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RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA *Conceito *Conceito *Evolução Histórica *Evolução Histórica *Teorias *Teorias * Fundamentos * Fundamentos * Causas excludentes e atenuantes * Causas excludentes e atenuantes * A reparação do dano e direito de * A reparação do dano e direito de regresso regresso

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RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

*Conceito*Conceito*Evolução Histórica*Evolução Histórica

*Teorias*Teorias* Fundamentos* Fundamentos

* Causas excludentes e atenuantes* Causas excludentes e atenuantes* A reparação do dano e direito de * A reparação do dano e direito de

regressoregresso

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CONCEITOCONCEITO: obrigação do Estado de : obrigação do Estado de reparar danos causados a terceirosreparar danos causados a terceiros decorrência comportamentos decorrência comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos e lícitos ou ilícitos de seus jurídicos e lícitos ou ilícitos de seus agentes. agentes.

Ex: atropelamento por veículo oficial, Ex: atropelamento por veículo oficial, queda em buraco na rua, morte em queda em buraco na rua, morte em prisão.prisão.

A matéria é estudada também sobre A matéria é estudada também sobre outros títulos: responsabilidade outros títulos: responsabilidade patrimonial do Estado, patrimonial do Estado, responsabilidade extracontratual do responsabilidade extracontratual do Estado.Estado.

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Responsabilidade extracontrual Responsabilidade extracontrual porque diferencia-se da porque diferencia-se da responsabilidade contratual ou por responsabilidade contratual ou por contrato administrativo contrato administrativo violação violação clásulas contratuais.clásulas contratuais.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICAEVOLUÇÃO HISTÓRICA

Durante muitos séculos prevaleceu a teoria da Durante muitos séculos prevaleceu a teoria da irresponsabilidade do Estado – (Absolutismoirresponsabilidade do Estado – (Absolutismo. . “The King can do not Wrong”“The King can do not Wrong” ) )

Período Monarquias absolutistas Período Monarquias absolutistas o rei era o rei era tido como personificação do Estado -> poder tido como personificação do Estado -> poder considerado irrestritoconsiderado irrestrito

Estado de Polícia Estado de Polícia desenvolveu desenvolveu tipicamente na Prússiatipicamente na Prússia Estado agia no Estado agia no interesse dos súditos interesse dos súditos total imunidade de total imunidade de responsabilização + Estado soberano responsabilização + Estado soberano não não igualável aos súditos igualável aos súditos

insubmissão atos do monarca aos tribunais insubmissão atos do monarca aos tribunais

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Em Em 2º momento histórico, a 2º momento histórico, a responsabilidade do Estado responsabilidade do Estado passou a passou a ser reconhecida em situações pontuais ser reconhecida em situações pontuais -> -> atos de gestão atos de gestão

Teoria do Fisco Teoria do Fisco entidade considerada entidade considerada distinta do monarca distinta do monarca associado a associado a atividades estatais atividades estatais caráter privado caráter privado não configurando manifestação PP não configurando manifestação PP submetidas a tribunais comunssubmetidas a tribunais comuns

não era absoluta e se regulava por não era absoluta e se regulava por regras específicas.regras específicas.

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Atos Atos gestão gestão equivalência equivalência particulares particulares responsabilidade responsabilidade agentes Estado agentes Estado desde que desde que culpa do agente.culpa do agente.

Atos de império Atos de império vinculados vinculados soberania Estado isentosoberania Estado isento

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Conseqüência: surgiu a figura da Conseqüência: surgiu a figura da responsabilidade subjetiva responsabilidade subjetiva (fundamenta-se no elemento (fundamenta-se no elemento subjetivo- intenção do agente.subjetivo- intenção do agente.

caracterização depende caracterização depende comprovação 4 elementos: comprovação 4 elementos: a a conduta estatalconduta estatal; ; o danoo dano; ; o nexo de o nexo de causalidade entre a conduta e o causalidade entre a conduta e o danodano; ; e o elemento subjetivo (a e o elemento subjetivo (a culpa ou o dolo do agente).culpa ou o dolo do agente).

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Influência das teorias civilistas da Influência das teorias civilistas da culpa culpa mudança mudança responsabilidade – subjetiva para responsabilidade – subjetiva para objetiva objetiva após revolução francesa e após revolução francesa e consolidação do direito públicoconsolidação do direito público

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Hoje Hoje povos + legislações, doutrina e povos + legislações, doutrina e jurisprudência universais reconhecem, em jurisprudência universais reconhecem, em consenso pacíficoconsenso pacífico dever estatal de ressarcir as dever estatal de ressarcir as vítimas de seus comportamentos danososvítimas de seus comportamentos danosos..

responsabilidade do Estadoresponsabilidade do Estado é informada pela é informada pela Teoria do RiscoTeoria do Risco, , apresenta-se hoje apresenta-se hoje maioria maioria dos ordenamentosdos ordenamentos como responsabilidade como responsabilidade objetivaobjetiva. .

não mais se invoca o dolo ou culpa do agente, o não mais se invoca o dolo ou culpa do agente, o mau funcionamento ou falha da AP mau funcionamento ou falha da AP Teoria da Teoria da CulpaCulpa

In casu, necessário In casu, necessário se torna se torna existir relação existir relação de causa e efeito entre ação ou omissão de causa e efeito entre ação ou omissão administrativa e o dano sofrido pela vítimaadministrativa e o dano sofrido pela vítima. .

