EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA … · de efetivo exercício aos servidores públicos estaduais, forçoso que, em razão do referido parágrafo 4o., art. 40, da Constituição

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA:

001. LEYDE YOKO MIZOBUCHI, brasileira, casada, médica, RG No. 6.006.337 e CIC No. 012.632.718-12, residente a R. Apinages 919, Apto 113, Perdizes, São Paulo — SP;

por seu advogado, infra-assinado, vêm respeitosamente à presença de V.Exa., propor a

presente AÇÃO ORDINÁRIA contra a FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, pelos

motivos de fato e de direito a seguir expostos:

1. A funcionária pública estadual pertencente ao quadro da

SECRETARIA: DA SAÚDE.

2. A Autora conforme demonstra os documentos anexos, é

Servidora Pública Estadual, admitida pela Lei 500/74, percebendo em seus vencimentos,

pelo menos 4 (quatro) quinquênios de adicional por tempo de serviço.

3. Portanto, a autora objetiva com a presente ação por possuir

mais de 20 (vinte) anos de efetivo exercício considerados para efeito de adicionais e sexta-

parte e consequentemente devido é o pagamento da sexta-parte dos vencimentos ou

proventos integrais, incorporadas para todos os efeitos a que se refere o artigo 129 da

Constituição do Estado de São Paulo.

4. A vantagem da sexta-parte é de natureza idêntica ao

adicional por tempo de serviço, ou seja, é concedida pela prestação de serviço público no

decorrer de 20 anos.

n -o

o o 1-•

1

5. Desde a Constituição Estadual de 1.946, artigo 98,

respeitada igualmente pela Constituição Estadual de 1.967 e 1.969, artigo 92, inciso

VIII, a vantagem da sexta-parte sobre os vencimentos integrais era concedida após

vinte e cinco (25) anos de efetivo exercício, incorporada aos vencimentos para todos os

efeitos.

6. Com a promulgação da Constituição do Estado aos 05

de outubro de 1.989, ocorreu a redução do requisito tempo para obtenção do benefício,

de vinte e cinco (25) para vinte (20) anos.

7. Com efeito, dispõe o artigo 129 da Carta Paulista de

1.989:

"Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento

do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquénio, e

vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos

integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se

incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto

no art. 115, XVI, desta Constituição." (G.N.).

8. A Autora, conforme o hollerith acostado a inicial, prova

incontestavelmente, possuir 20 anos de efetivo exercício a que se refere o

mandamento constitucional supracitado, bastando para tanto o percebimento de no

mínimo 4 (quatro) quinquênios de adicional por tempo de serviço.

9. Absolutamente injustificável a conduta da Ré, pois

mesmo pagando os 4 (quatro) quinquênios, ou seja, 20 anos de efetivo exercício, até a

presente data, não efetivou o pagamento da vantagem da sexta-parte, não restando a

Autora outra alternativa senão a de recorrer ao Judiciário, para que declare o legítimo e

cristalino direito constitucional de perceberem o que lhes é devido.

10. Dessa forma, nem o argumento de que não é

funcionária pública deve merecer qualquer consideração jurídica, espancado que está

por toda a legislação ordinária e jurisprudenciária.

n -o

o o NJ

2

11. Transcrevendo-se neste sentido os dispositivos que

alicerçam a pretensão da Autora, combinados com o artigo 129 da Constituição

Estadual de 1.989:

ARTIGO 205 DA LEI COMPLEMENTAR N.° 180, DE 12 DE MAIO DE

1.978

-o

o o

"Artigo 205 - Para os fins desta lei complementar, passam a ser

considerados servidores:

I - os admitidos em caráter temporário nos termos do artigo 1° da Lei n.°

500, de 13 de novembro de 1974;

II - os atuais extranumerários;

III - os atuais funcionários interinos;

IV - os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista.

ARTIGO 40, § 4° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

"Art. 40 - 0 servidor será aposentado:

§ 4° - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e

na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em

atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou

vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive

quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função

em que se deu a aposentadoria, na forma da lei. (...)"

ARTIGO 126, 44° DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

"Artigo 126 - O servidor será aposentado:

§ 4° - Os proventos de aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na

mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em

atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou

vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, ainda

quando decorrente de reenquadramento, de transformação ou reclassificação do

cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei."

3

12. Claro está que a Autora é considerada SERVIDORA

PÚBLICA em rigorosa identificação com o texto constitucional do Artigo 129.

13. Nas Jurisprudências o entendimento prevalecente sobre a

matéria pode ser exemplificado pelos V. Acórdãos a seguir demonstrados: -o

13.1. Apelação Cível n.° 170.971-1/0, da Egrégia 5' Câmara o o

Civil, em feito proferido pelo eminente Des. MARCUS ANDRADE, cujo V. Acórdão assim

determinou (doc. 1):

"O art. 40, parágrafo 4o., da Constituição Federal (reproduzido pelo art. 126, parágrafo 4o.,

da Constituição Estadual) dispôs: "Os proventos da aposentadoria serão revistos, na

mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos

servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou

vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando

decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a

aposentadoria, na forma da lei".

Por conseguinte, após 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição da

República, modificada a remuneração dos servidores em atividade, como também,

concedidos beneficios e vantagens, tais melhorias se comunicarão aos inativos,

provocando revisão de seus proventos.

Posto isso, cate constatar que 1 (um) ano após, em 5 de outubro de 1989, foi promulgada a

Constituição do Estado, cujo art. 129 estatui: "Ao servidor público estadual é assegurado o

percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio e

vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimento integrais, concedida aos

vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos,

observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição".

Concedida por esse dispositivo a sexta parte dos vencimentos integrais aos vinte (20) anos

de efetivo exercício aos servidores públicos estaduais, forçoso que, em razão do referido

parágrafo 4o., art. 40, da Constituição da República, também se estendeu aos aposentados.

Na espécie, as autoras, inativadas desde maio de 1982 e abril de 1983, o foram com mais

de vinte (20) anos de efetivo exercício, consoante atesta a documentação anexada aos

autos (fls. 10/13). Em conseqüência, induvidoso que fazem jus à sexta-parte, na forma do

art. 129 da Constituição do Estado.

De realçar, tendo em vista as objeções deduzidas em grau recurso!, que os beneficias ou

vantagens extensivos aos aposentados não estão delimitados, mesmo porque a

Constituição Federal não faz esta restrição àqueles criados por leis ordinárias. Nada obsta

que melhorias ao funcionalismo da ativa, contempladas em Constituições Estaduais,

promulgadas posteriormente ã Federal, igualmente alcancem os inativos. Aliás, seria um

contra senso se somente a lei ordinária pudesse trazer benefícios extensíveis aos inativos e

não a Constitucional. Irrelevante, doutro turno, que o art. 129, mencionado, utilize,

unicamente, a expressão 'vencimentos". Desnecessária qualquer referência a proventos,

porque o parágrafo 4o., do art. 40 da Carta Magna, já determina a extensão das vantagens

e benefícios aos aposentados.

4

04 Por derradeiro, Com a conCessão às autoras da sexta-parte, não se está dando ao artigo

129 da Constituição do Estado efeito retroativo. Passarão a receber essa vantagem a partir

da data da Constituição Estadual, como corretamente disposto na sentença e não desde a

data em que se aposentaram. Embora seja certo que a aposentadoria se regula pela

legislação vigente ao seu tempo, resulta, também, inequívoco, que a norma constitucional

ulterior pode alterar seu regramento, já que não está inibida pelo ato jurídico perfeito, pela

coisa julgada e pelo direito adquirido."

13.2. Apelação Cível n.° 181.225-1/2, da Egrégia 7a Câmara

Civil, em feito proferido pelo eminente Des. LEITE CINTRA, cujo V. Acórdão assinalou

(doc. 2):

"Realmente os autores fazem jus ao recebimento da vantagem denominada "sexta-parte",

posto que preenchem o requisito do disposto no artigo 129 da Constituição Estadual, que

assegurou ao servidor público o direito de perceber a sexta-parte dos vencimentos

integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, sendo que o pagamento será

devido a partir do primeiro dia do mês seguinte a publicação da Carta Estadual, conforme

dispõe o artigo 20, do ADCT.

