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ARLINDO CIMA-20150243/JOÃO PIRES-20150259/JÚLIO PIRES-20140111 12 de janeiro de 2018 Extração Sólido-Líquido de Compostos Fenólicos em Casca de Manga Operações Unitárias Docente: Inês Seabra LICENCIATURA EM BIOTECNOLOGIA

Extração Sólido-Líquido de Compostos Fenólicos em Casca de … · extração, o teor de compostos fenólicos e a atividade antioxidante relativos à casca manga, onde variámos

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ARLINDO CIMA-20150243/JOÃO PIRES-20150259/JÚLIO PIRES-20140111

12 de janeiro de 2018

Extração Sólido-Líquido de Compostos Fenólicos em Casca de

Manga

Operações Unitárias

Docente: Inês Seabra

LICENCIATURA EM BIOTECNOLOGIA

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ÍNDICE

ÍNDICE .......................................................................................................................... 1

RESUMO ........................................................................................................................ 3

1-INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4

1.1- MANGIFERA INDICA L. .............................................................................................. 4

1.2-COMPOSTOS FENÓLICOS ............................................................................................ 5

1.2.1-DESCRIÇÃO GERAL ............................................................................................. 5

1.2.2-PRESENTES NA MANGIFERA INDICA L. .......................................................................... 8

1.3-EXTRAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ....................................................................................... 9

1.3.1-DESCRIÇÃO GERAL ............................................................................................. 9

1.3.2- FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NA EFICIÊNCIA .................................................... 10

2-OBJETIVOS ................................................................................................................. 11

3-MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................. 11

3.1- PREPARAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA E DETERMINAÇÃO DA HUMIDADE PELO MÉTODO GRAVIMÉTRICO. 11

3.1.1. MATERIAIS: ................................................................................................... 11

3.1.2-PROCEDIMENTO .............................................................................................. 11

3.2- EXTRAÇÃO SÓLIDO-LIQUIDO. ................................................................................... 12

3.2.1. MATERIAIS: ................................................................................................... 12

3.2.2-PROCEDIMENTO: ............................................................................................. 13

3.2.3- AFERIÇÃO DO RENDIMENTO DE EXTRAÇÃO: ............................................................ 13

3.3- TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS NO EXTRACTO. ........................................................... 14

3.3.1-MATERIAIS: .................................................................................................... 14

SOLVENTES E PADRÃO UTILIZADOS:............................................................................... 14

3.3.2- PREPARAÇÃO DAS SOLUÇÕES: ............................................................................. 14

3.3.3- PREPARAÇÃO DOS EXTRATOS PARA ANÁLISE ESPECTROFOTOMÉTRICA: ............................. 14

3.3.4. CONSTRUÇÃO DA RETA DE CALIBRAÇÃO ................................................................. 15

3.3.5-ANÁLISE DAS AMOSTRAS DE EXTRATO: .................................................................... 15

3.4-ATIVIDADE ANTIOXIDANTE (TESTE DE CAPTURA COM DPPH). .............................................. 15

3.4.1-MATERIAIS: .................................................................................................... 15

SOLVENTES E REAGENTES: .......................................................................................... 16

3.4.2-PROCEDIMENTO: ............................................................................................. 16

4-RESULTADOS E DISCUSSÃO: ............................................................................................. 17

4.1-GERAL: ............................................................................................................... 17

4.2-DESCRIÇÃO ESPECÍFICA: ........................................................................................... 17

5.-CONCLUSÃO ............................................................................................................. 20

6-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 21

7-ANEXO 1 ................................................................................................................... 23

7.1-PROTOCOLO 1: ..................................................................................................... 23

.......................................................................................................................... 23

8-ANEXO 2 ................................................................................................................... 24

8.1-PROTOCOLO 2 ...................................................................................................... 24

9-ANEXO 3 ................................................................................................................... 26

9.1-PROTOCOLO 3 ...................................................................................................... 26

.......................................................................................................................... 26

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10-ANEXO 4 ................................................................................................................. 29

10.1-PROTOCOLO 4 .................................................................................................... 29

.......................................................................................................................... 29

.......................................................................................................................... 30

11-ANEXO 5 ................................................................................................................. 31

11.1-EQUAÇÕES: ........................................................................................................ 31

.......................................................................................................................... 31

12-ANEXO 6 ................................................................................................................. 32

12.1-TABELA 1 - DETERMINAÇÃO DA HUMIDADE DA MATÉRIA-PRIMA. ......................................... 32

.......................................................................................................................... 32

7.3.2-TABELA 2 - DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO DAS EXTRAÇÕES. ......................................... 32

.......................................................................................................................... 32

7.3.3-TABELA 3 - CURVA PADRÃO DE ÁCIDO GÁLICO.............................................................. 32

.......................................................................................................................... 32

7.3.4-FIGURA 1 - CURVA PADRÃO DE ÁCIDO GÁLICO. ............................................................. 33

.......................................................................................................................... 33

7.3.5-TABELA 4 - TEOR DE FENÓLICOS NOS EXTRATOS. ........................................................... 33

.......................................................................................................................... 33

7.3.6-TABELA 5-ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DOS EXTRATOS (DPPH). .......................................... 34

.......................................................................................................................... 34

7.3.7-TABELA 6-CONTROLO DO ENSAIO DE DPPH. ............................................................... 34

.......................................................................................................................... 34

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RESUMO

A planta Mangifera indica L., mais conhecida como a manga, tem origem nas florestas do sul e

sudeste da Ásia, mais precisamente na Índia.

A produção de manga em Portugal é pouco significativa, devido as condições climatéricas.

A principal aplicação/utilização da manga é para a alimentação humana, mas este fruto possui

também qualidades terapêuticas, já que ajuda a tratar de anemias, bronquites, feridas e tosse. Possui

propriedades diuréticas e é rica em calorias.

