4
Nome:_________________________________________nº:_____série:____ _ Avaliação de Português 2º Bimestre-Profª Anelize Dias Soares- E.E. Profª. Lygia de Azevedo Souza e Sá 1. Marque a alternativa correta : a) O Parnasianismo caracterizou-se, no Brasil, pela busca da perfeição formal na poesia. b) O Parnasianismo determinou o surgimento de obras de tom marcadamente coloquial. c) O Parnasianismo, por seus poetas, preconizava o uso do verso livre. d) O Parnasianismo foi o responsável pela afirmação de uma poesia de caráter sugestivo e musical. 2.Leia os versos de Olavo Bilac: Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade. Nos versos, apresenta-se uma concepção de arte baseada ___________ , própria dos poetas __________ . Na frase, os espaços devem ser preenchidos por a) na expressão dos sentimentos ... românticos. b) na sugestão de sons e imagens ... parnasianos. c) na contestação dos valores sociais ... simbolistas. d) no extremo rigor formal ... parnasianos. e) na expressão dos conflitos humanos ... simbolistas. Leia Passou o outono já, já torna o frio… - Outono de seu riso magoado. Álgido inverno! Oblíquo o sol, gelado… - O sol, e as águas límpidas do rio. Águas claras do rio! Águas do rio, Fugindo sob o meu olhar cansado, Para onde me levais meu vão cuidado? Aonde vais, meu coração vazio? Ficai, cabelos dela, flutuando, E, debaixo das águas fugidias, Os seus olhos abertos e cismando… Onde ides a correr, melancolias?

Exercícios de Português

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Literatura

Citation preview

Nome:_________________________________________n:_____srie:_____

Avaliao de Portugus 2 Bimestre-Prof Anelize Dias Soares- E.E. Prof. Lygia de Azevedo Souza e S

1.Marque a alternativa correta:a) O Parnasianismo caracterizou-se, no Brasil, pela busca da perfeio formal na poesia.b) O Parnasianismo determinou o surgimento de obras de tom marcadamente coloquial.c) O Parnasianismo, por seus poetas, preconizava o uso do verso livre.d) O Parnasianismo foi o responsvel pela afirmao de uma poesia de carter sugestivo e musical.2.Leia os versos de Olavo Bilac:

No se mostre na fbrica o suplcio

Do mestre. E, natural, o efeito agrade,

Sem lembrar os andaimes do edifcio:

Porque a Beleza, gmea da Verdade,

Arte pura, inimiga do artifcio,

a fora e a graa na simplicidade.

Nos versos, apresenta-se uma concepo de arte baseada ___________ , prpria dos poetas __________ .

Na frase, os espaos devem ser preenchidos por

a) na expresso dos sentimentos ... romnticos.

b) na sugesto de sons e imagens ... parnasianos.

c) na contestao dos valores sociais ... simbolistas.

d) no extremo rigor formal ... parnasianos.

e) na expresso dos conflitos humanos ... simbolistas.

LeiaPassou o outono j, j torna o frio- Outono de seu riso magoado.lgido inverno! Oblquo o sol, gelado- O sol, e as guas lmpidas do rio.guas claras do rio! guas do rio,Fugindo sob o meu olhar cansado,Para onde me levais meu vo cuidado?Aonde vais, meu corao vazio?Ficai, cabelos dela, flutuando,E, debaixo das guas fugidias,Os seus olhos abertos e cismandoOnde ides a correr, melancolias?- E, refratadas, longamente ondeando,As suas mos translcidas e frias

Camilo Pessanha

lgido: muito frio, glacial

vo: intil

cuidado: preocupao

cismando: pensando, imaginando

refratadas: refletidas

translcidas: que deixa passar a luz

3. Por que se pode afirmar que na terceira estrofe inicia-se um processo de meditao do eu lrico? Justifique a sua resposta com um verso dessa estrofe.4. Que imagens internas o eu lrico projeta nas guas do rio?

5. Quais so os sentimentos do eu lrico? Exemplifique.

6. Para responder a esta questo, considere os versos:

Longe do estril turbilho da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego,

Do claustro, na pacincia e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego

Do esforo; e a trama viva se construa

De tal modo, que a imagem fique nua,

Rica mas sbria, como um templo grego.

