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FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA AMANDA LIMA FRANKLIN MARKETING E SEUS BENEFÍCIOS NA GESTÃO HOTELEIRA: UM ESTUDO DE CASO NO SEARA PRAIA HOTEL FORTALEZA 2012

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FACULDADE CEARENSE

CURSO DE TURISMO

EMANUELLA AMANDA LIMA FRANKLIN

MARKETING E SEUS BENEFÍCIOS NA GESTÃO HOTELEIRA: UM ESTUDO DE CASO NO SEARA PRAIA HOTEL

FORTALEZA

2012

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EMANUELLA AMANDA LIMA FRANKLIN

MARKETING E SEUS BENEFÍCIOS NA GESTÃO HOTELEIRA: UM ESTUDO DE CASO NO SEARA PRAIA HOTEL LOCALIZADO EM FORTALEZA

Monografia apresentada ao Curso de Turismo

da Faculdade Cearense (FaC), como requisito

para obtenção do título de bacharel em

Turismo.

Orientador: Prof. Mansueto da Silva Brilhante.

FORTALEZA 2012

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F832m Franklin, Emanuella Amanda Lima.

Marketing e seus benefícios na gestão hoteleira: um estudo

de caso no Seara Praia Hotel / Emanuella Amanda Lima Franklin.

– 2012.

51 f. ; il.

Orientador: Prof. Esp. Mansueto da Silva Brilhante.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Faculdade

Cearense, Curso de Turismo, 2012.

1. Seara Praia Hotel - estudo de caso. 2. Turismo. 3.

Marketing hoteleiro. I. Brilhante, Mansueto da Silva. II. Título.

CDU 338.488.2:640.4

Bibliotecária Maria Albaniza de Oliveira CRB-3/867

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EMANUELLA AMANDA LIMA FRANKLIN

MARKETING E SEUS BENEFÍCIOS NA GESTÃO HOTELEIRA: UM ESTUDO DE

CASO NO SEARA PRAIA HOTEL LOCALIZADO EM FORTALEZA

Monografia apresentada ao Curso de Turismo

da Faculdade Cearense (FaC), como requisito

para obtenção do título de bacharel em

Turismo.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof°. Esp. Mansueto da Silva Brilhante Brilhante Orientador – Faculdade Cearense (FaC)

____________________________________________________________

Prof.ª Esp. Nívea Maria Pinheiro Costa Examinadora – Faculdade Cearense (FaC)

____________________________________________________________

Prof.ª Ms Rosaline Ferreira de Oliveira Examinadora – Faculdade Cearense (FaC)

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Dedico a Deus, a minha mãe, ao

meu irmão e aos meus filhos.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter me dado forças e iluminado meu caminho para

que eu pudesse concluir mais uma etapa da minha vida.

À minha mãe, Ziza, por todo amor e dedicação que sempre teve comigo,

mulher a qual tenho orgulho de chamar de mãe, meu eterno agradecimento pelos

momentos em que esteve ao meu lado, me apoiando, não me deixando desistir e

me fazendo acreditar que nada é impossível e que eu sou capaz de chegar aonde

desejo. Pessoa que sigo como exemplo, mãe dedicada, amiga, batalhadora, que

abriu mão de várias coisas para me proporcionar a realização deste trabalho e, sem

dúvida, foi a pessoa que mais me incentivou a concluir este trabalho. Ao meu pai,

Wellington, que me apresentou ao Turismo e a suas influências, me dando as

primeiras impressões e exemplos, como profissional da área, deste ramo que optei

seguir. Ainda que de forma longínqua, o mesmo esteve presente e manteve sua

figura paterna.

Ao meu irmão, Wellington Filho pelo carinho e atenção que sempre

demonstrou por mim, por todos os conselhos e a confiança em mim depositados,

meu infinito agradecimento.

Aos meus filhos, João Guilherme e Gabriella Liz, por terem compreendido

minha ausência, por conta dos meus estudos, e por terem me proporcionado o amor

mais puro do mundo, o qual me fortaleceu em cada dificuldade durante esses quatro

anos de curso.

Aos meus amigos, que estiverem sempre ao meu lado, me apoiando e me

incentivando a cada etapa superada. Aos meus familiares, principalmente aos meus

avós, que estiveram sempre torcendo por mim.

A todos que contribuíram diretamente e indiretamente para que esse trabalho

fosse realizado.

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De modo especial, dedico meu trabalho de conclusão ao senhor João,meu m

meu avô, que regozija a plenitude de estar perante ao Pai, de onde tenho a certeza

de que me lança os mesmos olhares de ternura e me afaga o coração nos

momentos em que as lembranças suas irrompem os pensamentos meus.

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Motivação não é sinônimo de transformação,

mas um passo em sua direção.

Lourenço Neto

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RESUMO

O Mercado Hoteleiro é um mercado que vem se expandindo cada vez mais, com isso aumentando sua necessidade de inovação, para que consequentemente seu progresso venha com sucesso, gerando por sua vez bons lucros para o mercado. Esse Mercado envolve diversos setores, desde a hospedagem até a alimentação e bebida, e acabam por oferecer diversos serviços. Com o intuito de aperfeiçoá-los surge como uma nova alternativa o Marketing Hoteleiro, que se torna uma ferramenta indispensável para todos os empreendimentos hoteleiros, o qual auxilia a organização a chegar até o seu consumidor de forma a alcançarem resultado satisfatório tanto para o hoteleiro quanto para o hóspede. Dessa forma, a presente pesquisa visa conhecer os benefícios trazidos pela utilização do marketing no Seara Praia Hotel. Como resultado, constatou-se que este estabelecimento hoteleiro incentiva e apóia a qualificação dos colaboradores, fornecendo-lhes métodos e suportes necessários para essa realização. E assim, oferece comodidade e excelente recepção aos que dele usufrui, sendo de suma importância para o turismo da cidade.

Palavras-chave: Turismo. Marketing Hoteleiro. Composto de Marketing.

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RESUMEN

El Mercado Hotelero es un mercado que sigue expandiéndo se cada vez más, con eso aumentando su necesidad de innovación para que consecuentemente su progreso venga con suceso. Generando, por su parte, buenos lucros para el mercado. Ese Mercado envuelve diversos sectores, desde el hospedaje hasta la alimentación y bebidas, que ofrecen distintos servicios. Con el propósito de perfeccionarlos surge una nueva alternativa, el Marqueting Hotelero, que se torna una herramienta indispensable para todos los establecimientos hoteleros, lo cual auxilia la organización llegar a su consumidor de modo que alcancen un resultado satisfactorio, tanto para el hotelero como para el huésped. Así el estudio visa conocer los beneficios traidos por la utilización del marqueting en el Seara Praia Hotel. Como resultado, se constató que este establecimiento hotelero incentiva y apoya la calificación de los colaboradores, proporcionándoles métodos y soportes necesarios para esa realización. E así ofrece comodidad y excelente recepción a los que disfrutan de sus servicios, algo imprescindible al turismo de la ciudad.

Palabras claves: Turismo. Marketing Hotelero. Compuesto de Marketing.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Fachada do Hotel ............................................................................... 36

FIGURA 2: Recepção do Hotel ............................................................................ 37

FIGURA 3: Restaurante do Hotel ......................................................................... 37

FIGURA 4: Restaurante do Hotel ......................................................................... 38

FIGURA 5: Quarto do Hotel .................................................................................. 38

FIGURA 6: Agência CVC dentro do Hotel ............................................................ 39

FIGURA 7: Serviços oferecidos pelo Hotel........................................................... 40

FIGURA 8: Classificação do Hotel ....................................................................... 40

FIGURA 9: Vista do quarto do Hotel .................................................................... 48

FIGURA 10: Entrada do Hotel .............................................................................. 48

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11 2 CONCEITOS E BREVE HISTÓRICO SOBRE O TURISMO ...................................... 13

2.2 Breve histórico sobre surgimento dos hotéis .................................................... 15 3 A EMPRESA HOTELEIRA ........................................................................................ 21 3.1 Setores de um Hotel .............................................................................................. 23 4 MARKETING HOTELEIRO ........................................................................................ 27 4.2 Objetivos do Marketing Hoteleiro ........................................................................ 29 4.3 Composto de Marketing ........................................................................................ 30 5 SEARA PRAIA HOTEL .............................................................................................. 35 5.1 Descrição do equipamento ................................................................................... 36

5.2 Observação do Hotel ............................................................................................. 36 5.3 Apreciações da entrevista .................................................................................... 41 6 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 43 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 45

ANEXOS ....................................................................................................................... 47 APÊNDICE .................................................................................................................... 49

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1 INTRODUÇÃO

À medida que o mundo caminha em direção à tecnologia, nos deparamos

com a urgência da rotina moderna, que exige continuamente inovações para que os

mercados, sejam estes quais forem, mantenham-se no ritmo frenético atual, levando

adiante sua vida empresarial em meio aos concorrentes. No entanto, torna-se

necessário utilizar o planejamento para pesquisar novas fontes de alternativas de

negócios. Na hotelaria não é diferente, foi assim que surgiu um novo segmento de

marketing, o Marketing Hoteleiro, que visa aumentar o número de vendas, melhorar

o atendimento ao hóspede e divulgar o hotel.

O Marketing Hoteleiro vem sendo um agente ímpar no contexto das

organizações, rompendo os paradigmas dos modelos tradicionais de administração,

que focavam apenas nos trabalhos internos, mas a partir desse momento, eles

passam a valorizar o seu cliente e a sua imagem como instrumento base para

construção do sucesso organizacional.