É o chamado nexo causal ou nexo de É o chamado nexo causal ou nexo de causalidade.causalidade.

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EXCLUDENTES OU ATENUANTES E EXCLUDENTES OU ATENUANTES E RESPONSABILIDADE DO ESTADORESPONSABILIDADE DO ESTADO: :

Na responsabilidade objetiva para definir a possibilidade de exclusão, existem no direito comparado duas teorias:

A) risco integral – o Estado responde sempre, integralmente quando ocorrer danos a terceiros, não se admitindo a invocação pelo Estado das causas excludentes da responsabilidade;

B) risco administrativo – a teoria que admite excludente, quando estiver ausente qualquer dos elementos definidores da responsabilidade.

- Exemplos de hipóteses de exclusão: - Exemplos de hipóteses de exclusão: culpa exclusiva da vítima, caso culpa exclusiva da vítima, caso fortuito e força maiorfortuito e força maior

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Estágio Atual – Responsabilidade Pública – caso Estágio Atual – Responsabilidade Pública – caso Blano – 1873 Blano – 1873 *Irene Patrícia Nohara (Atlas)*Irene Patrícia Nohara (Atlas)

Teoria da CulpaTeoria da Culpa Evolução Precedentes – Evolução Precedentes –

França França Culpa do Serviço ou Culpa do Serviço ou

Culpa AdministrativaCulpa Administrativa Elemento Subjetivo – Elemento Subjetivo –

(culpa)(culpa) Hipóteses: em que o Hipóteses: em que o

serviço serviço -não funcionou-não funcionou -funcionou mal-funcionou mal -funcionou atrasado-funcionou atrasado *independe culpa funcionário*independe culpa funcionário

Teoria do RiscoTeoria do Risco Independente de CulpaIndependente de Culpa 1. Risco Administrativo1. Risco Administrativo Adotada, em regra, no Adotada, em regra, no

Brasil.Brasil. Admite excludentes Admite excludentes

como: força maior/caso como: força maior/caso fortuitofortuito

Culpa exclusiva da vítima Culpa exclusiva da vítima ou de terceirosou de terceiros

2. Risco Integral2. Risco Integral Não admite, via de regra, Não admite, via de regra,

excludentesexcludentes * casos em que a legislação preve * casos em que a legislação preve

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DIFERENÇAS RESP. OBJETIVA E SUBJETIVADIFERENÇAS RESP. OBJETIVA E SUBJETIVA

SUBJETIVASUBJETIVAProcedimento ilícitoProcedimento ilícitoElementosElementos: conduta, : conduta, dano, nexo causal e a dano, nexo causal e a culpa ou dolo.culpa ou dolo.ExcludenteExcludente: exime-se do : exime-se do dever de demonstrar a dever de demonstrar a ausência de qualquer dos ausência de qualquer dos elementos, inclusive a elementos, inclusive a ausência de culpa ou ausência de culpa ou dolo, demonstrando que dolo, demonstrando que se comportou com se comportou com diligência, perícia e diligência, perícia e prudênciaprudência

OBJETIVAOBJETIVAProcedimento lícito ou Procedimento lícito ou ilícitoilícitoElementosElementos: conduta, : conduta, dano e o nexo causal, dano e o nexo causal, dispensando a culpa e o dispensando a culpa e o dolo. dolo. ExcludenteExcludente: exime-se do : exime-se do dever de se provar a dever de se provar a inexistência de qualquer inexistência de qualquer um dos elementos, um dos elementos, inclusive do nexo causal. inclusive do nexo causal. São exemplos a culpa São exemplos a culpa exclusiva da vítima, o exclusiva da vítima, o caso fortuito e a força.caso fortuito e a força.

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Brasil Brasil reconhecimento reconhecimento responsabilidade do responsabilidade do Estado ocorreuEstado ocorreusurgimento do Tribunal de surgimento do Tribunal de Conflitos em 1873, mas não era geral, nem Conflitos em 1873, mas não era geral, nem absoluta, e disciplinava-se por regras específicas. absoluta, e disciplinava-se por regras específicas.

As Constituições de 1824 e 1891 não cuidaram As Constituições de 1824 e 1891 não cuidaram da responsabilidade civil do Estado.da responsabilidade civil do Estado.

Irresponsabilidade imperador Irresponsabilidade imperador O Código Civil de 1916, art. 15 – previu a O Código Civil de 1916, art. 15 – previu a

responsabilização do Estado (passou de responsabilização do Estado (passou de irresponsabilidade para Teoria Subjetiva).irresponsabilidade para Teoria Subjetiva).