Neste trabalho prático foi realizada uma atividade laboratorial repartida por quatro protocolos

laboratoriais fornecidos pela docente Inês Seabra de 2012, onde foi realizado o rendimento de

extração, o teor de compostos fenólicos e a atividade antioxidante relativos à casca manga, onde

variámos o tempo, a concentração do solvente e razão entre o sólido e o solvente.

No final verificou-se que existe uma elevada concentração fenólica mesmo que tenha sido feita

uma diluição das soluções dos estratos. Foi constatado que os melhores solventes são os que são

constituídos por uma porção de H2O e EtOH.

Para a confirmação destes resultados será necessário proceder á realização de mais ensaios

estudando mais especificamente as condições a variar.

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1-INTRODUÇÃO

1.1- Mangifera indica L.

A planta Mangifera indica L., mais conhecida como a manga, tem origem nas florestas do

sul e sudeste da Ásia, mais precisamente na Índia. Este fruto foi introduzido em África e no

Brasil. O nome da fruta vem da palavra do idioma malaiala manga e foi popularizada na

Europa pelos portugueses.

A árvore deste fruto é de grande porte e pode chegar até 30 metros de altura, com uma

copa densa. Possui folhas de coloração avermelhada quando é jovem e posteriormente verde-

escura. As suas flores são pequenas, róseas ou esverdeadas. O fruto tem uma forma alongada

e ovoide, já a casca é esverdeada com algumas manchas pretas, amarelas ou róseas quando

está maduro. Possui uma polpa carnosa, suculenta, comestível e fibrosa, com cor amarela. A

semente é achatada de tamanho variável.

Geralmente aceitam qualquer tipo de solo, mas adaptam-se melhor em regiões de clima

quente e chuvoso. O período ideal para o plantio é nas estações mais chuvosas. A propagação

é feita por sementes ou enxertia.

A produção mundial deste fruto é feita essencialmente em regiões de clima tropical e

subtropical: sul da Ásia, América do Sul, América Central e nas porções sul e central de

África e Austrália. O grande comércio deste fruto é dominado atualmente pela Índia, devido

ao seu volume gigantesco de produção.

A produção de manga em Portugal é pouco significativa, devido as condições climatéricas

do país não serem as mais apropriadas para o crescimento e desenvolvimento da árvore do

fruto, mas estão a ser desenvolvidas técnicas para o desenvolvimento do fruto em países

mediterrânicos.

A principal aplicação/utilização da manga é para a alimentação humana, mas este fruto

possui também qualidades terapêuticas, já que ajuda a tratar de anemias, bronquites, feridas e

tosse. Possui propriedades diuréticas e é rica em calorias.

Falando agora da sua composição química (Tabela 2), este fruto é riquíssimo em vitamina

A (principalmente quando está maduro) e contém quantidades significativas de vitaminas do

complexo B e vitamina C, para além de alguns sais minerais, como o ferro e o potássio, por

exemplo. Este fruto é rico em compostos fenólicos (Adaptado de ROSSETTO, s.d.).

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1.2-Compostos fenólicos

1.2.1-Descrição Geral

Quanto aos compostos fenólicos podem ser definidos como substâncias possuidoras de

anel aromático com ou mais grupos de hidroxilos e têm sido submetidos a variados e

intensivos estudos devido a sua direta influencia na qualidade dos alimentos. Englobam uma

gama enorme de substâncias, entre elas os ácidos fenólicos, os quais, devido á suas

composições químicas possuem propriedades antioxidantes (SOARES, 2002).

Com a estrutura de um anel aromático ligado diretamente a apenas um grupo hidroxilo, é

constituído o composto fenólico mais comum, o fenol simples.

Relativamente á existência destes compostos na natureza, podem ser classificados como:

pouco e largamente distribuídos na natureza. No conjunto com pouca distribuição existe um

numero muito restrito. No grupo que abrange a grande maioria (larga distribuição),

encontram-se aqui os fenólicos geralmente de todo o reino vegetal (SOARES, 2002).

Os compostos fenólicos podem ser classificados em vários grupos consoante o número de

carbonos presentes na molécula (Tabela 3) (SHAHIDI, 2004).

Tabela 1-Classificação botânica da

Mangifera Indica L (WIKIPEDIA, 2017)

Tabela 2-Composição química da Mangifera

Indica L (SILVA; CALISTO, 2013)

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Atualmente existem vários estudos realizados com legumes, frutas, sementes, cascas e

madeira, que revelam a presença de compostos fenólicos com propriedades antioxidantes e

anticancerígenas (MOURE, 2000), e de acordo com King (1999) citado por Angelo (2006), de

todos os compostos fenólicos, destacam-se os flavonóides, os ácidos fenólicos e os taninos

como os mais comuns antioxidantes fenólicos de fonte natural.

Entre as componentes da planta na qual se insere as funções de crescimento e

desenvolvimento os flavonoides apresentam um especial destaque. Muitas destas

funcionalidades são essenciais para a sobrevivência, como a atração de animais polinizadores

e dispersores de sementes, estimulação da bactéria Rhizobium para a fixação de azoto e

assimilação de minerais provenientes das folhas. Os flavonoides também são conhecidos por

aumentarem a tolerância das plantas frente a fatores abióticos e são empregados como agentes

de defesa contra herbívoros e patógenos (ANDERSON, 2005).

Os flavonoides possuem uma estrutura básica formada por C6-C3-C6, o difenil propano

(Figura 1), sendo os compostos mais diversificados do reino vegetal. Consistem em dois

anéis aromáticos interligados por três carbonos que geralmente forma uma estrutura

heterocíclica oxigenada (BRAVO, 1998).

Figura 1 - Difenil propano- Estrutura geral de um flavonoide com os anéis A, B e C e sistema de numeração para

diferenciação dos carbonos (ZIELINSKI, 2005).

Os ácidos fenólicos podem ser então subdivididos em 3 grupos. O primeiro é composto

pelos ácidos benzoicos (Figura 2), sendo que a estrutura possui sete átomos de carbono (C6-

C1). O segundo é constituído pelos ácidos cinâmicos (Figura 3), com nove átomos de carbono

(C6-C3) (SOARES, 2002).