Desse modo, não restam dúvidas que o preceito contido no artigo 129, da Constituição

Estadual independe de regulamentação para ser aplicado, logo, é auto aplicável.

No dizer de José Afonso da Silva, em Aplicabilidade das Normas Constitucionais, "trata-se,

como se vê de norma de eficácia plena, que independe de qualquer outra elaboração

legislativa, necessária à irradiação do comando nela contido, oferecendo todos os

elementos para a sua realização do direito emergente da situação nela prevista".

13.3. Apelação Cível n.° 189.919-1/8, da Egrégia 2ã Câmara

Civil, em que foi relator o eminente Des. SILVEIRA PAULILO, cujo V. Acórdão determinou

(doc. 3):

"Já tive oportunidade de sustentar anteriormente não caber essa distinção que a FAZENDA quer

fazer entre funcionários ocupantes de cargos e servidores para fins de pagamento da sexta parte

(RJTJESP 138/253). Continuo a pensar da mesma forma,

O vocábulo "servidor" tem conceito preciso no Direito Administrativo (cf. HELY LOPES

MEIRELLES, "Direito Administrativo Brasileiro", 3' ed., RT, págs. 365-366, OSWALDO ARANHA

BANDEIRA DE MELLO, "Princípios Gerais de Direito Administrativo", 1' ed., Forense, vol. II, pág.

370). E, sendo certo que no Direito Público emprega-se ordinariamente a linguagem técnica (cf.

CARLOS MAXIMILIANO, "Hermenêutica e Aplicação do Direito", 9' ed., 2' tiragem, Forense, págs.

305-306), tem-se que não se pode conceber tenha o legislador constituinte baralhado conceitos,

empregando a palavra "servidor" onde quis dizer "funcionário". A única interpretação plausível,

pois, é a de que tenha estendido o beneficio a todos os servidores, funcionários ocupantes de

cargos ou não.

Não se diga que, em face do regime único constitucionalmente instituído, não haveria mais

necessidade de distinguir "servidor" de "funcionário", posto que emerge do próprio texto

constitucional a existência de espécies diferentes de servidores (cf. CELSO ANTONIO BANDEIRA

DE MELLO, "Regime Constitucional dos Servidores da Administração Direta e Indireta", 2' ed.,

RT, pág. 8). Basta ler o ad. 19 das Disposições Transitórias da Constituição Federal, que deu

estabilidade, mas não conferiu efetivação, a certos servidores.

n -o

o o tn

(74 5

Decorre de tudo, pois, que o art. 129 da Constituição Estadual concedeu a sexta-parte a

todos os servidores, funcionários ou não.

No que concerne à correção monetária, sem razão também a FAZENDA. Tendo os

vencimentos dos servidores caráter alimentar, consoante copiosa jurisprudência, a correção

sobre os atrasados há de ser integral, vale dizer, incide desde o instante em que a verba

deveria ter sido paga E não foi. Em recentissimo acórdão, aceitou o colando Supremo

Tribunal Federal: "Cabe a atualização monetária sobre parcelas de vencimentos pagas com

atraso, diante da natureza alimentar destes. Jurisprudência há muito consolidada a

respeito." (cf. Ag. 132.379-5-PR "apud" THEOTONIO NEGRÃO in CÓDIGO DE

PROCESSO CIVIL E LEGISLAÇÃO PROCESSUAL EM VIGOR, 24' ed., 1993, Malheiros,

pág. 1281).

Faz a FAZENDA, "data venia", confusão entre os princípios da reserva legal e o da

legalidade. A Administração Pública é informada pelo último, o que significa nada poder

fazer e autorização inserta no sistema jurídico posto. E, para tanto, não e de mister que

exista lei específica para cada caso. Só quando é exigida a "reserva legal" é que se exige

tal lei especifica. A correção já está albergada em inúmeros diplomas legais, e resulta até

da aplicação do "princípio da moralidade", posto que não se pode conceber possa

administração pagar em moeda aviltada a contraprestação pecuniária devida aos seus

servidores. A Lei 6899/81 não se aplica, pois, a débitos alimentares."

13.4. Apelação Cível n.° 191.555-1/6, da Egrégia 5a Câmara

Civil, em feito proferido pelo eminente Des. JORGE TANNUS, cujo V. Acórdão determinou

(doc. 4):

"A E. Segunda Câmara Civil desta C. corte, em 12 de novembro de 1991, tendo como

Relator o MM. Desembargador SILVEIRA PAULILO, integrando a douta Turma Julgadora,

os eminentes Desembargadores CEZAR PELUZO e WALTER MORAES, com votos

vencedores, manteve, na Ap. Civ. 155.678-1-SP a r. decisão de primeiro grau que

reconheceu ao autor, servidor público da mesma condição que alguns dos ora recorrentes,

o direito da vantagem da sexta-parte dos vencimentos ou proventos integrais, com

incorporação para todos os efeitos.

Plantou aquela C. Turma Julgadora sua fundamentação no artigo 129 da Constituição

Estadual que garantiu ao servidor público o percebimento do adicional por tempo de serviço

bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais concedida aos vinte anos de efetivo

exercício, incursionando pelo direito administrativo e seus doutrinadores pátrios, para definir

o significado do vocábulo "servidores", concluindo tratar-se de termo genérico que designa

o funcionário ocupante de cargo.

Destacou em seguida a circunstãncia de haver a Constituição Estadual de outubro de 1989,

em seu artigo 124, adotado regime jurídico único para os servidores da administração

pública direta, das autarquias e das fundações instituídas ora mantidas pelo Poder Público

findando por invocar o teor do artigo 19 das Disposições Transitórias da Constituição da

República que deu estabilidade aos não-estáveis que contavam, no dia da promulgação,

pelo menos cinco anos de exercicio continuado, sem efetivá-los, acenando, para seu

estímulo, com a possibilidade de obterem tal "status" mediante concurso.

Ficou ali demonstrado que a atribuição dos benefícios temporais a todos os servidores,

indiscriminadamente, por si só não os igualava na atribuição de toda a gama de direito

ínsitos ao funcionalismo.

n -o

O O

6

Assim, desde a promulgação da Constituição Estadual, em 5 de outubro de 1989, fazem jus

os autores, que contam com mais de 20 anos de serviço público, à sexta-parte dos

vencimentos ou proventos integrais, neles incorporada para todos os efeitos.

Em decorrência, a pretensão ao recebimento das diferenças devidas desde aquela data,

pelos que já vem recebendo o beneficio e o pagamento integral aos demais, também se

acolhe, para condenar a Fazenda a efetuar o respectivo pagamento com a correção

monetária incidente desde o vencimentos de cada uma das parcelas, além dos juros da

mora desde a citação e honorários de advogado, de 10% sobre o total apurado, não de

20% como pretenderam os autores, que, quanto a esse capitulo, embora minimamente,

sucumbem, incidente, na espécie, o disposto no parágrafo único do artigo 21 do Código de

Processo Civil:

13.5. Apelação Cível n.° 202.464-1/3, da Egrégia r Câmara

Civil, em que foi relator o eminente Des. LEITE CINTRA, cujo V. Acórdão determinou (doc.

5):

"Realmente os apelados fazem jus ao recebimento da vantagem denominada "sexta-parte",

posto que preenchem o requisito do disposto no artigo 129 da Constituição Estadual, que

assegurou ao servidor público o direito de perceber a sexta-parte dos vencimentos

integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercido, sendo que o pagamento será

devido a partir do primeiro dia do mês seguinte a publicação da Carta Estadual, conforme

dispõe o artigo 20, do ADCT, ou, eventualmente, da data em que o período aquisitivo do

direito se completou, se posterior ao termo inicial acima fixado.

Desse modo, não restam dúvidas que o preceito contido no artigo 129, da Constituição

Estadual independe de regulamentação para ser aplicado, logo, é auto-aplicável.

No dizer de José Afonso da Silva, em Aplicabilidade das Normas Constitucionais, "trata-se,

como se vê, de norma de eficácia plena, que independe de qualquer outra elaboração

legislativa, necessária a irradiação do comando nela contido, oferecendo todos os

elementos para a sua realização do direito emergente da situação nela prevista".

