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fls. 1 #. / Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito de Uma das Varas da Fazenda Pública de São Paulo - Capital. Edson Luiz da Rocha e Silva, brasileiro, casado, funcionário público na função de encanador, portador da cédula de identidade n. 16.413.738-5, inscrito no CPF/MF sob o n. 060.895.128-50, com endereço residencial na Rua José de Moura Resende, n. 422, Vila Natal, Mogi das Cruzes, S. P., vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com as honras de estilo, por seu advogado e procurador ao final assinado - mandato incluso, propor pelo procedimento ordinário, AÇÃO DECLARATÓRIA PARA RECONHECIMENTO DO DIREITO A LICENCA-PRÊMIO E SEXTA-PARTE C. C. COBRANÇA DE DIFERENÇAS em face da Fazenda do Estado da São Paulo, na pessoa do Procurador Geral do Estado, na pessoa de seu representante legal ou de quem suas vezes faça, situado na Rua Pamplona, 277, Jardim Paulista, S. P., pelos motivos que a seguir 1 passa a expor.

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito de Uma das Varas da Fazenda ... · 422, Vila Natal, Mogi das Cruzes, ... temporária sob o regime estabelecido pela Lei 500/74/CLT, e declarado estável

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#. /

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito de Uma das Varas da Fazenda

Pública de São Paulo - Capital.

Edson Luiz da Rocha e Silva,

brasileiro, casado, funcionário público na função de

encanador, portador da cédula de identidade n.

16.413.738-5, inscrito no CPF/MF sob o n. 060.895.128-50,

com endereço residencial na Rua José de Moura Resende, n.

422, Vila Natal, Mogi das Cruzes, S. P., vem,

respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com as

honras de estilo, por seu advogado e procurador ao final

assinado - mandato incluso, propor pelo procedimento

ordinário, AÇÃO DECLARATÓRIA PARA RECONHECIMENTO DO DIREITO

A LICENCA-PRÊMIO E SEXTA-PARTE C. C. COBRANÇA DE DIFERENÇAS

em face da Fazenda do Estado da São Paulo, na pessoa do

Procurador Geral do Estado, na pessoa de seu representante

legal ou de quem suas vezes faça, situado na Rua Pamplona,

277, Jardim Paulista, S. P., pelos motivos que a seguir 1 passa a expor.

assunto em comento, é de que os benefícios pleiteados,

como suas respectivas certidões, são extensivos

funcionários do regime jurídico efetivo e igualmente

demais regimes existentes, inclusive o celetista.

4. O entendimento, em sede do

bem

aos

aos

I - DOS FATOS E DO DIREITO:

1. O requerente é servidor público

estadual exercendo as funções de auxiliar de serviços

gerais - encanador, inclusive a mais 20 anos consecutivos e

ininterruptos, ou seja, desde 12/07/1988, conforme se

verifica nos documentos em anexo.

2. Uma vez cumprida as exigências

para se ter jus aos benefícios da licença-prêmio e sexta-

parte, requereu administrativamente esses mesmos direitos

ordinariamente concedidos aos profissionais do regime

jurídico efetivo, obtendo como resposta, a denegatória da

expedição das certidões em seu favor, sob justificativa de

que tais benefícios se aplicam tão somente aos funcionários

subordinados ao regime efetivo, muito embora se encontram

pacificadas em nossos Tribunais, a matéria ora examinada.

entende assim,

administrativa,

lembrado Hely

substância do

declaratória.

3. No entanto, nem a

dominante nesse ramo do Direito

nem os nomes mais expressivos da área

entre eles o de saudosa memória e sempre

Lopes Meirelles, apóiam o entendimento da

ato contra o qual se propõe a presente

jurisprudência interativa e

Is. 3

5. Com isso a licença-prêmio e a

sexta-parte são partes daquilo que "é vantagem pessoal, um

direito adquirido para o futuro", conforme preleciona o

citado mestre Hely Lopes em sua consagrada obra, Direito

Administrativo Brasileiro, Ed. Malheiros, que assim

entende:

"Sua "conditio juris" é apenas e

tão-somente o tempo de serviço já prestado,

sem se exigir qualquer outro requisito da

função ou do servidor."

6. O autor foi contratado de forma

temporária sob o regime estabelecido pela Lei 500/74/CLT, e

declarado estável de forma excepcional por força do artigo

18 da Constituição Estadual Paulista e art. 19 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias da mesma lei.

7. No caso vertente, o que se

contrapõe a negativa do requerido é o vigor mandamental da

referida categoria, não o tempo de admissão nem a natureza

do regime jurídico do requerente, independente do vínculo a

que é subordinado.

8. Ressalte-se, ainda, como de

gênero que a Constituição do Estado de São Paulo utiliza-se

de expressão genérica quanto aos servidores, de forma que

não se justifica qualquer interpretação restritiva, como no

caso da denegatória do reconhecimento do direito à licença-

prêmio e sexta-parte contra a qual se reclama o presente

reconhecimento e declaração.

fls. 4

9. Também nesse sentido, a

Jurisprudência já pacificada:

"FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL - TEMPO - CONTAGEM -SERVIÇO PRESTADO SOB REGIME DA LEI ESTADUAL N. 500, DE 1974 - INCLUSÃO PARA EFEITO DE SEXTA-PARTE - ADMISSIBILIDADE - PREVISÃO EXPRESSA PELO ARTIGO 129 DA CONBSTITUIÇÃO ESTADUAL - SENDO O ADICIONAL TEMPORAL DA SEXTA-PARTE CONFERIDO PELA CONSTITUIÇÃO AOS SERVIDORES DE MODO GENÉRICO, TAMBÉM A ELE TERÃO DIREITO OS FUNCIONÁRIOS ADMITIDOS SOB A ÉGIDE DA LEI N. 500, DE 1974 -RECURSO PROVIDO" (APELAÇÃO CÍVEL N° 236.342-01 -SP - 3a CAMARA CIVEL - RELATOR: PIRES DE ARAÚJO -10/10/95 - V.U.)"

"SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - Funcionário admitido sob o regime da LC 500/74 - Licença-prêmio - Admissibilidade - Recurso Provido. O art. 129 da Carta Bandeirante, bem como os demais que tratam dos servidores, não fazem qualquer distinção entre funcionários públicos, ocupantes de cargos, e servidores, que exercem função atividade." (Apelação Cível n. 236.333-1 - SP -7.a Câmara Civil - Relator: Benini Cabral -08.11.95 - V. U."

10. À vista disso, a licença-

prêmio e a sexta-parte se afiguram como benefícios devidos,

com o esclarecimento de que depende do preenchimento do

requisito temporal, sem que possa ser exigido do servidor

qualquer outra condição.

11. No respeitante à licença-

prêmio e sexta-parte, vê-se na seiva dos acórdãos acima

transcritos, é previsão expressa pelo artigo 129 da

Constituição Estadual Paulista.

c l

fls. 5

12. No caso em comento, deve ser

aplicado o entendimento no tocante ao pedido de

reconhecimento dos benefícios da licença-prêmio bem como da

sexta-parte dos vencimentos em favor do requerente, com a

expedição das respectivas certidões.

13. Por derradeiro, não se pode

perder de vista o Princípio Constitucional da Isonomia,

pelo qual deve ser assegurada a igualdade de direitos e

obrigações nos aspectos atinentes à relação funcional.

14. Deflui, assim, dos aspectos

legais abordados, que o ato impugnado é passível de

correção através da via declaratória.

15. Quanto a licença-prêmio

estabelece o artigo 209 da Lei n. 10.261/68 que:

"Art. 209 - O funcionário terá

direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (noventa)

dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício

ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade

Lr adMinistrativa."

16. Já o artigo o artigo 129 da

Constituição de Estado de São Paulo determina que:

"Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio e vedada sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos

integrais, concedidos aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos efeitos, observado o disposto no art. 115, desta constituição.

fls. 6

17. Também incide o artigo 324 do

Estatuto dos Funcionários Públicos Civis, dispondo que:

"Art. Estatuto exceto no que precariedade de sua público. "

disposições deste aos extranumerários, colidirem com a situação no serviço

324. As se aplicam

18. Assim, cabe ressaltar que a

partir da Constituição Federal de 1.988, passaram os

servidores públicos a ter direito ao benefício da licença-

prêmio além da sexta-parte, pois antes, ou seja, no período

de 01.08.78 a 04.10.1988, nos termos da Lei n. 180/78, o

benefício só seria devido aos servidores que por ele

optassem expressamente e o silêncio seria considerado opção

pela gratificação natalina.

19. Por derradeiro, no incidente do

Uniformai:4'0410 de JUrisprudência n.° 118.453.5/2-01, tendo

como relator o Desembarcado= Roberto ~acue, a Câmara

Especial do Tribunal dê Justiça dá São Paulo, deixou

assentado: ano o benefício da licenca-p=anlo previsto pela

Lei n .0.261/48 (Xurt.atuto dos : funcionários Públicos)

estende-sê a todos os servidores do ratado, independente do

regime a aue estão submetidOs.

III - DO PEDIDO:

Preliminarmente, a concessão dos

benefícios da assistência judiciária gratuita e integral,

haja vista ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo,

não tendo condições financeiras de arcar com as custas e

despesas processuais, além de honorários advocatícios e

periciais, sem prejuízo do próprio sustento, conforme

declaração em anexo.

fls. 7

Ante o exposto, requer se digne

Vossa Excelência em mandar citar a requerida na pessoa de

seu representante legal ou de quem suas vezes faça, para

vir acompanhar a presente declaratória, pena de não o

fazendo sujeitar-se-à aos efeitos da revelia, a qual deverá

ser feita através de Oficial de Justiça, concedendo-se ao

mesmo os benefícios do artigo 172 e parágrafos do C. P.

