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NOTÍCIAS EM DESTAQUE 19 DE FEVEREIRO

Cabide que não acaba - Boquinhas no governo Dilma

chegam a 107.085 Presidente Dilma tem à disposição mais de 107 mil cargos comissionados

Presidente Dilma tem 107.083 cargos de livre nomeação no governo federal.d (Foto: Luciano Freire/AE)

Somados funções e cargos comissionados da administração federal, são 107.085 pessoas empregadas por

livre nomeação, sem concurso, no governo Dilma Rousseff – todos indicados por militantes de partidos

governistas, principalmente do PT. Os salários variam entre R$ 790 e R$ 30 mil/mês. Quando os cargos

são ocupados por petistas, eles são obrigados a pagar ―dízimo‖ para engordar ainda mais os cofres do PT.

São 47 siglas para definir cargos e gratificações de apoio, assistência, técnica, assessoria, direção e próprias

de alguns órgãos, e militares.

Até para a Copa do Mundo e Olimpíadas foram criados mais cabides para pendurar ―cumpanheros‖ com

generosos salários de até R$ 22 mil

Pagando até R$ 14,3 mil mensais, os 31 mil cargos de direção (CD) e de assessoramento superior (DAS)

estão entre os mais cobiçados.

Com a maior parte das boquinhas temporárias abertas nos governos Lula e Dilma, Brasília voltou a ser a

―capital de funcionários públicos‖. (CLÁUDIO HUMBERTO)

Os empreiteiros poderão ser libertados em massa No Judiciário, mais do que no Executivo e no Legislativo, age-se por metáforas. Não raro por mensagens

cifradas. Sinais costumam ser enviados nas entrelinhas, que só os iluminados percebem.

Acaba de se verificar uma dessas situações. Sem maiores explicações, o ex-ministro Joaquim Barbosa veio

a público pregando a demissão do ministro da Justiça. Quis atingir que objetivo, além da pessoa do

próprio?

Nos corredores do Supremo Tribunal Federal, decifra-se o enigma. O polêmico ex-presidente da casa

dirigia-se a seus pares, alertando-os para as conseqüências de gravíssima decisão capaz de ser tomada nos

próximos dias: a libertação de todos os empreiteiros presos desde novembro em Curitiba!

É o que se trama na mais alta corte nacional, com a participação do ministro da Justiça. A maioria dos

doutos juristas estaria inclinada a conceder habeas-corpus para os presos, sob o argumento de que não

representam perigo para a ordem pública e dificilmente fugiriam para o estrangeiro, dado o confisco de

seus passaportes. Pesa na singular determinação o fato de estarem submetidos a regime carcerário bastante

precário, com muitos dormindo no chão, em colchonetes, por falta de instalações mais convenientes na

Polícia Federal da capital paranaense. Além, é claro, de disporem de recursos ilimitados para pagamento

dos melhores advogados do país. Some-se, também, o estado psicológico de muitos deles.

Caso se concretize a hipótese engendrada em surdina, ficará demonstrado que a Justiça, no Brasil, não é a

mesma para pobres e ricos. Os empreiteiros voltariam ao luxo de suas residências para enfrentar longos

processos na primeira instância federal e depois nos tribunais correspondentes. Apesar da inflexibilidade do

juiz Sérgio Moro, estariam vitoriosos, mais ou menos como estão, hoje, muitos condenados no processo

do mensalão.

Joaquim Barbosa, apesar de retirado, percebeu a trama e dispôs-se a denunciá-la, mas por via transversa.

Mirou no ministro da Justiça certo de atingir seus antigos companheiros. Presta mais um serviço, ainda

que sem certeza de obter sucesso. No caso, a permanência dos bandidos na cadeia pelo menos até seu

julgamento.

Resta aguardar os próximos capítulos dessa novela de horror, capaz de desmoralizar a confiança que se

vinha tendo na Justiça, porque os ladrões de galinha continuam submetidos a maus tratos e sem esperança

de receber as benesses da lei. O escândalo na Petrobras poderá reverter em benefício de seus mentores.

(CARLOS CHAGAS – DIÁRIO DO PODER)

Críticas a Joaquim Barbosa, que cobrou demissão de

ministro, refletem o desespero petista

Ânimos exaltados – Para os petistas, saquear os cofres da Petrobras foi algo dentro da normalidade, como

se o PT não fosse uma organização criminosa conhecida, como afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-

MG). Após o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, defender a demissão do

ministro da Justiça por conta de encontros secretos com advogados das empreiteiras envolvidas no

Petrolão, os ―companheiros‖ saíram em defesa de José Eduardo Martins Cardozo.

―Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a presidente Dilma demita

imediatamente o ministro da Justiça‖, escreveu o ex-presidente do STF no microblog que mantém no

Twitter.

Os ataques a Barbosa foram os mais variados, flanando entre declarações que ultrapassam as fronteiras do

ridículo. Secretário de Comunicação do PT, José Américo classificou de ―lastimável‖ o pedido de Barbosa,

que, segundo o petista, deseja retornar à cena política ―de olho‖ nas próximas eleições.

―Ele diz que se aposentou por dor nas costas, mas o objetivo era outro: militar e tentar um cargo político a

curto prazo‖, afirmou o dirigente petista.

Que José Américo é um radical descontrolado no melhor estilo lobo em pele de cordeiro todos sabem, mas

Joaquim Barbosa tem o direito de criticar o governo e também de participar de eleições. Cidadão brasileiro,

Barbosa tem pela frente o caminho livre para disputar um cargo eletivo, por exemplo, desde que esse seja o

seu desejo.

De tal modo, não cabe ao PT fazer críticas, pois é sabido que José Eduardo Cardozo ultrapassou os limites

da suas funções como ministro. Considerando que a presidente Dilma Rousseff é frouxa como chefe de

governo, Cardozo continuará ministro, podendo inclusive ocupar a vaga deixada pelo próprio Joaquim

Barbosa. Se isso acontecer, como especula-se nos bastidores do poder, o Brasil estará diante de mais um

escárnio com a chancela estelar do Partido dos Trabalhadores.

Coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho também não poupou Barbosa. ―Por ironia do destino,

ele se aposentou e hoje procura fazer o que sempre criticou: pediu carteirinha da OAB [Ordem dos

Advogados do Brasil] para sobreviver‖, disse Carvalho.

Marco Aurélio Carvalho tem direito à livre manifestação do pensamento, como garante a Carta Magna,

mas não pode impedir que Barbosa exerça qualquer profissão, desde que esteja habilitado para tanto. O

coordenador petista se agarra a teorias absurdas apenas porque Joaquim Barbosa foi implacável como

relator da Ação Penal 470 (Mensalão do PT), que mandou para a prisão boa parte da cúpula do partido.

Histriônicos conhecidos

Advogado das estrelas e das autoridades encalacradas em escândalos de corrupção, o criminalista Antônio

Carlos de Almeida Castro não se conteve e acabou revelando, mais uma vez, a sua porção teatral. Disse o

advogado que o pedido de Joaquim Barbosa é ―saudade dos holofotes‖ e ―especialidade‖ do ex-ministro do

STF. ―Como é Carnaval parece ser uma piada de salão: um ex-ministro do Supremo sair do ostracismo para

tentar pressionar a presidente da República e pedir a demissão do ministro da Justiça‖, afirmou o advogado.

