Extrato Metanólico Da Amêndoa Da Semente de Nim

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  • 7/25/2019 Extrato Metanlico Da Amndoa Da Semente de Nim

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    407Extrato metanlico da amndoa

    Scientia Agricola, v.57, n.3, p.407-413, jul./set. 2000

    EXTRATO METANLICO DA AMNDOA DASEMENTE DE NIM E A MORTALIDADE DE

    OVOS E LAGARTAS DA TRAA-DO-TOMATEIRO

    Roseane Cristina Prdes Trindade1,4*; Irene Maria Ramos Marques2; Haroudo Satiro Xavier3;Jos Vargas de Oliveira1

    1Depto. de Fitossanidade - UFRPE, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n - Dois Irmos - CEP: 52171-900 - Recife, PE.

    2Depto. de Zoologia - UFPE, Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitria - CEP: 50670-420 - Recife, PE.

    3Depto. de Cincias Farmacuticas - UFPE.

    4Bolsista CAPES.

    *Autor correspondente

    RESUMO: Estudou-se o efeito txico do extrato metanlico da amndoa da semente de nim, obtido peloaparelho de Soxhlet, na mortalidade de ovos e lagartas de Tuta absoluta(Meyrick) (Lepidoptera: Gelechiidae).Para constatao do efeito ovicida, ovos com 24 horas da oviposio foram contados e pulverizados comextrato nas concentraes 1000; 500; 250; 125 e 62,5 mg L-1. As testemunhas foram pulverizadas com gua emetanol. O experimento foi mantido, em laboratrio, a 25 2C; UR de 50 10% e fotofase de 12 h. O perodode incubao, para todos os tratamentos inclusive as testemunhas, foi em mdia de quatro dias, sendo que oextrato no afetou a viabilidade dos ovos, embora os valores tenham variado de 51,7% a 80,6%. Lagartasrecm-eclodidas foram colocadas em tubos contendo um fololo de tomateiro, previamente imerso em extrato,nas concentraes de 2000; 4000; 6000 e 8000 mg L-1e acondicionados na cmara climatizada 27 1C;UR: 65 10% e fotofase: 12 h. Aos quatro dias, causaram mortalidade de 82, 68, 94,7 e 100%, respectiva-mente, sendo que, ao sexto dia, todas as concentraes tinham causado 100% de mortalidade da fase larval.As testemunhas tratadas com gua e com metanol apresentaram mortalidade de 4% e 8%, respectivamente.Palavras-chave: Tuta absoluta, planta inseticida, inseticida natural, nim, tomate

    NEEM SEED KERNEL EXTRACT AND THE TOMATOLEAFMINER EGG AND LARVAE MORTALITY

    ABSTRACT: A methanolic extract from neem seed kernels, obtained using the Soxhlet apparatus was used tostudy the mortality of eggs and larvae of Tuta absoluta(Lepidoptera: Gelechiidae) and to evaluate of the ovicidaleffect. Eggs 24 hours after oviposition were counted and sprayed with the extract at the concentrations of 1000,

    500, 250, 125 and 62.5 mg L-1. Controls were sprayed with water and methanol. The experiment was conductedin laboratory conditions at 252C; UR 5010% and 12 h of photophase. Incubation period for all treatments,including controls, was four days on the average. The extract did not affect the viability of eggs, although thevalues varied between of 51.7% the 80.6%. Larvae recently hatched from eggs were placed in glass tubescontaining a tomato leaflet previously immersed for five seconds into the extract, at concentrations of 2000,4000, 6000 and 8000 mg L -1and conditioned on BOD at 271C; 6510% RH and 12 hours of light. By thefourth day after treatment the extract caused mortalities of 82, 68, 94.7 and 100%, respectively. By the sixthday, all concentrations caused 100% mortality of the larvae. The controls with water and methanol presentedmortalities of 4 and 8%, respectively.Key words: Tuta absoluta, insecticidal plants, natural insecticide, neem, tomato

    INTRODUO

    A traa-do-tomateiro, Tuta absoluta (Meyrick,1917) (Lepidoptera: Gelechiidae), considerada uma daspragas mais importantes da cultura do tomateiro no Brasil,causando danos s gemas, brotos terminais, flores, folhas,insero dos ramos e frutos (Souza et al., 1983; Haji, 1984;Haji et al., 1989; Frana & Castelo Branco, 1992). umaespcie difcil de ser controlada, pelo fato de ocorrerdurante todo o ciclo da cultura (Haji, 1982; Souza & Reis,1986; Villas Bas & Frana, 1996), ter seu elevadopotencial bitico, com hbito de construir minas nas folhasdurante a fase larval e da capacidade de desenvolverresistncia, pelo uso de inseticidas (Imenes et al., 1990).