C., julgando a demanda integralmente provada e procedente

para o fim de ao reconhecer • declarar o direito do

requerente aos benefícios da licença-prdulo • sexta-parte

dos vencimentos, conp2•tados em 12/07/1988, MUNI das

respectivas prestacd•s vencidas • ~cendras, inclusive com

o apostilauento e publicação ene Diário Oficial, através de

expedição de oficio ao departamento de recursos humanos do

requerente para a implantação e apostilamento desses mesmos

direitos, sendo que pais o caso de •Ventua2 apoientadoria

durante o andamento ptocossual a licenca-oránio deverá ser

concedida ou convertida em pecúnia e ao final a condenação

da Fazenda nas pronunciações de estilo.

Protesta por todos os meios de

provas admissíveis. Atribui-se à causa o valor de R$

8.000,00 (oito mil reais), para os efeitos legais.

Termos em que, pede deferimento.

Mogi das Cruzes, 29 de junho de 2.010.

7L/17

dadi ni"

i

-i. : Ju

OAB/SP 141.67,

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• lã TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO

FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES

8' VARA DE FAZENDA PÚBLICA Viaduto Dona Paulina, 80, 7" andar, Centro - CEP 01501-020, Fone: 32422333 R2121, São Paulo-SP - E-mai I : sp8fazgtjsp jus.br

SENTENÇA

Processo n°: 0022277-02.2010.8.26.0053 - Procedimento Ordinário Requerente: Edson Luiz da Rocha e Silva Requerido: Fazenda do Estado de São Paulo - FESP

CONCLUSÃO Em 13 de dezembro de 2010, faço estes autos conclusos ao MM. Juiz(a) de Direito Dr.(a): Adriano Marcos Laroca

Vistos.

Cuida-se de ação ordinária ajuizada por servidor público

estadual contratado pelo regime da CLT objetivando o reconhecimento do seu

direito à percepção da licença-prêmio prevista no Estatuto dos Servidores

Públicos Civis do Estado (artigo 209) e à sexta-parte sobre os vencimentos

integrais, por força do disposto no artigo 129 da Constituição Estadual. Pediu,

ainda, a condenação da ré ao pagamento da licença-prêmio em pecúnia, caso se

aposente antes do término do feito ou que por outro motivo não possa gozá-la.

Citada, a ré contestou alegando, como preliminar,

incompetência absoluta do juízo. No mérito, arguiu a prescrição quinquenal e

sustentou que a licença-prêmio e a sexta-parte são benefícios assegurados

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8a VARA DE FAZENDA PÚBLICA

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apenas ao servidor público estatutário, detentor de cargo público. Outrossim,

argumentou que a expressão "vencimentos integrais" constante do artigo 129 da

CE refere-se a vencimento no sentido estrito, ou seja, a sexta-parte e o adicional

por tempo de serviço incidem sobre o vencimento-padrão. Com isso, requereu a

improcedência da ação.

Com isso, requereu a improcedência da ação.

O autor replicou.

É o relatório. Fundamento e decido.

O processo comporta julgamento antecipado, uma vez que a

matéria de fato dispensa a produção de provas (artigo 330, inciso I, do Código

de Processo Civil).

A preliminar de incompetência do juízo suscitada pela ré não

merece acolhida, uma vez que a demanda envolve direito estatutário e não

trabalhista. Por outro lado, a prescrição quinquenal deve ser reconhecida, uma

vez que, cuidando-se de relação jurídica de trato sucessivo, prescritas estão as

parcelas vencidas há mais de cinco anos do ajuizamento da ação.

No mérito, a ação deve ser julgada parcialmente

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procedente.

O autor, como servidor público estadual contratado sob o

regime da CLT, não faz jus ao recebimento da licença-prêmio, prevista somente

no artigo 209 da Lei Estadual n° 10.261/68, que cuida dos servidores públicos

civis estatutários.

O artigo 205 da Lei Complementar Estadual n° 180/87 não

socorre o autor, porque estatui, textualmente, que somente para os fins dela os

funcionários contratados sob o regime da Lei 500/74 ou da CLT são

considerados servidores. Outrossim, a referida lei não previu a licença-prêmio

entre as licenças que estabeleceu.

Não lhe socorre, também, o artigo 129 da Constituição do

Estado de São Paulo, que se refere apenas ao adicional por tempo de serviço e à

sexta-parte.

Outrossim, não tendo havido a implementação do regime

jurídico único pelo Poder Executivo Estadual, em cumprimento ao artigo 24 do

ADCT, não há que se falar em igualdade de direitos entre os servidores

estatutários, ocupantes de cargo público e que tiveram acesso a ele mediante

concurso de provas e títulos, e os contratados nos termos da lei 500/74 ou da

CLT. Isso sem contar, que tal lei desvirtuou o artigo 106 da Constituição

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Federal de 1967, ao contratar funcionários em caráter temporário para o

exercício de funções de caráter permanente.

Nesse sentido, transcrevo as seguintes ementas:

"Servidor público estadual - Admissão pela lei n° 500/74 - Direito à

percepção da licença-prêmio - Inadmissibilidade - Direito exclusivo

aos servidores estatutários - Impossibilidade de extensão do direito

aos demais - Recurso não provido - Trata-se de vantagem concedida

ao funcionário público estatutário, desde que preenchidos

determinados requisitos, descabendo ao intérprete ou ao Judiciário

ampliar o texto legal, onde o legislador restringe" (Apelação Cível n°

051.084.5/9, Desembargador Relator Celso Bonilha).

"Em se tratando de norma que depende de legislação infra-

constitucional, não pode o Judiciário - ainda que aqueles entes

públicos não tenham cumprido o prazo previsto no artigo 24 do

ADCT - usurpar função legislativa e criar judicialmente um regime

jurídico não previsto em lei. É o que ocorreria se, no caso concreto,

fosse determinada a extensão da licença-prêmio a todos os servidores,

quando a Constituição do Estado conferiu tal abrangência apenas aos

adicionais temporais e sexta-parte. No Estado de São Paulo, enquanto

não estabelecido o regime único, não pode ser concedida a vantagem

da licença-prêmio aos contratados pela lei n° 500/74 e celetistas,

mesmo porque estes têm outros direitos e vantagens que não são

conferidos aos funcionários públicos estatutários" (Apelação Cível n°

247.969-1/7, Desembargador Relator Antônio Villen).

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Por outro lado, para efeitos de percepção da sexta-parte, o

legislador constituinte estadual, no artigo 129, não fez distinção entre o servidor

ocupante de cargo público e o admitido na forma da Lei n° 500/74, ou mesmo

celetista. Falou em servidor público estadual.

Não obstante isso, entendo, como se verá abaixo, que a sexta-

parte não incide sobre os vencimentos integrais, mas sim sobre o vencimento

padrão. Vejamos.

Embora o artigo 129 tenha, de fato, previsto que a sexta-

parte e o adicional por tempo de serviço tenham como base de cálculo os

vencimentos integrais, em sua parte final, fez a seguinte ressalva: "...observado

o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição".

O artigo 115, inciso XVI, da Constituição Estadual estatui, a

saber: "Para a organização da administração pública direta e indireta,

inclusive as 'Undações instituídas ou mantidas por qualquer dos poderes do

Estado, é obrigatório o cumprimento das seguintes normas:...XVI- os

acréscimos pecuniários por servidor público não serão computados nem

acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título

ou idêntico fundamento".

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Frise-se, aqui, que o inciso XIV do artigo 37 da Carta Magna

tinha a mesma redação do inciso XVI do dispositivo supra.

Portanto, à primeira vista, considerando que a expressão

"vencimentos integrais", segundo parte da doutrina administrativista,

corresponde ao salário-padrão mais as vantagens pessoais e, ainda, o disposto

nos artigos acima, poder-se-ia admitir que tais vantagens incidissem sobre as

gratificações, além de uma incidir sobre outra e, vice-versa. Ou seja, o que se

proibia tão-somente era a incidência de adicional sobre adicional, sexta-parte

sobre sexta-parte, enfim, o chamado repique.

Contudo, não se pode olvidar a alteração do inciso XIV do

artigo 37 do texto constitucional levada a cabo pela Emenda Constitucional

19/1998, o qual passou a ter a seguinte redação: "os acréscimos pecuniários

percebidos por servidor público não serão computadas nem acumulados para

. fins de concessão de acréscimos ulteriores".

Por outras palavras, a bem do interesse público, a partir da

referida emenda não se admite mais a incidência de adicional e de sexta-parte

sobre gratificações, além da incidência recíproca entre aqueles.

Agora, pergunta-se: aplica-se a nova regra ao servidor

público estadual? A mim parece, por obviedade, que sim. Caso contrário,

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vejamos.

O caput do artigo 37 do texto constitucional (já na sua

redação original) diz que "a administração pública direta e indireta de

qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,

moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:...".

Ora, a nova regra advinda da redação dada ao inciso XIV do

aludido dispositivo constitucional pela Reforma Administrativa se aplica

inteiramente aos servidores públicos, sob pena de se admitir que aquela se

dirigiu apenas aos servidores públicos federais, o que seria uma interpretação

absurda.

Aliás, melhor dizendo, ninguém duvida de que o subsídio se

aplica aos membros de quaisquer poderes dos Estados, embora o inciso XII do

artigo 115 da CE continue com a redação original, por sinal, a mesma do inciso

XI do artigo 37 da Carta Magna.