Por outro lado, verifica-se que a atual Constituição Estadual não faz distinção entre os

servidores públicos ocupantes de cargos efetivos e os que exercem função atividade,

assim, não cabe ao intérprete distinguir onde o comando normativo não distingue, nada

justificando a pretendida restrição aos servidores admitidos pela Lei 500/74,

Ademais, a expressão "servidor público" é designativo genérico, conforme leciona Celso

Antonio Bandeira de Meto, "abrangente de todos os que, sob regime jurídico de cargo ou

emprego, estão vinculados por relação de caráter profissional à Administração direta ou

funcional, em quaisquer dos Poderes, ou órbitas de Governo. Não é, pois, denominação

restrita aos agentes titulares de cargos ou apenas dos que estejam ligados a entidades de

Direito Público" (in "O Regime Constitucional dos Servidores da Administração Direta e

Indireta", Ed. RT, 1' ed., 1990).

Portanto, se o adicional temporal denominado "sexta-parte" é conferido pela constituição

aos servidores de modo genérico, também a ele terão direito os ocupantes de função-

atividade."

n -o

O O '■J

7

13.6. Apelação Cível n.° 213.420-1/9, da Egrégia 8a

Câmara Civil, em feito proferido pelo eminente Des. FONSECA TAVARES, cujo V.

Acórdão assim determinou (doc. 6):

"2. O art. 20 das Disposições Transitórias da Constituição Estadual impõe o

pagamento dos adicionais por tempo e da sexta-parte, referidos no art. 129, a partir

do 1° dia do mês seguinte ao da publicação da Constituição, vedada a

cumu latividade.

Assim, dispensável é a regulamentação da mesma.

3. Quanto aos inativos deveria proceder-se à revisão dos direitos em 180 dias e os

efeitos revisionais incidiriam a partir de 05.10.88, com apoio no art. 126, § 4° da

mesma Constituição Estadual e no art. 21 das Disposições Transitórias, que se refere

também ao comando da Constituição da República, pois uma e outra não permitem

haja discrepância entre os valores percebidos por servidor da ativa e aqueles que já

sejam inativos.

Se para os primeiros incide a sexta-parte a partir dos vinte anos, os servidores

inativos, no caso policiais militares, que tenham estado em atividade por vinte anos,

terão direito a essa sexta-parte, a ser paga, como diz a Autarquia, segundo o

preceito Constitucional Estadual, a partir de 1° de novembro de 1989."

14. Requer-se a autora o benefício da assistência jurídica

integral e gratuita, nos termos da Lei n. 1.060, de 05 de fevereiro de 1.950, artigo 2°,

parágrafo único e 3°, e do artigo 5°, inciso LXXIV, da Constituição Federal, por não ter

recurso suficiente, tendo em vista que a situação econômica não lhe permite pagar as

custas do processo, sem prejuízo do sustento próprio e das famílias, por viver dos salários,

o que impossibilita arcar financeiramente com o dispêndio para a cobrança judicialmente

da diferença a que se refere a presente ação.

15. Do exposto, requer a autora a citação da Ré para

responder aos termos da presente até final, quando aguarda seja a mesma julgada

procedente, condenando-a ao seguinte:

a) ao reconhecimento concessivo da vantagem da sexta-

parte—dos vencimentos integrais incorporada para todos os efeitos, desde a

promulgação da Constituição do Estado, com vigência a partir do 1° dia do mês

subsequente a publicação, ou seja, 1° de novembro de 1989, observada a prescrição

qüinqüenal;

8

n -o

o o co

o b) a pagar as diferenças devidas desde 1° de novembro

de 1.989, observada a prescrição qüinqüenal, até o apostilamento administrativo,

apuradas em execução, acrescidas da correção monetária por se tratar de crédito de

natureza alimentar, juros da mora, custas processuais e honorários advocatícios

calculados em 20% sobre o valor do que for apurado em execução; n -o

c) apostilar o título da autora para reconhecimento de > o o Lo

16. Protesto por todos os meios de prova em direito admitidos,

especialmente juntada de documentos, perícias, etc.

T ermos em que, guia oficial de justiça em anexo.

P. Deferimento.

São Paulo, 22 de agosto de 2.005.

RINO ALVES FERREIRA

OAB/SP 112.813

futuro, do direito pleiteado nesta ação.

9

PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo

12a VARA DA FAZENDA PÚBLICA

Comarca da Capital

Processo n° 1027/05

Vistos.

LEYDE YOKO MIZOBUCHI ajuizou ação ordinária em face

da FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, alegando, em síntese, que

é servidora pública, admitida sob o regime da Lei Estadual n° 500/74, e que faz

jus à sexta-parte de seus vencimentos, nos termos do art. 129 da Constituição

do Estado, pedindo, ao fnal, a condenação da ré no pagamento dessa

vantagem, considerando sua base de cálculo como os vencimentos integrais e

no pagamento das diferenças atrasadas. A inicial veio acompanhada dos

documentos de fls. 11/40, dando-se à causa o valor de R$ 14.500,00.

A requerida, devidamente citada, apresentou contestação

(fls. 53/65), aduzindo, em síntese, preliminarmente, a prescrição, e, no mérito,

que essa vantagem não se aplica aos servidores contratados sob a Lei Estadual

n° 500/74, bem como na forma pretendida, segundo comando constitucional.

o relatório.

DECIDO.

A presente ação deve ser julgada antecipadamente por ser

tratar de questão unicamente de mérito, nos termos do art. 330, I, do CPC.

A preliminar de prescrição deve ser afastada, eis que o p - :Ir

prescricional passa a iniciar-se, no caso, ã partir do primeiro dia postula

11

n -u

o o 1-•


data em que a autora faz jus ao beneficio pleiteado, não transcorrendo, assim, o

prazo prescricional qüinqüenal.

Resta a análise do mérito.

Impossível a diferenciação feita pela requerida quanto à

natureza dos servidores contratados sob a égide da Lei Estadual n° 500/74,

que, assim, os excluiu do recebimento da sexta-parte, pois inexiste 'por parte da

Constituição do Estado de São Paulo distinção entre servidores públicos e a forma

de sua admissão. Lembre-se que a pretensão das impetrantes está amparada no

art. 39 da Constituição Federal, artigo 4° do ADCT e artigo 124 da Constituição

Paulista, motivo pelo qual é equivocada a recusa da Administração Pública de

conceder a sexta-parte amparada no entendimento de que o beneficio é deferível

somente aos efetivos e extranumerário, nunca aqueles admitidos em caráter

temporário. A verdade é que as normas constitucionais acima citadas eliminaram

qualquer distinção entre servidores" (TJ/ SP - Apelação Civel n.° 81.091-5 -

Bauru - 2' Camara de Férias de Julho/ 99 de Direito Público - Relator: Aloisio

de Toledo - 09.08.99 - V.U.).

Ademais, é pacifico na doutrina que na classe dos

servidores públicos encontram-se os denominados funcionários públicos,

conforme os ensinamentos de CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, para

quem: "Ao lado dos agentes políticos, o segundo grande grupo de agentes

estatais é o dos servidores públicos. Compreendem-se debaixo desta

denominação todos aqueles que mantêm com o Poder Público relação de trabalho,

de natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de dependência. É

pois, na condição de profissionais que comparecem para se relacionarem com o

Poder Público. O que os caracteriza é conjunção dos seguintes traços: a)

profissionalidade; b) relação de dependência, típica dos que prestam serviços sem

caráter de eventualidade. São portanto, servidores públicos todos os que prestam

serviços, nas condições assinaladas, às entidades públicas, sejam elas

administração centralizada ou autárquica. Dentre os servidores públ

distinguem-se espécies, a saber: a) funcionários públicos (só existem

n -u

o


organização central do Estado: administração direta, Legislativo e Judiciário); b)

servidores das autarquias, sob regime estatutário próprio ou equivalente ao do

funcionalismo; c) contratados pela legislação trabalhista (pela administração

centralizada ou autárquica), ainda que sob a astuciosa denominação de

"admitidos a título precário"; d) remanescentes dos antigos extra-numerários." (in

Apontamentos sobre os agentes e órgãos públicos, 1a ed., 4a tiragem, São Paulo:

Ed. RT, 1984, pág. 08).