Kakay, como é conhecido o criminalista, é um especialista em holofotes, por isso ousou analisar a

declaração de Joaquim Barbosa, que em nenhum momento pressionou a presidente da República, mas

conclamou os brasileiros de bem a cobrarem a demissão do ministro da Justiça, que confunde o ministério

com o Poder Judiciário.

Qualquer brasileiro minimamente inteligente sabe que o STF está dominado e que o PT trabalha nas coxias

para evitar um estrago maior no partido por causa do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história

da humanidade, como prejuízos à Petrobras estimados em R$ 88 bilhões.

Para completar a ópera bufa encenada pelos petistas para atacar Joaquim Barbosa, o então responsável pela

defesa do mensaleiro José Genoino também criticou o ex-presidente do STF. Luiz Fernando Pacheco disse

que a exigência de Barbosa demonstra seu ―caráter populista‖. Pacheco, para quem não se recorda, foi

expulso do plenário do STF pelo próprio Barbosa, depois de desrespeitar a liturgia da máxima instância do

Judiciário. Na ocasião, visivelmente alterado, Luiz Fernando Pacheco disse que ―pegaria‖ Barbosa.

A preocupação maior dos petistas em relação a Joaquim Barbosa é que ao conclamar a população brasileira

para dar um basta aos seguidos desmandos do desgoverno do PT pode complicar ainda mais a crise

institucional que chacoalha o Palácio do Planalto e faz a presidente da República refém do silêncio e do

sumiço. O ministro da Justiça sabe que errou, mas a sensação de impunidade incentiva a ―companheirada‖

a cometer ilícitos. Haja vista o que aconteceu na Petrobras ao longo dos últimos dez anos. (UCHO.INFO)

Para Lula, só acordo com Cunha salva Dilma Passado o Carnaval, presidente terá desafios duros na política e na economia

Se levar em conta os conselhos que recebeu do ex-presidente Lula numa conversa em São Paulo na quinta-

feira antes do Carnaval, o primeiro passo pós-folia da presidente Dilma Rousseff será tentar um acordo de

convivência com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Mas um acordo para valer. Não uma foto protocolar como a que foi tirada numa reunião há duas semanas,

após Cunha derrotar o Palácio do Planalto na eleição para a presidência da Câmara.

Lula disse a Dilma que, para recuperar o controle do Congresso, precisará de um acordo com o presidente

da Câmara, já que ela tem um bom entendimento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-

AL). Lula lembrou que, em 2005, quando Severino Cavalcanti (PP-PE) se elegeu presidente da Câmara, ele

o recebeu para uma conversa no Palácio do Planalto e fizeram um acordo. ―Tive a humildade de ir falar

com ele‖, teria dito o ex-presidente.

Logo após a explosão do escândalo do mensalão, Lula se acertaria com a então parcela oposicionista do

PMDB. Portanto, o desafio é um acordo real com Cunha e o PMDB, que ainda não aconteceu desde a

derrota na eleição para a presidência da Câmara.

Sem um acordo com Cunha e o PMDB, com uma nova CPI da Petrobras adiante, com o isolamento do PT

no Congresso e com a possibilidade de a oposição ficar com comissões importantes na Câmara, há

possibilidade de o governo não aprovar as medidas do ajuste fiscal. E isso pioraria a situação do governo.

Daí essa ser a prioridade do Palácio do Planalto, algo que demanda uma correção dos erros na política para

ajudar na economia. Governadores e prefeitos também enfrentam situação de caixa complicada neste início

de ano e têm tomado medidas de controle de gastos.

Lula aconselhou Dilma a buscar o apoio de governadores e prefeitos para fazer pressão sobre o Congresso

a fim de ajudar a aprovar as medidas do pacote fiscal. Eles ajudariam. Mas é a presidente que tem de fazer

o principal lobby a favor das medidas.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e outros colegas também terão de entrar na briga. Levy já vem

dando declarações defendendo a importância do ajuste. O Levy e outros ministros da área econômica terão

atuar no Congresso porque se deixarem apenas a cargo da articulação política é grande a chance de dar

errado.

A presidente também precisa, com maior frequência, vir a público defender as suas medidas. Não basta um

discurso por mês, ora na reunião ministerial, ora num pronunciamento. É um trabalho que ela tem de fazer

todo cotidianamente, entrando contato com os líderes aliados no Congresso e vendendo o seu peixe. Só

melhorando a economia a presidente terá chance de terminar bem o mandato. (KENNEDY ALENCAR –

BLOG DO KENNEDY – IG)

Medidas de Dilma e Richa contradizem o que era dito na

campanha

Presidente e governador não se constrangeram em ―vender‖ ao eleitor um país e um estado bem diferentes

da realidade

Não é raro eleitores se surpreenderem com medidas de governantes recém-eleitos que contradizem o que

era dito na campanha eleitoral. Nas eleições de outubro do ano passado, porém, a presidente Dilma

Rousseff (PT) e o governador Beto Richa (PSDB), ambos reeleitos para o segundo mandato, não se

constrangeram em ―vender‖ ao eleitor um país e um estado bem diferentes da realidade. Hoje, quase quatro

meses após terminadas as eleições, a artimanha de marketing político ficou evidente.

Dilma comemora a reeleição: ela afirmou para não acreditarem em quem dizia que o país estava mal

Confira o que Dilma disse na campanha e o que ela fez logo após a reeleição:

• Impostos

Discurso na campanha

Em encontro com taxistas em setembro de 2014, Dilma negou qualquer possibilidade de ―tarifaço‖ para

reajustar o preço da gasolina.

Realidade no governo

Em 19 de janeiro, o governo federal anunciou a volta da cobrança da Cide (imposto sobre o comércio de

combustíveis) e o aumento da alíquota do PIS/Cofins, que resultou em reajuste médio de R$ 0,22 para a

gasolina e R$ 0,15 para o diesel.

O mesmo pacote trouxe aumento de IOF sobre operações de crédito para o consumidor de 1,5% para 3%, e

do PIS/Cofins sobre importações de 9,25% para 11,75%.

• Juros e inflação

Discurso na campanha

Dilma acusou o partido de seu principal adversário, Aécio Neves (PSDB), de ―plantar inflação para colher

juros‖. Ao mesmo tempo, negou haver descontrole inflacionário no país, bem como rechaçou a

possibilidade de aumentar juros.

Realidade no governo

Três dias após a vitória no segundo turno, o Copom aumentou a taxa Selic de 11% para 11,25% ao ano.

Hoje, depois de mais duas altas, a taxa básica está em 12,25%. A justificativa: controlar a inflação.

Especialistas, porém, preveem índice inflacionário de 3,26% só para o primeiro trimestre, ou seja: quase

50% da meta prevista pelo governo para todo ano de 2015.

• Direitos trabalhistas

Discurso na campanha

Em reunião com empresários, Dilma garantiu que não mudaria direitos trabalhistas.