Enfim, por paridade, perfeitamente aplicável aos servidores

públicos estaduais a norma constitucional que proíbe a incidência cumulativa de

acréscimo pecuniário (vantagem pecuniária), ainda que sob título ou

fundamento diversos, para se evitar aumentos em cadeia.

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7ob. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Portanto, inadmissível a pretensão do autor de percepção da

sexta-parte sobre os vencimentos integrais, na medida que implica a incidência

cumulativa proibida pela norma constitucional supra.

Também, não há que se falar em direito adquirido, ante o

disposto no artigo 17 dos ADCT.

Com isso, é de rigor a improcedência da ação.

Ante o exposto, e o que mais consta dos autos, julgo

PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação, e condeno a ré a

proceder ao pagamento apenas da sexta parte ao autor, incidente sobre o

vencimento-padrão, com o respectivo apostilamento. Além disso, condeno-a ao

pagamento das prestações atrasadas, observada a prescrição qüinqüenal

(Decreto n° 20.910/32), as quais devem ser acrescidas de juros de mora de

0,5% ao mês, de forma simples, contados da citação, nos termos do artigo 1°-F

da Lei Federal n° 9.494/97, confirme nova redação dada pela Lei Federal n°

11.960/2009, bem como de correção monetária, conforme Tabela Prática das

Execuções contra as Fazendas Públicas do Egrégio Tribunal de Justiça,

incidente desde o momento em que devida cada parcela, tudo até o

cumprimento da obrigação de fazer. Diante da sucumbência recíproca, cada

parte arcará, em proporção igual, com as despesas e custas processuais. Quanto

aos honorários advocatícios, cada parte arcará com os seus, em compensação,

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO

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mai I : sp8fazgtjsp.jus.br

sob a ressalva de que o autor é beneficiários da justiça gratuita (artigo 12 da

LAJ).

P.R.I.

São Paulo, 13 de dezembro de 2010.

fls. 1

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

71 ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAUL( ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA

REGiSTRADO(A) S013 N°

alimummenom Vistos, relatados e discutidos estes autos de

Apelação n° 0022277-02.2010.8.26.0053, da Comarca de

São Paulo, em que é apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO

PAULO sendo apelado EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA

(JUSTIÇA GRATUITA).

ACORDAM, em 3' Câmara de Direito Público do

Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte

decisão: "DERAM PROVIMENTO AO RECURSO, VENCIDO O

SEGUNDO JUIZ, QUE FARÁ DECLARAÇÃO DE VOTO.", de

conformidade com o voto do(a) Relator(a), que integra

este acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores ANTONIO CARLOS MALHEIROS (Presidente

sem voto), MARREY UINT E ANGELO MALANGA.

São Paulo, 11 de outubro de 2011.

AMORIM CANTUÁRIA RELATOR

/)\ fls. 2

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

- Seção de Direito Público -

APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO 0022277-02.2010.8.26.0053

3u Câmara

Apelante: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Apelado: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA (J.G)

Comarca: SÃO PAULO - 8a VARA DA FAZENDA PÚBLICA.

VOTO nu. 15.316

APELAÇÃO CÍVEL - Pretensão à licença-prêmio e sexta-parte - Funcionário admitido sob o regime da CLT — Parcial procedência da ação pronunciada em primeiro grau — Sentença que não merece subsistir — Por se tratar de Mação de emprego regida pela CLT, a competência para a apreciação da ação não é da Justiça Comum e sim da Justiça do Trabalho, por força do artigo 114 da Constituição Federal, acrescentado pela EC n° 45, de 08112/2004 - Precedentes do STF e desta Corte - Sentença anulada - Remessa à Justiça do Trabalho_

RECURSO PROVIDO.

Apelação tempestiva (fls. 58/60) manejada pela

FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, nos autos da

ação declaratória para reconhecimento do direito à licença-prêmio e

sexta-parte, cumulada com cobrança de diferenças movida por

EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA, inconformada com a r. sentença

de fls. 45/53 que julgou parcialmente.

Em breve síntese, a apelante aduziu incompetência

absoluta da Justiça Estadual para julgar litígios envolvendo

servidores públicos admitidos nos termos da CLT — art. 114, inciso I,

da Constituição Federal.

Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053

Voto n". 15.316

Fls. 1

fls. 3

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

- Seção de Direito Público

Sem contrarrazões (fl. 64).

É o relatório do essencial.

Neste caso, o autor servidor público estadual, admitido

pela CLT, objetiva o direito a licença-prêmio e a sexta-parte.

Verifica-se que apesar de pleitear vantagem prevista na

Lei n° 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado

de São Paulo), o autor é funcionário celetista, admitido pela

Administração Pública sob o regime jurídico da Consolidação das

Leis do Trabalho (fls. 14), o que implica em vínculo trabalhista e não

estatutário.

Nesses moldes, se tratando de relação de emprego

regida pela CLT, indiscutível é o reconhecimento da competência da

Justiça do Trabalho para conhecer e julgar a causa, tendo em vista o

que preceitua o artigo 114, inciso I, da Constituição Federal,

acrescentado pela Emenda Constitucional n° 45, de 08 de dezembro

de 2004.

Nesse sentido, já se pronunciou o STF ao decidir

conflito de competência originário da 5' Vara da Fazenda Pública de

São Paulo:

Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n". 15.316

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- Seção de Direito Público -

Competência. Servidor Público Estadual contratado sob o regime da CLT. Diferenças salariais. Justiça do Trabalho. 'Compete a Justiça do trabalho dirimir demanda proposta por servidores estaduais contratados sob regime da CLT, ainda que diga respeito a vantagens oriundas de leis estaduais de aplicação própria a funcionários estatutários. Competência que decorre da parte final do art. 114 da Constituição Federal. Recurso extraordinário conhecido e provido. (Recurso extraordinário n° 140.839-1/SP, Relator Ministro limar Gaivão, D.f.U., 15.09.95, pág. 29.513).

No mesmo sentido, o v. precedente do Colendo

Superior Tribunal de Justiça:

RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PUBLICO CELETISTA. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA TRABALHISTA. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. Não se conhece de recurso especial quando o recorrente não indica qual o dispositivo legal tido por violado. 2. Não cabe recurso especial para alegar violação a dispositivo constitucional. 3. É competente a Justiça do Trabalho para processar e julgar ações em que se discutam verbas oriundas de contrato de trabalho de servidores públicos contratados sob a gide da Consolidação das Leis do Trabalho. Enunciado n° 83/da Súmula do Superior Tribunal de Justiça: 'Não se conhece de recurso especial pela divergência quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida'. 4. Recurso especial não conhecido. (REsp 102086/SP, Ministro Hélio Quaglia Barbosa, Sexta Turma, DJ 13.09.2004 p. 296).

Por sua vez, em reiterados julgamentos, o mesmo

posicionamento vem sendo encampado por este Egrégio Tribunal de

Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n", 15.316

Fls. 3

fls. 4

fls. 5

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

- Seção de Direito Público -

Justiça, como se pode verificar de algumas ementas a seguir

transcritas:

SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS. ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO (QUINQUÊNIOS). Incidência sobre todas as verbas não eventuais que compõem a remuneração do servidor público estadual. Inteligência da legislação estadual. Segurança concedida somente para os servidores não regidos pela CLT, sujeitos estes à competência da Justiça do Trabalho. Provido parcialmente o recurso do impetrante e não provido o recurso do DER nem o reexame necessário. (Apelação Cível n° 776.608.518-00, rel. Des. Edson Ferreira).

Já assentou o E. STF que, à luz do artigo 114, caput, da Constituição da República, é a Justiça do Trabalho competente para conhecer e julgar, como dissídio individual entre trabalhador e empregador que é ente da administração pública do Estado, ação proposta por servidor submisso ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho, para haver vantagem funcional, ainda que prevista em legislação, originalmente, aplicável aos servidores estatutários (cf. RE n° 130.325-1-5, Rel. Min. Moreira Alves, in Dl, de 16.08.91, p. 20.788, e in JSTF, Lex, 153/231-237; RE n° 136.193-0, Rel. Min. Octávio Gallotti, in JSTF, Lex, 172/235-239) (Apelação Cível n° 244.972-1/5-SP, rei. Des. César Peluso).

Funcionário público municipal - Celetista - Vencimentos -Correção — Vínculo de natureza trabalhista entre o servidor e a Administração - Competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a ação - Artigo 114 da Constituição da República e Súmula n° 97 do Superior Tribunal de Justiça -Recurso não provido. Patente a natureza trabalhista do vinculo entre o servidor e a Administração é de ser reconhecida a incompetência do Juízo Estadual em prol da Justiça do Trabalho. (Agravo de Instrumento n° 18.566-5-São Paulo, rel. Des. Sidnei Beneti).

Apelação 11" 0022277-02.2010.8.26.0053

Voto n". 15.316 Fls. 4

fls. 6 n

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

- Seção de Direito Pübliço -

Também nesse mesmo sentido o Incidente de

Uniformização de Jurisprudência n2 118.453.5/2-01 Relatado pelo

Des. Roberto Bedaque – Turma Especial de Direito Público – J.

18/03/2004.

Desse modo, nos termos do artigo 114 da CF/88, tem-se

que, neste caso, a Justiça Comum Estadual é absolutamente

incompetente para julgar a questão em litígio, sendo necessária a

remessa dos autos à Justiça do Trabalho.

