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#. /
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito de Uma das Varas da Fazenda
Pública de São Paulo - Capital.
Edson Luiz da Rocha e Silva,
brasileiro, casado, funcionário público na função de
encanador, portador da cédula de identidade n.
16.413.738-5, inscrito no CPF/MF sob o n. 060.895.128-50,
com endereço residencial na Rua José de Moura Resende, n.
422, Vila Natal, Mogi das Cruzes, S. P., vem,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com as
honras de estilo, por seu advogado e procurador ao final
assinado - mandato incluso, propor pelo procedimento
ordinário, AÇÃO DECLARATÓRIA PARA RECONHECIMENTO DO DIREITO
A LICENCA-PRÊMIO E SEXTA-PARTE C. C. COBRANÇA DE DIFERENÇAS
em face da Fazenda do Estado da São Paulo, na pessoa do
Procurador Geral do Estado, na pessoa de seu representante
legal ou de quem suas vezes faça, situado na Rua Pamplona,
277, Jardim Paulista, S. P., pelos motivos que a seguir 1 passa a expor.
assunto em comento, é de que os benefícios pleiteados,
como suas respectivas certidões, são extensivos
funcionários do regime jurídico efetivo e igualmente
demais regimes existentes, inclusive o celetista.
4. O entendimento, em sede do
bem
aos
aos
I - DOS FATOS E DO DIREITO:
1. O requerente é servidor público
estadual exercendo as funções de auxiliar de serviços
gerais - encanador, inclusive a mais 20 anos consecutivos e
ininterruptos, ou seja, desde 12/07/1988, conforme se
verifica nos documentos em anexo.
2. Uma vez cumprida as exigências
para se ter jus aos benefícios da licença-prêmio e sexta-
parte, requereu administrativamente esses mesmos direitos
ordinariamente concedidos aos profissionais do regime
jurídico efetivo, obtendo como resposta, a denegatória da
expedição das certidões em seu favor, sob justificativa de
que tais benefícios se aplicam tão somente aos funcionários
subordinados ao regime efetivo, muito embora se encontram
pacificadas em nossos Tribunais, a matéria ora examinada.
entende assim,
administrativa,
lembrado Hely
substância do
declaratória.
3. No entanto, nem a
dominante nesse ramo do Direito
nem os nomes mais expressivos da área
entre eles o de saudosa memória e sempre
Lopes Meirelles, apóiam o entendimento da
ato contra o qual se propõe a presente
jurisprudência interativa e
Is. 3
•
5. Com isso a licença-prêmio e a
sexta-parte são partes daquilo que "é vantagem pessoal, um
direito adquirido para o futuro", conforme preleciona o
citado mestre Hely Lopes em sua consagrada obra, Direito
Administrativo Brasileiro, Ed. Malheiros, que assim
entende:
"Sua "conditio juris" é apenas e
tão-somente o tempo de serviço já prestado,
sem se exigir qualquer outro requisito da
função ou do servidor."
6. O autor foi contratado de forma
temporária sob o regime estabelecido pela Lei 500/74/CLT, e
declarado estável de forma excepcional por força do artigo
18 da Constituição Estadual Paulista e art. 19 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da mesma lei.
7. No caso vertente, o que se
contrapõe a negativa do requerido é o vigor mandamental da
referida categoria, não o tempo de admissão nem a natureza
do regime jurídico do requerente, independente do vínculo a
que é subordinado.
8. Ressalte-se, ainda, como de
gênero que a Constituição do Estado de São Paulo utiliza-se
de expressão genérica quanto aos servidores, de forma que
não se justifica qualquer interpretação restritiva, como no
caso da denegatória do reconhecimento do direito à licença-
prêmio e sexta-parte contra a qual se reclama o presente
reconhecimento e declaração.
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9. Também nesse sentido, a
Jurisprudência já pacificada:
"FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL - TEMPO - CONTAGEM -SERVIÇO PRESTADO SOB REGIME DA LEI ESTADUAL N. 500, DE 1974 - INCLUSÃO PARA EFEITO DE SEXTA-PARTE - ADMISSIBILIDADE - PREVISÃO EXPRESSA PELO ARTIGO 129 DA CONBSTITUIÇÃO ESTADUAL - SENDO O ADICIONAL TEMPORAL DA SEXTA-PARTE CONFERIDO PELA CONSTITUIÇÃO AOS SERVIDORES DE MODO GENÉRICO, TAMBÉM A ELE TERÃO DIREITO OS FUNCIONÁRIOS ADMITIDOS SOB A ÉGIDE DA LEI N. 500, DE 1974 -RECURSO PROVIDO" (APELAÇÃO CÍVEL N° 236.342-01 -SP - 3a CAMARA CIVEL - RELATOR: PIRES DE ARAÚJO -10/10/95 - V.U.)"
"SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - Funcionário admitido sob o regime da LC 500/74 - Licença-prêmio - Admissibilidade - Recurso Provido. O art. 129 da Carta Bandeirante, bem como os demais que tratam dos servidores, não fazem qualquer distinção entre funcionários públicos, ocupantes de cargos, e servidores, que exercem função atividade." (Apelação Cível n. 236.333-1 - SP -7.a Câmara Civil - Relator: Benini Cabral -08.11.95 - V. U."
10. À vista disso, a licença-
prêmio e a sexta-parte se afiguram como benefícios devidos,
com o esclarecimento de que depende do preenchimento do
requisito temporal, sem que possa ser exigido do servidor
qualquer outra condição.
11. No respeitante à licença-
prêmio e sexta-parte, vê-se na seiva dos acórdãos acima
transcritos, é previsão expressa pelo artigo 129 da
Constituição Estadual Paulista.
c l
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12. No caso em comento, deve ser
aplicado o entendimento no tocante ao pedido de
reconhecimento dos benefícios da licença-prêmio bem como da
sexta-parte dos vencimentos em favor do requerente, com a
expedição das respectivas certidões.
13. Por derradeiro, não se pode
perder de vista o Princípio Constitucional da Isonomia,
pelo qual deve ser assegurada a igualdade de direitos e
obrigações nos aspectos atinentes à relação funcional.
14. Deflui, assim, dos aspectos
legais abordados, que o ato impugnado é passível de
correção através da via declaratória.
15. Quanto a licença-prêmio
estabelece o artigo 209 da Lei n. 10.261/68 que:
"Art. 209 - O funcionário terá
direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (noventa)
dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício
ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade
Lr adMinistrativa."
16. Já o artigo o artigo 129 da
Constituição de Estado de São Paulo determina que:
"Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio e vedada sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos
integrais, concedidos aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos efeitos, observado o disposto no art. 115, desta constituição.
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17. Também incide o artigo 324 do
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis, dispondo que:
"Art. Estatuto exceto no que precariedade de sua público. "
disposições deste aos extranumerários, colidirem com a situação no serviço
324. As se aplicam
18. Assim, cabe ressaltar que a
partir da Constituição Federal de 1.988, passaram os
servidores públicos a ter direito ao benefício da licença-
prêmio além da sexta-parte, pois antes, ou seja, no período
de 01.08.78 a 04.10.1988, nos termos da Lei n. 180/78, o
benefício só seria devido aos servidores que por ele
optassem expressamente e o silêncio seria considerado opção
pela gratificação natalina.
19. Por derradeiro, no incidente do
Uniformai:4'0410 de JUrisprudência n.° 118.453.5/2-01, tendo
como relator o Desembarcado= Roberto ~acue, a Câmara
Especial do Tribunal dê Justiça dá São Paulo, deixou
assentado: ano o benefício da licenca-p=anlo previsto pela
Lei n .0.261/48 (Xurt.atuto dos : funcionários Públicos)
estende-sê a todos os servidores do ratado, independente do
regime a aue estão submetidOs.
III - DO PEDIDO:
Preliminarmente, a concessão dos
benefícios da assistência judiciária gratuita e integral,
haja vista ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo,
não tendo condições financeiras de arcar com as custas e
despesas processuais, além de honorários advocatícios e
periciais, sem prejuízo do próprio sustento, conforme
declaração em anexo.
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Ante o exposto, requer se digne
Vossa Excelência em mandar citar a requerida na pessoa de
seu representante legal ou de quem suas vezes faça, para
vir acompanhar a presente declaratória, pena de não o
fazendo sujeitar-se-à aos efeitos da revelia, a qual deverá
ser feita através de Oficial de Justiça, concedendo-se ao
mesmo os benefícios do artigo 172 e parágrafos do C. P.
C., julgando a demanda integralmente provada e procedente
para o fim de ao reconhecer • declarar o direito do
requerente aos benefícios da licença-prdulo • sexta-parte
dos vencimentos, conp2•tados em 12/07/1988, MUNI das
respectivas prestacd•s vencidas • ~cendras, inclusive com
o apostilauento e publicação ene Diário Oficial, através de
expedição de oficio ao departamento de recursos humanos do
requerente para a implantação e apostilamento desses mesmos
direitos, sendo que pais o caso de •Ventua2 apoientadoria
durante o andamento ptocossual a licenca-oránio deverá ser
concedida ou convertida em pecúnia e ao final a condenação
da Fazenda nas pronunciações de estilo.
Protesta por todos os meios de
provas admissíveis. Atribui-se à causa o valor de R$
8.000,00 (oito mil reais), para os efeitos legais.
Termos em que, pede deferimento.
Mogi das Cruzes, 29 de junho de 2.010.