Estrutura Classe

C6 Fenólicos Simples

C6 – C1 Ácidos fenólicos e compostos relacionados

C15 Flavonas

C6, C10, C14 Quinonas

Taninos Oligómeros e Polímeros

Tabela 3 - Classificação de alguns compostos fenólicos (adaptado de Shahidi & Naczk, 2004).

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Figura 2-Ácidos benzoicos Figura 3-Ácidos cinâmicos

Por fim a cumarinas (Figura 4) formam o terceiro grupo e são derivadas do ácido cinâmico

por ciclização da cadeia lateral do ácido o-cumárico (SOARES, 2002).

Figura 4-Cumarinas

Os compostos fenólicos são constituintes muito importantes no mundo hortícola e

frutícola. Através da quantificação destes conseguimos obter informações a respeito da

atividade antioxidante, qualidade do alimento e dos potenciais benefícios á saúde

(TALCOTT, et al, 2003).

Segundo Da Mota (2011), os taninos integram, em conjunto com os flavonóides, os

compostos fenólicos responsáveis pela adstringência e gosto amargo das plantas. São dotados

de propriedades biológicas diversas, relacionadas com o seu potencial como quelantes iónicos

e agentes precipitantes de proteínas e antioxidantes. Compreendem ainda, compostos

polifenólicos solúveis em água, que podem ter uma massa molecular elevada e são divididos,

de acordo com a sua estrutura e origem biogenética, em dois grupos principais: taninos

hidrolisáveis (Figura 8-(e) e (f)) e condensados (Figura 8-(g)). Os taninos hidrolisáveis são

ésteres de ácidos fenólicos e açúcares, em geral, glucose e dividem-se em galotaninos

R1=R2=R3=R4=H Ácido cinâmico; R1=OH Ácido o-

cumárico; R2=OH Ácido m-cumárico; R3=OH Ácido p-

cumárico; R2=R3=OHÁcido cafeico; R2=OCH3; R3=OH

Ácido ferúlico; R2=R4=OCH3; R3=OH Ácido sinápico

R1=OH Ácido Salicilico; R1=R4=OH Ácido

Gentísico; R3=OH Ácido p-hidroxibenzóico;

R2=R3=OH Ácido Protocatequínico; R2=OCH3;

R3=OH Ácido Vanilico; R2=R3=R4=OH Ácido

Gálico; R2=R4 = OCH3; R3=OH Ácido Siríngico

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(açúcares esterificados com ácido gálico) e elagitaninos (açúcares esterificados com ácido

elágico). A hidrólise origina ácido gálico (Figura 8-(a)), ácido elágico (Figura 8-(b)) ou o

seu derivado, o ácido hexahidroxidifénico (Figura 8-(c)) e o respectivo resíduo de

monossacarídeo. Os taninos condensados (proantocianidinas) são polifenóis constituídos por

catequina e leucoantocianidina unidas entre si por ligações carbono-carbono que só em

condições especiais são clivadas.

1.2.2-Presentes na Mangifera indica L.

De acordo com (BERARDINI, et al, 2005) e (RIBEIRO, et al, 2008), a manga (Mangifera

indica L.) têm presente na constituição da sua casca cerca de seis compostos fenólicos, são

eles: mangiferina, isomangiferina, quercetina diglicosídeo, quercetina 3-O-glucosídeo e

canferol 3-O-glucosídeo.

A mangiferina (Figura 5) e derivados (isomangiferina) possuem várias atividades como

antioxidante, imunomodulatória e anti-inflamatória.

Figura 5-Mangiferina

Figura 8- Exemplo de alguns compostos fenólicos: (A) ácido gálico; (B) ácido elágico; (C)

ácido hexahidroxidifénico (HHDP); (D) catequina; (E) estrutura típica de um elagitanino;

(F) estrutura típica de um galotanino; (G) e estrutura típica de uma proantocianidinas

(Adaptado de Mota, 2011).

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Quercetina (Figura 6) é um flavonoide natural que possui propriedades farmacológicas, tais

como anti-inflamatória, anti carcinogénica (atua no sistema imunológico), antiviral, influencia

na inibição de cataratas em diabéticos, anti-histamínicas (antialérgicas), cardiovascular, entre

outras atividades. No caso da manga são encontrados o quercetina diglicosídeo, quercetina 3-

O-glucosídeo (Figura 7).

Figura 6-Quercetina Figura 7- Quercetina 3-O-glucosídeo

Canferol (Figura 8) é um flavonol natural, família dos flavonoides, que está presente em

diversos alimentos derivados de vegetais e frutos. No seu estado puro, o canferol é um sólido

cristalino de coloração amarelada, com um ponto de fusão alto comparativamente com a água

(276-278 ºC), ligeiramente solúvel em água e fortemente solúvel em etanol aquecido e éteres.

Do ponto de vista fisiológico, o canferol age como um antioxidante ao reduzir o stress

oxidativo e vários estudos sugerem que o consumo de canferol pode reduzir o risco de vários

cancros em humanos. Na manga esta presente um derivado da estrutura original, o canferol 3-

O-glucosídeo (Figura 9).

Figura 8- Canferol Figura 9- Canferol 3-O-glucosídeo

1.3-Extração sólido-líquido

1.3.1-Descrição Geral

A operação de extração é uma operação de separação/purificação muito comum a nível

industrial. Nesta operação, a separação do soluto da mistura de alimentação é promovida pela

adição de outro composto, designado por solvente.

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O conceito de extração aplica-se a alimentações sólidas ou líquidas, às quais se pretende

retirar o soluto, seja para o obter num estado mais puro por constituir o produto objeto do

processo, seja para remover impurezas (Química, 2016).