Ante o exposto, DÁ-SE PROVIMENTO À APELAÇÃO

para anular a sentença e ordenar a remessa dos autos à Justiça

Trabalhista (art. 114, inciso I, da CF).

DES. AMORTIVITAN'TUARrA —

Relator

Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n". 15.316

Fls. 5

fls. 7

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

Voto n° 12.959

Apelação Cível n° 0022277-02.2010.8.26.0053

Comarca :SÃO PAULO

Apelante(s) :FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Apelado(s) :EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA (aj.)

DECLARAÇÃO DE VOTO VENCIDO.

Apelação Cível - Servidor público admitido pela Lei 500/74 - Licença-prêmio e quinquênio - Competência da Justiça Estadual em razão da matéria - Sentença de parcial procedência mantida. Recurso desprovido.

Trata-se de ação ordinária ajuizada

por servidor público estadual admitido nos termos da Lei

500/74 (fls. 04), pleiteando o pagamento do adicional de

sexta-parte sobre os vencimentos integrais, com os

consectários legais, nos termos do artigo 129 da

Constituição Estadual, e à percepção da licença-prêmio,

tanto para apostilamento visando gozo oportuno, como

para fins de indenização em pecúnia na hipótese de

aposentadoria.

A r. sentença de fls. 45/53, prolatada pelo

MM. Juiz Adriano Marcos Laroca, julgou parcialmente

procedente o pedido para condenar a Ré ao pagamento

apenas da sexta-parte sobre o salário base do Autor, e das

fls. 8

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

parcelas vencidas, observada a prescrição quinquenal,

acrescidas de juros moratórios de 0,5% ao mês, a partir da

citação. Ante a sucumbência recíproca, condenou cada

parte a arcar com as custas, despesas processuais e

honorários advocatícios, ressalvada a condição do Autor

de beneficiário da justiça gratuita.

Apela a Fesp (fls. 58/60) aduzindo

incompetência absoluta da Justiça Estadual para julgar

ações que envolvam servidores públicos celetistas.

Decorreu prazo legal sem apresentação

de contrarrazões (fls. 64).

É o relatório.

Após o advento da Constituição Federal

de 1988, que unificou o regime jurídico do funcionalismo

público, não mais pode ser admitida a distinção entre

servidores efetivos ou não, de tal modo que deve ser

afastada a possibilidade de tratamento diferenciado entre

os servidores estatutários e aqueles admitidos na forma da

Lei n° 500/74.

A palavra "servidor" é gênero de três

espécies distintas de trabalhadores junto à Administração,

quais sejam, os detentores de cargo, os contratados, os

temporários, todos previstos e regulados pela Constituição

Apelação Cível n° 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n° 12.959

2

fls. 9

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

da República, artigo 37, ao longo de seus incisos 1, II, V, IX e

XI, mais o artigo 39 e o 114.

Os servidores contratos pela referida lei

possuem os mesmos deveres e exercem as mesmas funções

dos funcionários efetivos, não havendo, portanto, motivo

de tratamento diferenciado.

O Ilustre Desembargador Laerte Sampaio,

na apelação Cível n° 131.151-5/8, discorrendo sobre o

tema, traz a seguinte lição:

"A Lei Estadual n. 10.261/68 objetivou definir somente o regime estatutário do"funcionário público civil", isto é, aquele investido em cargo público (arts.1 e e 2°). Por isso mesmo só a ele contemplou o direito a licença premio por assiduidade (art. 181, IX), negando-o, expressamente, aos interinos (art. 325) e deixando em suspenso em relação aos extranumerários (art. 324).

Tendo em vista o permissivo constitucional federal (art. 106 da CF/67) e estadual (art. 96 da CE/67), foi editada a Lei n. 500/74 que instituiu um regime estatutário especial aos servidores que, admitidos para funções de natureza permanente, mas de caráter temporário, não se submetiam ao sistema do contrato de trabalho previsto pela CLT e nem se confundiam com os chamados "extranumerários", porque a admissão se sujeitava ao processo de seleção (art. 91. Em tal regime especial não foi previsto, expressamente, o direito a licença-prêmio (art.26).

A Lei Complementar n.180/78 trouxe a expressa diferenciação entre "funcionário público" e "servidor", mas reconheceu a ambos o direito a licença prêmio ao consagra-lhes o direito a opção

Apelação Cível n° 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n° 12.959

3

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Apelação Cível n° 0022277-02.2010.8.26.0' 3 Voto n° 12.959

4

fls 10

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TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

em face a gratificação de natal (cfr. art. 129). E, logicamente, reconheceu aos admitidos nos termos da Lei n. 500/74, o direito a tal adicional pois, expressamente, os considerou servidores para os fins nela previstos (art. 205). Diante dessa evolução, e em face da inexistência de diferenciação no texto constitucional estadual de 1967, poder-se-ia, validamente, reconhecer aos servidores, sujeitos ao regime da Lei n. 500/74, o direito a licença prêmio."

O Autor pleiteia o recebimento do

adicional temporal de sexta-parte e a licença-prêmio.

Assim, a competência, no caso em tela, se estabelece em

razão da matéria.

O conflito de interesses não diz respeito à

matéria trabalhista ou a direito decorrente da CLT, trata-se

de benefícios instituídos por lei estadual, estatutária, para

servidores públicos estaduais, cuja aplicação, como foi dito,

tem sido reconhecida em favor não apenas de funcionários

efetivos, mas também de não estatutários.

Portanto, não há razão para que esta

demanda seja apreciada pela Justiça Laborai.

Diante do exposto, pelo meu voto negava

provimento ao recurso.

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fls. 1

6 a Turra

fls

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO 6a Turma

TRT SP N°

6' TURMA

PROCESSO N°: 0000926-44.2012.5.02.0045 RECURSO ORDINÁRIO E EX OFFICIO RECORRENTES: VT e FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA 45' VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO

1E—

Adoto o relatório do Exmo. Desembargador Relator, nos

seguintes termos:

1C4 RELATÓRIO

- Pedidos formulados às fls. 07/08 e contestados às fls. 27/39 pela Fazenda. •Decisão proferida às fls. 121/125, julgando procedentes em parte os pedidos

formulados. •A ré (Fazenda) interpõe apelo ordinário às fls. 129/145, pretendendo a

reforma do julgado de origem quanto à sexta-parte e sua base de cálculo. •Contrarrazões às fls. 147/149 pelo reclamante. - O Ministério Público do Trabalho apresentou parecer à fl. 151, opinando

pelo conhecimento e não provimento do recurso.

- É o relatório, em síntese."

VOTO

6' Tu

fls

func.

fls. 2

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO 6' Turma

TRT SP N°

Acompanho o voto do Exmo. Desembargador Relator, nos

seguintes termos:

"Conheço do recurso ordinário interposto, eis que presentes os pressupostos legais de admissibilidade. Não conheço da remessa obrigatória, face aos termos da Súmula 303, I, letra "a" do C. TST.

2. Da sexta-parte: O reclamante é servidor da Secretaria da Saúde (Hospital

Regional de Ferraz de Vasconcelos), desde 12.07.1988, admitido em face da aprovação em concurso público regido pela CLT.

Sustenta a recorrente que a parcela pleiteada pelo autor não é devida aos empregados públicos, mas apenas aos servidores estatutários. Sem razão.

Ao contrário do que alega a ré, o alcance da expressão "servidor público" é amplo, englobando tanto os servidores estatutários como aqueles regidos pela CLT. Tal conclusão tem arrimo na pacífica jurisprudência deste Regional, cristalizada na Súmula n° 4, que ao analisar o art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, firmou o entendimento de que ao fazer referência a servidor público estadual, o legislador não distinguiu o regime jurídico para efeito de aquisição de direito, logo, aplicável tanto ao servidor estatutário, como ao servidor celetista, caso do reclamante.

Mantenho a decisão."

Divirjo quanto à base de cálculo da sexta-parte, nos

seguintes termos:

3. Da base de cálculo:

No que pertine à base de cálculo da sexta parte, afasto a aplicação analógica da Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60, da SDI-I, do C. TST, conquanto o profundo apreço para com aquela D. Corte Superior.

6a Tuu

func. 3

fls. 3

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2a REGIÃO 6a Turma

TRT SP N°

Isto porque, de acordo com o próprio artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, estabelece que, "ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição" (g. n.).

Destarte, encontra-se consubstanciado na própria norma legal que instituiu o benefício em questão, a base de cálculo sobre os "vencimentos integrais", ao revés do sustentado na tese patronal, sobretudo por seu caráter eminentemente salarial.

Mantenho.

FACE AO EXPOSTO, ACORDAM os Magistrados da 6' Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região em:

i d CONHECER do Recurso Ordin" io interposto pela ré e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO para, nos termos da fundamentação, manter incólume a r. sentença de origem.

RICARDO APOSTÓLICO SILVA Juiz Redator Designado

slc

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2* REGIÃO

fls. 1

RE-0000926-44.2012.5.02.0045 - Turma 6

11151111111011111111111

RECURSO DE REVISTA

Recorrente(s):

Advogado(a)(s):

Recorrido(a)(s):

Advogado(a)(s):

Fazenda do Estado de São Paulo

CLAUDIA HELENA DESTEFANI LACERDA (SP - 120487-D)

Edson Luiz da Rocha e Silva

GUILHERME ROSSI JUNIOR (SP - 141670-D)

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (decisão publicada em 17/12/2013 - fl. 161; recurso apresentado em 18/ 12/2013 - fl. 162).

