importantes,

espécies constantes em listas oficiais de ameaçadas de extinção, de interesse

ecológico, de interesse econômico.

Para a fauna, o mesmo conceito, um aproveitamento integral, 100% de todos

os outros estudos de licenciamento já dirigidos e já aprovados inclusive

naquele território. Principalmente da OSX, que fez todo um levantamento

completo de 7 grupos de fauna com várias malhas amostrais no, no mesmo

território do terminal Sul e os programas de monitoramento que vem sendo

executados pela LLX, decorrentes do porto e decorrentes do pátio. Como

vocês estão percebendo, tem vários empreendimentos continuando a estudar

aquela região.

Eu aproveito esses dados, atuais, detalhados e metodologicamente

comprovados e faço o meu diagnóstico de estudo da fauna. E tem também a

indicação de espécies constantes em listas oficiais ou de interesse econômico.

Fechando o meio biótico, áreas prioritárias, para conservação. O EIA-RIMA, ele

tem que apontar, sugerir áreas que devem merecer estratégias de

conservação, de preservação e aqui no território, já temos, temos várias áreas

com grande qualidade ecológica, com grande qualidade ambiental e que

devem receber programas, estratégias de conservação ou de compensação

ambiental. Ao norte do terminal Sul, aqui tem o terminal Sul e em roxo a UCN,

aqui tem a Caroara, Fazenda Caroara que agrupa tanto a lagoa de Grussaí

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quanto a de Iquipari e que está se tornando uma RPPN, né? Uma Reserva

Particular de Patrimônio Natural, ao Sul tem um processo também de formação

de um parque estadual, uma unidade de conservação, de proteção integral,

que pegaria todos os alagados de São Tomé, de seus mangues, desde a

Lagoa Maria Rosa até o limite do Farol e tem também outras áreas que podem

ser beneficiadas, não só nesse mapa, mas em toda a região norte-fluminense,

aqui apenas um exemplo, tá? Um corredor lagunar, que pode associar Lagoa

do Açu, Maria Rosa, Lagoa Salgada, sobe pelo doce, está aí, e vai até Caitá e

também pode ultrapassar e bater na Lago do Campelo, só que o EIA trás

sugestões. Essas sugestões vão para o órgão, o órgão avalia, vai para a

câmara de compensação e aí tem-se a decisão da aplicação desses recursos.

Meio socioeconômico, diagnóstico do meio socioeconômico, vocês já, com

certeza, vocês já receberam informações de outros estudos, então desde 2006,

2007 praticamente, esse território vem sendo intensamente estudado por vários

processos de licenciamento, então, o terminal Sul é o mais recente, eu

aproveito todo esse cenário, todo esse diagnóstico, todo esse retrato das

ações, das atividades produtivas mais típicas, como pesca e agricultura

familiar, como que está a infra-estrutura e serviços públicos de Campos, de

São Francisco, de São João, então eu tenho um cenário hoje muito atual, eu

tenho condições, eu tenho um banco de dados muito grande e muito detalhado,

para eu ter cenários do meio socioeconômico, entendendo todas as suas

relações econômicas. Como eu falei, esse cenário é fundamental entender

para perceber qual será a real interferência do empreendimento na sua fase de

implantação e na sua fase de operação. Meio socioeconômico também como já

falado pelo empreendedor e já detectado pelo diagnóstico e entendendo o

empreendimento que tem uma previsão de, de uma movimentação para suas

operações de 5 mil navios por ano, movimentações e não 5 mil navios. 5 mil

movimentações. Então essa atividade oferece um potencial impacto no

ambiente marinho com relação à atividade pesqueira. Então, logo de cara, já se

prevê e já se estabelece, uma ordenação, né? Das rotas de aproximação de

todas essas embarcações.

Eu tenho que ter um ordenamento, senão vem navio de tudo quanto é lado, aí

interfere, apresenta uma interferência em toda essa área costeira. Com a

implantação, com o ordenamento dessas rotas, se associando ao canal do

porto e ao canal da UCN que estão sendo implantados, eu tenho uma

minimização muito grande com relação ao impacto em toda essa área

pesqueira, intensamente utilizada por várias colônias aqui da região. Não só de

Campos, não só de São João da Barra, mas também de São Francisco. Então

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já é um cenário né, que eu vou prever nas minhas medidas mitigadoras.

Fechando o socioeconômico, nós temos um, aqui, um retrato da área em si, a

nossa ADA, como a gente falou, eu tenho 70% de áreas antroquisadas, áreas

abertas, como a foto aqui aponta, e 30% de restingas arbustivas de estágio

inicial, aquela restinga baixa e 6% de área brejosas.

Fechando então, empreendimento, áreas de influência e diagnóstico, a

qualidade ambiental, hoje, eu parto para a minha interpretação da interferência

do empreendimento nessas áreas de influência e em todos esses parâmetros

analisados. Essa é a minha identificação e avaliação de impacto. E como o

próprio órgão orientou, e exige-se de um bom estudo de impacto ambiental,

essa avaliação foi feita de modo sinérgico, de forma conjunta com os outros

empreendimentos já, já licenciados que vem sendo implantados e que

apresentam impactos potenciais muito similares, então os empreendimentos já

licenciados anteriormente ao terminal Sul apresentam potenciais impactos aos

mesmos parâmetros ambientais previstos aqui pelo T-SUL. Então tem que

fazer uma análise conjunta, não isolada só do T-SUL, o T-SUL é aquela área

de 550 hectares, mas o impacto potencial positivo e negativo expande nessa

área, porque ele absorve, ele analisa conjuntamente os impactos de outros

empreendimentos aqui no território, que é o que a gente vai tentar interpretar

agora.

Aqui segue-se uma lista de, dos principais impactos naqueles parâmetros que

eu tinha falado, meio físico, meio biótico e meio socioeconômico. Meio físico,

recapitulando, água, ar e solo. Então nas propriedades naturais do solo, por

exemplo, na fase de implantação, eu tenho muita movimentação de terra, eu

tenho forte aterro, eu tenho estocagem de combustível, eu tenho canteiro de

obras, eu tenho central de resíduos. Qualquer vazamento, ou qualquer

disposição inadequada de material, eu posso afetar a qualidade do solo. Não

só do solo, mas também do lençol freático, tem um vazamento de um tanque,

um canteiro de obras sem ordenamento, sem gestão, então eu tenho

potenciais impactos na fase de implantação. Na fase de operação, né? Outras

atividades podem também ocasionar impactos no solo e na água, como

tancagem malfeita, tancagem inadequada, então essa percepção da

potencialidade dos impactos já me faz propor medidas práticas para evitar,

controlar, minimizar ou até mesmo compensar esses impactos. No caso típico

de, por exemplo, contaminação do solo ou contaminação da água, se eu vou

instalar um tanque, eu tenho que instalar o tanque conforme todos os

procedimentos legais, impermeabilizar a área, fazer um dique de contenção, ter

um treinamento do pessoal, fazer uma gestão de resíduos, gestão de fluentes,

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o canteiro de obras tem que ter treinamento, ordenamento, gestão. São

medidas que eu tenho que aplicar, já visando a minimização ou até mesmo a

eliminação desses impactos, nesses parâmetros ambientais. Qualidade das

águas, mais uma vez, tanto as atividades de implantação quanto as de

operação podem alterar a qualidade da água, por vazamentos, por

derramamento de combustíveis, eu vou ter tancagens enormes, eu vou ter uma

disposição de resíduos, também, grande. Então eu tenho que ordenar, eu

tenho que impor procedimentos de gestão de toda essa implantação, por

enquanto eu estou propondo medidas, propondo idéias que visam a diminuir,

ou até mesmo eliminar esses impactos.

Um outro, interessante aqui é a alteração do regime hidrogeológico e do

escoamento superficial, essa imagem aqui é melhor. Eu estou

impermeabilizando uma grande área né? Não só no terminal Sul, mas também

no distrito e de outras áreas. O escoamento natural, que se dava em direção ao

mar, ele foi alterado, pode ser alterado pela implantação desse

empreendimento. Então toda a drenagem que vem de lá, eu tenho que

discipliná-la, eu tenho que ordená-la, construir sistemas de drenagem artificiais

agora, né, no meio, ou no entorno desse empreendimento para evitar o

alagamento de áreas que nunca tinham sofrido alagamentos, porque a água

agora escorre para lá. Então ali pode ser alagado? Pode. Mas se eu faço um

sistema de drenagem contornando esse escoamento, eu consigo praticamente

eliminar essa potencialidade. E assim para outros parâmetros também,

qualidade do ar e conforto acústico, aquelas pilhas de carvão que a gente viu,

tem potencialidade de dispersão de pó de carvão? Tem. Quais são as medidas

que eu posso aplicar? Uma cortina vegetal contra o vento, então a poeira bate

e já cai ali no próprio empreendimento, eu tenho aglutinantes que eu posso

dispersar nessa, nessa pilha né? Uma maisena diluída, então ela gruda esse

pó, né? Eu posso fazer a correia transportadora, eu posso enclausurá-la, eu

posso fechar essa correia; então são medidas práticas e muito eficientes que

praticamente eliminam a dispersão desses poluentes. Conforto acústico, a

mesma coisa, barreira vegetal, ela praticamente impede a, a emissão de

ruídos.

O meio biótico, fauna e flora, eu tenho a supressão de vegetação necessária,

esses 7,4 hectares que eu preciso para o meu empreendimento, eu não

consigo minimizar, eu não consigo diminuir, porque é a minha área de

empreendimento, então eu tenho que compensar. Então para compensar, eu

vou ter que repor, né, um quantidade estabelecida também, pelas medidas,

recuperar áreas degradadas no entorno, recuperar outras áreas apontadas,

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tanto pela comunidade como pelo órgão, eu consigo compensar esse impacto.

Mas eu consigo minimizar a perda de diversidade, eu estou suprimindo o 7,4 lá

existe o banco de diversidade, como que eu diminuo a perda disso? Antes da

supressão, eu vou e resgato as principais espécies ou se conseguir a

totalidade dessas espécies, tá? E faço um viveiro, ou faço um banco de

sementes, eu implanto um centro de triagem de animais, eu resgato e depois

solto em outros ambientes com mais potencial ecológico, então eu tenho

medidas, eu tenho idéias e proposições que podem minimizar esse impacto e

assim segue essa série.

Temos um outro interessante aqui, que é a dinâmica da desova que quelônios,

das tartarugas, a Praia do Açu é uma praia monitorada há muito tempo pelo

Projeto Tamar, é uma área de desova, é uma área monitorada que o

empreendimento se situa na Praia do Açu, então ele tem um potencial impacto

na interferência dessas desovas. Quais as medidas compensatórias? Quais as

medidas mitigadoras, né, otimizar, facilitar e potencializar a implantação dos

programas definidos pelo Projeto Tamar, que é o gestor de todo esse

monitoramento, de todo essa, essa atividade e água de lastro também, já que

eu tenho uma movimentação prevista de quase 5 mil embarcações por ano,

movimentações por ano. Esses navios chegam, esperam um pouco, depois

entram no terminal, enquanto eles ficam parados, né, em área de fundeio pode

ter troca de água de lastro, nessa água de lastro vinda de outro continente tem

um monte de espécies que podem ser exóticas a nossa fauna e até mesmo

patogênicas, vários casos de áreas portuárias que essa movimentação pode

trazer. Mas como que eu impeço isso? Como que eu minimizo isso? Essa

atividade, essa gestão de água de lastro é estabelecida por normas da

Marinha, por normas nacionais da Marinha, mas eu posso potencializar os

canais de comunicação com a Marinha, com a sociedade, com a empresa e

com todos os fornecedores que chegam ao Terminal Sul.

Chegando ao meio socioeconômico, que é mais interessante, né, para a

população e que mexe mais com as relações econômicas e com a ocupação

do território, temos uma série de impactos previstos positivos e uma série de

impactos negativos, também previstos, assim como os outros

empreendimentos já apresentados em audiência pública aqui, aí em São João

e já aprovados e que já tem programas em execução, os impactos são

basicamente os mesmos. O principal é o incremento populacional, um dos

principais, com o aporte dessas empresas de grande porte e que precisa de um

grande numero de mão de obra tanto na fase de implantação quanto na fase

de operação, eu tenho um poder de atração muito grande na região, então

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muita gente vem para cá em busca de empregos e de oportunidades, não só

nos empreendimentos, mas também nos serviços que estão sendo

alavancados; isso promove um incremento populacional. São João tem 30 mil

habitantes, Campos 150, alguma coisa assim? fugiu o número, mas esse

número tende a aumentar, né, tem prognósticos de aumento da população até

2025, esses estudos são metodologicamente previstos, então esse incremento

populacional tem que ser absorvido pelas estruturas do município e pelas

estruturas da própria empresa, por que senão um município de 30 mil, no caso

de São João, que é , onde é a parte física recebe mais 30 mil de incremento

populacional; as suas estruturas vão sofrer uma pressão muito grande, então

precisa ordenar esse incremento populacional, e aí várias medidas podem ser

tomadas já, né, não esperar 2025 para tomar as iniciativas, então a

implantação de núcleos urbanos para absorver e diminuir a pressão na

moradia, fazer parcerias com o poder público e melhorar os gargalos

municipais como saúde, transporte, educação; não adotar o município e sim

participar das decisões do município na aplicação dos seus recursos naqueles

gargalos apontados pelos estudos, especulação imobiliária, expectativas e

incertezas, pressão na infra-estrutura publica, como eu já falei, intensificação

do tráfico, eu tenho um grande número de caminhões que vão ter que passar

pelas estradas até o Terminal Sul ou até o estaleiro e são estradas que são

boas, mas não suportam, hoje, a quantidade de caminhões previstas, por

medidas de recuperação dessas estradas, sinalização, pavimentação,

canaletas, tudo isso tem que ser adotado nos programas.