7L/17
dadi ni"
i
-i. : Ju
OAB/SP 141.67,
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• lã TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES
8' VARA DE FAZENDA PÚBLICA Viaduto Dona Paulina, 80, 7" andar, Centro - CEP 01501-020, Fone: 32422333 R2121, São Paulo-SP - E-mai I : sp8fazgtjsp jus.br
SENTENÇA
Processo n°: 0022277-02.2010.8.26.0053 - Procedimento Ordinário Requerente: Edson Luiz da Rocha e Silva Requerido: Fazenda do Estado de São Paulo - FESP
CONCLUSÃO Em 13 de dezembro de 2010, faço estes autos conclusos ao MM. Juiz(a) de Direito Dr.(a): Adriano Marcos Laroca
Vistos.
Cuida-se de ação ordinária ajuizada por servidor público
estadual contratado pelo regime da CLT objetivando o reconhecimento do seu
direito à percepção da licença-prêmio prevista no Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado (artigo 209) e à sexta-parte sobre os vencimentos
integrais, por força do disposto no artigo 129 da Constituição Estadual. Pediu,
ainda, a condenação da ré ao pagamento da licença-prêmio em pecúnia, caso se
aposente antes do término do feito ou que por outro motivo não possa gozá-la.
Citada, a ré contestou alegando, como preliminar,
incompetência absoluta do juízo. No mérito, arguiu a prescrição quinquenal e
sustentou que a licença-prêmio e a sexta-parte são benefícios assegurados
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES
8a VARA DE FAZENDA PÚBLICA
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Viaduto Dona Paulina, 80, 7" andar, Centro - CEP 01501-020, Fone: 32422333 R2I21, São Paulo-SP - E-niail: [email protected]
apenas ao servidor público estatutário, detentor de cargo público. Outrossim,
argumentou que a expressão "vencimentos integrais" constante do artigo 129 da
CE refere-se a vencimento no sentido estrito, ou seja, a sexta-parte e o adicional
por tempo de serviço incidem sobre o vencimento-padrão. Com isso, requereu a
improcedência da ação.
Com isso, requereu a improcedência da ação.
O autor replicou.
É o relatório. Fundamento e decido.
O processo comporta julgamento antecipado, uma vez que a
matéria de fato dispensa a produção de provas (artigo 330, inciso I, do Código
de Processo Civil).
A preliminar de incompetência do juízo suscitada pela ré não
merece acolhida, uma vez que a demanda envolve direito estatutário e não
trabalhista. Por outro lado, a prescrição quinquenal deve ser reconhecida, uma
vez que, cuidando-se de relação jurídica de trato sucessivo, prescritas estão as
parcelas vencidas há mais de cinco anos do ajuizamento da ação.
No mérito, a ação deve ser julgada parcialmente
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Sa VARA DE FAZENDA PÚBLICA Viaduto Dona Paulina, 80, 7' andar, Centro - CEP 01501-020, Fone: 32422333 R2121, São Paulo-SP - E-mail: sp8fazgtjspjus.br
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procedente.
O autor, como servidor público estadual contratado sob o
regime da CLT, não faz jus ao recebimento da licença-prêmio, prevista somente
no artigo 209 da Lei Estadual n° 10.261/68, que cuida dos servidores públicos
civis estatutários.
O artigo 205 da Lei Complementar Estadual n° 180/87 não
socorre o autor, porque estatui, textualmente, que somente para os fins dela os
funcionários contratados sob o regime da Lei 500/74 ou da CLT são
considerados servidores. Outrossim, a referida lei não previu a licença-prêmio
entre as licenças que estabeleceu.
Não lhe socorre, também, o artigo 129 da Constituição do
Estado de São Paulo, que se refere apenas ao adicional por tempo de serviço e à
sexta-parte.
Outrossim, não tendo havido a implementação do regime
jurídico único pelo Poder Executivo Estadual, em cumprimento ao artigo 24 do
ADCT, não há que se falar em igualdade de direitos entre os servidores
estatutários, ocupantes de cargo público e que tiveram acesso a ele mediante
concurso de provas e títulos, e os contratados nos termos da lei 500/74 ou da
CLT. Isso sem contar, que tal lei desvirtuou o artigo 106 da Constituição
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Federal de 1967, ao contratar funcionários em caráter temporário para o
exercício de funções de caráter permanente.
Nesse sentido, transcrevo as seguintes ementas:
"Servidor público estadual - Admissão pela lei n° 500/74 - Direito à
percepção da licença-prêmio - Inadmissibilidade - Direito exclusivo
aos servidores estatutários - Impossibilidade de extensão do direito
aos demais - Recurso não provido - Trata-se de vantagem concedida
ao funcionário público estatutário, desde que preenchidos
determinados requisitos, descabendo ao intérprete ou ao Judiciário
ampliar o texto legal, onde o legislador restringe" (Apelação Cível n°
051.084.5/9, Desembargador Relator Celso Bonilha).
"Em se tratando de norma que depende de legislação infra-
constitucional, não pode o Judiciário - ainda que aqueles entes
públicos não tenham cumprido o prazo previsto no artigo 24 do
ADCT - usurpar função legislativa e criar judicialmente um regime
jurídico não previsto em lei. É o que ocorreria se, no caso concreto,
fosse determinada a extensão da licença-prêmio a todos os servidores,
quando a Constituição do Estado conferiu tal abrangência apenas aos
adicionais temporais e sexta-parte. No Estado de São Paulo, enquanto
não estabelecido o regime único, não pode ser concedida a vantagem
da licença-prêmio aos contratados pela lei n° 500/74 e celetistas,
mesmo porque estes têm outros direitos e vantagens que não são
conferidos aos funcionários públicos estatutários" (Apelação Cível n°
247.969-1/7, Desembargador Relator Antônio Villen).
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Por outro lado, para efeitos de percepção da sexta-parte, o
legislador constituinte estadual, no artigo 129, não fez distinção entre o servidor
ocupante de cargo público e o admitido na forma da Lei n° 500/74, ou mesmo
celetista. Falou em servidor público estadual.
Não obstante isso, entendo, como se verá abaixo, que a sexta-
parte não incide sobre os vencimentos integrais, mas sim sobre o vencimento
padrão. Vejamos.
Embora o artigo 129 tenha, de fato, previsto que a sexta-
parte e o adicional por tempo de serviço tenham como base de cálculo os
vencimentos integrais, em sua parte final, fez a seguinte ressalva: "...observado
o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição".
O artigo 115, inciso XVI, da Constituição Estadual estatui, a
saber: "Para a organização da administração pública direta e indireta,
inclusive as 'Undações instituídas ou mantidas por qualquer dos poderes do
Estado, é obrigatório o cumprimento das seguintes normas:...XVI- os
acréscimos pecuniários por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título
ou idêntico fundamento".
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,are TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Frise-se, aqui, que o inciso XIV do artigo 37 da Carta Magna
tinha a mesma redação do inciso XVI do dispositivo supra.
Portanto, à primeira vista, considerando que a expressão
"vencimentos integrais", segundo parte da doutrina administrativista,
corresponde ao salário-padrão mais as vantagens pessoais e, ainda, o disposto
nos artigos acima, poder-se-ia admitir que tais vantagens incidissem sobre as
gratificações, além de uma incidir sobre outra e, vice-versa. Ou seja, o que se
proibia tão-somente era a incidência de adicional sobre adicional, sexta-parte
sobre sexta-parte, enfim, o chamado repique.
Contudo, não se pode olvidar a alteração do inciso XIV do
artigo 37 do texto constitucional levada a cabo pela Emenda Constitucional
19/1998, o qual passou a ter a seguinte redação: "os acréscimos pecuniários
percebidos por servidor público não serão computadas nem acumulados para
. fins de concessão de acréscimos ulteriores".
Por outras palavras, a bem do interesse público, a partir da
referida emenda não se admite mais a incidência de adicional e de sexta-parte
sobre gratificações, além da incidência recíproca entre aqueles.
Agora, pergunta-se: aplica-se a nova regra ao servidor
público estadual? A mim parece, por obviedade, que sim. Caso contrário,
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vejamos.
O caput do artigo 37 do texto constitucional (já na sua
redação original) diz que "a administração pública direta e indireta de
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:...".
Ora, a nova regra advinda da redação dada ao inciso XIV do
aludido dispositivo constitucional pela Reforma Administrativa se aplica
inteiramente aos servidores públicos, sob pena de se admitir que aquela se
dirigiu apenas aos servidores públicos federais, o que seria uma interpretação
absurda.
Aliás, melhor dizendo, ninguém duvida de que o subsídio se
aplica aos membros de quaisquer poderes dos Estados, embora o inciso XII do
artigo 115 da CE continue com a redação original, por sinal, a mesma do inciso
XI do artigo 37 da Carta Magna.
Enfim, por paridade, perfeitamente aplicável aos servidores
públicos estaduais a norma constitucional que proíbe a incidência cumulativa de
acréscimo pecuniário (vantagem pecuniária), ainda que sob título ou
fundamento diversos, para se evitar aumentos em cadeia.
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7ob. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Portanto, inadmissível a pretensão do autor de percepção da
sexta-parte sobre os vencimentos integrais, na medida que implica a incidência
cumulativa proibida pela norma constitucional supra.
Também, não há que se falar em direito adquirido, ante o
disposto no artigo 17 dos ADCT.
Com isso, é de rigor a improcedência da ação.