Desse modo, não hã como impedir a autora do recebimento

do adicional de sexta-parte sob a alegação de que aludido beneficio só é

conferido aos servidores estatutários, isto porque, a norma legal aplicada ã

espécie não apresentou qualquer ressalva para excluir pessoas que se

encontram nas mesmas condições da autora, fazendo esta, portanto, jus ao

adicional pleiteado.

Por outro lado, nos termos do art. 129 da Constituição do

Estado, fica assegurado ao servidor o direito de receber, além do adicional por

tempo de serviço, "a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos

vinte anos de efetivo serviço, que se incorporarão aos vencimentos para todos os

efeitos...".

Ainda que haja divergências doutrinárias a respeito do

conceito de vencimentos, o fato é que o mesmo, sanj., significa o rendimento

integral do servidor, compreendendo todas as parcelas por ele percebidas,

incorporadas ou não.

O exame da própria norma constitucional indica esse

entendimento, referindo-se, em primeiro lugar, a "vencimentos" no plural, e,

depois, referindo-se a "integrais", adjetivo, este, que serve para não deixar

dúvidas, porventura existentes, acerca de seu alcance. Ademais, a fundamentar.\

ainda mais amplamente tal ponto de vista, o fato de que o mesmo dispositi

legal, adiante, refere-se, uma vez mais, a vencimentos, no plural, sem o adjetrv

-u

o NJ NJ


Aclarando tal distinção, deixou assentado JOSÉ AFONSO

DA SILVA que "os ter mos vencimento (no singular), vencimentos (no plural) e

remuneração dos servidores públicos não são sinônimos. Vencimento, no singular,

é a retribuição devida ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, emprego ou

função; correspondente ao símbolo ou ao nível e grau de progressão funcional ou

ao padrão, fixado em lei. Nesse sentido, a palavra não é empregada urna só vez

na Constituição. Vencimentos, no plural, consiste no vencimento (contribuição

correspondente ao símbolo ou ao nível ou ao padrão fixado em lê) acrescido das

vantagens pecuniárias fixas» (in Curso de Direito Constitucional Positivo, 9a ed.,

São Paulo; Milheiros Editores, 1993, p. 580).

Outro não é o entendimento de HELY LOPES MEIRELLES,

para quem, 'vencimento, em sentido estrito; é a retribuição pecuniária devida ao

servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei,

vencimento, em sentido amplo, é o padrão com as vantagens pecuniárias

auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação. Quando o legislador

pretende restringir o conceito ao padrão do servidor emprega o vocábulo no

singular - vencimento; quando quer abranger também as vantagens conferidas ao

servidor usa o termo no plural - vencimentos" (in Direito Administrativo Brasileiro,

18a ed., São Paulo: Ed. ET, 1993, p. 398).

Por tais motivos, surge cristalino não existir a proibição

mencionada pela requerida, pois não há produção do chamado "efeito cascata".

Portanto, a sexta parte deve ser calculada sobre os

vencimentos integrais, compreendendo todas as gratificações percebidas pelos

servidores, ainda que não incorporadas, o que não é modificado pela recente

Emenda Constitucional 20/98, de vez que não há "incidência reciproca" ou

"acumulação" para efeito de acréscimos posteriores, pois "a sexta parte é a

última fração por encontrar rio cálculo dos vencimentos, porque consiste, não por

acaso; na sexta-pane (1/6) da soma dos valores de todas as verbas que; a thul

permanente ou transitório, sob qualquer rubrica ou codificação; constituam

exclusão de nenhuma, parcelas daquilo que, como um todo, a Administração

-o

o


pagar, em dinheiro, ao funcionário, e cuja totalidade forma-lhe os vencimentos

integrais. Dai, enquanto seja paga, a gratificação que, por lei, não se lhes

incorpore, compõe os vencimentos sobre os quais há de ser calculada a sexta-

parte. E não há, nisso tudo, incidência reciproca, nem acumulação para efeito de

acréscimos ulteriores sob o mesmo título, ou idêntico fundamento" (TJ/ SP -

Embargos Infringentes n° 209.389-1/3-01, São Paulo, j. 05/12/95, rel. Des.

Cezar Peluso, M.V.).

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, e o faço

para condenar a requerida a efetuar em favor da autora o pagamento da sexta-

parte, incidindo sobre a mesma todas as parcelas que compõem a respectiva

remuneração, sendo assim feito o pagamento doravante, incorporando-se aos

vencimentos, bem como a pagar-lhe os valores atrasados, monetariamente

corrigidos desde a época em que completou 20 (vinte) anos de serviço público.

Tais valores serão acrescidos de juros de mora de 6% (seis por cento) ao ano,

contados da citação. Para a execução do débito, reconheço sua natureza

alimentar, pois parte de vencimentos. A correção monetária far-se-á pelos

índices constantes da tabela divulgada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo,

considerado o mês de pagamento, não de referência, como termo inicial. Defiro o

apostilaraento pleiteado.

Arcará a requerida com o pagamento das custas e despesas

processuais comprovadas, corrigidas monetariamente desde cada desembolso,

bem como com os honorários advocatícios que fixo em R$ 2.000,00 (dois mil

reais), nos termos do art. 20, § 19, do CPC.

Superado o prazo recursal, com ou sem razões de recurso,

remetam-se os autos à Superior Instancia para o reexame

P.R.I.C.

São Paulcr'5-0 de maio de )

e/ VI

rnICIUS DE

n -o

o

GUILHERME DARIO RUSSO KOHNEN -. Processo: 600.785.5/4 PUBLICAÇÃO: 1 de 12 Data de Disponibilização: 11/03/2009 Jornal: DJ SÃO PAULO Caderno: CAD2 Página: 01143

DJSP - CADERNO 2 JUDICIAL 20 INSTÂNCIA. SUBSEÇÃO IX — INTIMAÇÕES DE ACÓRDÃOS Processamento 3° Grupo — 70 Câmara Direito Público — Palácio da Justiça — sala 211

APELAÇAO COM REVISÃO

600.785.5/4 - SAO PAULO-FAZ PUBLICA - APTE(S): FAZENDA DO ESTADO DE SAO PAULO - APDO(S): LEYDE YOKO MIZOBUCHI - DERAM PROVIMENTO PARCIAL AOS RECURSOS, V. U. ACORDAO REGISTRADO SOB N. 0002071527 C/ 10 FLS. (ART.511 CPC: EVENTUAL RECURSO - SE AO STJ: CUSTAS R$100,00 - COD. 18832-8 E PORTES DE REMESSA E RETORNO COD. 10825-1 (AMBOS GUIA GRU NO SITE VVVVW.STIGOV.BR) - BCO DO BRASIL - RES N. 1/2008 DO STJ - DJU 18/01/2008; SE AO STF: CUSTAS R$ 117,01 - GUIA DARF - COD. 1505 E PORTES DE REMESSA E RETORNO - GUIA FEDTJ COD.140-6 - BCO NOSSA CAIXA OU INTERNET - RESOLUCAO 389/2009 DO STF). - ADV(S): GUILHERME DARIO RUSSOKOHNEN E SEVERINO ALVES FERREIRA - SALA: 211_

n -o

o

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA

REGISTRADO{A) SOB N°

11111111111110piiigoi N1111191

Vistos, relatados e discutidos estes autos de

APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n° 600.785-5/4-00, da Comarca de

SÃO PAULO-FAZ PUBLICA, em que é recorrente o JUIZO "EX

OFFICIO", sendo apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO sendo

apelado LEYDE YOKO MIZOBUCHI:

ACORDAM, em Sétima Câmara de Direito Público do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a

seguinte decisão: "DERAM PROVIMENTO PARCIAL AOS RECURSOS, V.

U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este

acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores WALTER SWENSSON (Presidente, sem voto),

COIMBRA SCHMIDT e NOGUEIRA DIEFENTHALER.

São Paulo, 24 de novembro de 2008.