    O uso freqente e indiscriminado de pro-dutos qumicos, muitas vezes tem acarretado apresena de altos nveis de resduos txicos nosalimentos, desequilbrio biolgico, contaminaesambientais, intoxicaes de pessoas e animais,ressurgncia de pragas, surtos de pragas secundrias eo aparecimento de linhagens de insetos resistentes(Saxena, 1989). Uma alternativa para atenuaresses problemas a util izao de aleloqumicosextrados de plantas. Dentre as espcies botnicas maisutilizadas, atualmente, como fonte de aleloqumicos,encontram-se as Famlias Meliaceae, Rutaceae,Asteraceae, Annonaceae, Lamiaceae e Canellaceae(Jacobson, 1989).

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    Atualmente, dentre as espcies vegetais comatividade inseticida, a mais estudada o nim, Azadirachtaindica A. Juss.,Meliaceae sub-tropical, tambm conhecidacomo Margosa tree ou Indian Lilac, nativa das regiesridas da sia e frica, e que se encontra distribudatambm na Austrlia e Amrica (Ahmed & Grainge, 1986;Schmutterer, 1988, 1990; Saxena, 1989; Mordue &

    Blackwell, 1993). A azadiractina, um tetranortriterpenideisolado da semente de nim, constitui o mais importanteprincpio ativo do ponto de vista entomolgico (Jacobson,1989). Esta substncia tem efeito repelente, intoxicante,regula o crescimento e a metamorfose dos insetos, causadeterrncia alimentar, afeta a biologia, a oviposio e aviabilidade dos ovos (Schmutterer, 1988; Jacobson, 1989;Saxena, 1989; Schmutterer, 1990; Mordue & Blackwell,1993; Neves & Nogueira, 1996).

    Os compostos bioativos de nim so utilizados naforma de ps, extratos aquosos e/ou orgnicos(metanlico, etanlico, acetnico, clorofrmico, hexnico),leos e pasta, alm de fraes parcialmente purificadas e

    formulaes ricas em azadiractina (Saxena, 1989). O localde origem, idade das sementes e solvente utilizado naextrao, podem ocasionar variaes nos teores doprincpio ativo e na sua atividade biolgica (Schmutterer,1987).

    Existem poucos resultados de pesquisas utilizandoextratos de plantas para o controle da traa-do-tomateiro.Ferracini et al. (1990) realizaram ensaios in vitro comextratos aquosos e orgnicos de Simaba cedron, Simarubaamara, Quassia sp., Melia azedarach e Chenopodiumambrosioides e constataram que, o Simaruba (raiz/metanlico), Simaba(folhas/metanlico) e Melia (fruto/acetnico e metanlico) provocaram mortalidade em torno

    de 80%, enquanto que Quasia(folhas/etanlico) provocou100% de mortalidade. Ferracini et al. (1993) utilizaramextratos aquosos e acetnicos de M. azedarachpulverizado sobre tomateiros envasados, observandoresultados satisfatrios com 52% e 62% de mortalidadelarval para o extrato aquoso e acetnico, respectivamente.Thomazini (1999) avaliou, em laboratrio, o efeito deextratos aquosos de folhas e ramos de Trichilia pallida, a0,1; 1,0 e 5,0%, sobre o desenvolvimento e oviposio datraa-do-tomateiro e verificou que os extratos de folhas ede ramos prejudicaram o desenvolvimento afetando,principalmente, a fase larval. O extrato de folhas a 5% noapresentou efeito ovicida mas, dependendo da densidadepopulacional do inseto, o substrato tratado tornou-semenos preferido para oviposio.

    Existem poucas informaes sobre a ao ovicidados compostos bioativos de nim em insetos. Dadosavaliados mostram que aplicaes de altas concentraesde extratos de plantas resultam em poucos ou em nenhumefeito ovicida (Schmutterer, 1987). Produtos de nimgeralmente no causam efeito ovicida, mas seu efeitoresidual , muitas vezes, suficientemente longo paraimpedir a primeira ecdise de larvas eclodidas de ovostratados (Schmutterer, 1988).