Ante o exposto, e o que mais consta dos autos, julgo
PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação, e condeno a ré a
proceder ao pagamento apenas da sexta parte ao autor, incidente sobre o
vencimento-padrão, com o respectivo apostilamento. Além disso, condeno-a ao
pagamento das prestações atrasadas, observada a prescrição qüinqüenal
(Decreto n° 20.910/32), as quais devem ser acrescidas de juros de mora de
0,5% ao mês, de forma simples, contados da citação, nos termos do artigo 1°-F
da Lei Federal n° 9.494/97, confirme nova redação dada pela Lei Federal n°
11.960/2009, bem como de correção monetária, conforme Tabela Prática das
Execuções contra as Fazendas Públicas do Egrégio Tribunal de Justiça,
incidente desde o momento em que devida cada parcela, tudo até o
cumprimento da obrigação de fazer. Diante da sucumbência recíproca, cada
parte arcará, em proporção igual, com as despesas e custas processuais. Quanto
aos honorários advocatícios, cada parte arcará com os seus, em compensação,
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COMARCA DE SÃO PAULO
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mai I : sp8fazgtjsp.jus.br
sob a ressalva de que o autor é beneficiários da justiça gratuita (artigo 12 da
LAJ).
P.R.I.
São Paulo, 13 de dezembro de 2010.
fls. 1
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
71 ACÓRDÃO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAUL( ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA
REGiSTRADO(A) S013 N°
alimummenom Vistos, relatados e discutidos estes autos de
Apelação n° 0022277-02.2010.8.26.0053, da Comarca de
São Paulo, em que é apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO
PAULO sendo apelado EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA
(JUSTIÇA GRATUITA).
ACORDAM, em 3' Câmara de Direito Público do
Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte
decisão: "DERAM PROVIMENTO AO RECURSO, VENCIDO O
SEGUNDO JUIZ, QUE FARÁ DECLARAÇÃO DE VOTO.", de
conformidade com o voto do(a) Relator(a), que integra
este acórdão.
O julgamento teve a participação dos
Desembargadores ANTONIO CARLOS MALHEIROS (Presidente
sem voto), MARREY UINT E ANGELO MALANGA.
São Paulo, 11 de outubro de 2011.
—
AMORIM CANTUÁRIA RELATOR
/)\ fls. 2
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
- Seção de Direito Público -
APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO 0022277-02.2010.8.26.0053
3u Câmara
Apelante: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Apelado: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA (J.G)
Comarca: SÃO PAULO - 8a VARA DA FAZENDA PÚBLICA.
VOTO nu. 15.316
APELAÇÃO CÍVEL - Pretensão à licença-prêmio e sexta-parte - Funcionário admitido sob o regime da CLT — Parcial procedência da ação pronunciada em primeiro grau — Sentença que não merece subsistir — Por se tratar de Mação de emprego regida pela CLT, a competência para a apreciação da ação não é da Justiça Comum e sim da Justiça do Trabalho, por força do artigo 114 da Constituição Federal, acrescentado pela EC n° 45, de 08112/2004 - Precedentes do STF e desta Corte - Sentença anulada - Remessa à Justiça do Trabalho_
RECURSO PROVIDO.
Apelação tempestiva (fls. 58/60) manejada pela
FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, nos autos da
ação declaratória para reconhecimento do direito à licença-prêmio e
sexta-parte, cumulada com cobrança de diferenças movida por
EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA, inconformada com a r. sentença
de fls. 45/53 que julgou parcialmente.
Em breve síntese, a apelante aduziu incompetência
absoluta da Justiça Estadual para julgar litígios envolvendo
servidores públicos admitidos nos termos da CLT — art. 114, inciso I,
da Constituição Federal.
Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053
Voto n". 15.316
Fls. 1
fls. 3
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
- Seção de Direito Público
Sem contrarrazões (fl. 64).
É o relatório do essencial.
Neste caso, o autor servidor público estadual, admitido
pela CLT, objetiva o direito a licença-prêmio e a sexta-parte.
Verifica-se que apesar de pleitear vantagem prevista na
Lei n° 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado
de São Paulo), o autor é funcionário celetista, admitido pela
Administração Pública sob o regime jurídico da Consolidação das
Leis do Trabalho (fls. 14), o que implica em vínculo trabalhista e não
estatutário.
Nesses moldes, se tratando de relação de emprego
regida pela CLT, indiscutível é o reconhecimento da competência da
Justiça do Trabalho para conhecer e julgar a causa, tendo em vista o
que preceitua o artigo 114, inciso I, da Constituição Federal,
acrescentado pela Emenda Constitucional n° 45, de 08 de dezembro
de 2004.
Nesse sentido, já se pronunciou o STF ao decidir
conflito de competência originário da 5' Vara da Fazenda Pública de
São Paulo:
Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n". 15.316
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
- Seção de Direito Público -
Competência. Servidor Público Estadual contratado sob o regime da CLT. Diferenças salariais. Justiça do Trabalho. 'Compete a Justiça do trabalho dirimir demanda proposta por servidores estaduais contratados sob regime da CLT, ainda que diga respeito a vantagens oriundas de leis estaduais de aplicação própria a funcionários estatutários. Competência que decorre da parte final do art. 114 da Constituição Federal. Recurso extraordinário conhecido e provido. (Recurso extraordinário n° 140.839-1/SP, Relator Ministro limar Gaivão, D.f.U., 15.09.95, pág. 29.513).
No mesmo sentido, o v. precedente do Colendo
Superior Tribunal de Justiça:
RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PUBLICO CELETISTA. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA TRABALHISTA. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. Não se conhece de recurso especial quando o recorrente não indica qual o dispositivo legal tido por violado. 2. Não cabe recurso especial para alegar violação a dispositivo constitucional. 3. É competente a Justiça do Trabalho para processar e julgar ações em que se discutam verbas oriundas de contrato de trabalho de servidores públicos contratados sob a gide da Consolidação das Leis do Trabalho. Enunciado n° 83/da Súmula do Superior Tribunal de Justiça: 'Não se conhece de recurso especial pela divergência quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida'. 4. Recurso especial não conhecido. (REsp 102086/SP, Ministro Hélio Quaglia Barbosa, Sexta Turma, DJ 13.09.2004 p. 296).
Por sua vez, em reiterados julgamentos, o mesmo
posicionamento vem sendo encampado por este Egrégio Tribunal de
Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n", 15.316
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- Seção de Direito Público -
Justiça, como se pode verificar de algumas ementas a seguir
transcritas:
SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS. ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO (QUINQUÊNIOS). Incidência sobre todas as verbas não eventuais que compõem a remuneração do servidor público estadual. Inteligência da legislação estadual. Segurança concedida somente para os servidores não regidos pela CLT, sujeitos estes à competência da Justiça do Trabalho. Provido parcialmente o recurso do impetrante e não provido o recurso do DER nem o reexame necessário. (Apelação Cível n° 776.608.518-00, rel. Des. Edson Ferreira).
Já assentou o E. STF que, à luz do artigo 114, caput, da Constituição da República, é a Justiça do Trabalho competente para conhecer e julgar, como dissídio individual entre trabalhador e empregador que é ente da administração pública do Estado, ação proposta por servidor submisso ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho, para haver vantagem funcional, ainda que prevista em legislação, originalmente, aplicável aos servidores estatutários (cf. RE n° 130.325-1-5, Rel. Min. Moreira Alves, in Dl, de 16.08.91, p. 20.788, e in JSTF, Lex, 153/231-237; RE n° 136.193-0, Rel. Min. Octávio Gallotti, in JSTF, Lex, 172/235-239) (Apelação Cível n° 244.972-1/5-SP, rei. Des. César Peluso).
Funcionário público municipal - Celetista - Vencimentos -Correção — Vínculo de natureza trabalhista entre o servidor e a Administração - Competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a ação - Artigo 114 da Constituição da República e Súmula n° 97 do Superior Tribunal de Justiça -Recurso não provido. Patente a natureza trabalhista do vinculo entre o servidor e a Administração é de ser reconhecida a incompetência do Juízo Estadual em prol da Justiça do Trabalho. (Agravo de Instrumento n° 18.566-5-São Paulo, rel. Des. Sidnei Beneti).
Apelação 11" 0022277-02.2010.8.26.0053
Voto n". 15.316 Fls. 4
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- Seção de Direito Pübliço -
Também nesse mesmo sentido o Incidente de
Uniformização de Jurisprudência n2 118.453.5/2-01 Relatado pelo
Des. Roberto Bedaque – Turma Especial de Direito Público – J.
18/03/2004.
Desse modo, nos termos do artigo 114 da CF/88, tem-se
que, neste caso, a Justiça Comum Estadual é absolutamente
incompetente para julgar a questão em litígio, sendo necessária a
remessa dos autos à Justiça do Trabalho.
Ante o exposto, DÁ-SE PROVIMENTO À APELAÇÃO
para anular a sentença e ordenar a remessa dos autos à Justiça
Trabalhista (art. 114, inciso I, da CF).
DES. AMORTIVITAN'TUARrA —
Relator
Apelação n" 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n". 15.316
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TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
Voto n° 12.959
Apelação Cível n° 0022277-02.2010.8.26.0053
Comarca :SÃO PAULO
Apelante(s) :FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Apelado(s) :EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA (aj.)
DECLARAÇÃO DE VOTO VENCIDO.
Apelação Cível - Servidor público admitido pela Lei 500/74 - Licença-prêmio e quinquênio - Competência da Justiça Estadual em razão da matéria - Sentença de parcial procedência mantida. Recurso desprovido.
