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EXMa. SRa. PRESIDENTE DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS DO BRASIL JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA, membro efetivo, portador da carteira n°. 3.524, expedida pelo Instituto, com escritório na Av. Marechal Câmara, 350, conjunto 80 l-A, Centro, nesta cidade, vem, com base nos artigos 7°, II, do Estatuto, e 47, II, § 3° do Regimento Interno, apresentar a proposiçâo em anexo, requerendo seja apreciada em caráter de urgência, na forma dos artigos 44 c/ c o 54, § 2° do Regimento Interno, em razâo da matéria e pelo que vêm sendo vítimas os segurados da previdência social, geralmente pessoas idosas, que têm, nos termos da legislação vigente (Lei 10.741/2003 Estatuto do Idoso), tratamento especial e prioritário, além do que a proposição objetiva garantir princípios jurídicos e direitos individuais, de índole constitucional, que foram violados pela Lei 10.820/2003, que dispõe a respeito do denominado "empréstimo consignado". Outrossim, requer, nos termos do art. 38 do Regimento Interno, seja a proposta lida no expediente da próxima sessão ordinária do Instituto, no dia 17, ficando, desde já, o requerente inscrito como orador. Nestes termos, p. deferimento. Rio de Janeiro ...J..5-demaig de 2006. Jorge Rubem Folena de Oliveira I. A. B. PROTOCOLO N' ())OOOC- .... ~ _ _ .. _ .. _--.) EM.~/ __ ~/ 2006

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EXMa. SRa. PRESIDENTE DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS DOBRASIL

JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA, membro efetivo,portador da carteira n°. 3.524, expedida pelo Instituto, comescritório na Av. Marechal Câmara, 350, conjunto 80 l-A, Centro,nesta cidade, vem, com base nos artigos 7°, II, do Estatuto, e 47,II, § 3° do Regimento Interno, apresentar a proposiçâo em anexo,requerendo seja apreciada em caráter de urgência, na forma dosartigos 44 c/ c o 54, § 2° do Regimento Interno, em razâo damatéria e pelo que vêm sendo vítimas os segurados da previdênciasocial, geralmente pessoas idosas, que têm, nos termos dalegislação vigente (Lei 10.741/2003 Estatuto do Idoso),tratamento especial e prioritário, além do que a proposiçãoobjetiva garantir princípios jurídicos e direitos individuais, deíndole constitucional, que foram violados pela Lei 10.820/2003,que dispõe a respeito do denominado "empréstimo consignado".

Outrossim, requer, nos termos do art. 38 do RegimentoInterno, seja a proposta lida no expediente da próxima sessãoordinária do Instituto, no dia 17, ficando, desde já, o requerenteinscrito como orador.

Nestes termos,p. deferimento.

Rio de Janeiro ...J..5-demaig de 2006.

Jorge Rubem Folena de Oliveira

I. A. B.

PROTOCOLO

N' ())OOOC-....~ _ _.._ .._--.)

EM.~/ __~/ 2006

Rio de ,Janeiro, 15 de maio de 2006.

À

EXCELENTÍSSIMA SENHORA PRESIDENTE DO INSTITUTO DOSADVOGADOS DO BRASILNESTA

Prezada Presidente:

Na sessão de 18 de abril p.p., o Dr. Marcello Monteiro de Carvalho

instou o Instituto a encaminhar ao Exmo. Sr. Presidente da República

pedido para que suspendesse, no ãmbito da Administração Pública

Federal, a concessão dos denominados "empréstimos consignados",

disciplinado pela Lei 10.820, de 17/12/2003.

o ilustre colega, com muita propriedade, chamou a atenção de todos

para os abusos que estavam sendo perpetrados contra os aposentados e

os pensionistas, que dispondo de poucos recursos, estavam se

endividando e ficando em frágil situação perante as instituiçõesfinanceiras.