Realidade no governo

Em dezembro, duas medidas provisórias deixaram mais rígidas as regras para obter abono salarial, seguro-

desemprego, pensão por morte e auxílio-doença. As medidas foram tomadas em nome da ―sustentabilidade

da Previdência‖.

• Política econômica

Discurso na campanha

Dilma criticou duramente Marina Silva (PSB) e Aécio Neves por suas propostas para a economia. Dizia

que Neca Setúbal, herdeira do Itaú e conselheira de Marina, e Armínio Fraga, anunciado como ministro da

Fazenda de Aécio, influenciariam políticas em favor do mercado.

Realidade no governo

Nomeou Joaquim Levy, economista tido como ortodoxo e alinhado ao pensamento de Armínio, como

ministro da Fazenda de seu segundo governo.

• Energia elétrica

Discurso na campanha

Não só na campanha, mas durante todo o primeiro governo, Dilma afirmava que a energia não subiria e que

o país estava preparado para a demanda necessária ao crescimento.

Realidade no governo

Em 19 de janeiro, um apagão atingiu metade do país: 11 estados e o Distrito Federal. No dia 20, o Brasil

importou energia da Argentina. A partir do primeiro dia do ano já entrara em vigor o sistema de bandeiras

tarifárias. Se o consumo de energia subir, o consumidor paga mais caro. A Aneel já aprovou também

pedido de reajuste extraordinário feito pelas distribuidoras.

(Crédito: Fernando Bizerra Jr./EFE e Jonathan

Campos/Gazeta do Povo)

Beto Richa

Beto Richa comemora a reeleição em primeiro turno: ―O melhor está por vir‖

Veja o que Richa dizia na campanha e compare com a realidade do governo:

• Finanças do estado

Discurso na campanha

Durante a campanha, Richa insistiu que havia colocado a casa em ordem, após herdar uma dívida de ―R$

4,5 bilhões do governo anterior‖. E que, no segundo mandato, poderia investir mais.

Realidade no governo

Pouco tempo depois de ser reeleito, em dezembro, enviou um ―tarifaço‖ à Assembleia Legislativa, já

aprovado e sancionado. O ICMS de uma extensa lista de produtos foi reajustado de 12% para 18%.

Também houve aumento de um ponto porcentual no ICMS da gasolina e de 40% na alíquota do

IPVA.

• Investimentos

Discurso na campanha

Na campanha, o candidato à reeleição desafiou jornalistas a consultar qualquer prefeito do Paraná para

saber se o governo anterior investia tanto em obras quanto o seu. Inclusive em municípios administrados

por adversários políticos do grupo que comandava o Paraná.

Realidade no governo

Após a derrota no ―pacotaço‖ da semana passada, o governador admitiu que existem obras paradas no

estado. O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, já reconheceu que o Paraná está praticamente sem

dinheiro para investimentos.

• Funcionalismo

Discurso na campanha

Richa sinalizou com a manutenção da política de valorização dos servidores. No primeiro mandato,

concedeu reajustes acima da média para algumas categorias.

Realidade no governo

Com o estado em crise financeira, adiou o pagamento do terço de férias dos servidores já no final do ano

passado. Também não pagou a rescisão de 29 mil professores temporários que trabalharam em 2014.

• Abertura ao diálogo

Discurso na campanha

Durante a campanha, Richa sempre ressaltou seu papel de conciliador. A capacidade de diálogo foi

apontada como uma das principais qualidades do candidato.

Realidade no governo

Na semana passada, enfrentou a maior polêmica de sua carreira política ao propor à Assembleia a

aprovação às pressas e sem discussão de um pacote de austeridade com várias propostas que têm forte

oposição da sociedade. O resultado foram defecções na base aliada no Legislativo, revolta de servidores e

retirada das propostas após três dias de ocupação da Assembleia e confronto entre manifestantes e a

polícia.

• Perseguição

Discurso na campanha

Quando admitia dificuldades financeiras, Richa as atribuía à ―perseguição do governo federal‖ e cobrava a

liberação de empréstimos. Também criticava a falta de repasses federais.

Realidade no governo

Os empréstimos aguardados foram autorizados. Os repasses do Fundo de Participação dos Estados para o

Paraná subiram acima da inflação. Mas as contas do estado ainda não fecham. (GAZETA DO POVO)

Aumento da jornada no TRT-4 diminuiu produtividade dos

servidores, diz estudo O aumento da jornada de trabalho dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), de

seis para oito horas diárias, piorou a qualidade de vida deles e diminuiu a produtividade da corte.

Essa é a conclusão do estudo ―Aumento da jornada de trabalho, qualidade de vida e produtividade na

justiça do trabalho da 4ª Região‖, do sociólogo Carlos Alberto Colombo. A pesquisa, que foi encomendada

pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul (SintrajufeـRS), apresenta

dados, pesquisas qualitativas e quantitativas, confrontamento de números sobre a produtividade antes e

depois da majoração da carga horária.

Contrariando o objetivo da alteração da carga horária dos trabalhadores do TRT-4, o sociólogo encontrou

indicativos que a extensão das horas é um procedimento improdutivo e que não contribui para a agilização

e o aprimoramento da qualidade da prestação jurisdicional. No estudo, Colombo apresenta um conjunto de

evidências que atestam, inclusive, que o aumento das horas trabalhadas resultou em queda na

produtividade, quando considerada a relação número de processos solucionados por hora de trabalho.

O estudo também aponta desdobramentos que não foram previstos pela Administração do TRT-4 e seus

efeitos negativos, não só no que se refere à queda da qualidade de vida dos servidores, mas também aos

custos sociais e econômicos decorrentes das condições de trabalho e saúde. Embasado por dados, o

sociólogo apontou que a proposta não é vantajosa nem para a instituição nem para o servidor, já que esse

último passa a ter uma produtividade menor, decorrente da perda da qualidade de vida, do tempo para

investimento na formação, no lazer, entre outros prejuízos.

Colombo afirma também que a melhora da prestação jurisdicional não foi alcançada, e seu estudo destaca

ainda que a intenção da instituição foi frustrada pelo que a literatura sociológica identifica como as

―consequências impremeditadas da ação‖. Ou seja, o TRT-4 tinha a intenção de melhorar a prestação

jurisdicional, mas os meios escolhidos, como o aumento da jornada, geraram consequências imprevistas:

queda da produtividade, aumento das doenças do trabalho e da duração das licenças médicas, frustração e

desmotivação dos servidores, entre outros resultados negativos. (CONSULTOR JURÍDICO E

ASSESSORIA DE IMPRENSA DO SINJUS)

Governo faz esforço concentrado para manter veto ao

reajuste da tabela do IR Com a popularidade em baixa e diante da conflagração de sua base de sustentação no Legislativo, a

presidente Dilma Rousseff retorna nesta quarta-feira, 18, da Base Naval de Aratu, na Bahia - onde passou o

feriado de carnaval -, em busca de uma estratégia para tentar reverter a agenda negativa que ameaça ser

agravada com novas derrotas políticas nos próximos dias.