Regular a representação processual (nos termos da Súmula

Isento de preparo (CLT, art. 790-A e DL 779/69, art. 1°, IV).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATÓRIAS E BENEFICIOS / SEXTA PARTE.

DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO / SERVIDOR PÚBLICO CIVIL / SISTEMA REMUNERATORIO E BENEFICIOS / ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO / BASE DE CÁLCULO.

Alegação( Cies):

- contrariedade a Orientação JUrisprudencial: SBDI-I/TST Transitória, n" 60,

- violação do(s) art(s). artigo 20; artigo 18; artigo 25; artigo 28; artigo 37, caput; artigo 37, §I; artigo 37, §XIV; artigo 61; artigo 169, §1", inciso I e II da CF.

- divergência iurisprudencial.

Ils.1

Documento assinadp com certificado dei po r Rima Aparecida É-tametara, Desembargadora Vice-Presa:arde Judicial , em 12/03'2014 (Lei 11.419/2006)

436/TST).

fls. 2

O

e 129.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2* REGIÃO

RE-0000926-44,2012.5,02.0045 - Turma 6

- violação à Constituição do Estado de São Paulo, artigos 115, XVI

Consta do v. Acórdão:

Da sexta-parte:

O reclamante é servidor da Secretaria da Saúde (Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos), desde 12.07.1988. admitido em face da aprovação em concurso público regido pela CL T. Sustenta a recorrente que a parcela pleiteada pelo autor não é devida aos empregados públicos, mas apenas aos servidores estatutários. Sem razão. Ao contrário do que alega a ré, o alcance da expressão "servidor público" é amplo, englobando tanto os servidores estatutários como aqueles regidos pela ('LT. Tal conclusão tem arrimo na pacifica jurisprudência deste Regional, cristalizada na Súmula n° 4, que ao analisar o art. 119 da Constituição do Estado de São Paulo, firmou o entendimento de que ao fizer referência a servidor público estadual, o legislador não distinguiu o regime jurídico para efeito de aquisição de direito, logo, aplicável tanto ao servidor estatutário. como ao servidor celetista, caso do reclamante. Mantenho a decisão."

Divirjo quanto à base de eálculoDivido quanto à base de cálculo da sexta-parte, nos seguintes termos:

3. Da base de eákulo:No que pertine à base de cálculo da sexta parte, afasto a aplicação analógica da Orientação Jurisprudenci ai Transitória n° 60, da SD1-1, do C. TST, conquanto o profundo apreço com aquela D. Corte Superiorlsto porque. de acordo com o próprio artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, estabelece que, "ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição" (g. n.).Destarte, encontra-se consubstanciado na própria norma legal que instituiu o beneficio em questão, a base de cálculo sobre Os "vencimentos integrais". ao revés do sustentado na tese patronal, sobretudo por seu caráter eminentemente salarial. Mantenho.

Registre-se, inicialmente, que não enseja a admissibilidade da fls.2

• .1... 1, •

Documento assinado com ~ficado digital por Ritma Aparecida Hemeterio, Desembargadora Vice-Presiderde Judicial , em 12)03/2014 (Lei 11.419/2006)

fls. 3

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2s REGIÃO

RE-0000926-44.2012.5.02.0045 - Turma 6 revista a alegação de afronta a Constituição Estadual ou a legislação estadual, por se tratar de hipótese não contemplada no art. 896 da CLT.

O c. Tribunal Superior do Trabalho já firmou o entendimento de que o adicional por tempo de serviço previsto no art. 129 ,da Constituição do Estado de São Paulo aplica-se aos servidores celetistas e estatutários da Administração Pública direta, das fundações e das autarquias, conforme disposição contida no art. 124 da Constituição Estadual.

Nesse sentido, vale citar os seguintes precedentes: AIRR - 61840-08.2008.5.02.0080, Relatar Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 1 4 Turma, DEJT 05/11/2010; RR - 57700-88.2006.5.02.0018, Relator Ministro; Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3.' Turma., DEJT: 03/09/2010, RR - 130200-74.2005.5.02.0023, Relatar Ministro: Fernando Eizo Ono, 4.' Turma, DEJT 30/03/2010; RR - 183100-702004.5.15.0067, Relatar Ministro: João Batista Brito Pereira, S.' Turma, DEJT 19/02/2010, RR-41700-24.2008.5.15.0004, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, 6a Turma, DEJT 22/10/2010, A1RR-223940-77.2008.5.02.0089. Relatara Ministra: Dora Maria da Costa, 84 Turma, DEJT 12/11/2010.

Assim, o reexame pretendido encontra óbice na Súmula n° 333, do c. TST, pois a matéria já se encontra superada pela iterativa, notória e atual jurisprudência da Corte Superior.

Com relação ao adicional sexta-parte, a r. decisão recorrida está de acordo com a OJT n° 75, da SDI-1/TST, o que, de plano, inviabiliza o presente apelo nos termos da Súmula n° 333 do C. Tribunal Superior do Trabalho e §4° do artigo 896 da CLT.

No mais, a jurisprudência uniformizada da c. SDI faz distinção na aplicação da base de cálculo, no exame das parcelas adicional por tempo de serviço e sexta parte, previstas no art. 129 da Constituição Estadual, sendo calculada sobre o vencimento básico apenas a primeira, eis que a norma estadual expressamente prevê o cálculo sobre Os vencimentos integrais em relação à segunda.

Nesse sentido os seguintes precedentes: E-ED-RR 795910-22.2001.5.02.5555 Data de Julgamento: 18/06/2009, Relatar Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Subseção I Especializada em Dissidios Individuais, Data de Publicação: DEJT 26/06/2009; E-ED-RR 230600-68.2004.5.02.0076 Data de Julgamento: 29/06/2010, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Divulgação: DEJT 06/08/2010; RR - 291100-37.2005.5.02.0021 Data de Julgamento: 14/04/2010, Relatar Ministro: Antônio José de Barros Levenhagen, 4° Turma, Data de Divulgação: DEJT 07/05/2010; ED-RR - 270200-07.2003,5.02.0020 Data de Julgamento: 06/10/2010, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, &Turma, Data de Divulgação: DEJT 15/10/2010.

fls.3

Documento assinado com certificada dignai por Ruma Aparecida Hemeténo, Desembargadora Vice-Presidente Judicial em 12/0312V14 (Lei 11,419/2006)

1 O ABR. 1014

fls. 4

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2 REGIÃO

RE-0000926-44.2012.5.02.0045 - Turma 6 Com efeito, a função uniformizadora do Tribunal Superior do

Trabalho já foi cumprida na pacificação da controvérsia, o que obsta o seguimento do presente recurso que defende tese diversa (artigo 896, § 4°, da CLT c/c Súmula n" 333 do TST),

CONCLUSÃO

DENEGOseguimento ao Recurso de Revista.

Após a publicação, decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, os autos retomarão à Vara de origem, ficando dispensada a emissão de certidão de trânsito em julgado, nos termos do artigo 146 da Consolidação das Normas da Corregedoria Regional - Provimento GP/CR n° 13/2006.

Intime-se.

São Paulo, 12 de março de 2014.

Ritma Aparecida Hemetério

Desembargadora Vice-Presidente Judicial

f.'erti tico que o presente despacho foi publicado no k(etronico do

Tribunal Regional do Trabalho da 2-* Região. nesta data.

Em

unice Avanci de S uza

Diretora da Secretaria de Apoio Judiciário

/kb

fls.4

Documento assinado com certireadu digital por Ruma Aparecida Hernetérto, Desembargadora Vice-Presudente Judicial , em 12/03/2014 (Lei 11.419/2006)

PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

ACÓRDÃO (8' Turma)

GMDMC/Jj/Mp/cb/bh

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1. ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE". A invocação genérica dos artigos 18, 25, 28 e 39 da Constituição Federal e da Lei n° 8.112/90 não autoriza o conhecimento do recurso de revista, por óbice da Súmula n° 221 do TST. Ademais, em relação aos artigos 2° e 169, § 1°, I e II, da CF/88, resta ausente o prequestionamento na origem. Incidência da Súmula n° 297 desta Corte. 2. BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE". A decisão regional encontra-se em consonância com o entendimento desta Corte, no sentido de que a parcela sexta-parte deve ter como base de cálculo o vencimento integral do servidor. Precedentes da SDI-1/TST. Óbice da Súmula n° 333 do TST. Agravo de instrumento conhecido e não provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo

de Instrumento em Recurso de Revista n° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045,

em que é Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO e Agravado EDSON

LUIZ DA ROCHA E SILVA.

A Vice-Presidente Judicial do Tribunal Regional do

Trabalho da 2' Região, pelo despacho de fls. 183/186, denegou seguimento

ao recurso de revista interposto pela reclamada.

Inconformada, a reclamada interpôs agravo de

instrumento às fls. 189/192, insistindo na admissibilidade da revista.

Sem contraminuta ou contrarrazões, consoante

certificado à fl. 194.

O Ministério Público do Trabalho manifestou-se pelo

conhecimento e não provimento do agravo de instrumento.

É o relatório.

Firmado por assinatura digital em 03/12/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

fls . 2

PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

VOTO

I - CONHECIMENTO

Presentes os pressupostos legais de admissibilidade,

conheço do agravo de instrumento interposto.

II - MÉRITO

1. ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE".

Assim decidiu o Regional:

"2. Da sexta-parte:

O reclamante é servidor da Secretaria da Saúde (Hospital Regional de

Ferraz de Vasconcelos), desde 12.07.1988, admitido em face da aprovação

em concurso público regido pela CLT.