1.3.2- Fatores que podem influenciar na eficiência

Vinculados ao material: quantidade, natureza, teor de humidade, tamanho das partículas;

Vinculados ao líquido: escolha do solvente, seletividade e quantidade;

Vinculados ao sistema: temperatura, agitação, pH, tempo de extração.

Estes fatores têm influência no rendimento da extração e consequentemente na leitura final

do teor de antioxidantes. De acordo com Siqueira et al. (1997) o antioxidante é “qualquer

substância que, quando presente em baixas concentrações, comparado ao substrato oxidante,

retarda ou inibe o processo de oxidação”.

Quanto à determinação do teor de compostos fenólicos totais é feita através do método

espectrofotométrico de Folin-Ciocalteau onde se utiliza o ácido gálico como padrão de

referência.

A extração possui um vasto campo de aplicação

nas análises de fármacos, no tratamento de minérios,

mas também na indústria alimentar, de cosmética e

na produção de óleos essenciais, assim como na

purificação de correntes efluentes com vista a retirar

contaminantes indesejados e tóxicos.

Os principais mecanismos de separação baseiam-

se nos seguintes processos: adsorção, partição (fase

normal e reversa), troca iônica e exclusão. Esses

mecanismos estão associados a processos químicos,

físicos e mecânicos que atuam durante a separação.

Dentre as principais forças químicas e físicas

atuantes entre as moléculas do soluto e do solvente,

destacam-se as ligações de hidrogénio, interações

dipolo-dipolo, dipolo-dipolo induzido e interações

iônicas (Jardim, 2010). É também de realçar que

existem diversos fatores que podem influenciar o

rendimento de uma extração nomeadamente: a

temperatura, a composição do solvente, o tamanho

das partículas, o tempo de retenção, o gradiente de

concentração, o pH e a agitação do meio (Seabra,

2015).

Figura 10- Processo de

filtração

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2-OBJETIVOS

Com a presente atividade experimental pretendeu-se averiguar se a casca de Mangifera

indica L. é ou não matéria-prima viável para a extração de compostos fenólicos, recorrendo à

operação unitária extração sólido-líquido convencional. Pretendeu-se também estudar o efeito

da composição do solvente (mistura EtOH e H2O) e tempo com a finalidade de determinar

quais as condições experimentais testadas eram mais favoráveis à obtenção de compostos

fenólicos como á atividade antioxidante (teste de captura com DPPH) desta matéria-prima.

3-MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizados os protocolos (Nº1, Nº2, Nº3 e Nº4) e respetivamente escritos pela

docente da unidade curricular, Inês Seabra em 2012. No decorrer da atividade existiram

algumas alterações e ajustes. Serão então indicadas abaixo os ajustes/alterações feitas

relativamente ao protocolo inicial (Anexo 1, 2, 3, 4: Protocolos Originais).

3.1- Preparação da matéria-prima e determinação da humidade pelo método

gravimétrico.

Para a obtenção correta da nossa matéria-prima (casca de manga), foi necessário extraí-la

da polpa e caroço. De seguida foi triturado de modo a obter um granulado muito fino, pois

existiu por parte dos alunos uma previa secagem em casa.

3.1.1. Materiais:

❖ Matéria prima triturada;

❖ Placas de Petri sem tampa (3);

❖ Espátula;

❖ Exsicador;

❖ Estufa (aproximadamente 103 ºC);

❖ Balança analítica (4 casas decimais);

❖ Caneta de acetato.

3.1.2-Procedimento

1. Colocou-se as placas de Petri na estufa a cerca de 103 ºC durante meia hora (30

minutos), para que estas secassem devidamente;

2. De seguida as placas foram removidas da estufa, colocadas num exsicador,

deixando-as arrefecer até atingir a temperatura ambiente;

3. Identificou-se com caneta de acetato as placas (3) e anotou-se a sua respetiva

massa. A cada placa foi adicionada aproximadamente 0,5 gramas de amostra;

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4. Por último as placas foram colocadas novamente na estufa a 103 ºC. Após 2 horas

retiraram-se as placas da estufa, deixando-se arrefecer no exsicador antes de

proceder a nova pesagem (no nosso constatou-se que a massa inicial/“húmida” era

a mesma que a massa final/“seca”, devido a ter sido feita uma prévia secagem em

casa dos alunos, como já foi mencionado).

5. Com a junção de todos os dados obtidos como se pode observar no Anexo 3-

Tabela 1 procedeu-se então ao cálculo da humidade de cada uma das amostras

(Equação 1-Anexo 2), como também o desvio padrão e coeficiente de variação

dos valores de humidade obtidos (Equação 2-Anexo 2).

3.2- Extração sólido-liquido.

Relativamente extração sólido-liquido, o procedimento realizou-se de forma diferente ao

que está descrito no protocolo (Nº2-Extracão sólido-líquido).

3.2.1. Materiais:

❖ Frascos de plástico, previamente etiquetados, para armazenamento dos extratos (6);

❖ Copos (6);

❖ Matéria-prima;

❖ Micro-pipeta;

❖ Filtro;

❖ Funil de Vidro;

❖ Balança analítica;

❖ Tanque de Banho-Maria termoestatizado;

❖ Caneta de acetato;

❖ Provetas;

❖ Eppendorfs;

❖ Suporte para eppendorfs;

❖ Cronómetro;

❖ EtOH;

❖ H2O.

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3.2.2-Procedimento:

1. De modo a avaliar diferentes condições experimentais, elaborou-se o seguinte

plano de extração (Tabela 4), para o mesmo equipamento, copo em banho

termoestatizado.

2. Em primeiro lugar, foi montado o equipamento de extração, tanque para banho

termoestatizado para aquecer até a temperatura pretendida (40ºC).

3. Em seguida, identificaram-se os copos segundo o plano de extração (Tabela 4) e

colocou-se em cada um, 1 g de matéria-prima e cerca de 20 ml de solvente de

acordo com as razões sólido: solventes definidos no plano de extração (Tabela 4).