Seguindo, como eu falei interferências nas atividades de pesca, constantes na

minha área de influência direta. As atividades de pesca, naquela região da

costa, onde terá a rota de aproximação, existe um potencial de impacto, uma

redução, uma restrição na área de pesca, então eu tenho que, esse impacto

deve ser mitigado e se ele não conseguir ser mitigado por programas de

investimento na pesca, por aproximação maior às colônias e ter um canal de

comunicação para entender melhor as demandas dessas colônias e propiciar

esses serviços, se eu não conseguir mitigar, eu tenho que compensar também

na forma de projetos, eu não posso compensar na forma financeira diretamente

e sim na forma de projetos sociais destinados e específicos a pesca, só que

essas demandas precisam vir dos pescadores. Então é a aproximação

empresa com colônia de pescador, para entender essas dificuldades é

fundamental e aí segue uma série, aqui, de impactos positivos, mais

relacionados a geração de empregos, dinamização da economia, uma nova

vocação para o norte fluminense como o próprio empreendedor falou, então é

um impacto positivo porque envolve crescimento, crescimento econômico,

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maior distribuição de rendas, maiores oportunidades, porém esse impacto

positivo pode ser também potencializado, pode ser até ampliado, desde que, as

empresas, as empresas do grupo ou que chegam nesse território, se

aproximam do poder publico e orientam ou opinam aonde aplicar esses

recursos, identificando os gargalos propiciados pela ocupação daquele

território, então o plano diretor, que é um instrumento fantástico, de gestão

municipal, pode ser direcionado de acordo com os resultados desses estudos

de monitoramento, desses estudos de prognósticos, eles podem ser aplicados

naquela estrutura ou naquele serviço que vem sendo impactado pela ocupação

do território.

Fechando essas medidas todas que vocês já ouviram de outros

empreendimentos, é uma sequência de medidas muito conhecidas de vocês, o

T-Sul, traz a oportunidade final de elaborar os programas. Aquelas medidas

soltas, elas não tem o caráter, obrigatório de aplicação, elas tem que ser

ordenadas, colocadas responsabilidades, parâmetros, periodicidades, metas,

diretrizes em programas, então eu junto todas aquelas medidas, a qualidade do

ar, por exemplo, e monto um programa de qualidade do ar. Esse programa

contendo todas as especificações, as metas a serem atingidas, a metodologia

a ser aplicada, periodicidade de relatório, métodos de fiscalização, quais são os

parâmetros afetados, quais são as medidas equiparadas e principalmente as

responsabilidades de aplicação daquele programa, passa a ser avaliado pelo

órgão ambiental e passa a ser avaliado por vocês, a partir do momento que o

programa é aprovado pelo órgão ambiental, ele torna-se condicionante do

processo de licenciamento. O processo de licenciamento só atingirá o seu

objetivo que é a licença de operação, como o INEA falou logo no começo e aí

ele opera o seu empreendimento, se esse programa for aplicado e atingir a sua

meta estabelecida naquele momento, de acordo com a avaliação de impacto,

de acordo com a sua área de influencia. Então a constituição desses

programas ambientais, planos e programas ambientais é fundamental, por que

eles serão os condicionantes do processo de licenciamento final, eles terão que

ser executados pelo empreendedor.

E aqui a gente já aproveita, finalizando a parte de elaboração dos programas o

T-Sul traz a oportunidade não de propor os mesmos programas que vocês já

ouviram em outros programas, em outros empreendimentos, ah, nós vamos ver

aqui, para cada um dos meios, deixa eu só avançar aqui, meio físico: controle e

qualidade do ar, controlo de emissões sonoras, complexo lagunar: qualidade

das águas, meio biótico: fauna e flora, monitoramento lagunar, meio

socioeconômico, apoio ao planejamento urbano, apoio à comunicação social,

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educação ambiental, capacitação da mão de obra, desenvolvimento da pesca,

todos esses programas vocês já ouviram nos outro empreendimentos

anteriores, em todas as audiências anteriores e que hoje são condicionantes

daqueles empreendimentos, então o T-Sul traz uma oportunidade, não de

novos programas, os parâmetros ambientais afetados são os mesmos, o

território de estudo é o mesmo, e sim ele traz a oportunidade de integrar todos

os programas previstos anteriormente para todos os empreendimentos e

aplicá-los de forma integrada para aumentar a sua eficiência e complementar

com alguma característica específica do Terminal Sul, o resto já foi estudado,

já foi proposto e já foi contemplado, então a elaboração dos programas do

Terminal Sul, não traz nada de novo, não tem um programa novo e sim o que

ele traz, é a necessidade de integração , já proposta, já orientada pelo próprio

órgão ambiental e sendo executada também pelo grupo EBX, na sua gestão

integrada desse território, ele traz a oferta de programas ambientais

condicionando a integração e os resultados e a avaliação de impactos de que

todos os outros programas já em execução, então ele vai aproveitar-se desses

programas, melhorá-los, capacitá-los de acordo com o Terminal Sul e seguir

em frente visando sempre uma maior eficiência.

Assim, só para ter uma idéia, 2 últimos slides, pra ter uma idéia aqueles

programas previstos para o Terminal Sul, a OSX já vem executando e a LLX

também já vem executando para (xxxxxxxxxxx) a OSX para UCN. Não vou

criar um novo programa de qualidade do ar, eu vou entender esses programas

que vem sendo executados pela OSX, pela LLX, entender essa malha mostral,

ver se ela atende, também, ao Terminal Sul , se não atender eu complemento

com uma outra estação a mais e parto para meu programa integrado com as

informações dos outros programas, assim para todos os outros. Um típico aqui,

Quelônios, o porto já propôs um programa de monitoramento da praia do Açu,

a UCN já trouxe um.....

Mauricio Couto: Sr. Afonso, concluindo, por favor, obrigado!

Afonso Novelo: A UCN, já trouxe...um minuto, por favor, a UCN já trouxe um

programa de monitoramento de quelônios, o T-Sul vai se aproveitar dessa

integração, aumentar esse programa e disparar essa integração, isso para

todos os outros programas. Então aqui a gente já tem uma idéia de OSX, LLX,

aproveitando toda essa integração para o T-Sul. Assim concluindo diante do

cenário da qualidade ambiental, entendida pela consultora ambiental, diante

desse compromisso de integração dos programas, no sentido de aumentar a

eficiência deles e aplicá-los de um modo mais detalhado, a empresa

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consultora, considera o empreendimento viável do ponto de vista técnico

ambientalmente. Fechando a apresentação, obrigada pela participação, o

contato da CRA está aí e os coordenadores também. Obrigada pela paciência.

Aplausos.

Mauricio Couto: Obrigado, Sr. Afonso, gostaria de registrar a presença do

Luciano de Oliveira Vidal - Superintendente Federal do Ministério da Pesca e

Agricultura, José Armando Barreto- Secretário de Pesca de São Francisco de

Itabapoana, Luis Mario - Gerente Regional da Firjan, Sergio Mansur

Coordenador Geral da Autopista Fluminense e Felipe Ferreira – Conselheiro da

OAB.

Senhoras e senhores, vamos dar um intervalo de 15 minutos e eu solicito que

encaminhem as perguntas que foram formuladas, à mesa para que no intervalo

a gente possa agrupá-las por temas, porque quando retornarmos do intervalo,

estarão encerrados os encaminhamentos à mesa.

Parte II

Maurício Couto – Engenheiro civil e sanitarista do INEA. Iniciando então a

segunda fase, a fase destinada às perguntas e respostas. Como eu havia dito

no início da audiência pública, nessa segunda fase nós iniciaremos pelas

perguntas por escrito e as respostas da mesa. Então, nós agrupamos as

perguntas por tema e a empresa terá o prazo, a empresa e a consultora terão o

tempo máximo de cinco minutos pra responder a cada grupo dessas perguntas,

podendo ser prorrogados.

Então as primeiras perguntas referentes à mão de obra. Carolina Pereira,

Caroline Pereira e Adriana Cruz. Caroline pergunta: “Quais são as perspectivas

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para oferta de emprego para técnicos em meio ambiente na empresa? No caso

de resposta afirmativa, como devo proceder para me inscrever no programa de

benefícios?” E agradece antecipadamente. Adriana Cruz: “Com relação à parte

socioeconômica, o que está sendo feito hoje para preparar os municípios

diretamente afetados para a quantidade de empregos que surgirão, em

especial em São João da Barra?” Empresa, por favor:

Luís Baroni - Representante LLX: Boa noite. Então, respondendo primeiro a

respeito do técnico de meio ambiente, obviamente que sim, é uma das

categorias que vão fazer parte não só na parte de obra, mas como também

posterior na parte de manutenção e pra complementar, tanto essas parte das

qualificações profissionais como essa parte socioeconômica de inserção da

mão de obra local, eu vou pedir pra Beatriz, que é nossa gerente de recursos

humanos, poder passar os detalhes pra gente. Por favor, Beatriz.

Beatriz – Gerente de recursos humanos LLX: - Olá, boa noite. Eu vou falar

pra vocês um pouquinho do nosso programa de qualificação. É, a gente de fato

tem expectativas de contratar técnicos de operação (nesse momento ouve-se

algumas pessoas conversando fora do microfone. Em seguida, Beatriz é

interrompida e Maurício Couto toma a palavra).

Maurício Couto: - É, enquanto a gente aguarda, eu queria informar que já

estão encerradas, está encerrada a fase de encaminhamento de perguntas à

mesa. Estamos aqui recebendo a pergunta de número quarenta e cinco, além

daquelas cinco pessoas que estão inscritas para fazer o uso da palavra, que a

farão no final. Por favor, Beatriz. Pode continuar então.

Beatriz: - Obrigada. Então, com relação à capacitação e como a gente vai

preparar a população para essas oportunidades de emprego, a gente tem hoje

um programa de qualificação que contempla a formação de pessoas

moradoras da região. São moradores locais. A gente já teve as primeiras fases

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desse programa, e a gente formou 655 pessoas da região e, além disso, a

gente já tem prevista para a fase de operação a formação de 3.800 pessoas,

moradoras da região também. Tá, gente? Isso vai ser divulgado futuramente

pra todos que tiverem interesse poderem participar do programa. Com relação

a quem tem interesse em participar de processos seletivos para a empresa e

para empresas relacionadas ao empreendimento, a gente tem aqui os

endereços de envio de currículo. Então os interessados podem encaminhar o

currículo através do nosso site, que é o www.llx.com.br, acessando o portal do

candidato. Além disso a gente tem também o e-mail, que é

currí[email protected], e também os interessados podem entregar o currículo

no nosso escritório no centro de São João da Barra, o endereço tá ali. Rua São

Benedito, 173. É isso. Obrigada.

Maurício Couto: - Beatriz, aproveitando esse tempo mesmo, o Roberto da

Glória Teixeira, ele tem a preocupação de que com a contratação de, com esse

excessivo número de mão de obra que vai ser contratado, né, que obviamente

gera uma demanda grande por bens de serviço, o que está se pensando em

fazer para que não gere os mesmos problemas que estão ocorrendo nos

grandes centros em relação à chegada, o afluxo grande de operários que estão

vindo atrás desses empregos que estão sendo gerados?

Luís Baroni - Representante LLX: - A primeira ação, que eu acho que é uma

ação conjunta é o que, primeiro que existe um compromisso do empreendedor

de utilizar o maior potencial de mão de obra local possível. Então isso facilita

com que a gente utilize essa mão de obra já alocada ou próximo da região.

Outro ponto é a capacitação, como a Beatriz já se referiu e também existe um

programa que vai ser, como eu comentei com vocês na apresentação do

empreendimento, que é o programa que nós estamos chamando de

requalificação da mão de obra, que visa utilizar aquela mão de obra que vai ser

durante a obra, durante a construção para uma requalificação dessa mão de

obra pra um posterior de operação e manutenção. Então essas três atividades

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associadas, contratação da mão de obra local, capacitação pro período inicial

da obra e a requalificação são ações que em conjunto visam minimizar o

impacto pra atração de mão de obra de outras regiões e uma quantidade

excessiva de mão de obra pro empreendimento.

Maurício Couto: - Bom, agora em relação com a parte de água:

“Considerando a importância do rio Paraíba do Sul” - a pergunta é do Felipe

Ferreira. - “Considerando a importância do rio Paraíba do Sul para a região

para os empreendimentos em construção no Açu, inclusive o que se debate

nesse ato, pergunta-se qual a política de investimentos do grupo EBX para

esse importante manancial hídrico?” Pergunta do professor Artur Sofiete,

“Considerando a dimensão do Complexo Industrial Portuário, divido as

seguintes questões: o mineroduto cortou as lagoas de Taboeiros” - se não me

engano – “Não pelo subleito, mas pelos espelhos d‟água, sobretudo a lagoa da

saudade, o que é inegável. O aterro para o distrito industrial vai soterrar as

cabeceiras da lagoa de Iquipari. Fala também que a chamada restinga do Açu

começa no Cabo de São Tomé e termina em Guaxindiba, no município de São

Francisco de Itabapoana. Por que esse município não está na área de

influência direta do complexo?” As outras perguntas eu retorno. Continuando

aqui, “Até que ponto a balneabilidade das águas das praias do Açu, Grussaí,

Atafona, Farol de São Tomé, etc, será afetada por esse empreendimento? Qual

é a degradação que atinge a bacia da Lagoa Feia e o rio Ururaí? Vai atingir o

rio? Está tão longe do porto?” Essa pergunta é do Gilson Ribeiro. E a anterior

do Luís Augusto Andrade. Ronaldo Martins: “Gostaria de saber o impacto

ambiental dos lençóis d‟água potáveis, referentes à nossa comunidade em São

Francisco de Itabapoana e principalmente no nosso Rio Paraíba, que vai ser

utilizado no porto do Açu.”

