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EXPEDIÇÕES TEMPORADA 2018 FORA DE SÉRIE 1 ITÁLIA

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Ministério da Cultura,Governo de Minas Gerais eAliança Energia apresentam

PROG

RAM

A

FABIO MECHETTI, regenteRENATA XAVIER, flautaJONATAS BUENO, clarineteANDREW HUNTRISS, fagoteEVGUENI GERASSIMOV, trompa

FORA DE SÉRIE • ITÁLIA

GIOACHINO ROSSINIQuarteto de sopros nº 1 em Fá maior

GIOACHINO ROSSINISerenata per piccolo complesso

OTTORINO RESPIGHIRossiniana• Capri e Taormina (Barcarola e Siciliana)

• Lamento

• Intermezzo

• Tarantella “Puro sangue”

INTERVALO

GIACOMO PUCCINICapricho Sinfônico

GIUSEPPE VERDIA força do destino: Abertura

17 DE MARÇO

Renata XavierJonatas Bueno

Andrew HuntrissEvgueni Gerassimov

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FOTO

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IELA

PAO

LIEL

LO

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apresentamos um pouco do seu trabalho camerístico e também uma das mais charmosas peças escritas por ele.

A alegria italiana continua a ser explorada por Respighi, em seu tributo ao compositor de Pesaro, e na dramaticidade da música de Puccini e Verdi.

Com certeza, esse programa nos faz sentir presentes na Itália, bem aqui, no coração de Belo Horizonte.

Bom concerto.

Ao longo do ano, a Filarmônica nos levará a vários recantos do mundo, focalizando a música e a cultura dessas regiões através de seus compositores mais importantes.

Nosso primeiro destino é a Itália, onde a música une a alegria de um povo vibrante e a paixão claramente expressa nas óperas de compositores que praticamente definiram o gênero.

Continuando a celebração dos 150 anos da morte de Rossini,

CAROS amigos e amigas

FABIO MECHETTI

FOTO

: DAN

IELA

PAO

LIEL

LO

FABIO MECHETTI diretor artístico e

regente titular

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane,

da qual hoje é Regente Emérito. Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escandinávia, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

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Renata iniciou seus estudos aos

sete anos de idade no Conservatório

Estadual de Música Juscelino

Kubitschek de Oliveira, em sua cidade

natal, Pouso Alegre, interior de Minas.

Em 1999, ingressou no Instituto de

Artes da Universidade Estadual Paulista

(Unesp), concluindo seu bacharelado

em 2002 sob orientação de Jean

Noel Saghaard. Em sua formação, ela

também foi aluna de Rogério Wolf.

Renata participou dos principais

festivais de música do país, entre eles

Jonatas Bueno nasceu em São Paulo,

cidade onde iniciou seus estudos com

o professor Rafael Galhardo na Escola de

Música do Estado de São Paulo (Emesp

Tom Jobim). Lá também foi aluno de

Edmilson Nery, Luis Afonso Montanha

e Gustavo Barbosa Lima. Graduou-se

em Clarinete pela Universidade Estadual

Paulista (Unesp), sob orientação do

professor Sérgio Burgani. O clarinetista

participou de masterclasses com Wenzel

Fuchs, Christoph Muller, Michael Gurfinkel,

Ovanir Buosi e Cristiano Alves.

Jonatas venceu as edições 2010 e

2011 do concurso Jovens Solistas da

o de Campos do Jordão, São Paulo, a Oficina de Música de

Curitiba, Paraná, e o Festival Música nas Montanhas, em

Poços de Caldas, Minas Gerais.

Como musicista convidada, apresentou-se junto às orquestras

sinfônicas de São José dos Campos, de Rio Claro e de

Santos. Integrou grupos brasileiros, como a Banda Sinfônica

Jovem do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfônica Jovem

do Estado de São Paulo, a Orquestra Jovem de Guarulhos,

a Sinfônica Heliópolis, a Banda Sinfônica de Cubatão e a

Orquestra Sinfônica da USP (Universidade de São Paulo).

