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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CURSO DE DIREITO COMPONENTE CURRICULAR: DIREITO FINANCEIRO PROFESSOR: ALEXANDRE HENRIQUE SALEMA FERREIRA Exploração direta de atividade econômica pelo Estado Alunos: Amanda de Andrade Tavares Davy Macgyver da Silva Messiades Eusilene M. Rafael de Souza José Guilherme de Souza

Exploração direta de atividade econômica pelo Estado · Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB). Sociedade de Economia Mista Banco do Brasil. Sociedade Anônima CONCEITO: É a sociedade

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBACURSO DE DIREITO

COMPONENTE CURRICULAR: DIREITO FINANCEIROPROFESSOR: ALEXANDRE HENRIQUE SALEMA FERREIRA

Exploração direta de atividade econômica pelo Estado

Alunos:Amanda de Andrade Tavares

Davy Macgyver da Silva MessiadesEusilene M. Rafael de Souza

José Guilherme de Souza

Finalidade

o Estado Neoliberal (livre concorrência) x Estado Social (bem-estar social);

o Regular e normatizar as atividades de mercado;

o Implementar políticas públicas que permitam o bom funcionamento da

máquina estatal;

o Supremacia, interesse e primazia do interesse público;

o Legalidade, moralidade e eficiência.

Espécies de atividades econômicas desenvolvidas pelo Estado

o Atividade econômica em sentido estrito.

Estado Regulador;

Estado Executor.

o Serviço público (art. 175 CF/88).

Concessão;

Permissão.

Licitação.

Hipóteses de atividade econômica em sentido estrito

o Autorização constitucional

Ex: Monopólio de setores (art. 177 CF/88).

o Permissão da lei fundada em motivo de segurança nacional

ou relevante interesse público.

Interesse ≠ Ausência no setor

Importância do setor à população;

Evitar o abuso do setor privado;

Setores com pouco investimento.

Fundamentação

o Art. 173, CF/88. “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração

direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos

imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme

definidos em lei.”

Intervenção em caráter excepcional.

Setor Público ≠ Setor Privado

o Art. 170, CF/88

Livre iniciativa;

Livre concorrência;

Valorização do trabalho humano.

Prescinde de autorização, salvo Lei.

o Incentivo ao setor privado

Desenvolvimento social;

Crescimento da economia.

o Autorização constitucional;

o Permissão da lei fundada em

motivo de segurança nacional ou

relevante interesse público;

o Caráter Excepcional.

Intervenção do Estado sobre a economia ≠ Intervenção do Estado na economia

o A intervenção sobre o domínio econômico, também denominado de

intervenção indireta, tem base constitucional no art. 174 da CF/88, e

ocorre quando o Estado age por intermédio de normas jurídicas,

regulando a atividade econômica mediante exercício de suas funções

de fiscalização, incentivo e planejamento.

Agente normativo e regulador;

Por indução;

Por direção.

Formas de Intervenção Indireta

o Por indução: Estado edita ações que orientam o mercado. Cria regras

instrumentais de incidência indireta na atividade econômica, seja estimulando ou

desestimulando determinadas atividades.

Positiva: fomento, incentivos.

Negativa: desestímulo, alíquotas mais altas.

Extrafiscalidade.

Formas de Intervenção Indireta

o Por direção: Estado estabelece normas cogentes/obrigatória para a fim de regular

o mercado. Essas normas incidem diretamente nas relações econômicas públicas

e privadas e seu cumprimento é fiscalizado pelo próprio Estado.

Criação de uma agência reguladora;

Congelamento/Tabelamento de preços.

Intervenção do Estado sobre a economia ≠ Intervenção do Estado na economia

o A intervenção no domínio econômico, também denominado de

intervenção direta, refere-se às hipóteses em que o Estado pode intervir

no mercado como um empresário sujeito à livre concorrência ou em

regime de monopólio.

Atua com se fosse um particular;

Regime de absorção;

Regime de participação.

Formas de Intervenção Direta

o Regime de absorção (Art. 177, CF/88):

monopólio da União.

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos: art. 21, X, CF/88;

Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás: art. 177, I, II, III e IV, CF/88;

Contratação de empresas Públicas ou Privadas

Art. 177, §1º, da CF/88;

: incisos I e IV.

Lei 9.487/1997 (política energética) => requisitos.