Márcio- Representante LLX: - Sim. Vamos responder em parceria com a

ajuda da consultoria. Uma pergunta também envolveu uma parte de gestão de

impactos. Com relação ao Paraíba e a captação, foi apresentado por nós

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empreendedores e também com a consultoria. O Terminal Sul, ele, a captação,

primeiro que o consumo ele é muito pequeno para os empreendimentos

previstos para o terminal sul. São volumes na ordem de 30 a 35m³ por hora.

Esse valor está apresentado no EIA-RIMA, são volumes muito pequenos, e

mesmo, ou seja, a gestão prevê que na fase de implantação durante, como

isso é em paralelo ao, à obra das adutoras e dos sistemas de captação e

tratamento para o distrito como um todo, será feita através de poços artesianos

profundos. É, a explicação com relação à proteção desse lençol o Affonso vai

poder dar. E na fase de operação, que é esse volume que eu comentei de EIA-

RIMA, de 30m³ por hora, nesse caso, o terminal sul por fazer parte do

complexo como um todo, ele vai estar usando água fornecida por esse sistema

de abastecimento do distrito. Com relação aos impactos, você continua, depois

eu (Afonso continua daqui).

Affonso Novelo – Consultoria CRA - Tem uma sequência aí longa, vou tentar

responder todos. Eu anotei aqui, conforme a balneabilidade, o empreendimento

do T-sul , e objeto de licenciamento, assim como outros na faixa de praia, tem,

foram avaliados potenciais de impactos na qualidade da água marinha

naturalmente e nas suas operações e a balneabilidade é um parâmetro

ambiental do meio físico a ser monitorado continuamente durante a

implantação e operação dos empreendimentos. Não só do T- sul, mas de todos

os outros empreendimentos que têm interface com a balneabilidade. Por

enquanto o porto tá em implantação, a UCN ainda está em implantação e isso

vai sendo monitorado e a balneabilidade ainda não está comprometida.

Com relação à Lagoa Feia e Ururaí. Uma coisa bem clara pra ficar aqui, a

definição de área de influência é com relação, tem um aspecto preliminar. Você

define aquela área de influência preliminar, direta ou indireta, parte para o

estudo, parte para o diagnóstico, entende melhor o potencial impacto do

empreendimento e no final, na matriz de impacto onde você apresenta o

impacto, você valida àquela influência e aquele parâmetro potencialmente

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afetado. Então você vai chegar a vários parâmetros no meio físico, biótico e

socioeconômico que não vão ser afetados pelo empreendimento com aquelas

características daquela localização. Então eu posso classificar uma área de

influência preliminar, um mapa longo, só que a minha matriz de impactos pelo

estudo. No desenvolvimento do estudo e detalhamento da qualidade ambiental

e do próprio empreendimento e seus processos, a maioria daqueles

parâmetros não vão ser atingidos. Então, a matriz de impacto se restringe

apenas àqueles parâmetros afetados. Mesmo tendo uma área de influência

muito maior do que aquela matriz. A minha matriz, a minha área de influência é

o território de estudo pra chegar na identificação. E a Lagoa Feia, que tá na

área de influência indireta do meio físico, assim como o Ururaí, então eles

foram estudados, foi verificada a distância, foi verificado o processo do T-sul e

de outros empreendimentos, se alcança a Lagoa Feia ou não e foi verificado

que não alcança, não tem um potencial impacto na qualidade ou no próprio

suporte. Então, não foi inserida da matriz de impacto.

Aqui tá uma pergunta recorrente dos impactos de São Francisco de

Itabapoana. Por que São Francisco de Itabapoana não está na área de

influência? Primeiro eu tenho que desmentir: São Francisco de Itabapoana está

na área de influência para determinados parâmetros, principalmente do meio

socioeconômico, que são as atividades pesqueiras. Os outros parâmetros

ambientais de São Francisco de Itabapoana, como eu falei no mapa, foram

estudados e foram avaliados e não foi verificado logo de cara o potencial de

impactos nesses parâmetros. Então ele não foi, esse parâmetro ambiental de

São Francisco de Itabapoana não foi contemplado como área de influência

direta ou indireta porque não foi identificada a potencialidade de ocorrência de

impactos. Para aqueles parâmetros que foi verificada a ocorrência de impacto,

foi inserida na AID como eu falei aqui de São Francisco de Itabapoana para a

atividade pesqueira, pra esse empreendimento T-sul. Tem umas perguntas do

mineroduto e do complexo portuário como um todo.

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Maurício Couto: - Essas eu vou repetir ainda. Agora o mesmo tema, o Fábio

Nazareno, ele fala sobre geração de energia eólica, usando energia das ondas

do mar. Ele questiona o uso da termelétrica usando água dessanilizada,

diminuindo ainda mais a tomada do rio Paraíba e com os lançamentos também,

vão reduzir os níveis de oxigênio na água, ou seja, ele vai ficar mais

degradado. E aquela pergunta ainda do Felipe Ferreira em relação a qual

política de investimentos o grupo estaria fazendo especificamente em relação

ao Paraíba?

Márcio - Representante LLX: Uma das ações previstas tanto para o T-sul, até

usando as palavras, as sábias palavras aqui do Affonso com relação a sinergia

entre os programas, existe um programa nosso, não só para o T-sul, como

para outros empreendimentos do grupo, voltados a parte de recuperação de

áreas degradadas, seja por reposição florestal, um programa também, acho se

o Affonso quiser explicar, dos complexos lagunares. Essas ações somadas às

ações do grupo também, do Corredor Muriqui, são ações voltadas à proteção

de áreas de recarga de reposição. São ações, algumas delas compensatórias,

mas que de uma maneira geral ela vai certamente afetarem, contribuir para,

digamos assim, para a saúde do rio Paraíba. Tá ok?

Maurício Couto: - Bom, vamos retornando só àquela pergunta do mineroduto

do professor Sofiete, diz que “O mineroduto cortou as lagoas de Tabuleios, não

pelo subleito mas pelo espelho d‟água, sobretudo a Lagoa da Saudade, o que

é inegável. O aterro para o distrito industrial vai soterrar as cabeceiras da

Lagoa de Equipari. E ele fala sobre a área de influência de São Francisco, uma

vez que a restinga atravessa toda essa faixa” ele ainda fala sobre água, “Que o

EIA demonstra que o canal do Quitinguta Açu vai extrair água subsuperficial da

Lagoa Salgada. Por que o INEA não busca uma alternativa como a Lagoa de

Grussaí, já que a Lagoa Salgada já é considerada patrimônio

geopalenteológico da humanidade pela ONU?” Ele pergunta se já está tudo

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decidido pela CECA ou ainda há a condição de negociação? (O próprio

Maurício Couto responde).

Maurício Couto: - Não, Sofiati. Como você conhece, nós ainda estamos em

uma das fases do licenciamento, nós estamos na fase da audiência pública,

tudo aqui está sendo gravado, transcrito, as suas perguntas com certeza super

pertinentes, sempre pertinentes. Elas fazem parte do texto aqui que vai entrar.

E a CECA não decidiu nada. Ela só vai decidir depois que nós checarmos isso,

o próprio INEA verificar essa sua observação em relação à utilização dessa

outra lagoa, dessa alternativa. Ta ok. Eu vou...

Luís Baroni - Representante LLX: - Professor, a respeito do mineroduto, eu

vou passar e passar e pedir a complementação. Mineroduto na verdade, eu

acho que nem eu aqui e nem o restante dos nossos colegas do grupo a gente

tem essa informação, porque o mineroduto na verdade não é um

empreendimento, não é que não é da LLX, não é que não é do grupo LLX. O

empreendimento na verdade, ele é um empreendimento da Anglo-América, que

vai trazer esse minério de Minas Gerais até o porto. Então realmente eu acho

que não só como LLX, mas como grupo, nós não temos como responder essa

parte de tráfego do mineroduto. Obviamente se possível a gente vai

encaminhar a sua pergunta, porque o pessoal da Anglo com certeza vai poder

ajudar na resposta. Mas aqui com relação, como não um empreendimento do

grupo eu não consigo, até seria uma interferência na área poder dar alguma

informação que não nos diz respeito. Ok, professor?

Márcio – Representante LLX: - Com relação ao comentário sobre a Lagoa de

Equipari, a informação que temos pra dar é que já foi, foi já demarcada a FMP

da lagoa de Equipari, ela está, não tem interferência com o empreendimento de

parte logístico, então não há, isso não altera o regime, como foi afirmado na

pergunta.

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Maurício Couto: - Bom, temos umas perguntas aqui relativas à compensação,

“De que forma a LLX está compensando o impacto ambiental marinho na

região que está sendo construído o terminal sul do super porto do Açu?” e

pergunta ainda “Que tipo de compensação será feito pela LLX para esse

impacto?” e também fala sobre o auxílio que está sendo dado aos pescadores

que estão sendo prejudicados com esse empreendimento. Outra sobre

compensação, a primeira pergunta foi, desculpa, do João Pedro da Costa.

Pergunta agora do João de Souza, ele pergunta “Como a LLX e a EBX vai

compensar o fim da pesca artesanal em São Francisco de Itabapoana?” Pode

ir nessas duas, por favor.

Luís Baroni -Representante LLX: - Por favor, Maurício, pode repetir a última

pergunta?

Maurício Couto: - A pergunta do João de Souza é “Como a LLX/EBX vão

compensar a pesca artesanal em São Francisco de Itabapoana, incluindo a

Barra de Itabapoana, e a outra pergunta é relativa também aos pescadores, e a

outra pergunta fala dos impactos, “Que medidas estão sendo tomadas pro

impacto do meio ambiente marinho e que auxílio está sendo dado aos

pescadores que estão sendo prejudicados com esse empreendimento?”

Luís Baroni - Representante LLX: - Obrigado. Gleide, por favor, pode nos

ajudar?

Gleide Gomes – coordenadora de responsabilidade LLX: - Boa noite. Eu

sou Gleide Gomes, sou coordenadora de responsabilidade social da LLX Açu.

Muito obrigada a todos por estarem aqui. Bem, com relação a compensação

dos impactos marinhos, essa compensação é uma compensação ambiental

que segue os padrões e a legislação brasileira que é o SNUC. Isso aí que a

maioria das pessoas que está aqui sabe, se não sabe, eu acho até que o INEA

pode esclarecer melhor como é que funciona a questão da compensação

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ambiental pro Sistema Nacional de Unidade de Conservação. Isso está previsto

no EIA e é determinado pela câmera que identifica os impactos e como vai ser

compensado, enfim, se sai, se for licenciado e assim que vai ser determinado

de acordo com a legislação. No que diz respeito à compensação social pros

pescadores que vivem, que sobrevivem da atividade pesqueira marítima, existe

em vigor, em andamento, um plano de investimento social pra pesca artesanal,

que de forma participativa está sendo discutida com a comunidade pesqueira.

Nós temos uma consultoria contratada, essa consultoria já mapeou todos os

grupos que estão sofrendo influência direta do empreendimento e com eles a

partir desse mapeamento, está entrevistando, discutindo com os grupos e

auxiliando na elaboração de projetos que possam representar a compensação.

Essa é uma atividade que está em andamento. Além disso, a LLX tem

realizado algumas ações com dois focos: um que é o foco de fortalecimento

institucional da colônia de pescadores dessa área que é diretamente impactada

pelo empreendimento. As colônias Z1, de São Francisco de Itabapoana em

Gargaú, a colônia Z2 em Atafona, no município de São João da Barra, e a

colônia Z19, no município de Campos dos Goytacazes, em farol de São Tomé.

Como é que isso foi feito? Foram definidas as necessidades, a atividade

dessas colônias e a LLX então arcou com alguns recursos, como a aquisição

da sede da Colônia Z19, consultórios odontológicos, e além dessa ação, que é

uma ação voluntária de desenvolvimento social estratégico, estamos também

desenvolvendo ação no sentido de fortalecer a cadeia produtiva da pesca

artesanal, como o entreposto pesqueiro em Atafona, que tem como objetivo de

melhorar muito a forma de como o desembarque do pescado vai acontecer

nessa região e vai ajudar, auxiliar na organização da comercialização desse

pescado, de forma que os pescadores possa participar tendo um resultado

melhor quantativamente no que diz respeito ao resultado da pesca. Além disso,

estamos já em fase de obra para uma escola, que fica ao lado da sede da

colônia Z2 em Atafona, que será a sede de uma escola para pescadores. Foi

feito um convênio com o Instituto Federal Fluminense, e nesse convênio está

previsto para o próximo anão, cursos de alfabetização e letramento bem

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voltados para a necessidade dos pescadores e cursos de capacitação na área

de mecânica e elétrica para que os pescadores, já com expertise nas

embarcações, possam aprimorar e melhorar serviços pequenos de mecânica

na própria embarcação, reduzindo assim os custos que eles têm com a

manutenção da embarcação. Essas são as ações que já estão em andamento.

Hoje nós viemos participar com o representante da Companhia Nacional de

Pesca, que está aqui presente, o senhor Luciano Vidal e vários líderes da

pesca regional, e já está afinado com ele a necessidade de sentarmos e

conversarmos novas alternativas, novas formas de organizarmos a

compensação e as contribuições do empreendimento para que a pesca

regional receba melhorias e incentivos pra que tenha resultados mais efetivos.