Iniciou-se as seis extrações, colocando o copo respetivo a cada extração no tanque

para banho termoestatizado a 40 ºC e iniciou-se a contagem do tempo. Ao fim de

30 minutos, retirou-se o copo 6 (EtOH: H2O 50/50), de modo a estudar a variável

tempo.

4. Os extratos obtidos foram, então, filtrados e armazenados em frascos devidamente

rotulados.

3.2.3- Aferição do rendimento de extração:

5. Determinou-se, em primeiro lugar, o volume de extrato obtido na extração com o

auxílio de uma proveta.

6. Em seguida, pesaram-se 18 eppendorfs na balança analítica e pipetaram-se para os

mesmos, amostras de 1,5 ml de cada extrato, em triplicado.

7. As amostras nos eppendorfs foram colocadas na estufa com a tampa aberta, a 40ºC,

durante sensivelmente uma semana, até que o solvente evaporasse por completo.

Manga(Mangifera Indica )

Matéria-prima Solvente Tempo (min.) Razão sólido:solvente (m/v)

45

45

45

45

45

30

1:20

EtOH:H2O (50:50)

EtOH:H2O (100)

EtOH:H2O (50:50)

1:20

1:20

H2O

EtOH:H2O (25:75)

1:20

1:20

1:20

EtOH:H2O (75:25)

Tabela 4-Plano de extração

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8. Por fim, foram pesados os eppendorfs com o extrato, em princípio, já sem nenhum

vestígio de solvente.

9. Calcularam-se então as massas de extrato correspondentes ao volume de extrato do

eppendorfs e ao volume total de extrato obtido, utilizando as Equações (3) e (4),

respetivamente do Anexo 5. Com estes valores, foi possível, através da Equação

(5) do Anexo 5, calcular o rendimento das extrações em base seca.

Todos os valores aferidos anteriormente podem ser consultados no Anexo 6-Tabela 2.

3.3- Teor de compostos fenólicos no extracto.

3.3.1-Materiais:

❖ Espátula;

❖ Copo de precipitação de 500 mL;

❖ Tubos de ensaio;

❖ Pipetas automáticas (20 µL; 100 µL; 1mL; 5mL);

❖ Espectrofotómetro e cuvetes de plástico;

❖ Vórtex;

❖ Cronómetro.

Solventes e Padrão utilizados:

❖ Água destilada;

❖ Reagente de Folin;

❖ Na2CO3;

❖ Etanol;

❖ Padrão de composto fenólico (ácido gálico).

3.3.2- Preparação das soluções:

Foram preparadas previamente, uma solução de carbonato de sódio a 17% (m/v) e uma

solução padrão de ácido gálico (3,2 mg de ácido gálico/2 ml de etanol), sendo esta a solução-

mãe de ácido gálico.

3.3.3- Preparação dos extratos para análise espectrofotométrica:

Das 18 amostras secas preparadas em 3.2.2., selecionaram-se 6, garantindo que

correspondiam às 6 diferentes extrações efetuadas, sendo as restantes armazenadas para uma

eventual necessidade de repetir o ensaio. As amostras selecionadas foram diluídas

primariamente com etanol (600 µL) ou água (600 µL) dependendo da sua razão extrato:

solvente, recorrendo ao vórtex e ultrassons para garantir a solubilização total dos extratos.

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Por fim ainda procedemos a mais uma diluição devido á concentração do estrato ainda ser

muito elevada, ou seja, retiramos para um novo eppendorfs cerca de 200 µL da solução obtida

nos eppendorfs anteriores e acrescentamos 600 µL de H2O (diluição 1: 4).

3.3.4. Construção da reta de calibração

Foram utilizados 6 tubos de ensaio, sendo um deles o "branco", e os restantes referentes à

curva de calibração. De seguida foram colocadas, nos tubos de ensaio, entre 0 a 20 μL (0, 4,

8, 12, 16, 20) alíquotas de solução mãe e adicionou-se etanol até perfazer um volume de 20

μL. O tubo de ensaio sem solução-mãe representou o "branco". De seguida, adicionaram-se

1580 μL de água destilada a todos os tubos de ensaio e mais 20 μL de água no "branco" para o

volume final ser igual aos restantes tubos de ensaio.

Iniciou-se a contagem do tempo (auxílio do cronómetro do telemóvel), no momento que se

adicionou 100 μL de reagente de Folin-Ciocalteu ao primeiro tubo, o "branco". Passado 30

segundos, adicionaram-se 300 μL da solução de carbonato de sódio e, após agitação, colocou-

se o tubo em banho termoestatizado a 40ºC, onde permaneceu durante 30 minutos. Este

procedimento foi repetido, sequencialmente para os restantes tubos.

Foram, então, medidos os valores de absorvância de cada amostra no espectrofotómetro a

765 nm em cuvetes de plástico. Para tal, calibrou-se o espectrofotómetro com a leitura do

"branco", fazendo-se em seguida a leitura das restantes amostras. Os valores obtidos podem

ser consultados no Anexo 6-Tabela 3. Com estes resultados, procedeu-se à construção da

curva de calibração (Anexo 6-Figura 1).

3.3.5-Análise das amostras de extrato:

A análise das amostras foi feita em triplicado, pelo que foram transferidas três alíquotas

(20 μL) de cada amostra previamente diluídas (assim como as amostras em 3.3.4) para tubos

de ensaio, perfazendo um total de 18 tubos. De seguida, adicionaram-se 1580 μL de água

destilada a todos os tubos de ensaio. Procedeu-se então da maneira referida em 3.3.4.

Por fim, foi determinado o teor de compostos fenólicos de cada amostra. Para tal recorreu-

se à equação da reta de calibração e à Equação (7) do Anexo 5, o que permitiu obter o teor de

fenólicos expresso em mg EAG/mL de solução. Pelas Equações (8) e (9) do Anexo 5 foi

possível calcular o teor de fenólicos expresso em % EAG (m/m) onde se pode observar no

Anexo 6-Tabela 4.

