Exu a Pedra Primordial

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COL ETNEA D E DIVERSOS AUT

OR ES

ESU A PEDRA PRIMORDIAL DA TEOLOGIA YORUBA ESU OTA ORISA Esu a pedra fundamental do Orisa ESU OFI OKUTA DIPO IO Esu transforma o sal em pedra 1. "O PRINCIPIO ERA A PEDRA" Em todos os momentos da vida dos afro-descendentes que cultuam Orisa, a terra o elemento mais importante a ser reverenciado e, em conseqncia disso, a pedra, o fruto da condensao da terra, a desagregao particulada e formadora do microcosmo Yoruba. Essa singularidade pode ser vista na gnese Yoruba, amplamente documentada, por diversos autores. Olodunmar aps um tempo imemorial de inrcia resolve criar o mundo, e sua primeira criao a pedra primordial chamada por ELE de Esu Yangi e, posteriormente, de Esu Obasin, cultuado at os dias de hoje em Ile If. Pode-se dizer que sem pedra "Ota" no h Orisa. KOSI OKUTA KOSI ORISA "Sem pedra Sem Orisa" KOSI ESU KOSI ORISA "Sem Esu Sem Orisa" Todo Orisa tem que, obrigatoriamente, ser assentado em uma pedra ou em algum material que dela tenha vindo; exemplo: o ferro em que se assenta Ogun a transmutao da pedra, transformada em ferro por intermdio do fogo. Dessa forma pode-se dizer que Ogun assentado na pedra. Outro aspecto interessante que o corpo humano composto de vrios elementos, e entre eles um dos mais importantes o barro modelado por Ajala, onde, posteriormente, inserido por Obatala, o Bara, o ESU do movimento. Outro aspecto de grande importncia relacionado terra o Ikomojade (imposio de nome ou batismo). Nele o pai pega a criana e coloca o p dela sobre a terra fofa, especialmente preparada para o momento, recitando o seguinte verso de Ifa: Yoruba IL A O GBE OMO, AO FI ESE OMO NAA TE ILE, A O WA WURE BAYI PE, ILE REE O, ILE OGERE, ILE NI A NTE KI A TO TE OMI, A KI NBINU ILE KI A MAA TE, BI O BA NRIN NILE KI OMO ARAYE MA BINU RE, A KI NBALE SOWO KI A PADANU, GBOGBO OHUN TI O BA DAWOLE LORI, 10.ILE AYE YI, 11.KO NI PADANU.

Portugus Terra Os pais pegam a criana e colocam o p dela sobre a terra, iniciando a recitao. Eles chamam o nome da criana e falam: 1. (Nome da criana) Aqui est a terra, 2. A terra que est espalhada pelo universo, 3. nela que se pisa primeiramente, 4. Antes de se pisar na gua. 5. Ningum que tenha dio da terra, 6. Priva-se de pisar nela. 7. Quando voc anda sobre a terra, 8. Os seres humanos no tero dio de ti. 9. Todos que fazem negcios com a terra lucram com ela, 10. Tudo que voc se propor a fazer na sua vida, 11. No ser em vo, voc lucrara na vida. Portanto, muito claro que Esu foi criado por OLODUNMAR, da matria primordial e divina da qual, posteriormente, ELE fez todos os Orisa. A mesma matria que daria forma toda existncia divina, assim como toda a humanidade que, um dia, Ik "a Morte" devolver esta lama primordial. Assim, Yangi o primeiro ser criado da existncia e passa a ser o smbolo primal dos elementos criados. Yangi conhecido como "Esu Agba, o Ancestral primordial, e seus assentamentos mais antigos e tradicionais eram simples pedras de laterita vermelha, colocadas no cho, onde eram feitas suas oferendas e sacrifcios. Em alguns lugares, como a Orita Meta ou a Encruzilhada de Trs caminhos, a laterita vermelha est cercada por 7, 14 ou 21 pedaos de ferro enferrujados. Na cidade de Ile Ife, pode-se ver o assentamento de Esu Yangi como o descrito acima. Para se chegar a casa de OBATALA, entra-se em uma rua que vai exatamente at a entrada, e acerca de 10 metros antes da entrada, a rua principal abre-se em duas outras ruas laterais, formando um (Y) . No meio do vrtice do (Y) est a casa de OBATALA, e na ponta do vrtice o assentamento de Yangi, uma montculo de cimento armado com uma laterita fincada no alto. ** Yangi por excelncia o smbolo da existncia diferenciada e, em conseqncia disso, o elemento dinmico que leva propulso, mobilizao, transformao e ao crescimento. Ele o principio dinmico de tudo que existe e do que vir existir. 2. OS MLTIPLOS NOMES E FUNES DE ESU Um mito relata como, em funo de seu poder, Esu se descontrola, e comea a devorar toda a preexistncia, sendo ento obrigado por Orunmila, aps uma longa perseguio, a vomitar tudo de volta. Tendo sido cortado em milhares de pedaos, transforma-se no + 1, ou em 1 multiplicado pelo infinito. Neste caso, ele Esu Okoto, o Caracol agulha, cuja estrutura ssea espiralada parte de um ponto nico, abrindo-se para o infinito, e nos d a idia do crescimento, da evoluo e da multiplicao, tendo-se tornado o smbolo da restituio e da recomposio, tornando-se Oba Baba Esu, Esu agbo, o Rei e o Pai de todos os Esu, gerados por seus pedaos. Durante muitos anos conviveu-se com uma pretensa superioridade cultural, racial, religiosa na frica e na regio dos Yoruba que provocou guerras tnicas, fato que repercute ainda nos dias de hoje. A suposta ao evangelizadora desarticulou sofisticadas estruturas religiosas, imprimindo aspectos negativos e demonacos imagem de Esu que, ainda hoje, habitam o universo religioso e pratico dos mais renomados Baba/Iya.

A perda dos valores primais africanos foi causada, sobretudo, pela escravido, e posteriormente pela miscigenao com as seitas espritas crists, permitindo assim que os mais srios seguidores do Orisa ressaltem os aspectos negativos dos demnios, referindose a Esu como: Exu Lucifer, Exu Tranca Rua das Almas, Exu sete poeiras do inferno, Exu Rei das sete encruzilhadas, ou mudam seu sexo, Exu Pomba Gira ou Exu Maria Padilha. Os nomes e atributos deste importante Orisa do panteo Yoruba no permitem interpretaes errneas como as perpetuadas pela inrcia e ignorncia de pseudos experts em cultura Yoruba. Nomes Atributos ESU YANGI O primeiro da criao, a laterita vermelha ESU AGBA Aquele que o ancestral ESU IGBA KETA O dono da cabaa, o Igba Odu ESU OKOTO O dono da evoluo, o caracol. ESU OBASIN O pai de todos os Esu ESU ODARA O Esu da felicidade ESU OJISE EBO O Esu que leva as mensagens ao Orisa ESU ELERU O Esu que leva o carrego dos iniciados ESU ENUGBARIJO O Esu que trs a prosperidade ESU ELEGBARA O Esu que detm o poder da transmutao ESU BARA O Esu dono do movimento do corpo humano ESU OLONAN O dono de todos os caminhos ESU OLOB O dono da faca ritual ESU ELEB O Esu que recebe as oferendas ESU ODUSO O Esu que vigia os orculos ESU ELEPO O Esu do azeite de dend ESU INA O Esu do fogo (saudado no Ipade) Poderia-se fazer uma lista imensa dos nomes de Esu ancestrais cultuados no Brasil e frica, mas esse exerccio desnecessrio no momento. O mais importante destacar as funes desses Esu ancestrais nos rituais: Esu Yangi: o princpio de tudo, a prpria memria de Olodunmar, seu criador. Esu Agba ou Esu Agbo: o nome que mostra sua ancianidade; ele o mais velho e, por conseqncia, o pai que retratado no mito em que Orunmila o persegue atravs dos nove Orun.

Esu igba keta o terceiro aspecto mais importante de Esu que est ligado ao nmero trs, a terceira cabaa onde ele representado pela figura de barro junto aos elementos da criao. Esu ikorita meta: ligado ao encontro dos caminhos ou a encruzilhada; o encontro de trs ruas ( Y ). Esu Okoto: o representado pelo caracol agulha, mostra a evoluo de tudo que existe sobre a terra, E est ligado ao Orisa Aje Saluga, o antigo Orisa da riqueza dos Yoruba. Esu Obasin: por este nome conhecido e cultuado em Ile If. Esu Odara: o que, se satisfeito atravs do sacrificio, traz a felicidade ao sacrificante. Esu Ojis b: ele que observa todos os sacrifcios rituais e recomenda sua aceitao, levando as splicas a Olodunmar. Esu Eleru: o que leva os carregos dos iniciados (Erupin) Esu Enugbarijo: o que devolve a todos o sacrifcio em forma de benefcios. Esu Elegbara: o todo poderoso que transforma o mal em bem, cujo poder reside na transformao das coisas. Esu Bara: um dos mais importantes aspectos de Esu, pois ele o Esu do movimento do corpo humano, infundido no corpo pr-humano, ainda no Orun por Obatala, sendo "assentado" no momento da iniciao, junto com o Ori e o Orisa individual. Esu Lon: o senhor de todos os caminhos do mundo. Esu Olob: dono do ob (faca), tem que reverenciado ao comear todos os sacrifcios, onde a faca necessria. Esu lb: o carregador de todos os bo. Esu Odus ou Olodu: ele que tem seu rosto retratado no Opon Ifa, e vigia o Babalawo para que este no minta; o que vigia os orculos (Opl-Ikin-Erindilogun) Esu Elepo: ele que recebe o sacrifcio do azeite de dend. Esu In: um dos aspectos mais importantes deste Esu primordial, presidir o Ipade, sendo o dono do fogo. a Esu In que os Babalorisa/Iyalorisa se dirigem no comeo do Ipade, uma das mais importantes cerimnias do ritual afro-descendente religioso: E In mojuba In In Mojuba Aiye In mojuba In In Mojuba Aiye...etc. Outra forma de se dirigir a Esu, e que causa certa confuso, quando seus aclitos a ele se dirige por seus EPITETOS que , por serem mais comuns, transformaram-se erroneamente em nomes: Exemplo; Esu Tiriri Esu Akesan Esu Lode Esu Barabo

Esu Esu Esu Esu

Alaketu Ijelu Bara lajiki Marabo...etc.

