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Exposição a materiais biológicos LUÍS FELIPE GONÇALVES FERREIRA Departamento de Saúde do Trabalhador Centro de Referência Estadual da Saúde do Trabalhador (CREST-MG) PEDRA AZUL / NOVEMBRO 2010

Exposição a Marial Biológico - Luis Felipe

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Exposio a materiais biolgicosLUS FELPE GONALVES FERRERADepartamento de Sade do TrabalhadorCentro de Referncia Estadual da Sade do Trabalhador (CREST-MG)PEDRA AZUL / NOVEMBRO 2010ConceitosAgente biolgico:microrganismos,geneticamente modificadosouno;asculturas declulas;osparasitas;as toxinas e os prons. (Norma Regulamentadora 32, MTE, 2009 )ConceitosAexposioocupacionalaagentes biolgicosdecorredapresena dessesagentesnoambientede trabalho,podendo-sedistinguirduas categorias de exposio:(Riscos Biolgicos - Guia Tcnico, MTE, 2008)ConceitosExposioderivadadaatividade laboralqueimpliqueautilizaoou manipulao do agente biolgico, que constituioobjetoprincipaldo trabalho.conhecidatambmcomo exposio com inteno deliberada.Exemplos:laboratrios de diagnstico microbiolgico, biotecnologia (ATB, enzimas)ConceitosExposioquedecorredaatividade laboralsemqueessaimpliquena manipulaodiretadeliberadado agentebiolgicocomoobjetoprincipal do trabalho. Nesses casos a exposio considerada no-deliberada.Exemplos: atendimento em sade, laboratrios clnicos, consultrios mdicos e odontolgicos, limpeza e lavanderia em servios de sade.ConceitosExposiespercutneasleses provocadasporinstrumentos perfurantes e cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias);ConceitosExposies em mucosas (p.ex. quando h respingos na face envolvendo olho, nariz, boca ou genitlia);Exposies cutneas (pele no-ntegra) p.ex. contato com pele com dermatite ou feridas abertas;ConceitosMordedurashumanasconsideradas comoexposioderiscoquando envolveremapresenadesangue, devendoseravaliadastantoparao indivduoqueprovocoualesoquanto quele que tenha sido exposto.ConceitosExposio por via area:O doente ou portador, quando fala, tosse ouespirra,dispersaagentesetiolgicos de doenas de transmisso area. Por gotculas: tm tamanho maior que 5 m e podem atingir a viarespiratriaalta,ouseja,mucosadasfossasnasaise mucosa da cavidade bucalPoraerossis:Aspartculassomenores,permanecem suspensasnoarporlongosperodosdetempoe,quando inaladas,podempenetrarmaisprofundamentenotrato respiratrioPrincipais doenas transmitidas por contato direto:HerpesEscabiose Pediculose ConjuntiviteMicosesPrincipais doenas transmitidas por fluidos orgnicos:Hepatites (B, C)HVPrincipais doenas transmitidas por vias areas:Gotculas:caxumba,coqueluche, difteria,haemophilus,streptococcus, influenzae,neisseriameningitidis, parvovrus,mycoplasma,adenovrus, rubola.Aerossis: sarampo, TBC e varicela.Exposio a materiais biolgicosAsexposiesocupacionaisamateriais biolgicospotencialmentecontaminadosso umsrioriscoaosprofssionaisemseus locaisdetrabalho.Estudosdesenvolvidos nestareamostramqueosacidentes envolvendo sangue e outros uidos org!nicos correspondem"sexposiesmais #req$entemente relatadas. %&'()E*+', +-*., /A.01222,A33'4*A)*'(5'+ /+'5E33*'(A63 *( *(5E4)*'( 4'()+'6 A(7 E/*7E&*'6'890122:,4A+7'etal.0122;, ar No imuni>arar sem resposta ade;uada : *- dose de 6(/: e re9acinarFa>er anti-6(s com resposta ade;uada no imuni>ar sem resposta ade;uada : re9acinarFa>er 0nti-6(sNo imuni>arHepatite B-VacinaVacina contra o vrus da hepatite B: Cerca de 95% a99%atingemnveisprotetoresdeanticorpos. esperado o desaparecimento do ttulo de anticorpos ao longo do tempo, mas a imunidade est mantida.Dosagemde10a20mcg/ml,trsdoses, exclusivamenteemdeltide,comintervalosde zero, um e seis meses;