CONSTANÇA GONZAGA Relatora

ACÓRDÃO

n -o

o

rn

192

7 PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 7' CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

Apelação: 600/85.5/4-00

Apelante: Fazenda do Estado de São Paulo

Apelado: Leyde Yoko Mizobuchi

Comarca: São Paulo

Voto n° 10497

AÇÃO ORDINÁRIA - SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL, ADMITIDA PELA LEI N° 500/74, QUE FAZ JUS AO ADICIONAL DA SEXTA-PARTE, NÃO HAVENDO NESTE ASPECTO QUALQUER DISTINÇÃO EM =AÇÃO AOS SERVIDORES ESTATUTÁRIOS - PROCEDÊNCIA MANTIDA

AÇÃO ORDINÁRIA - SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL, ADMITIDA PELA LEI N° 500/74 - BASE DE CÁLCULO PARA INCIDÊNCIA DA SEXTA-PARTE - PROCEDÊNCIA DECRETADA NO JUÍZO 'A QUO', INCIDINDO SOBRE A TOTALIDADE DOS VENCIMENTOS DOS AUTORES -CÁLCULO QUE DEVE COMPREENDER O PADRÃO E. AS DEMAIS GRATIFICAÇÕES, EXCETUADAS AS EVENTUAIS; TRANSITÓRIAS, AS DE CARÁTER ASSISTENCIAL OU ISOLADOS - APLICAÇÃO DO INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA N° 193.485-1/6 -SENTENÇA MODIFICADA NESTA PARTE - RECURSO OFICIAL E APELAÇÃO DA FAZENDA DO ESTADO PROVIDOS EM PARTE.

Ação ordinária proposta por servidor pública

estadual, admitida pela Lei n° 500/74, contra Fazenda do Estado de São

Paulo, objetivando o recebimento do adicional da sexta-parte sobre a

totalidade dos seus vencimentos.

A sentença, cujo relatório se adota, julgou procedente

a ação, por entender devido o adicional da sexta-parte a todos os servidores

Apelação n° 600.785.514-00 Voto n° 10497 As. 1/9

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

r CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO n -o

o co co

públicos, considerados no sentido amplo da palavra. Ademais, determinou a

sua incidência sobre "todas as parcelas que compõem a respectiva

remuenração".

Irresignada, apela a Fazenda do Estado, com pedido

de reforma da c sentença, sustentando que o beneficio pleiteado pela autora

não é destinado aos servidores contratados pela Lei no 500/74, urna vez que

não está submetida ao regime estatutário. Quanto à sua In- cidencia sobre os

vencimentos, é de se excluir em relação às gratificações não incorporadas, as

provisórias. Reputa-se ainda a prescrição qüinqüenal.

Há contra-razões.

Foi interposto o recurso de oficio.

Em breve resumo, é o relatório.

Consistentes em parte o recurso oficial e a apelação

da Fazenda do Estado.

A autora, servidora pública estadual, médica, em

exercício há mais de 20 anos, admitida pela Lei 500/74, enquadra-se na

categoria de servidor público, constituindo-se, no dizer de Hely Lopes

Meirelles, "subespécie dos agentes públicas administrativos, clarse que abrange a grande

massa de prestadores de serviços à Administração (Direta e Autárquica) e a ela vinculados

por relações profissionais, em ratão de investidura em ;nos e funções, a título de emprego e

com retribuição pecuniária" ("Direito Administrativo Brasileiro", 72 ed., pág. 377).

Assevera Celso Antonio Bandeira de Melo o

seguia te: "expressão servidor público, na Constituição, é designativo genérico abrangente de

todos os que, sob regime de cinge ou emprego, estão vinculados por relação de caráter

profissional à Administração direta, indireta ou fundacional em quaisquer dos Poderes, ou

Apelação n° 600.785314-00 Voto n° 10497 fls. 2/9


r CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

órbitas de Governo. Não é, pois, denominação restrita aos agentes titulares de cargos ou

apenas dos que estear!: ligados a entidades de direito público" ("Regime Constitucional

dos Servidores da Administração Direta e Indireta", Revista dos Tribunais, 1a.

ed., pág. 32).

Dessume-se do texto expresso da Constituição do

Estado de São Paulo (art. 129) que "ao servidor público estadual é assegurado o

percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquénio, e

vedada a sua limitação, bem COMO a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos

vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos,

observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição".

Nenhuma dúvida há de que este preceito

constitucional é auto-executável, tendo eficácia. plena, razão porque produz

seus efeitos imediatamente GT], 143/138; Apelações Cíveis n°s. 170.539-1,

173.756-1,180.693-1, 180.701-1 e 182.195-1).

Antes mesmo da vigência da Constituição

Bandeirante, o art. 205 da Lei-Complementar 180/78, já considerou como

servidor: "1 - os admitidos em caráter temporário nos termos do artigo 1° da Lei 500, de

13 de novembro de 1974".

Neste sentido, há precedentes desta C. T Câmara

de Direito Público:

Servidor público admitido na forma da Lei Paulista n° 500/74, também tem direito à sexta parte, após vinte anos de serviço. (Apel. N° 167.184-5/6, Rel. Des. Barreto Fonseca)

MANDADO DE SEGURANÇA - Sexta-parte - Extensão do Beneficio ao Servidor Público Estadual contratado pela Lei n° 500/74 Admissibilidade (artigo 129 da Constituição

Apelação n° 600.785.5/4-00 fs. 3/9

n -u

o ço

n -u

o NJ o


7° CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

Estadual) — Ação procedente — Sentença reformada em parte — Incidência da Súmula 271 do STF ("O direito à sexta-parte

foi reconhecido desde quando preenchidos os requisitos legais, ou seja, depois de completado o quarto qüinqüênio. Não se impõe, porém, condenação à Administração Pública de pagar o atrasado nestes autos") — Recursos voluntário e oficial parcialmente providos, diante do enunciado da Súmula 271 do STF. (Apel. N° 445.182-5/3, Rd Des. Milton Gordo)

Ora, feitas essas primeiras considerações, é de se

confirmar a r. sentença neste aspecto, uma vez que os servidores públicos

estaduais, admitidos pela Lei n° 500/74, têm direito ao recebimento do

adicional denominado sexta-parte, observado, é claro, o cumprimento dos

requisitos para tanto.

Por outro lado, quanto à incidência deste adicional

sobre os vencimentos ,ite conforme pedido formulado na inicial, a r.

sentença deverá ser reformada apenas para que se proceda a exclusão das

verbas eventuais, transitórias, as de caráter assistencial ou isoladas.

Isto porque, prevê o artigo 129 da Constituição

Bandeirante que, "ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional

por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua imitação. bem

como a 1 / 6 (sexta parte)dos vencimentos integrais concedida aos 20 (vinte) anos de

efetive exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o

disposto no artigo 115, XI/1, desta Constituição."

De fato, a incidência da sexta-parte deve se dar sob a

base de cálculo consistente nos "VENCIMENTOS INTEGRAIS".

Na verdade, a polêmica está adstrita à definição do

termo "vencimentos integrais" e, para elucidação deste conceito, relevante

Apelação n° 600.785.5/4-00 Voto n° 10497 fls. 4)9


71 CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

transcrever trecho de acórdão proferido pelo eminente Desembargador

MOACIR PERES, segundo o qual-

"Não obstante os louváveis esforços despendidos no

sentido de demonstrar diferença entre adotar-se o termo "vencimento", no

singular, ou "vencimentos", no plural, entende-se que tal não se justifica, ante

a nova ordem constitucional. Como bem anotado pela Professora Maria Sylvia

Zanella Di Pietro, "a Constituição de 1988, seguindo a tradição das

Constituições anteriores, fala ora em remuneração, ora em vencimentos para

referir-se à remuneração paga aos servidores públicos pelas entidades da

Administração Pública direta ou indireta. Por vezes, o mesmo dispositivo usa

os dois vocábulos, a exemplo do que ocorre no artigo 37, incisos XIII e XV.