O primeiro embate do Palácio do Planalto deve ocorrer na próxima terça-feira, 24, quando deputados e

senadores se reúnem em sessão do Congresso. Na pauta, está prevista a análise de vetos presidenciais e a

votação do Orçamento de 2015. Dos vetos, o que de fato acende o alerta no governo é o que reajusta em

6,5% a tabela do Imposto de Renda para a pessoa física. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-

RJ), anunciou na semana passada, após reunião com sindicalistas, que esse veto seria apreciado nessa

sessão.

O índice foi aprovado por deputados e referendado por senadores em dezembro, menos de dois meses após

Dilma conquistar a reeleição, derrotando o candidato do PSDB, Aécio Neves, no 2 º turno da eleição

presidencial. A aprovação do reajuste da tabela do imposto foi um sinal de descontentamento da base

aliada com os rumos que a montagem da equipe do segundo mandato tomava.

Preocupado com o impacto nas contas públicas que o índice vai acarretar em um ano de ajuste fiscal, o

Palácio do Planalto trabalha para evitar a anulação do veto em troca de uma correção menor, de 4,5%. Mas

mesmo os aliados da petista são céticos em relação à possibilidade de sucesso.

Até lá, há duas estratégias em curso. A primeira é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre de

fato em campo em Brasília para liderar a rearticulação da base aliada. Na agenda, encontros com

integrantes do PT e do PMDB. Sua ida a Brasília estava prevista para a quinta-feira, 19, mas ainda não

estava confirmada.

Uma segunda estratégia é apostar no adiamento da sessão, contando, para tanto, com o apoio da própria

base. Isso porque o relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), deu prazo até segunda-feira,

23, para que novos parlamentares apresentassem suas emendas individuais. O prazo pode inviabilizar no

dia seguinte a votação da lei orçamentária, o que demandaria o adiamento da sessão.

Em outra frente, a presidente precisa acelerar as negociações com o Congresso para evitar o

"afrouxamento" do pacote da equipe econômica que endureceu o acesso a benefícios trabalhistas, como o

seguro-desemprego e o abono salarial. Aliados, inclusive do PT, apresentaram centenas de emendas às

duas medidas provisórias que tratam do tema propondo alterações menos duras.

Também na terça, os líderes da base na Câmara se reúnem em almoço com os ministros Nelson Barbosa

(Planejamento), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Manoel Dias

(Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência). No encontro, eles argumentarão que a essência do pacote é

corrigir distorções e preservar benefícios sociais, mas internamente o governo já admite ceder em alguns

pontos, como o tempo de carência exigido para o pagamento do seguro-desemprego.

Diálogo

Diante da crise política que se instalou em Brasília, com a base "rachada" e o PT isolado de postos

estratégicos na Câmara, Dilma quer sinalizar mais uma vez que está disposta ao diálogo. O líder do

governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou as lideranças partidárias nos últimos dias

para comunicar que a presidente pretende realizar encontros mensais com eles.

O aceno, no entanto, é visto com ressalvas no Congresso, já que a petista prometeu estabelecer um

calendário regular de encontros com os parlamentares em ocasiões anteriores, mas abandonou a ideia.

(ESTADÃO CONTEÚDO)

Lava-Jato: Ministério Público e PF se aproximam da

conexão Gleisi-Paulo Bernardo e Alberto Youssef

Campo de batalha – Em meio a tantas informações, os integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato

trabalham para garimpar provas que reforcem a conexão entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-ministro

Paulo Bernardo da Silva, das Comunicações. Procuradores da República e policiais federais estão

debruçados sobre o tema, que pode complicar ainda mais a situação de Bernardo e de sua mulher, a

senadora petista Gleisi Helena Hoffmann, acusada de ter recebido R$ 1 milhão do Petrolão, o maior

escândalo de corrupção da história.

Identificar a ligação de Paulo Bernardo com Youssef não é tarefa das mais difíceis, pois em tempos outros

o ex-ministro, por intermédio do deputado cassado André Vargas, usou o esquema criminoso do doleiro

para lavar dinheiro de campanha. O assunto acabou na alça de mira das autoridades, que à época abriram

investigação.

A grande questão que tira o sono da equipe que investiga os crimes cometidos no âmbito da Lava-Jato é a

rota do dinheiro desviado da obra do anel viário de Maringá, orçada inicialmente em R$ 142 milhões, mas

que com o passar do tempo saltou para R$ 179 milhões. Executada sob o guarda-chuva do Departamento

Nacional de Infraestrutura de Transportes, o polêmico DNIT, o anel viário da importante cidade paranaense

teve sobrepreço de R$ 10 milhões, de acordo com análise do Tribunal de Contas da União (TCU).

Responsável pela execução da obra, a construtora Sanches Tripoloni rebateu a análise do TCU, mas agora

pode estar na mira da força-tarefa da Lava-Jato, o que não é bom sinal para todos os envolvidos no suposto

esquema de corrupção.

Com o avanço das investigações, novos personagens foram arrastados para o olho do furacão, além do

doleiro Youssef, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann. No rol dos investigados estão deputados federais do

Paraná, além de conhecidos políticos do estado sulista. A situação de Gleisi e Paulo Bernardo, que já não

era boa, pode piorar sobremaneira depois do período de ócio carnavalesco. Fora isso, Gleisi e Bernardo

foram passageiros constantes no avião King Air, matrícula PR-AJT, de propriedade do empresário

Francisco Tripoloni, dono da construtora Sanches Tripoloni, que, como mencionado acima, foi responsável

pela construção do anel viário de Maringá.

As autoridades da Operação Lava-Jato querem identificar qual esquema criminoso operado por Alberto

Youssef que foi usado para lavar o dinheiro de mais um escândalo envolvendo o Partido dos

Trabalhadores, que agoniza sem que os ―companheiros‖ aceitem a dura realidade. Tanto é assim, que os

petistas têm se agarrado cada vez a teorias esdrúxulas para manter a legenda na UTI da política nacional.

(UCHO.INFO)

Crise financeira do PR - Acampamento dos professores tem

faixas contra o governo estadual

Manifestantes do setor de educação, e de outras categorias, capricham na criatividade para reclamar da

administração Beto Richa (PSDB)

Após uma mobilização histórica que levou o governo estadual a recuar de um "pacotaço" de medidas de

austeridade fiscal, manifestantes permanecem acampados na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro

Cívico, em Curitiba.

O grupo, em sua maioria professores em greve, segue no local, onde deve ser realizado um grande protesto

na quinta-feira (19) além de uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra.

Na terça-feira (17), os servidores convocaram um protesto bem humorado, que prometia "assar a batata" de

políticos em frente ao Palácio Iguaçu.(GAZETA DO POVO)

Campanha separada para auditores fiscais Além de lidar com a pressão conjunta por reajuste das principais carreiras do funcionalismo, o Executivo

terá que negociar, em separado, com os auditores fiscais da Receita Federal. E com percentuais bem

maiores. Os servidores do Fisco começam a campanha salarial de 2015 reivindicando aumento de 35,33%

a 55,31% para equiparar seus rendimentos a 90,25% do que ganham os ministros do Supremo Tribunal

Federal.