3.4-Atividade antioxidante (teste de captura com DPPH).

3.4.1-Materiais:

❖ Balança analítica (4 casas decimais);

❖ Espátula;

❖ Cronómetro (telemóvel);

❖ Tubos de ensaio;

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❖ Espectrofotómetro e cuvetes de plástico;

❖ Suporte para tubos de ensaio;

❖ Pipetas automáticas;

❖ Vórtex.

Solventes e Reagentes:

❖ Água destilada;

❖ Etanol;

❖ Radical DPPH.

3.4.2-Procedimento:

1. Inicialmente foi preparada, com uma concentração molar de 0,3 mM, uma solução de

DPPH com etanol. Esta solução foi preparada para todos pois seria necessária colocar

1 mL por cada amostra de todos os grupos;

2. De seguida, diluiu-se os extratos em etanol e água destilada (750 µL de etanol a 99.5%

e 250 µL H2O);

3. Preparou-se uma solução para cada estrato (com a mesma concentração 21.4 mg/mL)

previamente calculada, utilizando um tubo de ensaio com 10 mL com etanol a 75%;

4. No seguimento foram adicionados 2,5 mL da solução de cada extrato em 3 tubos de

ensaio de modo a o processo se feito em triplicado;

5. 3 tubos de ensaio foram utilizados como controlo onde foram adicionados 2,5mL de

etanol 75%;

6. Também foram feitos “brancos”, respetivos a cada estrato onde consistia em adicionar

2,5 mL de extrato juntamente com 1 mL de etanol em um novo tubo de ensaio;

7. Foi então ligado o cronómetro do telemóvel e adicionado 1 mL da solução DPPH de

15 em 15 segundos;

8. No final do processo, antes da leitura, foram colocados num local privados de luz.

9. Por fim foram lidas as absorvâncias no espectrofotómetro (Anexo 6-Tabela 5). Com

as absorvâncias obtidas foi possível calcular a percentagem de atividade antioxidante

(%AA) através da Equação 10 do Anexo 5.

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4-RESULTADOS E DISCUSSÃO:

4.1-Geral:

Para avaliar e quantificar os compostos fenólicos presentes na casca de manga, foram

considerados o rendimento da extração e o teor de compostos fenólicos dos extratos como

também a atividade antioxidante. Em seguida são apresentados os resultados obtidos, sendo

que as tabelas auxiliares para a obtenção dos resultados, incluindo a percentagem de

humidade das matérias-primas, encontram-se no Anexo 6.

4.2-Descrição específica:

Após a realização da primeira parte da atividade experimental, foi determinada a humidade

das amostras de matéria-prima (casca de manga), como a sua média, desvio padrão e

consequentemente coeficiente de variação (Tabela 5).

Assim podemos verificar que a matéria-prima apresentava baixa humidade pois, como já

referido anterior, existiu uma previa secagem em casa dos alunos, onde o seu valor foi 10,9±

1,3 %, obtendo assim um coeficiente de variação (CV) de 11,5 %.

Foi então avaliado o fator tempo e concentração de etanol, nos três processos (rendimento

de extração, teor de fenólicos e atividade antioxidante), como podemos observar no Figura 11

que teve como base as Tabelas (2), (4) e (5) presentes no Anexo 6 como já foi referido.

Figura 11-Efeito do tempo de extração (minutos) no rendimento de extração, teor fenólico e atividade antioxidante em %.

Ensaio Média DP CV

11,6

11,6

9,4

Humidade (%)

10,9 1,3 11,5

Tabela 5 – Humidade em percentagem da matéria-prima.

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Como se pode verificar pelos resultados obtidos na Figura 11 foi obtido um maior

rendimento da extração ao fim de 45 minutos (23,8), o que significa que o aumento do tempo

de extração compensou relativamente á quantidade de compostos fenólicos extraídos. O

menor rendimento aos 30 minutos pode dever-se ao decorrer ainda do processo de extração,

ou seja, ainda estão a ser obtidos compostos fenólicos ao fim de 30 minutos. Os valores dos

desvios-padrão são 8,1 no tempo de extração de 45 minutos e 9 no tempo de extração 30

minutos. É importante mencionar que o rendimento é razoável, mas baixo, pois na extração

inicial, as soluções apresentaram-se muito concentradas o que levou a uma diluição de 1: 4.

Relativamente ao teor fenólico, podemos observar que a extração feita a 45 minutos

apresenta, ligeiramente, uma concentração superior (13,2 > 12,9). Assim podemos extrapolar

que existe um aumento, ainda que seja pequeno, na extração de compostos fenólicos. Este

aumento reduzido pode significar que o tempo ótimos de extração foi atingido muito

provavelmente no intervalo de tempo 30-45 minutos. Os valores dos desvios-padrão são 2 e

1,8, respetivos ao aumento do tempo.

Por fim a atividade antioxidante, ao longo tempo, apresenta comportamento idêntico á

evolução do teor fenólico, sendo que aqui o aumento é muito mais vincado e notório, sendo

que, aos 45 minutos de extração apresentava uma percentagem de 61,2 crescendo de 48,1 ao

passar de 15 minutos. Os desvios-padrão obtidos são de 7,2 e de 2,8, sendo o primeiro de 30

minutos e o segundo de 45 minutos.

Em última análise encontra-se um gráfico (Figura 12), que pretende correlatar o resultado

obtidos dos três processos (rendimento de extração, teor de fenólicos e atividade antioxidante)

em função da concentração do solvente testado, durante o mesmo tempo (45 minutos).

Figura 12-Efeito da composição do solvente no rendimento de extração, teor fenólico e atividade antioxidante em %.