Pretende-se, com essa pesquisa, responder ao seguinte questionamento:

Quais os benefícios trazidos pela utilização do marketing em um empreendimento

hoteleiro? No intuito de enriquecer com maior singularidade a experiência na área

da Hotelaria e tornar capaz um profissional mais qualificado dentro de um mercado

tão visado, pois o Turismo em Fortaleza apenas ascende em comparação com

outras capitais brasileiras, já sendo uma das cidades mais visitadas do país e a

primeira da região nordeste.

Desta forma, a cidade necessita com urgência de profissionais que estejam

frente a esse momento de modernização que o município vem passando, na qual a

Hotelaria será diretamente beneficiada com tantos públicos distintos que passarão a

frequentar cada vez mais a cidade de Fortaleza.

Com isso, o Marketing Hoteleiro vem estruturar e acrescentar ainda mais essa

qualificação, que passará a ganhar mais, pois a partir deste o Mercado Hoteleiro se

fortalecerá ainda mais e terá como resultado a satisfação de seus hóspedes que

sairão motivados a retornar, potencializando por sua vez as vendas, divulgando

melhor o empreendimento, favorecendo assim a atividade turística dentro da

localidade e gerando assim bons lucros. O objetivo geral do trabalho consiste em

analisar os efeitos do Marketing com base nos empreendimentos hoteleiros e

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entender como isso pode fortalecer o Mercado de maneira bem qualificada e

competente. Dessa maneira, também objetiva-se tornar o objeto de estudo meio

facilitador para o bom relacionamento entre os hóspedes que procuram por

segurança e conforto. Além disso, busca-se compreender um dos facilitadores de

todo este processo, os funcionários. Afinal quando um colaborador sente-se bem em

seu local de trabalho, isso é refletido em suas atitudes em seu labor, e assim oferece

o prazer de desempenhar o melhor de si. Portanto estes conceitos serão

esclarecidos.

Os objetivos específicos são: criar, manter e acentuar sólidos relacionamentos

com os clientes e outros públicos. Cada vez mais o marketing vem transferindo o

foco das transações individuais e rende oferta de valor.

Para atingir as metas deste trabalho, analisaram-se os relatos de funcionários

que se dispuseram a contribuir com essa pesquisa. Foi realizado um estudo de

campo com observação direta, que se complementou com uma pesquisa descritiva,

com a aplicação de questionários no Seara Praia Hotel, um estabelecimento

bastante reconhecido no meio hoteleiro. Foram retiradas ainda informações de

livros, artigos e internet. (SEARA PRAIA HOTEL, 2012)

Assim, esse trabalho está disposto em cinco capítulos discorridos

detalhadamente nas páginas seguintes. O primeiro corresponde a essa Introdução;

o segundo explana sobre os conceitos e a historicidade do Turismo; o terceiro trata

da Empresa Hoteleira; o quarto aborda o Marketing Hoteleiro; e o quinto, o Seara

Praia Hotel. Por fim, seguem as considerações finais e as referências bibliográficas.

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2 CONCEITOS E BREVE HISTÓRICO SOBRE O TURISMO

2.1 Conceitos iniciais

Com o intuito de facilitar a compreensão global dos temas apresentados neste

capítulo seguem algumas definições sobre o Turismo e sua história,

contextualizando o leitor leigo e recordando definições básicas àqueles já

experimentados na área.

A palavra “turismo” tem sua origem na língua latina, sendo derivada da

palavra “tornus”, que tem em seu significado a ideia de movimento e retorno,

gerando daí a palavra “tornare”, que por sua vez significa girar. Somente no século

XII é que surge na língua francesa a palavra “tour”, que quer dizer “circuito,

movimento circular” (DIAS e AGUIAR, 2002). Há ainda outras linhas de pensamento

que afirmam que esse mesmo vocábulo poderia ter surgido na língua hebraica e não

no francês, uma vez que na Bíblia o personagem de Moisés envia um grupo de

pessoas para “visitar” a terra e colher de lá informações. Em hebraico existe a

palavra “tur”, que quer dizer “viagem de vanguarda, reconhecimento ou exploração”.

A primeira definição oficial de Turismo foi dada no ano de 1911, pelo

economista austríaco Hermann Von Schillernzu Schattenhofen, conforme

apresentada por Barreto (2003), que dizia que:

Turismo é o conceito que compreende todos os processos, especialmente os econômicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um determinado município, país ou estado (BARRETO, 2003).

Robert Glücksmann, outro teórico ao qual Barreto faz menção, definia turismo

como “um vencimento do espaço por pessoas que vão para um local no qual não

têm residência fixa.” Porém, essa ideia parecia ainda não ser completa para explicar

a complexidade dessa atividade e em 1939 a definição foi refeita, ficando assim:

Quem interpreta o turismo como um problema de transporte, confunde este com o tráfego de turistas. O turismo começa onde o tráfego termina no porto de turismo, no lugar de hospedagem. O tráfego de viajantes conduz ao turismo, porém, não é turismo propriamente, nem sequer em parte. Turismo é a soma das relações existentes entre pessoas que se encontram temporariamente num lugar e os naturais desse local (BARRETO, 2003).

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Apesar de não haver uma única definição para o Turismo, a Organização

Mundial de Turismo (OMT) define “turismo” como as atividades que as pessoas

realizam durante suas viagens e permanência em lugares diferentes daqueles onde

vivem, por um período inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócio e

outros. Já o turista, ainda sob as definições da OMT, seria o visitante que se desloca

voluntariamente por período de tempo igual ou superior a vinte quatro horas, para

destino distinto do seu local de residência ou de trabalho, sem qualquer motivação

de obtenção de lucro. Assim é possível sintetizar os três elementos fundamentais

para definir o turismo, de acordo com Barreto (2003), são eles: o tempo de

permanência, o caráter não lucrativo da visita e a procura do prazer por parte dos

turistas. E é a partir dessas três características que surgem as diferentes

classificações das atividades turísticas.

Barreto (2003) classifica o turismo de acordo com as várias especificidades

sejam do local, seja do perfil do turista, além do propósito de cada viagem. Abaixo

segue uma síntese dessa classificação a partir de alguns critérios sugeridos pela

autora:

a) Segundo a nacionalidade: Turismo nacional ou internacional: sendo

nacional quando realizado por pessoas de um determinado país, não ultrapassando

suas fronteiras e internacional quando um grupo de turistas estrangeiros se desloca

a outro país.

b) Segundo a economia nacional: em que o turismo estrangeiro seria o

turismo de exportação e o turismo nacional externo, turismo de importação.

c) De acordo com o volume: turismo de massa, quando o destino é

procurado por uma grande quantidade de pessoas e o turismo de minorias, quando

o destino não é o foco de muitas pessoas.

d) De acordo com o modo de viajar: Turismo coletivo, que agrega

pessoas sem qualquer relação anterior para viagens particulares ou através de

pacotes turísticos.

e) Quanto ao tempo de permanência: Turismo estável, quando o viajante

se desloca a um determinado destino e ali permanece até o fim do período

estabelecido para a viagem. E o turismo itinerante, quando o turista desloca-se a

vários lugares durante sua jornada.

Além desses critérios de classificação há ainda outros a se considerar

como a faixa etária dos viajantes, a classe social, os meios de transporte utilizados,

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as formas de financiamento da viagem, que são igualmente formas de se definir o

perfil dos viajantes e a grande variedade dos tipos de viagem.

De acordo com Ansarah (2000), os principais segmentos do turismo são:

a) Turismo de Negócios: tudo que envolve as viagens de negócios

combinadas com hospedagem e lazer.

b) Turismo de Eventos: feiras, conferências, congressos, simpósios,

encontros culturais, shows etc.

c) Turismo de Entretenimento: viagens relacionadas à busca pela

qualidade de vida, distração, recreação.

d) Turismo Rural ou Ecológico: atividades turísticas que buscam resgatar

e/ou descobrir os valores rurais, ecológicos e culturais de alguma região.

e) Turismo religioso: peregrinações ou qualquer atividade turística

realizada por pessoas de qualquer tipo de fé ou sentimento místico a lugares ou

eventos relacionados.

f) Turismo GLS: voltado ao público gay, com atividades que valorizem e

explorem as especificidades dos viajantes.

Segundo a OMT, atualmente vem crescendo também o chamado turismo de

interesse específico, em que o turista tem a liberdade de construir seu programa de

acordo com suas necessidades e preferências. Estes programas são diferenciados e

consequentemente mais caros, devido à exclusividade e personalização do mesmo.

Logo, o público desse tipo de turismo figura entre classes sociais com maior poderio

de investimento econômico.

Aqui vemos toda a complexidade que o turismo ao longo dos anos

alcançou para construir um sistema que pudesse atender as necessidades de seu

tempo. No entanto, toda essa diversidade é resultado de longo processo histórico,

que passa desde a Idade Antiga até os tempos atuais. No próximo ponto é possível

observar essa evolução de modo didático, através de uma breve história do turismo.

2.2 Breve histórico sobre o Turismo e o surgimento dos hotéis.

Ao nos debruçarmos na história do Turismo, pelo menos duas linhas de

pensamentos nos são apresentadas pelos estudiosos (Barreto, 2003). A primeira

afirma que o turismo nasce motivado pelo ócio, em que o indivíduo é levado a

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transitar entre lugares diferentes, saindo de sua zona de conforto, de seu estado de

inércia, indo ao encontro de situações que envolvem saúde, relações familiares,

cultura, etc. Além das viagens motivadas por comércio e movimentos de migração

em geral.