Sustenta a recorrente que a parcela pleiteada pelo autor não é devida

aos empregados públicos, mas apenas aos servidores estatutários. Sem razão.

Ao contrário do que alega a ré, o alcance da expressão "servidor

público" é amplo, englobando tanto os servidores estatutários como aqueles

regidos pela CLT. Tal conclusão tem arrimo na pacífica jurisprudência deste

Regional, cristalizada na Súmula n° 4, que ao analisar o art. 129 da

Constituição do Estado de São Paulo, firmou o entendimento de que ao fazer

referência a servidor público estadual, o legislador não distinguiu o regime

jurídico para efeito de aquisição de direito, logo, aplicável tanto ao servidor

estatutário, como ao servidor celetista, caso do reclamante.

Mantenho a decisão." (fl. 158)

Nas razões do recurso de revista às fls. 168/169, a

reclamada se insurge contra a concessão do adicional de "sexta-parte"

ao reclamante.

Segundo sustenta, o Tribunal de origem concedeu a

referida verba sem observar a totalidade do ordenamento jurídico,

sobretudo, sem levar em consideração que o constituinte estadual visou

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PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

estender a concessão da "sexta-parte" apenas aos servidores

estatutários, dentro do contexto de um regime jurídico único.

Fundamenta sua tese em violação do art. 39 da

Constituição Federal e da Lei n° 8.112/90. Aponta, ainda, ofensa aos

artigos 2°, 18, 25, 28 e 169, § 1°, I e II, da CF/88 à fl. 167.

Sem razão.

A invocação genérica dos artigos 18, 25, 28 e 39 da

Constituição Federal e da Lei n° 8.112/90 não autoriza o conhecimento

do recurso de revista, porquanto não cuidou a parte de indicar

precisamente o dispositivo tido por violado. Óbice da Súmula n° 221 do

TST.

Em relação aos artigos 2° e 169, § 1°, I e II, da CF/88,

resta ausente o prequestionamento na origem, incidindo o óbice da Súmula

n° 297 do TST.

Nego provimento.

2. BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE".

O Tribunal Regional, por maioria, assim decidiu quanto

à base de cálculo do adicional de "sexta-parte":

"Divirjo quanto à base de cálculo da sexta-parte, nos seguintes

termos:

3. Da base de cálculo:

No que pertine à base de cálculo da sexta parte, afasto a aplicação

analógica da Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60, da SDII, do C.

TST, conquanto o profundo apreço para com aquela D. Corte Superior. Isto

porque, de acordo com o próprio artigo 129 da Constituição do Estado de São

Paulo, estabelece que, "ao servidor público estadual é assegurado o

percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por

quinquênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos

vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se

incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no

art. 115, XVI, desta Constituição" (g. n.).

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venrimentnc intenTaic enneedida ar) s annq de efetivn eyerrinin nue Ce

fl

,f1.,57. 4

PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

Destarte, encontra-se consubstanciado na própria norma legal que

instituiu o beneficio em questão, a base de cálculo sobre os "vencimentos

integrais", ao revés do sustentado na tese patronal, sobretudo por seu caráter

eminentemente salarial.

Mantenho." (fls. 158/159 — grifos no original)

Nas razões do recurso de revista às fls. 168/182, a

reclamada se insurge contra a base de cálculo da "sexta-parte", alegando

que os acréscimos pecuniários do servidor público não podem ser

computados ou acumulados para fim de concessão de acréscimos posteriores,

devendo a sexta-parte incidir apenas sobre o salário-base do empregado.

Sustenta, ainda, que as leis estaduais que concedem,

as gratificações "extra", "executiva" e "geral" vedaram sua incorporação

ao salário.

Fundamenta sua tese em ofensa aos artigos 37, caput,

I e XIV, da CF/88; 17, caput, do ADCT; 115, XVI, e 129 da Constituição

Estadual; 3°, § 4°, da Lei Complementar Estadual n° 788/94, 3° da Lei

Complementar Estadual n° 795/95 e 17 da Lei Complementar Estadual n°

901/2001; em contrariedade à OJ Transitória n° 60 da SDI-1/TST e em

divergência jurisprudencial.

Ao exame.

Registre-se, de plano, que afronta a legislação

estadual não impulsiona o conhecimento do recurso de revista, por se

tratar de hipótese não contemplada no artigo 896 da CLT.

A OJ Transitória n° 60 da SDI-1/TST versa apenas sobre

a base de cálculo do adicional por tempo de serviço, hipótese diversa

da presente, em que se discute a base de cálculo do adicional de

"sexta-parte". Por conseguinte, impossível divisar contrariedade ao

referido verbete.

Também não se divisa ofensa aos arts. 37, caput e I,

da CF/88 e 17 do ADCT, porquanto o Regional não dirimiu a controvérsia

sob essa ótica, tampouco foram opostos embargos declaratórios com vistas

a obter o prequestionamento. Incidência da Súmula n° 297 do TST.

Por outro lado, a decisão Regional está em harmonia

com a jurisprudência reiterada desta Corte, segundo a qual a parcela

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fls. 5

PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

"sexta-parte" deve ter como base de cálculo o vencimento integral do

servidor. Nesse sentido, os recentes precedentes da SDI-1/TST:

"RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA

LEI N.° 11.496/2007. PARCELA DENOMINADA -SEXTA PARTE-.

ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

BASE DE CÁLCULO. Verifica-se, do disposto no artigo 129 da

Constituição do Estado de São Paulo, a existência de dois benefícios

distintos assegurados aos servidores públicos do Estado de São Paulo:

adicional por tempo de serviço e -sexta parte-. No que se refere à parcela

-sexta parte-, cabe observar que referido dispositivo estabeleceu

expressamente sua incidência sobre os vencimentos integrais, não havendo

falar, pois, em limitação quanto à sua base de cálculo. Precedentes desta

colenda SBDI-I. Recurso de embargos conhecido e provido." (E-ARR -

186400-76.2008.5.15.0042 , Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, Data de

Julgamento: 11/04/2013, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,

Data de Publicação: DEJT 26/04/2013)

"RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.496/2007.

PARCELA DENOMINADA - SEXTA PARTE -. BASE DE CÁLCULO.

ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. De

acordo com a jurisprudência atual e reiterada desta Corte, o artigo 129 da

Constituição do São Paulo fixou expressamente o vencimento integral do

servidor como a base de cálculo do adicional denominado - sexta parte -.

Desse modo, considerando que a Turma examinou a matéria apenas à luz do

art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, não há como se proceder à

limitação quanto à base de cálculo da referida vantagem, na forma pretendida

pela autarquia estadual. Há Precedentes. Recurso de Embargos conhecido e

não provido." (E-RR - 165900-23.2007.5.15.0042, Relator Ministro:

Augusto César Leite de Carvalho, Subseção I Especializada em Dissídios

Individuais, DEJT, 2/3/2012)

"(...) RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI N°

11.496/2007. BENEFÍCIO SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO. O

artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo instituiu ao servidor Firmado por assinatura digital em 03/12/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

6

PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

público estadual dois benefícios: o adicional por tempo de serviço e a parcela

denominada sexta parte; e, quanto ao benefício sexta-parte fixou

expressamente os vencimentos integrais dos servidores como a sua base de

cálculo. Assim sendo, não há como se proceder a qualquer limitação quanto à

base de cálculo da mencionada verba, tal como feito pela Egrégia Turma, já

que a Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60 da SBDI-1 do TST não

poderia ter sido aplicada na espécie na medida em que a questão ora debatida

diz respeito à base de cálculo do benefício sexta-parte, enquanto o aludido

precedente jurisprudencial cuida de especificar a base de cálculo do

adicional por tempo de serviço. Precedentes. Embargos conhecidos e

providos." (Ag-E-RR - 167500-63.2004.5.02.0069, Relator Ministro: Renato

de Lacerda Paiva, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, DEJT,

12/8/2011.)

Assim, estando a decisão recorrida em consonância com

a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, não há falar em

violação de dispositivos constitucionais, tampouco em divergência

jurisprudencial, uma vez que o conhecimento da revista esbarra no óbice

da Súmula n° 333 do TST.

Nego provimento.f.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do agravo de instrumento

e, no mérito, negar-lhe provimento7/--

Brasília, 03 de dezembro de 2014.

Firmado por assinatura digital (Lei n° 11.419/2006)

DORA MARIA DA COSTA Ministra Relatora

Firmado por assinatura digital em 03/12/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

PROCESSO N° TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

ACÓRDÃO (8' Turma)

GMDMC/Jj/Mp/nc/mf

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. BASE DE CÁLCULO. "SEXTA-PARTE" . Não há vício a ser sanado, pois esta Turma expressamente consignou que "a decisão Regional está em harmonia com a jurisprudência reiterada desta Corte, segundo a qual aparcela 'sexta-parte' deve ter como base de cálculo o vencimento integral do servidor". Saliente-se que os embargos de declaração não são o momento adequado para análise de divergência jurisprudencial, nos termos dos arts. 897-A da CLT e 535 do CPC Embargos de declaração rejeitados.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos

de Declaração em Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n°

TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045, em que é Embargante FAZENDA PÚBLICA

DO ESTADO DE SÃO PAULO e Embargado EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA.

A reclamada opôs embargos de declaração ao acórdão

proferido por esta Oitava Turma (seq. n° 6), que negou provimento ao

agravo de instrumento, alegando omissão do julgado.

Conclusos, os embargos de declaração foram recebidos

e postos em mesa para julgamento.

É o relatório.