No que diz respeito ao rendimento da extração, para todas as razões diferentes de solvente

a que obteve melhor resultado foi 25: 75 e 75/25. Para além disso também se pode constatar

que quando o solvente é constituído por mistura de H2O com EtOH a rentabilidade é maior

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(excetuando o caso 50:50 devido a erros). Comparativamente aos ensaios puros tanto de água

destilada como de etanol é possível verificar uma afinidade similar, ou seja, existem

compostos fenólicos muito compatíveis com a água e com o etanol).

Na leitura dos teores fenólicos como na atividade antioxidante podemos constatar, apesar

de o gráfico não replicar muito bem os acontecimentos que deveriam ter ocorrido, que com o

aumento da concentração de EtOH na composição do solvente também deveria existir um

aumento progressivo nos valores obtidos, o que não se constatou totalmente e devidamente,

pois o que obteve maior percentagem foi 50: 50 decrescendo a partir daí.

Estes resultados poderiam ter sido influenciados pelo plano de extração, pois foi decidido

que seria 45 minutos nos três processos (rendimento de extração, teor fenólico e atividade

antioxidante), enquanto que o tempo ótimo para o processo seria entre 30-45 minutos, como

foi anteriormente mencionado.

Apesar de tudo, pode mesmo assim observar-se alguma tendência do aumento dos valores,

o que indica que os solventes mais seletivos e adaptados para a extração dos compostos

fenólicos da matéria-prima eleita (casca de manga) são os que possuem maior teor etílico.

De modo a obter resultados mais conclusivos e concretos seria necessário proceder á

realização de mais ensaios.

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5-CONCLUSÃO

Com a execução desta atividade experimental composta em quatro parte, foi possível

retirar várias conclusões.

Desde logo, em primeiro lugar, das condições laboratoriais descritas, as que se aproximam

das condições ótimas para a extração variam consoante a matriz vegetal utilizada.

Relativamente a casca da manga, o maior teor de compostos fenólicos, 13,2 ± 19, foi

obtido utilizando um solvente com razão de EtOH: H2O 50: 50 (v/v) e um tempo de extração

de 45 minutos.

Assim sendo, a matéria-prima é passível de ser utilizada, uma vez que apresenta bons

teores de compostos fenólicos, pelo menos nas condições experimentais analisadas

(importante de referir novamente que, após a obtenção do extrato foi necessário fazer uma

diluição 1: 4 pois era muito concentrado). A matéria-prima apresenta-se com grande potencial

para a aplicação como antioxidante nos alimentos (enriquecimento nutricional), nos

cosméticos (retardamento do envelhecimento), como entre outras áreas. Logo, sendo a casca,

um resíduo muito abundante e uma fonte de produtos de elevado valor acrescentado, deve ser

considerado no desenvolvimento do conceito de biorefinaria aplicada as indústrias.

Para que num futuro próximo, a casca de manga, possa ser utlizada como fonte, seria

necessário efetuar estudos mais pormenorizados para determinar a natureza dos compostos

fenólicos e poder-se-ia testar outras condições laboratoriais, como por exemplo o efeito

equipamento de extração e a temperatura de extração, e assim encontrar formas de aumentar

o teor de compostos fenólicos nos extratos.

Concluímos assim que, é possível afirmar que os objetivos delineados inicialmente foram

cumpridos parcialmente com êxito, pois foi possível extrair e quantificar os compostos

fenólicos através das diferentes condições experimentais descritas, com rendimentos e teores

de compostos fenólicos bastante satisfatórios. Pode-se afirmar ainda que alguns resultados

não são fiáveis, visto que os valores de coeficientes de variação referentes aos respetivos

ensaios são superiores em alguns casos a 15, sendo que seria necessário repetir, novamente, os

respetivos protocolos experimentais.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Mangifera_indica» . [Consult.14 out.2017]

❖ ZIELINSKI, A.; (2015); Avaliação dos compostos fenólicos e atividade antioxidante

in vitro de chás: classificação, modelagem e otimização por técnicas quimiométricas;

State University of Ponta Grossa; Department of Food Engineering; Disponível em:«

https://www.researchgate.net/profile/Acacio_Zielinski». [Consult.14 out.2017]

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7-ANEXO 1

7.1-Protocolo 1:

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8-ANEXO 2

8.1-Protocolo 2

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9-ANEXO 3

9.1-Protocolo 3

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10-ANEXO 4

10.1-Protocolo 4

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11-ANEXO 5

11.1-Equações:

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12-ANEXO 6

12.1-Tabela 1 - Determinação da humidade da matéria-prima.

12.2-Tabela 2 - Determinação do rendimento das extrações.

12.3-Tabela 3 - Curva padrão de ácido gálico.

Ensaio Média DP CV

1 45,9 46,3 46,3 0,4 0,4 11,6

2 48,1 48,6 48,5 0,5 0,5 11,6

3 46,4 47,0 47,0 0,6 0,6 9,4

Humidade (%)Matéria-prima Ensaio Caixa (g) Caixa + Amostra húmida (g) Caixa + Amostra seca (g) Amostra húmida (g) Amostra seca (g)