Renata Xavier é Flauta Principal Assistente da Orquestra

Filarmônica de Minas Gerais desde a sua fundação, em 2008.

Orquestra Sinfônica Jovem de Guarulhos e a edição 2009

do Jovens Solistas da Banda Sinfônica Jovem do Estado

de São Paulo. Em 2012, ganhou o primeiro lugar na

categoria Música de Câmara no concurso Pré-Estreia da

TV Cultura, com o Quarteto Nó na Madeira. Com o grupo,

apresentou-se como solista em concerto da Orquestra

Jovem Tom Jobim, interpretando obras de Léa Freire com

arranjo de Luca Raele.

Jonatas integrou a Banda Sinfônica Jovem do Estado de

São Paulo, a Orquestra Sinfônica Jovem de Guarulhos, a

Orquestra Jovem Tom Jobim e a Orquestra de Câmara da

USP (Universidade de São Paulo).

Em 2013 Jonatas Bueno juntou-se à Orquestra Filarmônica

de Minas Gerais como seu Clarinete Principal Assistente.

RENATA XAVIER

JONATAS BUENO

Andrew Huntriss, Jonatas Bueno, Renata Xavier e Evgueni Gerassimov

FOTO

ALE

XAND

RE R

EZEN

DE

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GIOACHINO ROSSINIPesaro, Itália, 1792 – Paris, França, 1868

Quarteto de sopros nº 1 em Fá maior1804 — 11 min

Arranjo por Friedrich Berr em 1825/1826Flauta, clarinete, fagote, trompa.

Editora: Schott

GIOACHINO ROSSINIPesaro, Itália, 1792 – Paris, França, 1868

Serenata per piccolo complesso1823 — 8 min

Flauta, oboé, corne inglês, cordas.Editora: Quaderni Rossiniani

OTTORINO RESPIGHIBolonha, Itália, 1879 – Roma, Itália, 1936

Rossiniana1925 — 25 min

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas,

3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, celesta, harpa, cordas.

Editora: D. RahterRepresentante: Boosey & Hawkes

GIACOMO PUCCINI Lucca, Itália, 1858 – Bruxelas, Bélgica, 1924

Capricho Sinfônico1883 — 16 min

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes,

3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

Editora: Theodor Presser

GIUSEPPE VERDIRoncole, Itália, 1813 – Milão, Itália, 1901

A força do destino: Abertura1861 — 8 min

Piccolo, flauta, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes,

3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, cordas.

Editora: Ricordi

A despeito da cronologia, Rossini não é

exatamente um romântico. Mas sem ele não

haveria Verdi ou Puccini. Nascido na última

década do século XVIII, um ano após a

morte de Mozart e no ano da deposição de Luís XVI pela

Revolução Francesa, ele representa, na verdade, o apogeu

da ópera clássica italiana. Mas ele não ignora as conquistas

expressivas do século XIX, e sua música, apesar de pouco

ousada para a época, traz inovações significativas que se

tornaram patrimônio da ópera. Assim, se os Davidsbündler

de Schumann se alinham ideologicamente com Goethe e

Byron, Rossini se alinha muito mais com Balzac e Stendhal,

que, aliás, foi um de seus biógrafos.

Ademais, Rossini nunca teve interesse, disposição ou tempo

para se dedicar aos debates intelectuais ou revolucionários.

Sua capacidade de criação era prodigiosa: quando

O barbeiro de Sevilha estreou em Roma, em 1816,

Rossini não era o maior compositor de óperas da Itália:

era o único! Seus compatriotas ou já se haviam aposentado,

ou trabalhavam fora da Itália, ou dedicavam-se ao ensino.

Daí a conta espantosa de trinta e nove óperas, numerosas

obras religiosas, cantatas e obras vocais esparsas, e outras

tantas obras sinfônicas, de câmara ou para piano.

