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Av. Franklin Roosevelt, nº. 23, 16º andar | Centro | Rio de Janeiro | RJ | Brasil | CEP: 20021-120 (55 21) 2212-3223 | [email protected] www.mezzomo.com Página | 1 EXMO. SR. DR. MIN. LUÍS ROBERTO BARROSO, MD RELATOR DO ARE 1054490 "No Brasil, antes do Código Eleitoral de 1932, não havia registro de candidatos por partidos ou grupos de eleitores, e todos os candidatos eram, a rigor, avulsos”. Walter Costa Porto Dicionário do Voto, Editora UNB, São Paulo, 2000, p. 91 Rodrigo Sobrosa Mezzomo e Rodrigo Rocha Barbosa, ambos já sobejamente qualificados nos Autos do processo identificado ao norte, vem, por intermédio de seus advogados, expor novos argumentos e reiterar p edido de T utela p rovisória (art. 932, II, do NCPC), o que fazem nos seguintes termos, a saber:

EXMO. SR. DR. MIN. LUÍS ROBERTO BARROSO, · EXMO. SR. DR. MIN. LUÍS ROBERTO BARROSO, MD RELATOR DO ARE 1054490 "No Brasil, antes do Código Eleitoral de 1932, não havia registro

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EXMO. SR. DR. MIN. LUÍS ROBERTO BARROSO,

MD RELATOR DO ARE 1054490

"No Brasil, antes do Código Eleitoral de 1932, não havia registro de candidatos por partidos

ou grupos de eleitores, e todos os candidatos eram, a rigor, avulsos”.

Walter Costa Porto

Dicionário do Voto, Editora UNB, São Paulo, 2000, p. 91

Rodrigo Sobrosa Mezzomo e Rodrigo Rocha Barbosa, ambos já sobejamente

qualificados nos Autos do processo identificado ao norte, vem, por intermédio de

seus advogados, expor novos argumentos e reiterar

pe d i d o d e Tu t e la pro v i s ór i a

( a r t . 9 3 2 , I I , d o N C P C ) ,

o que fazem nos seguintes termos, a saber:

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i –do financiamento dos pré

candidatos

“Apesar das alterações que trouxe ao Código, a Lei 48, de 4 de maio de 1935,

manteve a possibilidade do candidato avulso que só findaria com o Decreto-

Lei nº 7.586, de 28 de maio de 1945. O anteprojeto deste permitira o registro de candidatos

avulsos, mediante requerimento firmado por duzentos eleitores.

Entendera a comissão que o elaborara que a arregimentação partidária não deveria se o

resultado de imposição legal, mas o das preferências livremente manifestadas pelos eleitores.

E que não competiria à lei obrigar o eleitorado a se filiar a partidos,

mas estes é que deveriam conquista-los pelo seu programa e pela

confiança que inspirem seus diretores”

Augusto O. Gomes Castro

A Lei eleitoral comentada, Tip. Batista de Souza, Rio de Janeiro, 1945, p. 40.

Como é cediço, a partir desta terça-feira, 15 de maio de 2018, todos os pré-

candidatos podem dar início ao programa de financiamento coletivo de

campanha, conhecido como crowdfunding eleitoral.

Segundo a Lei Eleitoral nº 9504/97, é permitido aos pré-candidatos a

participação em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na

televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos

políticos.

No mesmo sentido, é facultada a realização de encontros, seminários ou

congressos, em ambiente fechado, para tratar da organização dos processos

eleitorais, discussão de políticas públicas e planos de governo, bem como

divulgar posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes

sociais e divulgar a pré-candidatura.

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Dest’arte, resta de meridiana clareza que a arrecadação prévia de recursos

na modalidade de financiamento coletivo (crownfunding eleitoral) é

fundamental para a viabilização de candidaturas.

Ademais, em campanhas curtíssimas como as atuais, de apenas 45 dias, a pré-

candidatura (pré-campanha) ganha relevo extremo, sendo momento tão ou

mais relevante que o próprio período eleitoral stricto senso. Desta feita, o

presente petitório serve para expor novos argumentos e demonstrar a

premente necessidade de deferimento da tutela provisória, cuja situação

agora se agrava, vez que os prejuízos eleitorais não são mais hipotéticos, mas

concretos a partir desta terça-feira, 15 de maio de 2018.

ii – DO FUMUS BONI IURIS

“Os partidos e agrupamentos políticos são forças de

repulsão das personalidades definidas e de esmagamento

da liberdade de pensar”.