Enfim, hoje é o que nós estamos realizando. Muito obrigada pela atenção.

Maurício Couto: - Obrigado, Cleide. Nós temos uma pergunta aqui do Luciano,

de São Francisco, acho que é de Gurirí. Ah desculpa, deixa eu fazer uma outra

pergunta aqui, é do Vicente Oliveira, e pedindo pro Dyrton, do INEA

complementar isso que a Cleide falou sobre a compensação ambiental.

Dyrton Bellas: - É, eu só vou fazer aqui, não é nem uma pergunta, é uma

proposta do senhor Vicente, pra investir recursos da compensação ambiental

na unidade de conservação que está sendo criada na Lagoa do Açu, no Parque

Estadual do Açu. É, eu vou só fazer uma breve explicação, a questão de como

é que funciona a questão da compensação ambiental. a compensação

ambiental, ela é devida pelo empreendedor em função dos impactos

ambientais causados que não podem ser mitigados, ou seja, eu vou fazer uma

obra que não tenho como mitigar esse impacto, então ele paga por esse

impacto. Como é que ele é pago? A equipe técnica faz uma avaliação da

magnitude desse impacto, da temporabilidade, é uma fórmula que não é tão

simples assim, e chega a conclusão de um percentual de um valor do

investimento. Esse percentual, em termos do Estado do Rio de Janeiro varia de

meio ponto percentual até 1.1. Esse percentual é colocado dentro da medida,

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dentro das condicionantes da licença, então é identificado um valor, digamos

1%. Então é 1% do valor do investimento retiradas dos investimentos nas

questões ambientais, sistemas de controle, etc. Na licença de instalação que o

empreendedor solicita, ele só pode ter à mão a sua licença de instalação após

ele resolver o problema do pagamento desse percentual. Então é assinado um

termo de compensação ambiental, que esse dinheiro vai para um fundo, o

fundo de conservação ambiental. Esse dinheiro é depositado no fundo. Como

esse dinheiro é retirado do fundo? Primeiro: só pode ser para a unidade de

conservação. Ponto dois: preferencialmente para a unidade de conservação no

entorno do empreendimento, que são as mais afetadas. É apresentado um

projeto à Câmara de Compensação que avalia esse projeto, entende ou não

que esse projeto é viável e interessante e aí sim, libera o recurso para quem

apresentou o projeto para que ele implemente o projeto. Especificamente em

relação ao senhor Vicente, uma vez esclarecida a questão da compensação,

está sendo sim previsto pelo, porque não diretamente ligado à área de

licenciamento, mas à diretoria de biodiversidade na gestão de território, e essa

questão das unidades de conservação. Está sendo proposta uma série de

unidades de conservação na área. Ainda está sendo definido se deve ser um

parque ou uma rppn, outro tipo de unidade e obviamente imagino uma vez

promovido, estabelecido o parque, esses recursos devem ser aplicados nesse

parque.

Maurício Couto: - Obrigado, doutor Dyrton. Ainda nessa linha das

compensações socioambientais, o Luciano lá de Gurirí, como eu dizia, ele faz a

seguinte explanação: “Os empresários, o senhor Eliseu e a senhora Silvânia,

pessoas extremamente carismáticas, levam das comunidades os

levantamentos necessários para cumprir as medidas, cativam as pessoas,

levam para as salas de alfabetização, promovem festas, luais, toques de

tambor, já programados com o conceituado Instituto Paulo Freire. E pronto.

Cumpridas as medidas.” Pergunta: “Se as demandas dessas comunidades que

vivem abaixo da linha de pobreza e quais os benefícios que serão instalados,

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que serão implantados para essas comunidades?” e pergunta ainda se “Esses

empresários perguntarão o que querem as comunidades?” E ainda fala sobre

salas de alfabetização: “Os senhores acham suficiente para área de tão grande

carência?” como a pergunta é longa, do Luciano, vocês podem falar,

responder. Ele ainda fala sobre as medidas compensatórias que estão sendo

feitas, ele é de São Francisco de Itabapoana, ele fala sobre duas pessoas, o

senhor Eliseu e a senhora Silvana, que promovem festas e dizem que dessa

forma já estariam cumpridas as medidas. Mas ele diz que esse pessoal todo

vive abaixo da linha de pobreza e eles solicitam que sejam trazidos benefícios

para estas comunidades. Ele é de Gurirí. Cleide.

Gleide: - É, senhor Luciano?

Maurício Couto: - Isso.

Gleide: - Senhor Luciano está presente aqui? Hein?

Maurício Couto: - Senhor Luciano está presente? Tá ali.

Gleide Gomes: - Oi Luciano. Olha só, nós do grupo LLX não conhecemos

essas pessoas que você citou, senhor Eliseu e o outro.

Maurício Couto: - Senhora Silvana.

Gleide: - Senhora Silvana. Eles devem ser líderes comunitários da sua

comunidade, mas nós da LLX não os conhecemos ainda. Pode ser que o

senhor nos apresente. Deve ser líder. É um líder lá? É isso? Eu acredito que

seja. Nós ainda não nos aproximamos da comunidade de Gurirí. A comunidade

de Gurirí está aqui a pedido inclusive do Instituto Pinóquio, que é uma ONG lá

dessa comunidade. Cadê o pessoal do Pinóquio? Senhora Lúcia está aqui, que

solicitaram um ônibus para que a comunidade viesse e nós facilitamos a vinda

deles. Muito obrigada pela participação. Mas nós ainda, nós ainda estamos

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começando uma aproximação com vocês, então a sua pergunta em relação a

esses eventos, eu não tenho como respondê-la porque não participamos,

certo? Mas a LLX tá se aproximando dessa comunidade sim, com ênfase na

comunidade atingida, mas estamos abertos e atentos ao que está acontecendo

no entorno. Algumas pessoas da sua comunidade já se aproximaram de nós,

nós vamos conversar com elas e verificar a possibilidade de no futuro ter

alguma coisa, mas hoje o nosso foco é para aqueles que estão diretamente

impactados pelo empreendimento.

No caso de São Francisco de Itabapoana, que é o município onde o senhor

reside, os diretamente afetados são os pescadores, principalmente os

pescadores da costa. O pessoal que pesca na água do mar, tá? E aqueles que

vêm pescar pra cá mais próximo do empreendimento. Pra eles é que a gente

tem voltado as nossas ações e discutido com esses grupos via colônia de

pescadores, núcleo de pesca de Guaxindiba, de Barra de Itabapoana, temos

consultores nossos trabalhando conosco, visitando essas comunidades e

mapeando os projetos que nós iremos investir. Tá Ok? Mas lá pra Gurirí, nós

ainda não temos nenhuma ação, mas fatalmente no futuro poderemos ser

parceiros, tá? Muito obrigada pela sua pergunta.

Luís Baroni: - Maurício me permite só?

Maurício Couto: - Tá ok.

Luís Baroni: - Aproveitar a pergunta do Luciano, isso é muito importante, tá

gente? Sempre as ações sociais do grupo são feitas em nome do Grupo. Então

se vier alguém, aparecer alguém falando em nome do grupo, que não se

identifica, eu pediria que por favor entrem em contato conosco, porque sempre

essas ações são feitas em nome do grupo, por pessoas que estão aqui ligadas

tanto a LLX quanto ao grupo EBX. Nunca vai se identificar com o nome de

Gleide, de Luís, e sim falando em nome do Grupo e trabalhando as ações em

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conjunto. Nunca seriam ações isoladas. Então eu pediria realmente que

quando surgirem, o contato seja feito direto conosco pra poder haver

esclarecimento de dúvidas. Vou aproveitar só a tua pergunta pra dar esse

recado, tá Luciano? Obrigado.

Maurício Couto: - Obrigado. Então Luciano, você já viu, procura depois a

Gleide pra vocês poderem traçarem alguma meta em relação ao atendimento

dessas suas demandas.

Fernandes pergunta se as empresas de alimentação da região vão ter

oportunidade no porto. Gisele Gonçalves: “Quais são os projetos culturais

propostos? Esses projetos visam manter e incentivar a cultura local?” Ela é

daqui de Campos. “Gostaria de saber qual o projeto voltado para a educação

ambiental que está sendo implementado e como funciona?” E tem ainda a

pergunta do Robson Lessa: “Com a implantação da LLX, vislumbramos uma

ótima oportunidade de negócios pra região. Hoje somos contratados pela

empresa para prestar serviços de comunicação, deixando de depender apenas

do comércio, que era felizmente, ele diz, o grande gerador de negócios de

Campos e região. Agora podemos apostar em um futuro melhor.” Ele pergunta:

“Qual a previsão da total implantação do empreendimento e das indústrias que

farão parte do condomínio?”

Luís Baroni: - Eu vou colocar primeiro as duas perguntas, dos investimentos

culturais. Com relação aos investimentos, a qualificação, da mesma maneira da

mão de obra, a qualificação é fundamental pra gente. Foi dito na área de

alimentação, obviamente que sim. A gente já está trabalhando com uma série

de empresas da área de São João da Barra, do litoral, inclusive Campos. E nós

estamos fazendo um programa que é um programa de capacitação também, do

fornecedor. Essa pergunta surgiu ontem também em São João da Barra: o que

é capacitação do fornecedor? Não é nenhum curso, nenhum treinamento. É

poder se aproximar do fornecedor; o fornecedor conhecer quais são os pré-

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requisitos pra estar trabalhando dentro do grupo da LLX e do grupo X e a gente

poder em conjunto que ele possa garantir esses procedimentos iniciais e

trabalhar conosco. O interesse da gente obviamente é que a gente possa

trabalhar com o maior número de empresas da região, tanto da parte de

alimentação, prestadora de serviços, todas as demais. O depoimento da área

de multimídia é uma empresa que começou a trabalhar conosco, eu acho que

tinha um ou dois funcionários e hoje eu acredito que já deve ter contratado

quase que dez funcionários e vem se desenvolvendo. Então, é um interesse

nosso sim. É trabalhar com a empresa da região, inclusive estar junto com a

empresa, podendo se desenvolver e estar junto com a gente. Gleide, você, por

favor, me ajuda com a parte do desenvolvimento cultural?

Gleide: - Eu vou só pedir pra que coloque o slide depois. Aí. Bem, nós temos

realizado já alguns patrocínios já na região. Aqui, estão apontados ali em São

João da Barra, começamos pelos carnavais, pelos blocos, pelas agremiações

carnavalescas de lá, que são muito fortes na tradição cultural do município.

Então, nos anos de 2008 e 2009 nós apoiamos com patrocínio as escolas de

samba, e hoje está em desenvolvimento um patrocínio de um grupo de teatro.

Houve um projeto de levar teatro às comunidades, que é o Cultura Sobre

Rodas, que o projeto foi elaborado pelo grupo teatral Nós Na Rua. Além dele,

nós fizemos no início do ano um patrocínio para um concurso de marchinhas

carnavalescas que também é uma forte tradição, como eu falei antes, do

município de São João da Barra. O Projeto Capoeira também, que é

desenvolvido dentro de uma instituição filantrópica lá de São João da Barra,

que é a Associação Humanitária Geraldo Costa. E aqui emCampos , nós temos

o patrocínio do Orquestrando a Vida, da Orquestra Mariuccia Iacovino, acho

que eu falei o nome certo. E o cine EBX, que aconteceu em 2009 nas

comunidades daqui, levando o cinema nacional às comunidades distantes que

não têm acesso ao cinema. O cinema é exibido nas praças. Esses foram os

patrocínios já realizados. Nós estamos em andamento um projeto de resgate

histórico da atividade portuária, da atividade de navegação de São João da

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Barra, que também é uma coisa super importante, que precisa ser resgatada.

Estamos na primeira fase, buscando as fontes históricas. Foram contratadas

duas historiadoras locais, que fazem esse trabalho. E na segunda fase, depois

de reunidas as fontes, os registros, enfim, será produzido um livro com esse

resgate histórico. Para a questão da educação e da qualificação, além do que a

Beatriz já falou, que é a qualificação da mão de obra, nós estamos investindo

em parceria com o SEBRAE em um programa de capacitação de fornecedores.

O Baroni já falou da questão do fornecedor, mas ele se refere a um fornecedor

de médio e talvez até de grande porte, mas esse programa é voltado para os

micro e pequenos. O SEBRAE está agora fazendo um senso empresarial em

São João da Barra, a gente está começando esse projeto por São João da

Barra e depois pretendemos estendê-lo aos demais municípios da região.

Sempre pensando no futuro e no aumento dos negócios na região. Dos

negócios das empresas do complexo portuário com os empreendedores locais,

com os fornecedores locais.

Luís Baroni: - Gleide, Gleide. Desculpa, só um minutinho. Eu queria aproveitar

a presença da Alessandra.

Maurício Couto: - Concluindo, tá, por favor, por causa do prazo.

Luís Baroni: - Tá. Só, nossa gerente de suprimentos. Se houver alguma

empresa locais, eu queria apresentá-la pra iniciar o processo de cadastramento

junto à empresa, ok? Obrigado Alessandra.

Maurício Couto: - Obrigado então. Vamos.

Gleide: - Posso concluir?

Maurício Couto: - Concluindo então.

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Gleide: - Então são os programas que nós temos em desenvolvimento. O

programa de educação ambiental, ele está sendo desenvolvido no município de

São João da Barra em parceria coma Secretaria de Educação. O programa que

está em desenvolvimento esse ano, ele pretende formar uma agenda com os

temas principais apontados pelas escolas, pra que a partir dessa agenda

temática, sejam desenvolvidos programas efetivos, projetos de educação

ambiental mais na prática, a partir do mapeamento e das discussões que foram

feitas no espaço escolar. Obrigada.