As Sei Sonate a Quattro de Rossini foram compostas por

um jovenzinho de doze anos em 1804 e publicadas somente

entre 1825 e 1826. Escritas originalmente para quarteto

de cordas, muitas versões foram feitas dessas obras, a

começar da versão para orquestra de cordas. A versão para

quarteto de sopros mais comumente executada é a realizada

pelo clarinetista Friedrich Berr, contemporâneo de Rossini,

com quem ele teve contato em junho de 1825, em Paris.

Tanto o primeiro desses quartetos quanto a Serenata para

Pequeno Conjunto (per Piccolo Complesso), composta em

1823, mostram um Rossini fora do teatro de ópera, mas

ainda brilhante melodista e plenamente capaz de dominar

a linguagem instrumental. É claro, porém, que a linguagem

operística não deixa de estar presente, e na Serenata ouvem-

Andrew Huntriss nasceu em Glasgow,

Escócia, onde seu interesse por música

foi incentivado pelo Mestre do Coral

da igreja local e por seus pais, ambos

músicos de orquestra. Depois de se formar

como corista aos oito anos, recebeu aulas

de piano, teoria musical e canto; começou

a ter lições de fagote aos doze.

Tocou na Orquestra da Juventude de

Edimburgo e na Orquestra Nacional

da Juventude da Escócia. Com elas

apresentou-se no BBC Proms, no Royal

Albert Hall, e fez turnês pela Europa.

Estudou Música e Filosofia na

Universidade de Birmingham,

graduando-se com honra. Obteve mestrado em Performance

pela Guildhall School of Music and Drama, sob orientação de

fagotistas da Sinfônica da BBC e da Philharmonia Orchestra.

Foi fagote principal na Orquestra do Norte, Portugal, e juntou-se

à Filarmônica de Londres como parte de seu programa de

estágio. Trabalhou ainda com a Sinfônica de Bournemouth, a RTE

Sinfônica Nacional da Irlanda, o Balé Nacional Inglês, a Sinfônica

de Londres e a Filarmônica Real. Na música de câmara, Andrew

participou de vários grupos no Reino Unido. Interpretou obras

de Zeleka, Poulenc e Stravinsky, esteve no Festival Hall e

realizou turnê com seu quinteto de sopros por igrejas inglesas.

Tocou com orquestras de câmara como a Camerata de Londres,

Solistas de Londres e, no Brasil, as orquestras Ouro Preto e

Sesiminas. Participa do álbum Derivasons, música de câmara

contemporânea, em obra do compositor brasileiro Luís Friche.

Andrew é fagotista na Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

desde 2011.

ANDREW HUNTRISS

Evgueni Gerassimov nasceu na Bielorrússia

e é naturalizado brasileiro. Aos oitos anos

deu início aos seus estudos musicais

em piano na Escola Estadual de Minsk,

em seu país natal. Aos quatorze, entrou

para o Colégio Estadual de Música em

Minsk, onde então começou a se dedicar

à trompa. Entre 1991 e 1996, estudou

na Academia Estadual de Música em

Minsk, época em que passou a integrar

a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional

de Ópera e Balé da mesma cidade.

Como convidado, Evgueni se apresentou

com a Filarmônica Nacional da

Bielorrússia, a Orquestra Nacional de

Rádio e TV, Orquestra Nacional de Câmara e Orquestra Klassik-

Avangard. Entre 1993 e 1997, fez várias turnês pela Europa

e participou dos festivais Rugen Oper e Shlezvig-Holstain, na

Alemanha, e o Yehudi Menuhin, na Suíça. Antes de se juntar

à Filarmônica, em 2008, Evgueni vivia em Manaus, onde

integrou a Orquestra Amazonas Filarmônica por onze anos e

participou do Festival Amazonas de Ópera de 1996 a 2007.

Na música de câmara, Evgueni participou de diversos grupos

de sopros e metais. Na Bielorrússia, foi membro do Quinteto

de Sopros do Teatro Bolshoi de Ópera e Balé entre 1993

e 1997. Em Flensburgo, Alemanha, integrou o Quinteto de

Sopros do Festival Schleswig-Holstein em 1995 e 1996.

Entre 1998 e 2007, em Manaus, Brasil, foi membro do

Quinteto de Sopros da Orquestra Filarmônica do Amazonas.