Trata-se de ação ordinária ajuizada
por servidor público estadual admitido nos termos da Lei
500/74 (fls. 04), pleiteando o pagamento do adicional de
sexta-parte sobre os vencimentos integrais, com os
consectários legais, nos termos do artigo 129 da
Constituição Estadual, e à percepção da licença-prêmio,
tanto para apostilamento visando gozo oportuno, como
para fins de indenização em pecúnia na hipótese de
aposentadoria.
A r. sentença de fls. 45/53, prolatada pelo
MM. Juiz Adriano Marcos Laroca, julgou parcialmente
procedente o pedido para condenar a Ré ao pagamento
apenas da sexta-parte sobre o salário base do Autor, e das
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TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
parcelas vencidas, observada a prescrição quinquenal,
acrescidas de juros moratórios de 0,5% ao mês, a partir da
citação. Ante a sucumbência recíproca, condenou cada
parte a arcar com as custas, despesas processuais e
honorários advocatícios, ressalvada a condição do Autor
de beneficiário da justiça gratuita.
Apela a Fesp (fls. 58/60) aduzindo
incompetência absoluta da Justiça Estadual para julgar
ações que envolvam servidores públicos celetistas.
Decorreu prazo legal sem apresentação
de contrarrazões (fls. 64).
É o relatório.
Após o advento da Constituição Federal
de 1988, que unificou o regime jurídico do funcionalismo
público, não mais pode ser admitida a distinção entre
servidores efetivos ou não, de tal modo que deve ser
afastada a possibilidade de tratamento diferenciado entre
os servidores estatutários e aqueles admitidos na forma da
Lei n° 500/74.
A palavra "servidor" é gênero de três
espécies distintas de trabalhadores junto à Administração,
quais sejam, os detentores de cargo, os contratados, os
temporários, todos previstos e regulados pela Constituição
Apelação Cível n° 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n° 12.959
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TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
da República, artigo 37, ao longo de seus incisos 1, II, V, IX e
XI, mais o artigo 39 e o 114.
Os servidores contratos pela referida lei
possuem os mesmos deveres e exercem as mesmas funções
dos funcionários efetivos, não havendo, portanto, motivo
de tratamento diferenciado.
O Ilustre Desembargador Laerte Sampaio,
na apelação Cível n° 131.151-5/8, discorrendo sobre o
tema, traz a seguinte lição:
"A Lei Estadual n. 10.261/68 objetivou definir somente o regime estatutário do"funcionário público civil", isto é, aquele investido em cargo público (arts.1 e e 2°). Por isso mesmo só a ele contemplou o direito a licença premio por assiduidade (art. 181, IX), negando-o, expressamente, aos interinos (art. 325) e deixando em suspenso em relação aos extranumerários (art. 324).
Tendo em vista o permissivo constitucional federal (art. 106 da CF/67) e estadual (art. 96 da CE/67), foi editada a Lei n. 500/74 que instituiu um regime estatutário especial aos servidores que, admitidos para funções de natureza permanente, mas de caráter temporário, não se submetiam ao sistema do contrato de trabalho previsto pela CLT e nem se confundiam com os chamados "extranumerários", porque a admissão se sujeitava ao processo de seleção (art. 91. Em tal regime especial não foi previsto, expressamente, o direito a licença-prêmio (art.26).
A Lei Complementar n.180/78 trouxe a expressa diferenciação entre "funcionário público" e "servidor", mas reconheceu a ambos o direito a licença prêmio ao consagra-lhes o direito a opção
Apelação Cível n° 0022277-02.2010.8.26.0053 Voto n° 12.959
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ARR= U1NT
R isor
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TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
em face a gratificação de natal (cfr. art. 129). E, logicamente, reconheceu aos admitidos nos termos da Lei n. 500/74, o direito a tal adicional pois, expressamente, os considerou servidores para os fins nela previstos (art. 205). Diante dessa evolução, e em face da inexistência de diferenciação no texto constitucional estadual de 1967, poder-se-ia, validamente, reconhecer aos servidores, sujeitos ao regime da Lei n. 500/74, o direito a licença prêmio."
O Autor pleiteia o recebimento do
adicional temporal de sexta-parte e a licença-prêmio.
Assim, a competência, no caso em tela, se estabelece em
razão da matéria.
O conflito de interesses não diz respeito à
matéria trabalhista ou a direito decorrente da CLT, trata-se
de benefícios instituídos por lei estadual, estatutária, para
servidores públicos estaduais, cuja aplicação, como foi dito,
tem sido reconhecida em favor não apenas de funcionários
efetivos, mas também de não estatutários.
Portanto, não há razão para que esta
demanda seja apreciada pela Justiça Laborai.
Diante do exposto, pelo meu voto negava
provimento ao recurso.
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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO 6a Turma
TRT SP N°
6' TURMA
PROCESSO N°: 0000926-44.2012.5.02.0045 RECURSO ORDINÁRIO E EX OFFICIO RECORRENTES: VT e FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA 45' VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
1E—
Adoto o relatório do Exmo. Desembargador Relator, nos
seguintes termos:
1C4 RELATÓRIO
- Pedidos formulados às fls. 07/08 e contestados às fls. 27/39 pela Fazenda. •Decisão proferida às fls. 121/125, julgando procedentes em parte os pedidos
formulados. •A ré (Fazenda) interpõe apelo ordinário às fls. 129/145, pretendendo a
reforma do julgado de origem quanto à sexta-parte e sua base de cálculo. •Contrarrazões às fls. 147/149 pelo reclamante. - O Ministério Público do Trabalho apresentou parecer à fl. 151, opinando
pelo conhecimento e não provimento do recurso.
- É o relatório, em síntese."
VOTO
6' Tu
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func.
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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO 6' Turma
TRT SP N°
Acompanho o voto do Exmo. Desembargador Relator, nos
seguintes termos:
"Conheço do recurso ordinário interposto, eis que presentes os pressupostos legais de admissibilidade. Não conheço da remessa obrigatória, face aos termos da Súmula 303, I, letra "a" do C. TST.
2. Da sexta-parte: O reclamante é servidor da Secretaria da Saúde (Hospital
Regional de Ferraz de Vasconcelos), desde 12.07.1988, admitido em face da aprovação em concurso público regido pela CLT.
Sustenta a recorrente que a parcela pleiteada pelo autor não é devida aos empregados públicos, mas apenas aos servidores estatutários. Sem razão.
Ao contrário do que alega a ré, o alcance da expressão "servidor público" é amplo, englobando tanto os servidores estatutários como aqueles regidos pela CLT. Tal conclusão tem arrimo na pacífica jurisprudência deste Regional, cristalizada na Súmula n° 4, que ao analisar o art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, firmou o entendimento de que ao fazer referência a servidor público estadual, o legislador não distinguiu o regime jurídico para efeito de aquisição de direito, logo, aplicável tanto ao servidor estatutário, como ao servidor celetista, caso do reclamante.
Mantenho a decisão."
Divirjo quanto à base de cálculo da sexta-parte, nos
seguintes termos:
3. Da base de cálculo:
No que pertine à base de cálculo da sexta parte, afasto a aplicação analógica da Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60, da SDI-I, do C. TST, conquanto o profundo apreço para com aquela D. Corte Superior.
6a Tuu
func. 3
fls. 3
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2a REGIÃO 6a Turma
TRT SP N°
Isto porque, de acordo com o próprio artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, estabelece que, "ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição" (g. n.).
Destarte, encontra-se consubstanciado na própria norma legal que instituiu o benefício em questão, a base de cálculo sobre os "vencimentos integrais", ao revés do sustentado na tese patronal, sobretudo por seu caráter eminentemente salarial.
Mantenho.
FACE AO EXPOSTO, ACORDAM os Magistrados da 6' Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região em:
i d CONHECER do Recurso Ordin" io interposto pela ré e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO para, nos termos da fundamentação, manter incólume a r. sentença de origem.
RICARDO APOSTÓLICO SILVA Juiz Redator Designado
slc
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fls. 1
RE-0000926-44.2012.5.02.0045 - Turma 6
11151111111011111111111
RECURSO DE REVISTA
Recorrente(s):
Advogado(a)(s):
Recorrido(a)(s):
Advogado(a)(s):
Fazenda do Estado de São Paulo
CLAUDIA HELENA DESTEFANI LACERDA (SP - 120487-D)
Edson Luiz da Rocha e Silva
GUILHERME ROSSI JUNIOR (SP - 141670-D)
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 17/12/2013 - fl. 161; recurso apresentado em 18/ 12/2013 - fl. 162).
Regular a representação processual (nos termos da Súmula
Isento de preparo (CLT, art. 790-A e DL 779/69, art. 1°, IV).
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATÓRIAS E BENEFICIOS / SEXTA PARTE.
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO / SERVIDOR PÚBLICO CIVIL / SISTEMA REMUNERATORIO E BENEFICIOS / ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO / BASE DE CÁLCULO.
Alegação( Cies):
- contrariedade a Orientação JUrisprudencial: SBDI-I/TST Transitória, n" 60,
- violação do(s) art(s). artigo 20; artigo 18; artigo 25; artigo 28; artigo 37, caput; artigo 37, §I; artigo 37, §XIV; artigo 61; artigo 169, §1", inciso I e II da CF.
- divergência iurisprudencial.