Assim, segundo a autora, é possível observar que a necessidade de mover-se

é uma característica humana. O Homem, desde sua aparição na Terra, tem viajado

por suas necessidades, seja comida, abrigo ou conquista de territórios e por isso é

provável que as populações nômades tenham aparecido antes daquelas que

costumavam se estabelecer em um único lugar, conhecidas por populações

sedentárias. No caso dos nômades, a mobilidade territorial era característica

essencial de sua identidade, igualmente àqueles que viajavam a trabalho, como

marinheiros e comerciantes.

Estudiosos costumam divergir sobre quando realmente se deu o início do

Turismo. Alguns autores acreditam que o turismo começou no século VIII a.C. na

Grécia, quando as pessoas passaram a viajar de quatro em quatro anos para

assistirem aos jogos olímpicos ou ainda quando aconteciam as viagens com caráter

de peregrinações com destino aos oráculos de Delfos ou de Dódona. (TORRE apud

BARRETO, 1999 p.44).

Já outros afirmam que essa atividade se deu através dos fenícios, aos quais

são dados os créditos de primeiros viajantes, devido aos seus famosos inventos: a

moeda e o comércio. Sendo este último o maior incentivo para as viagens

(MCINTOSH apud BARRETO, 1999 p.44). O turismo de lazer, por sua vez, pode ter

surgido com os romanos que costumavam frequentar águas termais, grandes

espetáculos de teatro e também era comum o deslocamento para a costa, para uma

espécie de vila de férias denominada orillasdel mar. Tudo isso possibilitado pelo

desenvolvimento de vias de tráfego e a prosperidade econômica daquela época para

alguns cidadãos. Com o desaparecimento do Império Romano, invadido pelos

bárbaros, veio o declínio do comércio e, por conseguinte, o fim das viagens por

prazer.

De acordo com Ignarra (2003), observou-se na Idade Média um período de

retrocesso, principalmente devido à recessão econômica e ao vários conflitos entre

os países naquela época. Mas foi aí que começaram a surgir as peregrinações

religiosas. Diferentemente das peregrinações clássicas aos oráculos, estas agora

eram impulsionadas principalmente pelo cristianismo e pelo islamismo com seus

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18

elevados números de peregrinos, alcançando deslocamentos cada vez maiores.

Essas peregrinações continuam na Idade Moderna numa escala crescente de

pessoas adeptas a esse tipo de viagem e é aí que surgem os primeiros alojamentos,

posteriormente denominados hotéis, para hospedar os peregrinos. Nesse período da

história é que começam as grandes navegações marítimas dos espanhóis, ingleses

e portugueses, despertando definitivamente o interesse pelas grandes viagens. Vale

ressaltar que o meio de comunicação mais comum no século XVI eram os livros,

mas não estavam ao alcance de todos, assim as viagens também se tornaram um

meio de conhecer o mundo, outras culturas e outras línguas. Essas viagens eram

feitas principalmente por jovens da aristocracia acompanhados por seus tutores ou

professores particulares.

O turismo da Idade Contemporânea é marcado pela Revolução Industrial e a

volta da burguesia a uma situação econômica mais favorável, dispondo assim de

mais tempo e dinheiro para viagens. A invenção das máquinas a vapor foi um marco

nos transportes, possibilitando percorrer distâncias maiores em menos tempo com

os trens e navios a vapor, substituindo a tração animal. É nessa época que surgem

os primeiros cassinos da Europa servindo de ponto de encontro nas cidades e

atraindo viajantes para o turismo de lazer; a Inglaterra oferecia as primeiras

passagens de travessias transoceânicas, marcando assim a época de ouro dos

transportes marítimos (TORRE apud BARRETO, 1999).

Conforme já citado neste capítulo, as primeiras hospedagens surgem a partir

das necessidades dos peregrinos (Ignarra, 2003), que ao fazer peregrinações cada

vez mais longas, a lugares cada vez mais distantes, passam a realizar pequenas

paradas para passarem suas noites ou fazer pausas para as refeições. No entanto

os conceitos de hospedagem dessa época eram rudimentares e voltados

unicamente para atender a necessidades imediatas. É somente na Idade

Contemporânea, graças a Cesar Ritz, que surgem muitos dos conceitos de hotelaria

que se aplicam ao Turismo moderno, visando não apenas o oferecimento de um

espaço para estadia, mas também conforto, comodidade e boa administração do

mesmo.

Entre os anos de 1950 e 1973, acontece no mundo um grande “Boom” do

turismo e segundo Ignarra (2003) é também quando se começa a criar leis que

possam reger a área. Num cenário já de pós-Segunda Guerra Mundial, com

estabelecimento da nova ordem internacional, maior estabilidade social,

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19

recuperação econômica de alguns países, surge uma nova classe social mais

poderosa economicamente, que passa a querer desfrutar dos prazeres das viagens,

seja com o intuito de assimilar novas culturas e aprender novas línguas ou pelo

deleite da fuga da rotina. Porém, apesar do impulso que o Turismo ganha nessa

época, observa-se também uma grande falta de planejamento. À medida que são

construídos novos e luxuosos hotéis, a preocupação com a demanda e impactos

ambientais eram totalmente esquecidos.

O autor discorre ainda que na década de setenta, o mundo passa por uma

crise energética que leva a economia à inflação, influenciando diretamente nos

preços das viagens e colocando mais uma vez o Turismo em recessão até o ano de

1978. Somente na década de 80, com a melhoria dos transportes, modelos de

aviões mais modernos, como o Boeing e o Airbus, além de trens de alta velocidade,

é que se impulsiona novamente o mercado turístico, alavancando a economia de

muitos países e abrindo espaço para a concorrência entre agências e redes

hoteleiras. É nesse período que começam a ser aplicadas técnicas de marketing e

propaganda para conquistar novos clientes:

Na década de 90 o Turismo segue amadurecendo e crescendo, porém de

uma forma mais moderada e controlada, principalmente devido às limitações

impostas no setor receptivo depois de alguns acontecimentos importantes, como a

Guerra do Golfo, a reunificação alemã, a queda dos regimes comunistas europeus,

entre outros. Trigo (1998) cita que a partir desse período o Turismo mostra seu

amadurecimento deixando de ser um campo isolado no setor de serviços: O turismo deixou de ser um campo isolado no sertor de serviços das sociedade pós-industriais. Participando do campo maior do lazer, o turismo interliga-se com a imensa variedade de opções destinadas ao tempo livre e aos aspectos culturais, educacionais, de mídia e dos esportes. (TRIGO, 1998, p.18)

Atualmente, de acordo com dados da EMBRATUR, o Turismo é uma das

atividades do setor terciário que mais cresce no Brasil e no mundo, sendo

responsável por uma movimentação financeira que atinge mais de 6 trilhões de

dólares por ano, criando milhares de postos de trabalho, direta ou indiretamente. No

Brasil, o turismo tem sido amplamente explorado, não apenas nas grandes

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20

metrópoles, mas também em cidades menores, que encontram nessa atividade a

possibilidade para desenvolver suas economias, além gerar emprego e renda para a

população. Cidades como Guaramiranga, Paraty, Gramado e Ouro Preto são

exemplos disso. Vale ressaltar que o Turismo de hoje não se restringe mais apenas

à visitação de um local desconhecido, hoje as cidades exploram os diversos tipos de

turismo, tais como o de negócios, lazer, cultural, ecológico, como forma de atender

cada vez mais às especificidades dos clientes, gerando uma maior satisfação graças

à personalização dos serviços oferecidos.

O Turismo no Brasil se caracteriza principalmente pela diversidade de

opções, tanto para estrangeiros como para os brasileiros. Segundo Teles (2009), por

ser um país de dimensões continentais, a variedade cultural e geográfica que é

possível encontrar em diferentes partes do país, parece convidar o turista às

viagens. Além disso, Ignarra (2003) destaca alguns esforços que já são possíveis de

observar por parte do Governo Federal no desenvolvimento de políticas públicas de

incentivo ao turismo local, por meio de tentativas de tornar mais acessíveis os

preços dos transportes internos, sejam aéreos ou terrestres, desenvolver maior

infraestrutura turística, capacitando profissionais da área, ampliando de forma

quantitativa e qualitativa o setor hoteleiro, além do aumento da divulgação externa. No âmbito estadual, tem sido utilizada a redução do ICMS como fator de estímulo e no governo federal também existem incentivos fiscais baseados na redução do Imposto de Renda, como forma de fomentar ações de desenvolvimento no turismo local [...] (IGNARRA, 2003, p.101).

De acordo com a EMBRATUR esses investimentos parecem ter gerado bons

resultados para o turismo brasileiro em termos de viagens internas e retorno

econômico para a economia. Os principais destinos nacionais para os turistas

residentes no Brasil, de acordo com pesquisa realizada em 2009, pelo Vox Populi,

são Rio de Janeiro e São Paulo, já a capital baiana era a mais procurada entre as

demais da região Nordeste, no entanto, dados oficiais da Secretaria de Turismo do

Ceará, afirmam que, em 2011, Fortaleza se tornou o primeiro destino turístico do

Nordeste. No entanto, quando se trata dos resultados da promoção externa do

Brasil, ainda tem muito a avançar. Embora o número de visitantes estrangeiros

tenha crescido e a imagem do Brasil tenha se fortalecido positivamente junto com a

imagem econômica externa, o país ainda não figura sequer entre os trinta países

mais visitados do mundo. A baixa infraestrutura geral do país voltada para o turismo,

Page 22: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

21

o despreparo dos profissionais da área para lidar com o público estrangeiro (a língua

inglesa ainda é uma barreira para muitos que trabalham no ramo) e a imagem de

violência podem ser motivos que expliquem essa posição no ranking dos países

mais visitados.