Formas de Intervenção Direta

o Regime de participação (art. 173 da CF/88):

Estado, como um empresário, em competição com a iniciativa privada;

Atuação excepcional: segurança nacional e relevante interesse público;

Atua por intermédio de suas empresas públicas e sociedades de

economia mista prestadoras de atividade econômica;

Autorização pela Lei;

Ação subsidiária ≠ Ausência no setor;

Finalidade: interesse público ≠ gerar lucro ou renda.

Formas de Intervenção Direta

Art. 173, CF/88 e Emenda Constitucional nº 19, de 1998

Sujeição ao regime jurídico do setor privado: direitos e obrigações

civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

Constituição e regulamentação interna determinada por Lei;

Administração, operação e fiscalização de caráter público;

Cria-se uma “Empresa Híbrida”: regime público/privado.

Formas: Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.

Intervenção Mista

o Ocorre quando o Estado cria normas para regulamentar as medidas de

política econômica de algum setor e, paralelamente, cria empresas estatais,

que podem atuar em regime de monopólio, ou não.

Sujeitam-se as mesmas regras que o setor privado;

Incentivos criados para atender essas empresas, em regra, devem ser

estendidos ao setor privado (garantia da livre concorrência).

Empresas Públicas

• Conceito

Art. 3o Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídicade direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimôniopróprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelosEstados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. (Lei 13.303/2016)

Empresas Públicas

• Dispositivo constitucional

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, aexploração direta de atividade econômica pelo Estado só serápermitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional oua relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

Empresas Públicas

• Dispositivo constitucional• Deverá ser estabelecido por lei o estatuto jurídico que disponha sobre:

A função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;

Sujeição ao regime próprio das empresas privadas;

Licitação e contratação, nos moldes da administração pública;

A constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com aparticipação dos acionistas minoritários;

Os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dosadministradores. (Art. 173, §1, CF/88)

• O Estado pode intervir no domínio econômico, atuando no mercado como umempresário sujeito à livre concorrência ou em regime de monopólio (art. 177).

Empresas Públicas

Características

• Pessoa jurídica de direito privado administrada pelo poder público;

• Instituída por um ente estatal e de propriedade única do Estado;

• Integra a administração pública indireta;

• Criação: criada originalmente pelo Estado ou por transformação de autarquia ou empresa

privada;

• Não pode gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado (§2º do art. 173, CF/88);

• Voltada para a exploração de atividades econômicas ou para a prestação de serviços públicos;

Empresas Públicas

Características

• Capital: formado apenas por recursos públicos;

• Pode ser unipessoal ou empresa pública de vários sócios governamentais minoritários;

• Administração feita por nomeação pelo chefe do poder executivo;

• Empregados: o ingresso ocorre por meio de concurso público de provas ou de provas e

títulos;

• Quadro de pessoal regido pela CLT.

Empresas Públicas

A Lei 13.303/2016

• Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade deeconomia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios.

• Trata, além de disposições gerais, finais e transitórias, as matérias deregime societário, função social, licitações, contratos e fiscalizaçãopelo Estado e pela sociedade.

Empresas PúblicasExemplos

• (Decreto-Lei Nº 509/69);

Art. 1º - O Departamento dos Correios e Telégrafos (DCT) fica transformado em empresa pública, vinculada ao

Ministério das Comunicações, com a denominação de Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT; nos

termos do artigo 5º, item II, do Decreto lei nº.200 (*), de 25 de fevereiro de 1967.

• (Lei 5851/72)

Art. 10 Fica o Poder Executivo autorizado a instituir uma empresa pública, sob a denominação de Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, com personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa

e financeira, nos termos do art. 5o, inciso II, do Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967. (Redação dada

pela Lei nº 12.383, de 2011)

Sociedade de Economia Mista

Conceito:

Lei nº 13.303/3016.

Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidadejurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma desociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioriaà União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade daadministração indireta.

Sociedade de Economia Mista

Origem e previsão legal:

Conceituação doutrinária: anterior ao decreto Lei Nº 200/67 Decreto Lei nº 200 de 25 de fevereiro de 1967: dispõe sobre a organização da

Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dáoutras providências.

Decreto Nº 900 de 29 de setembro de 1969: altera disposições do Decreto-leinúmero 200, de 25 de fevereiro de 1967, e dá outras providências.

