EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E · PDF fileEm ação de regulamentação de visita, processada pela r. 2ª Vara da Família e das Sucessões, deste Foro Regional,

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  • EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMLIA E DAS SUCESSES DO FORO REGIONAL DE .... DA COMARCA DE SO PAULO-SP ..........., brasileiro, solteiro, maior, estudante, portador da Cdula de Identidade RG n ........, inscrito no CPF/MF sob n ............., residente e domiciliado na Rua .............., CEP ......., na Cidade e Capital do Estado de So Paulo, por seu advogado que esta subscreve (doc. 01), vem, respeitosamente, perante V. Exa., propor,

    AO REVISIONAL DE REGULAMENTAO DE VISITA, em face de ..............., brasileira, solteira, maior, portadora da Cdula de Identidade RG n ...........domiciliada na Rua ............., CEP ....., na Cidade e Capital do Estado de So Paulo, consoante as razes de fato e de direito que passa a expor. I - DOS FATOS O Autor e a Requerida mantiveram relacionamento amoroso, do qual resultou a filha ........., menor impbere, nascida em ......, atualmente com 1 ano e nove meses (doc. 02). Em ao de regulamentao de visita, processada pela r. 2 Vara da Famlia e das Sucesses, deste Foro Regional, processo n ........., ficou estabelecido o seguinte regime de visitas, pelo qual o Autor poderia ver e visitar sua filha (doc. 03):

    O genitor exercer o direito de visitas filha, nos primeiros dois anos, em domingos alternados, a partir do prximo, retirando-a da casa da me s 14:00 horas e a devolvendo no mesmo local s 18:00 horas, at que a criana complete dois anos.

  • No primeiro domingo a visita ser efetuada sem a retirada da menor da residncia (das 15:00 horas s 16:00 horas). O genitor poder visitar a filha, ainda, todas as quartas-feiras das 14:00 horas s 18:00 horas (nas duas primeiras quartas feiras o genitor no retirar a filha da residncia) e as visitas sero das 16:00 horas s 17:00 horas. Quando a criana completar dois anos, o genitor ir visitar a filha em domingos alternados, retirando-a da casa materna s 10:00 horas e a devolvendo no mesmo local s 18:00 horas, alm de poder ver a menina todas s quartas feiras das 17:00 horas s 18:00 horas. Quando ..... completar trs anos, o genitor poder visit-la em fins de semana alternados, retirando-a da casa materna s 18:00 horas da sexta-feira e a devolvendo no mesmo local s 19:00 horas do domingo. A partir de ento, no primeiro Natal a menor permanecer com a me e no Fim de Ano com o pai, alternando-se no ano seguinte e assim sucessiva e alternadamente. Nas frias escolares de janeiro e julho, a menor permanecer com o pai a primeira metade do perodo de frias e com a me na segunda metade, invertendo-se no ano seguinte e assim sucessiva e alternadamente. No dia dos Pais e aniversrio deste a menor permanecer com o pai e no Dia das Mes e aniversrio desta com a me. (sic)

    Conforme se denota da sobredita regulamentao, nfimo o contato do Autor (pai) com sua filha. Ora, o Autor ama sua filha, em toda sua plenitude, dispensa carinho, afeto, ateno e no lhe nega auxlio emocional e financeiro. Enfim, pretende o pai ter mais contato com a filha, razo pela qual, prope a presente ao. E, cumpre ressaltar, por bvio, no pretende o Autor alterar em absolutamente nada as relaes da me com a filha e tampouco tomar a criana da me ou obter para si a guarda exclusiva da menor ou mais vantagens em relao Requerida. Muito pelo contrrio, pretende o Autor exercer a guarda tanto quanto possvel compartilhada, no contexto previsto na lei e referendada pelas jurisprudncias dos Tribunais ptrios. II DA PRETENSO DO AUTOR - PAI

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  • De outro canto, entende o Autor que as regras estabelecidas para visitas no esto adequadas ao seu regular e legtimo direito paterno. A rigor, o Autor est impedido de dedicar a sua filha, seu amor, carinho e afetos paternos. Bem por isso, entende o Autor, como pai amoroso e preocupado com a sade, mental e fsica, da sua filha, mais justo e adequado, o estabelecimento das seguintes condies de visitas: 1) Visita a sua filha uma vez por semana, com a retirada dela s 11:00 horas na escola e

    devoluo na casa materna at s 19:00 horas, visitas estas preferentemente fixadas todas as quartas feiras;

    3) Visitas em finais de semana alternados, com a retirada da menor, na casa materna, s

    sextas feiras, s 19:00 horas, com a devoluo, no domingo, at s 20:00 horas; 4) Nos finais de semana prolongados em que recair os direitos de visita do pai, a

    permanncia com o pai se estender aos feriados, observados os mesmos horrios; 5) Frias escolares: Meses de Janeiro e Julho. A primeira quinzena de cada ms, a

    criana permanece com a me (Requerida), e a segunda quinzena de cada ms com o pai (Autor). No ano seguinte, alternam-se as quinzenas e respectivos meses, sucessivamente;