DA PEDRA A PEDRA A ao repressiva dos cristos europeus e, posteriormente, latino-americanos sobre os africanos, escravos e seus descendentes forjou o sincretismo entre os Orisa e os Santos Catlicos. Consequentemente, Esu e o diabo cristo na sua forma mais primitiva, teologicamente. Assim sendo, a idia de um Esu reelaborado pelos cristos e, essencialmente malfico e tenebroso, inconcebvel na Teologia e na cosmoviso Yoruba, que no tem um inferno declarado, e os homens no so punidos a post mortem. Muito embora, existam lendas e mitos populares onde Esu retratado como manhoso, trapaceiro ou encrenqueiro. Se Esu for reverenciado com o Ebo designado nada disso ser verdadeiro e a sua suposta imagem de malignidade, decorrente dessas lendas, cair por terra. Na verdade, Esu o Executor Divino, punindo aqueles que descumprem o sacrifcio prescrito, recompensando aqueles que o fazem. Ele nada faz por conta prpria. Est sempre servindo de elemento de ligao entre OLORUN e Orunmila ou ento servindo aos Orisa. Segundo a Teologia Yoruba, nenhum ser divino pode punir um Ara aiye "ser da terra", diretamente, sem a consulta a Olodunmar. Diversos Itan Ifa nos do conta que Esu tambm encarregado por OLORUN para vigiar os Orisa no Aiye. Isso s pode ser feito porque ele imparcial no seu papel de Executor Divino. por isso que todos os devotos de todos os Orisa sacrificam para Esu, por recomendao de Ifa, nos tempos de dificuldades, buscando dessa forma sua intermediao com Olodunmar. E, para que os Babalawo no se excedam ou mintam na prescrio dos b, o prprio Esu na qualidade de Odus sempre estar presente no jogo, cuidando para que o Iwa "carter" do consulente e do Babalawo no sejam maculados. Esu reporta-se diretamente a OLORUN e mantm um inter-relacionamento com os Orisa e com os Egungun "ancestrais". Ele no vingativo e nada executa por sua prpria conta, apenas cumpre fielmente as ordens de OLORUN, conforme os ditames do Iwa contido no Ori individual, destino escolhido por cada Ori no Ipori Orun `Lugar em que o ser humano preparado. E necessrio, o mais depressa possvel, esquecer, "desumbandizar" e "deskardekizar" as religies de matriz africanas, pois no se pode viver com o paradigma de bem e mal, inexistente nessas religies. Em sntese, transmutar, teologicamente, a pedra primordial em pedra angular sobre a qual se sustenta a cosmografia tradicional Yoruba. Oga Gilberto de Esu s Akrkro Nome civil: Gilberto A Ferreira Nome religioso: Oga Gilberto de ESU Olosun do Ile Iya Mi Osun Muiywa Presidente do Conselho de tica do International Congress of Orisa and Culture. Pesquisador da Tradio Yoruba. Articulista e consultor de assuntos afro-brasileiro para diversos rgos nacionais e internacionais, com artigos publicados no Brasil e exterior. Presidente fundador do Afos Ile Omo Dad (SP). Consultor de assuntos Afro-Brasileiros para a Fundao Palmares.

DIFERENTES ORIGENS DE EXU (CECAA Centro de Estudos da Cultura Afro Americana) Diferentes origens de Exu so narradas em diversos itans de If. Uma delas, que determina a ligao existente entre Exu e Orunmil, contida no Odu Ogbehunle, conta que: Quando Olodumare e Obatal estavam comeando a criar o ser humano, criaram, antes, a Exu. Tendo visto Exu na casa de Obatal, Orunmil demonstrou o desejo de possuir um, mas foi-lhe recomendado que voltasse um ms mais tarde porque tudo o que vira estava ainda em fase experimental. Inconformado, Orunmil insistiu tanto que Obatal resolveu atender sua vontade, orientando-o para que pusesse as mos sobre a cabea de Exu e que, voltando para casa, fizesse sexo com sua mulher. Tudo foi feito de acordo com a orientao de Obatal e, doze meses depois, Yebir, mulher de Orunmil, deu luz um filho do sexo masculino e porque Obatal dissera que a criana seria Algbra (Senhor do Poder), Orunmil resolveu cham-lo de Elgbra. Logo que seu pai pronunciou seu nome, a criana comeou a chorar e a dizer: Iy, iy, ng o je eku - (Me, me, eu quero comer pres). Ouvindo os apelos de seu filho, a me respondeu de imediato: Omo naa je! - Filho, come, come! Omo l'okn, - Um filho como contas de coral vermelho, Omo ni de - Um filho como cobre, Omo ni jngndnrngn, Um filho como uma alegria inextinguvel, A mu se y, m s'run - Uma honra apresentvel, que nos Ara eni. - nos representar depois da morte. O relato se estende mostrando como Exu, servido por sua me, devorou todos os quadrpedes, aves e peixes e, no tendo mais nenhum animal sobre a face da terra, engoliu a prpria me. Assustado com o ocorrido, Orunmil consultou o orculo e lhe foi recomendado fazer um eb composto de uma espada, um bode e quatorze mil caurs. Feita a oferenda, Orunmil aproximou-se de Exu, que no parava de chorar e de gritar. "Bb, bb, ng je ! " (Pai, pai, eu quero com-lo!) berrou o menino. Orunmil, ento, cantou a cano da me de Exu e quando este se aproximou para devor-lo, atacou-o com a espada do eb. Exu foi ento cortado em duzentos pedaos e cada pedao transformava-se num novo yangu, num novo Exu. A perseguio se estendeu pelos nove oruns e, em cada um deles, Exu era seccionado em duzentas partes e cada uma delas se transformava num novo yangu. No ltimo orun, depois de ser novamente retalhado, Exu props um pacto a Orunmil: Cada Yangu seria uma representao sua e Orunmil poderia consult-los e mand-los executar trabalhos sempre que fosse necessrio. Orunmil, ento, perguntou-lhe por tudo o que havia devorado, inclusive sua me, e Exu respondeu: "rnml k o maa ksi oun b b f gba gbogbo won nkan bi eran ati eye t un m rn n lw lti gb pad fn lti owo won Omo ary. (Orunmil deveria cham-lo se ele queria recuperar a todos e cada um dos animais e das aves que ele tinha comido sobre a terra; ele (Exu) os assistiria para reav-los das mos dos seres humanos). O que a lenda ensina que Exu um s subdividido em incontveis partes e desta forma, todos os seres humanos, animais e vegetais, assim como os prprios orixs possuem os seus Exus individuais. Exu o comunicador, o intermedirio, o policial, o juiz e o carrasco e, da mesma forma que castiga os malfeitores, premia aqueles que agem corretamente. Exu , portanto, a divindade de maior atuao no contexto religioso

do candombl. Exu resulta da interao Obatal-Oduduwa e como o primeiro elemento procriado seria a personalizao da energia que rene os tomos, possibilitando a diferenciao da matria a partir de uma essncia nica. Ele o grande transformador, o comunicador, o intermedirio entre os homens e as divindades e entre estas e o supremo criador. O termo "Esu" pode ser traduzido como esfera. Elegbara um dos ttulos honorficos de ex que significa: "aquele que possui poder ilimitado", e bara, elegba e legba so sinnimos ou corruptelas desta palavra. Ambos os termos se referem ao orix exu, do qual se desconhece a existncia de uma manifestao ou de um aspecto feminino. Exu sempre masculino e seus smbolos so flicos. As estatuetas que o representam possuem sempre um grande pnis em permanente estado de ereo. s, Elgbra, Elgba ou ainda Lgba, seriam os nomes pelos quais conhecido este poderoso Orix, o primeiro criado por Obatal e Oduduwa, tendo Ogun como irmo mais novo. O culto de Exu muito individual. Cada indivduo, assim como cada coisa possui o seu Legba, podendo, portanto, edificar o seu assentamento, onde poder cultu-lo e apazigulo. Por sua importncia e atributos, Exu sempre o primeiro a ser homenageado e cultuado em todos os procedimentos ritualsticos. Seu carter ambguo e faz o mal ou o bem de acordo com sua prpria convenincia. A atitude do africano diante desta divindade de profundo respeito devido ao seu poder de atuao sobre a vida e a morte, o sucesso e o fracasso, a riqueza e a misria, de acordo com as determinaes de Olodumare, de quem o executor de ordens. Por este motivo, todos os seguidores da religio procuram estar bem com ele, evitando desagrad-lo para no se exporem sua ira. Exu possui muitos nomes ou ttulos honorficos. Dentre estes destacamos: LOGEMO ORUN: Indulgente filho do cu. A N'LA KA'LU: Aquele cuja grandiosidade se manifesta em plena praa. PP WR: Aquele que apressadamente, faz com que as coisas aconteam de repente. A TK MA SE SA: O que ele quebra em pequenos pedaos jamais poder ser reconstitudo. Exu possui muitos emblemas, como a laterita, imagens de madeira ou de barro sempre encimadas por uma lmina ou ponta afiada, bastes flicos, etc... O Orix Exu o nico dentre todos os demais, que tem seu campo de ao ilimitado, podendo atuar em todos os nveis da existncia universal, permitindo por este motivo, que seja classificado tanto como Funfun como tambm como Ebora, tamanho o seu poder de agir livremente. Exu um s, embora possa manifestar-se de diversas e diferentes formas, sempre de acordo com a funo que esteja exercendo, o papel que esteja desempenhando. Deus dos desvalidos, protetor de ladres, arruaceiro, saltimbanco e mgico por excelncia, assim Exu, que s coerente com sua prpria incoerncia e cuja fria se aplaca com facilidade, mas que no conhece o perdo nem a piedade. Exu pode fazer as coisas mais incrveis e este seu atributo se exprime em trechos de seus oriks, conforme cita Pierre Verger. Exu faz o erro virar acerto e o acerto virar erro. numa peneira que ele transporta o azeite que compra no mercado e o azeite no escorre desta vasilha. Ele matou um pssaro ontem, com uma pedra que s hoje atirou. Se ele se zanga, pisa nessa pedra e ela pe-se a sangrar. Aborrecido, ele senta-se na pele de uma formiga. Sentado, sua cabea bate no teto; de p, no atinge nem mesmo a altura do fogareiro. Na frica existem relatos histricos sobre a existncia de um personagem chamado s Obasin que teria sido um dos acompanhantes de Oduduwa quando de sua chegada a If. Segundo Epega, este personagem viria, mais tarde, a ser coroado rei de Ketu sob o nome de s Alktu. Como Orix, Exu o guardio das cidades, das casas, dos templos e das pessoas, servindo tambm, de intermedirio entre os homens e os deuses. Na frica, assim como no Brasil e em Cuba, nada se faz sem que antes, oferendas lhes sejam feitas, antes mesmo de qualquer outro Orix. Exu representado, entre os yorubs, por uma pedra chamada Yangu, por uma cabea ou corpo humano modelados em barro com