Alberto Torres

A Organização Nacional, 1914

II.1. – DO ART. 16-A, DA LEI Nº 9504/97

Segundo o eg. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 1, quase oito mil e quinhentos

candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereador concorreram com registros

1 http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/resultados-da-eleicao-estao-sujeitos-a-mudancas-diz-tse/

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indeferidos nas eleições de 2016. Dito de outro modo, no último certame

quase nove mil pessoas puderam competir, a despeito da ausência de registro

perante a Justiça Eleitoral.

Trata-se, por certo, da conhecida figura da candidatura sub judice,

consagrada em nossa legislação no art. 16-A, da Lei nº 9504/97. É de sabença

geral que a candidatura “por conta e risco”2, é plenamente aplicada pelo

Tribunal Superior Eleitoral desde meados de 20023.

Reza o aludido dispositivo, in verbis (sem destaques no original):

“Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice

poderá efetuar todos os atos relativos à campanha

eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e

na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica

enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos

votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro

por instância superior.

***

Como dito alhures, o acenado comando normativo nada mais fez que positivar

a jurisprudência consolidada do Eg. TSE sobre o tema relativo à situação dos

candidatos com registros indeferidos antes da data da eleição, mas que

interpuseram recurso para superior instância visando à reforma da decisão.

2 Conforme leciona o Prof. Thales Tácito Cerqueira em uma de sua obra Reformas Eleitorais Comentadas. São Paulo: Saraiva: 2010. 3 MS 3.100, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; CTA 786, Rel. Min. Fernando Neves; INST 55, Rel. Min. Fernando Neves.

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Óbvio é que o citado dispositivo, quando menciona a candidato sub judice, se

referiu àqueles com “registro indeferido”, vez que a legislação dispõe que a

validade dos votos para os candidatos nesta situação “fica condicionada ao

deferimento de seu registro por instância superior”.

Assim sendo, é lógico que se a validade dos votos está condicionada ao futuro

deferimento do registro por instância recursal, se está falando de um candidato

que pode ser votado, malgrado não possua registro.

A propósito, todo o conteúdo da norma em comento só faz sentido ao se

conceber tratar-se de candidato SEM registro, já que ao candidato COM

registro, ainda que por decisão sem trânsito em julgado, já é garantido o direito

de efetuar todos os atos de campanha.

Dito de outro modo, candidato sub judice é todo e qualquer

candidato que por qualquer razão – seja por ausência de condições

de elegibilidade, seja por existirem causas de inelegibilidade – teve

seu registro indeferido e, por força da interposição de recurso,

ainda não ocorreu o trânsito em julgado de seu pedido.

Neste sentido é o verbo de Thales Tácito Cerqueira, a saber:

“(...) [a lei ] em seu artigo 16-A, cria a possibilidade de um

candidato concorrer mesmo que seu registro esteja sub

judice, ou seja, sem decisão final favorável do TSE. Ele

poderá fazer campanha normalmente enquanto estiver nessa

condição, inclusive no rádio e na TV. Trata-se da adoção da

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teoria da conta e risco, aplicada pelo TSE em várias

eleições, (...)”4

Tácito Cerqueira complementa seu posicionamento agregando as seguintes

ponderações, a saber:

“(...) Assim, caso a decisão não tenha sido apreciada pelo

TSE, em sede de embargos de declaração em REsp, até a eleição,

seu nome também deverá figurar na urna eletrônica.

Todavia, os votos recebidos por ele só serão válidos se o pedido de

registro for aceito definitivamente pelo TSE, o que se denominou

de “teoria dos votos engavetados (...)”.

A jurisprudência aponta, de modo uníssono, pela inviabilidade de

cancelamento imediato de candidatura, id est, ao negar o registro de

candidatura, deve o Judiciário assegurar que o candidato possa prosseguir

em campanha até final julgamento, conforme lhe assegura expressamente o

comando legal.