    6) Dia das mes, a criana permanece com a me. Dia dos pais, permanece com o pai,

    retirando a criana s 9:00 horas da casa materna, devolvendo-a at s 20:00 horas; 7) Aniversrio do pai. Retira a filha s 9:00 horas e devolve at s 20:00 horas casa

    materna; 8) Aniversrio da me, permanece com a me; 9) Aniversrios dos avs paternos (... e ...). O pai retira a filha s 9:00 horas e devolve a

    criana na casa materna at s 20:00 horas; 10) Aniversrio da menor (../..). O pai retira a criana s 14:00 horas e devolve-a a casa

    materna at s 20:00 horas. Se, de comum acordo, os pais resolverem realizar festa em local diverso do das respectivas residncias, a visita do pai ficar restringida ao horrio da festa;

    11) Pscoa. No sbado permanece com a me e no domingo com o pai, retirando-a s

    9:00 horas e devolvendo-a at s 20:00 horas. Tendo em vista que no ano de 2010, no domingo de Pscoa, a criana permaneceu com a me, em 2011, no domingo de Pscoa dever permanecer com o pai, alternando-se nos anos posteriores, sucessivamente;

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  • 12) Natal alternado. Quando for do pai, retira a filha, no dia 24 de Dezembro, s 14:00 horas, devolvendo-a casa materna no dia 26 de Dezembro at s 18:00 horas;

    13) Ano Novo alternado: Quando for do pai, retira a filha, no dia 31 de Dezembro, s

    14:00 horas, devolvendo-a na casa materna no dia 02 de Janeiro at s 18:00 horas. 14) Viagens. A filha somente poder viajar acompanhada do pai e/ou da me. Viagens

    para outras Cidades (fora do Municpio de So Paulo), depender de autorizao expressa e por escrito do outro genitor, exceo feita s temporadas na casa de praia dos avs paternos. Viagens para o exterior, apenas com autorizao do outro genitor, na forma da legislao em vigor;

    15) Temporadas na Praia. Tendo em vista que o pai, normalmente viaja com os avs

    paternos para a casa de praia, nos fins de ano (Dezembro / Janeiro) e nas frias de Julho, naquelas pocas e perodos em que a filha dever permanecer com o pai, este poder lev-la para a casa de praia, acompanhada, tambm, dos avs paternos, independentemente de autorizao da me;

    16) As regras estabelecidas nesta regulamentao no prejudicam e nem impedem que

    os pais, de comum acordo estabeleam, excees s datas, horrios e perodos de visitas e pernoites na residncia do pai, sempre, visando o melhor interesse da menor;

    17) A me dever zelar para que o av materno no crie obstculos ou empecilhos para

    o cumprimento das regras de visitao e guarda estabelecidas. Em suma, pretende o pai (Autor), tanto quanto possvel, ter a guarda compartilhada da sua filha, segundo lhe assegurado pela lei, doutrina e jurisprudncia dos Tribunais Ptrios, pois Se o genitor vem cuidando da filha e prestando-lhe todo o atendimento necessrio h mais de um ano, deve ser regulamentada a visitao de forma bastante flexvel, aproximando-se tanto quanto possvel de uma guarda compartilhada. Recurso provido, em parte (TJRS - 7 Cm. Cvel; AI n 70029132602-So Borja-RS; Rel. Des. Srgio Fernando de Vasconcellos Chaves; j. 11/11/2009; v.u.) (g.n.)

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  • III - DAS RAZES DA PRETENSO DO AUTOR (PAI) Primeiramente, pretende o Autor a modificao da visitao, em razo da falta de detalhes em algumas regras j estabelecidas, notadamente com relao aos horrios de retirada e devoluo da criana que constam do acordo. Por segundo, e mais importante, repetindo, necessita o Autor de maior convivncia com sua filha. Com efeito, ao contrrio da maioria dos jovens pais que possuem filhos nas mesmas condies e situaes, quer o Autor ter maior convivncia com sua filha, zelar pelo seu bem estar, dando-lhe e dedicando-lhe todo afeto, carinho e amor paternos. Apesar da pouca idade (22 anos), o Autor estuda curso superior e trabalha na empresa do pai, tratando-se de jovem caseiro, constituindo, juntamente com seus pais e irm, famlia slida e unida. Ademais, as regras atuais tolhem, tambm, o direito dos avs paternos em manter mais contato e relacionamento com sua neta. Nesta senda, pretende o Autor, por exemplo, que sua filha, nos fins de semana em que lhe permitida a visita e guarda, pernoite em sua residncia, ao aconchego do lar paterno, dos avs paternos e da tia. Talvez, a critrio desse Juzo, seria conveniente a imposio de sano a ambos (pai e me), de modo a estimular o fiel cumprimento da regulamentao, pois, s vezes, possivelmente por influncia do av materno, a Requerida (.......) cria obstculos ao cumprimento da regulamentao da visita j estabelecida e homologada. Em algumas oportunidades, por exemplo, aps combinar com a Requerida a retirada da filha, no horrio previsto, posteriormente, quando da retirada de fato, a Requerida informa que seu pai (av materno) no concorda, criando embaraos desnecessrios. De mais a mais, as alteraes pretendidas e propostas pelo Autor, no representam mudanas bruscas na rotina diria da criana de modo a lhe ser prejudicial. Muito pelo contrrio, lhe ser extremamente favorvel, incluindo o pernoite nos fins de semana alternados. A uma, porque a criana j pernoitou na residncia do seu pai (Autor), sem que isso lhe causasse qualquer problema. Na verdade, adorou o convvio com os avs paternos e