olhos, ouvidos e bocas marcados por bzios, por pequenas estatuetas de madeira enfeitada com fieiras de bzios ou por simples smbolos flicos, como o og, basto de madeira que porta sempre e que lhe atribui o poder de deslocar-se rapidamente para pontos distantes. Os elgun de s, na Nigria, recebem o nome de "OLPNA", participam das cerimnias em louvor aos demais Orixs e, em Holi, danam nas cerimnias realizadas a cada quatro dias em honra a Ogun. Nestas cerimnias, os oluponan danam carregando nas mos os seus ogs. No ex-Dahome, entre os fon, Exu tem o nome de Lgba e representado por um monte de barro endurecido com a forma de um homem acocorado, sempre dotado de um falo de tamanho exagerado. Os lgbas guardies dos templos, manifestam-se atravs dos lgbasi (filhos de legba), ttulo equivalente ao Oluponan Yoruba. Os legbasis vestem-se com uma saia de rfia tingida de roxo debaixo da qual trazem, oculto, um enorme falo de madeira que levantam, de vez em quando, de forma ertica. Entre os fon, existem diversos Legbas ou diferentes manifestaes de um mesmo Vodun, que recebem os seguintes nomes e caractersticas: Asi-Lgba: O Legba dos mercados e feiras. Agbonosu (Rei do portal): Representado por uma pequena escultura em barro colocado nas portas de entrada. um Legba individual. To-Lgba: Protetor de uma cidade ou aldeia. um Legba coletivo. Zgbeto-Lgba: Protetor dos caadores noturnos. Segundo se afirma, possui cornos. Hun-Lgba: Defensor dos templos. Legba individual de cada Vodun. Lgba Agbnukwe: O que fala no jogo de bzios. Corresponde a s Akesan. o protetor, servidor e executor de If. ele que recebe os sacrifcios determinados por If e deve ser sempre servido em primeiro lugar. No existe nenhuma diferena de atribuies de Agbonosu e Agbnukwe. Se o primeiro protege a casa contra a possvel entrada de malefcios, o segundo, que deve permanecer num quarto dentro de casa, protege contra a negatividade dos prprios habitantes da mesma. Certos signos de If tais como Ofun Meji, Ogbe-Fun, Oxetura e Ofun-Yeku, exigem que seja feito um assentamento muito especial, denominado Lgba Jobiona, onde os dois Legbas citados so cultuados em conjunto com a funo de proteger a casa e toda a sua periferia. Este Legba excepcional exige obs de tantos quantos o visitem. Segundo a tradio nag, somente os grandes Babalas podem possu-lo. Algumas informaes indicam a existncia de um Legba com quatro cabeas, denominado Lgba Avi, surgido do Odu Jaga, nome dado aos Odus Oxe-Irete e Irete-Oxe, signos cujos nomes no devem ser pronunciados em decorrncia da grande carga de negatividade de que so portadores. Um outro nome usado para mencionar estes Odus Gadeglido. No Brasil, por influncia do cristianismo, esta magnfica entidade foi comparada ao diabo e, deste sincretismo, criou-se a imagem de Exu provida de rabo e chifres, portando tridentes e por vezes dotado de asas como as dos morcegos. Nas prticas umbandistas encontramos um outro tipo de manifestao de espritos aos quais, talvez por influncia do sincretismo com o Diabo, convencionou-se dar o nome de Ex. Estas entidades, que se apresentam sob diversas denominaes tais como, Marab, Tranca-Ruas, Veludo, Caveira, Pomba Gira, Maria Padilha, Molambo, etc., so na verdade, eguns, que se manifestam em seus mdiuns para cumprirem as misses que lhes foram impostas, da mesma forma que outras que se identificam como pretos velhos, caboclos, boiadeiros, ciganos, etc. necessrio que se saiba a diferena entre Ex-Orix e estes outros tipos de entidades que no se encontram na mesma categoria hierrquica e que devem ser tratados e reverenciados de forma diferente e especfica. Independente de no serem Orixs, estes seres espirituais possuem fora e poder para resolverem problemas e prestarem auxlio a tantos quantos a eles recorram. O fato de Exu ser sincretizado com o diabo no serve, no entanto, de motivo para que cause grande terror entre os adeptos que sabem que, uma vez tratado convenientemente, servir de protetor trabalhando para o bem. Todavia, o sincretismo faz com que poucas pessoas sejam consagradas a este Orix. As oferendas de Exu so, geralmente, entregues nas encruzilhadas e que ele gosta de comer galos e bodes,

de preferncia pretos, assim como farofas de dend e outros pratos preparados com este leo, embora se saiba que Exu come de tudo, com exceo de um leo denominado di extrado dos cocos existentes dentro dos caroos de dend. Exu aprecia ainda, oferendas compostas de bebidas alcolicas e charutos. No Brasil, seu colar composto de contas pretas e vermelhas alternadas uma a uma ou de sete em sete. Assim como na frica, suas oferendas so entregues antes de qualquer Orix, e, antes de cada festa ritualstica preceituado numa cerimnia denominada "Ipad" termo que, em Yoruba, significa "reunio". Na Bahia, afirma-se existirem 21 Exus dos quais destacamos os seguintes: Exu Alaketu, Exu Laalu, Exu Ijelu, Exu Akesan, Exu Lonan, Exu Agb, Exu Barab, Exu Inan, Exu Tiriri e Exu Odara. Em Cuba, da mesma forma que no Brasil, Exu tambm foi sincretizado com o Diabo embora, l, o Culto de Orunmil tenha melhor preservado a verdadeira identidade do Orix. O carter ambguo de Exu, assim como o seu poder ilimitado plenamente reconhecido pelos adeptos cubanos, tanto no mbito da santeria como tambm em If. Os babalas cubanos afirmam existirem cerca de duzentas qualidades de Exu ou Ellegu - como o chamam - oriundas dos 256 Odu-If, explicando que, o Exu individual de cada pessoa ser sempre aquele que vier atravs de seu Odu pessoal. Dentre as muitas "qualidades" de Exu cultuadas entre os cubanos destacamos alguns que relacionamos a seguir com seus atributos especficos: Laroye - Revolucionrio e guerreiro. Arayeyi - Porteiro de Olfin. Ileloya - o guardio das praas, seu habitat. Laalu - O senhor dos quatro caminhos. Marilaye - Possui quatro bocas e quatro olhos. Ogunilebe - Anda nas estradas e provoca acidentes. Laje - Vive num caramujo aje. Obasinlaye - Acompanha Oduduwa. Lode - Protetor do lado de fora da casa. Wenke - Aquele que fala a verdade e a mentira. Kakosa - Possui duas caras viradas em sentidos opostos. Aloba - Vive no alto da montanha. Oniburu - Acompanhante de Orix Oko. Egbasama - maligno. Alimu - Ajuda Oya no controle dos Eguns. Os fios e contas de Exu em Cuba so inteiramente negros existindo variaes de acordo com algumas "qualidades". Inmeros itans de If coletados em Cuba narram as aventuras de Exu, ao mesmo tempo em que ressaltam aspectos de seu carter.