    Considerando a carncia de pesquisas complantas inseticidas visando controlar a traa-do-tomateiro,

    justifica-se, deste modo, o desenvolvimento de estudoscom plantas promissoras. Assim, o objetivo desse trabalhofoi avaliar, em laboratrio, o efeito do extrato metanlicoda amndoa da semente de nim sobre a mortalidade deovos e lagartas de T. absoluta.

    MATERIAL E MTODOS

    Os experimentos foram desenvolvidos noLaboratrio de Biologia de Insetos, rea de Fitossanidade,Departamento de Agronomia, da Universidade FederalRural de Pernambuco (UFRPE). O experimento constoudas seguintes etapas:

    Conduo da cultura: Plantas de tomateiro, Lycopersiconesculentum cv. Santa Clara, foram cultivadas em casa-de-vegetao, mediante formao de sementeiras embandejas de isopor preenchidas com substrato. Aps 15

    dias da semeadura, as mudas foram transplantadas paravasos de 25 cm de dimetro e 20 cm de altura, contendosolo esterilizado e hmus (4:1). Para o controle eventualdo microcaro Aculops lycopersici, utilizou-se o acaricidaabamectina (Vertimec 18 CE) na dosagem de 1 mL L-1degua, sendo obedecida um intervalo de segurana de 15dias, para a utilizao das folhas do tomateiro pelaslagartas.

    Criao da traa-do-tomateiro: A criao, segundometodologia descrita por Pratissoli (1995), foi conduzidaem laboratrio, a 29 1C, 55 5% de UR e fotoperodode 12 h, a partir de lagartas e pupas coletadas em campos

    de tomateiro comercial Santa Clara, no municpio deCamocin de So Flix, PE. Os adultos foram mantidos emgaiola de madeira e tela de nilon de 2 mm (1,0 x 1,0 x0,50 m), sendo alimentados com soluo aucarada a10%, fornecida em algodo acondicionado em pequenostubos de vidro, distribudos na base da gaiola. Paraobteno das posturas foram colocados no interior dagaiola pecolos de tomateiro imersos em vidros com gua.Aps a oviposio, recipientes de vidros contendo folhascom as posturas, foram colocados sobre bandejas comareia esterilizada para servir como substrato para apupao. Periodicamente, as folhas danificadas pelaslagartas eram substitudas por outras folhas novas. As

    folhas secas que continham as pupas e aquelas coletadasna areia, eram transferidas para a gaiola de madeira.

    Preparo dos extratos:Sementes de nim foram coletadasna sede da EMBRAPA - Semi-rido, no municpio dePetrolina, PE. Utilizaram-se nos experimentos, extratosorgnicos, preparados no Laboratrio de Farmacognosia,do Departamento de Cincias Farmacuticas, daUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE).

    As sementes inteiras foram colocadas em gua emantidas em repouso por um perodo de 48 h, sendo

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    posteriormente descascadas, colocadas em estufa 40Cpara secagem total da amndoa e, em seguida, trituradasem moinho eltrico obtendo-se um p fino. Este foiacondicionado em recipiente hermeticamente fechado ato preparo do extrato, para o qual utilizou-se o aparelhosoxhlet, empregando-se os solventes acetato de etila emetanol, segundo adaptao da metodologia descrita por

    Boff & Almeida (1996). Na extrao, uma amostra de 100g do p foi colocada no extrator de soxhlet, junto com 1000mL de solvente, permanecendo cada amostra sob refluxodurante 24 h. O extrato filtrado foi concentrado emrotavapor a 40C, presso reduzida. O resduo de 32,63g obtido na extrao foi dissolvido em metanol, sendo ovolume ajustado a uma dada concentrao, colocado emfrasco escuro e armazenado em geladeira a 5C.