A legislação infraconstitucional incumbe-se de dar o conceito legal" (Direito

Administrativo, Ir ed., São Paulo: atlas, 2005, p. 458). No caso em exame, o

conceito de vencimentos acha-se definido no artigo 60, da Lei Complementar

n° 180/78, ou seja: "retribuição paga mensalmente ao funcionário pelo efetivo

exercício do cargo, correspondente ao valor do padrão fixado em lei", sendo o

padrão o "conjunto da referência numérica e grau" (art. 5°, inc. VIII). Desta

forma, os adicionais em questão incidem sobre o salário base acrescido das

demais parcelas incorporadas, que em conjunto formam os vencimentos,

excluídas, tão-somente, as gratificações e adicionais de função, de natureza

transitória. Saliente-se que, não havendo alteração no ordenamento jurídico

quanto à definição do termo "vencimentos", impossível admitir-se a desejada

mudança da forma de cálculo do adicional por tempo de serviço e da sexta-

parte. Entende-se por eventuais as parcelas que são circunstanciais, que

deixam de ser pagas assim que cessadas as razões de sua concessão. Releva

notar também que algumas gratificações não chegam a integrar os

Apelação n° 600.785.514-00 Voto n° 10497

fls. 5/91

n -o

o NJ 1-•

z_g PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 73 CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

vencimentos dos servidores, seja porque cessadas as razões de sua concessão,

ou por não alcançado o tempo para sua incorporação. Assim as vantagens não

incorporadas não podem servir de base para o cálculo do qüinqüênio. No caso

dos autos existe uma peculiaridade que deve ser considerada — a autora

Oraide de Jesus C. Campos é aposentada. As vantagens que integram os

proventos da autora inativa necessariamente estavam incorporadas aos

vencimentos que ela recebia quando se inativou, razão pela qual o adicional

deve incidir sobre todas estas gratificações que compõem os vencimentos,

visto que são beneficies permanentes, incorporados, destarte, ao patrimônio

funcional dos autores." (Apel. N° 523.092-5/0-00).

O Supremo Tribunal Federal em voto proferido pelo

ilustre Ministro CARLOS VELLOSO, discutindo exatamente a matéria em

foco neste recurso, afastou a ocorrência de cálculo em cascata, que é o que se

pretende com a alegada aplicação do art. 37, XIV, da Constituição Federal

(Emenda Constitucional 19/98).

Veja-se: "Tem-se, no caso interpretação da

Constituição local, art. 129, que o Tribunal de Justiça do Estado-Membro faz

de forma soberana. E ficou claro que não se tem, no caso, o cálculo em

cascata ou "o repique", senão que o adicional é calculado sobre os

vencimentos integrais, que é coisa diversa" (AgRg no Al n° 510.364-1, DJ.

23/08/2005).

n -u

o NJ NJ

O que se deve distinguir é que os vencimentos

integrais dos servidores públicos aposentados são todos aqueles

necessariamente incorporados e dos servidores públicos em atividades os

incorporados e as gratificações recebidas, porém, excetuando "OS

EVENTUAIS".

Apelação n° 600.785.5/4-00 Voto n° /is. 6/9

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SAO PAULO

7° CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

Há entendimento firmado por este Tribunal no

Incidente de Uniformização de Jurisprudência 193.485.1/6, que se mostra

mais coerente com o estatuído na Constituição Estadual, a saber: "Acordam os

juízes da Turma Especial da Primeira Seção Civil do Tribunal de justiça do Estado de

São Paulo reconhecer a existência da divergênakz, vencido o Des. Flávio Pinheiro, e, por

votação unânime, responder crmativamente à tese: A sexta-pane deve incidir

sobre todas as parcelas componentes dos vencimentos, entendendo-se

por vencimentos integrais o padrão mais as vantagens adicionais

efetivamente recebidas, salvo as eventuais".

De fato, não há corno incidir a sexta-parte sobre os

pagamentos eventuais, pois estes não compõem os VENCIMENTOS

INTEGRAIS, já que remuneram uma circunstância ocasional. É exemplo

desta remuneração eventual, as diárias, ajudas de custo de cunho

indenizatórios, horas-extras, ou seja, remuneração decorrente de

acontecimentos extraordinários.

Conclui o magistério de DIÓGENES GASPARINI

que os "vencimentos tem sentido lato e corresponde à retribuição pecuniária a que tem

direito o servidor pelo efetivo exercício do cargo, acrescida pelas vantagens pecuniárias

(adicionais e greafficages) que lhes são incidentes" ("Direito Administrativo", 3'

edição, Editora Saraiva, 1993, p. 133).

Apercebe-se que as parcelas que não podem servir de

base de cálculo para incidência do qüinqüênio e da sexta-parte são aquelas de

caráter assistencial ou pagamentos isolados, tais como auxilio-alimentação,

auxílio-transporte e auxilio-funeral, pois, são transitórias e eventuais (v.

Apelações n°s 52.035-5/3-00 e 243.360-1/9-00).

Apelação n° 600.785.514-00 Voto n° 10497v fls. 7/9

n -o

o NJ LAJ


78 CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

Relevante transcrever trecho de acórdão proferido

pelo insigne Desembargador CEZAR PELUSO, segundo o qual: "a

Constituição do Estado não falou nunca nem fala em parcelas incorporadas, senão em

vencimentos integrais, cujo único conteúdo semântico, na técnica legislativa, expressa — como

já se viu — a idéia de totalidade daquilo que, em pecúnia, a Administração controreste,

mensalmente, ao funcionário ou ao servidor, pelo exercício do colgo ou da função, ainda

quando alguma de suas verbas s/a (temera por natureza. Não se trata de conceito oco, cuja

oOtetivação normativa reclamasse ajuda necessária da lei, a qual não pode, portanto,

atribuir-lhe menor extensão logicofuridica, até porque, se pudesse, estaria autorizada a

dedigurá-lo, esvaziando a generosa concepção constitucional da sexta-pane, exposta ao risco

de se transformar em porção, não dos vencimentos integrais, mas de um insignificante pedaço

deles" (v. voto proferido no julgamento dos Embargos infringentes n°

209.389.1/3-01).

Daí porque cumpre reformar em parte a r. sentença

para possibilitar à servidora pública estadual, admitida pela Lei n° 500/74,

receber o adicional da sexta-parte sobre a remuneração padrão, bem como

as gratificações incorporadas ou não, excetuando as eventuais, transitórias,

as de caráter assistencial ou isolados, conforme entendimento

jurisprudencial uniformizado neste C. Tribunal de Justiça.

Conquanto a ação deva ser julgada parcialmente

procedente em razão do motivo acima exposto, é de se convir que

sucumbiu a autora em parte mínima (art. 21, par. -único, do CPC), daí

porque deverá a ré permanecer condenada nas verbas sucumbenciais, nos

termos da r. sentença.

Apelação na 600.785.514-00 Voto n° 10497 fls. 8/9

n -u

o NJ


r CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

Quanto à alegada prescrição qüinqüenal, cumpre

dizer que o pedido inicial foi expresso em excluir as parcelas antecedentes

ao período de cinco anos da data da propositura da ação ("observa a

prescrição qüinqüenal"). Portanto, neste aspecto, não se pode proceder a

qualquer modificação.

Destarte, pelo meu voto, DÁ-SE PROVIMENTO

PARCIAL ao recurso de oficio e à apelação da Fazenda do Estado, apenas

para que o adicional da sexta-pane concedido à autora incida sobre seus

vencimentos integrais, exceto as verbas eventuais, transitórias, as de caráter

assistencial ou isoladas, conforme entendimento jurisprudencial

uniformizado neste C. Tribunal de Justiça.

n -o

o NJ 01

Apelação n° 600.785.5/4-00 Voto n° 10497 fis. 919

16. TJ-SP Disponibilização: sexta-feira, 11 de maio de 2012. Arquivo: 625 Publicação: 31

Fóruns Centrais Fórum Hely Lopes lr Vara da Fazenda Pública

Processo 0018883-60.2005.8.26.0053 (053.05.018883-9) - Procedimento Ordinário - Leyde Yoko Mizobuchi - Fazenda do Estado de São Paulo -Vistos. Intime-se a Fazenda do Estado, pela imprensa, para cumprimento da obrigação de fazer no prazo de sessenta dias. Após, apresente a executada os informes necessários à liquidação dos cálculos, no prazo de sessenta dias. Int. - ADV: SEVERINO ALVES FERREIRA (OAB 112813/SP), MARISA MIDORI ISHII (OAB 170080/SP)

-o

o Ni

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria Judicial

URGENTE

PJ-F / SAI no 2610/2006 Processo n° 0018883-60.2005.8.26.0053 (053.05.018883-9) - 12a VFP Interessado(a)(s): Leyde Yoko Mizobuchi

Secretaria/Órgão/Entid cumprimento: CAF

onde se dará o

Sr. Procurador Chefe da PJ-1:

Trata-se de ação ordinária, ajuizada por servidora pública do

Estado com o pleito de receber o benefício sexta parte, a partir do momento em

que a autora completou 20 anos de serviço público, sobre seus vencimentos

integrais excluindo os recebimentos eventuais e com a incumbência de pagar

as diferenças devidas, mês a mês, observada a prescrição retroativa qüinqüenal,

mediante apostilamento.