A CF/1934, no art. 171, previu a responsabilidade A CF/1934, no art. 171, previu a responsabilidade solidária da Fazenda Pública e dos funcionários, solidária da Fazenda Pública e dos funcionários, se estes agissem com negligência, omissão ou se estes agissem com negligência, omissão ou abuso; se a Fazenda fosse executada, teria abuso; se a Fazenda fosse executada, teria direito de regresso contra o funcionário causador direito de regresso contra o funcionário causador do dano.do dano.

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A CF/46 – art. 194 - marco da consagração A CF/46 – art. 194 - marco da consagração explícita da responsabilidade objetiva no explícita da responsabilidade objetiva no ordenamento brasileiro. ordenamento brasileiro. (“As pessoas jurídicas de (“As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis pelos danos direito público interno são civilmente responsáveis pelos danos que os seus funcionários, nessa qualidade, causem a terceiros. que os seus funcionários, nessa qualidade, causem a terceiros. Parágrafo ùnico – Caber-lhes-á ação regressiva contra os Parágrafo ùnico – Caber-lhes-á ação regressiva contra os funcionários causadores do dano, quando tiver havido culpa funcionários causadores do dano, quando tiver havido culpa destes.”)destes.”)

RESPONSABILIDADE OBJETIVA OU RISCO RESPONSABILIDADE OBJETIVA OU RISCO ADMINISTRATIVO: ADMINISTRATIVO: Substituição da culpa pelo Substituição da culpa pelo nexo nexo de causalidadede causalidade entre o ato (comissivo ou omissivo) entre o ato (comissivo ou omissivo) lesivo e o dano patrimonial verificado. Fundamento: lesivo e o dano patrimonial verificado. Fundamento: distribuição solidária dos ônus e encargos distribuição solidária dos ônus e encargos decorrentes dos riscos da ação administrativa decorrentes dos riscos da ação administrativa quanto haja prejuízo para algunsquanto haja prejuízo para alguns. .

BASE LEGAL ATUAL – ART. 37, BASE LEGAL ATUAL – ART. 37, §6° DA CF/88§6° DA CF/88

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§ 6º - § 6º - As pessoas jurídicas de As pessoas jurídicas de direito público direito público e as de e as de direito direito privado prestadoras de serviços privado prestadoras de serviços públicos públicos responderão pelos danos responderão pelos danos que seus agentesque seus agentes nessa nessa qualidadequalidade

causarem a terceiroscausarem a terceiros, , assegurado assegurado o direito de regresso contra o o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou responsável nos casos de dolo ou culpa.culpa.

Ressalva quanto as pessoas jurídicas de direito Ressalva quanto as pessoas jurídicas de direito privado, que podem incluir aquelas inseridas ou não privado, que podem incluir aquelas inseridas ou não na AP (no caso das EPS e SEM – prestadoras de na AP (no caso das EPS e SEM – prestadoras de serviço público).serviço público).

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PJDPrivado não inseridas na APPJDPrivado não inseridas na AP devem devem ser distinguidas: de um ladoser distinguidas: de um ladoas as concessionárias, permissionárias de concessionárias, permissionárias de serviço público e as detentoras de serviço público e as detentoras de autorização de serviçoautorização de serviço

de outrode outro as que mantêm, c/om a AP as que mantêm, c/om a AP contrato de prestação de serviço ou de contrato de prestação de serviço ou de obra pública.obra pública.

1º caso incide sobre tais entidades a 1º caso incide sobre tais entidades a responsabilidade objetiva nas atividades responsabilidade objetiva nas atividades vinculadas ao serviço público prestadovinculadas ao serviço público prestado

ficando sob a égide do direito privado os ficando sob a égide do direito privado os danos advindos de outras atividades.danos advindos de outras atividades.

**Tribunais **Tribunais responsabilidade solidária da responsabilidade solidária da AP má escolha particular prestador AP má escolha particular prestador serviço serviço ausência ou falha na fiscalização ausência ou falha na fiscalização comprovação nexo causal comprovação nexo causal dano e dano e condutaconduta

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2º caso – contrato de prestação de serviço – 2º caso – contrato de prestação de serviço – também se regem nessas atividades pela também se regem nessas atividades pela responsabilidade objetiva.(solidariedade AP responsabilidade objetiva.(solidariedade AP também)também)

Quanto as obras públicas realizadas por Quanto as obras públicas realizadas por empreiteiras privadas contratadas: empreiteiras privadas contratadas:

a) pelo fato da obra – existência da obra – a) pelo fato da obra – existência da obra – somente a AP (Ex: obra pública que impede somente a AP (Ex: obra pública que impede acesso a garagem); acesso a garagem);

b) por dolo, negligência ou imperícia da b) por dolo, negligência ou imperícia da empreiteira na construção, a empreiteira na construção, a responsabilidade é solidária, da AP e da responsabilidade é solidária, da AP e da empreiteira, podendo a vítima escolher quem empreiteira, podendo a vítima escolher quem vai acionar ou acionar ambas.vai acionar ou acionar ambas.

