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Grandes Opções do Plano 2009 I) GRANDES OBJECTIVOS DE POLÍTICA DE SEGURANÇA INTERNA 1. Desenvolvimento do Sistema Integrado de Segurança Interna (SISI), com articulação através do Secretário- Geral do SISI de forma a projectar as capacidades operacionais existentes, de forma planeada, em torno do princípio de que a liberdade é indissociável da segurança dos cidadãos. 2. Projectar em Portugal, de forma coordenada com os nossos parceiros europeus, as políticas comuns no âmbito dos assuntos internos, atendendo aos aspectos próprios atinentes à nossa situação geográfica e às nossas relações com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa. 3. Reformular o sistema de forças e serviços de segurança, bem como os serviços de protecção civil articulando-os, melhorando a coordenação e a utilização de meios partilhados e fomentando a participação das autarquias locais e da sociedade civil. 4. Dar corpo a uma política comum de imigração, que responda às nossas relações especiais com os países da comunidade de povos e países de língua portuguesa, 1

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Grandes Opções do Plano 2009

I) GRANDES OBJECTIVOS DE POLÍTICA DE SEGURANÇA INTERNA

1. Desenvolvimento do Sistema Integrado de Segurança Interna (SISI),

com articulação através do Secretário-Geral do SISI de forma a

projectar as capacidades operacionais existentes, de forma planeada,

em torno do princípio de que a liberdade é indissociável da segurança

dos cidadãos.

2. Projectar em Portugal, de forma coordenada com os nossos parceiros

europeus, as políticas comuns no âmbito dos assuntos internos,

atendendo aos aspectos próprios atinentes à nossa situação geográfica

e às nossas relações com a Comunidade de Países de Língua

Portuguesa.

3. Reformular o sistema de forças e serviços de segurança, bem como os

serviços de protecção civil articulando-os, melhorando a coordenação e

a utilização de meios partilhados e fomentando a participação das

autarquias locais e da sociedade civil.

4. Dar corpo a uma política comum de imigração, que responda às nossas

relações especiais com os países da comunidade de povos e países de

língua portuguesa, modernizando os serviços e a eficácia operacional do

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), assegurando-se a

celeridade no tratamento administrativo dos processos e a melhoria da

capacidade de intervenção do SEF, na gestão mais eficaz dos fluxos

migratórios em todas as suas fases.

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Grandes Opções de Política para 2008. Principais linhas de acção

I) GRANDES OBJECTIVOS DE POLÍTICA DE SEGURANÇA INTERNA

PROGRAMAS E ACÇÕES A DESENVOLVER

1. Incremento da capacidade coordenadora integrada no âmbito do sistema de segurança e realização de projectos de segurança com natureza transversal, designadamente através do Secretário-Geral do SISI, em substituição do Gabinete Coordenador de Segurança;

- Articulação mais eficaz do Sistema de Segurança Interna com os Sistemas

de Defesa Nacional e de Protecção e Socorro;

- Alterar a actual sobreposição de meios da GNR e da PSP no tocante ao

exercício de certas missões, incluindo o dispositivo territorial, articulando de

forma coerente as áreas de responsabilidade.

2. Racionalização das competências e Reorganização do dispositivo territorial das forças de segurança

- Prosseguir o processo da reforma da GNR e da PSP tendo em vista a sua adequada articulação, a racionalização dos seus recursos e assegurando a continuidade territorial quanto ás áreas de intervenção.

- Executar as alterações orgânicas na GNR e na PSP, que incluem a afectação de militares e agentes a funções operacionais e recrutamento de pessoal civil no âmbito do PRACE para funções de apoio, a reformulação das novas estruturas organizacionais, a nível do comando e da direcção, e nas unidades de natureza operacional, designadamente quanto à investigação criminal, ao trânsito, à unidade fiscal e à unidade de controlo da costa.

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-Transferir as competências da PSP em matéria de trânsito nas cidades de Lisboa e do Porto para as respectivas autarquias locais; - Concretização do projecto de reinstalação das esquadras de Lisboa e do Porto;

3. Política de renovação dos meios e condições operacionais ao dispor das Forças e Serviços de Segurança, adequando-o às actuais formas de criminalidade e às inovações decorrentes da evolução tecnológica

- Execução da Lei de Programação de Instalações e Equipamentos das Forças de Segurança, de carácter plurianual e aquisição de pistolas de 9 mm, coletes balísticos e renovação da frota de patrulha, recorrendo prioritariamente a viaturas amigas do ambiente;

- Desenvolver Unidades de Serviços Partilhados, gestão por objectivos e

reengenharia de procedimentos. Haverá ainda a racionalização orgânica de

ambas as forças que assentará, em primeiro lugar, na reestruturação dos seus

serviços de obras, aquisições, informática, transmissões, finanças e pessoal.