Já em Belo Horizonte, integrou o quarteto de trompas BH Horns

entre 2008 e 2011 e é membro do Quinteto de Metais da

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde a sua formação.

EVGUENI GERASSIMOV

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OUVIR, ASSISTIR E LERpara

Lauro Machado Coelho – A ópera clássica

italiana – Perspectiva – 2003

J. Merrill Knapp – The magic of opera –

Da Capo Press, 1972/Harper & Row, 1984

GIOACHINO ROSSINI

CD Gioacchino Rossini – Sonatas for

Wind Quartet – Michael Thompson, trompa

– Jonathan Snowden, flauta – Robert Hill,

clarinete – John Price, fagote – Naxos –

1996/2002

CD Rossini – Musica da camera –

Polimnia Ensemble – Musikstrasse – 2016

OTTORINO RESPIGHI

CD Respighi – Church Windows;

Brazilian Impressions; Rossiniana – Buffalo

Philharmonic Orchestra – JoAnn Falletta –

Naxos 8557711

GIACOMO PUCCINI

CD Puccini – Messa di Gloria; Preludio

Sinfonico; Capriccio Sinfonico – Orquestra

Sinfônica da Rádio de Montecarlo – Claudio

Scimone, regente – Erato, 1993/Apex, 2017

GIUSEPPE VERDI

CD Verdi – Requiem; La forza del destino

Overture – Orquestra e Coro Philharmonia –

Carlo Maria Giulini, regente – BBC Legends

– 2004

New York Philharmonic – Alan Gilbert,

regente | Acesse: fil.mg/vdestinony

Berliner Philharmoniker – Herbert von

Karajan, regente | Acesse: fil.mg/vdestinob

se reminiscências de Semiramide,

composta no mesmo período.

Depois de se retirar do cenário

operístico, Rossini dedicou-se a

compor, despretensiosamente,

pequenas peças para piano. Disso

surgiram quatorze tomos que ele

intitulou Péchés de Vieillesse

(Pecados da Velhice). Baseado nessas

peças é que Ottorino Respighi volta

duas vezes seu olhar para Rossini.

Na primeira, em 1919, ele compõe

um balé (La Boutique Fantasque).

Na segunda, em 1925, ele compõe

uma suíte orquestral, baseada em

quatro peças do décimo segundo tomo,

intitulado Quelques Riens (“Coisas

à Toa”): Rossiniana. Mais ou menos

como nas suas Antiche Danze et Arie

per Liuto (Danças e Árias Antigas

para Alaúde), Respighi realiza, tanto

no balé quanto na suíte, uma espécie

de transcrição livre, que denota não

apenas respeito pelas obras originais,

mas uma intervenção intencional do

próprio Respighi, na orquestração, na

seleção e organização dos movimentos.

A ascendência de Rossini sobre

Puccini e Verdi é bem mais discreta,

mas indelével: pode-se dizer que

ambos herdaram de Rossini a tática

do pressentimento dramático, do qual

a Abertura de A força do destino e o

segundo ato da Tosca são paradigmas.

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor

em Literaturas de Língua Portuguesa, professor

da Universidade do Estado de Minas Gerais e

da Fundação de Educação Artística.

O Capricho Sinfônico de Puccini,

porém, é uma obra de juventude.

Apresentado ao Conservatório de Milão

em 1883 (ano de sua composição

e estreia) como trabalho final de seus

estudos, nele já se revela o grande

elaborador sinfônico da Tosca, de

La Bohème e de Madame Butterfly,

mas ainda não se mostra o arrojado

criador de Turandot.

De Verdi deve-se dizer pouco,

porque sua música fala muito:

três notas repetidas nos metais.

Pausa dramática. As mesmas três

notas de novo repetidas nos metais.

Outra pausa dramática... E então

uma turbulenta melodia nas cordas.

Na seção central da obra, um coral

de metais sobre o qual as cordas

fazem inquietantes intervenções.

É impossível ficar indiferente à

Abertura de A força do destino,

ópera concluída em 1861 e estreada

em São Petersburgo, em 1862.