No entanto, a escolha do país para eventos internacionais de grande porte

como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, parece ter inspirado

empresários e governo para um investimento urgente na mudança dessa imagem

externa e no aumento da capacidade turística brasileira, como é possível observar

no artigo de Teresa Santovito publicado na página do Ministério do Turismo. Pouco

a pouco o Brasil parece ir encontrando a forma de tornar o turismo brasileiro ainda

mais expressivo na economia nacional. Combatendo problemas como o turismo

sexual, investindo na ampliação da rede hoteleira, capacitando seus profissionais

para a excelência na oferta de serviços prestados e usando o marketing como aliado

nessa mudança de (pré) conceitos.

No capítulo seguinte serão apresentados os principais conceitos da hotelaria

brasileira, os quais servirão de base para uma melhor compreensão dos aspectos do

marketing aplicados na hotelaria e de que forma ele pode trazer benefícios para

esse aparelho turístico como um todo. Torna-se necessário, para a realização da

nossa análise, pontuarmos a qualificação hoteleira, assunto do próximo capítulo.

Page 23: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

22

3 EMPRESA HOTELEIRA

Os atrativos turísticos, sejam os elementos naturais e/ou culturais existentes

em determinado lugar, são elementos que parecem despertar no turista a

curiosidade e o interesse em visitar algum destino. Para que isso ocorra, é de

fundamental importância a presença de equipamentos e serviços turísticos que

atendam ao mercado local. Isso passa diretamente pela existência de uma

infraestrutura de apoio, em que transportes, serviços de fornecimento de água,

comunicação, hospitais, rede hoteleira funcionem de forma satisfatória contribuindo

para a qualidade das diversas atividades locais, inclusive a turística. (PINHEIRO,

2010)

As empresas estão cada vez mais preocupadas em oferecer produtos e

serviços de qualidade e os empreendimentos hoteleiros fazem parte dessa categoria

de empresas. Isso se deve ao processo de globalização que se consolidou no final

do século XX e figura entre os principais responsáveis por essa busca pela

excelência (BOERGER, 2005). Assim comenta Boerger sobre o assunto:

Com a globalização, as mudanças no comportamento e nos valores dos clientes constituíram um fator crítico para que eles se tornassem cada vez mais exigentes por possuírem mais experiência, serem mais independentes, difíceis de contentar e cada vez mais preocupados com a qualidade (BOERGER, 2005, p.24).

O hotel, segundo define Janeiro (1991), é um estabelecimento que tem por

finalidade oferecer um bom serviço de alojamento, alimentação, bar, lavanderia e

informações turísticas de modo geral. Já Torre (1989) acrescenta além das

características citadas por Janeiro, há também o entretenimento. Soler (1985) traz

o conceito de empresas hoteleiras e explica que elas são organizações que operam

de modo profissional, mediante o estabelecimento de um preço, oferecendo

alojamento às pessoas, com ou sem serviços complementares.

A empresa hoteleira é um estabelecimento comercial, prestador de serviços

de hospedagem, que oferece a seus clientes ambientes mobiliados, com banheiro

privativo, para ocupação iminente temporária, podendo oferecer serviço completo de

alimentação, além dos demais serviços inerentes à atividade hoteleira (CASTELLI,

1992).

Page 24: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

23

Para Pellegrinni Filho (2000), a forma de hospedagem mais comum pode ser

encontrada nos centros urbanos e tem por principal finalidade atender aos turistas

durante suas viagens de negócio ou de lazer.

Segundo Andrade (2002), os serviços dos hotéis se fundamentam tanto na

estrutura física quanto na estrutura humana e se efetivam de acordo com a estrutura

econômica. Embora o progresso técnico tenha trazido inovações e aperfeiçoamento

no seio da empresa hoteleira, o elemento humano continua sendo peça fundamental

para a manutenção e o desenvolvimento desse tipo de empreendimento. Afinal, é

ele o responsável pela prestação de serviços ao cliente, serviços esses que devem

contemplar a cortesia, a presteza, a cordialidade, enfim, a hospitalidade.

O profissional hoteleiro trata diretamente com gente e busca através da prestação de seus serviços, a satisfação das necessidades e dos desejos de outros seres humanos. Isso exige um engajamento pessoal total, muita iniciativa e criatividade. É da análise de aptidões físicas, intelectuais de caráter e de trabalho que se tem o verdadeiro profissional [...] vocacionalmente voltado para a hotelaria. (CASTELLI, 2003. p.37).

Entende-se aqui a hospitalidade pelas características primordiais para o

sucesso da empresa hoteleira, haja vista que este conceito advém do “ato ou efeito

de hospedar, ou ainda, bom acolhimento, liberalidade, amabilidade e afabilidade no

modo de receber os outros” (BOERGER, 2005, p. 54) e entendida por Dio et al

(2005) como o processo que inclui chegada, acomodação confortável, atendimento

às expectativas do hóspede e sua saída do estabelecimento.

Outra forma de conceituar serviços é a definição operacional proposta por

Teboul (1995, p.63), em que um serviço é essencialmente definido pela sua

interface, ou seja, o local onde ocorre a interação entre o usuário e um sistema de

produção. Nessa interface, o cliente está inserido fisicamente e interage

imediatamente com o processo de produção.

A conceituação de serviços é de valiosa contribuição para que se tenha uma

melhor noção do que é e de como funciona um hotel e a relação direta entre seus

diversos setores e seu principal foco, que é o turista.

Assim, diante de todas as definições anteriormente citadas, pode-se inferir

que o produto principal de uma empresa hoteleira é a hospedagem (que é um

serviço), seguido por outros serviços extras que pode ser ofertados pelo

estabelecimento, tais como lazer, sala de reuniões, serviços de quarto, informações

Page 25: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

24

turísticas, entre outros. A diferenciação dos serviços oferecidos por cada hotel é que

define o apelo mercadológico de cada empreendimento hoteleiro.

Por exemplo, se um hotel oferece atividades de lazer, ficará conhecido como

um hotel resort, um hotel que oferece, como diferencial, salões para congressos e

reuniões terá sua imagem associada aos hotéis de porte executivo. Ou seja, por

mais que todo hotel tenha por serviço primordial e essencial a hospedagem, será na

diversidade dos serviços oferecidos, seja em quantidade ou qualidade, que ele

definirá o seu mercado. Vejamos a seguir as divisões de um hotel por setores para

que seja compreendida a relevância das atividades executadas em cada um, no

produto final do hotel.

3.1 Setores de um hotel

Segundo Pinheiro (2010), a hotelaria é uma empresa que oferece serviços

que podem ser agrupados em: hospedagem, alimentação e lazer. Sua receita

depende diretamente de sua taxa de ocupação e os setores do hotel precisam

trabalhar de forma integrada para garantir o bom funcionamento do estabelecimento.

Todos os elementos que compõem seu produto devem contribuir para que as

necessidades do hóspede sejam supridas. Uma vez que o hotel é visto muitas vezes

como “a extensão da casa dos clientes e todos os serviços que facilitam a

continuação de sua rotina familiar, profissional e social” (TARABOULSI, 2004)

devendo ser disponibilizados de forma organizada e tranquila, propiciando uma

estadia feliz. Sendo assim se faz necessário observar o hotel, uma empresa

bastante complexa, e a forma como este está organizado para melhor compreendê-

lo.

A hotelaria clássica possui alguns setores que são comuns em todos os

hotéis, são eles: a diretoria ou gerência geral, o departamento de alimentos e

bebidas, o departamento de hospedagem e a administração (PINHEIRO, 2010).

A diretoria ou gerência geral representa o(s) proprietário(s) do hotel, a

hierarquia máxima. Suas decisões e determinações são postas em execução pela

gerência. Dependendo do porte do hotel, ele pode possuir várias gerências (BENI,

2004). O gerente geral é responsável pelas questões estratégicas do hotel, tais

como: lucro e política de preços, investimentos financeiros, estratégias de marketing,

Page 26: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

25

autorização para obras e outras modificações no layout do edifício etc. Logo deve

estar atento para identificar oportunidades e estar aberto a mudanças

macroambientais para o bem do hotel. Além disso, algumas habilidades são

fundamentais quando da incumbência do cargo de gerente geral para o bom

exercício da função, como por exemplo: habilidade conceitual, habilidade

interpessoal, habilidade administrativa e habilidade técnica.

Já o gerente operacional trabalha mais diretamente com a rotina do hotel,

está mais presente nos demais setores e acompanha de perto o andamento das

atividades. É ele também que tem mais contato com os hóspedes, caso seja

necessária a presença de uma representação hierárquica maior (BENI, 2004). As

gerências departamentais cuidam de executar as determinações da gerência geral e

de manter o bom andamento de suas atribuições por meio do acompanhamento dos

setores a ela ligados.

Segundo Andrade (2002), o setor de alimentação e bebida tem no restaurante

de cada hotel a vitrine de toda a estrutura de alimentação e bebidas. Para tanto é

conveniente que seja dirigido por um profissional competente, que pode ser, no

caso, um gerente de alimentos e bebidas. Este, por sua vez deve ter habilidades

profissionais que lhe permitam total responsabilidade no que diz respeito ao

manuseio de alimentos e bebidas, desde a emissão da ordem de compra até a

prestação de contas junto aos setores da administração geral.