    Efeito dos extratos na mortalidade de ovos:O extratofoi diludo em metanol para obteno das concentraes1000; 500; 250; 125 e 62,5 mg L -1. Em seguida, foramcolocados na gaiola de criao da traa-do-tomateiro,

    recipientes de vidro contendo um ramo originrio do teroapical de plantas da cultivar Santa Clara, com cincofololos, tendo seus pecolos imersos em gua paramanuteno da turgescncia, os quais serviram desubstrato para postura. Aps 24 h da oviposio, osfololos foram pulverizados com mini pulverizador manual,com um volume de 5 mL de cada concentrao. Nastestemunhas, os fololos foram pulverizados com 5 mL degua destilada e metanol. Os fololos pulverizadospermaneceram ao ar livre, por cerca de 12 h, at aevaporao do metanol ou da gua. Diariamente, eraobservado o nmero de lagartas eclodidas em cada fololo,quando se determinou o perodo de incubao e a

    viabilidade dos ovos. O experimento foi mantido, emlaboratrio, a 25 2C; UR de 50 10% e fotofase de 12h. O delineamento experimental utilizado foi inteiramentecasualizado, com sete tratamentos e cinco repeties.Todos os parmetros foram submetidos a anlise devarincia, sendo a comparao entre mdias dostratamentos feita pelo teste de Tukey (P 0,05), atravsdo programa computacional SANEST (Verso 3.0).

    Efeito dos extratos na mortalidade de lagartas: Oextrato foi diludo em metanol para obteno dasconcentraes 2000, 4000, 6000 e 8000 mg L -1. Emseguida, procedeu-se a imerso dos fololos de tomateiroem cada concentrao por cerca de cinco segundos,conforme os procedimentos recomendados pelo GrupoInternacional das Associaes Nacionais de Fabricantesde Produtos Agroqumicos (GIFAP) para lagartas que sealimentam de folhas de hortalias (Guedes et al., 1995).As testemunhas, foram constitudas por fololos imersosem gua destilada e em metanol. Aps a imerso, osfololos foram preservados sobre papel toalha, por cercade 12 h, at a evaporao do metanol e da gua. Lagartasda traa-do-tomateiro recm-eclodidas foram inoculadasem cada fololo contido em tubos de vidro, com o pecolo

    envolto em algodo umedecido com gua destilada, paramanuteno da turgescncia, fechados com filme plsticotransparente PVC (Magipack) e acondicionados emcmara climatizada a 27 1C; UR: 65 10% e fotofase:12 h. A avaliao da mortalidade larval foi realizadadiariamente at o sexto dia. O delineamento experimentalutilizado foi inteiramente casualizado com seis tratamentos

    e cinco repeties. Todos os parmetros foram submetidosa anlise de varincia, sendo a comparao entre mdiasdos tratamentos feita pelo teste de Tukey (P0,05), ondeos dados de mortalidade diria acumulada no primeiro esegundo dia foram transformados em log (x + 0,5), atravsdo programa computacional SANEST (Verso 3.0).

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Efeito dos extratos na mortalidade de ovos

    No foi verificado efeito txico do extratometanlico da amndoa da semente de nim, na viabilidade

    dos ovos da traa-do-tomateiro (Figura 1).O perodo de incubao dos ovos, para todos ostratamentos, foi em mdia de 4,32 0,02 dias, nohavendo diferena estatstica significativa entre eles; osovos apresentaram colorao branco-brilhante ou amarelo-claro inicialmente, e marrom ou avermelhado, prximo ecloso, em todos os tratamentos, semelhantemente aoencontrado por Coelho & Frana (1987) e Haji et al. (1988),quando estudaram a biologia da traa-do-tomateiro, emlaboratrio.

    Outros trabalhos realizados mostram queaplicaes de altas concentraes de extratos de plantas,resultam em pequenos efeitos ou em nenhum efeito

    ovicida (Schmutterer, 1987). Por exemplo, folhas dealgodoeiro, Gossypium hirsutum, contendo posturas deBemisia tabaci, foram pulverizadas com 0,0; 0,2 e 2% doextrato aquoso da semente de nim. A concentrao 0,2%no reduziu significativamente a viabilidade dos ovos, em6 dias, entretanto, com 2,0% a viabilidade foi reduzida para29% (Coudriet et al., 1985). Souza & Vendramin (1998)avaliaram a ao ovicida dos extratos aquosos de duasmeliceas, sobre ovos de Bemisia argentifolii, em

    aa

    a

    a

    a a

    a

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    1000 500 250 125 62,5 gua Metanol

    TRATAMENTOS

    mg L-1

    VIABILIDADE(%)

    Figura 1 - Mdias (IC) da viabilidade de ovos de Tutaabsoluta tratados com extratos metanlicos daamndoa da semente de Azadirachta indica.Temperatura: 25 2C; UR: 50 10%;fotofase: 12h. Mdias com mesma letra nodiferem pelo teste de Tukey (P 0,5)

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    tomateiro. Os dois extratos apresentaram ao ovicida,sendo que M. azedarach foi mais eficaz do que T. pallida.No extrato de M. azedarach foi verificado que algumasninfas morreram sem ter completado a ecloso.