Com razão, o Dr. Marcello expôs que a referida lei foi a forma

engendrada para os bancos não só fugirem da restrição à penhora sobre

salários e pensões, prevista no art. 649, incisos IV e VII, do Código de

Processo Civil, mas ficarem até em melhor condição para auto­

satisfação de seus créditos.

Como se sabe, os bancos foram derrotados nos tribunais em

decorréncia dos abusos cometidos contra os assalariados, no que diz

respeito à indevida apropriação de valores emprestados, a título de

limite de crédito concedido por meio do cheque especial, que abatiamdiretamente de suas contas.

A jurisprudência firme manifestou que "não pode o banco se valer da

apropriação de salário do cliente depositado em sua conta corrente,

como forma de compensar-se da dívida deste em face de contrato de

empréstimo inadimplido, eis que a remuneração, por ter caráter

alimentar, é imune a constriçães dessa espécie, ao teor do disposto no

art. 649, IV, da lei adjetiva civil" (STJ, 4a Turma, REsp 353.291-RS, reI.

Min. Aldir Passarinho Junior) 1, inclusive reconhecendo em favor do

trabalhador o dano moral sofrido pela ilícita conduta dos bancos, ao

afirmar que "mesmo com cláusula contratual permissiva, a apropriação

do salário do correntista pelo banco-credor para pagamento de cheque

especial é ilícita e dá margem a reparação por dano moraL" (STJ, 3a

Turma, REsp 507.044-AC, reI. Min. Humberto Gomes de Barros)

Em razão da sucumbência judicial, os bancos, com peculiar habilidade,

se articularam, no meio governamental e político, para aprovar a "lei do

empréstimo consignado", além de investir, de forma pesada, em

campanhas publicitárias para atrair os aposentados e pensionistas,

como faz, V.g. o Banco GE Capital S/A, oferecendo-Ihes um falso "futuro

melhor", verbis:

"Aposentado do INSS: Aproveite nossas condiçõesespeciais e obtenha um empréstimo facilitado

ainda hoje. Este portal oferece empréstimo pessoal

consignado para aposentados e pensionistas do INSS,

sem burocracia, para que você possa realizar os seus

sonhos e investir na sua felicidade." (Sem grifos no

original- www.futuromelhor.com.br)

Todavia, ao contrário da propaganda, os aposentados e pensionistas

estão tendo pesadelos e infelicidades, como vem sendo noticiado nas

1 Em igual sentido: REsp 492.777-RS, reI. Min. Ruy Rosado de Aguiar; REsp 264.085-RS, reI. Min.

X·g, S''''o",;n;.

2

páginas dos jornais, pois atingiram o máximo de suas capacidades de

endividamento, não podendo, conseqüentemente, adquirir os alimentos

e remédios necessários às suas sobrevivências.

o mais grave e infeliz é que o Presidente da República e o Ministro da

Previdência Social, transgredindo os princípios da moralidade e da

impessoalidade administrativa (caput do art. 37 da CF), em

29/09/2004, utilizaram o cadastro da Previdência Social para

incentivar que os seus segurados fossem tomar o aludido empréstimo,

inclusive patrocinando, "gratuitamente", a prática da usura em favor

dos bancos e a institucionalização da agiotagem oficial, conforme se

pode verificar a seguir:

"Caro(a) Segurado(a) da Previdência Social,

Em maio passado, o Governo Federal encaminhou ao

Congresso um Projeto de Lei para permitir aos

aposentados e pensionista da Previdência Social acesso a

linhas de crédito com taxas de juros reduzidas.

Agora, o Legislativo aprovou o projeto e acabamos de

sancioná-Io. Com isto, você e milhões de outros

beneficiários(as), passam a ter direito de obter

empréstimo cujo valor da prestação pode ser de até 30%

do seu benefício mensal. Você poderá pagar oempréstimo com juros entre 1,75% e 2,9% ao mês.