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Responsabilidade por danoResponsabilidade por dano:: Ato ilícito Ato ilícito Estado deve indenizar os Estado deve indenizar os

prejuízos causados e entrar com a ação prejuízos causados e entrar com a ação regressiva contra o agente que atuou, por regressiva contra o agente que atuou, por dolo ou culpa, de forma ilícita (justo dolo ou culpa, de forma ilícita (justo corretivo) corretivo) legalidade legalidade

Ato lícito Ato lícito perseguição de uma justa perseguição de uma justa repartição social de ônus e encargos repartição social de ônus e encargos igualdade material igualdade material indenização indenização

Neste caso Neste caso não há como responsabilizar não há como responsabilizar por ação regressiva os agentes públicos por ação regressiva os agentes públicos que realizaram os agentes públicos que realizaram os agentes públicos atuaram dentre legalidade atuaram dentre legalidade (justo (justo distributivo) distributivo) igualdade igualdade

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# Responsabilidade ato lícito – Sacrifício de # Responsabilidade ato lícito – Sacrifício de DireitoDireito

Sacrifício de direito Sacrifício de direito finalidade de finalidade de satisfazer os interesses públicos satisfazer os interesses públicos somente somente é alcançada é alcançada por meio da restrição ao por meio da restrição ao direito individual do particular direito individual do particular decorrência lógica da atuação estataldecorrência lógica da atuação estatal

A atuação lícita do Estado que cause dano A atuação lícita do Estado que cause dano objetiva-se a realização de atividades objetiva-se a realização de atividades praticadas dentro praticadas dentro legalidade legalidade tão tão somente beneficiem interesses públicossomente beneficiem interesses públicos

o prejuízo o prejuízo não está previsto não está previsto desenvolvimento desenvolvimento tipo de atividade tipo de atividade

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Importante:Importante: Pessoas que respondem objetivamente:Pessoas que respondem objetivamente: 11. Adm. Direta,: União, Estado, DF e Municípios. Adm. Direta,: União, Estado, DF e Municípios 2. Autarquias e Fundações (públicas ou 2. Autarquias e Fundações (públicas ou

privadas prestadoras de SPs)privadas prestadoras de SPs) 3. Empresas Públicas e SEM 3. Empresas Públicas e SEM se prestarem se prestarem

serviços públicosserviços públicos 4. Delegatárias de SPs4. Delegatárias de SPs

Dano: Dano: material ou moralmaterial ou moral Nexo de causalidadeNexo de causalidade A terceiros: A terceiros: discussão particulares prestadores discussão particulares prestadores

de SPs de SPs usuários usuários decisões recentes decisões recentes não não há necessidade terceiro ser usuáriohá necessidade terceiro ser usuário

Agentes:Agentes: PolíticosPolíticos ServidoresServidores MilitaresMilitares Particulares em colaboraçãoParticulares em colaboração

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Responsabilidade do Estado por Responsabilidade do Estado por omissãoomissão

HLM HLM objetiva objetiva CABM CABM subjetiva subjetiva Visão intermediária Visão intermediária se não agiu, se não agiu,

não pode ser autor/causador do danonão pode ser autor/causador do dano Exceto: obrigação legal de impedirExceto: obrigação legal de impedir

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AI 852237 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL AI 852237 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTOAG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTORelator(a):  Min. CELSO DE MELLORelator(a):  Min. CELSO DE MELLOJulgamento:  25/06/2013        PublicaçãoJulgamento:  25/06/2013        Publicação 09-09-2013 09-09-2013

E M E N T AE M E N T A: : RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO PODER RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO PODER PÚBLICO – ELEMENTOS ESTRUTURAIS – PRESSUPOSTOS PÚBLICO – ELEMENTOS ESTRUTURAIS – PRESSUPOSTOS LEGITIMADORES DA INCIDÊNCIA DO ART. 37, § 6ºLEGITIMADORES DA INCIDÊNCIA DO ART. 37, § 6º, DA , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – TEORIA DO RISCO CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO – HOSPITAL PÚBLICO QUE INTEGRAVA, À ADMINISTRATIVO – HOSPITAL PÚBLICO QUE INTEGRAVA, À ÉPOCA DO FATO GERADOR DO DEVER DE INDENIZAR, A ÉPOCA DO FATO GERADOR DO DEVER DE INDENIZAR, A ESTRUTURA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE – ESTRUTURA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE – RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA ESTATAL QUE RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA ESTATAL QUE DECORRE, NA ESPÉCIE, DA INFLIÇÃO DE DANOS CAUSADA A DECORRE, NA ESPÉCIE, DA INFLIÇÃO DE DANOS CAUSADA A PACIENTE EM RAZÃO DE PRESTAÇÃO DEFICIENTE DE PACIENTE EM RAZÃO DE PRESTAÇÃO DEFICIENTE DE ATIVIDADE MÉDICO-HOSPITALAR DESENVOLVIDA EM ATIVIDADE MÉDICO-HOSPITALAR DESENVOLVIDA EM HOSPITAL PÚBLICO HOSPITAL PÚBLICO – LESÃO ESFINCTERIANA OBSTÉTRICA – LESÃO ESFINCTERIANA OBSTÉTRICA GRAVE – FATO DANOSO PARA A OFENDIDA RESULTANTE DE GRAVE – FATO DANOSO PARA A OFENDIDA RESULTANTE DE EPISIOTOMIA REALIZADA DURANTE O PARTO – OMISSÃO DA EPISIOTOMIA REALIZADA DURANTE O PARTO – OMISSÃO DA EQUIPE DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE, EQUIPE DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE, EM REFERIDO EM REFERIDO ESTABELECIMENTO HOSPITALAR, NO ACOMPANHAMENTO ESTABELECIMENTO HOSPITALAR, NO ACOMPANHAMENTO PÓS-CIRÚRGICO – DANOS MORAIS E MATERIAIS PÓS-CIRÚRGICO – DANOS MORAIS E MATERIAIS RECONHECIDOS RECONHECIDOS – RESSARCIBILIDADE – DOUTRINA – – RESSARCIBILIDADE – DOUTRINA – JURISPRUDÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDOJURISPRUDÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO..