Pelas caractersticas desse texto, correto afirmar que pertence esttica:

a) simbolista; seu tema a entrega s sensaes geradas pela poesia; o trabalho do poeta suscitar imagens fortes.

b) romntica; seu tema a evaso no espao; o trabalho do poeta visto como extravasamento da emoo.

c) parnasiana; seu tema a prpria poesia; o trabalho do poeta visto como busca da perfeio formal.

d) modernista; seu tema a agitao da vida moderna; o trabalho do poeta visto como registro dessa agitao.

e) barroca; seu tema a religiosidade; o trabalho do poeta visto como sacrifcio.

7.Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do Simbolismo:

a) Utiliza o valor sugestivo da msica e da cor.

b) D nfase imaginao e fantasia.

c) Procura a representao da realidade do subconsciente.

d) uma atitude objetiva, em oposio ao subjetivismo dos parnasianos.8. O movimento modernista de 1922, iniciado com a semana da "Arte Moderna" em So Paulo, foi muito importante para as novas concepes artsticas e intelectuais do Brasil e caracterizou-se como:

a) movimento intelectual e artstico organizado pela jovem intelectualidade brasileira, que rompeu com a represso ideolgica dominante nas artes, com o objetivo de rever a cultura do pas e valorizar, atravs das artes em geral, componentes nacionais e autenticamente brasileiros.

b) movimento cultural organizado pelos artistas paulistanos em protesto contra a grande influncia da cultura norte-americana no Brasil, caracterizada pelo "way of life" que predominava entre os artistas plsticos.

c) movimento cultural organizado pelos jornalistas de So Paulo contra a represso poltica predominante na Repblica Velha, que implicou o fechamento de vrios jornais e agncias de rdio, promovendo grande insatisfao na classe jornalstica.

d) movimento artstico que divulgou o cinema novo, tendo a temtica social como o centro das atenes de cineastas e teatrlogos, que rompem com a linguagem convencional e retratam a realidade brasileira.

Fragmentos de Triste fim de Policarpo Quaresma

Policarpo era patriota. Desde moo, a pelos vinte anos, o amor da Ptria tomou-o todo inteiro.

No fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento srio, grave e absorvente. ( ... ) o que o patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro de Brasil. ( ... ) No se sabia bem onde nascera, mas no fora decerto em So Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Par. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: Quaresma era antes de

tudo brasileiro.

Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani. Na repartio, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notcia desse seu estudo do idioma tupiniquim, deram no se sabe por que em cham-lo Ubirajara. Certa vez, o escrevente Azevedo, ao assinar o ponto, distrado, sem reparar quem lhe estava s costas, disse em tom chocarreiro: Voc j viu que hoje o Ubirajara est tardando?9.Quaresma alvo de gracejos em seu ambiente de trabalho. Aponte o tipo de brincadeira a ele dirigido e o motivo dessa situao.

10. Leia o texto e assinale a alternativa correta quanto ao uso dos porqus :

-Susana, _____ voc no foi festa ontem?

-No fui festa ontem____ estava doente; essa a razo ____ no fui. Mas, afinal, ____quer saber o ____da minha ausncia?_____ sentiu minha falta, foi isso? Foi essa a razo____voc me fez essa pergunta?

a) porque, por que, por qu, por que, porqu, por que, por qu.

b) por qu, porque, porque, por que, por qu, por que, porqu.

c) por que, por qu, por que, porqu, porque, porque, por que.

d) por que, porque, por que, por que, porqu, por que, por que.

e) porqu, por que, por que, por que, porque, por que, por que.

O despertar do cortio

Da a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente, uma aglomerao tumultuosa de machos e fmeas. Uns, aps outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de gua que escorria da altura de uns cinco palmos. O cho inundava-se. As mulheres precisavam j prender as saias entre as coxas para no as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braos e do pescoo, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses no se preocupavam em no molhar o pelo, ao contrrio metiam a cabea bem debaixo da gua e esfregavam com fora as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mos. As portas das latrinas no descansavam...

Azevedo, Alusio. O cortio, So Paulo: Martins, 1968, p. 43.

11. So caractersticas desse texto, consideradas tpicas do Naturalismo, entre outras:

a) o idealismo, o comportamento determinista.

b) a nfase no aspecto material da vida, o comportamento sofisticado.

c) as comparaes dos seres humanos com animais, a promiscuidade.

d) a representao objetiva da vida, o endeusamento do ser humano.

e) a fuga realidade, o positivismo exacerbado.

12. A viso biolgica naturalista comumente iguala homens e animais. Retire do texto elementos que evidenciam a animalizao do homem.