Esperamos quc essa medida possa ajudá-Io(a)a atender

melhor às necessidades do dia-a-dia. Por meio de ações

como esta, o Governo quer construir uma Previdência

Social mais humana, justa e democrática. Afinal, a

\ Previdência ê sua!" (Sem grifos no original)

3

Por serem os aposentados e os pensionistas, pessoas geralmente idosas,

está mais que na hora do Executivo deixar de estimular, como acima

anunciado, e intervir nessa grave situação, porque "o Estado tem o

dever de amparar as pessoas idosas", conforme determina o art. 230 da

Constituição Federal, sendo oportuna, portanto, a manifestação do Dr.

Marcello Monteiro de Carvalho.

Nesse ponto, cabe informar que o Ministério Público Federal, no estado

do Ceará, moveu ação civil pública contra a União para que seja

obrigada a redefinir, em todo país, o modo de concessão do empréstimo

consignado aos servidores, aposentados e pensionistas, pOIS a

regulamentação atual estaria permitindo agressões a direitos

individuais, conforme noticiado no sítio eletrõnico Consultor Jurídico,

em 11/04/2006.

Esclarece-se, igualmente, que o Conselho da Previdência Social do INSS

de Natal, no estado do Rio Grande Norte, também se pronunciou de

forma contraria à mencionada lei, nos moldes em que se encontra

redigida, como divulgou o Consultor Jurídico, em 30/11/2005.

Além disso, saliente-se que a lei em comento apresenta

inconstitucionalidades de ordem formal e material, que passo a

submeter à apreciação do Instituto, a fim de ser encaminhada,

conforme a aprovação do Plenário, ao Conselho Federal da OAB para a

propositura ele Ação Direta de Tnconstitucionalidade, C011.1.0 lhc autoriza

o art. 103, VII, da CF.

A Lei 10.820/2003 não trata de mera autorização para desconto de

prestações em folha de pagamento, mas regulamenta, na verdade, como

instituições financeiras deverão conceder o "empréstimo

4

consignado" aos empregados, regidos pela CLT, aos aposentados e aos

pensionistas.

Por regular matéria própria do sistema financeiro, ou seja, o modo como

as instituições financeiras concederão empréstimos e financiamentos, a

aludida lei deveria ser aprovada, por quorum qualificado, na forma de

lei complementar, como exige o artigo 192 da Constituição Federal ("O

sistema financeiro nacional (...) será regulado por leis

complementares") .

Nessa parte, sob o aspecto formal, percebe-se a inconstitucionalidade

da mencionada lei ordinária, diante do que dispõem os artigos 69 e 192

da Constituição Federal.

Por outro lado, a lei ofende garantias fundamentais do trabalhador,

uma vez que o salário, em razão de sua natureza alimentícia, recebe

proteção especial na Constituição (art. 7°, incisos IV, VI e VII), devendo

atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, não

podendo, em função disso, sofrer qualquer espécie de constrição ou

limitação, mesmo que autorizado o scu desconto em folha de

pagamento.

Por este motivo, o legislador processual impediu a penhora de salários c

pensões, sob pena dc violar, igualmente, a dignidade da pessoa

humana, principio republicano (art. 1°, III, da CF) c garantia

fundamental do trabalhador (art. 5°, § 2°, da CF).

Logo, O desconto em [olha, instituído no~ artigos 10 e 6° da Lei

10.820/2003, agridem, a um só tempo, os princípios constitueionai~ dH

proteção ao salário e dél dignir.1ade da pessoa humana.