Verdi consegue ser popular sem

vulgaridade, acessível sem demagogia

e emocionante sem pieguice. É,

sem dúvida, o ápice de uma tradição

que começa com Monteverdi e que

ainda se mantém.

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Instituto Cultural Filarmônica

Conselho Administrativo

PRESIDENTE EMÉRITO

Jacques Schwartzman

PRESIDENTE

Roberto Mário Soares

CONSELHEIROS

Angela Gutierrez

Arquimedes Brandão

Berenice Menegale

Bruno Volpini

Celina Szrvinsk

Fernando de Almeida

Ítalo Gaetani

Marco Antônio Pepino

Marco Antônio Soares da

Cunha Castello Branco

Mauricio Freire

Octávio Elísio

Paulo Brant

Sérgio Pena

Diretoria Executiva

DIRETOR PRESIDENTE

Diomar Silveira

DIRETOR ADMINISTRATIVO-

FINANCEIRO

Estêvão Fiuza

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO

Jacqueline Guimarães Ferreira

DIRETORA DE MARKETING

E PROJETOS

Zilka Caribé

DIRETOR DE OPERAÇÕES

Ivar Siewers

Equipe Técnica

GERENTE DE COMUNICAÇÃO

Merrina Godinho Delgado

GERENTE DE

PRODUÇÃO MUSICAL

Claudia da Silva Guimarães

ASSESSORA DE

PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Gabriela de Souza

PRODUTORES

Luis Otávio Rezende

Narren Felipe

ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO

Marciana Toledo

Mariana Garcia

Renata Gibson

Renata Romeiro

ANALISTA DE MARKETING

DE RELACIONAMENTO

Mônica Moreira

ANALISTAS DE

MARKETING E PROJETOS

Itamara Kelly

Mariana Theodorica

ASSISTENTE DE MARKETING

DE RELACIONAMENTO

Eularino Pereira

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Rildo Lopez

AUXILIARES DE PRODUÇÃO

André Barbosa

Jeferson Silva

Equipe Administrativa

GERENTE ADMINISTRATIVO-

FINANCEIRA

Ana Lúcia Carvalho

GERENTE DE

RECURSOS HUMANOS

Quézia Macedo Silva

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

João Paulo de Oliveira

Paulo Baraldi

ANALISTA CONTÁBIL

Graziela Coelho

SECRETÁRIA EXECUTIVA

Flaviana Mendes

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

Cristiane Reis

ASSISTENTE DE

RECURSOS HUMANOS

Vivian Figueiredo

RECEPCIONISTA

Meire Gonçalves

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Pedro Almeida

AUXILIARES DE

SERVIÇOS GERAIS

Ailda Conceição

Rose Mary de Castro

MENSAGEIROS Bruno Rodrigues

Douglas Conrado

JOVEM APRENDIZ Geovana Benicio

Sala Minas Gerais

GERENTE DE

INFRAESTRUTURA

Renato Bretas

GERENTE DE OPERAÇÕES

Jorge Correia

TÉCNICOS DE ÁUDIO

E DE ILUMINAÇÃO

Pedro Vianna

Rafael Franca

ASSISTENTE OPERACIONAL

Rodrigo Brandão

FORA DE SÉRIE

Itália março 2017

COORDENADORA

DA EDIÇÃO Merrina

Godinho Delgado

EDIÇÃO DE TEXTO

Berenice Menegale

GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

João Batista Miguel

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti

REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

* PRINCIPAL ** PRINCIPAL ASSOCIADO *** PRINCIPAL ASSISTENTE **** PRINCIPAL ASSISTENTE SUBSTITUTA *****MUSICISTA CONVIDADO

