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EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE - … · falar em responsabilidade civil quando quem sofre o prejuízo é o próprio causador do dano, pois, nesse caso, estar-se-ia diante da hipótese

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, O PROGRESSO CIENTÍFICO E A EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA SÃO CAUSAS COMUMENTE APONTADAS COMO CAUSADORAS DA NOVA CONCEPÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

EVOLUÇÃO JURIDICA: FLEXIBILIZAÇÃO DA PROVA DA CULPA CULPA PRESUMIDA (SUMULA 341 DO STF) RESPONSABILIDADE SEM CULPA

Aspectos Gerais 1. Aspectos Gerais

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ELEMENTOS:

CONDUTA ANTIJURIDICA

NEXO DE CAUSALIDADE

DANO

EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE

Aspectos Gerais 1. Aspectos Gerais

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FIM DO SEC. XIX NA FRANÇA RISCO É PERIGO, PROBABILIDADE DE DANO “ENQUANTO A CULPA É VINCULADA AO HOMEM, O RISCO É

LIGADO AO SERVIÇO, À EMPRESA, À COISA, AO APARELHAMENTO. A CULPA É PESSOAL, SUBJETIVA; PRESSUPOE-SE DO COMPLEXO DE OPERAÇÕES DO ESPIRITO HUMANO, DE AÇÕES E REAÇÕES, DE INICIATIVAS E INIBIÇÕES, DE PROVIDENCIAS E INERCIAS. O RISCO ULTRAPASSA O CIRCULO DAS POSSIBILIDADES HUMANAS PARA FILIAR-SE AO ENGENHO, A MAQUINA, A COISA, PELO CARATER IMPESSOAL E OBJETIVO QUE O CARACTERIZA” (JOSE CRETELLA JUNIOR, COMENTARIOS A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988)

Aspectos Gerais 2. Teorias do Risco

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RISCO PROVEITO RESPONSÁVEL É AQUELE QUE TIRA

PROVEITO OU VANTAGEM DA ATIVIDADE DANOSA OU DO FATO LESIVO

ONDE ESTÁ O GANHO, AI RESIDE O

ENCARGO

Aspectos Gerais 2. Teorias do Risco

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RISCO PROFISSIONAL

O DEVER DE INDENIZAR DECORRE DA ATIVIDADE OU PROFISSAO.

SEMPRE QUE O DANO FOR EM

DECORRÊNCIA DA PROFISSÃO, HAVERÁ O DEVER DE INDENIZAR

Aspectos Gerais 2. Teorias do Risco

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RISCO CRIADO AQUELE QUE EM FUNÇÃO DE SUA ATIVIDADE

OU PROFISSÃO CRIA UM PERIGO ESTA SUJEITO A REPARAR O DANO QUE CAUSAR, SALVO PROVA DE HAVER ADOTADO TODAS AS MEDIDAS IDÔNEAS A EVITA-LO

AMPLIA O RISCO PROVEITO NA MEDIDA EM

QUE ISENTA A VITIMA DE PROVAR A VANTAGEM QUE O CAUSADOR DO DANO OBTEVE

Aspectos Gerais 2. Teorias do Risco

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RISCO INTEGRAL EXISTE O DEVER DE INDENIZAR ATE NOS

CASOS EM QUE INEXISTE O NEXO CAUSAL O DEVER DE INDENIZAR EXISTE TÃO SÓ EM

FACE DO DANO NOSSO DIREITO A ADOTA EM CASOS

EXCEPCIONAIS

Aspectos Gerais 2. Teorias do Risco

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CRÍTICA: AS TEORIAS DO RISCO FLEXIBILIZAM A JUSTICA SOCIAL, IMPONDO CEGAMENTE O DEVER DE REPARAR

CONTRA CRÍTICA: O RISCO EM SI NÃO GERA A

OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR, MAS SOMENTE A EFETIVA VIOLAÇÃO DE UM DEVER JURIDICO PREEXISTENTE

ONDE HÁ RISCO DEVE HAVER SEGURANÇA.

QUANTO MAIOR O RISCO, MAIOR O DEVER DE SEGURANCA

Aspectos Gerais 2. Teorias do Risco

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ABUSO DE DIREITO ART 187, CC: TAMBÉM COMETE ATO ILICITO O

TITULAR DE UM DIREITO QUE, AO EXERCE-LO, EXCEDE MANIFESTAMENTE OS LIMITES IMPOSTOS PELO SEU FIM ECONÔMICO OU SOCIAL, PELA BOA FÉ OU PELOS BONS COSTUMES.