    Beament & Lal (1957) constataram, em ovos dePieris brassicae, a existncia de uma membrana eestudaram seu papel na penetrao de ovicidas. Foi

    constatando que ocorre a substituio da membranavitelnea, poucas horas aps a oviposio, a qual dissolvida, pouco antes da ecloso das lagartas. Smith &Salkeld (1966) constataram em ovos de lepidpteros aocorrncia de uma camada lipdica ou cerosa na parteinterna do crion, envolvendo a membrana epembrinica,a qual provavelmente um fator responsvel pela retenodos ovicidas, fazendo com que ovos de muitoslepidpteros no apresentem sensibilidade aos produtoscom ao ovicida.

    A existncia da membrana epembrinica nos ovosseria a responsvel pela dificuldade de penetrao decompostos lipossolveis, at o embrio. Desta forma, os

    resultados sugerem, que ovos da traa-do-tomateiropossam apresentar essa membrana e a camada cerosaou lipdica, constituindo, portanto, barreiras penetraodo princpio ativo do extrato metanlico da amndoa denim.

    No entanto, alguns trabalhos apresentamresultados positivos do efeito ovicida de aleloqumicoscontra lepidpteros. Boff & Almeida (1996) avaliaram oefeito txico dos extratos metanlicos e/ou acetnicos depimenta-do-reino, Piper nigrum, obtidos pelos mtodosutilizando o aparelho de Soxhlet e macerado, sobre ovosde diferentes idades de Sitrotoga cerealella. Os resultadosdemonstraram que os quatro extratos apresentaram efeito

    txico crescente em funo da concentrao, para todasas idades de ovos e os dois mtodos de extrao no

    interferiram nos resultados. Verkerk & Wright (1993)relataram que azadiractina possui efeito ovicida contra atraa-das-crucferas, Plutella xylostella, nas doses de 10a 100 g AZ mL-1.

    No caso de colepteros da famlia Bruchidae, oefeito ovicida j bem esclarecido, devido a estudos dasestruturas dos ovos desses insetos. Desta forma, Credland

    (1992) estudou a estrutura do ovo de quatro espcies deCallosobruchuse Zabrotes subfasciatus, a fim de explicaro eficiente efeito ovicida de leos. Verificou-se que ovosde Callosobruchustm um espao largo incluso entre oovo e o tegumento da semente. Este espao conectadocom o exterior, atravs de um pequeno funil no final daparte posterior do ovo, que supostamente a razo paraum bom efeito do ovicida e, provavelmente, tambmlarvicida. Desta forma, essa diferena da estrutura do ovoentre as espcies pode explicar o tradicional uso de leosno controle de Callosobruchus, quando comparado comoutras espcies.

    Efeito dos extratos na mortalidade de lagartas

    No primeiro e segundo dias, aps a aplicao dosextratos j foi verificado um percentual elevado demortalidade das lagartas em todos os tratamentos comextrato. A inexistncia de diferena estatstica significativaentre a mortalidade acumulada das testemunhas gua emetanol, constatada apenas no primeiro dia, de 4% e 8%,respectivamente, e permanecendo constante at o ltimodia da avaliao, indica que o metanol utilizado para diluiro extrato no afetou a mortalidade larval (TABELA 1).

    No terceiro dia, na maior concentrao j haviasido constatada mortalidade de 90,7% das lagartas,

    havendo diferena significativa das concentraes 2000 e4000 mg L-1, com mortalidade acumulada de 46,0% e

    TABELA 1 - Mdias (Erro Padro) da mortalidade diria acumulada (%) de lagartas de Tuta absoluta, alimentadas comfolhas de tomateiro tratadas com diferentes concentraes do extrato metanlico da amndoa da semente deAzadirachta indica. Temperatura: 27 1C; UR: 65 10% ; Fotofase: 12 h.