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla

Rommel Fernandes – Spalla

associado

Ara Harutyunyan –

Spalla assistente

Ana Paula Schmidt

Ana Zivkovic

Arthur Vieira Terto

Bojana Pantovic

Dante Bertolino

Joanna Bello

Luka Milanovic

Roberta Arruda

Rodrigo Bustamante

Rodrigo M. Braga

Rodrigo de Oliveira

SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer *

Hyu-Kyung Jung ****

Gideôni Loamir

Jovana Trifunovic

Martha de Moura Pacífico

Matheus Braga

Radmila Bocev

Rodolfo Toffolo

Tiago Ellwanger

Valentina Gostilovitch

VIOLAS

João Carlos Ferreira *

Roberto Papi ***

Flávia Motta

Gerry Varona

Gilberto Paganini

Katarzyna Druzd

Luciano Gatelli

Marcelo Nébias

Nathan Medina

VIOLONCELOS

Philip Hansen *

Robson Fonseca ***

Camila Pacífico

Camilla Ribeiro

Eduardo Swerts

Emília Neves

Lina Radovanovic

Lucas Barros

William Neres

CONTRABAIXOS

Nilson Bellotto *

André Geiger ***

Marcelo Cunha

Marcos Lemes

Pablo Guiñez

Rossini Parucci

Walace Mariano

FLAUTAS

Cássia Lima*

Renata Xavier ***

Alexandre Braga

Elena Suchkova

OBOÉS

Alexandre Barros *

Públio Silva ***

Israel Muniz

Moisés Pena

CLARINETES

Marcus Julius Lander *

Jonatas Bueno ***

Ney Franco

Alexandre Silva

FAGOTES

Catherine Carignan *

Victor Morais***

Andrew Huntriss

Francisco Silva

TROMPAS

Alma Maria Liebrecht *

Evgueni Gerassimov ***

Gustavo Garcia Trindade

José Francisco dos Santos

Lucas Filho

Fabio Ogata

TROMPETES

Marlon Humphreys *

Érico Fonseca **

Daniel Leal ***

Tássio Furtado

TROMBONES

Mark John Mulley *

Diego Ribeiro **

Wagner Mayer ***

Renato Lisboa

TUBA

Eleilton Cruz *

TÍMPANOS

Patricio Hernández Pradenas *

PERCUSSÃO

Rafael Alberto *

Daniel Lemos ***

Sérgio Aluotto

Werner Silveira

HARPA

Cleménce Boinot *

TECLADOS

Ayumi Shigeta *

Wagner Sander *****

GERENTE

Jussan Fernandes

INSPETORA

Karolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

Débora Vieira

ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi

ASSISTENTES

Claudio Starlino

Jônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro

MONTADORES

Hélio Sardinha

Klênio Carvalho

Risbleiz Aguiar

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NO CONCERTO...

RUA PIUM-Í, 229 - CRUZEIRO RUA JUIZ DE FORA, 1.257 - SANTO AGOSTINHO

Nos dias de concerto, apresente seu

ingresso em um dos restaurantes

parceiros e obtenha descontos especiais.

AGENDA

Seja pontual.Cuide da Sala Minas Gerais.

Desligue o celular (som e luz).

Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.

Traga seu ingresso ou cartão de assinante. Não coma ou beba.

Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.

Faça silêncio e evite tossir.

março / 2018

DIAS 1 E 2, 20h30 — ALLEGRO E VIVACEBerlioz / Chopin / Prokofiev

DIAS 8 E 9, 20h30 — PRESTO E VELOCERossini / Rodrigo / Guarnieri

DIA 11, 11h — JUVENTUDEFernandez / Tchaikovsky / Gounod / Copland / Britten

DIA 17, 18h — FORA DE SÉRIE / ITÁLIARossini / Respighi / Puccini / Verdi

DIAS 22 E 23, 20h30 — ALLEGRO E VIVACERimsky-Korsakov / Stravinsky / Tchaikovsky

Se puder, devolva seu programa de concerto.

Evite trazer crianças abaixo de 8 anos.

CUIDE BEM DO SEU PROGRAMAAlém disso, se não for guardá-lo, devolva-o na saída da Sala Minas Gerais. Assim, ele poderá ser reciclado. A Filarmônica e a natureza agradecem.

FOTO

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XAN

DRE

REZ

END

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SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG

(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030

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DIVULGAÇÃO

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