(art 927 CC)

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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ABUSO DE DIREITO Ação de Indenização. Responsabilidade civil

Competência Justiça Estadual. Ex-funcionário. Reclamação de direitos trabalhistas através de um megafone. Repercussão negativa perante terceiros que com a autora contrataram. Abuso de direito configurado. Abalo Moral. Responsabilidade civil reconhecida. Indenização fixada em valor razoável. Sentença de procedência. Recurso não provido. (TJSP)

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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ABUSO DE DIREITO RESPONSABILIDADE CIVIL. Autor agredido e

torturado por seguranças contratados pelo shopping réu. Circunstância de ter sido acusado de furto que não justifica as agressões. Abuso de direito configurado. Dever de indenizar que se impõe. Responsabilidade civil que é objetiva. Inteligência do art. 14 do CDC e 932 III do CC . Recurso contra essa decisão, provido em parte para adequar reparação ao contexto do autor. (TJSP)

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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ABUSO DE DIREITO FUNDAMENTO: IMPEDIR QUE O DIREITO SIRVA

COMO FORMA DE OPRESSÃO. USO COM FINALIDADE DISTINTA DAQUELA A QUE SE DESTINA.

A CONDUTA ESTA EM HARMONIA COM A LETRA DA

LEI, MAS EM ROTA DE COLISÃO COM OS SEUS VALORES ETICOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS. ENFIM, EM CONFRONTO COM O CONTEUDO AXIOLOGICO DA NORMA LEGAL (CAVALIERI)

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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ABUSO DE DIREITO TEORIA SUBJETIVA E OBJETIVA A CARACTERIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE

DECORRENTE DO ABUSO DE DIREITO INDEPENDE DE CULPA, FUNDAMENTANDO-SE TÃO APENAS NO CRITÉRIO OBJETIVO

BASTA QUE O ATO EXCEDA OS LIMITES DA BOA FE, DO COSTUME OU DO FIM ECONOMICO OU SOCIAL DO PROPRIO DIREITO

O EXCESSO SE CONSTITUI NA ILICITUDE DO ATO

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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ABUSO DE DIREITO O TITULAR DE QUALQUER DIREITO (PESSOA NATURAL OU

JURIDICA, DT PUBLICO OU PRIVADO, EM QUALQUER ÁREA)

NO CODIGO DE 16 NÃO HAVIA REGRA GERAL DO ABUSO

DE DIREITO. A DOUTRINA FAZIA ANALOGIA DO EXERCICIO REGULAR DO DIREITO (SE O EXERCICIO REGULAR É LICITO, ENTAO O IRREGULAR OU EXCEDENTE É ILICITO)

A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA DE

EMPRESAS É FRUTO DA TEORIA DO ABUSO DE DIREITO

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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ABUSO DE DIREITO CRÍTICA: DEIXAR AO ARBÍTRIO DO JUIZ A ANALISE DO

EXCESSO OU NÃO DE QUALQUER DIREITO A SER EXERCIDO POR UM CIDADÃO

CONTRA CRÍTICA: “MANIFESTADAMENTE” A OCORRÊNCIA DE UM DANO NÃO É SUFICIENTE PARA

CARACTERIZAR O ABUSO, POIS O DIREITO EXERCIDO DENTRO DE SEUS LIMITES TAMBÉM PODE CAUSAR DANO (A COBRANÇA DE UMA DIVIDA, A DESAPROPRIAÇÃO, A NEGATIVAÇÃO DE CRÉDITO)

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE RISCO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART 927: Haverá obrigação de reparar o dano,

independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem

Teoria do risco criado

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE RISCO ATIVIDADE: serviço; conduta reiterada,

habitualmente exercida, organizada de forma profissional ou empresarial para realizar fins econômicos

IMPLICAR RISCO: risco inerente e risco criado

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE RISCO Risco inerente é aquele que faz parte da

atividade e que por sua natureza é previsível a quem a utiliza

Risco adquirido é aquele que possui

imprevisibilidade e anormalidade

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE RISCO Quando a expectativa de segurança é rompida, surge o

dever de indenizar. Os danos decorrentes da periculosidade inerente não são indenizáveis, só respondendo o fornecedor de serviços pelos danos causados pela periculosidade adquirida.

Dever de segurança : quem se dispõe a exercer alguma

atividade perigosa terá que faze-lo com segurança, de modo a não causar dano a outrem, sob pena de ter que por ele responder independentemente de culpa

Aspectos Gerais 3. Cláusulas Gerais de RCO

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ACIDENTE DE TRABALHO PARA FINS DE SEGURO POR ACIDENTE, A TEORIA

APLICADA É A DO RISCO INTEGRAL, MESMO COM CULPA DA VITIMA OU DE TERCEIRO, SE O EVENTO TENHA SE DADO NO TRABALHO OU EM RAZÃO DELE, HAVERÁ O DEVER DE INDENIZAR (POR MEIO DO SEGURO).