ESU - ELEGBARA No maravilhoso panteo africano existem centenas de entidades espirituais, objeto de culto dos seguidores das religies africanas. Todos esses deuses representam manifestaes diferenciadas de um Deus supremo, Olodumare, e se encontram divididos em duas hierarquias distintas. Os orixs Funfun ou orixs do branco, pertencentes a mais alta escala hierrquica, teriam participado da criao do universo, conhecido e desconhecido, seu nmero incalculvel, como desconhecidos so, na maior partes das vezes, seus nomes e funes. Numa hierarquia imediatamente abaixo, encontram-se os Ebras, os mais conhecidos e cultuados pelos seres humanos em decorrncia de sua maior proximidade. Estas entidades esto relacionadas aos elementos naturais, aos fenmenos e manifestaes da natureza, como tambm aos reinos mineral, animal e vegetal. Acessam e influenciam tambm os planos sutis de existncia, como o etrico, o astral, o mental, etc. Desta forma, pertencem a categoria mais elevada orixs como OBATAL, ORUNMIL, ODUDUWA, OXAGUIAN, OXALUFAN, BAB AJAL, alm de muitos outros, enquanto que os mais conhecidos e cultuados como OGUN, XANG, OXSSI, OXUN, YEMANJ, IYANSAN, etc., fazem parte do grupo de Ebras, embora recebam, tambm, a denominao de orixs. Apesar da perfeita distino hierrquica, nenhum deles to importante, to poderoso e ao mesmo tempo to injustiado quanto Ex. Desde o primeiro contato com os seguidores do culto aos orixs, os missionrios cristos, reconhecendo o grande poder e a enorme influncia exercida por Ex sobre os povos aos quais pretendiam dominar pela imposio de suas religies, trataram de desmoralizar esta entidade e a nica forma que encontraram para isso foi associ-lo execrvel figura do seu prprio demnio. A concepo de um ser inteiramente mau era, para o negro africano, absolutamente inexistente. O mal e o bem se confundiam e sua distino ficava dependendo da posio ocupada por cada um diante de um acontecimento qualquer. O que era mal para um, poderia representar o benefcio de outro e vice-versa. A prtica de maldades era atribuda certas entidades possuidoras do poder da feitiaria, denominadas AJS e que, independente de sua ao quase sempre malfica, podiam tambm praticar o bem, sempre que isto lhes aprouvesse. Quando o culto se estabeleceu nas Amricas a confuso j estava estabelecida, muito embora os seguidores do verdadeiro candombl tenham a plena conscincia de que Ex no o diabo cristo e nada tem a ver com aquela figura malfica. Com o surgimento da umbanda, a confuso tornou-se ainda maior. Determinadas entidades espirituais, dotadas de caractersticas prprias e "modus operandis" semelhantes, foram confundidas com Ex, quando na verdade so espritos desencarnados, eguns, que atravs das manifestaes medinicas visam cumprir misses que no me cabe explicar. No existe Ex fmea e o Ex de qualquer orix, seja este masculino ou feminino, ser sempre um Ex orix e, portanto, masculino. As chamadas pomba giras, assim como os denominados Exs cultuados na umbanda e que, como j foi anteriormente dito, so na realidade eguns, no podem, portanto, ser cultuados como Bara individual de ningum e, muito menos, assentados como Exs de qualquer orix. A verdadeira importncia de Ex deve ser resgatada e seu status, enquanto Orix, revelado, muito embora isto possa provocar tenses entre numerosos segmentos de adeptos, tanto da Umbanda, quanto do Candombl.

Todavia, necessrio que se esclarea quem Ex na realidade, e principalmente, qual a sua importncia, no s na manuteno de toda a estrutura filosfica do culto, como tambm no que se refere existncia de todas as formas de vida manifestadas a nvel material e espiritual. EX , na realidade, um orix de altssima hierarquia e muitos so os seus atributos, podendo mesmo ser considerado como o alicerce sobre o qual se apia todo o nosso sistema religioso. Ex quem transporta as oferendas destinadas qualquer orix e at mesmo Iymi Aj e, nesta funo recebe o nome de S OJIS ELB. Com o titulo de ELERU, assume a funo de patrono do carrego e ele quem transporta todas as restituies terra em forma de oferendas feitas pelos homens. No or de cada indivduo, Ex est associado ao destino e ao Ipor de cada um como o seu Ex ou Bara Pessoal. Est ligado, ainda, boca e ao estmago, lugares por onde passam os alimentos e ai destaca-se sua funo de ENUGBARIJ, a boca coletiva ou boca do mundo. Ogum o primognito na constelao dos orixs, mas exu o primognito do universo, o primeiro procriado na interao dos dois princpios distintos de Olodumare: OBATAL E ODUDUWA. Este S AGB, o Exu Ancestre, tambm chamado de S YANG. Yangu, a representao mais importante de exu, assim saudado nos terreiros: S YANGI OBA BABA S = EXU YANGU, REI-PAI DE TODOS OS EXUS. Diferentes origens de Exu so narradas em diversos itans de If e uma delas, que determina a ligao existente entre Exu e Orunmil, contida no Odu Ogbehunle, conta que ... quando Olodumare e Obatal estavam comeando a criar o ser humano, criaram, antes, a Exu. Tendo visto Exu na casa de Obatal, Orunmil demonstrou o desejo de possuir um, mas foi-lhe recomendado que voltasse um ms mais tarde porque tudo o que vira estava ainda em fase experimental. Inconformado, Orunmil insistiu tanto que Obatal resolveu atender sua vontade, orientando-o para que pusesse as mos sobre a cabea de Exu e que, voltando para casa, fizesse sexo com sua mulher. Tudo foi feito de acordo com a orientao de Obatal e, doze meses depois, Yebir, mulher de Orunmil, deu luz um filho do sexo masculino e porque Obatal dissera que a criana seria Algbra (Senhor do Poder), Orunmil resolveu cham-lo de Elgbra. Logo que seu pai pronunciou seu nome, a criana comeou a chorar e a dizer: IY, IY, NG O JE EKU - (Me, me, eu quero comer pres). Ouvindo os apelos de seu filho, a me respondeu de imediato: OMO NAA JE! - Filho, come, come! OMO L'OKN, - Um filho como contas de coral vermelho, OMO NI DE, - Um filho como cobre, OMO NI JNGNDNRNGN. - Um filho como uma alegria inextinguvel, A MU SE Y, M S'RUN - Uma honra apresentvel, que nos. ARA ENI. - nos representar depois da morte. O relato se estende mostrando como Exu, servido por sua me, devorou todos os quadrpedes, aves e peixes e, no tendo mais nenhum animal sobre a face da terra, engoliu a prpria me. Assustado com o ocorrido, Orunmil consultou o orculo e lhe foi recomendado fazer um eb composto de uma espada, um bode e quatorze mil caurs. Feita a oferenda, Orunmil aproximou-se de Exu, que no parava de chorar e de gritar. "BB, BB, NG JE ! " (Pai, pai, eu quero com-lo!) - berrou o menino. Orunmil, ento, cantou a cano da me de Exu e quando este se aproximou para devor-lo, atacou-o com a espada do eb. Exu foi ento cortado em duzentos pedaos e cada pedao transformava-se num novo Yangu, num novo Exu.

A perseguio se estendeu pelos nove oruns e, em cada um deles, Exu era seccionado em duzentas partes e cada uma delas se transformava num novo yangu. No ltimo orun, depois de ser novamente retalhado, Exu props um pacto a Orunmil: Cada Yangu seria uma representao sua e Orunmil poderia consult-los e mand-los executar trabalhos sempre que fosse necessrio. Orunmil, ento, perguntou-lhe por tudo o que havia devorado, inclusive sua me, e Exu respondeu: RNML K O MAA KSI OUN B B F GBA GBOGBO WON NKAN BI ERAN ATI EYE T UN M RN N LW LTI GB PAD FN LTI OWO WON OMO ARY. (Orunmil deveria cham-lo se ele queria recuperar a todos e cada um dos animais e das aves que ele tinha comido sobre a terra; ele (Exu) os assistiria para reav-los das mos dos seres humanos). O que a lenda ensina que Exu um s subdividido em incontveis partes e desta forma, todos os seres humanos, animais e vegetais, assim como os prprios Orixs possuem os seus Exus individuais. Ele o comunicador, o intermedirio, o policial, o juiz e o carrasco e, da mesma forma que castiga os malfeitores, premia aqueles que agem corretamente. Ex , portanto, a divindade de maior atuao no contexto religioso do Candombl. Resultado da interao Obatal-Oduduwa o primeiro elemento procriado que, esotericamente, seria a personalizao da energia que rene os tomos, possibilitando a diferenciao da matria a partir de uma essncia nica. o grande transformador, o comunicador, o intermedirio entre os homens e as Divindades e entre estas e o Supremo Criador. O termo "Es" pode ser traduzido como esfera. Elegbara um dos ttulos honorficos de Ex que significa: "Aquele que possui poder ilimitado", e Bara, Elegba e Legba so sinnimos ou corruptelas desta palavra. Ambos os termos se referem ao Orix Ex, do qual se desconhece a existncia de uma manifestao ou de um aspecto feminino. Ex sempre masculino e seus smbolos so flicos. As estatuetas que o representam possuem sempre um grande pnis em permanente estado de ereo. s, Elgbra, Elgba ou ainda Lgba, seriam os nomes pelos quais conhecido este poderoso Orix, o primeiro criado por Obatal e Oduduwa, tendo Ogun como irmo mais novo. O culto de Ex muito individual: cada indivduo, assim como cada coisa possui o seu Legba, podendo, portanto, edificar o seu assentamento, onde poder cultu-lo e apazigulo. Os Odu-If que falam exclusivamente de Legba so Odi-Gund, Gunda-Di e OdiTurukpon. Por sua importncia e atributos, Ex sempre o primeiro a ser homenageado e cultuado em todos os procedimentos ritualsticos. Seu carter ambguo e faz o mal ou o bem de acordo com sua prpria convenincia. A atitude do africano diante desta divindade de verdadeiro pavor, devido ao seu poder de atuao sobre a vida e a morte, o sucesso e o fracasso, a riqueza e a misria, de acordo com as determinaes de Olodumare, de quem o executor de ordens. Por este motivo, todos os seguidores da religio procuram estar bem com ele, evitando desagrad-lo para no se exporem sua ira. "BI B RBO, KI M T'S KURO (Quando qualquer sacrifcio oferecido, a parte que cabe Ex deve ser depositada diante dele). Esta regra deve ser sempre observada porque desta forma evita-se que, com atitudes maliciosas, Ex venha a ocasionar contratempos e confuses de todos os tipos.