Segundo o presidente do Sindifisco (sindicato que representa a categoria), Cláudio Damasceno, a tabela

com os aumentos foi aprovada pela categoria, em 2014, e se ajusta à nova configuração dos subsídios do

Judiciário. Ele admitiu que 2015 será um ano de aperto. "Mas a gente também sabe que será o ano em que

o governo vai fazer um grande esforço de arrecadação. Quando se fala em arrecadação, fala-se em Receita

Federal. Os auditores sabem que serão chamados a contribuir com mais trabalho. E farão o seu papel.

Queremos apenas a valorização da carreira, para evitar, inclusive, a evasão. Muitos saem da Receita, que

tem uma atuação mais complexa e com mais particularidades, e vão para os fiscos estaduais ganhar mais.

Com isso, a Receita tem perdido seus melhores quadros", contou.

Vale lembrar que qualquer reajuste autorizado para os auditores fiscais da Receita Federal engloba,

também, os seus colegas do Ministério do Trabalho. Assim, por uma simples conta aritmética,

considerando os 30.891 auditores da Receita e os 6.685 do Trabalho, e acrescentando aos salários apenas a

diferença do menor valor de aumento solicitado (R$ 7.109), a despesa do Tesouro Nacional, unicamente

com essas duas categorias, daria um salto de mais de R$ 267 milhões mensais, ou R$ 3,4 bilhões anuais,

caso a proposta seja aceita.

A tabela que norteia a campanha prevê que o salário de um auditor de início de carreira passe dos atuais R$

15.743 para R$ 24.451 por mês, com alta de 55,31%. Já os do topo, de R$ 22.516 para R$ 30.471, com

correção de 35,33%. A representação nacional da categoria preparou documento em que destaca a

defasagem atual entre o que ganham os auditores da Receita Federal e dos fiscos estaduais. Os fiscos

estaduais do Amazonas, de Minas Gerais e do Distrito Federal têm os melhores salários, chegam a R$ 50

mil mensais. Segundo o Sindfisco, nesses locais é respeitado o teto de 90,25% dos subsídios dos ministros

do Supremo. O Rio de Janeiro está em oitavo lugar, com remuneração aproximada de R$ 35 mil. E São

Paulo, em 14º lugar, paga subsídio em torno de R$ 30 mil. Neste ranking, os auditores da Receita, em final

de carreira, estão em 25º lugar.

Apesar de solicitar reajustes que chegam a 55,31%, Damasceno admitiu que o avanço na arrecadação

federal foi ínfimo, nos últimos dois anos. Os números de 2014 ainda não foram consolidados, disse. Porém,

o incremento real (descontada a inflação) de 2013 para 2014 ficou em cerca de 1%. "Isso aconteceu por

conta das desonerações. Era uma outra proposta. Agora, o governo já declarou uma outra linha de atuação.

E nós vamos apresentar várias propostas de como o governo poderá atingir seus objetivos. Mas precisamos

de valorização e reconhecimento", reforçou.

Ele disse que não está condicionando o reajuste à eficiência no trabalho, até porque já existe um outro

projeto que vem sendo alinhavado no Congresso para a criação de uma espécie de prêmio por

produtividade, com base no aumento da arrecadação. "Esse projeto estabelece o percentual de 45% do

subsídio, por trimestre, ou seja, 15% mensais", explicou Damasceno. ( CORREIO BRAZILIENSE - VERA

BATISTA)

Exclusivo: Ministra do STF compra mansão de doleiro da

Lava Jato

A Ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia Antunes Rocha, adquiriu uma mansão no Lago

Sul, bairro nobre de Brasília e pode ter caído em armadilha montada pelo doleiro Fayed Traboulsi,

envolvido na operação Lava Jato da Polícia Federal.

No dia 19 de setembro de 2013 o principal doleiro da capital da federal foi surpreendido as 6 hs da manhã

pela Polícia Federal com mandato de prisão e busca e apreensão em suas propriedades, era a operação

Miqueias que investigava fundos de previdência e pensão, deflagrada naquele dia.

A delegada Andréia Pinho conduziu o preso Fayed na viatura da PF até o endereço de outra propriedade na

QI 17 conjunto 12 casa 11 Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça

na operação Miqueias identificou várias propriedades do doleiro Fayed Traboulsi em nome de terceiros,

usados como laranjas.

A propriedade adquirida pela ministra do STF foi no valor de R$ 1.7 milhão, mas no mercado imobiliário a

casa é avaliada por pouco mais de R$ 3 milhões. Seria um bom negócio para a ministra se não fosse o

nome da proprietária, Andréa Felipe Ramos, casada com Alexandre Chaves Ribeiro, sócio do bicheiro

Carlos de Almeida Ramos, conhecido como Carlos Cachoeira. (BLOG DO MINO PEDROSA)

No Rio, falta de postos e falha em site provocam longas filas

para obter carteira de trabalho Conseguir o documento se tornou missão quase impossível que inclui espera de até 4h durante as

madrugadas

João Terra Assiny chegou de madrugada na fila e temia

perder uma chance de emprego: ―Ninguém está aqui por hobby‖ - Agência O Globo

RIO E BRASÍLIA - Para muitos cariocas, conseguir emprego não foi problema. O difícil é tirar a carteira

para garantir a vaga. Uma combinação de falhas que inclui desde sistema de agendamento fora do ar a

agências inoperantes e falta de funcionários transformou a simples tarefa de tirar a carteira de trabalho em

uma missão quase impossível no Estado do Rio. Na semana passada, o único posto disponível para a

emissão de carteira na capital era a Superintendência Regional do Trabalho, sede do ministério no estado,

no centro da cidade, informaram funcionários. As filas para conseguir senha começavam pouco depois das

3h da madrugada, para atendimento a partir de 7h. Muitos trabalhadores perdiam a viagem até o local sem

conseguir emitir o documento. E, segundo diferentes relatos, o problema se arrasta desde o início de

fevereiro.

Para piorar, o sistema de agendamento de horário para a emissão da carteira pela internet, no site do

Ministério do Trabalho, estava constantemente fora do ar. Assim, para quem precisa da carteira, a única

alternativa era mesmo enfrentar as longas filas. Em nota, a pasta afirma que o site está funcionando

normalmente, mas, na terça-feira passada, uma funcionária orientava, por telefone, que o melhor era ir

diretamente à sede, pois o sistema ―estava parado‖.

‘SOU OBRIGADO A TIRAR PARA TRABALHAR’

Na quarta-feira passada, o estudante de geologia João Terra Assiny chegou às 3h45m, garantindo o

segundo lugar numa fila que acabaria ocupando um quarteirão inteiro em poucas horas. Participante de um

processo seletivo, ele temia perder a oportunidade caso não conseguisse a carteira de trabalho a tempo.

— Ninguém está aqui por hobby. É um direito, eu sou obrigado a tirar para trabalhar, e está virando uma

disputa — disse o estudante, que foi atendido às 8h40m e saiu de lá com a carteira três horas depois, às

11h40m.

João não estava sozinho. Às 5h30m, cerca de 20 pessoas já aguardavam no local, número que chegaria a

mais de cem. A cautela se justificava pelo pequena quantidade de senhas distribuídas — naquele dia, foram

só 40. Quem chegasse mais tarde corria o risco de não ser atendido.