Ils.1
Documento assinadp com certificado dei po r Rima Aparecida É-tametara, Desembargadora Vice-Presa:arde Judicial , em 12/03'2014 (Lei 11.419/2006)
436/TST).
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O
e 129.
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2* REGIÃO
RE-0000926-44,2012.5,02.0045 - Turma 6
- violação à Constituição do Estado de São Paulo, artigos 115, XVI
Consta do v. Acórdão:
Da sexta-parte:
O reclamante é servidor da Secretaria da Saúde (Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos), desde 12.07.1988. admitido em face da aprovação em concurso público regido pela CL T. Sustenta a recorrente que a parcela pleiteada pelo autor não é devida aos empregados públicos, mas apenas aos servidores estatutários. Sem razão. Ao contrário do que alega a ré, o alcance da expressão "servidor público" é amplo, englobando tanto os servidores estatutários como aqueles regidos pela ('LT. Tal conclusão tem arrimo na pacifica jurisprudência deste Regional, cristalizada na Súmula n° 4, que ao analisar o art. 119 da Constituição do Estado de São Paulo, firmou o entendimento de que ao fizer referência a servidor público estadual, o legislador não distinguiu o regime jurídico para efeito de aquisição de direito, logo, aplicável tanto ao servidor estatutário. como ao servidor celetista, caso do reclamante. Mantenho a decisão."
Divirjo quanto à base de eálculoDivido quanto à base de cálculo da sexta-parte, nos seguintes termos:
3. Da base de eákulo:No que pertine à base de cálculo da sexta parte, afasto a aplicação analógica da Orientação Jurisprudenci ai Transitória n° 60, da SD1-1, do C. TST, conquanto o profundo apreço com aquela D. Corte Superiorlsto porque. de acordo com o próprio artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, estabelece que, "ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição" (g. n.).Destarte, encontra-se consubstanciado na própria norma legal que instituiu o beneficio em questão, a base de cálculo sobre Os "vencimentos integrais". ao revés do sustentado na tese patronal, sobretudo por seu caráter eminentemente salarial. Mantenho.
Registre-se, inicialmente, que não enseja a admissibilidade da fls.2
• .1... 1, •
Documento assinado com ~ficado digital por Ritma Aparecida Hemeterio, Desembargadora Vice-Presiderde Judicial , em 12)03/2014 (Lei 11.419/2006)
fls. 3
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2s REGIÃO
RE-0000926-44.2012.5.02.0045 - Turma 6 revista a alegação de afronta a Constituição Estadual ou a legislação estadual, por se tratar de hipótese não contemplada no art. 896 da CLT.
O c. Tribunal Superior do Trabalho já firmou o entendimento de que o adicional por tempo de serviço previsto no art. 129 ,da Constituição do Estado de São Paulo aplica-se aos servidores celetistas e estatutários da Administração Pública direta, das fundações e das autarquias, conforme disposição contida no art. 124 da Constituição Estadual.
Nesse sentido, vale citar os seguintes precedentes: AIRR - 61840-08.2008.5.02.0080, Relatar Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 1 4 Turma, DEJT 05/11/2010; RR - 57700-88.2006.5.02.0018, Relator Ministro; Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3.' Turma., DEJT: 03/09/2010, RR - 130200-74.2005.5.02.0023, Relatar Ministro: Fernando Eizo Ono, 4.' Turma, DEJT 30/03/2010; RR - 183100-702004.5.15.0067, Relatar Ministro: João Batista Brito Pereira, S.' Turma, DEJT 19/02/2010, RR-41700-24.2008.5.15.0004, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, 6a Turma, DEJT 22/10/2010, A1RR-223940-77.2008.5.02.0089. Relatara Ministra: Dora Maria da Costa, 84 Turma, DEJT 12/11/2010.
Assim, o reexame pretendido encontra óbice na Súmula n° 333, do c. TST, pois a matéria já se encontra superada pela iterativa, notória e atual jurisprudência da Corte Superior.
Com relação ao adicional sexta-parte, a r. decisão recorrida está de acordo com a OJT n° 75, da SDI-1/TST, o que, de plano, inviabiliza o presente apelo nos termos da Súmula n° 333 do C. Tribunal Superior do Trabalho e §4° do artigo 896 da CLT.
No mais, a jurisprudência uniformizada da c. SDI faz distinção na aplicação da base de cálculo, no exame das parcelas adicional por tempo de serviço e sexta parte, previstas no art. 129 da Constituição Estadual, sendo calculada sobre o vencimento básico apenas a primeira, eis que a norma estadual expressamente prevê o cálculo sobre Os vencimentos integrais em relação à segunda.
Nesse sentido os seguintes precedentes: E-ED-RR 795910-22.2001.5.02.5555 Data de Julgamento: 18/06/2009, Relatar Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Subseção I Especializada em Dissidios Individuais, Data de Publicação: DEJT 26/06/2009; E-ED-RR 230600-68.2004.5.02.0076 Data de Julgamento: 29/06/2010, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Divulgação: DEJT 06/08/2010; RR - 291100-37.2005.5.02.0021 Data de Julgamento: 14/04/2010, Relatar Ministro: Antônio José de Barros Levenhagen, 4° Turma, Data de Divulgação: DEJT 07/05/2010; ED-RR - 270200-07.2003,5.02.0020 Data de Julgamento: 06/10/2010, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, &Turma, Data de Divulgação: DEJT 15/10/2010.
fls.3
Documento assinado com certificada dignai por Ruma Aparecida Hemeténo, Desembargadora Vice-Presidente Judicial em 12/0312V14 (Lei 11,419/2006)
1 O ABR. 1014
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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2 REGIÃO
RE-0000926-44.2012.5.02.0045 - Turma 6 Com efeito, a função uniformizadora do Tribunal Superior do
Trabalho já foi cumprida na pacificação da controvérsia, o que obsta o seguimento do presente recurso que defende tese diversa (artigo 896, § 4°, da CLT c/c Súmula n" 333 do TST),
CONCLUSÃO
DENEGOseguimento ao Recurso de Revista.
Após a publicação, decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, os autos retomarão à Vara de origem, ficando dispensada a emissão de certidão de trânsito em julgado, nos termos do artigo 146 da Consolidação das Normas da Corregedoria Regional - Provimento GP/CR n° 13/2006.
Intime-se.
São Paulo, 12 de março de 2014.
Ritma Aparecida Hemetério
Desembargadora Vice-Presidente Judicial
f.'erti tico que o presente despacho foi publicado no k(etronico do
Tribunal Regional do Trabalho da 2-* Região. nesta data.
Em
unice Avanci de S uza
Diretora da Secretaria de Apoio Judiciário
/kb
fls.4
Documento assinado com certireadu digital por Ruma Aparecida Hernetérto, Desembargadora Vice-Presudente Judicial , em 12/03/2014 (Lei 11.419/2006)
PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
ACÓRDÃO (8' Turma)
GMDMC/Jj/Mp/cb/bh
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1. ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE". A invocação genérica dos artigos 18, 25, 28 e 39 da Constituição Federal e da Lei n° 8.112/90 não autoriza o conhecimento do recurso de revista, por óbice da Súmula n° 221 do TST. Ademais, em relação aos artigos 2° e 169, § 1°, I e II, da CF/88, resta ausente o prequestionamento na origem. Incidência da Súmula n° 297 desta Corte. 2. BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE". A decisão regional encontra-se em consonância com o entendimento desta Corte, no sentido de que a parcela sexta-parte deve ter como base de cálculo o vencimento integral do servidor. Precedentes da SDI-1/TST. Óbice da Súmula n° 333 do TST. Agravo de instrumento conhecido e não provido.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo
de Instrumento em Recurso de Revista n° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045,
em que é Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO e Agravado EDSON
LUIZ DA ROCHA E SILVA.
A Vice-Presidente Judicial do Tribunal Regional do
Trabalho da 2' Região, pelo despacho de fls. 183/186, denegou seguimento
ao recurso de revista interposto pela reclamada.
Inconformada, a reclamada interpôs agravo de
instrumento às fls. 189/192, insistindo na admissibilidade da revista.
Sem contraminuta ou contrarrazões, consoante
certificado à fl. 194.
O Ministério Público do Trabalho manifestou-se pelo
conhecimento e não provimento do agravo de instrumento.
É o relatório.
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fls . 2
PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
VOTO
I - CONHECIMENTO
Presentes os pressupostos legais de admissibilidade,
conheço do agravo de instrumento interposto.
II - MÉRITO
1. ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE".
Assim decidiu o Regional:
"2. Da sexta-parte:
O reclamante é servidor da Secretaria da Saúde (Hospital Regional de
Ferraz de Vasconcelos), desde 12.07.1988, admitido em face da aprovação
em concurso público regido pela CLT.
Sustenta a recorrente que a parcela pleiteada pelo autor não é devida
aos empregados públicos, mas apenas aos servidores estatutários. Sem razão.
Ao contrário do que alega a ré, o alcance da expressão "servidor
público" é amplo, englobando tanto os servidores estatutários como aqueles
regidos pela CLT. Tal conclusão tem arrimo na pacífica jurisprudência deste
Regional, cristalizada na Súmula n° 4, que ao analisar o art. 129 da
Constituição do Estado de São Paulo, firmou o entendimento de que ao fazer
referência a servidor público estadual, o legislador não distinguiu o regime
jurídico para efeito de aquisição de direito, logo, aplicável tanto ao servidor
estatutário, como ao servidor celetista, caso do reclamante.