Vale ressaltar, ainda, quc o desconto em folha de até 30% da

relllunel-ação ou beneficio, como previsto nos artigos 2°, § 2°, e 6°, ~ 5"

~

5

da lei, supera a capacidade de pagamento e de endividamento de que

dispõe o cidadão brasileiro, isto porque, segundo informa o IBGE, em

sua Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)2,o brasileiro, com renda

média de R$ 1.465,31, tem comprometido 93,110/0 de sua renda com

alimentação, habitação, vestuário, saúde, transporte, educação e

higiene, itens necessários à vida, conforme se pode inferir na tabela a

seguir3:

, Brasil

(==·.=~=~=·=~=·_~.~=~=~~-==~·=.=~=~i~!~ã-~~<».d~~iC!!~~~jota~_~~=~=::=:==~:==~.:==~==-=-~~.:Ano = 2003~~'-~."._ ..--.--'--''''-

Variável· '~__M~_"_'."_''' __~ ''__. ~ __' ._'''''_'''' . ._._._._.... ..,

:Tipos de despesa: Despesas de consumo iDistribuição das despesas de consumo}, monetário e não monetário ! monetário e não monetário média .: : média mensal familiar (Reais) : mensal familiar (percentual) jr- ..----~._-~.,.- ...~.---~- .._.-.-""._.-- ..--.--~.-.-.--.---.--.- ..--.-- .•- ..•...- ...-- ..,:-----.--.---.---.------.--._-- .."'-_. ·•.•---~··----'_·-·.,·_·--·,..·liTotal j 1.465,311 100,001

:Ai~~~~~~~~:=·=~=~:===:~=::==:::=~.·===:~~~~i~.t=-=~-=~.===~=~:==~=--=}~i&!iHabitação! 520,22) 35,50:

;~.~_~~~â;;~_~=:=:==T_~~.===·~~_==___=~~.~~:=.~=~:~~~~_i2~r~~.·====~=~=.==~=:==~=:==-5~6~~.liTransporte 1 270,16: 18,44;i-----~·_·-·-....-----_...--·'~··-~r....~--·-··-~··-....-·-#·-·-···.- ..----.--~ ...--.- ..~..-..---~.---'-- .._--._.----- .....-- ...--~~_.-~-.-----~-··_-·~--·-~-·iiHigiene e ! i'cuidados' 31,80i 2,171., .;pessoais }, . :\ _-~ _---_.--~-~--~~.~.•.... _----~.--_.._--.- _---_ ~..•.•.-- .....•..•. -..',- -_._ ,_ _-~._..~.---_ _~-...•... _. ----.--.-. ----.-.- -..- -.-- ...•....

lAs~istênCia à i 95 141 649:isaude; , I ' i~. n.._ _ ._. ""._ ,._ .. ~h. __ ~••••• _ ••• _._._n ._., ._. .. _._. __. ._. __ .,_ , .. __. .._. __._" _._._.__._,~.._ __ ..__,_.._. __ ._ __ ~ .:.

Educação: 59,86i 4,08(i-········ ~,-_.;.- .._"., ........•.- ,_.-.~_.r-- '.'" -- " -.~_.~---..- _.~._-_._.~ - _.-:~ _-~~-~._ .. _.__ ..n~.._._o~._._~._. .._ - ,~._.~--._---

)leçr:eação e 1 34951 2 39'L.c~~!.~.!:-~. ,...__!.._- ..- .. ----. -.-..----_-". __.__... ' _!_. . . . ~__',Fumo! 10,201 0,70;',_•.•,---- ..•..... .._.....• ,,,.•..•__•.•.......... ..._ ..•.•_.•__..•._... _..••..._.•..•_j- •.. _..m ••• •••• _ •• __ •••••••• " •••••• , •••• _. ••••••••••••••• ••••• _ •••• __ ••

;Serviço.s '. : 14 85; 1 Oi.:pessoaIs .. i ' ! ' :;_ •.,..... _. -:•.._ .•_•...~..•....•. ~.'l'o'-_.~.".., ...•. _ ...• ~~#.~~.·.n<~ •• _ ••_••. ~••• _~~ •••H."' •....••.• , _.~.__ .;__ ,•.• _~._.••.•_ •.•_~._.~ .•_, .....• ~_.~ ~_~~ •..•~••._... _._ ..•_.•.•.. "' •••.•._•• .• ,#._ •. '_no .•