Neste sentido, vejamos o julgado do TSE, o qual é representativo da

controvérsia:

“MANDADO DE SEGURANÇA. INDEFERIMENTO DE

REGISTRO. REALIZAÇÃO DE ATOS DE CAMPANHA.

4 Cerqueira, Thales Tácito. Direito Eleitoral Esquematizado, Saraiva, 2015. 5º edição, p. 258.

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1. O art. 45 da Res.-TSE n° 23.373 - que reproduz o teor do ART. 16-

A DA LEI N° 9.504197 - expressamente estabelece que o

candidato cujo registro esteja sub judice PODERÁ EFETUAR

TODOS OS ATOS RELATIVOS À CAMPANHA ELEITORAL,

inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão

e ter o seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob

essa condição.

2. Não se pode - com base na nova redação do art. 15 da Lei

Complementar n° 64190, dada pela Lei Complementar n°

13512010 - concluir pela possibilidade de cancelamento

imediato da candidatura, com a proibição de realização de

todos os atos de propaganda eleitoral, em virtude de

decisão por órgão colegiado no processo de registro,

sobretudo porque, caso sejam adotadas tais medidas,

evidentemente as candidaturas estarão inviabilizadas, quer

em decorrência do MANIFESTO PREJUÍZO À CAMPANHA

ELEITORAL, quer pela RETIRADA DO NOME DO CANDIDATO

DA URNA ELETRÔNICA. Agravo regimental não provido.”

(Ac.-TSE, de 25.9.2012, no AgR-MS nº 88673, rel. Min Arnaldo

Versiani)

***

No corpo do voto do v. acórdão verifica-se o seguinte:

(...) De outra parte, não há como acolher a tese de que se

possa, de imediato, obstar a candidatura, à vista da

possibilidade de interposição de recurso na via

extraordinária. (...)

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Se, por um lado, as disposições da LC n° 135/2010 visaram a

proteger a probidade administrativa, a moralidade para o

exercício do mandato - considerada a vida pregressa do candidato

- e a normalidade e legitimidade das eleições contra o abuso do

poder político e econômico, conforme disposto no art. 14, § 9º , da

Constituição Federal, não menos certo é que se deve, também,

dar primazia à elegibilidade de cidadãos, assegurando-se

direitos políticos igualmente previstos no texto

constitucional.

Assim, a discussão sobre a viabilidade de candidatura deve

observar o devido processo legal, não se podendo adotar

soluções drásticas que impliquem em afronta a direito dos

candidatos, partidos e coligações.

POR ESSA RAZÃO É QUE HÁ MUITO A JURISPRUDÊNCIA

DESTE TRIBUNAL ADMITE QUE O CANDIDATO POSSA

RECORRER, POR SUA CONTA E RISCO, NO PROCESSO DE

REGISTRO, O QUE PASSOU A SER, INCLUSIVE, OBJETO DE

PREVISÃO NAS PRÓPRIAS RESOLUÇÕES EDITADAS PARA

AS ELEIÇÕES, INCLUSIVE PARA AS DE 2012 (ART. 45 DA

RES.-TSE NO 23.373). ADEMAIS, ESSA SOLUÇÃO FOI

INCORPORADA PELA LEI N° 12.0341/2009, AO INSERIR O

ART. 16-A NA LEI N° 9.504/97.

(...) O que não se pode é negar-lhe o direito de

prosseguir na campanha eleitoral, cuja eventual medida

proibitiva implicará fragrante e irreparável prejuízo.

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Pelo exposto, mantenho a decisão agravada, por seus próprios

fundamentos, e nego provimento ao agravo regimental.”

***

II.2. – DO CASO IN CONCRETO

A despeito da obviedade, é forçoso reafirmarmos como premissa do

pensamento que a questão das candidaturas independentes dos ora

Requerentes está posta sub judice.

No mesmo sentido, é manifesto que o pleito sub examem comporta pedido

para que, enquanto não julgado o mérito do Recurso Extraordinário Eleitoral,

seja deferido o registro de candidatura para eleições subsequentes, o que inclui

o pleito de 2018.