Maurício Couto: - Tá ok, obrigado Gleide. É, a pergunta agora é do Leandro

Ferreira, é diretamente pro Márcio, “Prezado Márcio, no último momento da

reunião em São Francisco de Itabapoana, você citou a frase „É preciso o bolo

crescer para depois distribuir‟, mesmo não sabendo quem era o autor dessa

frase. Será que o bolo está sendo distribuído mesmo? E por que São Francisco

não está incluso, já que vai estar incluso no meio de duas grandes empresas,

São João da Barra e do Espírito Santo?” e tem uma outra pergunta também,

que não foi assinada, que fala exatamente a mesma coisa que “São Francisco

está entre duas grandes empresas que estão sendo implantadas, entre Espírito

Santo e aqui o complexo portuário do Açu”. Então essa é a pergunta do

Leandro Ferreira. Três minutos, por favor.

Márcio: - Sim, o comentário a ser feito durante a prévia foi no contexto com

relação ao desenvolvimento econômico. É sabido, ou seja, as previsões de

aumento da economia local envolvem os principais municípios de São João da

Barra, Campos e São Francisco de Itabapoana, ocorrerá sim, ou seja, e a LLX

também como todas as empresas do grupo, não furtam a receber e a discutir

esses assuntos de como o desenvolvimento pode favorecer o município de São

Francisco de Itabapoana. Durante a prévia que eu conduzi em São Francisco,

prévia essa que é inclusive um encontro voluntário feito pela LLX, é um evento,

como também dito durante a prévia, não é um evento formal dentro do

processo de licenciamento e sim voluntário, onde nós nos colocamos à

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disposição para escutar os principais apelos aí das comunidades. Esses apelos

sim, foram registrados. Algumas ações já estão sendo discutidas, inclusive com

a prefeitura. Eu gostaria do Quentel, o Guilherme Quentel está na, por favor.

Inclusive estamos já na, com encontros sendo realizados com agentes da

prefeitura. Tivemos encontros. O Guilherme Quentel é nosso gerente geral de

sustentabilidade do Açu. Ele esteve com a prefeitura já para tentar ordenar

essas ações. Eu gostaria que você começasse rapidamente com as linhas de

ação hoje que estão sendo discutidas com São Francisco.

Guilherme Quentel: - Boa noite. Bom, a gente tem já compromissado com a

comunidade de São Francisco, é o início de um programa de qualificação

profissional, em 2012 e dentre as diversas ações que a gente conversou, e os

diversos temas, a gente selecionou a questão da pesca, tanto, especialmente

pela questão da relação com o empreendimento. Mas a gente vai priorizar as

ações de pesca. Tá? Então, a questão da qualificação profissional da

comunidade, a gente vai expandir; pera aí ficou ruim aqui. Perdão, gente. A

gente vai levar a São Francisco de Itabapoana o programa de qualificação

profissional e vai priorizar as ações de pesca nos programas de investimento

social na pesca artesanal.

Maurício Couto: - Tá ok, obrigado pela explanação. Jorge Rodrigues pergunta,

não sei, acho que a Cleide já falou disso. É, “Programa de prospecção e

educação patrimonial, assim como realizar um inventário do patrimônio

histórico cultural da área, com especial atenção aos núcleos históricos

existentes. Barra de Itabapoana é o maior corredor do patrimônio cultural. Mais

de sessenta edificações remanescentes e dezenas de ruínas. A comunidade já

está elaborando o seu inventário. A LLX/EBX tem responsabilidade sobre lá?

Até aonde pode a comunidade contar com este patrocínio?” E outra em relação

a planos e programas, é, Dircéia Farias, ela fala sobre EIA e EIV. O EIV é o

estudo de impacto de vizinhança. Ela diz que ambos são importantes, mas que

para preservar a qualidade são importantes os instrumentos de controle

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ambiental e de urbanismo. “De que forma está sendo elaborado o EIV – o

Estudo de Impacto de Vizinhança? Se as questões sociais são de relevância

no caso, e que estão sendo infocadas no estudo de vizinhança. E as ações

realizadas no entorno estão sendo bem planejadas? Quais são as providências

para que na prática desse termo – o estudo do impacto de vizinhança, para que

atinja esse objetivo que é preservar a qualidade de vida da população?” ela

pergunta ainda sobre aplicações de programas para ordenar e onde estão o

EIV, que é o estudo de impacto de vizinhança? “Caso contrário de aplicação do

EIV, minha proposta é utilizar este instrumento.” Acho que cabe ao Affonso um

esclarecimento em relação ao estudo de impacto ambiental em relação ao

estudo de impacto de vizinhança pra Dircéia e ao mesmo tempo falar sobre o

programa de prospecção educacional e patrimonial.

Affonso Novelo: - Alô. Com relação ao EIV, o estudo de impacto de

vizinhança, pela legislação municipal de São João da Barra, local do

empreendimento, ele é necessário a elaboração para o empreendimento, caso

ele não seja contemplado por um estudo de impacto ambiental e um relatório

de impacto ambiental. No caso de elaboração de estudo de impacto ambiental

e RIMA, que contemplam todos os impactos e critérios desse EIV e aponte

medidas, não é necessário, por legislação municipal, a elaboração desse EIV.

Então o EIA contempla o EIV. Então, para vocês terem ideia, o processo da

UCN fez o EIA, não precisaria fazer o EIV, mas ele elaborou um específico

dentro desse EIA. O T-sul aproveitou essas orientações do EIV dentro do seu

EIA. Então esse documento EIV, não é necessário a sua elaboração, desde

que o EIA contemple todos os seus critérios, termos referentes e

principalmente os impactos apontados na vizinhança e suas medidas

compensatórias e mitigadoras. No caso do T-sul, ocorreu exatamente isso. O

próprio, a própria lei orgânica de São João da Barra dispensa a elaboração do

EIV, caso o empreendimento seja diagnosticado e avaliado por um EIA- RIMA.

Então essa foi a não apresentação do EIV. Não é necessário nesse caso, já

que tem um EIA que contempla não só o EIV, como outros impactos também.

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Márcio: - Para as ações efetivas de arqueologia, eu queria pedir pro Marcos

Machado, gerente de Meio Ambiente.

Marcos Machado: - Boa noite. Marcos Machado, sou gerente de meio

ambiente. Só a informação sobre arqueologia, então como o porto na verdade,

não o terminal sul, que já pega como o consultor mostrou, uma área já toda

licenciada pra supressão e atividade; as outras obras todas do porto, elas por

estarem em uma região em que existe um potencial arqueológico, ela atende a

portaria do IPHAN e aí desenvolve um diagnóstico na de EIA e antes da fase

de ali é feita a prospecção arqueológica intensiva. Um arqueólogo que hoje ele

vem na área e faz uma sondagem mesmo; ele escava, procura artefatos, então

só após - nas nossas áreas até o momento não se achou nenhum artefato que

tenha relevância – então após essa sondagem, ele encaminha um relatório pro

IPHAN, e o IPHAN libera a intervenção na área. E mesmo assim, após toda

essa sondagem, mesmo não tendo detectado, o grupo também faz parte do

programa, execução da educação patrimonial. Então nós seguimos a portaria

do IPHAN e atendemos todas as etapas do diagnóstico. A prospecção

intensiva, a prospecção arqueológica da área e educação patrimonial. Caso

ache alguma coisa, aí entraremos no que foi o caso até agora, aí teremos um

programa de resgate de artefatos arqueológicos. Mas o que eu sei é que não

ocorreu, até o momento, nenhum sítio que tenha sido necessário o resgate.

Maurício Couto: - Obrigado Marcos. Temos agora umas perguntas relativas às

áreas de influência. A pergunta do Vítor: “Como são definidos os limites da

área de influência indireta? Há alguma margem de erro?” A pergunta do Evalnir

Silveira, eu acredito que seja isso, para o senhor Novelo: “Você disse na

reunião de São Francisco, no dia 18 de outubro, que nosso município está

dentro da área diretamente afetada pelo empreendimento. Mas na sua

apresentação do relatório não está dito isso. Pelo contrário, fomos excluídos. O

senhor precisa refazer sua apresentação e seu relatório para apresentar em

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audiência pública, pois a sua fala não é a mesma que o senhor está

escrevendo.” O Félix Miranda: “Conforme as condicionantes para que a

LLX/EBX cumpram as medidas de licença prévia, é preciso que sejam

apresentados estudos referentes aos remanescentes Quilombos inseridos na

área de influência diretamente afetada e na área de influência direta do

empreendimento, sendo elas, eu acho que Cacimbinha e Boa Esperança, em

Presidente Kennedy e Barrinha, e Deserto Feliz, localizados em São Francisco

de Itabapoana. Tal caracterização deverá conter o levantamento sobre o

patrimônio patrimonial e material. Pergunta: Se São Francisco não está

inserido dentro das áreas de impacto, porque este trabalho com nossas

comunidades quilombolas?” Tem uma aqui que está sem identificação, mas

“Sabemos que o empreendimento será muito grande. Com isso, afetará muito

mais do que imaginamos. Para isso, acho que São Francisco deverá ser

incluído na área de impacto ambiental direto do empreendimento, uma vez que

o rio Paraíba será utilizado.” E a outra aqui da Graziela para o senhor Affonso

também, “Você fez uma apresentação onde a influência socioeconômica do

empreendimento passa do rio Paraíba do Sul. Como você explica esse impacto

ser negativo de um empreendimento do tamanho do Açu não atingir essa

região?” Tudo em relação a área de influência e de forma que o município de

São Francisco de Itabapoana está sendo afetado.

Affonso Novelo: - Pela explanação que está tendo hoje, que é a mesma de

São Francisco de Itabapoana, diferente do que está sendo afirmado, a área de

influência, como eu já falei, ela é definida do potencial alcance dos impactos

gerados pela implantação e operação do empreendimento. Você faz uma

análise preliminar dessa área de influência de acordo com a potencialidade de

impacto do empreendimento proposto, conforme as características do

empreendedor. Você entende o empreendimento, o seu alcance e aí você

estuda o território e verifica quais são os parâmetros – meio físico, meio biótico,

meio socioeconômico, que podem ser afetados por aquelas atividades. Se você

entender muito tecnicamente, isso é a equipe multidisciplinar, não é apenas

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uma pessoa que decide a área de influência e sim especialistas em várias

áreas que sentam, discutem e até discutem com o próprio órgão ambiental qual

é a real influência desse empreendimento. E aí você decide a tua área de

influência preliminar. A área de influência indireta é um dos impactos que

podem ocorrer de forma mais tênue, mais indireta, demora mais tempo pra

ocorrer esses impactos. E as diretas, diretamente em um curto prazo. Com

esse entendimento preliminar dessa equipe multidisciplinar, você parte pra

campo e aí você faz o estudo da avaliação de impacto. Então a gente estuda

separadamente os parâmetros do meio biótico, físico e socioeconômico porque

eles são distintos, se comportam distintamente e vão se comportar

distintamente no caso do impacto do empreendimento. Então, essa separação,

esse monte de mapas, esse estabelecimento de áreas de influência. O meio

físico, a gente utiliza sempre o meio de bacia hidrográfica. Ainda mais aqui na

região que a gente tem canais de aflorantes intensamente conectados por cima

e por baixo do terreno, que podem, que a sua comunicação, a sua fisiologia se

estende por vastas áreas. Por isso que pro meio físico vem desde o norte de

São Francisco de Itabapoana até quase a barra do Furado. E aí você vai

estudando detalhadamente. O meio biótico idem, o fragmento de vegetação

próxima que primeiramente vai ser suprimido, é lógico que vai sofrer impacto; a

restinga situada muitos, a muitos quilômetros, independentemente de

município, entendeu-se que ela não será afetada, então entendeu-se que ela

não é considerada área de influência. Aí focando no socioeconômico, como eu

falei em São Francisco, nas prévias no Farol, nas prévias em Campos, estava

falando em São João da Barra, e agora na audiência pública ontem e hoje.

Então, é a mesma informação. O que foi identificado como áreas de influência

direta, foram as atividades de pesca de São Francisco de Itabapoana; porque

considerou-se que os outros parâmetros não serão afetados diretamente pela

implantação e operação do Terminal Sul. Então a gente tem que focar muito o

objeto de licenciamento. Os outros impactos, do distrito, da UCN, do porto e do

complexo e das outras unidades que vêm por aí, estão sendo tratados, foram

tratados, estão sendo propostos programas nos seus respectivos processos de

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licenciamento. O T-Sul entende a sinergia desses impactos, mas ele tem a

finalidade de atacar os impactos originados por ele; responsabilidade das

atividades do T-Sul. E para São Francisco de Itabapoana, que não foi excluído

da área de influência direta de suas atividades pesqueiras, tem toda uma

avaliação de impacto, seus atributos, suas magnitudes, e suas proposições de

medidas. Acrescentando, a elaboração desses programas, que é o

ordenamento dessas medidas, que é a obrigação da aplicação dessas nessas

atividades afetadas ou no território afetado, o T-Sul traz a integração desses

outros licenciamentos pra eles interagirem, pra aumentar a eficiência e aplicar

nessas atividades e territórios afetados. Finalizando, pra todos os

empreendimentos, inclusive pro T-Sul existe um programa socioeconômico

chamado Apoio ao Planejamento Urbano e Monitoramento Urbano do entorno.