O setor de administração, de acordo com Andrade (2002), funciona como um

setor específico ligado diretamente à recepção e à portaria social, a qual estimula, e

pela qual é incentivado e impulsionado pelas informações técnicas que dele recebe.

Os bons serviços de um hotel são frutos diretos de uma boa administração. Ao

adotarem, por exemplo, uma assessoria de marketing dentro da hotelaria, é possível

que clientes sejam atraídos e a ocupação lucrativa do estabelecimento fique

garantida durante todas as temporadas.

O setor de hospedagem é formado pela recepção e governança. Na hotelaria

clássica, o serviço de recepção, envolve tanto a setor de recepção em si, como

também a portaria social ou concierge. Trata-se de um setor extremamente

importante dentro do hotel, pois é o que mais diretamente une o cliente ao hotel,e

sendo o local de primeiro contato, centro de informações durante a estadia e local

onde se encerra a permanência no estabelecimento, tendo esta sido ou não

satisfatória (PINHEIRO, 2010).

Page 27: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

26

Ainda segundo a autora, a recepção (Front Office) e seus gerentes são

responsáveis por uma ampla variedade de atividades importantes dentro de um

hotel.

Em um hotel de grande porte, a recepção pode dispor de vários funcionários,

sendo cada um responsável por uma parte da administração ou uma operação do

escritório, enquanto que, em hotéis de pequeno porte, a recepção pode constituir de

uma área reservada para o registro do hóspede e uma pessoa pode ter várias

funções (PINHEIRO, 2010). A primeira dessas funções relaciona-se com a reserva

dos hóspedes, uma tarefa extremamente complexa. A forma como o hotel recebe

suas reservas pode ser segmentada pelo tipo e pelo método de entrega.

Pinheiro (2010) afirma ainda que, quando se trata do tipo de reserva, talvez a

mais importante distinção a ser feita seja entre as vendas transitórias, que se refere

a apartamentos ou serviços vendidos principalmente graças aos esforços da

recepção e de sua equipe; e vendas para grupos, que faz referência a apartamentos

e serviços vendidos graças aos esforços dos departamentos de vendas e marketing

do hotel.

Para Duarte (1995), quando se refere à segmentação por método de entrega,

o sistema de reserva mais comum é o Global Distribution System – Sistema Global

de Distribuição (GDS), que permite ao agente de viagem saber informações sobre

diárias e disponibilidade de apartamentos a um dos dispositivos que controlam o

roteamento e a operação de um sinal de percurso.

As reservas podem ser feitas com a utilização de números gratuitos, como o

0800. São chamados de toll-free numbers e correspondem a importantes veículos

de reservas de apartamentos. Os franqueadores distribuem CD e impressos com

relação de hotéis que fazem parte da rede. Através desse sistema, muitas reservas

em apartamentos no período da noite podem ser feitas (DUARTE, 1995).

De acordo com Duarte (1995), a internet também é um meio muito utilizado

atualmente para se fazer reservas de apartamentos, consultar as diárias e saber

informações sobre os hotéis, uma vez que propicia conforto, comodidade e rapidez

para quem a utiliza. As pessoas podem, dessa forma, obter informações através dos

sites cooperados pelas empresas de franquias, sites desenvolvidos pelos hotéis

independentes e pelos afiliados a redes hoteleiras. Muitos hóspedes, no entanto,

preferem fazer a reserva ligando diretamente para o hotel, podendo ser uma reserva

Page 28: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

27

individual ou para um grupo. Alguns hotéis contratam profissionais externos para

fazer a avaliação da eficácia das vendas por telefone.

Por fim, existe o walk-in, que são reservas feitas pessoalmente no hotel,

quando, devido a inúmeros fatores, muitos viajantes e hóspedes se veem obrigados

a ter que fazer esses tipos de reservas (PINHEIRO, 2010). Após a análise de cada

setor, torna-se necessário o conhecimento e a compreensão do marketing hoteleiro,

assunto do próximo capítulo.

Page 29: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

28

4 MARKETING HOTELEIRO

4.1 Definições

É plausível parar e fazer a seguinte reflexão: imaginemos que vivemos em

uma ilha, onde o mar que a circunda poderia ser expresso num imenso infinito

horizonte de “informações” que ondulam e são possuidores dos mesmos efeitos e

propriedades de um mar aberto. Nós, como residentes alheios pelo isolamento desta

ilha, somos aos poucos integrados através dos fatos permeados pelo mar de

informações. Desta forma, podemos nomear este “mar de informações” como

Marketing, o meio que conecta o esclarecimento entre o continente e a ilha.

A comunicação é elementar na vida e no cotidiano de todo ser humano, bem

como estarmos em contato uns com outros numa imensa corrente de dados que

vem e vão, que perpassam gerações e nos possibilita manter relações próximas e

longínquas através das mais diferentes formas de transmissão de mensagens e

dados que se tornam continuamente mais modernas, graças ao mundo globalizado

que rompe as barreiras e constrói “pontes virtuais” entre os povos.

Somos conscientes de que um hotel é formado por diversos setores

fortemente vinculados. Neles se devem intercambiar informações que sustentam

cada departamento. Uma falha em qualquer uma das partes levará a graves

consequências sentidas por todo o corpo hoteleiro. Assim se denota quanto a

comunicação influi na rotina de um estabelecimento turístico.

Somos ímãs de informações pelos meios de comunicação, que despejam

muitos informes, afinal as empresas utilizam fortemente o marketing para atingir

diretamente o seu público alvo, a fim de convencer o turista de que o produto

oferecido é a melhor opção. Várias maneiras são empregadas para o encantamento

do cliente, e assim as formas publicitárias estão cada vez mais esbanjando

criatividade para cativar mais um usuário do produto.

É certo afirmar que a concorrência também causa estremecimentos nas

empresas, já que todas defendem seus produtos e isso gera custos. Desta forma

tendem a manter ou superar a qualidade que impõem ao que fabricam. Verificamos

que a concorrência é um mal benéfico, sendo saudável aos empreendimentos e

consequentemente aos consumidores, que são os principais favorecidos e

Page 30: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

29

termômetros dessa qualidade disposta. Também, a concorrência é um ícone, onde o

Marketing pode satisfazer-se de acordo com as visões, pretensões e expansões da

empresa.

Além disso, o lema de qualquer negócio é a satisfação do cliente, afinal no

decorrer do processo isso o tornará fiel e gerará lucro ao empreendimento. Assim

como menciona Kato (2007, p.12), “tratar o cliente da melhor forma possível, dando-

lhe condições de suprir suas necessidades e anseios, pode proporcionar a

fidelização”

Kato (2007) relata que também se torna claro que o Marketing não é um fator

isolado e tampouco advém sem nenhuma causa. Está rodeado de “n” fatores -

muitos destes complexos e intangíveis onde as empresas sempre estão buscando

alcançar. Entretanto algumas dessas “partículas participantes” já nos foram

reveladas tais como: o planejamento, a concepção e a comercialização de produtos.

De fato, para algo tão complexo como marketing, não podemos abortar a ideia de

que o planejamento faça parte de suas concepções, afinal as nuances de nosso

objeto de estudo permite tal aproximação com este termo. Pois como todo e

qualquer processo é necessário um planejamento a fim de que todas as fases do

andamento sigam em sincronia e sua aplicação seja efetiva.

Marketing é o processo de descobrir e interpretar as necessidades e os desejos dos consumidores para as especificações de produto e serviço, criar a demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa demanda (COBRA, 1997, p.27).

Cobra (1997) aborda outros pontos provenientes de nosso tema, com

destaque ao sonho do consumidor e suas necessidades. Deparar-se com os anseios

de diversos indivíduos, é algo que acarreta grande responsabilidade, pois, quando

uma aspiração não é atingida, os efeitos podem ser extremamente controversos e

irreversíveis, de modo que o marketing também assume este peso, uma vez que

essas realizações intangíveis e imensuráveis estão dentro de suas propriedades.

Destaca-se o fato de que o marketing não é estático e que exige uma

sequência, uma continuidade de seus métodos rumo a uma fonte norteadora. Uma

provável inércia desvincularia os maquinários desta cadeia, já que o tema de estudo

Page 31: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

30

tem o caráter e precisão de alavancar a demanda por onde seguirão os produtos e

os serviços da empresa.

O relacionamento entre vendedores e compradores existe desde que os

homens começaram a negociar bens e serviços. Sendo que uma das primeiras

práticas de negociação decorria através do escambo, que era a troca de produtos

por outros produtos, sem que houvesse transação monetária (SANTIAGO, 2010).

Entretanto, logicamente que o arcaico escambo logo fui substituído por outras

ferramentas negociantes, que passou então a ter diversos objetivos, assunto do

próximo capítulo.

4.2 Objetivos do Marketing Hoteleiro

No processo inicial de trocas, decorrente da realidade da competição global

em grande número de indústrias, torna a concentração de poder e influências mais

dependentes dos clientes. Esta realidade faz com que as organizações busquem

maior comprometimento de seus clientes e fornecedores – o intangível é uma nova

palavra que esta em baila nessa relação – o desejo configurado no consumo é

atrelado à expectativa do cliente.

Essa mistura de elementos de Marketing de Relacionamento Hoteleiro

corresponde a todas as atividades desse ramo direcionadas ao estabelecimento,

desenvolvimento e manutenção de trocas relacionais bem sucedidas.

Trocas relacionais bem sucedidas implicam em ganhos mútuos ao longo

prazo, isto é, ganhos permanentes extras maximizados, o que deve ser aplicado em

amplo aspecto de posições de troca de acordo com as peculiaridades de cada

mercado.