VOTO

I - CONHECIMENTO

Presentes os pressupostos legais de admissibilidade,

conheço dos embargos de declaração opostos.

Firmado por assinatura digital em 11/02/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

2

PROCESSO N° TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

II - MÉRITO

BASE DE CÁLCULO. "SEXTA-PARTE".

A reclamada opõe embargos de declaração de seq. 9,

reiterando que o acórdão proferido por esta Oitava Turma (seq. n° 6) foi

omisso no que diz respeito à delimitação do conceito de "vencimentos

integrais" para efeito de incidência do adicional de sexta-parte.

Sustenta que se faz necessária expressa menção ao fato

de que devem ser excluídas da base de cálculo da sexta-parte as

gratificações e vantagens cujas leis instituidoras impediram sua

incorporação, sob pena de violação do art. 37, X e XIV, e 61, § 1°, II,

"a", da CF. Afirma que a decisão proferida contraria o recente

entendimento da SDI-1 sobre o tema, invocando, por fim, a Repercussão

Geral declarada pelo STF no bojo do RE n° 563.708/MS.

Ao exame.

De plano, registre-se que a alegação de afronta aos

artigos 37, X, e 61, § 1°, II, "a", da CF/88 não foi objeto de insurgência

da reclamada quando da interposição do recurso de revista, constituindo,

pois, inovação recursal da parte.

Em relação à base de cálculo do adicional de

"sexta-parte", o acórdão embargado deixou assente que a alegação de

ofensa à legislação estadual não impulsionava o conhecimento do recurso

de revista, por não se tratar de hipótese contemplada no art. 896 da CLT.

Ressaltou-se, também, a inaplicabilidade da OJ Transitória n° 60 da

SDI-1/TST ao caso, por não tratar especificamente da base de cálculo do

adicional de "sexta-parte", ora discutido nos autos.

Além disso, o acórdão embargado consigna,

expressamente, que "a decisão Regional está em harmonia com a

jurisprudência reiterada desta Corte, segundo a qual a parcela

'sexta-parte' deve ter como base de cálculo o vencimento integral do

servidor". Na oportunidade foram colacionados arestos da SDI-1 do TST,

os quais demonstravam o posicionamento do TST no aspecto (fls. 4/6, seq.

n° 6).

Firmado por assinatura digital em 11/02/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

3

PROCESSO N° TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045

Observe-se que as alegações da reclamada, tecidas nos

presentes embargos declaratórios, mostram-se genéricas, pois apenas se

limitam a relatar que devem ser excluídas da base de cálculo da

sexta-parte "as gratificações vantagens cujas próprias leis

instituidoras as tenham excluído expressamente". Ressalte-se que sequer

são mencionadas as verbas as quais, no entender da reclamada, deveriam

ser excluídas da base de cálculo da citada parcela.

Saliente-se, por fim, que os embargos de declaração

não são o momento adequado para análise de divergência jurisprudencial,

nos termos dos arts. 897-A da CLT e 535 do CPC.

No caso, mostra-se óbvia a pretensão de se obter a

reforma da decisão, o que deve ser sustentado em recurso e em momento

próprios, e não em embargos declaratórios, os quais não servem para

reexame do mérito, mas apenas para sanar possível omissão, contradição

ou obscuridade no julgado, que, repita-se, inexistiram no caso sub

judice.

Assim, ausentes os pressupostos a que aludem os arts.

897-A da CLT e 535 do CPC, rejeito os embargos de declaração.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, rejeitar os embargos de

declaração.

Brasília, 11 de fevereiro de 2015.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)

DORA MARIA DA COSTA Ministra Relatora

Firmado por assinatura digital em 11/02/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Página 1 de 2 Consulta Processual

Pesquisa Processual

Este serviço tem caráter meramente informativo, portanto, sem cunho oficial.

Processo: AIRR - 926-44.2012.5.02.0045 - Fase Atual: ED Tramitação Eletrônica

Número no TRT de Origem: AIRR-926/2012-0045-02. Órgão Judicante: 8a Turma Relatora: Ministra Dora Maria da Costa

Embargante: Procurador: Procurador: Embargado (a): Advogado:

FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Dra. Cláudia Helena Destefani Lacerda Dr. Paulo Henrique Procópio Florêncio

EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA

Dr. Guilherme Rossi Junior

Acompanhamento Processual

06/04/2015 Recebidos os autos (retorno do TST)

31/03/2015 Remetidos os Autos para Tribunal Regional do Trabalho da 2 Região o TRT

31/03/2015 Transitado em Julgado em 24/03/2015

20/02/2015 Publicado acórdão em 20/02/2015

19/02/2015 Disponibilizado(a) acórdão no Diário da Justiça Eletrônico

11/02/2015 Rejeitados os Embargos Declaratórios

06/02/2015 Em Mesa

06/02/2015 Remetidos os Autos para Secretaria da 8a Turma para julgamento

19/01/2015 Conclusos para voto/decisão (Gabinete da Ministra Dora Maria da Costa)

16/01/2015 Conclusos para voto/decisão (Gabinete da Ministra Dora Maria da Costa)

14/01/2015 Classe Processual alterada para Embargos de Declaração - (reautuado)

17/12/2014 Petição: 316981/2014 - Embargos Declaratórios

05/12/2014 Publicado acórdão em 05/12/2014 m

04/12/2014 Disponibilizado(a) acórdão no Diário da Justiça Eletrônico

03/12/2014 Negado provimento ao Agravo

27/11/2014 Incluído em pauta o processo para o dia 03/12/2014 às 09:00.

26/11/2014 Disponibilizado(a) pauta de julgamento no Diário da Justiça Eletrônico

21/11/2014 Remetidos os Autos para Secretaria da 8a Turma para incluir em pauta

13/11/2014 Conclusos para voto/decisão (Gabinete da Ministra Dora Maria da Costa)

13/11/2014 Recebidos os autos - retorno da Procuradoria Geral do Trabalho

http://aplicacao4.tstjus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta—Co... 09/12/2015

Consulta Processual

Página 2 de 2

29/10/2014 Remetidos os Autos para Procuradoria-Geral do Trabalho para emissão de parecer

29/10/2014 Distribuído por sorteio à Exma Ministra DMC - T8 em 29/10/2014

25/10/2014

Recebidos os autos - triagem concluída

18/10/2014

Recebidos os autos para triagem

18/10/2014 Autuado

06/10/2014 Remetidos os Autos para Coordenadoria de Classificação, Autuação e Distribuição de Processos para autuar e distribuir

06/10/2014 Convertida a tramitação do processo do meio físico para o eletrônico

26/09/2014

Remetidos os Autos para Coordenadoria de Processos Eletrônicos para identificação de peças

25/09/2014 Recebidos os autos no TST

25/09/2014 Pré-Autuação

Versão: 1.0.14 12/05/2015

http://aplicacao4.tstjus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta—Co... 09/12/2015

fls. 1

204 Procev,i, twAt't2h4120125020045

1‘tleaminho os autos. 201)Citi‘e10 Si Kii11(), .+() 11 '015

RoH.:rio t'iflos di Sik

Diretor de Secretaria

preSeniC t) demandado conta dc liquidação indicando o ff, aie data da inclusão d creditos cm folha de pagamento.

a' dc inellbjtO não tenha sido cumprida no prazo de 90 dias do transito em conrine ConS101.1 expressamente da deei*ao exequenda, "vela () cu ê-lo no prazo improrrogaveJ de 30 dias. oh pena dc

majoração di multa diária para o• valor de R50(.0H. sem prejuízo da !neluslio no-, cálculos da multa devida a partir do 91" dia seguinte ao trânsito em julgado,

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PROCURADORIA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADORIA JUDICIAL

REF. OBRIGAÇÃO DE FAZER - URGENTE

INTERESSADO(S): EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA

PROCESSO: 0000926-44.2012.5.02.0045

452 VARA DO TRABALHO DA CAPITAL

Ao SAP,

Represento no sentido de ser providenciado cumprimento de

obrigação de fazer decorrente da reclamação trabalhista em epígrafe, consistente no apostilamento do direito à sexta parte sobre os vencimentos integrais, não sendo computado na sua base de cálculo o adicional por tempo de serviço, tudo nos termos da sentença transitada em julgado.

Diante do exposto, requer-se o encaminhamento do presente

expediente à Secretaria da Fazenda para elaboração da fórmula de cálculo, com a

máxima urgência possível.

Devido ao curto prazo de implementação e a multa por atraso,

solicito o encaminhamento imediato do presente processo, tendo em vista que já

houve o trânsito em julgado da sentença.

Elaborada a fórmula de cálculo, remeta-se à Secretaria

competente (SECRETARIA DA SAÚDE) para cumprimento da obrigação de fazer, com

a máxima urgência.

Cumprida a obrigação de fazer, retorne o presente expediente

a esta Procuradoria Judicial, para comprovação do atendimento à determinação

judicial.

Encaminhe-se à Secretaria da Fazenda, com prévio trânsito

pelo GPJ.