Lei nº 13.303/3016: dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, dasociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Sociedade de Economia Mista

Características:

Criação por lei ordinária específica: Art. 37, XIX CR/88;(...)XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada ainstituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e defundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreasde sua atuação;

Personalidade jurídica de direito privado: devido à possibilidade deexecução de atividades atípicas da Administração Pública e por ter aaprovação do ato constitutivo e seu respectivo registro em cartório;

Sociedade de Economia Mista

Características:

Responsabilidade subjetiva: art. 37, § 6º da Constituição;(...)§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privadoprestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regressocontra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Capital misto: patrimônio híbrido, de natureza pública e privada;

Sociedade de Economia Mista

Características:

Exploração de atividade econômica como objetivo: o que será em caráterexcepcional, pois de acordo com a Constituição Federal o Estado não poderáprestar qualquer atividade econômica, mas somente poderá intervir quandohouver:

relevante interesse coletivo ou

imperativos da segurança nacional;

Exigência de que as ações com direito a votos pertençam, em sua maioria, diretaou indiretamente, ao Poder Público.

Sociedade de Economia Mista

Características:

Possibilidade de falência:

extinção por meio de lei (regra);

falência (forma excepcional)

Forma de Sociedade Anônima: Art. 5º Lei nº 13.303/2016

Sociedade de Economia Mista

Exemplos de sociedade de economia mista:

Banco do Brasil S/A (BB);

Petrobrás - Petróleo Brasileiro S/A;

Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB).

Sociedade de Economia Mista

Banco do Brasil

Sociedade Anônima

CONCEITO: É a sociedade empresária com capital social dividido emações, espécie de valor mobiliário, na qual os sócios, chamadosacionistas, respondem pelas obrigações sociais até o limite do preçode emissão das ações que possuem.

__________________

Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido emações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada aopreço de emissão das ações subscritas ou adquiridas

Distinção da S.A. dos outros tipos societários

SOCIEDADE ANONIMA É A ÚNICA na qual todos os sócios ou acionistas respondemEXCLUSIVAMENTE pelo PREÇO DE EMISSÃO DAS AÇÕES que subscreverem ouadquirirem; (valor em dinheiro daquilo que cada um deles obrigou-se acontribuir para a companhia na subscrição ou na compra de suas ações);AÇÕES SÃO NEGOCIÁVEIS – desvinculadas de alteração do estatuto.

SOCIEDADE LIMITADA Os sócios são solidariamente responsáveis pela integralização do capital social;

Espécies de sociedades anônimas

Quanto ao capital social - ABERTAS- FECHADAS

ART 4º - LSA: Para os efeitos desta lei, a companhia será aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.

Quanto à forma de aumento do capital social

- CAPITAL AUTORIZADO- CAPITAL NÃO AUTORIZADO

Autorizado: Art. 168. O estatuto pode conterautorização para aumento do capital socialindependentemente de reforma estatutáriaNão autorizado: não contém autorização estatutária

Quanto ao acionista controlador

- ECONOMIA MISTA- PRIVADA

Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum,...

Classificação da S/A

• ART . 4º - LSA: COMPANHIA ABERTA E FECHADAArt. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissãoestejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.

§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia registrada na Comissão de Valores Mobiliários podemser negociados no mercado de valores mobiliários.

§ 2o Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será efetivada no mercado sem prévio registro na Comissãode Valores Mobiliários.

§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as companhias abertas em categorias, segundo as espécies eclasses dos valores mobiliários por ela emitidos negociados no mercado, e especificará as normas sobre companhiasabertas aplicáveis a cada categoria.

• QUEM É A CVM? É uma autarquia federal, encarregada de normatizar as operações comvalores mobiliários, autorizar sua emissão e negociação bem como fiscalizar as sociedadesanonimas abertas e os agentes que operam no mercado de capitais.

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CVM-COMISSÃO DE VALORES MOBILIARIOS

Classificação da S/A

• No Brasil a fiscalização e disciplina do mercado de capitais competiaao Banco Central do Brasil e com o acúmulo de funções impediu quea fiscalização ocorresse de forma eficaz, surgiu, então, em 07 dedezembro de 1976 a Lei 6.385, que criou a CVM.

Nome empresarial

• Denomina-se anônima porque sua estrutura foi criada para ter vários acionistas,e assim, diante disso, esses acionistas tornam-se anônimos.

• Somente utiliza denominação para o nome. Essa denominação deve estaracompanhada das expressões “S/A” ou “sociedade anônima”, que podem estarno início como no fim do nome empresarial.

• Ex. S/A Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo; Itaú S/A; Sadia S/A.

• A denominação também pode conter a expressão “Cia.” ou “Companhia”.Cuidado: essa expressão só pode estar no início. Ex. Cia Vale do Rio Doce; CiaBrasileira de Distribuição.