A orientação voltada para o mercado representa a habilidade superior em

entender e satisfazer os clientes, tarefa que se relaciona inequivocadamente à

questão das capacidades. Uma organização orientada ao mercado possui as

capacidades superiores de senso de mercado e ligação com o consumidor. Ter

senso de mercado é ter a capacidade de “sentir” os eventos e tendências do

ambiente de forma mais avançada que os competidores.

___________________________________________________________________ 1 As informações extraídas do material de Urdan e Urdan (2006).

Page 32: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

31

A ligação com o consumidor define-se como a capacidade em criar e

gerenciar relacionamentos com os clientes. Os mais diversificados vieses a serem

abordados no Marketing Hoteleiro estão intrinsecamente ligados num polinômio que

engendra os componentes:

a) Cliente (consumo);

b) Anseios, desejos e expectativas desse cliente (consumidor);

c) Capacidade da organização hoteleira (prestador do serviço contratado

por esse consumidor) em se antecipar a essas expectativas e minimizar as

possibilidades de problemas durante a estadia desse consumidor no

estabelecimento;

d) Cooptação de todos os integrantes da organização hoteleira em fazer

sempre o melhor para obter o melhor “feedback” por parte do consumidor (hóspede).

4.3 Composto de Marketing

Identificando os desejos e necessidades dos clientes, as empresas passam a

planejar seu Mix de Marketing. O tempo representa um conceito moderno, que é

definido como o grupo de ferramentas táticas controláveis de marketing que a

empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo (KOTLER,

2000).

O mix de marketing é representado por ações que a empresa pode

empreender para influenciar a demanda pelo produto, os quais foram desenvolvidos

por Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960), em que afirmou que:

Produto: é tudo o que se refere ao produto ou ao serviço, como o design, a

embalagem, qualidade, entre outros. Referem-se a sua variedade-qualidade,

características, marca, design, embalagem, atendimento, tamanhos, serviços,

garantias, devoluções etc. É mais que um objetivo tangível, mas também

intangível. Estratégias da valorização do produto ou serviços voltados para a

satisfação do cliente.

Preço: é a política de preço aplicado ao produto, porém, neste conceito entra

também os descontos, as formas e os prazos de pagamento. Comparados á

concorrência, condições de pagamento, descontos, financiamento. Custo que o

consumidor está disposto a arcar para adquirir o produto; tem impacto não

Page 33: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

32

apenas econômico, mas também psicológico; é um dos elementos mais

flexíveis.

Ao se elaborar a estratégia de preço de um produto, deve-se considerar o

seguinte:

a) Deve ser suficientemente alto, para proporcionar lucro a quem o está

produzindo ou comercializando, porém não pode ser tão alto que desestimule a

compra;

b) Ele também deve ser suficientemente baixo, a fim de que seja atrativo

aos clientes.

c) Não pode ser demasiadamente baixo, pois pode depreciar o produto

aos olhos dos clientes, que podem pensar que há algo de errado nele, além de não

ser interessante produzi-lo e comercializá-lo, pois não gerará lucro significativo.

O preço é o único elemento de um mix de marketing que produz receitas, pois

todos os outros representam custos; a precificação é indispensável ferramenta

mercadológica; boa determinação de preços poderá levar uma empresa ao

desenvolvimento e lucratividade, ao passo que uma má determinação poderá

direcionar a falência.

Na precificação no turismo o preço segue uma política própria, os preços são

diferenciados devido aos períodos de sazonalidade turística e quanto à finalidade da

empresa: o valor da diária é diferenciado para os dias da semana, como hotéis em

centros empresarias, em São Paulo. O preço cobrado pode refletir uma expectativa

prévia em relação à expectativa do produto.

Praça: Atividades que a empresa executa para que o produto ou serviço possa

ser apresentado ao cliente; inclui também, os canais de distribuição, estoque e

transporte do produto. A logística planeja desde a compra de materiais, a

produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos,

monitorando as operações e gerenciando informações. O produto pronto é

encaminhado ao distribuidor. Esse vende ao varejista e ,em seguida, aos

consumidores finais.

Na distribuição se devem observar os pontos de venda, pronta-entrega,

horários e dias de atendimento e vias de compra utilizada; a grande vantagem dessa

variável seria disponibilizar o produto da forma mais fácil e conveniente para ser

adquirido como as vendas on-line; acessível e cômodo ao cliente, num âmbito onde

o interessado possa tê-lo no momento que lhe seja mais propício. Deve-se saber

Page 34: FACULDADE CEARENSE CURSO DE TURISMO EMANUELLA …

33

que canais de distribuição utilizarão, o seu tamanho e área geográfica coberta

logisticamente.

A promoção é uma atividade de comunicação que tem como objetivo

persuadir o cliente, promovendo assim o consumo. Essa etapa consiste na

publicidade, relações públicas, marketing direto, etc. Comunicação: propaganda,

publicidade, relações públicas, promoção de vendas, merchandising, marketing

direto e venda pessoal.

Comunicação é o conjunto de ações que estimulam a comercialização ou

divulgação do produto; formas eficientes para informar sobre o produto ou formação

da imagem. Estímulos orientados para os consumidores com o intuito de que estes

multipliquem a comunicação entre eles; criar e transmitir uma imagem positiva ao

mercado-alvo.

Os consumidores de hoje percebem mais as diferenças reais em produtos e

mostram menos fidelidade as marcas. Eles também podem obter muitas

informações sobre produtos por meio da internet, e de outras fontes, o que permite a

aquisição de produtos por formas mais racionais. Os clientes estão mostrando maior

sensibilidade em relação ao preço buscando um valor mais “agradável”, em sua

opinião. Esse é o novo perfil do consumidor.

Estes conceitos possuem uma inter-relação, logo surge a necessidade de a

empresa pensar e planejar o lançamento de um produto ou serviço como um todo,

sem desmemoriar nenhuma dessas ações. As necessidades e os desejos dos

clientes do turismo são muito dinâmicos e variantes, o que exige que o mercado se

adeque a essas mutações, para se obter qualidade no que se oferece, e assim, haja

êxito, atendendo, desta forma, as expectativas do público alvo.

As atividades desempenhadas nos setores, dentro do hotel, envolvem o

planejamento estratégico e as ações visando à busca das possíveis fontes de

negócio, bem como a análise e a caracterização (desejos e necessidades) dos

hóspedes em potencial.

A importância das análises dessas “novas tendências” para a hotelaria

moderna faz parte exatamente do compor do elemento de antecipação aos anseios

desse novo consumidor. Vamos analisar dados da Mapie, empresa de estratégia e

consultoria em serviços de hotelaria - obtidos no site da Sra. Mirian Torres1 sendo

2É executiva de Marketing Hoteleiro há 14 anos. MBA em Marketing Executivo pela ESPM, Pós Graduada em Administração Hoteleira pelo SENAC e História da Arte pela FAAP e graduada em Artes Plásticas pela São Judas. Há 14 anos atua em

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34

que o mais importante não são os dados frios em si, mas sim os elementos que

marcam essa nova geração de clientes. A pergunta a ser respondida seria a

seguinte: Como seria o Hotel dos sonhos, independentemente da tarifa a ser paga?

1. Design atraente e moderno – Análise: a maioria das grandes cadeias

de hotéis conta com um “pé-direito” superior a 5 metros dando a noção de amplitude

e acolhimento;

2. Ampla disponibilidade WI-FI de banda larga acima de 45 MEGA e

várias tomadas de energia – Análise: uma geração sempre “plugada e antenada” no

mundo virtual e nas novidades;

3. Lobby integrado com restaurante – Análise: dar a noção de

chamamento a sociabilização entre todos os ocupantes do ambiente.

4. Requintes de qualidade – Análise: Não significa requinte geral, mas

esmero máximo na lide com o consumir e melhora perpétua na qualidade.

5. Diversas opções no cardápio de refeições saudáveis com alimentos

orgânicos – Análise: uma busca de opções diferenciadas de alimentação.

6. Ter um amplo programa de fidelidade que priorize diárias grátis ou

pontos em companhias aéreas – Análise: a busca pela recompensa em relação à

credibilidade depositada pelo hóspede no estabelecimento hoteleiro.

Essas mudanças compreendem uma maior requalificação ou

reprofissionalização dos funcionários, que necessitam, de acordo com a autora, ter

uma visão global e maior responsabilidade. O nível de instrução do operário atual

exige mais capacitação, porque ele deve ser agente pensante integral e, também,

porque o maquinário utilizado é caro e sofisticado, requerendo uma maior agilidade

mental, e capacidade de abstração mais acurada que só pode ser dada por

intermédio da escolaridade. Dessa forma, há:

A tendência à exigência de maior escolaridade, ao aumento da mão-de-obra qualificada em relação ao total de empregados das empresas, ao aumento da preocupação dos empresários com o treinamento de sua fora de trabalho, [...] à exigência de novos requisitos de qualificação relacionados à capacidade de abstração, pensamento lógico, destreza, rapidez, confiabilidade e desempenho de tarefas variadas (LEITE, 1992, p.17).

hotelaria, sendo que 10 destes foram dedicados à construção de carreira na rede multinacional de hotéis Caesar Park e Caesar Business, aonde chegou ao cargo de Gerente Regional de Marketing América Latina. Também lecionou a disciplina de Marketing Hoteleiro para o curso de Pós Graduação de Hotelaria do SENAC Campos do Jordão e é autora de mais de 100 artigos de marketing para pequenos e médios negócios, publicados semanalmente em seu blog autoral, onde ela investiga ações de marketing de outros segmentos de mercado, buscando aprender e ensinar observando o diferente.