Então são vetores sociais, são serviços sociais, são indicadores sociais de toda

a minha área de influência indireta, aí eu pego São Francisco de Itabapoana,

Campos dos Goytacazes, São João da Barra, cujos indicadores sociais vão ser

monitorados a partir de agora pelo grupo, já que ele vai integrar esses

programas e aí ele vai verificar quais são os indicadores que vêm sofrendo

impacto e disparar medidas. Então, o território do norte fluminense

praticamente foi considerado nesses programas. O que vai acontecer vai ser

uma ampliação desse monitoramento. Começa por São João da Barra e

Campos naquelas atividades, mas engloba São Francisco na atividade de

pesca e vai ampliando essa rede amostral, esse diagnóstico de monitoramento

urbano. Então lá na frente, caso esses indicadores sociais de São Francisco de

Itabapoana sofra interferências comprovadamente originadas pela implantação

do T-Sul ou de outro empreendimento do grupo, é necessário, é condicionado

pelos programas ambientais, tal aplicação de medidas.

Maurício Couto: - Tá ok, Affonso. Rediva agora.

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Márcio Rediva: - É, Maurício, só pedir uma correção de uma informação feita

na pergunta com relação às ações do grupo, atividades, às quilombolas. Vou

pedir pra Gleide fazer uma correção a uma informação dada.

Maurício Couto: - Por favor, Cleide.

Gleide: - Eu acredito que a comunidade de Barra de Itabapoana esteja

confundindo os programas. A LLX ou qualquer empresa do grupo EBX não

está desenvolvendo no município de Barra de Itabapoana prospecção

arqueológica, nenhum resgate patrimonial, nenhum estudo de remanescentes

de quilombolas. Essa não é uma atividade que seja de origem do nosso grupo,

ok? Eu creio que vocês estejam recebendo esses programas, esses estudiosos

lá, por conta do empreendimento que fica em Presidente Kennedy e que é

muito próximo à localidade. Então por ser uma área muito próxima, diretamente

afetada, deve estar sofrendo esse tipo de estudo, de pesquisa ali em Barra de

Itabapoana. Mas não são estudos realizados pelas empresas do grupo EBX. E

aproveito para esclarecer que o inventário cultural que a gente está fazendo

nesse sentido, está sendo feito pelo Instituto Bioatlântica, que é um contratado

nosso, do grupo EBX, através da metodologia de gestão integrada de território,

pensando no território afetado pelo complexo portuário do Açu de forma macro

e pensando nos seus reflexos na macrorregião. E isso ainda não está em

campo. Apenas o mapeamento, as primeiras entrevistas, as primeiras reuniões.

Nós não estamos realizando na localidade de Barra de Itabapoana nenhum

trabalho de prospecção arqueológica de resgate patrimonial. Muito obrigada.

Maurício Couto: - Tá ok. Obrigado pelo esclarecimento, Cleide. E essa

resposta do Affonso também esclarecem a questão do Felipe, que era

exatamente a mesma em relação à área de influência indireta que chegava a

pedir auxílio da CECA e do INEA pra correção da delimitação dessas áreas de

influência.

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Agora temos umas perguntas aqui sobre fauna e flora; tem da Daniela, do

projeto TAMAR: “Segundo resolução do CONAMA nº 10 de 96, o licenciamento

ambiental previsto pela lei 6938, o decreto 99.274 de 90, em praias de desova

da tartaruga marinha, só poderá ser efetivada após a avaliação das

recomendações do centro TAMAR do ICMBIO, no Rio de Janeiro. No Rio de

Janeiro, perdão. Essa área se estende do Farol de São Tomé a divisa com o

Espírito Santo. Até a presente data não foi protocolado no projeto TAMAR o

projeto do Terminal Sul do super porto do Açu. Este órgão está a disposição

para conversa e esclarecimento quanto ao trabalho de conservação e manejo

das tartarugas marinhas e também sobre a sua biologia.” Então tá aqui a

manifestação da Daniela. Antes de vocês responderem, pera aí que tem

algumas sobre a fauna e flora. Denis Fraga fala que “anteriormente foram

realizadas as atividades mitigadoras em relação à fauna, ou seja, o

recolhimento da área” deve estar se referindo à captura, e ele pergunta se deu

certo retirar os animais.

Acho que é Marilda do Nascimento, “Como e onde será distribuída as

sementes criadas no viveiro para tentar minimizar um pouco esse impacto da

vegetação da área ocupada?” E tem a Geisa Ribeiro, que diz “Na realidade, no

dia-a-dia os programas funcionam ou não? São mais um monte de papel

obrigatórios? O que é feito com os aterros da fauna e flora? Não seria mais

legal evitar a morte de um monte de animais e plantas, tentar a diminuição

desses indícios, desses índices, perdão. O que é que pode ser replantado? E

os animais mortos, esses não podem ser repostos. Não é pagar caro para o

progresso?”

Marcos Machado: - Só respondendo para o TAMAR, Daniela, como eu estava

mais cedo falando com você, e agora chegou uma informação mais nova; nós

temos contato sim com o ICMBIO TAMAR, tanto que recebemos recentemente

uma carta do ICMBIO TAMAR, marcando dia 09 de novembro uma vistoria e

uma reunião já dentro do Porto Açu, pra justamente discutir a parceria que a

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gente já tem com o TAMAR, da implantação do monitoramento e conhecer

como é que anda o andamento desses projetos todos que estão acontecendo

ali na região. Isso já, essa discussão com o TAMAR já vem tendo, nós temos

contato direto com o TAMAR, tanto que recentemente o grupo EBX foi

convidado a um simpósio sobre a tartaruga marinha - estava todo o ICMBIO

TAMAR - e foi o único grupo privado que estava lá participando, discutindo.

Então nisso a gente tem reunido especialistas das universidades para tratar,

que é um assunto que a gente está numa área em que a gente justamente por

estar nessa área do Rio de Janeiro, que ocorrem as desovas, a gente tem a

consciência, que a gente tem investido em programas de monitoramento,

gerando conhecimento, resgatando e cuidando dos ninhos das tartarugas em

todo esse trecho de 62 km da praia, que vai da Barra do Rio Paraíba do Sul à

Barra do limite lá de Campos, que é até a Barra do Furado. Então a gente tem

o contato com o TAMAR ICMBIO, e dia 09 como eu acabei de receber, vai ter

essa reunião aqui.

Informando sobre a pergunta das sementes, eu queria aproveitar, que a gente

falou isso em Farol, eu acho que eu não falei isso em outros lugares, o grupo

está desenvolvendo um viveiro de mudas justamente para poder aproveitar

essas sementes e desenvolver mudas de restingas, um viveiro com capacidade

de reproduzir 500.000 mudas de restingas por ano, que vão ser usadas nos

projetos de recuperação. Esse viveiro, ele está em construção, deve ser

inaugurado agora, já em novembro, onde essas sementes vão produzir mudas

pra gente aplicar já nos projetos de recuperação da rppn que o grupo está

criando, que vai ser a maior de restinga do país. São 4.400 hectares de

restinga. Então todas as sementes e mudas resgatadas, elas ficam guardadas

para poder usar na produção de mudas de restingas.

Affonso Novelo: - Tentar complementar as outras questões, vou fazer uma

lógica aqui impacto e medidas de programas, com relação à diminuição dos

índices de biodiversidades a quem foi que fez essa pergunta. Essa diminuição

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dos índices de biodiversidades, originadas pela supressão de vegetação, pela

ocupação de ambientes naturais, pela proximidade de empreendimentos

nesses ambientes naturais, provoca-se a diminuição de índices de

biodiversidade. Esse foi o impacto identificado não só no processo de

licenciamento do T-Sul, como em outros empreendimentos também. A partir

desse impacto identificado, eu já tenho que propor medidas pra tentar

compensar, minimizar ou até mesmo controlar esse impacto. E aí, até mesmo

várias medidas que já foram apresentadas aqui. Pra você diminuir essa perda,

já que eu vou suprimir 10 hectares de restinga, de 50 hectares de restinga, não

importa o número, mas antes de eu suprimir essa área que contém índices de

biodiversidade de vegetação e de fauna, eu posso propiciar vários programas

de resgate de elementos da fauna e da flora, formação de bancos de sementes

das principais espécies, formação de viveiros, formação de centros de triagens,

caso eu resgate algum animal ferido ou sem condições de se locomover antes

da chegada das atividades de supressão, eu levo pra esse centro de triagem e

depois solto. Então todas essas medidas visam diminuir o impacto da

supressão e da ocupação daquele local. Já que eu não consigo minimizá-lo, eu

não consigo minimizá-lo totalmente porque eu preciso daquela área, eu vou

suprimir aquela área. Mas eu posso minimizar essa perda de diversidade,

montando essas medidas. Como eu asseguro a execução dessas medidas de

uma forma clara, objetiva e eficiente. Aí já vai na eficiência de captura e soltura.

Eu transformo em programas. Como eu falei os programas são condicionantes

legais do processo de licenciamento. Se eu pego essas medidas, ordeno e

aprovo junto ao órgão, eu tenho que executar aquela metodologia. E aí eu vou

promover o resgate antes da supressão, montar viveiros, formar centro de

triagem, fazer reposição florestal, enfim. Todas aquelas medidas que não

estavam organizadas são organizadas em programas e ganham peso de

condicionante ambiental como o próprio INEA falou. Pra eu fazer a captura e

soltura desses animais, tá? Eu tenho que apresentar um plano de trabalho ao

IBAMA e ao INEA para aprovação da metodologia e fornecer periodicamente

relatórios de sucesso dessa estratégia. Eu não posso chegar lá e simplesmente

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executar uma metodologia não aprovada, não discutida pelos órgãos

licenciadores, no caso o IBAMA e INEA, e executar esse trabalho de resgate,

tanto pra fauna quanto pra flora, porque aí envolve um manejo, envolve

captura, envolve coleta de animais. Eu preciso ter uma licença do meu plano

de trabalho, eu tenho que protocolar no órgão; ele aprova a metodologia,

corrige, amplia, destina, e aí você executa. Quase todos os processos, aliás,

todos os processos de licenciamento executados naquele território, vêm

elaborando esses projetos e como área de soltura preferencial a Fazenda

Caruara, que é o ambiente de maior qualidade ambiental e com maiores

extensões de restingas arbóreas, arbustivas e outros ambientes que possam

receber. Porém aqui fica até uma sugestão da própria consultora; nessa

integração dos programas já que tem programas de resgate, de captura, de

fauna e flora, é necessário sim fazer um estudo mais detalhado de capacidade

de suporte desses ambientes que vão receber os animais. Então, nessa

integração dos programas, aproveita-se essa integração, amplia-se suas

atividades propicia um estudo mais detalhado de capacidade de suporte da

própria Fazenda Caruara e de outros ambientes também suscetíveis a receber.

O que mais?

Maurício Couto: - Concluindo, Affonso.

Affonso Novelo: - Tá, concluindo. Todos esses, voltando ao TAMAR. O

programa de quelônios do TAMAR, junto, foi intensamente discutido com o

ICM-BIO no processo de licenciamento da UCN. Intensamente discutido. O

IBAMA apresentou o seu termo de referência - “eu quero que seja assim,

assim, assim, assim” – será discutido junto com o INEA. Eu não sei o estágio

de aprovação desse programa, mas o programa de quelônios será baseado no

termo de referência do .....

Maurício Couto: - Tá ok, Affonso. Obrigada pelos seus esclarecimentos. O

Domênico Ribeiro, agora são as perguntas específicas sobre os impactos que

a atividade pode causar. “Gostaria de saber a destinação do material dos

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cascos dos navios, o material encrustrante, e informação sobre o modo de

tratamento.” O Tiago Silva: “ Sobre os impactos ambientais em caso de

tratamento de mercúrio ou outros tipos de produtos químicos usados nas áreas

industriais. Que tipo de medidas o grupo tem como ação?” E outra

preocupação dele é com o desequilíbrio que já ocorre no mar e seu avanço à

costa: “Com toda a modificação e o impacto da implantação do complexo, que

tipo de planejamento de contingência o grupo tem como projeto, no caso de um

avanço mais brusco, por exemplo?” O Josué pergunta: “A montanha de carvão

vai ficar ao ar livre. O que será feito para não ocorrer a poluição da água e do

ar devido a essa montanha?” E o Paulo César, dentre algumas perguntas que

depois eu vou ler: “O que será feito com a água contaminada que trará o

minério de ferro na forma pastosa?” Pode ir, por favor.

Affonso Novelo: - Agora sim. Vou começar rapidamente pelo carvão. Foi

intensamente mostrado aqui as pilhas de carvão e as medidas minimizadoras,

mitigatórias do impacto da dispersão do pó de carvão. Eu posso cobrir essa

pilha sim, com aquele aglutinante, aquela maizena líquida que eu falei, eu

posso ter barreiras vegetais, cobrir as correias transportadoras, com isso eu

minimizo muito as barreiras vegetais, como eu falei, minimiza muito a

dispersão, como eu falei, do carvão. Foi densamente apresentado aqui. Então

tem medidas eficientes que vão para o programa, que vão como

condicionantes ambientais. Voltando a poluição ou acidentes, todo o

empreendimento, como aqui teve o estudo de análise de risco,

obrigatoriamente eu tenho que fazer uma análise preliminar de risco, de acordo

com as minhas atividades previstas. Tipo de combustível, tipo de operação,

tipo de instalação, tipo de armazenamento, tudo isso eu analiso e tenho uma

identificação preliminar de risco, principalmente vazamentos e explosões. E

dessa análise preliminar de risco eu monto um PGR, ele é um Plano de

Gerenciamento de Riscos, que são as diretrizes que você tem que adotar no

gerenciamento desses riscos avaliados preliminarmente de acordo com

estudos metodológicos. Encerrei esse plano de gerenciamento de riscos, eu

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apontei esse gerenciamento, esses riscos, eu monto o meu plano de

atendimento a emergências. Então, identifiquei o risco, eu gerencio esses

riscos, como eles podem ser evitados e controlados, e no caso de acidentes,

toda atividade potencialmente contaminante, potencialmente explosiva tem que

ter um plano de atendimento a emergências, especificamente aquela atividade

proposta, com um monte de normas a serem respeitadas e introduzidas nesse

contexto. Então, tem essa sequência que deve ser introduzida no processo. A

análise preliminar de risco, programa de gerenciamento de risco, como está

proposto, e o plano de emergências, que são aquelas que você analisa e

espera acontecer, mas você tem todas as medidas previstas imediatas a serem

aplicadas.