- Prosseguir a instalação do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal;

- Reforço dos meios de vigilância da costa no âmbito da prevenção e repressão

da criminalidade, em especial no combate ao tráfico de droga, com a

implementação do SIVICC.

- Lançamento do processo de cooperação, partilha de serviços e gestão

coordenada das redes informáticas dos serviços e forças de segurança, por no

âmbito do desenvolvimento da Rede Nacional de Segurança Interna;

- Lançamento de um Programa nacional de massificação de ciberliteracia e

demais competências tecnológicas dos membros das forças e serviços de

segurança, bem como de formação, com base com base em plataforma

tecnológica avançada, construção de novos módulos de e-learning;

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- Lançamento do processo de racionalização à escala nacional das instalações

das forças e serviços sob tutela do MAI;

- Extensão do Programa Policia em Movimento - com atribuição às viaturas de

patrulha e elementos de patrulha apeados do necessário equipamento,

designadamente computadores portáteis; computadores de bolso com

telemóvel, câmara fotográfica e aplicações policiais; computadores de

equipamento de localização e terminais de pagamentos bancários;

- Execução das novas componentes no âmbito do Programa Nacional de Videovigilância;

- Avaliação do projecto Fronteira Electrónica – via verde nas fronteiras - , no

âmbito da segurança aeroportuária;

- Instalação da Rede Nacional de Segurança Interna, assegurando a ligação em rede de banda larga de todos os postos da GNR e todas as esquadras da PSP;- Reforma do número nacional de emergência -112;

- Criação do Sistema de Contra-ordenações de Trânsito (SCOT), plataforma demobilidade comum às Forças de Segurança que permite o acesso remoto a todas as informações pertinentes à área de trânsito, bem como a produção de todos os documentos relacionados, podendo funcionar em modo on-line ou em diferido;

- Criação de um balcão único virtual para atendimento e apresentação de queixas (Queixa Electrónica), peça central de um portal de segurança, capaz de facultar aos cidadãos o acesso de forma integrada a toda a informação relevante para protecção contra atentados à segurança, bem como às aplicações e micro sítios disponibilizados para a protecção de vítimas de crimes;

- Desenvolvimento do Sistema Informático de apoio às Operações da GNR e reformulação do SEI da PSP;

- Implementação do Sistema de Informação de Bens Apreendidos;

- Projecção das medidas de acesso à informação criminal e operacional no âmbito do SISI, designadamente nas áreas que envolvem cooperação internacional;

- Reforma estrutural e curricular das instituições de ensino da Forças de Segurança, com a criação de matérias comuns, com adaptação, no caso dos estabelecimentos do ensino superior, aos princípios dos graus e diplomas no quadro do processo de Bolonha, com a introdução de formações conjuntas para as duas forças e de unidades curriculares comuns, bem como a

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reformulação dos planos de estudo dos cursos de formação, de progressão e de especialização. - reforço dos meios digitais de apoio à investigação criminal na PSP e na GNR;

- desenvolvimento do sistema de leitura automática de matrículas;

- criação da central de tradução de línguas das Forças e serviços de

segurança;

- Desenvolvimento do Sistema de Informação e Gestão de Armas e Explosivos

(SIGAE) ;

- Continuação do desenvolvimento das acções de securização documental e de

novas funcionalidades no âmbito do Passaporte Electrónico Português (PEP);

difusão do M-PEP, o PEP móvel.

- criação do sistema on-line de perdidos e achados;

4. Planos e Programas de Cidadania e Segurança- Utilização do novo quadro legal que enquadra a concepção e realização de

operações especiais de polícia em zonas de risco;

- Extensão gradual a todo o território nacional de programas de policiamento

de bairro, alicerçados na interacção entre cidadãos e polícia (Programa “Polícia

no Meu Bairro”)

- Reforço e aperfeiçoamento dos Programas compreendidos no âmbito do

Plano Segurança Solidária, com destaque para:

. Idosos em Segurança

. Violência Doméstica

. Apoio a vítimas de crime, designadamente, da Mulher e da Criança

- Implementação e reforço de projectos de policiamento de proximidade, com

destaque para o Programa Escola Segura e para o Programa Recreio Seguro;

- Desenvolvimento de acções de prevenção criminal no tocante à Segurança

dos Postos de Abastecimento de Combustível, Farmácia Segura, Ourivesarias

e, em geral, ao Comércio seguro ;