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35

Ainda conforme a autora, a experiência do funcionário, antes muito

valorizada, quase imprescindível para solucionar imprevistos, vem sendo menos

necessária. Essas inovações tecnológicas requerem cada vez maior qualificação do

operário. Com o turismo, e mais especificamente no setor da hotelaria, não poderia

ser diferente.

Atualmente, o setor da hotelaria foca no cliente, oferecendo-lhe novos

produtos e serviços com novas e atraentes características, de forma que façam com

que o mesmo se mantenha sempre como cliente daquele determinado hotel, que,

dessa forma, pode ter suas taxas de ocupação mantidas ou aumentadas. As

pessoas hoje estão cada vez mais em busca do bem estar, de forma que estão

procurando atividades fora de suas rotineiras e cansativas atividades.

Com isso, elas viajam cada vez mais com o intuito de deslocar-se com

propriedade, hospedar-se com comodidade e usufruir bens e serviços que atendam

o propósito da viagem, segundo o autor. A hotelaria é imprescindível durante o

período de viagem, por isso, é de extrema importância se oferecer um serviço com

qualidade, inclusive por questão de sobrevivência empresarial. A qualidade do

profissional de serviço deve ser sempre voltada a atender às mudanças de perfil do

hóspede.

E com o uso do marketing hoteleiro, todas essas modificações se tornam

mais fáceis e beneficiadas, já que seu objetivo é justamente esse: modificar o setor

de acordo com necessidades e desejos do cliente.

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5 SEARA PRAIA HOTEL: Um estudo de caso

5.1 Descrição do equipamento

O Seara Praia Hotel foi inaugurado em 1994 e é classificado pela Embratur

com 5 estrelas, categoria luxo. O Hotel atua hoje no mercado tendo como razão

social Seara Praia Hotel, sendo o nome fantasia Hotéis Seara Ltda e oferece

serviços de hospedagem, de alimentos e bebidas e de eventos. Sua ideia original

era atender um público voltado para o turismo de negócios, porém, hoje conta com

uma infraestrutura completa e diversificada para todos os públicos.

O hotel pertence a uma rede cearense que leva o nome de hotéis Seara Ltda,

o qual também faz parte o Ponta Mar Hotel e o Praiano no Palace Hotel. A rede é

administrada pelos próprios fundadores que começaram em 1983 com a

inauguração do Praiano Palace Hotel, um dos primeiros hotéis da orla cearense.

Atualmente o Seara Praia Hotel conta com 217 apartamentos, sendo uma

Suíte Presidencial, 19 Suítes Júnior, 57 Gran Luxo e 140 Luxo Master, onde

predominam o conforto, a modernidade e a sofisticação. Suas tarifas são

compatíveis com o padrão dos que optam pela hospedagem no estabelecimento.

Seus maiores parceiros são as grandes operadoras de turismo e grupos

corporativos.

A localização na Avenida Beira Mar, próxima aos pontos mais importantes e

considerados da cidade, como o centro e o aeroporto (aproximadamente vinte

minutos distanciam os dois pontos), torna sua localização privilegiada.

Atualmente trabalham 68 funcionários, registrados no estabelecimento,

divididos em 5 setores do hotel: gerência, governança, recepção, portaria e

manutenção.

A sede da administração geral localiza-se no Ponta Mar Hotel, onde estão as

demais áreas que estruturam a rede, tais como marketing, reservas, controle e

qualidade, chefia da governança, chefia da segurança, RH.

O setor de Recursos Humanos é composto por 5 colaboradores, uma

________________________________________________ 3 Informações extraídas do site http://www.hotelseara.com.br, acessado em 11 de outubro de 2012, e em

conversa com o chefe da recepção.

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gestora pessoal, uma psicóloga e mais 3 auxiliares de RH, já que a rede cuida de 3

Hotéis com mais de 300 funcionários, logo possui uma responsabilidade maior, por

conta de sua grandeza.

O hotel valoriza o capital humano e oferece todos os direitos concedidos por

lei, como 13° salário, férias remuneradas, vale- transporte, plano de saúde e vale

refeição, sendo todos os funcionários assegurados. E,quando favorável, a receita

do estabelecimento, realiza premiações entre seus funcionários.

As decisões são provenientes de reuniões, quase sempre semanais,

realizadas pela diretoria da Rede e repassadas para os demais setores pelos

gerentes e supervisores do hotel. Às vezes, é feito algum ajuste em determinadas

decisões, porque nem todo funcionário tem a visão macro, não possuindo uma

propriedade empresarial que lhe permita prever um problema no futuro.

Normalmente as decisões são democráticas, no entanto, existem algumas, por conta

da divisão hierárquica, que requerem certa individualidade, sendo, então definidas

somente entre a cúpula.

O que se tem para comunicar de urgência é através de uma Circular Interna

(C.I) ou de reuniões, em que são feitas avaliações para melhoria.

5.2 Observação do Hotel

As visitas ao Seara Praia Hotel (FIGURA 1) ocorreram nos meses de abril e

maio de 2012, com o acompanhamento da funcionária Nathália Bento, recepcionista

na Rede há mais de três anos.

FIGURA 1: Fachada do Hotel Fonte: Acervo pessoal.

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A recepção (FIGURA 2) é ampla e também bem decorada e adornada.

Há sala vip de espera e serviço de bar.

FIGURA 2: Recepção do Hotel Fonte: Acervo pessoal. Logo ao fim da recepção está o Restaurante Azul de Prata (FIGURAS 3 e 4), com culinária francesa e pratos regionais.

FIGURA 3: Restaurante do Hotel Fonte: Acervo pessoal.

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39

FIGURA 4: Restaurante do Hotel Fonte: Acervo pessoal.

Nos dois primeiros pisos do hotel ficam os salões de eventos corporativos e

familiares. São vinte andares de apartamentos, onde se encontram os quartos

(FIGURA 5), os quais todos possuem: ar-condicionado e TV a cabo com controles

individuais, internet wireless, mini-bar, cofre eletrônico digital individual, secador de

cabelo e decoração com estilo próprio. O hotel dispõe ainda de 04 apartamentos

equipados e adaptados para pessoas com necessidades especiais - ambiente

preparado conforme a norma 950 da ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas) que define os parâmetros e as regras para acessibilidade de pessoas com

necessidades especiais às edificações e aos espaços mobiliários.

FIGURA 5: Quarto do hotel Fonte: Acervo pessoal.

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40

Há uma área de lazer na cobertura do hotel, com uma vista totalmente

convidativa e panorâmica da cidade. O hóspede pode desfrutar de piscina e uma

jacuzzi com água quente, academia e sauna. O Hotel dispõe de internet Wi-fi em

todos os apartamentos e áreas sociais.

Ao lado do hotel está o estacionamento, em que a rede dispõe de mais de

cem vagas. No subsolo localiza-se a governança, lavanderia, portaria, sala da

manutenção e as áreas de descanso dos funcionários.

No momento da visita, foi percebido que os funcionários realizam suas

atividades bastante satisfeitos e as equipes trabalham com conforto, para a

realização das tarefas.

Foram observados os setores da recepção, que dispõe de funcionários

bastante qualificados, sendo alguns deles bilíngues, governança, manutenção, e o

restaurante do hotel, que é terceirizado.

Um das estratégias de marketing do Seara Praia Hotel é a parceria com

agências de viagem. A CVC (FIGURA 6), uma das maiores agências de viagem da

América Latina, é um exemplo. Agência essa, que tem bastante procura, o que

favorece o Hotel, que passa a ser mais visto e conhecido, posteriormente cobiçado.

FIGURA 6: Agência CVC dentro do Hotel Fonte: Acervo pessoal.

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FIGURA 7: Serviços oferecidos pelo Hotel Fonte: Acervo pessoal.

A visita realizada foi muito proveitosa, pois permitiu conhecer um pouco

mais sobre este estabelecimento hoteleiro. Observou-se ainda que a tradição é um

dos seus pontos fortes, por não ser um hotel tão novo e por pertencer a uma rede

que não cedeu com as investidas de grupos estrangeiros, que praticamente

dominam o setor hoteleiro em Fortaleza. O empreendimento realmente merece a

categoria luxo que lhe foi designado, condizendo assim com suas cinco estrelas

(FIGURA 8).

FIGURA 8: Classificação do Hotel Fonte: Acervo pessoal.

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5.3 Apreciação da entrevista

Segundo Nathália Bento, recepcionista do estabelecimento , o local conta

hoje com uma excelente estratégia para atração de publico, o marketing hoteleiro,

compreendido por ele como ações para possíveis fontes de negócios. A rede de

hotéis Seara busca no mercado parcerias com empresas e agências para captar

novos clientes. Nota-se então a importância do marketing hoteleiro, que acaba por

captar muitas empresas, tantos nacionais como internacionais.

O Hotel está sempre procurando inovar e descobrir o que o mercado esta

pedindo e necessitando, em busca de atender assim o desejo do próprio cliente.

Para isso os funcionários do departamento de marketing sempre participam de

eventos, feiras e congressos para aumentar a capacitação de novos parceiros.

Para a fidelização do cliente, o Hotel usa ações de marketing, sendo uma

delas um questionário respondido pelos hóspedes, a respeito de sua estada e dando

sugestões ainda para melhoria do atendimento. Outro hábito do empreendimento é a

utilização de treinamento com todas as equipes do hotel, principalmente quando se

aproxima o período de alta sazonalidade, ou quando há inovação de algum serviço.