Márcio Rediva: - É, completando a resposta, as perguntas demonstraram a

preocupação com relação a gestão de resíduos sólidos no casco quanto na

parte frente líquidos e ....

Maurício Couto: - E mercúrio também. Mercúrio e efluentes industriais.

Márcio Rediva: - E mercúrio, tá. Tanto na parte de resíduos sólidos quanto na

parte de efluentes líquidos. É bom lembrar que na cronologia do licenciamento,

nós estamos tratando ainda do EIA-RIMA para a obtenção da LP. Os impactos

hoje previstos com relação a, tanto a fase de implantação quanto a fase de

operação, hoje são impactos que serão corroborados no futuro pelos

programas mostrados pela construtora com relação aos controles tanto na área

de água quanto na área também no programa de gestão para gestão de

resíduos sólidos. Então isso vai obviamente evoluir do licenciamento para a

fase de LI e assim por diante, até pra corroborar a gestão ambiental tanto na

fase de implantação quanto na operação. O empreendedor também na

apresentação dele mostrou que é previsto para todo o projeto um termo de

compromisso, ou seja, um marco regulatório ambiental, que vai buscar de

todas as empresas, inclusive aquelas hoje previstas para serem instaladas no

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Terminal Sul, objeto dessa audiência pública, os padrões de melhor tecnologia

aplicável, reuso e também para tratamento de efluentes. E só uma correção,

uma informação com relação ao minério, ao deságue de minério, lembrando

né, nós estamos tratando aqui do licenciamento do terminal sul. Esse impacto

do deságue, tratamento da água e reutilização da água está previsto em outro

licenciamento, nós não temos informação no momento.

Maurício Couto: - Ok, obrigado. As outras perguntas aqui do Paulo César de

Almeida, ele fala sobre “Na terraplanagem, hoje a restinga existente foi

destruída e com ela a vida animal. Também o que será feito para mitigar esse

impacto?” Acho que o Affonso já respondeu em relação ao resgate da fauna. E

a outra pergunta também em relação ao mineroduto, que não é objeto da

nossa audiência pública, mas ele fala “já se pensou na forma de desobstruir os

dutos pela compactação do minério em suas paredes, entre parênteses

colesterol? As outras perguntas, a do Josuel, a segunda pergunta dele e a

pergunta do José Carlos Paes, são referentes ao afluxo de pessoas que virão

para o Açu. Ele pergunta: “ Como ficarão as pessoas que não poderão morar

nos núcleos residenciais no entorno do empreendimento? Irão criar ocupações

irregulares, não planejadas, tipo favelas principalmente em São Francisco de

Itabapoana?” E o José Carlos fala: “Todos os empreendimentos que irão ser

implantados na retroárea, como usina de força, siderúrgica e aglomeração

urbana, que ocorrerá” – ele botou o exemplo de Santos – ele pergunta;

correndo o risco, ele afirma ainda “Correndo o risco desse caos que poderá

ocorrer em função da falta de infraestrutura, ele pergunta “Como serão as

residências para os operários e se terá área de lazer, policiamento e

saneamento básico?”

Luís Baroni: - então, eu vou condensar as duas perguntas. Nós falamos

inicialmente que naquele uso da ocupação do solo, a gente pretende fixar e eu

dei dois exemplos; que são as vias de acesso em desenvolvimento e também

os núcleos urbanos. Obviamente que a gente pretende que grande parte dessa

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mão de obra que vai tanto para a mão de obra quanto para a implantação e

operação, se fixe nesse núcleo urbano, porque apesar de a implantação ser

temporária, a operação e manutenção são permanentes. Apesar disso, existe

sim uma mão de obra que não vai ser 100% fixada e não vai ficar para a

operação. Isso já consta, tanto no projeto básico, a criação de alojamentos.

Alojamentos de forma estruturada conforme a pergunta diz, sim, tem áreas de

lazer, tem refeitório, tem dormitório e tem toda infraestrutura de saneamento

básico. A água e tratamento de efluentes, até como na apresentação eu

coloquei pra vocês, são estações de tratamento de efluentes condensadas pra

esses alojamentos, que após a sua desativação serão retiradas. Então existem

esses dois pontos: a locação dessa mão de obra nesse vilarejo de núcleos

urbanos e essa mão de obra, que será uma mão de obra temporária nesses

alojamentos. Alojamentos estruturados e com toda a infraestrutura, água e

esgoto, e também essa parte de lazer e refeitório.

Maurício Couto: - Tá ok, obrigado. Eu estou agora com duas manifestações,

uma do Carlos, ele gostaria de saber o número do conselho da inscrição do

conselho profissional do Dr. Affonso Novelo porque ele diz que ele faz críticas a

apresentação do seu relatório, e pensa em fazer uma representação. Bom, o

número de inscrição do conselho profissional, é o Carlos que está fazendo

essa pergunta, está ali no estudo de impacto ambiental, está ali uma lista onde

tem toda identificação dos profissionais que desenvolveram o estudo de

impacto ambiental e o RIMA. Então eu sugiro que o Carlos, que ele faça a

consulta ali ou então diretamente no RIMA, ou então no próprio site.

E tem uma que tá também aqui que não foi assinada, a pergunta, que reclama

sobre a apresentação feita pelo Affonso em relação aos planos e programas,

que ele foi feito com slides com muitas letras pequenas com baixo contraste,

com muita informação e pouco espaço. Ele falou que o público tem dificuldade

para entendê-las e ele diz que é muito necessário para o público tomar, ter

direito de conhecê-lo, e que toda a comunidade tem direito.

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Eu sugiro também a quem fez essa pergunta que se dirija ali ao RIMA, ao

estudo de impacto ambiental disponibilizados ali, que vai poder fazer uma

consulta bastante detalhada em relação a esses slides.

Bom, tem uma solicitação feita ali pela Lílian Gomes, em relação à realização

de uma nova audiência pública em São Francisco de Itabapoana. Gostaria de

informar à Lílian que fica registrado, vai ser encaminhado a CECA esse pedido

de uma nova realização de audiência, mas eu já lhe informo que a CECA,

antes de demarcar quais são os municípios, ela avalia também o estudo de

impacto, ela, é feita uma apresentação por parte da empresa e da construtora e

é decidido pelo plenário da CECA, que são os municípios que vão receber as

audiências públicas. Essa decisão foi dada pela CECA. Mas independente

disso, nós vamos submeter a sua solicitação, mas lembrando sempre que essa

participação de São Francisco de Itabapoana nas audiências de Campos

sempre foi muito boa e muito representativa. A presença de vocês aqui é muito

importante, porque as questões feitas aqui são todas levantadas e estão sendo

respondidas pelos representantes aqui da empresa e da consultora.

A última pergunta encaminhada à mesa aqui pelo Elton Vieira. É uma pergunta

muito boa, técnica, mas ela foi feita fora de prazo. Então a gente não vai poder

lê-la aqui, mas vai ser encaminhada à empresa. É uma pergunta sobre o plano

de emergência, ela vai ser encaminhada à empresa e nós estamos com o seu

endereço aqui, o seu e-mail e o site da sua empresa. A empresa vai responder

pra você dentro do prazo de cinco dias e vai ser cobrada pelo INEA. (Maurício

Couto, ainda com a palavra) - Bom, agora passamos à fase de quem solicitou o

uso da palavra. A primeira pessoa que solicitou foi a Simone Faria. Por favor,

Simone, aqui ao microfone, lembrando que você tem três minutos pra

comparecer ao microfone para fazer a explanação. Microfone pra Simone, por

favor.

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Sra. Simone: - Olá, boa noite. Eu pedi pra falar porque eu tenho ouvido muitas

opiniões a respeito desse empreendimento e eu queria deixar registrada a

minha experiência. Meu nome é Simone Faria, eu sou carioca, filha de

campistas e por duas outras vezes eu já morei em Campos e acabei

retornando para o Rio de Janeiro, buscando oportunidades de trabalho

melhores. Há dois anos atrás, a minha mãe, que mora em São João da Barra,

me falou a respeito da construção do Porto do Açu e das oportunidades de

trabalho que estavam surgindo. E eu decidi então apostar nesse futuro na

região. Eu pedi demissão no Rio, peguei meu filho e me mudei pra São João

da Barra e essa foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida. Eu entreguei

oito currículos na LLX, pra todas as pessoas que eu consegui contato, e em

dois meses houve a oportunidade, a chance de eu ser contratada como

monitora do programas de visitas comunitárias Nosso Porto, Nosso Futuro.

Isso foi há dois anos e eu continuo na empresa até hoje, trabalhando hoje na

parte administrativa da gestão fundiária. A mensagem que eu quero deixar aqui

pra todo mundo que está pensando em uma oportunidade melhor na vida é que

a hora é essa. Vocês devem se preparar, se comprometer e abraçar esse

projeto, porque ele vale muito à pena. Obrigada.

Maurício Couto: - Obrigado pela participação. Vasco Gilberto, por favor.

Microfone para o Vasco Gilberto, por favor.

Sr. Vasco Gilberto: - Boa noite a todos os representantes. Boa noite a todos.

Eu quero agradecer a oportunidade de estar trabalhando. Passei um bom

tempo desempregado, então direta ou indiretamente eu venho a agradecer,

trabalho no complexo portuário há uns três meses mais ou menos, e tenho um

bom conhecimento de muitas coisas que vêm acontecendo. Vejo que há uma

área que vai ser afetada até devido ao progresso e eu acredito que o progresso

que vai compensar isso tudo, tanto que eu tenho um filho de 16 anos e eu

estou trazendo ele pra morar comigo – ele mora no Rio de Janeiro – para que

ele possa fazer alguns cursos que estão sendo desenvolvidos em São João da

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Barra e além disso, eu queria registrar que eu tenho visto poucas pessoas

sendo informadas de muitas coisas que vão acontecendo. Eu conheci a LLX, o

grupo de ouvir falar. Agora que trabalho conheço bastante coisa e vejo que

muita coisa que eu conheço agora não tem nada a ver com o que é dito lá fora.

Então, nós temos aqui todas essas pessoas interessadas no assunto, e a

maioria das pessoas que estão lá fora, que ouvem falar, ouvem daqueles que

estão interessados, bem intencionados ou interessados mal intencionados.

Minha pergunta é se há algum tipo de esclarecimento do trabalho que está

sendo feito ou que vai ser feito mais diretamente com a população? No caso eu

moro aqui há um ano, São João da Barra, e não vejo muito desse trabalho na

rua; vejo nas reuniões, nas palestras e aqueles que não estão interessados

não vão nas reuniões, não vão nas palestras e acabam ouvindo daqueles que

querem divulgar uma notícia de um lado bom e de um lado ruim. Obrigado.

Maurício Couto: - Obrigado, Vasco. Por favor, a empresa. Dois minutos, por

favor.

Luís Baroni: - O Gleide, você fala a respeito do programa de comunicação, por

gentileza.

Gleide: - Como é seu nome mesmo? É Márcio? Vasco! Muito obrigada pelo

seu depoimento, pela sua pergunta. Vasco olha só, nós temos alguns sistemas

de comunicação voltados para a comunidade. Um programa de visitas

comunitárias que acontece semanalmente, toda quinta-feira a partir das 14

horas. Nós temos um ônibus à disposição da comunidade que se inscreve na

secretaria de comunicação de São João da Barra. Essa visita leva a população

até o porto e lá nós falamos do complexo como um todo, mostrando o que já

está sendo desenvolvido, o futuro, a oportunidade de esclarecimento de

dúvidas, e depois o grupo faz uma visita monitorada a todo, a toda obra do

empreendimento. Além desse programa, nós estamos desenvolvendo um

programa chamado Rede de Diálogo, voltado também pra São João da Barra,

porque nesse momento nós temos priorizado a comunidade de São João da

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Barra, porque é a que está diretamente afetada. E é um programa onde os

nossos colaboradores, nossos comunicadores vão de casa em casa levando

informação. Você tomou conhecimento disso também. Além disso, há o

trabalho feito pela assessoria de imprensa, que passa informações via

jornalistas quando é demandado. Enfim, há uma campanha de divulgação na

mídia atualmente, que tem falado do porto e nós estamos organizando novos

programas de relacionamento, pra que a informação levada à população seja

mais afinada. Eu concordo com você que ainda há um trabalho a se fazer, mas

hoje nós já temos programa de comunicação bem mais voltados, um foco bem

direto pra São João da Barra. Mas já estamos ampliando isso de forma a trazer

pra Campos, a gente atende a muitos grupos de Campos que solicitam visitas,

principalmente os universitários, e também pra São Francisco de Itabapoana.

Nessa conversa que tivemos lá com o poder executivo do município, nós já

estamos pensando também em um programa que inclua São Francisco de

Itabapoana nesses programas de comunicação. Ta ok? Muito obrigada pelo

seu depoimento.

Maurício Couto: - Obrigado, Cleide pelo esclarecimento. Agora Frederico

Rangel, por favor. Microfone para o Frederico Rangel.