Numa das mais importantes louvaes de Ex, encontramos a expresso "S, OT RIS" - "Ex, o adversrio dos Orixs" - o que reafirma os constantes problemas existentes entre eles, ocasionados pela disputa do poder e da autoridade. Entre os muitos nomes ou ttulos honorficos de Ex, destacamos: Logemo orun: Indulgente filho do cu. A n'la ka'lu: Aquele cuja grandiosidade se manifesta em plena praa. Pp Wr: Aquele que apressadamente, faz com que as coisas aconteam de repente. A tk ma se sa: O que ele quebra em pequenos pedaos jamais poder ser reconstitudo. Ex possui muitos emblemas, como a laterita, imagens de madeira ou de barro sempre encimadas por uma lmina ou ponta afiada, bastes flicos, etc... O Orix Ex o nico dentre todos os demais, que tem seu campo de ao ilimitado, podendo atuar em todos os nveis da existncia universal, permitindo por este motivo, que seja classificado tanto como Funfun como tambm como Ebora, tamanho o seu poder de agir livremente. Ex um s, embora possa manifestar-se de diversas e diferentes formas, sempre de acordo com a funo que esteja exercendo, o papel que esteja desempenhando. Deus dos desvalidos, protetor de ladres, arruaceiro, saltimbanco e mgico por excelncia, assim Ex, que s coerente com sua prpria incoerncia e cuja fria se aplaca com facilidade, mas que no conhece o perdo nem a piedade. Exu pode fazer as coisas mais incrveis e este seu atributo se exprime em trechos de seus oriks, conforme cita Pierre Verger: Exu faz o erro virar acerto e o acerto virar erro. numa peneira que le transporta o azeite que compra no mercado; o azeite no escorre desta vasilha. Ele matou um pssaro ontem, com uma pedra que s hoje atirou. Se ele se zanga, pisa nessa pedra e ela pe-se a sangrar. Aborrecido, ele senta-se na pele de uma formiga. Sentado, sua cabea bate no teto; de p, no atinge nem mesmo a altura do fogareiro. Exu na frica. Na frica existem relatos histricos sobre a existncia de um personagem chamado s Obasin que teria sido um dos acompanhantes de Oduduwa quando de sua chegada a If. Segundo Epega, este personagem bem viria, mais tarde, a ser coroado rei de Ketu sob o nome de s Alktu. Como Orix o guardio das cidades, das casas, dos templos e das pessoas, servindo tambm, de intermedirio entre os homens e os deuses. Na frica, assim como no Brasil e em Cuba, nada se faz sem antes, oferendas lhes selam feitas, antes mesmo de qualquer outro Orix. Exu representado, entre os yorubs, por uma pedra chamada YANGU, por uma cabea ou corpo humano modelados em barro com olhos, ouvidos e bocas marcados por bzios, por pequenas estatuetas de madeira enfeitada com fieiras de bzios ou por simples smbolos flicos, como o og, basto de madeira que porta sempre e que lhe atribue o poder de deslocar-se rapidamente para pontos distantes. Os elgun de s, na Nigria, recebem o nome de OLPNA, participam das cerimnias em louvor aos demais Orixs e, em Holi, danam nas cerimnias realizadas a cada quatro dias em honra a Ogun. Nestas cerimnias, os oluponan danam carregando nas mos os seus ogs. No ex-Dahome, entre os fon, tem o nome de Lgba e representado por um monte de barro endurecido com a forma de um homem acocorado, sempre dotado de um falo de tamanho exagerado. Os lgbas guardies dos templos, manifestam-se atravs dos lgbasi (filhos de legba), ttulo equivalente ao Oluponan yoruba.

Os legbasis vestem-se com uma saia de rfia tingida de roxo debaixo da qual trazem, oculto, um enorme falo de madeira que levantam, de vez em quando, de forma ertica. Entre os fon, existem diversos Legbas ou diferentes manifestaes de um mesmo Vodun, que recebem os seguintes nomes e caractersticas: Asi-Lgba: O Legba dos mercados e feiras. Agbonosu (Rei do portal): Representado por uma pequena escultura em barro colocado nas portas de entrada. um Legba individual. To-Lgba: Protetor de uma cidade ou aldeia. um Legba coletivo. Zgbeto-Lgba: Protetor dos caadores noturnos. Segundo se afirma, possui cornos. Hun-Lgba: Defensor dos templos. Legba individual de cada Vodun. Lgba Agbnukwe: O que fala no jogo de bzios. Corresponde a s Akesan. o protetor, servidor e executor de If. ele que recebe os sacrifcios determinados por If e deve ser sempre servido em primeiro lugar. No existe nenhuma diferena de atribuies de Agbonosu e Agbnukwe. Se o primeiro protege a casa contra a possvel entrada de malefcios, o segundo, que deve permanecer num quarto dentro de casa, protege contra a negatividade dos prprios habitantes da mesma. Certos signos de If tais como Ofun Meji, Ogbe-Fun, Oxetura e Ofun-Yeku, exigem que seja feito um assentamento muito especial, denominado Lgba Jobiona, onde os dois Legbas citados so cultuados em conjunto, com a funo de proteger a casa e toda a sua periferia. Este Legba excepcional exige obs de tantos quantos o visitem. Segundo a tradio nag, somente os grandes Babalas podem possu-lo. Possumos ainda informaes da existncia de um Legba com quatro cabeas, denominado Lgba Avi, surgido do Odu Jaga (nome dado aos Odus Oxe-Irete e IreteOxe, signos cujos nomes no devem ser pronunciados em decorrncia da grande carga de negatividade de que so portadores, um outro nome usado para mencionar estes Odus, Gadeglido). EXU NO BRASIL No Brasil, por influncia do cristianismo, esta magnfica entidade foi comparada ao diabo e, deste sincretismo, criou-se a imagem de Ex provida de rabo e chifres, portando tridentes e por vezes dotado de asas como as dos morcegos. Nas prticas umbandistas encontramos um outro tipo de manifestao de espritos aos quais, talvez por influncia do sincretismo com o Diabo, convencionou-se dar o nome de Ex. Estas entidades, que se apresentam sob diversas denominaes tais como, Marab, Tranca-Ruas, Veludo, Caveira, Pomba Gira, Maria Padilha, Molambo, etc., so na verdade, eguns, que se manifestam em seus mdiuns para cumprirem as misses que lhes foram impostas, como tambm a outras que se identificam como pretos velhos, caboclos, boiadeiros, ciganos, etc. necessrio que se saiba a diferena entre Ex-Orix e estes outros tipos de entidades, que no se encontram na mesma categoria hierrquica e que devem ser tratados e reverenciados de forma diferente e especfica, mas que, independente de no serem Orixs, possuem fora e poder para resolverem problemas e prestarem auxlio a tantos quantos a eles recorram. O fato de Exu ser sincretizado com o diabo, no serve, no entanto, de motivo para que cause grande terror entre os adeptos que sabem que, uma vez tratado convenientemente, servir de protetor, trabalhando para o bem. Todavia, o sincretismo faz com que poucas pessoas sejam consagradas a este Orix. Suas oferendas so, geralmente, entregues nas encruzilhadas e gosta de comer galos e bodes, de preferncia pretos, assim como farofas de dend e outros pratos cozidos com este leo, embora se saiba que Exu come de tudo, com exceo de um leo denominado di, extrado dos cocos existentes dentro dos caroos de dend. Exu aprecia ainda, oferendas com postas de bebidas alcolicas e charutos.

No Brasil, seu colar composto de contas pretas e vermelhas alternadas uma a uma ou de sete em sete. Assim como na frica, suas oferendas so entregues antes de qualquer Orix, e, antes de cada festa ritualstica preceituado numa cerimnia denominada "pad" termo que, em yoruba, significa "reunio". Na Bahia afirma-se existirem 21 Exus dos quais destacamos os seguintes: Exu Alaketu, Exu Ll, Exu Ijelu, Exu kesn, Exu Lonan, Exu Agb, Exu Barab, Exu Inan, Exu Tiriri e Exu Odara. EXU NO CARIBE Em Cuba, da mesma forma que no Brasil, Exu tambm foi sincretizado com o Diabo embora, l, o Culto de Orunmil tenha melhor preservado a verdadeira identidade do Orix. O carter ambguo de Exu, assim como o seu poder ilimitado plenamente reconhecido pelos adeptos cubanos, tanto no mbito da santeria com tambm em If. Os babalas cubanos afirmam existirem cerca de duzentas qualidades de Exu ou Elegu como o chamam, oriundas dos 256 Odu-If, explicando que, o Exu individual de cada pessoa ser sempre aquele que vier atravs de seu Odu pessoal. Dentre as muitas "qualidades" de Exu cultuadas entre os cubanos destacamos alguns que relacionamos a seguir com seus atributos especficos: Laroye - Revolucionrio e guerreiro. Arayeyi - Porteiro de Olfin. Ileloya - o guardio das praas, seu habitat. Laalu - O senhor dos quatro caminhos. Marilaye - Possui quatro bocas e quatro olhos. Ogunilebe - Anda nas estradas e provoca acidentes. Laje - Vive num caramujo aje. Obasinlaye - Acompanha Oduduwa. Lode - Protetor do lado de fora da casa. Wenke - Aquele que fala a verdade e a mentira. Kakosa - Possui duas caras viradas em sentidos opostos. Aloba - Vive no alto da montanha. Oniburu - Acompanhante de Orix Oko. Egbasama - maligno. Alimu - Ajuda Oya no controle dos Eguns. Os fios e contas de Exu em Cuba so inteiramente negros existindo variaes de acordo com algumas "qualidades". Inmeros itans de If coletados em Cuba narram as aventuras de Exu, ao mesmo tempo em que ressaltam aspectos de seu carter. Apresentamos, aqui, um destes contos, constante de um trabalho a ser publicado em breve A CABEA DO CARANGUEJO. Quando o mundo foi criado, nenhum animal possua cabea. Entretanto, Olofin havia prometido que um dia, todos seriam aquinhoados com cabeas, mas, como se tratasse de um nmero muito grande de pretendentes, no havia previso de data para a entrega. A verdade que todos andavam muito ansiosos pelo momento de poderem desfilar exibindo belas cabea, dotadas, segundo se dizia, de olhos, boca, orelhas e tudo o mais que compe uma boa e verdadeira cabea. Naquela poca o caranguejo era um bom adivinho e vivia desta atividade. Todos os bichos da regio eram seus clientes e ele orgulhava-se de jamais haver falhado numa previso. O caranguejo cultuava Exu, de quem era muito ntimo e com quem dividia, de bom grado, tudo o que recebia na sua funo de adivinho. Desta forma, mantinha-se sempre, muito bem informado de tudo o que acontecia, tanto no Aye, quanto no Orun. Sabemos, com certeza, que era Exu quem sustentava o dom de adivinhar do caranguejo.