Atribuições

• Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;

• Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;

• Organização, funcionamento e as operações das bolsas de valores

• Administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;

• Atividades das auditorias das companhias abertas

• Serviços de consultoria e analistas de valores mobiliários;

• Exame dos registros contábeis, livros e documentos de todas as pessoas eentidades atuantes no sistema de distribuição de valores mobiliários;

• Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e praticas deadministradores, membros do conselho fiscal e acionistas das companhiasabertas

• Suspender a negociação de determinado valor mobiliário ou decretar o recessoda bolsa de valores;

Responsabilidade do acionista

• Art. 1º da lei: limitada ao preço de emissão das ações subscritas (é restrita ao preço de emissão das ações). Na limitada, é limitada ao valor das cotas, mas todos os sócios respondem de forma solidária pela integralização do capital social.

Diretoria

• Mínimo de 2 membros, acionistas ou não, porém residentes no país.

• Quando o conselho existe, quem elege a diretoria é conselho deadministração. Se não houver, quem elege é a assembleia geral.

Conselho Fiscal

• Composição: mínimo de 3 e máximo de 5, acionistas ou não, porémresidentes no país. Deve ter igual número de suplentes.

• Art. 161. O conselho fiscal é órgão obrigatório. O estatuto disporásobre seu funcionamento, de modo permanente ou nos exercíciossociais em que for instalado por pedido de acionistas. Conclusão: é deexistência obrigatória, mas de funcionamento facultativo.

Acionista controlador

• Imagine-se A (40%), B (10%), C (30%) e D (20%), com ações preferenciais.

• O acionista controlador é aquele que tem a maioria de ações com direito a voto.O acionista majoritário (A) pode não ser o acionista controlador.

• Quanto à forma, as ações podem ser:

• Nominativa: É aquela em que se inscreve o nome de seu proprietário no seutexto e constam no livro de registro de ações nominativas.

• Escritural: é aquela mantida em conta de depósito, que circula mediante registronos assentamentos da instituição financeira depositária. OBS.: é desprovida decertificado. São mais usuais atualmente.

Direitos essenciais do acionista

• Art. 109:

• Participar dos lucros sociais;

• Participação no acervo da companhia em caso de liquidação;

• Direito de fiscalização;

• Direito de preferência na subscrição de ações; debêntures conversíveis emações, partes beneficiárias conversíveis em ações e bônus de subscrição;

• Direito de retirada

• OBS.: DIREITO DE VOTO NÃO É DIREITO ESSENCIAL.

Bolsa de Valores

• É pessoa jurídica de direito privado que, mediante autorização da CVM,presta serviço público.

• FUNÇÃO: ampliar o volume de negociações com os valores mobiliáriosde companhias abertas através de corretores representantes dassociedades filiadas à bolsa, com objetivo de realizar contratos de comprae venda de ações.

Bolsas de valores do Brasil

• Existem 6 bolsas de valores:

• do Paraná; de São Paulo; do Rio de Janeiro; de Minas Gerais - Espírito Santo eBrasília; da Bahia – Sergipe e Alagoas; Bolsa de valores Regional.

• Desde o final de 2000, todos os negócios das Bolsas de valores estão centralizadosna BOVESPA, que mantém uma listagem separada de companhias. Até 2007 era umaassociação de sociedades corretoras de valores mobiliários, após ocorreu adesmutualização (transformação em sociedade anonima aberta) todas as ações daBOVESPA são negociadas no pregão juntamente com as de qualquer outracompanhia aberta.

Valor das ações

• Valor nominal: é o valor do capital social dividido pelo número de ações. Ex.capital de R$ 100.000,00 dividido por 100.000 ações. Valor nominal: R$ 1,00.Se emitir novas ações, não pode emitir com valor inferior ao valor nominal.

• Art. 13: a S/A não pode emitir novas ações por valor inferior ao valor nominal.

• Valor patrimonial: é o valor do patrimônio dividido pelo número de ações. Ex.em caso de direito de retirada, quando o acionista se retira da S/A, tem direitoao valor patrimonial.

Mercado balcão

• CONCEITO:

▫ são todas as distribuições, compra e venda de ações realizadas fora da bolsa devalores. É onde são fechadas operações de compra e venda de títulos, valoresmobiliários, diretamente entre as partes ou com a intermediação de instituiçõesfinanceiras, mas tudo fora das bolsas.