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AI 852215 AgR / PR - PARANÁ AI 852215 AgR / PR - PARANÁ AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTOAG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTORelator(a):  Min. GILMAR MENDESRelator(a):  Min. GILMAR MENDESJulgamento:  27/08/2013          Julgamento:  27/08/2013          PublicaçãoPublicação 16-09-2013 16-09-2013 Parte(s)Parte(s)

Ementa Ementa

Agravo regimental em agravo de instrumento. Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito Administrativo. 3. 2. Direito Administrativo. 3. Acidente de Acidente de trânsito decorrente de má conservação de trânsito decorrente de má conservação de rodovia. Omissão. Falta do serviço. rodovia. Omissão. Falta do serviço. Responsabilidade civil objetiva do Estado. Responsabilidade civil objetiva do Estado. PrecedentesPrecedentes. 4.... 6. Agravo regimental a que . 4.... 6. Agravo regimental a que se nega provimento.se nega provimento.

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PRESCRIÇÃOPRESCRIÇÃO

Decreto-lei 20.910/32Decreto-lei 20.910/32 Art. 1º As dívidas passivas da União, Art. 1º As dívidas passivas da União,

dos Estados e dos Municípiosdos Estados e dos Municípios, bem , bem assim todo e qualquer direito ou assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originaremato ou fato do qual se originarem. .

*acarreta extinção pretensão de ressarcimento do lesado razão inércia período de tempo fixado em lei

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LEI Nº 9.494, DE 10 DE SETEMBRO DE 1997. a aplicação da tutela antecipada contra a a aplicação da tutela antecipada contra a

Fazenda Pública, altera a Lei nº 7.347, de 24 Fazenda Pública, altera a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e dá outras providências.de julho de 1985, e dá outras providências.

Art. 1Art. 1oo-C.  Prescreverá em -C.  Prescreverá em cinco anos cinco anos o direito de obter indenização dos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicosprestadoras de serviços públicos.  .  (MP nº 2.180-35, de 2001)

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ImprescritíveisImprescritíveis Prejuízo ao erário - Art. 37 - § 5º - A lei Prejuízo ao erário - Art. 37 - § 5º - A lei

estabelecerá os prazos de prescrição p/ ilícitos estabelecerá os prazos de prescrição p/ ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as ressalvadas as respectivas ações de ressarcimentorespectivas ações de ressarcimento..

Tortura na ditadura militar (2ª Turma STJ Tortura na ditadura militar (2ª Turma STJ ofensa ofensa a direitos fundamentais não se submete a prazos a direitos fundamentais não se submete a prazos prescricionais Decreto e CC prescricionais Decreto e CC Estado tem dever Estado tem dever de indenizar danos causados perseguidosde indenizar danos causados perseguidos

Dano ambiental – dificuldade contagem prazo Dano ambiental – dificuldade contagem prazo prescricional (dano continuado – perpetuam no prescricional (dano continuado – perpetuam no tempo); não há disposição legal específica; meio tempo); não há disposição legal específica; meio ambiente interesse difuso ambiente interesse difuso não se trata de bem não se trata de bem disponível (prescrição instituto disponível (prescrição instituto destina direitos destina direitos patrimoniais disponíveis.patrimoniais disponíveis.

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Indenização – Indenização – Denunciação à lide novo novo CPC, arts. 125 a 129CPC, arts. 125 a 129

Art. 125.  É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.