Um belo dia, logo pela manh, Exu foi casa do amigo para lhe dar, em primeira mo, a grande e to esperada notcia: no dia seguinte Olodumare, que j no agentava mais tanta reclamao, distribuiria cabeas entre os animais. Havia, no entanto, um pequeno problema: o nmero de cabeas existentes no era suficiente para atender a demanda toda e, por este motivo, aqueles que chegassem por ltimo ao Orun, continuariam acfalos. - "No contes a ningum o que te estou revelando. Trata de chegar primeiro e assim poders escolher a melhor cabea que estiver disponvel. Depois podes espalhar a notcia entre todos". Disse Exu ao caranguejo. Ora, como j sabemos, o caranguejo zelava muito bem por sua fama de adivinho e assim, no se sabe se por fora de ofcio ou por simples vaidade, logo que Exu foi embora, saiu batendo de porta em porta, espalhando a boa nova e sendo por isto, muito bem recompensado pelos vizinhos. Atrapalhado com tantos presentes, caminhava cada vez mais lentamente, mas no parou at que o ltimo dos bichos tivesse sido avisado. Os animais, logo que sabiam da novidade, abandonavam o que quer que estivessem fazendo e corriam para o Orun, em cuja porta j se havia formado uma imensa fila. A confuso era to grande que senhas foram distribudas para que a ordem de chegada fosse respeitada, j que alguns retardatrios, usando de fora, tentavam furar a fila. Somente depois de voltar sua casa, onde guardou os presentes que havia recebido em troca da informao, que o caranguejo, aps tomar um bom banho, disps-se a ir buscar sua prpria cabea. Contudo, quando finalmente chegou no Orun, era tarde demais, no existia mais uma cabea sequer e, desta forma, por no saber guardar segredo, nosso heri ficou privado de adquirir uma cabea. Zangado e decepcionado com a atitude do amigo, Exu negou-se, para sempre, a ajud-lo no ofcio de adivinho e, desmoralizado e triste, o caranguejo internou-se no pntano onde vive at hoje enterrado na lama e... Sem cabea, claro! Adilson de Oxal Awo BIBLIOGRAFIA: Adilson de Oxal IGBADU A CABAA DA EXISTNCIA. Adilson de Oxal - LENDAS DE EXU (No prelo). Autor desconhecido NOTAS SOBRE A SANTERIA CUBANA TRATADO DE ELEGBARA. Idowu, E. Bolaji OLODUMARE GOD IN YORUBA BELIEF. Verger, Pierre ORIXS: DEUSES NA FRICA E NO NOVO MUNDO. Verger, Pierre - CULTO DOS ORIXS in ICONOGRAFIA DOS DEUSES AFRICANOS NO CANDOMBL DA BAHIA. Santos, Juana Elbein dos - OS NAGS E A MORTE.

Bons Pensamentos

muito triste para ns, que praticamos a Religio dos rs, ver a forma com que ela tratada, com sinais pejorativos, nos meios religiosos e mais populares da imprensa. Uma grande maioria de pessoas nunca se preocupou em buscar informaes adequadas quanto as Origens e Princpios desta Doutrina Religiosa para tecer suas opinies. Veja que refiro-me Religio dos rs e no aos Cultos Afro-brasileiros que receberam o nome de Candombl e Umbanda. Portanto, peo que no seja confundida pelo simples fato de possuir nomes parecidos, ou carregarem como estandarte o nome dos rs. A Religio dos rs Puramente Tradicional aos Costumes Religiosos do Povo Yorb, que vivem no Oeste Africano, em um territrio que compreende parte da Repblica Federativa da Nigria, Repblica de Benin e Togo. H, na Religio dos rs, uma Filosofia de Vida Extremamente Pura, onde se busca conhecer, estudar, e utilizar as Foras e os Elementos da Natureza. Para vrios Elementos, e Foras, da Natureza foram criados arqutipos humanos e transformados em Divindades, no intuito de buscar o auto conhecimento. Buscar o sentido de uma encarnao, de uma passagem pela vida terrena e tambm explicaes para vrias situaes vividas. Estudiosos e pesquisadores de origem Yorb, h aproximadamente 6.000 anos, vem analisando o comportamento humano, configurando os arqutipos da personalidade e carter das Divindades, com base naquilo que vo presenciando e vivendo. Formaram uma configurao de 4096 lendas que recebem o nome de Od, e que um Sacerdote, que deseja recebe o Ttulo de Babalwo deve conhecer profundamente, para poder dar diagnsticos dos acontecimentos vividos por aquele que tenha inteno de Consult-los. Sabem, estes Estudiosos Sacerdotes Babalwo que, a vida cclica, e os fatos estudados, e configurados nas lendas dos Od, vo se repetir na Vida de outros. Cientes disso preparam-se, pelo estudo e conhecimentos das lendas e, quando consultados, sabem de antemo o que esta previsto nos acontecimentos futuros, em decorrncia da situao para que eram consultados. Aconselham ento as mudanas de atitudes necessrias para que os fatos desagradveis das lendas no tornem a acontecer. Aconselham que sejam feitas oferendas para as Divindades, a fim de que, Elas, como Emissrias de Deus na Terra, propiciem os acontecimentos desejados, ou a reverso de um fato desagradvel apontado pela lenda do Od, que o ciclo faria acontecer novamente. Esta a maneira de utilizao dos sistemas Oraculares, que recebem o nome de If. Vrias so as formas dos Orculos de If, mas a sistemtica para obteno do aconselhamento Divino uma s. A que sintetizei anteriormente. Quem estuda as Tradies Religiosas Yorb ir encontrar uma semelhana muito grande, posso at dizer que, exagerada essa semelhana, com os estudos esotricos e holsticos que hoje revolucionam o Planeta, onde a Cincia comprova, e atesta, a F. A opinio pblica popular transformou vrias Figuras e gerou controversas, opostas a Tradio Religiosa dos rs. Uma dessas figuras deturpadas a da Divindade s (Ex). s a Divindade da Vida, do Movimento e da Ao. Primognito da Criao, portanto o primeiro ser Criado por Eldmar. Eldmar o Deus nico e Supremo. Onipotente, Onipresente e Onisciente. Na mitologia Yorb somente trs Divindades so capazes de Suportar o Esplendor de Eldmar, so elas: s, rnml (Divindade dos Orculos If) e stur. Nenhuma outra Divindade poder estar "diretamente" diante, ou na presena, de Deus. s quem forma a Santa Trindade Yorb, juntamente com Obtl e Odduw. Semelhantemente, o Cristianismo utilizou-se de uma Trindade parecida, onde citam: Pai, Filho e Esprito Santo. A Trindade Yorb composta pelas duas primeiras figuras criadas "de" Eldmar, ou seja, Obtl, o princpio masculino da Criao, e Odduw, o princpio feminino. O terceiro elemento, como ser criado "por " Eldmar, o Filho,