Hepatite CO vrus da hepatite C muito mutagnico, sendo difcil criar uma vacina.At o momento no existe nenhuma profilaxia ps-exposio contra o HCV.nfeco pelo vrus da hepatite C PodeocorreralteraonaTGPemtornode15dias(medida indireta da infeco. ApositividadedoRNA-HCV(PCRreaoemcadeiada polimerase) aparece entre oito e 21 dias. O Anti-HCV (3. gerao) j pode ser detectadocerca de seis semanas aps a exposio. Emcasodesoroconversodeve-serealizartesteconfirmatrio por PCR. recomendada a realizao do RNA-VHC qualitativo90diasapsadatadoacidente.Casopositivo,oprofissional acidentado ser orientado a realizar o tratamento Hepatite COacompanhamentopreconizadoparatrabalhadoresquese acidentaramcomfonteHCVpositivaoudesconhecida consiste na realizao dos seguintes exames (nos locais que disponham de laboratrios de Biologia Molecular): E@0ME. TEM5OMomento >ero#* dias -A* diasALT (TGP) realizar realizar realizarAnti-HCV realizarPCR (RNA-HCV)realizar* realizar*Sepositivo,encaminharparatratamentodahepatiteCagudaemcentro de referncia. Se negativo, um novo Anti-HCV dever ser feito em 180 dias.HVReceiturio de quimioprofilaxia/NBC/O em atC ) 8oras (prazo mximo de at 72 horas aps o acidente)"Bsica: Biovir Zidovudina (AZT) + Lamivudina (3TC) 300mg/150mg - 01 cp de 12/12 horas;Expandida: AZT + 3TC + NDNAVR (2cps de 400mg de 8/8 horas)OU NELFNAVR ( 5 cps de 250mg de 12/12 horas)Dura2o da ;uimioprofila1ia: )A dias"nfeco agudaOacidentadoorientadoaobservar ossinaisesintomasdeinfeco agudapeloHV(febre,adenopatias, faringiteeerupocutnea,infeco agudapelosHBsAgeHCV(fadiga, anorexia,nuseas,mal-estargeral, adinamia,colria,hipocoliafecale ictercia).Transmisso secundriaEvitarpor12semanasapsacidente commaterialbiolgico:atividade sexualsemproteo:usar preservativoemtodasasrelaes sexuais; gravidez; doao de sangue, plasma,rgos,tecidosesmen; aleitamento materno; Acompanhamento uso antiretroviralHemograma, creatinina, uria, TGO, TGP, bilirrubinas avaliar alteraes.Acompanhamento sorolgicoo30diasapsoacidente:TGP,Anti-HCV, ANT-HV;90diasapsoacidente:TGP,Anti-HCV, ANT-HV e ANT-HBC TOTAL e HBsAg(seoacidentadonoestiver imunizadocontraHepatiteBno momento do acidente); 180diasapsoacidente:TGP,Anti-HCV, ANT-HV.Medidas de precauoprecaucoes_a3.pdf Tcnica correta para higienizao das mosEquipamentos de proteo individual:Equipamentos de proteo individualTipos de mscaras respiratrias:Cir4rgicaN-#$ ou 5FF)Dispositivos de seguranaNR32-MTE32.2.4.16Deveserasseguradoousode materiaisperfurocortantescomdispositivode segurana.32.2.4.16.1Asempresasqueproduzemou comercializammateriaisperfurocortantes devem disponibilizar, para os trabalhadores dos servios de sade, capacitao sobre a correta utilizao do dispositivo de segurana. (Aprovado e acrescentado pela Portaria GM n. 939, de 18 de novembro de 2008)Compreender o trabalho para melhor prevenir (...)oscomportamentoshumanosemsituaode trabalhonosereduzemaseguirprocedimentosou normas,aocontrrio,envolveminteraespermanentes comrecursosdossistemastcnicosemateriais colocadossuadisposio,assimcomocomoutros colegas e chefias num determinado ambiente e contexto organizacional.Alis,emdeterminadassituaes,a adoo de modo operrio baseado em procedimento de seguranapodenoevitaracidentesouincidentes (DECKER, 2003).Referncias bibliogrficasBRASL. Decreto N 6.957, de 9 de setembro de 2009 DOU DE 10/9/2009DEKKER, S. Failure to adapt or adaptations that fail: contrasting models on procedures and safety. Appl. Ergon., v. 34, n. 3, p. 233-238, 2003http://www.riscobiologico.org/resources/4888.pdf http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/cartilha_mascara.pdfManual de Biossegurana. Braslia: Ministrio da Sade, 2003.MARZALE,M.H.P., SLVA, E. J., HAAS,V.J., ROBAZZ,M.L.C.C.Acidentescom materialbiolgicoemhospitaldaRededePreven!odeAcidentesdo"rabalho# REPA". Revista Brasileira de Sade Ocupacional, So Paulo, 32 (115): 165-166, 2007MinistriodaSade.SecretariadeVigilnciaemSade,DepartamentodeVigilncia Epidemiolgica. $oenas in%ecciosas e parasit&rias' ()ia de *olso. Braslia: 7 ed., 2008.MinistriodaSade.SecretariadeAtenoSade,DepartamentodeAes Programticas Estratgicas. E+posi!o a materiais biolgicos. Braslia: MS, 2006. NormaRegulamentadora32.ManuaisdeLegislaoAtlas.,eg)ranae-edicinado "rabalho/MinistriodoTrabalhoeEmprego.Braslia:MinistriodoTrabalhoe Emprego, 65 ed., 2010..OBRGADO!E-mail: [email protected]@hc.ufmg.brCREST/MG:(31) 3409-9564