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** ** CONTROVÉRSIACONTROVÉRSIA viabilidade viabilidade Estado Estado denunciar a lide ao seu agente denunciar a lide ao seu agente

1ª1ª - denunciação - denunciação FACULDADEFACULDADE Estado Estado sua sua ausência/indeferimento ausência/indeferimento = não = não nulidade processo/propositura de ação nulidade processo/propositura de ação regressiva (condenação Poder Público) STJregressiva (condenação Poder Público) STJ

2ª2ª - impossibilidade - impossibilidade denunciação denunciação CABM e LVF, JSCF, DFMN CABM e LVF, JSCF, DFMN CONTRÁRIOSCONTRÁRIOS resp. objetiva do Estado + complexa resp. objetiva do Estado + complexa resp. subjetiva resp. subjetiva denunciar lide servidor denunciar lide servidor abertura discussões abertura discussões COMPLICAR E COMPLICAR E RETARDAR O DESLINDE RETARDAR O DESLINDE processo processo prejuízo vítimaprejuízo vítima

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3ª3ª MSZP e outros MSZP e outros economia processual economia processual

Distinção: Distinção: casos culpa anônima do casos culpa anônima do serviço ou decorrentesserviço ou decorrentes seu risco seu risco não não havendo arguição de culpa ou dolo do agente havendo arguição de culpa ou dolo do agente culpa anônima culpa anônima não cabe não cabe (não há (não há individualização agente causador do dano)individualização agente causador do dano)

Se ação fundada em responsabilidade Se ação fundada em responsabilidade subjetiva subjetiva c/ identificação agente c/ identificação agente vítima vítima arguição concomitante culpa (ou dolo) arguição concomitante culpa (ou dolo) é é possívelpossível

** cabe denunciação ** cabe denunciação Estado Estado pessoa pessoa jurídica c/ responsabilidade objetivajurídica c/ responsabilidade objetiva

Ex: concessionária SPsEx: concessionária SPs

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Litisconsórcio facultativo X Teoria da Litisconsórcio facultativo X Teoria da Dupla GarantiaDupla Garantia

* proposição ação indenizatória * proposição ação indenizatória Estado e diretamente Estado e diretamente Agente Agente divergência divergência

1 – ação proposta somente face do Estado

*não licito acionar diretamente agente (art. 37, §6º dupla garantia

Estado indeniza vitima e agente indeniza regressivamente Estado

HLM, DFMN, 1ª Turma STF

1ª - vítima deve ser ressarcida Estado2ª agente somente responsabilizados perante Estado não licito admitir vítima aciona-lo diretamente

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2 – a ação pode ser proposta 2 – a ação pode ser proposta face face Estado/Agente/ambos = litisconsórcio Estado/Agente/ambos = litisconsórcio passivopassivo

JSCF, DG, CABM RC, STJJSCF, DG, CABM RC, STJ *art. 37, §6º*art. 37, §6º proteção vítima e não proteção vítima e não

agenteagente 3 possibilidades pólo passivo ação3 possibilidades pólo passivo ação PJ direito público /privado prestadora PJ direito público /privado prestadora

SPsSPs Agente Público (resp. subjetiva)Agente Público (resp. subjetiva) Estado e Agente (solidária)Estado e Agente (solidária)

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Ação regressivaAção regressiva: : poder-dever do Estado poder-dever do Estado defesa res pública defesa res pública a AP não pode dispor a AP não pode dispor interesseinteresse

Responsabilização agente Responsabilização agente medida medidasua culpa/ sua culpa/ dolo dolo

Requisitos Requisitos Lei 4.619/65 (regressiva União Lei 4.619/65 (regressiva União contra seus agentes): contra seus agentes):

1) 1) presença da culpa ou do dolo do agente presença da culpa ou do dolo do agente públicopúblico..

2) trânsito em julgado2) trânsito em julgado sentença sentença condenação condenação Estado Estado prazo de 60 dias prazo de 60 dias a partir a partir

*antes enriquecimento ilícito*antes enriquecimento ilícito * reparação * reparação via administrativa / judicial via administrativa / judicial como ação civil como ação civil atinge herdeiros e atinge herdeiros e

sucessores do servidor que agiu com culpa/dolosucessores do servidor que agiu com culpa/dolo

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Lei 8.112/90Lei 8.112/90 Art. 122.  A responsabilidade civil decorre Art. 122.  A responsabilidade civil decorre

de ato de ato omissivo ou comissivo, doloso ou omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiroserário ou a terceiros. .

            ...        § 2...        § 2oo    Tratando-se de dano Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. regressiva.

                § 3§ 3oo   A obrigação de reparar o dano  A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da será executada, até o limite do valor da herança recebida. herança recebida.

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Poder Legislativo Poder Legislativo cumpre sua cumpre sua atribuição típica de elaborar leis atribuição típica de elaborar leis

afeta inúmeros interesses afeta inúmeros interesses caráter genérico e abstradocaráter genérico e abstrado

muitas vezes restringem certos muitas vezes restringem certos direitos em benefício coletivo direitos em benefício coletivo

Prevalece Prevalece nosso sistema nosso sistema regra irresponsabilidade do Estado regra irresponsabilidade do Estado exercício exercício elaboração leis. elaboração leis.