Mantenho a decisão." (fl. 158)
Nas razões do recurso de revista às fls. 168/169, a
reclamada se insurge contra a concessão do adicional de "sexta-parte"
ao reclamante.
Segundo sustenta, o Tribunal de origem concedeu a
referida verba sem observar a totalidade do ordenamento jurídico,
sobretudo, sem levar em consideração que o constituinte estadual visou
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PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
estender a concessão da "sexta-parte" apenas aos servidores
estatutários, dentro do contexto de um regime jurídico único.
Fundamenta sua tese em violação do art. 39 da
Constituição Federal e da Lei n° 8.112/90. Aponta, ainda, ofensa aos
artigos 2°, 18, 25, 28 e 169, § 1°, I e II, da CF/88 à fl. 167.
Sem razão.
A invocação genérica dos artigos 18, 25, 28 e 39 da
Constituição Federal e da Lei n° 8.112/90 não autoriza o conhecimento
do recurso de revista, porquanto não cuidou a parte de indicar
precisamente o dispositivo tido por violado. Óbice da Súmula n° 221 do
TST.
Em relação aos artigos 2° e 169, § 1°, I e II, da CF/88,
resta ausente o prequestionamento na origem, incidindo o óbice da Súmula
n° 297 do TST.
Nego provimento.
2. BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE".
O Tribunal Regional, por maioria, assim decidiu quanto
à base de cálculo do adicional de "sexta-parte":
"Divirjo quanto à base de cálculo da sexta-parte, nos seguintes
termos:
3. Da base de cálculo:
No que pertine à base de cálculo da sexta parte, afasto a aplicação
analógica da Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60, da SDII, do C.
TST, conquanto o profundo apreço para com aquela D. Corte Superior. Isto
porque, de acordo com o próprio artigo 129 da Constituição do Estado de São
Paulo, estabelece que, "ao servidor público estadual é assegurado o
percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por
quinquênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos
vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se
incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no
art. 115, XVI, desta Constituição" (g. n.).
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,f1.,57. 4
PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
Destarte, encontra-se consubstanciado na própria norma legal que
instituiu o beneficio em questão, a base de cálculo sobre os "vencimentos
integrais", ao revés do sustentado na tese patronal, sobretudo por seu caráter
eminentemente salarial.
Mantenho." (fls. 158/159 — grifos no original)
Nas razões do recurso de revista às fls. 168/182, a
reclamada se insurge contra a base de cálculo da "sexta-parte", alegando
que os acréscimos pecuniários do servidor público não podem ser
computados ou acumulados para fim de concessão de acréscimos posteriores,
devendo a sexta-parte incidir apenas sobre o salário-base do empregado.
Sustenta, ainda, que as leis estaduais que concedem,
as gratificações "extra", "executiva" e "geral" vedaram sua incorporação
ao salário.
Fundamenta sua tese em ofensa aos artigos 37, caput,
I e XIV, da CF/88; 17, caput, do ADCT; 115, XVI, e 129 da Constituição
Estadual; 3°, § 4°, da Lei Complementar Estadual n° 788/94, 3° da Lei
Complementar Estadual n° 795/95 e 17 da Lei Complementar Estadual n°
901/2001; em contrariedade à OJ Transitória n° 60 da SDI-1/TST e em
divergência jurisprudencial.
Ao exame.
Registre-se, de plano, que afronta a legislação
estadual não impulsiona o conhecimento do recurso de revista, por se
tratar de hipótese não contemplada no artigo 896 da CLT.
A OJ Transitória n° 60 da SDI-1/TST versa apenas sobre
a base de cálculo do adicional por tempo de serviço, hipótese diversa
da presente, em que se discute a base de cálculo do adicional de
"sexta-parte". Por conseguinte, impossível divisar contrariedade ao
referido verbete.
Também não se divisa ofensa aos arts. 37, caput e I,
da CF/88 e 17 do ADCT, porquanto o Regional não dirimiu a controvérsia
sob essa ótica, tampouco foram opostos embargos declaratórios com vistas
a obter o prequestionamento. Incidência da Súmula n° 297 do TST.
Por outro lado, a decisão Regional está em harmonia
com a jurisprudência reiterada desta Corte, segundo a qual a parcela
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fls. 5
PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
"sexta-parte" deve ter como base de cálculo o vencimento integral do
servidor. Nesse sentido, os recentes precedentes da SDI-1/TST:
"RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA
LEI N.° 11.496/2007. PARCELA DENOMINADA -SEXTA PARTE-.
ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
BASE DE CÁLCULO. Verifica-se, do disposto no artigo 129 da
Constituição do Estado de São Paulo, a existência de dois benefícios
distintos assegurados aos servidores públicos do Estado de São Paulo:
adicional por tempo de serviço e -sexta parte-. No que se refere à parcela
-sexta parte-, cabe observar que referido dispositivo estabeleceu
expressamente sua incidência sobre os vencimentos integrais, não havendo
falar, pois, em limitação quanto à sua base de cálculo. Precedentes desta
colenda SBDI-I. Recurso de embargos conhecido e provido." (E-ARR -
186400-76.2008.5.15.0042 , Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, Data de
Julgamento: 11/04/2013, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,
Data de Publicação: DEJT 26/04/2013)
"RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.496/2007.
PARCELA DENOMINADA - SEXTA PARTE -. BASE DE CÁLCULO.
ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. De
acordo com a jurisprudência atual e reiterada desta Corte, o artigo 129 da
Constituição do São Paulo fixou expressamente o vencimento integral do
servidor como a base de cálculo do adicional denominado - sexta parte -.
Desse modo, considerando que a Turma examinou a matéria apenas à luz do
art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, não há como se proceder à
limitação quanto à base de cálculo da referida vantagem, na forma pretendida
pela autarquia estadual. Há Precedentes. Recurso de Embargos conhecido e
não provido." (E-RR - 165900-23.2007.5.15.0042, Relator Ministro:
Augusto César Leite de Carvalho, Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, DEJT, 2/3/2012)
"(...) RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI N°
11.496/2007. BENEFÍCIO SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO. O
artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo instituiu ao servidor Firmado por assinatura digital em 03/12/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO N° TST-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
público estadual dois benefícios: o adicional por tempo de serviço e a parcela
denominada sexta parte; e, quanto ao benefício sexta-parte fixou
expressamente os vencimentos integrais dos servidores como a sua base de
cálculo. Assim sendo, não há como se proceder a qualquer limitação quanto à
base de cálculo da mencionada verba, tal como feito pela Egrégia Turma, já
que a Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60 da SBDI-1 do TST não
poderia ter sido aplicada na espécie na medida em que a questão ora debatida
diz respeito à base de cálculo do benefício sexta-parte, enquanto o aludido
precedente jurisprudencial cuida de especificar a base de cálculo do
adicional por tempo de serviço. Precedentes. Embargos conhecidos e
providos." (Ag-E-RR - 167500-63.2004.5.02.0069, Relator Ministro: Renato
de Lacerda Paiva, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, DEJT,
12/8/2011.)
Assim, estando a decisão recorrida em consonância com
a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, não há falar em
violação de dispositivos constitucionais, tampouco em divergência
jurisprudencial, uma vez que o conhecimento da revista esbarra no óbice
da Súmula n° 333 do TST.
Nego provimento.f.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do agravo de instrumento
e, no mérito, negar-lhe provimento7/--
Brasília, 03 de dezembro de 2014.
Firmado por assinatura digital (Lei n° 11.419/2006)
DORA MARIA DA COSTA Ministra Relatora
Firmado por assinatura digital em 03/12/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
PROCESSO N° TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
ACÓRDÃO (8' Turma)
GMDMC/Jj/Mp/nc/mf
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. BASE DE CÁLCULO. "SEXTA-PARTE" . Não há vício a ser sanado, pois esta Turma expressamente consignou que "a decisão Regional está em harmonia com a jurisprudência reiterada desta Corte, segundo a qual aparcela 'sexta-parte' deve ter como base de cálculo o vencimento integral do servidor". Saliente-se que os embargos de declaração não são o momento adequado para análise de divergência jurisprudencial, nos termos dos arts. 897-A da CLT e 535 do CPC Embargos de declaração rejeitados.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos
de Declaração em Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n°
TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045, em que é Embargante FAZENDA PÚBLICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO e Embargado EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA.
A reclamada opôs embargos de declaração ao acórdão
proferido por esta Oitava Turma (seq. n° 6), que negou provimento ao
agravo de instrumento, alegando omissão do julgado.
Conclusos, os embargos de declaração foram recebidos
e postos em mesa para julgamento.
É o relatório.
VOTO
I - CONHECIMENTO
Presentes os pressupostos legais de admissibilidade,
conheço dos embargos de declaração opostos.
Firmado por assinatura digital em 11/02/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO N° TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
II - MÉRITO
BASE DE CÁLCULO. "SEXTA-PARTE".
A reclamada opõe embargos de declaração de seq. 9,
reiterando que o acórdão proferido por esta Oitava Turma (seq. n° 6) foi
omisso no que diz respeito à delimitação do conceito de "vencimentos
integrais" para efeito de incidência do adicional de sexta-parte.
Sustenta que se faz necessária expressa menção ao fato
de que devem ser excluídas da base de cálculo da sexta-parte as
gratificações e vantagens cujas leis instituidoras impediram sua
incorporação, sob pena de violação do art. 37, X e XIV, e 61, § 1°, II,
"a", da CF. Afirma que a decisão proferida contraria o recente
entendimento da SDI-1 sobre o tema, invocando, por fim, a Repercussão
Geral declarada pelo STF no bojo do RE n° 563.708/MS.