• No mercado de balcão os valores mobiliários são negociados entre as instituiçõesfinanceiras sem local físico definido, por meios eletrônicos ou por telefone. Sãonegociados valores mobiliários de empresas que são companhias registradas naCVM, e prestam informações ao mercado, não registradas nas bolsas de valores.

Mercado balcão

• O primeiro mercado de balcão organizado mercado de balcãoorganizado destinado à negociação de ações criado no Brasil foi aSociedade Operadora de Mercado de Ativos - SOMA, adquirida pelaBOVESPA em 2002. Em seu lugar, foi implantado o SOMA FIX, atualmercado de balcão organizado de títulos de renda fixa da bolsa paulista.

Mercado de Capitais

• É onde desenvolvem-se as operações de compra e venda de valoresmobiliários emitidos por companhias abertas.

• O titular de uma ação de sociedade anônima aberta pode vende-ladentro ou fora do mercado de capitais, ou seja, dentro ou fora dopregão da bolsa de valores.

• Para as companhias fechadas, somente é possível vende-las fora domercado de capitais, para pessoas de seu conhecimento de formadireta.

Mercado de capitais primário e secundário

• Mercado de capitais primário : compreende as operações de subscrição e emissão devalores mobiliários .

• Mercado de capitais secundário: operações de compra e venda de valores mobiliários jáexistentes, que serão alienados a outro investidor, paga-se agora por um valor demercado que oscilará conforme o momento que passa a companhia

• Obs: na bolsa só atua no mercado de capitais secundário, já no mercado balcão sedesenvolvem as operações tanto do mercado de capitais primário quanto do mercado decapitais secundário.▫ Na companhia aberta, no setor primário do mercado de capitais, o acionista tem direito de preferência

na subscrição, e o credor é a sociedade anônima emissora. No setor secundário, não há aobrigatoriedade do acionista e o credor é o acionista-alientante.

Valores mobiliários

• São todos os papéis emitidos pelas sociedades anônimas S/As paracaptação de recursos financeiros e que podem ser comprados evendidos nos mercados de valores mobiliários.

Considerações Finais• Estado Liberal (livre iniciativa) x Estado Social (Bem comum)

• Intervenção Indireta ≠ Intervenção Direta Estado regulador: incentivo ou desestímulo (Extrafiscalidade) Estado executor: Empresário

• Empresa Públicas e Sociedade de Economia Mista Hibridismo público/privado Fiscalização, administração / direitos e deveres

• Sociedade LTDA x Sociedade Anônima Responsabilidade pelo tamanho capital investido; Responsabilidade pela quantidade de ações adquiridas.

Considerações Finais

• “Crise econômica”

Art. 173 CF/88: segurança nacional e interesse público (termos abertos)?

Há discricionariedade, arbitrariedade e/ou insegurança?

Poucas leis que delimitam atuação do EstadoLei nº 8.884/94: prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica,

além de transformar o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) emautarquia e dar outras providências;

Lei Delegada nº 4/62: intervenção no domínio econômico para assegurar a livredistribuição de produtos necessários ao consumo do povo;

Lei nº 8.176/91: crimes contra a ordem econômica.

Necessidade de privatizar o que é público?

Deixar o Mercado se autorregular?

Referências• LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2014.

• HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 16. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

• A Criação de Sociedade de Economia Mista pelos Estados-membros e municípios. Disponível em:https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/106017/321211.pdf?sequence=1. Acessado em 30/09/2016

• Danilo Guimarães Lima. Atividade econômica, em sentido estrito, do Estado. Disponível em:http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5575/Atividade-economica-em-sentido-estrito-do-Estado. Acessado em30/09/2016

• Decreto lei nº 200/1967. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm. Acessado em29/09/2016

• Decreto lei nº 900/69. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm. Acessado em29/10/2016.

• Intervenção direta do Estado no domínio econômico e discricionariedade administrativa. Disponível em:http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2953/Intervencao-direta-do-Estado-no-dominio-economico-e-discricionariedade-administrativa. Acessado em 29/09/2016.

• Lei nº13.303/16.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13303.htm. Acessadoem 29/09/2016.

• http://www.facdombosco.edu.br/Admin/RevistaDigital/artigos/Artigo_13.pdf. Acesso em 30/09/16.

• Listas de empresas estatais do Brasil. Disponível em:https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_empresas_estatais_do_Brasil#Estatais_do_governo_federal . Acessado em30/09/2016.

• O poder de intervenção do Estado no setor privado. Em: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11831. Acessoem: 30/09/16.