Sr. Frederico Rangel: - Boa noite, senhoras e senhores. Meu nome é

Frederico, moro no Quinto Distrito de São João da Barra já há dois anos e

meio, quase três. Frequento o Quinto Distrito já há alguns anos e o que eu

tenho observado desde o advento do porto é que a autoestima das pessoas

que moram nos arredores do porto, o semblante das pessoas que moram nos

arredores do porto, com esse advento do porto, o comércio, melhorou, tudo

melhorou gradativamente. Você observa que o clima das pessoas, o

sentimento das pessoas é diferente hoje. A família da minha esposa, eles

eram, eles são proprietários de terras da região que foi desapropriada que

houve emissão de posse, e eles tiveram, o lote deles foi emitido; já receberam

o valor. Não houve traumas, não houve stress, foi uma questão rápida, a

documentação estava toda ok. Hoje eu trabalho na área do porto há um ano e

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dois meses. Estou muito satisfeito. Tenho companheiros, pessoas que moram

na região do quinto distrito e tenho certeza que todos estão satisfeitos também.

Então eu vim dar esse depoimento porque eu sempre ouço pessoas falarem,

ouvia pessoas falarem na rua “Ah, porque o porto, ele vem pra cá, ele vem tirar

a nossa terra e não vão pagar ninguém.” Mentira. Estão pagando a todo

mundo. Eu sou testemunha disso, e conheço muita gente que também já

recebeu e não está tendo problemas. Era só isso que eu queria falar. Obrigado.

Maurício Couto: - Muito obrigado pela manifestação, Frederico.

Gleide: - Maurício, você me deixa só.

Maurício Couto: - Cleide, um minuto só. Um minuto.

Gleide: - Como é que é o nome do senhor? Frederico? Olha, você me deixou

emocionada. De tudo que aconteceu nos últimos tempos, eu tinha que viver pra

ouvir você falar isso. Porque você não imagina e esforço dessa equipe pra

dirimir conflitos todo dia por conta disso. O seu depoimento foi o melhor

presente que eu recebi nos últimos tempos. Muito obrigada, de coração!

Maurício Couto: - Obrigado. Parabéns, Cleide.

Bom, agora estamos com o Geraldo César inscrito, ele solicita aqui a leitura de

uma carta, indaga sobre a posição do empreendimento de São Francisco. Ele

protocolou já uma carta direcionada aqui ao Márcio a ao Dirton. Com relação à

leitura da carta, não tem problema, desde que leve três minutos, Márcio. Por

favor, Geraldo.

Geraldo César: - Boa noite a todos. Boa noite para todos os senhores

presentes. A carta realmente eu não vou ler porque não haveria tempo hábil

para tal. Ela está protocolada aí, e eu até fiz uma pauta para me guiar, mas

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também não vai ter tempo pra isso, nem as perguntas tem mais sentido porque

já foram feitas e respondidas. Então só me cabe agora fazer uma colocação e

pedir a vocês, né. Eu nem sou daqui da região, mas moro aqui. Eu sou mineiro

de Belo Horizonte, mas moro na localidade de Gargaú. Tenho casa lá há vinte

anos, mas moro lá há seis anos direto. E tenho observado, porque eu estou lá

dentro, toda a situação que isso pode implicar. Aqui foi dito o tempo todo que

São Francisco não é uma área direta de impacto. Eu diria que é a área mais

impactada seria ali, principalmente o Gargaú. Aqui falou-se muito e em dados

momentos me pareceu até um programa político. Perguntas e respostas

ensaiadas e tecnocratas. Então eu queria chamar à sensibilidade e quando eu

digo que Gargaú vai ser o mais afetado de São Francisco, porque nós somos

extremamente vulneráveis. Eu queria chamar à sensibilidade da sua empresa

pra estudar a situação econômica daquele lugar, que é o segundo mais pobre

do Estado do Rio de Janeiro, IDH 0,6 e, que é forte candidato a ser o inverso

do Eldorado, que foi empregado aqui das belezas, benéfices e maravilhas, que

Campos, que tem estrutura de suportar um determinado impacto e São João

da Barra normalmente, por estar na área. Nós somos candidatos a uma favela.

Nós somos candidatos a uma periferia desse projeto. Porque é pra onde vai

imigrar, haja vista Macaé e região, que tem que ter intervenção do BOPE pelos

problemas sociais do avanço econômico. Agora, de um empreendimento é

maravilhoso? É. Corroboro o que foi dito. O país precisa disso, dessa ousadia

porque é o Eike, ele está se mostrando um empresário visionário, audacioso e

o país precisa disso. O Brasil prega modernidade, mas tem que mostrar esse

tipo de modernidade, mas não se imputar a responsabilidade que é social,

porque o que está sendo levado em conta aqui é o social. A questão da pesca

foi dita, os pescadores vão ser impactados e muito. Mas não podemos agir

como se fosse um doente terminal para esperar que a fome se instaure para

depois fazer políticas de engajamento ou dar favorecimentos monetários.

Precisa-se já. Vamos largar o gerundismo que abunda na língua portuguesa

que é a do “estamos fazendo, estamos providenciando, estamos querendo,

estamos pensando”, e passar para conjugar o verbo no particípio, fazer, agir,

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resolver. São Francisco precisa disso agora. Ação. Eu sou pedagogo e artista,

militei dentro da dança clássica, em quatro melhores companhias de dança

clássica no Brasil e algumas no exterior. Tinha um projeto de dança em São

Francisco maravilhoso, que foi cortado pela atual administração, que tem se

mostrado até hoje incipiente, incompetente e incapaz de fazer qualquer coisa

para resolver os problemas do município. E nós, entre esse grande

empreendimento e um outro que está vindo, que foi citado aqui vizinho,

estaremos no meio sofrendo um impacto social muito forte. Então peço a

sensibilidade dessa empresa, por tudo que tem nos mostrado agora, para agir

no sentido de imediatamente nos favorecer. Há um projeto aí despertando

vidas, da comunidade de Gurirí e a empresa observe com muito carinho e nos

dê essa atenção. Muito obrigado.

Maurício Couto: - Obrigado, Geraldo. Muito bem colocado. Eu não tenho

dúvida que a empresa vai considerar isso. Não só a empresa também, como a

secretaria estadual do ambiente, ao próprio INEA, pode deixar que essa região

toda vai ser contemplada. Muito bem colocado. Agora eu gostaria de chamar o

Luciano Vidal que é o Superintendente do Ministério da Pesca e Agricultura.

Representante do senhor Luciano Vidal: - Boa noite. Eu quero pedir

desculpas. O Luciano Vidal ele tinha pedido pra falar em primeiro lugar, que ele

tinha a viagem marcada e aconteceu uma falha de comunicação e infelizmente

ele teve que se ausentar e ele está viajando já.

Maurício Couto: - Tá ok.

Representante do Luciano Vidal: - Mas ele pediu pra fazer um breve

comentário. Ele esteve na presença de todos vocês no dia de ontem, na noite

de ontem, né? E ele se sentiu muito a vontade e sentiu muito receptiva a,

sentiu como é que se fala, ele sentiu muito interesse em receber o

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Superintendente Federal da Pesca e tratar de assuntos referentes a interesse

da pesca na nossa região. E ele, e eu peço mais uma vez desculpas pelo

Superintendente e tenho certeza de que em uma próxima ocasião ele vai estar

podendo passar pessoalmente, fazer pessoalmente esse agradecimento pela

recepção que ele teve na LLX.

Maurício Couto: - Obrigado pela participação. E realmente o Luciano esteve

ontem conosco na audiência pública e fez uma belíssima explanação. Eu

gostaria de chamar agora o senhor José Armando Barreto, por favor. José

Armando é da secretaria de pesca de São Francisco.

Sr. José Armando – Secretaria de Pesca de São Francisco: - Alô. Agora

sou eu.

Maurício Couto: - Agora é você.

Sr. José Armando: - Boa noite a todos. Boa noite aos presentes. Boa noite ao

quinto distrito, por que não? Boa noite aos meus amigos e meus irmãos de São

Francisco, de Barra, Capitão. A verdade é o seguinte: eu ouvi com atenção o

recramo do companheiro de Gargaú e é bom informar que independente de

qualquer coisa, o meu endereço é o último cata-vento, não tem como errar

minha casa e qualquer reclamação, qualquer necessidade de aproximação do

poder público, aproximação saudável para que as soluções aconteçam, eu

estou à disposição e vou disponibilizar inclusive o meu telefone, e Gargaú é

minha terra. Eu vou contar uma história rápida com coisas que acontecem de

São Fidélis. Eu tinha o pezinho torto quando era pequeno e sempre foi

revoltado desde novinho e com três anos eu jogava aquela botinha ortopédica

bem no Rio Paraíba. Ela rolou esse rio todinho e foi parar em Gragaú. É por

isso que eu quero que ela seja enterrada lá. A verdade é o seguinte: eu gosto

de criticar quando a gente vê que tem que ser criticado. E nós fizemos duras

críticas a LLX, duras críticas a não observância dos impactos que irão

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acontecer, socioambientais, dos impactos ecológicos, dos impactos ambientais,

dos impactos de vizinhança, dos impactos no aquífero, que é o mesmo

aquífero daquela região, o tabuleiro é um só. Mas eu gosto também de elogiar

quando o retorno acontece. As críticas foram duras, nós chegamos a ingressar

no ministério público com uma reclamação, mas a LLX se mostrou eficiente e

qualificada e foi até São Francisco nos ouvir. Ouviu os reclamos, os reclamos

da gestão municipal, e nós falamos em nome do povo, dos pescadores, não

pedimos nada individualmente. Nós pedimos à LLX que olhasse com atenção

as necessidades do município, que olhasse com atenção o que iria acontecer

na realidade com a construção da ponte, que não foi citada no relatório, a

possibilidade, e é uma realidade, que nós recebemos o documento do DR que

garante a execução dessa obra e sabemos que é uma necessidade também de

interação da LLX porque vai precisar desse acesso as jazidas que nós temos

lá, inclusive de mármore. E o meu elogio é esse. Vocês foram até São

Francisco, sentaram com todos os secretários, ouviram as nossas demandas,

ouviram os nossos chororôs, vamos falar assim. Na verdade quando a gente

fica de lado a gente chora um pouco, mas choramos com razão. Eu penso que

não foi adequada, faltou um pouco de percepção no que seria a influência em

São Francisco. Nós somos um só. O corpo é um só. O organismo é um só.

Aquela região ali já sofreu a influência do mar e foi criado, é um tabuleiro só. O

nosso manguezal, ele vai ser prejudicado, mas ele já está sendo prejudicado

por nós mesmos. Domingo eu fui, eu sou pescador esportivo, eu fui pescar um

robalinho na saída da Zabita, e o que nós estamos fazendo com construção

irregular e nós não estamos conseguindo controlar. Qualquer ajuda pra gente

conseguir controlar isso é benéfica. E falar uma coisinha só. O que nós

pactuamos é que a LLX iria participar, ia trabalhar com projetos em, na direção

da qualificação profissional e essa qualificação profissionais são de

profissionais que irão atender a demanda de empregos e de serviços de porto

e do complexo e ia também atuar na questão da pesca. Quando eu falo da

questão da pesca, eu não falo da questão da pesca individual, eu não falo da

questão da pesca da colônia, eu não falo da questão da pesca artesanal. Eu

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falo no seguimento da pesca. Quem tem que falar em nome da colônia é o

presidente da colônia, quem tem que falar no nome dos pescadores é a

representação legal dos pescadores. E ele tem que pedir pelos pescadores. Eu

falo e eu peço pelo segmento e pela pesca como um total. E o que nós temos

pedido é a infraestrutura pesqueira. A preocupação não é o que está

acontecendo hoje, a preocupação com o que vai acontecer com a classe

pesqueira, se todos esses filhos de pescadores abandonarem a tradicional

ocupação e forem trabalhar em outras atividades. Vai acontecer e vou insistir

que nós pactuamos em São Francisco é atendimento de necessidade de

qualificação profissional e a necessidade da pesca como um todo, da

infraestrutura pesqueira. Isso foi compactuado. Isso eu tenho certeza que vai

ser que foi tratado e vai ser cumprido pela LLX. É um anseio de São Francisco

que vai dar oportunidade, inclusive de alojar com a ponte ou sem a ponte, que

eu tenho certeza que vai haver uma maneira de comunicação, ou balsa, ou

uma ligação que seja com São Francisco, que são 200 metros de São João da

Barra até São Francisco, ali por aquela reta ali na direção da cidade. Eu tenho

certeza de que vai acontecer essa interligação. Nós estamos mais próximos e

vamos estar cada vez mais próximos e São Francisco vai oferecer moradia, vai

oferecer condições de vida digna pros trabalhadores do porto do Açu. Eu de

minha parte agradeço a qualificação de ter percebido um erro, de ter percebido

uma dose errada de preocupação de São Francisco e ter iniciado a correção. E

é apenas o início e nós vamos cobrar que as coisas aconteçam da maneira

adequada. Obrigado. Boa noite.

Maurício Couto: - Obrigado José Armando, pelo seu esclarecimento e a sua

fala. Bom senhoras e senhores, eu gostaria de agradecer a participação de

todos, lembrando que ainda temos dez dias para manifestações a serem

encaminhadas a CECA e ao INEA, nos endereços que estão constando aí no

verso do folheto que vocês receberam. Agradecer e elogiar hoje a participação

dos produtores rurais do Quinto Distrito, que hoje se comportaram muito bem

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na audiência pública e vão ter todos os seus pleitos levados ao (xxxxxxxxxxx).

Parabéns, muito boa noite e obrigado por tudo.

Transcrito por Célia Requião e Fernanda Amaral do Nascimento

Supervisão: Helbe Tuttman

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