Ao exame.
De plano, registre-se que a alegação de afronta aos
artigos 37, X, e 61, § 1°, II, "a", da CF/88 não foi objeto de insurgência
da reclamada quando da interposição do recurso de revista, constituindo,
pois, inovação recursal da parte.
Em relação à base de cálculo do adicional de
"sexta-parte", o acórdão embargado deixou assente que a alegação de
ofensa à legislação estadual não impulsionava o conhecimento do recurso
de revista, por não se tratar de hipótese contemplada no art. 896 da CLT.
Ressaltou-se, também, a inaplicabilidade da OJ Transitória n° 60 da
SDI-1/TST ao caso, por não tratar especificamente da base de cálculo do
adicional de "sexta-parte", ora discutido nos autos.
Além disso, o acórdão embargado consigna,
expressamente, que "a decisão Regional está em harmonia com a
jurisprudência reiterada desta Corte, segundo a qual a parcela
'sexta-parte' deve ter como base de cálculo o vencimento integral do
servidor". Na oportunidade foram colacionados arestos da SDI-1 do TST,
os quais demonstravam o posicionamento do TST no aspecto (fls. 4/6, seq.
n° 6).
Firmado por assinatura digital em 11/02/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO N° TST-ED-AIRR-926-44.2012.5.02.0045
Observe-se que as alegações da reclamada, tecidas nos
presentes embargos declaratórios, mostram-se genéricas, pois apenas se
limitam a relatar que devem ser excluídas da base de cálculo da
sexta-parte "as gratificações vantagens cujas próprias leis
instituidoras as tenham excluído expressamente". Ressalte-se que sequer
são mencionadas as verbas as quais, no entender da reclamada, deveriam
ser excluídas da base de cálculo da citada parcela.
Saliente-se, por fim, que os embargos de declaração
não são o momento adequado para análise de divergência jurisprudencial,
nos termos dos arts. 897-A da CLT e 535 do CPC.
No caso, mostra-se óbvia a pretensão de se obter a
reforma da decisão, o que deve ser sustentado em recurso e em momento
próprios, e não em embargos declaratórios, os quais não servem para
reexame do mérito, mas apenas para sanar possível omissão, contradição
ou obscuridade no julgado, que, repita-se, inexistiram no caso sub
judice.
Assim, ausentes os pressupostos a que aludem os arts.
897-A da CLT e 535 do CPC, rejeito os embargos de declaração.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, por unanimidade, rejeitar os embargos de
declaração.
Brasília, 11 de fevereiro de 2015.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
DORA MARIA DA COSTA Ministra Relatora
Firmado por assinatura digital em 11/02/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
Página 1 de 2 Consulta Processual
Pesquisa Processual
Este serviço tem caráter meramente informativo, portanto, sem cunho oficial.
Processo: AIRR - 926-44.2012.5.02.0045 - Fase Atual: ED Tramitação Eletrônica
Número no TRT de Origem: AIRR-926/2012-0045-02. Órgão Judicante: 8a Turma Relatora: Ministra Dora Maria da Costa
Embargante: Procurador: Procurador: Embargado (a): Advogado:
FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Dra. Cláudia Helena Destefani Lacerda Dr. Paulo Henrique Procópio Florêncio
EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA
Dr. Guilherme Rossi Junior
Acompanhamento Processual
06/04/2015 Recebidos os autos (retorno do TST)
31/03/2015 Remetidos os Autos para Tribunal Regional do Trabalho da 2 Região o TRT
31/03/2015 Transitado em Julgado em 24/03/2015
20/02/2015 Publicado acórdão em 20/02/2015
19/02/2015 Disponibilizado(a) acórdão no Diário da Justiça Eletrônico
11/02/2015 Rejeitados os Embargos Declaratórios
06/02/2015 Em Mesa
06/02/2015 Remetidos os Autos para Secretaria da 8a Turma para julgamento
19/01/2015 Conclusos para voto/decisão (Gabinete da Ministra Dora Maria da Costa)
16/01/2015 Conclusos para voto/decisão (Gabinete da Ministra Dora Maria da Costa)
14/01/2015 Classe Processual alterada para Embargos de Declaração - (reautuado)
17/12/2014 Petição: 316981/2014 - Embargos Declaratórios
05/12/2014 Publicado acórdão em 05/12/2014 m
04/12/2014 Disponibilizado(a) acórdão no Diário da Justiça Eletrônico
03/12/2014 Negado provimento ao Agravo
27/11/2014 Incluído em pauta o processo para o dia 03/12/2014 às 09:00.
26/11/2014 Disponibilizado(a) pauta de julgamento no Diário da Justiça Eletrônico
21/11/2014 Remetidos os Autos para Secretaria da 8a Turma para incluir em pauta
13/11/2014 Conclusos para voto/decisão (Gabinete da Ministra Dora Maria da Costa)
13/11/2014 Recebidos os autos - retorno da Procuradoria Geral do Trabalho
http://aplicacao4.tstjus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta—Co... 09/12/2015
Consulta Processual
Página 2 de 2
29/10/2014 Remetidos os Autos para Procuradoria-Geral do Trabalho para emissão de parecer
29/10/2014 Distribuído por sorteio à Exma Ministra DMC - T8 em 29/10/2014
25/10/2014
Recebidos os autos - triagem concluída
18/10/2014
Recebidos os autos para triagem
18/10/2014 Autuado
06/10/2014 Remetidos os Autos para Coordenadoria de Classificação, Autuação e Distribuição de Processos para autuar e distribuir
06/10/2014 Convertida a tramitação do processo do meio físico para o eletrônico
26/09/2014
Remetidos os Autos para Coordenadoria de Processos Eletrônicos para identificação de peças
25/09/2014 Recebidos os autos no TST
25/09/2014 Pré-Autuação
Versão: 1.0.14 12/05/2015
http://aplicacao4.tstjus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta—Co... 09/12/2015
fls. 1
204 Procev,i, twAt't2h4120125020045
1‘tleaminho os autos. 201)Citi‘e10 Si Kii11(), .+() 11 '015
RoH.:rio t'iflos di Sik
Diretor de Secretaria
preSeniC t) demandado conta dc liquidação indicando o ff, aie data da inclusão d creditos cm folha de pagamento.
a' dc inellbjtO não tenha sido cumprida no prazo de 90 dias do transito em conrine ConS101.1 expressamente da deei*ao exequenda, "vela () cu ê-lo no prazo improrrogaveJ de 30 dias. oh pena dc
majoração di multa diária para o• valor de R50(.0H. sem prejuízo da !neluslio no-, cálculos da multa devida a partir do 91" dia seguinte ao trânsito em julgado,
stIE.kio digWdnientei
FABIANO DE ALMEIDA )1.17 DO TRABAI 110
tM
PROCURADORIA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADORIA JUDICIAL
REF. OBRIGAÇÃO DE FAZER - URGENTE
INTERESSADO(S): EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA
PROCESSO: 0000926-44.2012.5.02.0045
452 VARA DO TRABALHO DA CAPITAL
Ao SAP,
Represento no sentido de ser providenciado cumprimento de
obrigação de fazer decorrente da reclamação trabalhista em epígrafe, consistente no apostilamento do direito à sexta parte sobre os vencimentos integrais, não sendo computado na sua base de cálculo o adicional por tempo de serviço, tudo nos termos da sentença transitada em julgado.
Diante do exposto, requer-se o encaminhamento do presente
expediente à Secretaria da Fazenda para elaboração da fórmula de cálculo, com a
máxima urgência possível.
Devido ao curto prazo de implementação e a multa por atraso,
solicito o encaminhamento imediato do presente processo, tendo em vista que já
houve o trânsito em julgado da sentença.
Elaborada a fórmula de cálculo, remeta-se à Secretaria
competente (SECRETARIA DA SAÚDE) para cumprimento da obrigação de fazer, com
a máxima urgência.
Cumprida a obrigação de fazer, retorne o presente expediente
a esta Procuradoria Judicial, para comprovação do atendimento à determinação
judicial.
Encaminhe-se à Secretaria da Fazenda, com prévio trânsito
pelo GPJ.
São Paulo,,, 09 de dezembro de 2015
LAÍZA ORNELAS LIMA
Procuradora do Estado
Subprocuradoria Judicial Trabalhista
Tribunal Regional do Trabalho da 23 Região / Acompanhamento Processual em 18 Instância
Acompanhamento Processual em 1a Instância
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região
Processo : São Paulo - Capital
Vara: 045 - 00009264420125020045
Distribuído em 23/04/2012
AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)
Edson Luiz da Rocha e Silva
GUILHERME ROSSI JUNIOR
Estado de São Paulo
Procedência em parte de Ação em 11/01/2013
Trâmite(s)
18/12/2015 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)
Por devolução em razão de carga/vista
Prevista: 14/12/2015 - PGE
09/12/2015 Protocolo de Petição de Manifestação sobre despacho
Número do Protocolo: 9573944
Nome: Estado de São Paulo
04/12/2015 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)
PGE-Perito/Terceiro
e (0011 )11111111, SP-SP
30/11/2015 Iniciada a liquidação
por cálculos
Em: 30/11/15
30/11/2015 Recebimento do TRT de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)
para prosseguir
24/03/2015 Trânsito em Julgado
Em: 24/03/15
17/07/2013 Recebimento -22 Inst.(SRA/DF) AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)
Enviado para 22 Inst no Lote 2013/ 86
22/06/2013 Remessa para 22 Instância de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)
Enviado para 22 Inst no Lote 2013/ 86
07/05/2013 Protocolo de Petição de Contrarrazões R.O.