    1Mdias seguidas da mesma letra, nas colunas, no diferem pelo teste de Tukey (P 0,5)

    Mortalidade di ria acumulada ( %)1

    Dias aps o tratamento

    TratamentosNod e

    lagartas1 2 3 4 5 6

    Extrato2000 mg L-1

    50 34,0 6,78 a 40,0 8,94 a 46,0 9,27 b 82,0 5,83 ab 88,0 3,74 ab 100,0 0,00 a

    Extrato4000 mg L-1

    50 32,0 5,83 a 38,0 4,90 a 42,0 3,74 b 68,0 6,63 b 80,0 4,47 b 100,0 0,00 a

    Extrato6000 mg L-1

    37 45,9 12,97 a 45,9 12,97 a 63,3 13,10 ab 94,6 3,43 a 96,7 3,33 a 100,0 0,00 a

    Extrato8000 mg L-1

    75 21,3 3,83 a 60,0 9,89 a 90,7 2,67 a 100,0 0,00 a 100,0 0,00 a 100,0 0,00 a

    Testemunhagua

    50 4,0 2,45 b 4,0 2,45 b 4,0 2,45 c 4,0 2,45 c 4,0 2,45 c 4,0 2,45 b

    TestemunhaMetanol

    50 8,0 5,83 b 8,0 5,83 b 8,0 5,83 c 8,0 5,83 c 8,0 5,83 c 8,0 5,83 b

    CV (%) 30,90 30,36 27,43 17,49 13,41 8,40

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    42,0%, respectivamente. No quarto e quinto dia, aps aaplicao dos extratos, observaram-se mortalidade larvalacumulada de 82 e 88, 68 e 80, 94,6 e 96,7 e 100%, nasconcentraes 2000; 4000; 6000 e 8000 mg L -1,respectivamente, havendo diferena significativa apenasentre a concentrao 4000 mg L-1em relao a 6000 e8000 mg L-1(TABELA 1).

    Um dos fatores que afeta a eficincia de umextrato o solvente extrator. Desta forma, os elevadosvalores da mortalidade podero estar associados a formade extrao com o metanol, pois por apresentar uma altapolaridade, pode tornar o extrato mais ativo, portanto, issopode variar a partir da estrutura vegetal e da espcie doinseto. Por exemplo, Mohapatra et al.(1995) encontraramresultados semelhantes quanto a toxicidade de extratosorgnicos da amndoa da semente de nim, extrados peloaparelho de soxhlet, em cinco diferentes solventesextratores (gua, metanol, etanol, acetona e hexano),contra Spodoptera litura e concluram que o extratometanlico apresentou o mximo de proteo de folhas,

    com um percentual de 100; 90,32; 47,31 e 7,50% demortalidade, comparado com 93,01; 75,26; 27,96 e 4,30%,do solvente extrator gua, nas concentraes de 1,0; 0,5;0,1 e 0,01%, respectivamente, havendo diferenaestatstica apenas nas concentraes 1,0 e 0,5%. Roel(1998) estudou o efeito de diferentes concentraes dosextratos orgnicos (acetnico e metanlico) de ramos efolhas de T. pallidana mortalidade larval de Spodopterafrugiperdae constatou que, no que se refere aos ramos,os dois extratos foram igualmente ativos, enquanto que emrelao s folhas, o extrato acetnico apresentou maioratividade que o metanlico.

    Segundo Schmutterer (1988) e Mordue &

    Blackwell (1993) a morte dos insetos alvo dependenteda dose e do tempo de exposio ao princpio ativo doproduto, a qual pode ocorrer em poucos dias da aplicao,podendo este postulado ser aplicado a este estudo, ondea concentrao de 8000 mg L-1, passou apenas quatro diaspara matar 100% das lagartas, enquanto nos demaistratamentos, foram necessrios mais dois dias deexposio do produto para atingir esta mortalidade. Emcasos extremos, as larvas podem viver por muitassemanas, sendo incapazes de realizar ecdise. Verkerk &Wright (1993) verificaram que extratos aquosos daamndoa da semente de nim, extrados com uma misturade ter e metanol, sobre lagartas de P. xylostella,apresentaram uma relao direta entre a concentrao eo tempo de exposio do produto, pois na concentrao10 g a.i. mL-1o extrato precisou de 11 dias para matar100%, enquanto a 0,1 e 1,0 g a.i. mL-1com 13 dias, amortalidade foi de 52 e 78%, respectivamente, comavaliaes realizadas de 5 a 13 dias. Um estudo feito como inseticida comercial de nim Margosan -O, em laboratrio,causou mortalidade de 8, 20, 32, 56 e 100%, no primeironstar de lagartas de Archips rosanus, nas concentraesde 0,001; 0,01; 0,1 e 1,0%, respectivamente, com 48 h deexposio do produto (Aliniazee et al., 1997).

