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Exemplos de Casos Práticos

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dano ambiental

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Page 1: Exemplos de Casos Práticos

EXEMPLOS DE CASOS PRÁTICOS:

ESGOTO CLOACAL E RESIDUOS SÓLIDOS DE ESTABELECIMENTO

CARCERÁRIO

Um dano ambiental provocado pelo lançamento de esgoto cloacal e resíduos sólidos em afluentes, provenientes dos estabelecimentos carcerários do Instituto Penal Escola Profissionalizante – IPEP –, da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas – PASC – e da Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas – PMEC –. Onde já foram empreendidos esforços para solucionar a questão administrativamente, porém não obteve êxito, sendo necessária a proposição de ação civil pública para que se construa rede de tratamento de esgoto que atenda os estabelecimentos prisionais, sustentando, também, a ocorrência de dano moral coletivo.

Sem dúvida alguma neste, que a poluição do arroio e o mau cheiro atingiram não apenas os reclusos, as visitas, os servidores públicos que atuam nas casas prisionais e a população vizinha, mas uma gama indefinida que pessoas já que os dejetos com a força das correntezas podem vagar por localidades bem distantes do município (Charqueadas).

EXEMPLO 02

LAVA JATO CIDADE DE TANGARÁ DA SERRA

Lava jato que funcionava irregularmente; sem licença ambiental (licença de instalação e operação), além de não possuir autorização municipal para lançamento de efluentes no sistema de drenagem, e utilizar água de poço escavado sem o cadastro de uso de água, dentre outras irregularidades, por muito tempo praticou ato de degradação ambiental, em evidente prejuízo do solo, bem como dos recursos hídricos, consequentemente, impondo à população da cidade (Tangará da Serra) a um sofrimento desnecessário, submetendo os habitantes da região à privação do meio ambiente sadio; retirando deles a qualidade de vida, comprometida com o funcionamento do lava a jato sem o devido sistema de tratamento de efluentes, despejando substâncias químicas nas águas de Córrego da cidade. Indubitável, então, no caso, que a reparação integral abranja, também, a indenização pleiteada pelo Ministério Público, de natureza moral à coletividade.

Se faz necessária a condenação da apelada em danos materiais e morais, em razão da ofensa ao patrimônio moral da coletividade afetada em virtude da poluição que se perpetrava no local e que, neste caso, esta condenação possui caráter pedagógico-preventivo.

EXEMPLO 03

DANO AMBIENTAL NA SERRA INDÍGENA DO SARARÉ

Degradação ambiental da Terra Indígena do Sararé, área de preservação permanente, localizada entre os Municípios de Pontes e Lacerda/MT e Vila Bela da Santíssima Trindade/MT. O laudo de exame de constatação registra destruição de 5.659,5 de vegetação, com corte seletivo de madeira com exploração de apenas espécies de árvores com valor econômico. Madeiras extraídas ilegalmente da reserva e que ficavam depositadas em um sítio.

Page 2: Exemplos de Casos Práticos

O nexo de causalidade do dano para a Terra Indígena do Sararé e a atividade ilícita do apelante ficou provado, devendo ser responsabilizado civilmente pelo dano ambiental.

Comprovado que a coletividade, no caso a população indígena, teve uma área de preservação invadida pelo apelado com o objetivo de desmatar e destruir o meio ambiente local cabe reparação por danos morais coletivos.

Embora a coletividade não tenha personalidade jurídica, ser um conjunto indeterminado de pessoas, tem interesses, valores e patrimônio ideal que devem ser protegidos.

O tratamento jurídico transindividual da tutela dos interesses difusos e coletivos, inclusive quanto ao dano moral, não tem como parâmetro sofrimento psíquico do indivíduo, mas uma violação a valores e direitos objetivamente considerados.

EXEMPLO 04

DANO AMBIENTAL CAUSADO PELO FRIGORÍFICO QUATRO MARCOS

A empresa Quatro Marcos Ltda. era constituída pelo frigorífico em pleno funcionamento no Município de Juara, onde desenvolvia atividades de abate de bovinos, suínos, bufalinos, equinos e caprinos, além da industrialização, comercialização, importação e exportação das carnes. Eram abatidos naquele frigorífico mais de 500 (quinhentas) cabeças/dia. Fato é que os resíduos sólidos e líquidos – produto da atividade, estavam sendo despejados no meio ambiente, sem qualquer tratamento prévio, de forma ilegal, sem a respectiva Licença ambiental.

Em razão da atividade do frigorífico, grande quantidade de resíduos sólidos (esterco) ficava a céu aberto; que era lançado material orgânico na estrada de acesso para a propriedade rural que margeio o Córrego da cidade (córrego Água Boa). Haviam lançamentos de resíduos sólidos em APP e a atividade não estava licenciada. É, portanto, incontestável a ocorrência do dano, e o total desrespeito ao meio ambiente, bem como à população do Município (Juara), sobretudo daqueles que moravam no entorno do frigorífico. Sem dúvidas, os danos ambientais foram decorrentes de uma conduta irresponsável, ilegal e desrespeitosa do particular, em detrimento do equilíbrio ecológico; do direito coletivo à preservação de um meio ambiente sadio e o comprometimento da qualidade de vida da população, mormente daquela que usufruía diretamente do benefício reflexo do local.