São Paulo,,, 09 de dezembro de 2015

LAÍZA ORNELAS LIMA

Procuradora do Estado

Subprocuradoria Judicial Trabalhista

Tribunal Regional do Trabalho da 23 Região / Acompanhamento Processual em 18 Instância

Acompanhamento Processual em 1a Instância

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

Processo : São Paulo - Capital

Vara: 045 - 00009264420125020045

Distribuído em 23/04/2012

AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Edson Luiz da Rocha e Silva

GUILHERME ROSSI JUNIOR

Estado de São Paulo

Procedência em parte de Ação em 11/01/2013

Trâmite(s)

18/12/2015 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Por devolução em razão de carga/vista

Prevista: 14/12/2015 - PGE

09/12/2015 Protocolo de Petição de Manifestação sobre despacho

Número do Protocolo: 9573944

Nome: Estado de São Paulo

04/12/2015 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

PGE-Perito/Terceiro

e (0011 )11111111, SP-SP

30/11/2015 Iniciada a liquidação

por cálculos

Em: 30/11/15

30/11/2015 Recebimento do TRT de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

para prosseguir

24/03/2015 Trânsito em Julgado

Em: 24/03/15

17/07/2013 Recebimento -22 Inst.(SRA/DF) AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Enviado para 22 Inst no Lote 2013/ 86

22/06/2013 Remessa para 22 Instância de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Enviado para 22 Inst no Lote 2013/ 86

07/05/2013 Protocolo de Petição de Contrarrazões R.O.

Vencimento: 13/05/2013

http://aplicacoes5.trtspjus.br/consultasphp/public/index.php/primeirainstancia

Autor :

Advogado :

Réu :

Solução :

Data(s)

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06/04/2016

06/04/2016 Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região / Acompanhamento Processual em 1a Instância

Fazenda do Estado de São Paulo

19/07/2012 Protocolo de Petição de Razões Finais

Número do Protocolo: 4018923

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

16/07/2012 Protocolo de Petição de Razões Finais

Nome: Edson Luiz da Rocha e Silva

12/07/2012 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Fazenda do Estado de São Paulo-Réu

e (0000 )., SAO PAULO-SP

12/07/2012 Expedição de Intimação/Citação p/ Audiência

Doc : 08208/2012 Re:1 :00001/2012 Envio: EM MÃOS

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

11/07/2012 Publicação de Notificação p/ Ciência Decisão

Para o(s) Autor(es) Ed.N2 2388 Sol.N2 8034

10/07/2012 Remarcação de Audiência de Julgamento

de: 08/10/2012 / 14:20 - Julgamento

para: 08/11/2012 / 14:20 - Julgamento

06/07/2012 Remarcação de Audiência de Julgamento

de: 04/10/2012 / 9:30 - Instrução

para: 08/10/2012 / 14:20 - Julgamento

06/07/2012 Remarcação de Audiência de Instrução

de: 04/09/2012 / 9:10 - Una

para: 04/10/2012 / 920 - Instrução

18/06/2012 Protocolo de Petição de Manifestação

Nome: Edson Luiz da Rocha e Silva

31/05/2012 Remarcação de Audiência Una

de: 13/03/2013 / 11:30 - Una

para: 04/09/2012 / 9:39 - Una

11/05/2012 Marcação de Audiência Una

para: 13/03/2013 / 11:30 - Una

23/04/2012 Distribuído sem marcacE.o de audiência

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Gr, ;adi

Frenda

Rol de Autores - Dados Funcionais

Processo PJ :

PJF-038581-2010

Processo n° :

0000926-44.2012.5.02.0045 - 45° Vara do Trabalho

Interessado : EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA

Assunto :

OBRIGAÇÃO DE FAZER

Nome EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA

Data Ingresso 12/07/1988

Data alec. RG 16413738

RS 7313378

Data de Nascimento 25/07/1960

Sexo M

CPF 6089512850

Envio PV 01

EX 01

EV Inicio Exercício 01/04/2011

Data Situação 10/10/2014

Situação EXCLUI

Cargo 3913

Cat. 6°Parte N

Quinq Jor 1

Padrão 2

Nível Secret. 9

UA 976

Orgão DSD 1

SD 142

DRA NRH

01 12/07/1988 10/10/2014 BL.COM • 3912 N N 4 1 1 D 9 976 1 142 NRH - 02 10/10/2014 10/10/2014 ATIVO, 3913 976 1 142 NRH -

Total de Autores : 1

1 06/04/2016 (Caso : 9004458)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/ DDPE

PROCESSO PJ/F : 38581/2010 PROCESSO N.° : 0000926-44.2012.5.02.0045- 45' VARA DO TRABALHO DA

CAPITAL/ SP INTERESSADO : EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA ASSUNTO : OBRIGAÇÃO DE FAZER

Objeto da Ação:

Concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos/proventos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem corno o recálculo da sexta-parte para que passe a incidir sobre os vencimentos integrais, não sendo computado na sua base de cálculo o adicional por tempo de serviço( quinquênio), respeitada a prescrição quinquenal.

Fórmula de Cálculo:

• Salientamos que deverá ser processada a implantação do código V/D 010.001- SEXTA PARTE, V/D 8474 -6 PARTE S/INTEGRAIS-RES.CC138/12- AJ por parte da Fazenda Estadual.

• A decisão judicial é só enquanto funcionário celetista.

• Em função do julgado deverá ser observado que os autores obtiveram êxito para auferir o recálculo da sexta-parte para que passe a incidir sobre os vencimentos integrais, não sendo computado na sua base de cálculo o adicional por tempo de serviço( quinquênio).

• Quando da Obrigação de Pagar, deverá o órgão pagador competente elaborar os cálculos à vista da situação financeira, para fazer incidir a sexta parte sobre aquelas parcelas que não sofreram essa incidência.

• O ajuizamento da ação ocorreu em 23/04/2012.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/ DDPE/CIPJ PGE/JUDICIAL/SAP

PROCESSO PJ/F : PROCESSO N." :

INTERESSADO : ASSUNTO :

Fazer, face da ação

38581/2010 0000926-44.2012.5.02.0045- 45' VARA DO TRABALHO DA CAPITAL/SP EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de movida por: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA.

Juntamos às fls.58, a fórmula de cálculo para cumprimento do julgado ante a manifestação do Procurador da causa às fls.53, nos termos do Decreto n° 61.782/2016, para o cumprimento da Obrigação de Fazer.

Deverá ser observada a manifestação do Procurador Oficiante quando do cumprimento da obrigação de fazer, o prazo para retorno, assim como informe do trânsito em julgado em atendimento a Portaria do Diretor Presidente da São Paulo Previdência - SPPREV n° 25/2012 e Instrução n° 01/2002 do TCE no respectivo Processo Único de Contagem de Tempo (PUCT).

Após as providências adotadas pela Pasta em questão, deverão ser encaminhadas cópias das apostilas diretamente aos autos no Poder Judiciário, por meio de ofício com indicativo do processo, vara e encabeçante (art. 90 do referido diploma legal).

Isso posto, encaminhe-se o presente para o devido apostilamento do direito conforme Resolução Conjunta SF/PGE 03, de 04/02/2016 à Secretaria da Saúde.

DDP/CIPJ, em 06 de abril de 2016.

De acordo. Encaminhe-se à Secretaria acima. DDP/CIPJ, em 06 de abril de 2016 .

ADERVANDO ANTO TO DA S JUNIOR

Diretor Téc. de Divisão d 'Fazenda Estadual

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, atendendo à solicitação da CRH/GGP/Centro de

Legislação de Pessoal, apensamos ao processo n° 001/0941/038.581/2010

o processo n° 001/0001/001.996/2016.

Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.

CGA/CPEA/PROTOCOLO

28/04/2016

Joitclinità 93ettatti Diretor-

CGA/CPEA/PROTOCOLO

GGP/CLP

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

PROCESSO N°. 001/0941/038.581/2010 (AP N°. 001/0001/001.996/2016)

INTERESSADO: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA

ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de Recursos

Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à vista da

decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n.° 0022277-02.2010.8.26.0053

(8' Vara de Fazenda Pública - Foro Central/SP), PJ/F n.° 2010.01.038581, AP n.°

001.0001.001996/2016 que EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA, RG 16413738-5,

classificado no Hospital Regional "Dr. Osíris Florindo Coelho" em Ferraz de Vasconcelos,

faz jus a "concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos, na forma do artigo

129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/1989, ou a partir da data em que

completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem como

o recálculo dessa vantagem sobre os vencimentos integrais, não sendo computados na

base de cálculo o adicional por tempo de serviço e as verbas eventuais. Deverá ser

respeitada a prescrição quinquenal a contar do ajuizamento da ação que ocorreu em

23/04/2012."

CLP, em 1 de junho de 2016.

ORLANDO JlIÇERNANDES DIRETOR TÉCNICO II

JM

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

PORTARIA DA DIRETORA DE

A DIRETORA DO CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS

HUMANOS, DO GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO

INSTITUCIONAL, DA COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS, no uso

de suas atribuições legais, DECLARA, à vista da decisão judicial transitada em julgado,

constante do Processo n.° 0022277-02.2010.8.26.0053 (8' Vara de Fazenda Pública - Foro Central/SP), PJ/F n.° 2010.01.038581, AP n.° 001.0001.001996/2016 que EDSON LUIZ

DA ROCHA E SILVA, RG 16413738-5, classificado no Hospital Regional "Dr. ()siris

Florindo Coelho" em Ferraz de Vasconcelos, faz jus a "concessão da vantagem da

sexta-parte dos vencimentos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a

partir de 01/11/1989, ou a partir da data em que completou 20 (vinte) anos de efetivo

serviço público, se posterior a essa data, bem como o recálculo dessa vantagem sobre

os vencimentos integrais, não sendo computados na base de cálculo o adicional por

tempo de serviço e as verbas eventuais. Deverá ser respeitada a prescrição

quinquenal a contar do ajuizamento da ação que ocorreu em 23/04/2012".

CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS, DO

GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, aos

MÁRCIA ALVES DE BARROS Diretor Técnico 11

Mbls/1169