A turismóloga Taiane Bastos passou por isso. No dia anterior, tinha chegado às 6h40m para tirar uma

segunda via da carteira de trabalho, mas saiu de mãos vazias. Voltou na última quarta-feira às 4h e foi a

quarta da fila. Ela deu entrada no pedido às 8h. Como tinha que trabalhar, só retirou o documento dois dias

depois.

— Tenho um trabalho freelancer que vou acabar perdendo se não entregar a carteira — disse.

De todos os que aguardavam atendimento na sede do Ministério do Trabalho quarta-feira passada, só cinco

tinham conseguido fazer o agendamento prévio no site do órgão. Caso do engenheiro colombiano Camilo

Espejo, que foi trocar sua documentação temporária de estrangeiro pela carteira de trabalho permanente.

— Fiquei uma semana tentando agendar, mas o site não abria. Só consegui na terça-feira da semana

passada, por volta de 7h — relatou Espejo.

Desde o fim de janeiro, o serviço de emissão de carteira de trabalho está suspenso nas unidades do Rio

Poupa Tempo, administradas pelo governo do estado e que servem de apoio às agências do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE). Segundo o MTE, a pasta emite cerca de 3.600 carteiras de trabalho por mês

no Estado do Rio. Com o ―efeito funil‖ causado pela restrição de locais de atendimento, houve um

congestionamento nas 56 agências do órgão no estado.

Usuários se queixam também da falta de informações. O pintor Carlos Eduardo Dias chegou a ficar de

23h30m às 8h na porta do Rio Poupa Tempo de São João de Meriti, para descobrir, de manhã, que o

serviço estava indisponível. Segundo ele, não havia avisos na porta. Funcionários da unidade disseram que

a suspensão do atendimento havia sido informada. Carlos só conseguiu tirar a carteira ao meio-dia da

última quarta-feira.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o problema com a emissão de carteiras de trabalho no Rio

é localizado. Ele explicou que o Ministério está implantando um sistema eletrônico para emissão do

documento, mas uma greve de funcionários no Rio prejudicou o procedimento.

— Estamos adotando um sistema de confecção de carteira on-line. No Rio, há uma greve de funcionários, e

o Ministério não tem culpa nisso. Até onde sei, a situação já foi normalizada — disse ao GLOBO.

Interlocutores do Ministério, porém, admitem que o problema com a emissão de carteiras ocorre em outras

localidades, como São Paulo, e se deve principalmente à demora na implantação do novo sistema.

— Há dez anos, o Ministério tenta substituir a carteira manual pela eletrônica e ainda não conseguiu.

Metade das emissões ainda é manual — disse a fonte.

Entre as causas, está a falta de investimentos na estrutura dos postos do Sistema Nacional de Emprego

(Sine) e nas Superintendências Regionais do Trabalho. Para facilitar o processo, o Ministério fez convênios

com prefeituras e entidades representativas. Nesta parceria, a pasta oferece de graça o sistema e a carteira,

mas não remunera os agentes pelo serviço.

SEM PREVISÃO PARA VOLTA DO CONVÊNIO

O Ministério do Trabalho e a Secretaria de Desenvolvimento, responsável pelo Rio Poupa Tempo, apontam

diferentes razões para a suspensão do serviço. Em nota ao GLOBO, o órgão federal admite que foi

registrado um aumento do fluxo em suas 56 unidades, devido à paralisação de serviços nas agências de

responsabilidade do governo do Rio. Disse ainda que a Secretaria de Trabalho ―já está realizando os

trâmites para a renovação do convênio com o MTE‖, destacando que, na última quarta-feira, não havia

impedimentos técnicos para a realização do serviço nos postos de atendimento estaduais.

A coordenadora-geral do Rio Poupa Tempo, Fátima Tenório, diz que o serviço nos postos foi interrompido

por causa da atualização do sistema de emissão de carteiras e que a retomada é responsabilidade do MTE.

— Foi decidido pelo Ministério do Trabalho implantar a carteira de trabalho totalmente digital. Essa

implantação demanda um período em que o sistema precisa ficar suspenso — explicou Fátima, detalhando

que o serviço está suspenso desde 2 de fevereiro.

Nenhum dos órgãos deu previsão exata de quando o serviço será retomado.

(MARCELLO CORRÊA - Colaboraram Geralda Doca e Lucas Moretzohn, estagiário- O GLOBO)

Gestão da dívida pública brasileira preocupa economistas Em 2014, volume gasto pelo BC em operações compromissadas para reduzir o ‘excesso’ de dinheiro

no país chegou a R$ 900 bi

Brasília - Enquanto a equipe econômica concentra-se em cortar gastos, cresce entre os analistas a

preocupação sobre como o governo irá fazer a gestão da dívida pública. Em 2014, o volume gasto pelo

Banco Central nas operações compromissadas, venda de títulos públicos para reduzir o ―excesso‖ de

dinheiro no país, chegou a cerca de R$ 900 bilhões, equivalentes a quase 30% da dívida bruta total. O

mercado, no momento mais nervoso e avesso ao risco, criou uma preferência por esse instrumento,

ofertado em prazo mais curto do que os títulos do Tesouro Nacional.

Como a remuneração dessas operações do BC é atrelada à Selic (taxa básica de juros da economia), que é

também o principal instrumento de controle da inflação, o temor é que se crie uma situação em que os

preços comecem a cair, mas seja mais difícil para o BC reduzir a Selic, estando o mercado ―viciado‖ nas

operações que asseguram hoje a taxa de 12,25% ao ano.

―O mercado sempre cobrará taxas caras do Tesouro porque sabe que terá depois a alternativa de recorrer às

operações compromissadas do BC. O governo está refém. Se hoje a inflação caísse e a Selic pudesse cair

para 8% ao ano, não seria possível fazer isso, porque o mercado continuará querendo receber a taxa de 12%

ao ano pelas operações‖, exemplificou o especialista em contas públicas Felipe Salto, que defende uma

atuação mais ousada e coordenada entre a Fazenda e o BC na gestão da dívida. ―Qual seria a reação do

mercado se ambos, Tesouro e BC, só ofertassem a taxas menores? Ele reclamaria, mas depois teria de

investir da mesma forma. Não teria alternativa‖, opinou.

Segundo ele, não se pode atribuir à questão fiscal todo o ônus do desequilíbrio nas contas públicas. ―Parte

dos juros altos que pagamos está relacionada ao excesso de liquidez gerado pela expansão fiscal, por isso o

governo está perseguindo o superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida) de 1,2%

em2014. Mas estamos também com um déficit nominal (incluindo o pagamento dos juros) de 7% do PIB

(Produto Interno Bruto). Parte desse resultado tem uma causa operacional, relacionada à gestão da dívida‖,

criticou Salto.

O economista da Gradual Investimentos, André Perfeito, também acha que o mecanismo de dependência

do mercado das operações compromissadas do BC pode atrapalhar a queda da Selic no futuro. ―Há no

mercado um desejo muito forte por taxas elevadas. O governo acabou criando para si mesmo um problema,

que obviamente pode atrapalhá-lo lá na frente a baixar os juros. As taxas atuais acabam reforçando a

expectativa por um cenário de taxas altas. Não é à toa que o mercado futuro já aponta para juros de 13,5%

no fim do ano‖, ressaltou.