[D.espesas .~ 40811 2 791'_d IV~~~~S, .._ _ .l .. - __??oo ••••••••• _ •• __ •• __ •••••••• ••••• _.,_ ••••• :._ ••L.._.". .__ ." __._.._. ._.._. _. '.._:

Nessas condíçõcs, sendo bloqueados, na fonte, 3OU/o da renda do

trabalhador para pagmnento de uma divida bancária, com certeza,

faltará o recurso necessário para suprir a sua capacidade de

G

2 CUllsult<lT www.ib~t:.gov.br

3 Fonte: IBGE - Pesquisa de Orçamentos Fallúliares

sobrevivência, restando contrariado tudo o que a Constituição buscou

estabelecer como proteção ao salário (art. 7°, incisos IV, VI e VII).

Afora isto, a lei, ao permitir um endividamento de até 30% do

vencimento do trabalhador com despesas bancárias, feriu, nesse ponto,

a proporcionalidade e a razoabilidade, inseridas no princípio

constitucional do devido processo legal substantivo (art. 5°, LIV, CF),

em razão dos números apresentados pelo IBGE.

A prevalecer as condições estabelecidas pela mencionada lei, o

trabalhador e o beneficiário da previdência social ficarão presos e

dependentes do seu rentista, sendo obrigados a ampliar e a prolongar a

todo tempo o valor do empréstimo tomado, que aumentará feito bola deneve e dificilmente findará.

Com efeito, pode-se imaginar que os hoje contemplados com os

"empréstimos consignados" deverão trabalhar excessivamente, inclusive

os idosos, para obterem as suas cartas de alforria bancária, limpando,

assim, os seus nomes nos cadastros de devedores, estando, deste modo,

caracterizada a escravidão contemporánea.

Por fim, a lei põe em risco a soberania (art. 1°, inciso I, da Constituição

Federal), pois muitos bancos que operam no território nacional são de

bandeira estrnngeira.

Desta forma, além de manterem a população endividada sobre o seu

estrito controle, os bancos estrangeiros estão transferindo ao exterior a

poupança interna dos trabalhadores, en fraquccendo o país e as suas

combalidas reservas, sujeitando os cidadãos à mesma situação de

devedor que ocorre eom a própria nação, que devia, no ano rle 2004,

\ U$S 183.565 bilhÜes4.(4 Anw'II'io ESt3tístico do Dr~sil, v. 64,2004, 7-1R, lRon.

7

Por tais fundamentos, considerando que está na finalidade do Instituto,

na forma do art. 1°, § 2°, incisos III e IV do seu Estatuto, a defesa dos

direitos humanos, a promoção da defesa dos interesses da nação e dos

consumidores, e acreditando ainda que o tema em debate esteja em

linha com a intenção manifestada no discurso de posse de nossa

presidente, que "entende que o IAB tem um papel a cumprir na

liderança do pensamento jurídico, qual seja o fortalecimento das

instituições democráticas", peço vênia para ser dada à proposta

apresentada tratamento urgente, conforme os fins dos artigos 44 c/ c o

54, § 2°, do Regimento Interno, em razão da matéria exposta e pelo que

vêm sendo vítimas os segurados da previdência social, repita-se,

geralmente pessoas idosas, que têm, nos termos da legislação vigente

(Lei 10.741/2003 - Estatuto do Idoso), tratamento especial e prioritário,

além do que a proposição objetiva garantir princípios jurídicos e direitos

individuais, de índole constitucional, que foram violados pela Lei

10.820/2003.

Isto posto, submeto ao nosso Instituto a presente proposta para

apreciação, discussão e votação da matéria e, se for o caso,

encaminhamento ao Conselho Federal da OAB, solicitando a

Direta de Inconstitucionalidade dos artigosde

Jorge Rubem Folena de OliveiraSócio - carteira nO3.524