s, gerado de um montculo de barro, que Eldmar ficou fascinado pela beleza dele. Podemos ento assemelhar a lenda da criao de s, com a lenda da criao de Ado. Por este motivo, encontramos em Cuba, s sincretizado com o Menino Jesus, pois em todas as lendas s sempre citado como um jovem adolescente, com todas as propriedades caractersticas de personalidade que essa faixa etria permite ter. Assim, s e stur so os Mensageiros de todas as outras Divindades, e claro, so Eles que conduzem os pedidos dos Homens at Deus, e voltam com as "respostas". Tambm so os nicos que tem acesso livre do run (o Alm) para o iy (O Mundo). s leva o pedido, a solicitao, o desejo dos homens, e stur leva as oferendas, s formando esse par que so aceitos na presena de Deus. Notem que a concepo Religiosa da Divindade s (Ex) est muito distante da concepo popular pejorativa formada, e divulgada, no Brasil. Com os conhecimentos que as Divindades Yorb so Foras e Elementos da Natureza, e no seres espirituais, e tambm cientes que o homem no gera somente seres humanos, de corpo fsico, de carne e osso, os Sacerdotes Babalwo observaram, por anlise, que o homem tambm gera seres energticos, que convivem a sua volta e coabitam suas residncias. Muito semelhante ao que os esotricos chamam, e denominam, por Egrgora. Esse ser criado, a partir da Energia do Pensamento Humano, convive e mora nas residncias dos homens. Para essa Egrgora, os Yorb do o nome de s Onl. Ou seja, a traduo literal Onl = Dono da Casa. Portanto, s Onl um ser energtico criado a partir da Energia do Pensamento de Todas das Pessoas que habitam um lar. s Onl merecedor de um Altar de Louvor, que recebe tambm o nome de Ojbo, e colocado o mais prximo da porta, ou passagem de entrada, das residncias Yorb. Ali Ele recebe oferendas de comidas e rezas, no sentido de manter o equilbrio, a paz, a harmonia, a sade, a prosperidade, a fartura daquele lar. Porm, temos que notar: s Onl pode ser bom ou ruim, gil ou esttico, saudvel ou doente, guerreiro ou pacfico, e assim sucessivamente, em decorrncia da energia do "pensamento" das pessoas que habitam aquele lar, que o criaram, o desenvolvem, ou o mudam. s Onl est sempre em desenvolvimento e mutao, bvio que, em decorrncia dos atos e pensamentos dos que o mantm, por isso ele um s, pois s Vida, Movimento, portanto tudo o que pode acontecer naquele ambiente. s Onl no muda de residncia ou habitao. Quando uma famlia se muda de residncia, s Onl permanece onde foi criado, e aqueles que vierem a residir futuramente naquela casa, iro estar sobre a influncia do s Onl que a antiga famlia, ou pessoas, formaram e configuraram. Desta forma, toda casa, toda construo civil tem um s Onl, seja ela uma construo residencial ou comercial. Posso tambm aproximar s Onl das chamadas Larvas Espirituais, velhas conhecidas pelos adeptos das Doutrinas de Kardec. Larvas que, segundo essa Doutrina, se movimentam vivas, pelas paredes das residncias. Quando s Onl criado a partir de uma energia ruim, pesada, desagradvel, pessimista, inerte, configura-se parecidssimo com as larvas, que deprimem os habitantes de uma casa, seja ela comercial ou residencial. Posso afirmar com toda segurana que, um imvel que possua um s Onl ruim, mal formado, nunca ser um imvel claro, por mais lmpadas que se mantenham acesas. Ser um imvel "doente" energticamente, merecedor de terapias e tratamentos apropriados. Muito trabalho e dedicao necessrio por todos que vivem em uma casa, para manter s Onl equilibrado. Pior quando se vai viver em uma casa onde os antigos moradores geraram um s Onl sobre bases de energias ruins e pesadas. A transformao dele requer extrema dedicao e perseverana, muita fora do pensamento, muito otimismo, muita F na reverso do quadro. Mas plenamente possvel a mudana de estado emocional do Onl. O que pretende mostrar a Religio dos rs, com essa apresentao ritualstica toda, que, um Lar, ou um ambiente de trabalho, harmonioso, saudvel e prspero, formado pelos bons pensamentos e atitudes das pessoas que convivem nele. Pessoas alegres, sorridentes, otimistas, saudveis, religiosas iro viver o progresso, tanto espiritual quanto

material, em um equilbrio quase perfeito. Com esse objetivo, essa Cultura Religiosa faz louvores e oferendas Deus, atravs daquilo que convencionou chamar por s Onl. Este conhecimento, do Povo Yorb, faz parte da Filosofia da Religio dos rs e que se assemelha com muitos outros estudos esotricos, ou tambm filosficos de outras Religies. Essa outra Verdade Religiosa envolvendo uma Doutrina Singular, que a Doutrina dos rs, e no a verso pejorativa, mais conhecida popularmente, imposta pelos que nunca nela se aprofundaram.

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IYN O, IYN O S N M GB O S TA RS IYN O, IYN O S N M GB O OSTR LORUKO BB M ALGOGO J LORUKO Y NP O IYN O, IYN O S N M GB O S DR, OMOKNRIN DLFIN L SNS SR OR ES ELS IYN O, IYN O S N M GB O K J, K J K ENI NJE GBE E M IYN O, IYN O S N M GB O A K LW L MU TI S KR A K LY L MU TI S KR IYN O, IYN O S N M GB O ASNTN SE S L N TIJ IYN O, IYN O S N M GB O S PTA SOMO OLMO LNU FI OKTA DP IY IYN O, IYN O S N M GB O LGEMO RUN A NLA KL PPA-WR, A TK MSE S IYN O, IYN O S N M GB O S MSE MI, OMO ELMRAN NI O SE S MSE, S MSE, S MSE IYN O, IYN O S N M GB O

TRADUO s s s s escute escute escute escute o o o o meu meu meu meu louvor louvor louvor louvor ti ti ti ti

s lary, s lary s escute o meu louvor ti s Ll Ogiri k Ebt Oknrin s escute o meu louvor ti s inimigo de Orix s escute o meu louvor ti Oxetur o nome pelo qual chamado por seu pai Algogo j, o nome pelo qual sua me o chama s escute o meu louvor ti s bondoso, filho homem da cidade de dlfn Aquele que tem a cabea pontiaguda fica no p das pessoas s escute o meu louvor ti No come e no permite que ningum coma ou engula o alimento s escute o meu louvor ti Quem tem riqueza reserva para s a sua parte Quem tem felicidade reserva para s a sua parte s escute o meu louvor ti Fica dos dois lados sem constrangimento s escute o meu louvor ti s, montanha de pedras que faz o filho falar coisas que no deseja Usa pedra em vez de sal s escute o meu louvor ti Indulgente filho do cu cuja grandeza est em toda a cidade Apressadamente fragmenta o que no se junta nunca mais s escute o meu louvor ti s no me faa mal, manipule o filho do outro s no faa mal, s no faa mal, s no faa mal s escute o meu louvor ti

S LL S LL, OKIRI K, EBT OKNRIN, A B NI WRN, B R D. OLPA ELDUNMAR LAELAE O SN SKT PNP.

ONBOD OLRUN O SN NL FOGO TI KUN S L J, OGO K J EBORA T NJ LTOPA O B ELKN SUNKN, KR BA ELKN ELKN N SNKN LARY N SUN J. O B ONMM M KR BA ONMM ONMM N FIM M LARY N FI GBOGBO ARA M B JRE. S M SE M, OMO ELMRAN NI O SE NTOR ENI ES B NSE K M B O B FI OHUN, TIR SL OHUN OLHUN NII MAA W KIRI S DR OR M K N J K MI R BN REs Ll, Okiri k, Ebt Oknrin, s que causa problema ao homem, quando o homem no tem problema. Inspetor de Eldmar desde os princpios dos tempos. s amarrou um pedao de pano na cintura. Porteiro do Dono do Cu Ele dorme em casa e tranca a porta com seu porrete s quem acordou, mas seu porrete no acordou O venervel que chamamos Ltopa. Ele que chora com a vtima at ela se amedrontar. A vtima est derramando lgrimas Lary est derramando sangue. Ele respira junto com a vtima At o ponto da vtima se amedrontar A vtima est respirando pelas narinasLary est respirando pelo corpo todo como uma peneira.

S NO ME CONDUZA AO MAL, CONDUZA AO MAL OS MEUS INIMIGOS Pois quem estiver sendo conduzido ao mal por s no sabe Quando Ele deixa sua prosperidade Vai atrs da prosperidade dos outros s dr MEU ORI NO VAI PERMITIR QUE EU EXPERIMENTE SUA FRIA.ORK S LARYE (Saudando ao Mensageiro Divino do Espritu do Ro)

S LARYE, KRU BA ONMM. ONMM NFIMU MI S LARYE NFI. GBOGBO ARA MI MI AJERE.

S MA SE MI OMO LOMIRAN NI O SE. TORI ENI S BA NSE KI M. BO BA FOHUN TIR SILE. OHUN OLHUN NI IM W KIRI. ASE.Esu Laroye, encontre um lugar para esta carga que levo sobre minha alma. Sado a Esu Laroye com toda minha alma. Meu corpo inteiro se bendiz. Esu no me reprove nada. Ao Mensageiro Divino o primeiro que sado por sua profunda sabedoria. Ele tem a voz do poder. Ele tem a voz que vaga pelo Universo. As.

ORK S DR(O Mensageiro Divino da Transformao) * Osetura, pode usar-se para encerrar una cerimnia.