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Regra excepcionada : Regra excepcionada : Se há Se há leis de efeitos concretos e leis de efeitos concretos e

danos desproporcionaisdanos desproporcionais Se há a criação de Se há a criação de leis leis

inconstitucionaisinconstitucionais Se há Se há omissão legislativa omissão legislativa

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Lei Lei efeitos concretos efeitos concretos lei lei sentido sentido formal (formal (produção legislativo produção legislativo processo de processo de criação de normas jurídicascriação de normas jurídicas) e ato ) e ato administrativo administrativo sentido material ( sentido material (efeitos efeitos individualizados – prejuízos pessoas individualizados – prejuízos pessoas determinadasdeterminadas))

* perde o caráter * perde o caráter genérico e abstrato genérico e abstrato Ex: Município deve indenizar proprietário de Ex: Município deve indenizar proprietário de

posto de gasolina localizado em via pública que o posto de gasolina localizado em via pública que o acesso de veículos proibidos por determinada lei acesso de veículos proibidos por determinada lei municipal municipal

Caráter geral = gera dano desproporcional Caráter geral = gera dano desproporcional e concreto a determinado indivíduoe concreto a determinado indivíduo

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Responsabilidade por leis inconstitucionais Responsabilidade por leis inconstitucionais que causem danos as pessoas que causem danos as pessoas prévia prévia declaração vício pelo STFdeclaração vício pelo STF

* a atuação legislativa extrapola os limites * a atuação legislativa extrapola os limites formais e/ou materiais fixados pelo texo formais e/ou materiais fixados pelo texo constitucional = ato ilícitoconstitucional = ato ilícito

Declaração inconstitucionalidadeDeclaração inconstitucionalidade controle concentrado controle concentrado erga omnes erga omnes todos os lesados todos os lesados podem pleitear reparação podem pleitear reparação civilcivil

Declaração incidentalDeclaração incidental apenas o que foi apenas o que foi parte no processo se beneficia da decisão = parte no processo se beneficia da decisão = efeitos inter partes.efeitos inter partes.

**legitimidade passiva legitimidade passiva ação indenizatória ação indenizatória ente responsável pela leiente responsável pela lei

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Responsabilidade omissão = mora Responsabilidade omissão = mora legislativa desproporcionallegislativa desproporcional

* casos CF estabelece prazo p/ o exercício do * casos CF estabelece prazo p/ o exercício do dever de legislar (dever de legislar (descumprimento descumprimento independente de ação judicial = caracteriza independente de ação judicial = caracteriza mora legislativa inconstitucional e consequente mora legislativa inconstitucional e consequente resp. do Estadoresp. do Estado). ).

Inexistência de prazo definido Inexistência de prazo definido dever legislar dever legislar mora mora configurada por decisão em Mandado configurada por decisão em Mandado de injunção ou ADIN por omissão (art. 103, §2º, de injunção ou ADIN por omissão (art. 103, §2º, CF CF prazo adoção medidas prazo adoção medidas

(lesados podem pleitear responsabilidade civil do (lesados podem pleitear responsabilidade civil do respectivo ente federado – ADIN e MI respectivo ente federado – ADIN e MI impetrantes (decisão inter partes) resp. Estadoimpetrantes (decisão inter partes) resp. Estado

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MI 284 / DF - DISTRITO FEDERAL Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIORelator(a) p/ Acórdão:  Min. CELSO DE MELLOJulgamento:  22/11/1992           Órgão Julgador:  Tribunal Pleno

- MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA JURÍDICA - FUNÇÃO - MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA JURÍDICA - FUNÇÃO PROCESSUAL - ADCT, ART. 8., PARAGRAFO 3. (PORTARIAS PROCESSUAL - ADCT, ART. 8., PARAGRAFO 3. (PORTARIAS RESERVADAS DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA) - A QUESTÃO RESERVADAS DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA) - A QUESTÃO DO SIGILO - MORA INCONSTITUCIONAL DO PODER LEGISLATIVO DO SIGILO - MORA INCONSTITUCIONAL DO PODER LEGISLATIVO - EXCLUSAO DA UNIÃO FEDERAL DA RELAÇÃO PROCESSUAL- - EXCLUSAO DA UNIÃO FEDERAL DA RELAÇÃO PROCESSUAL- ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM" - "WRIT" DEFERIDO.ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM" - "WRIT" DEFERIDO.

 Reconhecido o estado de mora inconstitucional do Congresso Nacional - único destinatário do comando para satisfazer, no caso, a prestação legislativa reclamada - e considerando que, embora previamente cientificado no Mandado de Injunção n. 283, rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, absteve-se de adimplir a obrigação que lhe foi constitucionalmente imposta, torna-se "prescindivel nova comunicação a instituição parlamentar, assegurando-se aos impetrantes, "desde logo", a possibilidade de ajuizarem, "imediatamente", nos termos do direito comum ou ordinário, a ação de reparação de natureza econômica instituida em seu favor pelo preceito transitorio.