10,9Manga(Mangifera Indica ) 1,3 11,5

Ensaio Média DP CV

1,0 12 1,5 1 0,9139 0,9526 0,0387 0,3096 0,9 34,7297

1,0 12 1,5 2 1,0611 1,0914 0,0303 0,2424 0,9 27,1915

1,0 12 1,5 3 1,0627 1,0912 0,0285 0,2280 0,9 25,5761

1,0 13,5 1,5 1 0,9127 0,9455 0,0328 0,2952 0,9 33,1144

1,0 13,5 1,5 2 1,0565 1,0872 0,0307 0,2763 0,9 30,9943

1,0 13,5 1,5 3 1,0444 1,0742 0,0298 0,2682 0,9 30,0856

1,0 13,5 1,5 1 0,8885 0,9173 0,0288 0,2592 0,9 29,0760

1,0 13,5 1,5 2 1,0583 1,0726 0,0143 0,1287 0,9 14,4371

1,0 13,5 1,5 3 1,06 1,0876 0,0276 0,2484 0,9 27,8645

1,0 16 1,5 1 0,8981 0,933 0,0349 0,3723 0,9 41,7594

1,0 16 1,5 2 1,0469 1,0712 0,0243 0,2592 0,9 29,0760

1,0 16 1,5 3 1,059 1,082 0,023 0,2453 0,9 27,5205

1,0 17 1,5 1 0,9475 0,9754 0,0279 0,3162 0,9 35,4701

1,0 17 1,5 2 1,0494 1,064 0,0146 0,1655 0,9 18,5614

1,0 17 1,5 3 1,0396 1,056 0,0164 0,1859 0,9 20,8498

1,0 14 1,5 1 0,9161 0,9417 0,0256 0,2389 0,9 26,8026

1,0 14 1,5 2 1,0409 1,0623 0,0214 0,1997 0,9 22,4053

1,0 14 1,5 3 1,0491 1,0683 0,0192 0,1792 0,9 20,1020

Manga(Mangifera Indica )

Rendimento de extracção (%)Extracto seco total (g)MP base seca (g)MP base húmida extracção (g)Matéria-prima Volume alíquota (mL) EnsaioSolvente Epp. + extracto seco (g)Eppendorf (g)Tempo (min.) Razão sólido:solvente (m/v) Volume de extracto (mL) Extracto seco alíquota (g)

45

45

45

45

45

30

25,0

1:20

EtOH:H2O (50:50)

EtOH:H2O (100)

EtOH:H2O (50:50)

1:20

1:20

H2O

EtOH:H2O (25:75)

1:20

1:20

1:20

4,9 16,8

9,2 36,8

23,1 3,4 14,7

31,4 1,6 5,0

23,8 8,1 34,1

7,8 23,8

29,2

32,8EtOH:H2O (75:25)

Volume sol. ác. gálico Massa ác. gálico Conc. ácido gálico

(uL) nos 20 uL (ug) nos 20 uL (mg/mL)

1 4 4,09333 0,2047 0,093

2 8 8,18667 0,4093 0,401

3 12 12,28000 0,6140 0,564

4 16 16,37333 0,8187 0,726

5 20 20,46667 1,0233 0,807

Ponto Abs 765 nm Ord. Origem Declive

3,87784E-02 1,11004

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12.4-Figura 1 - Curva padrão de ácido gálico.

Solução de ácido gálico - x mg / mL EtOH

12.5-Tabela 4 - Teor de fenólicos nos extratos.

y = 1,11004E+00x + 3,87784E-02R² = 9,50764E-01

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

1,2000

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

Conc. Solução Teor de fenólicos

no epp. (mg/mL)-1/4 (mg EAG/mL sol.) Ensaio Média DP CV

38,7 1,2 8,06250 1 0,415 0,499 6,195

38,7 1,2 8,06250 2 0,421 0,506 6,277

38,7 1,2 8,06250 3 0,434 0,521 6,456

32,8 1,2 6,83333 1 0,336 0,412 6,026

32,8 1,2 6,83333 2 0,307 0,380 5,555

32,8 1,2 6,83333 3 0,325 0,400 5,847

28,8 1,2 6,00000 1 0,782 0,907 15,114

28,8 1,2 6,00000 2 0,67 0,783 13,042

28,8 1,2 6,00000 3 0,585 0,688 11,469

34,9 1,2 7,27083 1 0,481 0,573 7,877

34,9 1,2 7,27083 2 0,528 0,625 8,594

34,9 1,2 7,27083 3 0,591 0,695 9,556

27,9 1,2 5,81250 1 0,437 0,524 9,013

27,9 1,2 5,81250 2 0,314 0,387 6,664

27,9 1,2 5,81250 3 0,338 0,414 7,122

25,6 1,2 5,33333 1 0,015 0,055 1,039

25,6 1,2 5,33333 2 0,514 0,609 11,425

25,6 1,2 5,33333 3 0,651 0,761 14,277

45

H2O 45

ETOH:H2O(50/50) 45

ETOH:H2O(50/50) 30

ETOH:H2O(75/25)

ETOH:H2O(100/0) 45

2,0

Massa extracto epp. (mg)*1000 Vol. Solv. epp. (mL)Matéria-prima

ETOH:H2O(25/75) 45

Solvente Tempo

15,7

Manga(Mangifera Indica )

1,8 13,8

0,8 9,7

1,2 16,4

Abs 765 nmTeor de fenólicos (%) (mg EAG/mg extracto * 100)

6,3 0,1 2,1

0,2 4,1

7,6

5,8

Amostra

13,2

12,9

8,7

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12.6-Tabela 5-Atividade antioxidante dos extratos (DPPH).

12.7-Tabela 6-Controlo do ensaio de DPPH.

Matéria-Prima Solvente Tempo Amostra Absorvância Ensaio Média D.P C.V

1 0,868 15,837

2 0,793 23,109

3 0,836 18,940

B 0 X

1 0,626 48,028

2 0,58 52,489

3 0,599 50,646

B 0,09 X

1 0,44 58,112

2 0,399 62,088

3 0,385 63,445

B 0,008 X

1 0,564 45,314

2 0,447 56,658

3 0,701 32,030

B 0 X

1 0,612 41,047

2 0,573 44,829

3 0,612 41,047

B 0,004 X

1 0,471 54,331

2 0,517 49,871

3 0,617 40,175

B 0 X

Manga(Mangifera Indica)

H2O

ETOH:H2O(25/75)

ETOH:H2O(50/50)

ETOH:H20(75/25)

ETOH:H20(100/0)

ETOH:H2O(50/50)

18,912

4,448

4,527

27,597

5,160

15,039

3,649

2,241

2,771

12,327

2,183

7,238

45

45

45

45

45

30

50,388

61,215

44,667

42,308

48,125

19,295

% Atividade Antioxidante

Controlo Ensaio Média D.P C.V

1 1,091

2 1,039

3 0,964

0,063846169 6,190643435

Abs

1,031333333