Foi julgada procedende a ação, e condenar a Fazenda para

que a fazenda declare o direito da demandante ao adicional temporal (sexta parte)

sobre seus vencimentos/proventos integrais, apostilando-se, bem como a pagar-

lhes as diferenças que forem apuradas, respeitada a prescrição qüinqüenal, sendo

as prestações vencidas até a implantação do benefício devidamente corrigidas e

acrescidas de juros moratórios a contar da citação.

No dia 11/05/2012, a Fazenda foi intimada a cumprir a

decisão e realizar a Obrigação de Fazer, procedendo ao apostilamento do direito

aos autores, bem como providenciar planilhas com os valores devidos no prazo de

60 (sessenta) dias.

-o

o Ni

Sendo assim, solicito autuação do presente expediente e

formação do, PJF, bem como proponho a remessa a CAF para que providencie o

À consideração superior.

São Paulo, 22 de Maio de 2.012.

LUIZ ED ARc PORTILHO D "ANTINO Procurador(a) do Estado Chefe da la Subprocuradoria

(De ordem do Sr. Procurador Chefe da PI)

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria Judicial

n -u

o NJ CO

cumprimento da decisão judicial com as devidas providências necessárias para

liquidação. (Fórmula de cálculo)

São Paulo, 22 de Mai. de 2012.

LUCAS IN te NOBREGA

Procur or do Estado

Encaminhe-se à Secretaria/Órgão/Entidade supramencionado(a) — com tramitação pela respectiva Consultoria Jurídica, se necessário -solicitando a adoção das providências necessárias, nos termos da representação retro.

7

Página 1 de 2 Portal de Serviços c-SAJ

Identificar-se

Consulta de Processos do lo Grau

o 1°Grau

run

n -u

Nao

Tribunal de Justiça de São Paulo

• Processos dkyibuidos no mesmo dia podem ser localizados se buscados pelo número do processo, com o seu foro selecionado. • Algumas unidades dos foros listados abaixo não estão disponíveis para consulta. Para saber quais varas estão disponíveis em cada foro

dique aqui. ▪ Dúvidas? Calque aqui para mais informações sobre corno pesquisar.

Dados para Pesquisa

Foro: Todos os foros da lista abaixo

Pes por: 'Número do Processo

jJ

Unificado r Outros

Número do Processo: 10053

Dados do Przi., ,,:J.sso

• 3018883-60.2005.8.26.0053 (053.05.018883-9)

Procedimento Ordinário

eci: Cível

11/05/2012 12:26 - Prazo 26

1ivre - 23/08/2005 às 12:00

12a Vara de Fazenda Pública - Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes

Partes do Processo

Leyde Yoko Mizobuchi y, SEVERINO ALVES FERREIRA

cazenda do Estado de São Paulo Mansa Midori Istu

Movimentações »Listar todas as movimentações.

Data Movimento

11/05/2012 Disponibilizado no DJE prazo 26/07

11/05/2012 Certidão de Publicação Expedida Relação :0276/2012 Data da Disponibilização: 11/05/2012 Data da Publicação: 14/05/2012 Número do Diário: 1181 Página: 859/882

25/04/2012 Remetido ao DJE Relação: 0276/2012 Teor do ato: Vistos. Intime-se a Fazenda do Estado, pela imprensa, para cumprimento da obrigação de fazer no prazo de sessenta dias. Após, apresente a executada os informes necessários à liquidação dos cálculos, no prazo de sessenta dias. Int. Advogados(s): Mansa Midori Ishii (OAB 170080/SP), SEVERINO ALVES FERREIRA (OAB 112813/SP)

24/04/2012 Cl Despacho Vistos. Intime-se a Fazenda do Estado, pela imprensa, para cumprimento da obrigação de fazer no prazo de sessenta dias. Após, apresente a executada os informes necessários à liquidação dos cálculos, no prazo de sessenta dias. Int.

24/04/2012 Conclusos para Despacho ris. 25/04

Incidentes, ações incidentais, recursos e execuções de sentenças

Não há incidc I: ações incidentais, recursos ou execuções cie sentenças vinculados a este processo.

http://esaj.tjspjus.bnicipo/pg/search.clmjsessionid= I CD 18ED1B96D5F59A56D443801FOOCC4?pagina... 11/06/2012

o

r

r = -

Qu

ant i

da

de d

e A

uto

res:

1

DDPE - FAZENDA CONSULTA AO HISTORICO FINANCEIRO NPAPPGA1 11/06/12 DEMONSTRATIVO DE PACTO - SERV./NAO SERVID. FOLHA NORMAL 05/12

RS/PV 002634429 01 LEYDE VOKO HIZOBUCHI SANADA RG= 00006006337 3 CGO/F.A.- 4049 MEDICO CPF= 012632718 12 CATEGORIA- P RECRIE RETRIBUIT.6 32 ESC.VCTO= OS TAB.VCTO= 2 PADRAO= 001 E NA= 50220 OBS-D.ADELAIDE LOPES-V.CAROL UCD= 01 145 OR/UO/ND/MUN= 09 002 191 100 BCO/AG.= 001 B. BRASIL 4852 ESTILO PERDIZES N.CTA= 0001235 1

TK.ALIM= VAL FGTS 0,00 FGTS 13.SAL 0,00 DT PACTO 06/06/12 PERIODO COD. DENOMINACAO 51D NAT OTDE. NNID. VALOR DE 001001 SALARIO BASE N VAL 687,96 0512

ATE

004074 CRATTEICAC50 EXECUTIVA N 12,07 PER 1.207,44 0512 008087 ADIC.TEMPO SERV.S/VENC.INTE I VAL 364,06 0512 009001 ADICIONAL TEMPO DE SERVICO N 005 QUI 171.,99 7,99 1 010001 SEXTA-PARTI' N VAL 204,00 0512 010009 SEXTA-PARTE SOBRE ADC.fNSAI, N VAL 41,46 0512 012001 ADIC.IN R 248,80 SAI BRIDADE-EFP I 20,00 PER 0512 015034 ABONO DE PERVANENCIA 115 II VAL 321,82 0512 070006 IAMSPE N 2,00 PER 58,51- 0512 070012 IMPOSTO DE RENDA NA FONTE N DEP 132,05- 0512

n -o

O GJ

PAP028 - EXISTE TELA DE CONTINUACAO PAP34 4 -TELA 01 DE 02 EXIBIR TELA

DOPE - FAZENDA CONSULTA AO HISTORICO FINANCEIRO MPAPPGA1 11/06/12 DEMONSTRATIVO DE PACTO - SERV./NAO SERVID. FOLHA NORMAL 05/12

RS/PV= 0026344E9 01 LEYDE YOKO MIZOBUCHI SANADA RG= 00006006337 3 CGO/F.A.= 4049 MECTCO CPF- 012632718 12 CATEGORIA= P REGIME PETRIBUIT.- 32 ESC.VCTO- 05 TAB.VCTO- 2 PADRAO= 001 IS DA= 59229 UPS-B.ADELAIDE LOPES-V.CAROL UCD- 01 145 OB/UO/UD/MUN= 09 002 191 100 BCO/AG.- 001 B. BRASIL 4852 ESTILO PERDIZES N.CTA= 0001235 1