TODAVIA, O RECEBIMENTO DO SEGURO POR ACIDENTE

NÃO EXONERA A RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR EM INDENIZAR A VITIMA, SE TIVER AGIDO COM CULPA OU DOLO. NESSE CASO, APLICA-SE A TEORIA SUBJETIVA.

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO

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ACIDENTE DE TRABALHO ART 7º, INCISO XXVIII DA CF: SEGURO CONTRA ACIDENTE DE TRABALHO, A CARGO DO

EMPREGADOR, SEM EXCLUIR A INDENIZAÇÃO A QUE ESTA OBRIGADO, QUANDO INCORRER EM DOLO OU CULPA

NESTE CASO, A RESPONSABILIDADE OBJETIVA ESTABELECIDA

NO P.U. DO 927 DO CC NÃO SE APLICA AOS CASOS DE ACIDENTE DE TRABALHO, POIS NÃO PODE REVOGAR O PRECEITO CONSTITUCIONAL DE QUE A RESPONSABILIDADE PARA FINS DE ACIDENTE DE TRABALHO DEPENDE DA COMPROVAÇÃO DO DOLO OU DA CULPA

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO

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SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT OS RISCOS PELA CIRCULÇÃO DE VEÍCULOS

SÃO TÃO GRANDES E EXTENSOS QUE O LEGISLADOR ESTABELECEU ESTE SEGURO PARA GARANTIR UMA INDENIZAÇÃO MÍNIMA ÀS VITIMAS DE ACIDENTE, MESMO QUANDO NÃO HAJA CULPA DO CONDUTOR

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO

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SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT Lei 8441/92 - Art. 7o A indenização por pessoa vitimada por veículo

não identificado, com seguradora não identificada, seguro não realizado ou vencido, será paga nos mesmos valores, condições e prazos dos demais casos por um consórcio constituído, obrigatoriamente, por todas as sociedades seguradoras que operem no seguro objeto desta lei.

Lei 6194/74 - Art . 5º. O pagamento da indenização será efetuado

mediante simples prova do acidente e do dano decorrente, independentemente da existência de culpa, haja ou não resseguro, abolida qualquer franquia de responsabilidade do segurado.

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO

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SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT “A indenização do seguro obrigatório previsto Lei

6.194/74 é paga ainda que a vítima seja o próprio condutor do veículo e único responsável pelo acidente, hipótese essa que é inconciliável com a idéia de responsabilidade civil, porque essa pressupõe um terceiro prejudicado (“ outrem ”), ou seja, não há de se falar em “responsabilidade civil” quando quem sofre o prejuízo é o próprio causador do dano, pois, nesse caso, estar-se-ia diante da hipótese de uma excludente de responsabilidade que é a culpa exclusiva da vítima .”

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO

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SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT Esse mesmo teor é o parágrafo único do artigo 2º do anexo

da Resolução CNSP 154/2006, que alterou e consolidou as normas disciplinadoras do seguro obrigatório previsto na Lei 6.194/74:

Art. 2º O seguro tem por finalidade dar cobertura a danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestres, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não.

Parágrafo Único. A cobertura a que se refere estas normas abrange, inclusive, danos pessoais causados aos proprietários e motoristas dos veículos , seus beneficiários e dependentes.

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO

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SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT Não é um seguro de responsabilidade civil (art. 787

do CC), mas sim um seguro social O proprietário do veÍculo, portanto, não é o

segurado, mas o estipulante do seguro em favor de terceiro

Somente 50% do DPVAT é destinado as indenizações. Dos outros 50, 45% são destinados ao SUS e 5% ao DENATRAN

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO

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OUTROS TIPOS DE RCO: RESPONSABILIDADE POR DANO CAUSADO POR

ATIVIDADE MINERÁRIA RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR DANO

CAUSADO POR SEUS AGENTES RESPONSABILIDADE POR DANO AMBIENTAL (RISCO

INTEGRAL) RESPONSABILIDADE POR DANO CAUSADO POR

AERONAVE A PESSOAS NA SUPERFICIE RESPONSABILIDADE DA UNIAO POR DANO NUCLEAR

(RISCO INTEGRAL) RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE E PRESTADOR

DE SERVICOS – CDC

Aspectos Gerais 4. Tipos Especiais de RCO