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Responsabilidade Estado Atos Responsabilidade Estado Atos JudiciaisJudiciais

Serviço Judiciário Serviço Judiciário serviço público serviço público disponibilizadodisponibilizado cidadão e prestado cidadão e prestado em exclusividade pelo Estado em exclusividade pelo Estado deve deve zelar seu funcionamentozelar seu funcionamento

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3 argumentos 3 argumentos p/ afastar a resp. Estado p/ afastar a resp. Estado prestação juriscional prestação juriscional

Recorribilidade das decisões judiciais + Recorribilidade das decisões judiciais + coisa julgada coisa julgada

* ordenamento * ordenamento mecanismos específicos mecanismos específicos para correção de equívocos cometidos na para correção de equívocos cometidos na prestação jurisdicional (erro de julgamento prestação jurisdicional (erro de julgamento ou erro de procedimento – magistrado)ou erro de procedimento – magistrado)

* coisa julgada * coisa julgada segurança jurídica segurança jurídica impede modificação decisão impede modificação decisão definitiva definitiva não há como alegar erro judicial não há como alegar erro judicial p/responsabilizar o Estado p/responsabilizar o Estado

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SoberaniaSoberania atuação jurisdicional atuação jurisdicional não há não há somente República Federativa do Brasil somente República Federativa do Brasil

Independência do MagistradoIndependência do Magistrado a resp. a resp. estatal poderia abalar a indepedência do estatal poderia abalar a indepedência do magistrado magistrado receito à função judicante receito à função judicante

* afastada = dever de exercer a função * afastada = dever de exercer a função jurisdicionaljurisdicional

STF = irresponsabilidade do Estado STF = irresponsabilidade do Estado por atos judiciais somente pode ser por atos judiciais somente pode ser excepcionada nas hipóteses excepcionada nas hipóteses expressamente previstas na leiexpressamente previstas na lei

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Parte doutrina Parte doutrina responsabilidade responsabilidade art. art. 37, §6º 37, §6º danos causados atos judiciaisdanos causados atos judiciais

CF CF Art. 5ºArt. 5º LXXV LXXV o Estado indenizará o condenado o Estado indenizará o condenado

por por ERRO JUDICIÁRIOERRO JUDICIÁRIO, assim como o , assim como o que que FICAR PRESO ALÉM DO TEMPO FICAR PRESO ALÉM DO TEMPO FIXADO NA SENTENÇAFIXADO NA SENTENÇA;;

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, SÃO ASSEGURADOS A RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO E OS MEIOS QUE GARANTAM A CELERIDADE DE SUA TRAMITAÇÃO (EC 45/04)

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Art. 630 CPP Art. 630 CPP  O tribunal, se o interessado o  O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.indenização pelos prejuízos sofridos.

                § 1§ 1oo  Por essa indenização, que será liquidada  Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a no juízo cível, responderá a União, se a condenação tiver sido proferida pela justiça do condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se o Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça.tiver sido pela respectiva justiça.

                § 2§ 2oo  A indenização não será devida:  A indenização não será devida:                 a) a) se o erro ou a injustiça da condenação se o erro ou a injustiça da condenação

proceder de ato ou falta imputável ao próprio proceder de ato ou falta imputável ao próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;prova em seu poder;

              

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Art. 133. Art. 133. Lei 13.105, março 2015Lei 13.105, março 2015 Art. 143.  O juiz responderá, civil e

regressivamente, por perdas e danos quando: I - no exercício de suas funções, proceder com

dolo ou fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo

motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.

Parágrafo único.  As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias.

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AI 599501 AgR / PR - PARANÁ AI 599501 AgR / PR - PARANÁ Relator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIARelator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIAPublicaçãoPublicação 26-11-2013 26-11-2013 Parte(s)Parte(s)

AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : DORIVAL FERNANDES ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : DORIVAL FERNANDES ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO FARRACHA DE CASTRO E OUTRO(A/S)FARRACHA DE CASTRO E OUTRO(A/S)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRISÃO ILEGAL. DEPOSITÁRIO INSTRUMENTO. PRISÃO ILEGAL. DEPOSITÁRIO INFIEL. MANDADO DE PRISÃO QUE RECAIU SOB INFIEL. MANDADO DE PRISÃO QUE RECAIU SOB PESSOA DIVERSA. ERRO DO PODER JUDICIÁRIO. PESSOA DIVERSA. ERRO DO PODER JUDICIÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. 1. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. 1. Indenização por danos morais. Necessidade de Indenização por danos morais. Necessidade de reexame de fatos e provas: Súmula n. 279 do reexame de fatos e provas: Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 2. Supremo Tribunal Federal. 2. Este Supremo Este Supremo Tribunal assentou que a teoria da responsabilidade Tribunal assentou que a teoria da responsabilidade objetiva do Estado não se aplica aos atos judiciais, objetiva do Estado não se aplica aos atos judiciais, salvo nos casos de erro judiciário e de prisão além salvo nos casos de erro judiciário e de prisão além do tempo fixado na sentença (inc. LXXV do art. 5º do tempo fixado na sentença (inc. LXXV do art. 5º da Constituição da República) e nas hipóteses da Constituição da República) e nas hipóteses expressamente previstas em lei.expressamente previstas em lei. 3. AR ao qual se 3. AR ao qual se nega provimento.nega provimento.