O chefe do Departamento Econômico da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do BC, Carlos

Thadeu de Freitas, trabalha com a perspectiva de queda da inflação no ano que vem e consequente redução

dos juros. Diante deste cenário, ele acredita que não vale a pena para o Tesouro pagar taxas mais altas e

que, por isso, devem continuar ocorrendo as operações do BC. ―A nossa economia ainda não pode

dispensar as operações compromissadas porque a inflação ainda está muito alta‖, ponderou.

Na última sexta-feira, o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Paulo Valle, afirmou, em

conferência organizada pelo Citi, que a política fiscal contracionista deste ano dará condições para reduzir

o volume de operações compromissadas realizadas pelo BC. Economista-chefe da XP Investimentos, Zeina

Latif também acredita que o esforço fiscal irá ajudar a melhorar o perfil da dívida. ―Essa demanda por

operações compromissadas não deixa de ser um retrocesso. Vínhamos melhorando o perfil da dívida e

agora não conseguimos mais. Mas o Tesouro não está encontrando alternativa a não ser deixar de colocar

títulos. Mas essa mudança na política fiscal vai ajudar nas contas. É a nossa única saída‖, afirmou.

O tributarista Raul Velloso também acha que o único caminho é o que já está sendo seguido pela equipe

econômica. ―Se o governo fizer ofertas com remunerações mais baixas, o mercado pode não aceitar e aí

ficamos com um excesso de liquidez financeira e isso atinge o coração da inflação. Estamos em um córner

(posição dominada pelo mercado)‖, considerou. (MARIANA MAINENTI – BRASIL ECONÔMICO)

Saco sem fundo Se houve uma frase marcante na campanha que levou Beto Richa (PSDB) ao governo do estado pela

primeira vez, em 2010, foi a da promessa de que não era preciso tanto dinheiro para fazer uma boa gestão.

―Fazer mais com menos‖ era o lema da campanha. Difícil saber se foi isso que atraiu a população, mas

certamente a ideia tem sua graça, ainda mais num país com alta carga tributária e serviços que

frequentemente ficam abaixo do aceitável.

Quase cinco anos depois, Richa foi reeleito, o que faz crer que a população, no mínimo, achou que ele era

melhor do que a concorrência. Sendo menos cínico, dá para dizer que o governador acertou em algo. Mas

nem por isso pode-se afirmar que ele tenha cumprido com sua promessa. Fez mais? Nem tanto. Com

menos? Nem pensar.

engordar o caixa. Começando pelas estatais: Copel e Sanepar distribuíam o mínimo legal de lucros aos

acionistas. Os índices chegaram na atual gestão a 50%. Como o governo é acionista majoritário, recebe

uma boa grana das empresas por essa mera canetada.

Depois veio o aumento das taxas do Detran, em 2012, o popular tarifaço. Veio a luta para conseguir

empréstimos: mas como o governo gastava demais com folha e muito pouco com saúde, teve dificuldade

na liberação dos recursos. Ao fim e ao cabo, liberou apenas R$ 818 milhões, que aparentemente não

fizeram nem cócegas no caixa do estado. Richa reclama de retaliação política em Brasília (que pode afinal

ter mesmo acontecido), pois queria mais recursos.

Seguiu-se o projeto de criar a conta única do estado para receber nela recursos de outros poderes. E ainda a

tentativa de adiantar o dinheiro de depósitos judiciais tributários e não tributários para reforçar o caixa.

Autorizado a ficar apenas com o adiantamento menos vantajoso, dos depósitos tributários, o governo ainda

acabou pondo a mão indevidamente (no que aparentemente foi simples erro não intencional) nas contas de

quem não tinha nada a ver com a história.

Chegou o ano passado e, conforme provou o repórter André Gonçalves, o estado tinha obtido o maior

aumento de receita corrente líquida do país. Mesmo assim, a secretária da Fazenda da época, Jozélia

Nogueira, anunciou que a dívida com fornecedores batia em

R$ 1,1 bilhão. Um recorde que pode estar sendo quebrado neste início de ano, embora o governo não

confirme os novos números.

Na eleição, Richa garantiu que havia saneado as finanças do estado. Mas, passado o processo eleitoral,

mandou aumentar o IPVA em 40% e mexeu no ICMS. Mandou cobrar os inativos. E, agora, no início do

ano, quando todo mundo achou que o pacotão tinha acabado, enviou os novos projetos para a Assembleia.

No de corte de benefícios houve recuo. Mas no que permite ao governo ter acesso a fundos específicos e

aos R$ 8 bilhões da Paranaprevidência, não.

É evidente que governar não é fácil e que a economia neste momento não favorece. Mas o papel do

governante também é o de impedir que o Estado seja um saco sem fundo onde cada vez entra mais dinheiro

– e de onde se veem sair cada vez menos benefícios. Até porque o estilo gerencial prometido pelo

governador (o antipetismo dele) prometia exatamente o contrário. (ROGERIO WALDRIGUES GALINDO

– GAZETA DO POVO)

Falta de dinheiro para custeio ameaça início do ano letivo

nas universidades Anúncio de que estado não tem como repassar verba para manutenção se soma às greves de

professores e servidores

Sem condições físicas: campus da Unespar em

Paranaguá está com apenas um banheiro funcionando, estrutura insuficiente para os 2 mil estudantes

Sem previsão de verba de custeio para este ano, as sete universidades estaduais do Paraná iniciam a semana

fazendo contas para saber se terão condições de começar o ano letivo. Na sexta-feira, os reitores estiveram

reunidos com o secretário estadual de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que informou a impossibilidade de

garantir os R$ 124 milhões para despesas das instituições, aprovados na Lei Orçamentária Anual. ―Não vai

ter! Estamos priorizando o pagamento de pessoal, que chega a quase R$ 1,2 bilhão nas universidades. Eles

têm outras fontes de recurso, R$ 214 milhões de outras fontes, convênios, prestação de serviços‖, afirma

Costa. Os representantes das instituições contestam, afirmando que as verbas de convênios são carimbadas

e, portanto, não podem ser destinadas a despesas de manutenção.

―Se esta realidade não for alterada, pelo menos quatro das sete universidades vão fechar as portas. Essa é a

realidade crua, não tem como funcionar. Nossa pretensão é levar ao conhecimento do governador e ver se

existe alguma alternativa‖, diz o reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, que é também presidente da

Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp). Segundo Bona, o governo do

estado prometeu apenas R$ 9 milhões para que as sete instituições quitem parte do Pasep. ―Esse valor não

cobre o Pasep, que é de 1% das receitas, ou seja, mais de R$ 15 milhões. E, se não pagar o Pasep, bloqueia

as contas do próprio estado. O cenário é o pior possível‖, lamenta.