Assim sendo, deve a Suprema Corte assegurar aos Recorrentes

ampla possibilidade de participação no pleito de 2018, e isso inclui

a obtenção do CNPJ para abertura de conta corrente e

movimentação financeira eleitoral, bem como a inseminação dos

nomes e números nas urnas eletrônicas.

Em conclusão, temos que, em face do mencionado art. 16-A, o candidato com

registro indeferido (pendente qualquer recurso de efeito meramente

devolutivo) segue com os mesmos direitos do candidato que teve seu registro

deferido.

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II.3 – DA PRÉ-CANDIDATURA

Se, por força dos comandos insculpidos no aludido artigo 16-A é possível a

existência de candidaturas sub judice, por decorrência da lógica e jurídica, certo

é a possiblidade de pré-candidaturas sub judice, com ainda mais razão, pois

trata-se de decorrência lógica: É antiga a máxima de que “in eo quod plus est

semper inest et minus” (quem pode o mais, pode o menos)

Negar aos Recorrentes o direito de fazer arrecadação prévia de recursos na

modalidade de financiamento coletivo (crownfunding eleitoral) é, a um só

tempo, negar a lei, a democracia, a liberdade e a cidadania. Impedir os

requerentes de tomarem as providências necessárias para agilização do

financiamento coletivo (crownfunding eleitoral) equivale a inviabilizar a futura

candidatura dos Recorrentes.

III –DO PERICULUM IN MORA

“Esta é, afinal, a verdadeira realidade dos partidos políticos em

nossa terra. Qualquer espírito, liberto da sugestão das frases feitas e

com o hábito e a capacidade de raciocinar sobre realidades, todas as vezes

que meditar sobre a natureza e a vida dos nossos partidos, há de chegar

a esta conclusão: de que eles não passam de simples clãs, mais ou

menos organizados e mais ou menos vastos, que disputam pela

conquista do poder, para o fim exclusivo de explorar, em

proveito dos seus membros, burocraticamente, o país”.

Oliveira Viana

O Idealismo na Constituição, 1939

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É de solar evidencia a urgência da situação a ser protegida, o que se afere pela

mera constatação de que os pré-candidatos já podem, a partir desta terça-

feira, 15 de maio de 2018, iniciar a captação de recursos via financiamento

coletivo (crowdfunding eleitoral).

Assim sendo, trata-se de situação na qual, a permanecerem os Requerentes a

descoberto, sem qualquer proteção, amparo ou abrigo cautelar por parte do

douto Relator, certamente serão os mesmos novamente agredidos em seus

direitos políticos e humanos, pois não poderão participar do processo eleitoral

de 2018, sendo uma vez mais ceifada a chance de comparecimento à ágora

política. Sem guarida, certamente os Requerentes perecerão vítimas do

corroído e desacreditado sistema partidário brasileiro. Sem arrimo ou

assistência cautelar, prevalecerá o oligopólio de caciques e clãs políticos. É

triste dizer, mas triunfará no Brasil – mais uma vez – o cartel da ditadura

partidária.

V – DOS PEDIDOS

“[...] não existe em nosso País – e essa é uma das minhas maiores

preocupações, como estudioso do Direito Constitucional – não existe em

nosso País, repito, nenhum Partido isento de vício e de abuso no

exercício da sua específica função de congregar as correntes da opinião

nacional”.

Afonso Arinos de Melo Franco

Estudos e Discursos, 1959

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Ex positis, reiteram os Recorrentes os termos da tutela antecipada

anteriormente formulada, bem requerem agora que, enquanto não julgado o

mérito o Recurso Extraordinário Eleitoral, seja deferido aos requerentes

Rodrigo Sobrosa Mezzomo e Rodrigo Rocha Barbosa a possibilidade de

realização de captação de financiamento coletivo (crownfunding eleitoral),

oficiando-se ao TSE e demais órgão competentes o que for de direito para

implementação de tal medida.

N. Termos,

P. Deferimento.

Rio de Janeiro, 17 de maio de 2018.

Rodrigo Sobrosa Mezzomo

OAB/RJ nº 77.671

Adriano Sobrosa Mezzomo

OAB/RJ nº 69.551