MO JUBA BABA. MO JUBA YEYE. MO JUBA AKODA. MO JUBA ASEDA, MO JUBA ARABA BABA WON NILE IFE. MO JUBA OLOKUN. MO JUBA OLOSA. MO JUBA EYIN IYAMI OSORONGA. EWI AYE WI NI EGBA ORUN I GBA, BIABA GEGI NINU IGBO OLUGBOUN A AGBA A, KI ORO TI OMODE BA NSO LE MA SE LOMODE BA MOSE LOWO A NI KI O SE! BI AGBALAGBA BA MOSE LOWO A NI; KI O S E! KO S E KO SE NITI ILAKOSE. ASE. WA NITI IREKE, BI ILAKOSE BA KOLA A DENU OMO RE, IRE OYOYO IRE GODOGBO MBE LENU IENU ILAKOSE. IRE TI A WI FUN ILA TI ILA FI NSO OGUN. IRE TI A WA IROKO TO OPOTO LA IGI IDI RE. IRE TI A WI FUN ERE TI ERE NTA ISU. IRE TI A WI FUN AGBADO OJO TI AGBADO OJO NPON OMO JUKUJUKE OSE LEKU ALAKE, AFERUBOJO LEKU OLAWE. KI OJO O MA TI ORUN RO WAIYE WELEWELE KI A MA RI ISU, KI A MA RI EJA GBOROGBORO GBORI OMO. ASE.Respeito aos Pais. Respeito as Mes. Respeito a Akd. Respeito a sed. Respeito ao Sacerdote Principal de Il If. Respeito a Olkun. Respeito ao Esprito da Lagoa. Respeito ao Esprito das Mes dos pssaros. A abundncia na terra vem desde o Cu. O chefe do bosque abastece aos filhos da Terra com a abundncia. Os velhos principais do elogio a Ose, eles elogiam a casa de Ose a boa fortuna chega a aqueles que elogiam a casa de Ose. A boa fortuna provm da luz de Ogn. A boa fortuna vem dos espritos da rvore do Iroko. A boa fortuna de gbdo nasceu no dia em que

recebeu um filho de Ose, o dia em que no houver nenhuma morte mais. Eu elogio o dia em que a boa fortuna viajou desde o Cu para a Terra. As.

s s y, Lary !(Viva s! Ou Salve s!) Ritmos Bata Cantigas 01 a 06

Agere Ilu Ego

07 a 12 13 a 16, 19 e 24 17, 18, 20 e 23

01 A PD OLNN E MO JUBA JS. WA S AWO, WA S AWO, WA S AWO, MO JB JIS.A pad olon mo juba ojix Au x au, au x au, au x au Mo juba ojix. Vamos encontrar o Senhor dos Caminhos, Meus respeitos quele que o mensageiro, Vamos cultuar, vamos cultuar, vamos cultuar Meus respeitos quele que o mensageiro.

02 ELGBRA RW, A S AWO. ELGBRA RW, A S AWO. BAR OLNN WA FN G. BAR OLNN WA FN Glbra ru a x au lbra ru a x au Bar olon au fum ag Bar olon au fum ag O Senhor da Fora bonito, vamos cultu-lo, O Senhor da Fora bonito, vamos cultu-lo Exu do corpo, senhor dos Caminhos d licena.

03 A J KI IRE NI S, S KA B KA B. A J KI IRE NI S, S KA B KA B.A ji qui ir ni Ex, Ex c bi ca bi A ji qui ire ni Exu, Exu c bi c bi. Ns acordamos e cumprimentamos felizes a Exu, E Exu conta como nascemos, Exu conta como nascemos.

04 ELGBRA S S KR KR. KESAN BAR S S KR KR.lbra Exu x quer quere ks bar Exu x quere quere. Exu, o Senhor da Fora (do poder) Faz cortes profundos e pequenos, Eksan Exu do corpo, faz cortes profundos E pequenos (gbr).

05 E ELGBRA ELGBRA S ALY. E ELGBRA ELGBRA S ALY lbra lbra Exu alai lbra lbra Exu alai Senhor da Fora, Senhor do Poder Senhor da Fora, Senhor do Poder Cumprimentamos o Chefe (dono do mundo)

06 W LS LABOWO L SOR GBK LKN, W LS LABOWO L SOR GBK LKN. u ls labul sr abc ilcum u ls labul sr abc ilcum Ele est de p na entrada sobre os gonzos da porta Ele est de p na entrada sobre os gonzos da porta.

07 S WA J WO MN MN KI WO ODRA, LARY S WA J WO MN MN KI WO ODRA. S AWO.Exu a ju u m m qui u dara Lari Exu a ju u m m qui u dara Exu au. Exu nos olha no culto e reconhece, sabendo que o culto bom, Larie Exu nos olha no culto e reconhece sabendo que o culto bonito, vamos cultuar Exu.

08 ODRA L SRO, ODRA L SRO LNN. ODRA L SRO E L SRO ODRA L SRO LNN.dra l xor dra l xor ln dra l xor l xor dra l xor ln. Odara pode tornar o caminho difcil, Ele o Senhor dos caminhos.

09 JS PA L FN AWO, ODRA PA L SOBA. JS PA L FN AWO, ODRA PA L SOBA.jix pa l fum au dra pa l sb jix pa l fum au dra pa l sb.

O Mensageiro mata para a casa de culto e Odra mata para a casa do Rei.

10 ELGBRA LW LGBRA S A J WO MN MN KI A AWO ELGBRA LW LGBRA S A J WO MN MN KI A AWO.lbara lu lbara Ex a ju u m m qui a au. lbara lu lbara Ex a ju u m m qui a au. O Senhor da Fora belo, Senhor do Poder, Ex nos olha reconhecendo e sabendo que o estamos cultuando.

11 K MO NR J R J R S OLNN. K MO NR J R J R S OLNN.C mo um r ij r ij r Ex olon. C mo um r ij r ij r Ex olon. Que jamais eu veja a sua briga, a sua briga, Ex Senhor dos Caminhos. Que jamais eu veja a sua briga, a sua briga, Ex Senhor dos Caminhos.

12 J GBL KR , S SORK. J GBL KR , S SORK ji bl a cara Ex Xroqu ji bl a cara Ex Xroqu ELE ACORDA E VARRE OS PEDAOS DE SUA CABAA QUEBRADA, ELE O EX QUE EST NO ALTO DA MONTANHA.

13 A J K BARABO E MO JB, WA K S. A J K BARABO MO JB, E OMOD KO K K. KI BARABO E MO JB, ELGBRA S LNN.A ji qui Barab mo jub au c x A j qui Barab mo jub omd c c qui Barab m jub lbra Ex lon. Ns Acordamos E Cumprimentamos Barabo, A Vs Eu Apresento Meus Respeitos, Que Vs No Faais Mal. Ns Acordamos E Cumprimentamos Barabo A Vs Eu Apresento Meus Respeitos. A Criana Aprende Na Escola ( Educada, Ensinada) Que A Barabo Eu Apresentou Meus Respeitos, Ele Senhor Da Fora, O Ex Dos Caminhos.

14 BAR BEBE TIRIR LNN S TIRIR, BAR O BEBE TIRIR LNN

S TIRIR.Bar bb tirir ln Ex tirir Bar bb tirir ln Ex tirir Ex, ele realiza proezas maravilhosas, Tirir o Senhor dos Caminhos, Ex Tirir.

15 GK GK ODRA, ODRA BB EB. GK GK ODRA, ODRA BB EB. (GK GK NIDNN, ODRA BB EB)Goqu goqu dara dara bab eb Goqu goqu dara dara bab eb (Goqu goqu nidan dara bab eb) Odara Sobe, Sobe (Ascenso), Odara O Pai Dos Ebs. Odara Sobe No Fogo Que Ele Prprio Acendeu, Odara O Pai Dos Ebs.

16 INN INN MO JB E E MO JB INN INN MO JB E G MO JBIn in mo jub mo jub In in mo jub ag mo jub. Ex do Fogo, fogo, meus respeitos, A vs meus respeitos. Ex do Fogo, fogo, meus respeitos, Peo licena e apresento-vos meus respeitos.

17 E M WON LB NN , K R J. E M WON LB NN , K R J. E M JK, K R IJ. E M JK, K R IJ m m m m uom lb n, c r ij uom lb n, c r ij jqui, c r ij jqui, c r ij

Que O Senhor (Ex) No Ponha Fogo Neles, E Que Suas Cabeas No Vejam Vossa Briga, E No Permitais Que Vossas Cabeas Vejam A Vossa Briga.

18 OLNN WA BAR KTU. OLNN WA BAR KTUln au bar qutu ln au bar qutu Senhor Dos Nossos Caminhos, Ex Do Povo De Ketu. Senhor Dos Nossos Caminhos, Ex Do Povo De Ketu.

19

S SO SORK, ELGBRA K A AWO S SO SORK, ELGBRA LGBA .Ex s xoroqu lbara qui a au Ex s xoroqu lbara lb . Ex fala do alto da montanha, Senhor poderoso a quem cultuamos.

20 KTU K KTU E S ALKTU, KTU K KTU E ELGBRA KTUQutu qu qutu Ex alaqutu Qutu qu qutu Ex alaqutu Ketu Grita Alto, Ketu, Sois Vs Ex O Senhor De Ketu (Rei) Ketu Grita Alto, Ketu, Sois Vs O Senhor Poderoso De Ketu.

21 YEMONJA K NTA RD, S A INN K. YEMONJA K NTA RD, S A INN KImanj cnt rd, Ex a in c Imanj cnt rd, Ex a in c Yemanj Mergulha Rapidamente No Rio, Ex Do Fogo No.

22 GLNN WA P NBO, GLNN E, GLNN WA P NBO, GLNN E.Aglon au pu umb, aglon Aglon au pu umb, aglon Pedimos licena ao Senhor dos Caminhos Nos dizemos que o estamos cultuando, Com licena, Senhor dos Caminhos.

23 G NBO NBO LARY G NBO NBO LARYAg umb umb lari Ag umb umb lari Ns pedimos licena cultuando, Lar i. Ns pedimos licena cultuando, Lar i.

24 SNS BE, SNS BE ODRA K LOR ER, LARY SNS BE, ODRA K LOR EBO.Xnx b, xnx ob dara c lr r lari

Xnx b, dara c lr b. Faca pontiaguda, faca pontiaguda, Ex Odara no tem sua cabea para Levar carrego, Lar i, tem faa pontuda, Ex Odara no tem sua cabea para levar eb.

25 ALKTU R KTU BAR S MA L.Alqutu r qutu bar Ex ma l. O Senhor Supremo de Ketu o Ex do povo de Ketu e Ex ir embora.

26 BRA JE NTAN NLO, BRA JE NTAN MA L IL.Bra j untam a unl Bra j untam ma l il. Bra j comeu, est satisfeito e ir embora, Bara j comeu, est satisfeito e ir embora da casa.

(Esta cantiga no est contida no Livro Nkorin SAwon rs, faz parte da apostila Axex, o Reincio da Vida).