Para o secretário Mauro Costa, a única solução para o problema é a aprovação dos projetos de ajuste fiscal

– o pacotaço. ―É fundamental [a aprovação]. Basta olhar a situação do estado, que só tem dinheiro para,

mal e porcamente, pagar a folha. Se não for feito o ajuste, vamos nos transformar em grandes gerentes de

recursos humanos.‖

A reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Berenice Jordão, afirma que um levantamento

institucional das contas pode avaliar se haverá condições de dar início ao semestre letivo. Segundo ela, a

previsão de custeio para a instituição neste ano era de R$ 29,4 milhões, fora outros mais de R$ 6 milhões

previstos para o ano passado e não repassados pelo estado, em decorrência do contingenciamento. ―Já

estamos com dificuldades com os fornecedores. Na saúde, com os recursos do SUS, talvez possamos

manter parcialmente as atividades‖, projeta.

Situação semelhante é a da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que previa quase R$ 23 milhões

para pagamento de despesas como água, luz, materiais de sala de aula e de limpeza. ―Temos mais alunos à

noite que de manhã, se queima lâmpada, precisa trocar. O banheiro tem que ser limpo, precisa de papel

higiênico. Fora a alimentação de animais. O cenário é terrível, vamos cada um voltar para sua universidade

e ver se conseguimos operar ou não‖, resume o reitor Mauro Luciano Baesso.

Obras paradas inviabilizam aulas na Unespar

A situação é ainda pior no campus de Paranaguá da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), onde

todos os banheiros foram quebrados para uma reforma que parou por falta de pagamento. O técnico

administrativo Walter Guimarães, que trabalha na unidade, conta que só há um banheiro disponível no

local para uso dos funcionários. ―O cronograma previa a conclusão em fevereiro, mas o estado não pagou

os cerca de R$ 200 mil já emitidos em nota, e ainda faltam R$ 500 mil para pagar. Sem contar o problema

de pessoal. Seis servidores se aposentaram e ninguém foi contratado‖, conta. Sem banheiros, lamenta, fica

impossível o retorno dos 2 mil estudantes.

O pró-reitor de finanças da instituição, Rogério Ribeiro, confirma a paralisação das obras por falta de

pagamento. ―O início das aulas no campus de Paranaguá está paralisado. Estamos fazendo contatos para

ver a situação da licitação. 2014 foi um ano difícil e, ao que tudo indica, 2015 será também.‖

Uma reunião nesta semana deve definir os rumos da Unespar. ―Acreditávamos que a reunião com o

secretário [da Fazenda, na sexta-feira] poderia rediscutir as resoluções que zeram o custeio, mas não

ocorreu‖, lamenta Ribeiro. Segundo ele, a instituição tem dívidas de R$ 2,5 milhões com fornecedores,

decorrentes do contingenciamento do final de 2014. ―Nossa universidade precisa de R$ 14 milhões por

ano. Fora que o que foi executado em folha de pagamento em 2014 é maior do que a disponibilidade em

2015, que teria crescimento vegetativo, reposição da inflação.‖

Estrutura

Mais estagiários que técnicos

Sem o pagamento das empreiteiras contratadas por parte do governo estadual, as universidades também

padecem com obras paradas, que inviabilizam algumas atividades de ensino e pesquisa. Na Universidade

Estadual de Londrina, segundo a reitora Berenice Jordão, há um laboratório parado e obras em fase de

conclusão com risco de pararem. ―As empreiteiras estão dispostas a parar, se não receberem.‖

Um professor da instituição, que pede para não ser identificado, relata problemas com viagens de pesquisa

por falta de combustível para carros. ―Há obras em atraso, bolsas em atraso que foram pagas agora. Não

sabemos se o número atual de bolsas será mantido. Há cursos com dificuldade em materiais de laboratório,

professor que precisa chegar mais cedo para fazer trabalho de técnico.‖

Na Unioeste, um professor relata que a verba de custeio acaba sendo usada para pagar estagiários, que

trabalham no lugar de técnicos administrativos. ―Aqui, posso afirmar que há mais estagiários que técnicos.

É muito grave. Esse dinheiro de custeio poderia ser usado para melhorar a Universidade, não para pagar

pessoal.‖

Greve

Além dos problemas com a verba de custeio, as universidades paranaenses já estão ou têm indicativo

aprovado de greve de professores e servidores para os próximos dias. Na pauta de reivindicação há pontos

comuns, como a falta de pagamento do terço de férias aos servidores e a tentativa do governo de remanejar

os fundos da Paranaprevidência para equilibrar o caixa do estado. Na UEL, segundo a reitora Berenice

Jordão, os estudantes fizeram assembleia e também decidiram por uma greve, com início no dia 19, quando

o calendário de atividades deveria recomeçar. (BRUNA KOMARCHESQUI – GAZETA DO POVO)

Justiça Federal cadastra assistentes sociais para analisar

pedidos de benefícios Profissionais irão elaborar os laudos socioeconômicos que auxiliarão os juízes a decidirem se concedem ou

não os benefícios do INSS

A 8ª Vara Federal de Londrina está cadastrando assistentes sociais de Londrina e região aptos a fazerem

análise de pedidos judiciais de concessão de benefícios do INSS a idosos ou pessoa com incapacidade –

crianças e adultos.

O cadastro deve atender seis das oitos varas federais de Londrina e os profissionais serão nomeados para

realizar laudos socioeconômicos – com fotos - dos solicitantes para auxiliar os juízes na decisão. Os

interessados podem comparecer a partir das 15 horas de hoje, no Anfiteatro da Justiça Federal, na Avenida

do Café, 543.

Segundo o juiz federal Márcio Augusto Nascimento, o cadastro de assistentes sociais segue a

recomendação do corregedor da Justiça Federal da 4ª Região, que determinou que os laudos

socioeconômicos sejam elaborados de forma mais aprofundada.

―Até agora, quem fazia os laudos eram os nossos oficiais de Justiça. Mas os profissionais que estudaram

para isso são os assistentes sociais.‖ De acordo com ele, a decisão é provisória e ainda está sendo discutida

no Conselho da Justiça Federal. ―Mas, por enquanto, a recomendação está em vigor e vamos segui-la.‖

De acordo com o juiz, não há um número determinado de profissionais a serem selecionados. ―Será feita a

seleção de currículos e cada juiz vai avaliar quantos assistentes sociais serão nomeados. Os profissionais

serão pagos por laudo.

Segundo Nascimento, são feitos, em média, mais de 900 laudos por ano. Mas a tendência, diz ele, é que o

número cresça porque muita gente ainda não sabe que pode buscar seu direito na Justiça. ―Houve uma

mudança na Loas [Lei Orçamentária de Assistência Social] que permite que mais pessoas busquem na

Justiça o benefício negado no INSS.‖ Por causa disso, o juiz está convocando uma reunião para o dia 8 de

abril com assistentes sociais das prefeituras da região.

Município

Segundo a assessora da Secretaria Municipal de Assistência Social, Sandra Bianchoni, hoje, em Londrina,

12.721 pessoas recebem o benefício de prestação continuada (Loas). ―São 7.501 idosos e 5.220 deficientes

que recebem um salário mínimo.‖ O encaminhamento para pedir o benefício é feito pelos Cras. (TELMA

ELORZA – JORNAL DE LONDRINA)