TK.ALIM= VAL FGTS 0,00 FGTS 13.SAT, 0,00 DT PACTO 06/06/12 PERIODO COD. DEDOmINACAO V/D NAT (PEDE: UNID. VALOR DE ATE 070037 IA115'2E-AGREGADOS-LEI 11.125 N 002 DER 117,02- 0512 070056 COT:TRIB. PREVID. 11%- L.C.1 N 011 VAT, 321,82- 0512 097001 ASSOC. EUNCIONARIOS PUBLICO P, VAL 18,00- 0512

TOTAIS-0 VCTOS= 3.247,53 DESC.= 649,40 LIO.= PAP341 - CONSULTA CONCLUIDA - TECLE pF8 SE DESEJA MUDAR DE MES PAP344-TELA 02 DR 02 EXTRTR 'PELA

2.600,13

n -o

o NJ

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 002034429 01 NOME = LEYDE YOKO MIZOBUCHI SANADA PERIODO - DE = 01012002 ATE = 11062012

00878 - ENQUADRAU111S0 REGIME/ESCALA/CARGO-FINANCEIRO DATA OPERACAO 30/12/11 A PARTIR DE 01/07/11 FIM EXERCICIO AVERBACAO ENOMADRAMENTO DA L.C. 1.157/2011

DE: CGD= 4049 RR= 16 EV- 26 REF= 001 GRAU= G PARA: CGD= 4049 RR= 82 EV8 05 REF= 001 GRAU=

MPAPZYA

00070 - SEXTA PARTE - CONCESHAO DATA OPERACAO 04/01/12

A PARTIR DE 12/10/02 48/01/12

NIVEL SEGUR ORGAO

PAP008 - EXISTEM OS REGISTROS PARA PESQUISAR. TECLE ENTER

ORCA()

PAGINA 12 DE 15 EXIBIR PAU. IMPRIMIR PAG. DE A

n -o

O

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PRI "%CESSO PJ/F PROCESSO N.Q INIERE.SSADO A'<; NTO

753/2012 0018883-60.2005.8.26.0053 -124 VFP LEYDE YOKO MIZOBUCHI OBRIGAÇÃO DE FAZER n

-u

o

Jàjcto da Ação:

"Concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem como o recálculo dessa vantagem sobre todas as parcelas pagas, excluindo os vencimentos eventuais, respeitada a prescrição quinquenal."

na de Cálculo:

• Observamos que a autora já possui em seu vínculo a concessão do sexta-parte, implantada pela própria Administração com base no Despacho Normativo do Sr. Governador do Estado, publicado no DOE de 23/11/2011, ae obstante, deverá ser apostilado tanto a concessão quanto o recálculo

rán-malmente, eis que a ação judicial envolve período retroativo ao 101i Onic do ajuizamento da ação.

.ando na Obrigação de Pagar, deverá o órgão pagador competente elaborar os cálculos à vista da situação financeira, para fazer incidir a sexta-

- -- 'te sobre aquelas parcelas que não sofreram essa incidência, salientando quanto à concessão, os cálculos ficarão adstritos ao período entre a data início da prescrição quinquenal (23/08/2000) e o dia anterior ao nento administrativo desta vantagem.

cães :

• Travrá ser processada a implantação do código V/D 08.051 — Sexta-parte vencimentos/proventos integrais — por parte da

/ene-lá Estadual.

o )evera ser observado o quinquênio prescricional a contar do ajuizamento da deu-se em 23/08/2005, retroagi lado os efeitos a 23/08/2000.

DDP/DIJ, em 11 de junho de 2012.

LDOMIR ERTO BUIM Diretas Téc. :e Div. da Faz. Estadual

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PRi: CESSO PJ/F PROCESSO N." 11 i 'Ilz;ISSADO

753/2012 0018883-60.2005.8.26.0053 -12á VFP LEYDE YOKO MIZOBUCHI OBRIGAÇÃO DE FAZER n

-u

o

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de ae a ação movida por: LEYDE YOKO MIZOBUCHI.

Juntamos às fls. 35, a fórmula de cálculo para u- ; naé.nto do julgado face a manifestação do Procurador da causa às fls.

muito embora não constou no presente os termos do Decreto né2 28.033.87.

Cumpre-nos ainda informar, que o cumprimento da çã o de Fazer é de competência da Secretaria da Saúde.

Isto posto, encaminhe-se o presente à d. Procuradoria ;LH a fim de que o Procurador da causa se digne conhecer e adotar as meei idas cabíveis.

T

São Paulo, 21 de j de 2012.

Lucas Mel

Procu

obrega

do Estado

Encaminhe-se à Secretaria/Órgão/Entidade su pra mencionado(a) - com tramitação pela respectiva Consultoria Jurídica, se necessário -solicitando a adoção das providências necessárias, nos termos da representação retro.

Junho de 2.012.

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Rua Maria Paula, 172/174 - Centro - São Paulo/SP - CEP: 01319-000 Lel: 3256-1288/3256-1615/3256-1933 -fax: 3232-9069

URGENTE

PJ- F/SAJ n° 0753/2012 - Banca 12 -H Processo n° 018883-60.2005.8.26.0053 12a VFP Interessado(a)(s): LEYDE YOKO MIZOBUCHI

Secretaria/órgão/Entidade on se

dará o cumprimento: Secretaria da Saúde

Senhor(a) Procurador(a) do Estado Chefe:

De acordo com informação de fls. 35, da Secretaria da Fazenda, que

compete a Secretaria da Saúde o cumprimento da obrigação de fazer em relação aos autores, no

tocante ao apostilamento do direito ora pleiteiado, representação de fls. 28/29, requer-se a remessa do

PJ-F, a Secretaria da Sande que providencie o apostilamento necessário para satisfação da obrigaço de

fazer no prazo de 30 dias.

À consideração superior.

LUIZ EDU • 'O RTILHO D "ANTINO Procurador(a) do ta o Chefe da la Subprocuradoria

(De ordem d • Sr. Procurador Chefe da P])

n -o

o rn

PROCESSO N°. O} (3 22V, notn 5t s? :90)(2

TERMO DE APENSAMENTO

A A URA Izildinha M. de oura Bettoni

RG.: 14.508.507 Diretor 1

NESTA DATA, FOI APENSANDO O PROCESSO NR

I 1{kl_JoLL DATA

o

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

n -o

o

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Fls.39

n -o

o co

N° DO PROCESSO 001/0941/000.753/2012

DATA DE ENTRADA: 12/07/2012

DISTRIBUIDO AO DR(a) Nuhad

EM 12/07/2012

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

n -o

(Ação Judicial n° 1027/053.05-18883-9 da 12a Vara da Fazenda Publica da o Capital — PJ 2610/2006 — Banca: 12-H ). Lo

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes

referentes ao assunto.

C.J., em 12 de julho de 2012.

, .

NUHAD SAID OLIVER

Procurador do Estado Chefe da Consultoria Jurídica

Processo n°: 001/0941/000.753/2012 (Apenso 0001/0001/002.687/2012)

Interessado: LEYDE YOKO MIZOBUCHI

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls.

GGP/CLP

PROCESSO N°. 001/0941/000.753/2012 (AP N°. 001/0001/002.687/2012)

INTERESSADO: LEYDE YOKO MIZOBUCHI

ASSUNTO: AÇÃO ORDINÁRIA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista da decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n°.

1027.053.05.018883-9 (12a Vara de Fazenda Pública/SP), PJ/F n°. 0753/2012, PJN no.

2610/2006 e AP n°. 001/0001/002.687/2012, em nome de LEYDE YOKO MIZOBUCHI,

em cumprimento ao v. acórdão proferido pela Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal

de Justiça do Estado de São Paulo, na Apelação Cível com Revisão n°. 600.785-5/4-00, que a

interessada (contra capa) faz jus à "concessão da vantagem da sexta-parte dos

vencimentos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a

partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a

essa data, bem como o recálculo dessa vantagem sobre todas as parcelas pagas,

excluindo os vencimentos eventuais, observada a prescrição quinquenal (o ajuizamento

da ação ocorreu em 23/08/2005)".

CLP, em 03 de agosto de 2012.

ANDRÉ PE ã RA DA IL ` DIRETOR TÉCNICO II

n -u

o o

MC/

Documents

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA … · de efetivo exercício aos servidores públicos estaduais, forçoso que, em razão do referido parágrafo 4o., art. 40, da Constituição