Segundo a funcionário Nathália Bento, o uso do mix de marketing é bastante

vantajoso, pois a empresa precisa ter um bom produto, preços compatíveis,

realizando sempre promoções e facilitando, por sua vez, a forma de pagamento dos

clientes, fazendo com que assim os mesmos notem o quanto são valorizados,

gerando assim satisfação destes, o principal objetivo do hotel, que é a satisfação do

cliente. O planejamento das ações de marketing se dá por pesquisas de mercado

para identificar o posicionamento das necessidades dos clientes e a partir dos

resultados se moldam seus produtos.

O Hotel utiliza muito o contato direto com os hóspedes e realiza visitações a

empresas, agências de turismo, tendo nas principais capitais do país um

representante da rede que divulga todo o trabalho do estabelecimento.

Existem funcionários que por largo tempo mantêm-se no Seara, os quais não

possuem alto grau de escolaridade e sim poucos conhecimentos, inclusive quando

se trata da definição do marketing hoteleiro. São funcionários de excelentes

resultados e que estão na casa desde sua inauguração. Por esse motivo, e outros,

continuamente são realizados treinamentos por profissionais capacitados quanto os

serviços ofertados no hotel. Assim mostram aos colaboradores o quanto é

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imprescindível que eles aprendam mais e ofereçam um ótimo serviço aos clientes,

demonstrando o quanto são vitais aos alicerces do local.

Além disso, o Hotel possui parcerias com faculdades e instituições, em que os

funcionários possuem desconto de 30% nas mensalidades, tanto que atualmente o

Seara possui um grande número de funcionários graduados em todos os setores do

estabelecimento hoteleiro. E para os mais carentes, há a atenção de inseri-los em

projetos gratuitos do governo federal, muitos destes dispostos pela vinda do Copa

do Mundo de 2014.

De acordo com Nathália Bento, a empresa não possui uma equipe treinada

para primeiros socorros; esse serviço é prestado através do sistema SAT,

emergências médicas, que os atendem em até dez minutos. Existe também uma

equipe interna bem treinada pelo Corpo de Bombeiros, que está à disposição

sempre que necessário. Esta mesma equipe analisa os equipamentos, sinalizações,

em caso de acidente, por exemplo, em incêndios.

Encerradas a apreciação, acerca da entrevista realizada durante a visita ao

Seara Praia Hotel, em sintonia com as observações no local, assunto desse

capítulo, a seguir serão apresentadas as considerações finais deste trabalho,

seguidas das referências.

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6 CONCLUSÃO

Conclui-se que o Marketing Hoteleiro é uma ferramenta de fundamental

importância dentro deste estabelecimento, pois o mesmo tem a função de

proporcionar uma maior proximidade do hotel com o cliente. Atualmente o que se

prima nas empresas é que estas devem ter os seus serviços direcionados aos

gostos e anseios dos clientes e nos estabelecimentos hoteleiros essa regra também

é estabelecida e deve ser cumprida.

A referida regra tem como finalidade principal atrair e criar laços de fidelização

com os clientes. O Marketing também exige uma boa comunicação entre as pessoas

e os setores que o promovem de modo a fazer com que este seja aplicado na sua

eficiência e eficácia, cumprindo com o seu papel que é o de descobrir e interpretar

os verdadeiros desejos dos hóspedes.

Nesse processo de estabelecimento de Marketing de um hotel, em que a

empresa decifra quais as necessidades dos clientes, ele estabelece seu Mix de

Marketing que são ações que a empresa pode empreender para influenciar a

demanda pelo produto e este por sua vez é composto de elementos como: Preço,

Produto, Praça e Distribuição.

Conclui-se também que o referido trabalho se focou num estudo de campo

realizado no Seara Praia Hotel em Fortaleza, em que foi visada essa questão de

como se funciona o Marketing dentro do supracitado estabelecimento. O Hotel prima

muito pela questão da reciclagem profissional dos seus colaboradores, como forma

de fazer com que desenvolvam seus trabalhos dentro de uma mesma visão e como

forma também de exercer as atividades de maneira eficiente, fornecendo um serviço

de qualidade a seus clientes e hóspedes.

Verificou-se que a empresa se utiliza de excelentes estratégias, sempre

buscando novas fontes de negócios, buscando também parcerias com outros hotéis

e agências. Os funcionários responsáveis por esse setor estão sempre participando

de eventos, feiras e negócios, com o intuito de obter qualificação e inovações sobre

as novas tendências do mercado e sobre a melhor forma de proporcionar o

contentamento do cliente.

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Enfim, diante do exposto acima foi de grande valia a pesquisa, pois o objetivo

geral do trabalho, que corresponde em analisar os efeitos do Marketing com base

nos empreendimentos hoteleiros, foi alcançado. Foram ainda adquiridas novas

informações sobre o funcionamento do processo de Marketing dentro desse

empreendimento, que é algo que está em alta no Seara Praia Hotel. Este estudo foi

realizado com muito afinco e dedicação com a proposta de se obter novos

conhecimentos e novas experiências em mais um ramo da hotelaria.

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46

REFERÊNCIAS

ANDRADE, José Vicente de. Turismo – Fundamentos e dimensões. São Paulo: Ática,2002. ANSARAH, Marília Gomes dos Reis. Formação e Capacitação do Profissional em Turismo e Hotelaria. São Paulo: Aleph, 2002. BARRETO, Margaritta. Manual de Iniciação ao Estudo do Turismo. Campinas: Papirus, 2003. BENI, Mario Carlos. Análise Estrutural do Turismo. CASTELLI, Geraldo. Marketing hoteleiro. Caxias do Sul: Educs, 1991 COBRA, M. Marketing hoteleiro. São Paulo: Atlas, 1997. EMBRATUR (2009). Anuário Estatístico de Turismo 2009. Ministério de Turismo. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/turismoehotelaria/artigos/18375/conceituacaoebrevehistoricodoturismo#ixzz2ARWgrSYT> Acesso em: 07 set. 2009. HAYES,D.; NINEMEIER, J. Gestão de Operações Hoteleira. Prentice Hall Brasil, 2005. JANEIRO, Joaquim A. Guia técnico de hotelaria. Lisboa : Cevop, 1991.TORRE, Francisco de La. Administração hoteleira. México: Trilhas, 1989. KATO, América Akira. Monografia Pesquisa Sobre a Satisfação do Cliente na Agência do Banco do Brasil. Paraná. 2007. MOTA, Keila Cristina Nicolau. Marketing turístico; Coordenação Cassandra Ribeiro Joyce. – Fortaleza: UAB/IFCE, 2011. SEARA PRAIA HOTEL, 2012. Disponível em: <http://www.hotelseara.com.br> Acesso em: 11 out. 2012.

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47

TEBOUL, James. Gerenciando a dinâmica de qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1991. URDAN, Flavio Torres. Gestão do Composto de Marketing. São Paulo, 2006.

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ANEXOS

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ANEXO A – Vista do quarto do Hotel.

FIGURA 9 : Vista do quarto do Hotel

Fonte: Acervo pessoal.

ANEXO B – Entrada do hotel.

FIGURA 10: Entrada do Hotel

Fonte: Acervo pessoal.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Roteiro da entrevista.

ENTREVISTA – ROTEIRO

Nome Fantasia:_______________________________________________

Razão Social:_________________________________________________

End.:_______________________________________________________

Telefone:_________________________________Fax:________________

Site:______________________________ E-mail:_____________________

CNPJ:________________________ Inscrição Municipal:_______________

Data de Fundação:_____________ Reg. Embratur:___________________

1) Qual a quantidade de funcionários?

2) O que você entende por Marketing Hoteleiro?

3) Qual a importância do Marketing Hoteleiro dentro do hotel e quais seus

benefícios?

4) Existe inovação constante nos produtos e nos serviços prestados no

empreendimento?

5) Em que situações os funcionários participam de Marketing no

estabelecimento?

6) O Marketing Hoteleiro facilita a fidelização de seus clientes, pois através do

mesmo pode se conseguir a satisfação de seus hóspedes. No Seara Praia Hotel

isso é possível?

7) É realizado um levantamento de necessidades de treinamento? Como? Com

que frequência?

8) Quais vantagens alcançadas com o trabalho do mix de marketing?

9) A aplicação dessa ferramenta mercadológica representou alguma vantagem

competitiva no mercado hoteleiro?

10) Todos os funcionários têm o conhecimento sobre a definição do Marketing e

de seus objetivos?

11) Como se dá o planejamento das ações do Marketing (formulação de

objetivos, princípios de aprendizagem, características dos instrutores, diferenças

individuais)?

12) Quais são os métodos utilizados nos programas de Marketing?

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13) Após a realização do treinamento, é feita uma avaliação? De que maneira?

14) Você acredita que os funcionários conseguem colocar em prática o que

aprenderam nos treinamentos? Por quê?

15) Quais têm sido as dificuldades e as facilidades para a realização de ações do

Marketing Hoteleiro?

16) O hotel oferece cursos que não estão diretamente ligados ao trabalho

desempenhado pelo funcionário? Quais?

17) O hotel possui programas de desenvolvimento pessoal dos funcionários?

18) O hotel possui algum funcionário formado em Turismo? Em que setor esse

funcionário trabalha?

19) O Hotel Seara reconhece o valor do Marketing Hoteleiro para a

sustentabilidade da sociedade?

20) Há equipamentos e equipe treinada para Primeiros Socorros?