- desenvolvimento de acções específicas no âmbito do Verão seguro e do

turismo seguro:

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- continuação do projecto para a segurança dos taxistas – Táxi Seguro, com

base nas experiências desenvolvidas nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do

Porto:

5. Melhoria das instalações das forças e Serviços de Segurança

- Execução de obras nos quartéis da GNR e esquadras da PSP, de acordo com

as Recomendações técnicas comuns, que inclui o conceito da Esquadra

Século XXI, para as instalações das forças de segurança, segundo a nova

filosofia que preside à reorganização do dispositivo territorial e funcional;

6. Controlo de Armas e Explosivos

- Aplicação do novo quadro decorrente da Revisão da lei das Armas e demais

legislação relativa ao sector,

- Revisão global integrada do quadro legal aplicável ao sector dos explosivos:

licenciamento, catalogação, uso, comercialização e transporte.

- Reforço da segurança e modernização no âmbito do controlo de explosivos.

7. Revisão de instrumentos orgânicos estruturantes:

- execução das medidas previstas nos novos diplomas estatutários das Forças

e Serviços de Segurança, por forma a adequá-los à evolução das

necessidades da política de segurança Interna, em conjugação com a

adequada tutela dos direitos profissionais em presença;

- Concretização da reforma profunda dos serviços de saúde da PSP (SAD) e

GNR (ADMG), eliminando o quadro que vem gerando défice sistemático.

8. Estabelecimento e potenciação de plataformas formais de colaboração com entes parceiros no âmbito da segurança interna

- Melhorar a articulação com as Polícias Municipais;

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- Exercer efectiva regulação e coordenação das actividades de segurança

privada, por forma a assegurar a monitorização e correspondente actualização

dos regimes especificamente aplicáveis ao sector.

9. Garantir a operabilidade dos mecanismos de cooperação internacional, com realce para a formação de quadros e para a resposta e ajuda solidária

- Garantir a satisfação dos compromissos nacionais decorrentes Acordos e

Tratados internacionais, no âmbito da “Segurança Colectiva” sob a égide quer

da ONU, quer da UE

- Dinamizar o aprofundamento das relações entre Portugal e os países

africanos de expressão oficial portuguesa, designadamente, aos níveis da

formação de quadros e de intercâmbio de informações.

- desenvolver uma política de activa colaboração com os PALOPs, em especial

com Timor-Leste, no âmbito da ONU:

10. Reforço das políticas de prevenção e controle da segurança ambiental enquanto bem do interesse geral comum

- Aprofundamento da actuação do Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA)

da GNR, em especial, no domínio do relacionamento com as Autarquias e do

GIPS.

11. Reorganização das estruturas e procedimentos aplicáveis em matéria de Imigração- adopção de medidas de reorganização e revisão de procedimentos com vista

à celeridade no tratamento administrativo;.

- Entre as medidas de Política a Concretizar em 2008 assumem destaque as

seguintes:

Melhorar o atendimento, em especial na interacção com o

centro de contacto e de informação;

Criar mecanismos que permitam agilizar os procedimentos;

Alterar o tipo de vistos – simplificando-os – de forma a

serem mais compreensíveis pelos cidadãos,

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correspondendo à actual estrutura e composição da

imigração;

Aprofundar a modernização e reforço dos meios

informáticos;

Extensão do sistema de workflow no tratamento processual

no SEF a todo o território nacional;

Aprofundar e estender os mecanismos que permitem a

tramitação electrónico dos fluxos de informação, de que é

exemplo o Sistema de informação sobre Boletins de

Alojamento (SIBA)

Aprofundar as acções de cooperação, no domínio do

controlo das fronteiras marítimas;

Estabelecer novos Acordos e Protocolos de cooperação

policial em matéria de imigração com países de origem;

Promover o contributo das associações de imigrantes para

a sua efectiva participação de cidadania na definição das

políticas de imigração.

Executar as alterações legais no âmbito da nova Lei da

Imigração

Criação e disponibilização via internet de oportunidades

de emprego para cidadãos estrangeiros;

Operações comuns e coordenadas, com as várias

entidades envolvidas, com vista ao combate às redes de

tráfico e exploração de mão-de-obra, de mulheres e

crianças, bem como ao tráfico de seres humanos;

Aplicação do Plano de contingência para a imigração

ilegal;

Executar as alterações legislativas no âmbito do asilo

Execução do SISone4ALL e medidas para desenvolver o

SIS II:

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Page 9: experiência

Execução dos projectos no âmbito do Plano Nacional de

luta contra o tráfico de seres humanos e do Planos para a

inclusão de imigrantes.

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