Vencimento: 13/05/2013
http://aplicacoes5.trtspjus.br/consultasphp/public/index.php/primeirainstancia
Autor :
Advogado :
Réu :
Solução :
Data(s)
1/3
06/04/2016
06/04/2016 Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região / Acompanhamento Processual em 1a Instância
Fazenda do Estado de São Paulo
19/07/2012 Protocolo de Petição de Razões Finais
Número do Protocolo: 4018923
Nome: Fazenda do Estado de São Paulo
16/07/2012 Protocolo de Petição de Razões Finais
Nome: Edson Luiz da Rocha e Silva
12/07/2012 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)
Fazenda do Estado de São Paulo-Réu
e (0000 )., SAO PAULO-SP
12/07/2012 Expedição de Intimação/Citação p/ Audiência
Doc : 08208/2012 Re:1 :00001/2012 Envio: EM MÃOS
Nome: Fazenda do Estado de São Paulo
11/07/2012 Publicação de Notificação p/ Ciência Decisão
Para o(s) Autor(es) Ed.N2 2388 Sol.N2 8034
10/07/2012 Remarcação de Audiência de Julgamento
de: 08/10/2012 / 14:20 - Julgamento
para: 08/11/2012 / 14:20 - Julgamento
06/07/2012 Remarcação de Audiência de Julgamento
de: 04/10/2012 / 9:30 - Instrução
para: 08/10/2012 / 14:20 - Julgamento
06/07/2012 Remarcação de Audiência de Instrução
de: 04/09/2012 / 9:10 - Una
para: 04/10/2012 / 920 - Instrução
18/06/2012 Protocolo de Petição de Manifestação
Nome: Edson Luiz da Rocha e Silva
31/05/2012 Remarcação de Audiência Una
de: 13/03/2013 / 11:30 - Una
para: 04/09/2012 / 9:39 - Una
11/05/2012 Marcação de Audiência Una
para: 13/03/2013 / 11:30 - Una
23/04/2012 Distribuído sem marcacE.o de audiência
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'MSS Feed Privacidade 1 Mapa do sita 1 Indisponibilidade dos serviços 1 Rua da Consolação 1272 - São Paulo/SP - CEP 01302-906 PABX (11)3150-2000 - CNPJ 03.241.738/0001-39
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Gr, ;adi
Frenda
Rol de Autores - Dados Funcionais
Processo PJ :
PJF-038581-2010
Processo n° :
0000926-44.2012.5.02.0045 - 45° Vara do Trabalho
Interessado : EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA
Assunto :
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Nome EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA
Data Ingresso 12/07/1988
Data alec. RG 16413738
RS 7313378
Data de Nascimento 25/07/1960
Sexo M
CPF 6089512850
Envio PV 01
EX 01
EV Inicio Exercício 01/04/2011
Data Situação 10/10/2014
Situação EXCLUI
Cargo 3913
Cat. 6°Parte N
Quinq Jor 1
Padrão 2
Nível Secret. 9
UA 976
Orgão DSD 1
SD 142
DRA NRH
01 12/07/1988 10/10/2014 BL.COM • 3912 N N 4 1 1 D 9 976 1 142 NRH - 02 10/10/2014 10/10/2014 ATIVO, 3913 976 1 142 NRH -
Total de Autores : 1
1 06/04/2016 (Caso : 9004458)
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA
CAF/ DDPE
PROCESSO PJ/F : 38581/2010 PROCESSO N.° : 0000926-44.2012.5.02.0045- 45' VARA DO TRABALHO DA
CAPITAL/ SP INTERESSADO : EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA ASSUNTO : OBRIGAÇÃO DE FAZER
Objeto da Ação:
Concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos/proventos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem corno o recálculo da sexta-parte para que passe a incidir sobre os vencimentos integrais, não sendo computado na sua base de cálculo o adicional por tempo de serviço( quinquênio), respeitada a prescrição quinquenal.
Fórmula de Cálculo:
• Salientamos que deverá ser processada a implantação do código V/D 010.001- SEXTA PARTE, V/D 8474 -6 PARTE S/INTEGRAIS-RES.CC138/12- AJ por parte da Fazenda Estadual.
• A decisão judicial é só enquanto funcionário celetista.
• Em função do julgado deverá ser observado que os autores obtiveram êxito para auferir o recálculo da sexta-parte para que passe a incidir sobre os vencimentos integrais, não sendo computado na sua base de cálculo o adicional por tempo de serviço( quinquênio).
• Quando da Obrigação de Pagar, deverá o órgão pagador competente elaborar os cálculos à vista da situação financeira, para fazer incidir a sexta parte sobre aquelas parcelas que não sofreram essa incidência.
• O ajuizamento da ação ocorreu em 23/04/2012.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA
CAF/ DDPE/CIPJ PGE/JUDICIAL/SAP
PROCESSO PJ/F : PROCESSO N." :
INTERESSADO : ASSUNTO :
Fazer, face da ação
38581/2010 0000926-44.2012.5.02.0045- 45' VARA DO TRABALHO DA CAPITAL/SP EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Trata o presente do cumprimento da Obrigação de movida por: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA.
Juntamos às fls.58, a fórmula de cálculo para cumprimento do julgado ante a manifestação do Procurador da causa às fls.53, nos termos do Decreto n° 61.782/2016, para o cumprimento da Obrigação de Fazer.
Deverá ser observada a manifestação do Procurador Oficiante quando do cumprimento da obrigação de fazer, o prazo para retorno, assim como informe do trânsito em julgado em atendimento a Portaria do Diretor Presidente da São Paulo Previdência - SPPREV n° 25/2012 e Instrução n° 01/2002 do TCE no respectivo Processo Único de Contagem de Tempo (PUCT).
Após as providências adotadas pela Pasta em questão, deverão ser encaminhadas cópias das apostilas diretamente aos autos no Poder Judiciário, por meio de ofício com indicativo do processo, vara e encabeçante (art. 90 do referido diploma legal).
Isso posto, encaminhe-se o presente para o devido apostilamento do direito conforme Resolução Conjunta SF/PGE 03, de 04/02/2016 à Secretaria da Saúde.
DDP/CIPJ, em 06 de abril de 2016.
De acordo. Encaminhe-se à Secretaria acima. DDP/CIPJ, em 06 de abril de 2016 .
ADERVANDO ANTO TO DA S JUNIOR
Diretor Téc. de Divisão d 'Fazenda Estadual
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO
TERMO DE APENSAMENTO
Nesta data, atendendo à solicitação da CRH/GGP/Centro de
Legislação de Pessoal, apensamos ao processo n° 001/0941/038.581/2010
o processo n° 001/0001/001.996/2016.
Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.
CGA/CPEA/PROTOCOLO
28/04/2016
Joitclinità 93ettatti Diretor-
CGA/CPEA/PROTOCOLO
GGP/CLP
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL
PROCESSO N°. 001/0941/038.581/2010 (AP N°. 001/0001/001.996/2016)
INTERESSADO: EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA
ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de Recursos
Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à vista da
decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n.° 0022277-02.2010.8.26.0053
(8' Vara de Fazenda Pública - Foro Central/SP), PJ/F n.° 2010.01.038581, AP n.°
001.0001.001996/2016 que EDSON LUIZ DA ROCHA E SILVA, RG 16413738-5,
classificado no Hospital Regional "Dr. Osíris Florindo Coelho" em Ferraz de Vasconcelos,
faz jus a "concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos, na forma do artigo
129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/1989, ou a partir da data em que
completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem como
o recálculo dessa vantagem sobre os vencimentos integrais, não sendo computados na
base de cálculo o adicional por tempo de serviço e as verbas eventuais. Deverá ser
respeitada a prescrição quinquenal a contar do ajuizamento da ação que ocorreu em
23/04/2012."
CLP, em 1 de junho de 2016.
ORLANDO JlIÇERNANDES DIRETOR TÉCNICO II
JM
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
PORTARIA DA DIRETORA DE
A DIRETORA DO CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS
HUMANOS, DO GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO
INSTITUCIONAL, DA COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS, no uso
de suas atribuições legais, DECLARA, à vista da decisão judicial transitada em julgado,
constante do Processo n.° 0022277-02.2010.8.26.0053 (8' Vara de Fazenda Pública - Foro Central/SP), PJ/F n.° 2010.01.038581, AP n.° 001.0001.001996/2016 que EDSON LUIZ
DA ROCHA E SILVA, RG 16413738-5, classificado no Hospital Regional "Dr. ()siris
Florindo Coelho" em Ferraz de Vasconcelos, faz jus a "concessão da vantagem da
sexta-parte dos vencimentos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a
partir de 01/11/1989, ou a partir da data em que completou 20 (vinte) anos de efetivo
serviço público, se posterior a essa data, bem como o recálculo dessa vantagem sobre
os vencimentos integrais, não sendo computados na base de cálculo o adicional por
tempo de serviço e as verbas eventuais. Deverá ser respeitada a prescrição
quinquenal a contar do ajuizamento da ação que ocorreu em 23/04/2012".
CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS, DO
GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, aos
MÁRCIA ALVES DE BARROS Diretor Técnico 11
Mbls/1169