    Outra hiptese que a lagarta da traa-do-toma-teiro, por apresentar o hbito minador, est exposta aoextrato, de forma mais direta, aps a ecloso ouposteriormente, ao passar de uma folha ou de uma minapara outra, quando se alimenta diretamente do tecidovegetal contaminado. Extratos da semente de nimaplicados nas folhas foram eficazes contra uma srie de

    pragas minadoras de folhas em hortalias como Liriomyzasativae e L. trifolii(Webb et al., 1983). Quando no interior dasminas, a traa-do-tomateiro fica sujeita aos compostos ativosque penetrem no tecido vegetal, pois o nim pode apresentaratividade sistmica, como pode ser comprovado atravs dotrabalho de Gill & Lewis (1971), utilizando extrato de nim,aplicados ao solo, em cultivo de feijoeiro, contraSchistocerca sp.. Larew et al. (1985) observaram que oextrato etanlico a 0,4% de sementes de nim, quandoaplicado ao solo, afetou L. trifolii em crisntemo,aumentando a mortalidade de larvas nos ltimos nstares.

    No presente trabalho, algumas lagartas saram damina e no conseguiram mais se alimentar, outras

    permaneceram no seu interior sem se alimentar, at amorte. Muitas lagartas que saram da mina apresentaram-se moribundas com sintomas de paralisia no corpo, semcoordenao motora, com a parte posterior do abdomerecurvada e de colorao escura. Essas alteraesmorfolgicas e fisiolgicas sugerem, por sua vez,interferncia de algum componente do extrato no sistemahormonal que rege o desenvolvimento larval. Mordue &Blackwell (1993) observaram sintomas semelhantes emrelao no liberao da exvia, em lagartas submetidasa diferentes doses de azadiractina e atriburam essasalteraes reduo na concentrao do ecdisnio ouatraso na sua liberao na hemolinfa. Esses resultados

    so de grande importncia, pois quando se afeta odesenvolvimento larval, ou seja, quando se interrompe abiologia nessa fase, obtm-se a diminuio da populaodo inseto na fase em que ocorre o dano s plantas, destaforma, quando a viabilidade larval nula, ou melhor,quando ocorre mortalidade total nessa fase, porque oextrato apresentou uma tima toxicidade (Tanzubil &McCaffery, 1990).

    Com base nos valores da elevada mortalidade delagartas, o solvente metanol apresentou tima eficinciana extrao dos compostos ativos de nim, como tambmmostrou-se em boas condies para extrair ou diluir osextratos, pois no interferiu na eficcia dos mesmos nasconcentraes testadas.

    Como o extrato estudado foi txico paraalimentao das lagartas, pode-se deduzir que os produtosderivados de nim podem ser adequados e de grandeinteresse para o controle da traa-do-tomateiro. Almdisso, segundo Schmutterer (1990), apresentamconsidervel seletividade para inimigos naturais de pragas,especialmente parasitides e predadores, como tambmpodem ser misturados com outros bioprodutos, comoinseticidas base de Bacillus thuringiensis ou comosinergistas para aumentar sua eficcia.

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    Scientia Agricola, v.57, n.3, p.407-413, jul./set. 2000

    CONCLUSES

    Extratos metanlicos da amndoa da sementede nim causam elevada mortalidade em lagartas da traa-do-tomateiro.

    O extrato da amndoa da semente de nim noafeta a viabilidade de ovos e o perodo de incubao da

    traa-do-tomateiro. O solvente metanol apresenta tima eficinciatanto para extrair como para diluir os extratos da amndoada semente de nim.

    AGRADECIMENTOS

    Coordenao de Aperfeioamento de Pessoalde Nvel Superior (CAPES) pela concesso da bolsa deestudo de Mestrado concedida ao primeiro autor e ao Prof.Dr. Edmilson Jacinto Marques pelas sugestes ecolaboraes.

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