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AUT 221Arquitetura, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Introdução
Conceituação
Antecedentes Históricos
Denise Duarte
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
O que é sustentabilidade?• Até o final dos anos 1970, o adjetivo “sustentável” não passava de um
jargão técnico usado para evocar a possibilidade de um ecossistmanão perder sua resiliência, mesmo sob agressão humana recorrente
• Nos anos 1980, o adjetivo “sustentável” começou a ser usado para qualificar o desenvolvimento / Comissão Bruntland , ONU
• Desenvolvimento sustentável: cunhado no Relatório Bruntland 1987 e legitimado na Rio’92
• Rejeição pela direita e pela esquerda
• O substantivo “sustentabilidade” passou a exprimir diferentes ambições de continuidade, durabilidade ou perenidade / Falta de definição precisa e consensual
Desenvolvimento sustentável
O substantivo ‘desenvolvimento’ e o adjetivo ‘sustentável’
“A adjetivação deveria ser desdobrada em socialmente includente, ambientalmente sustentável e economicamente sustentado no
tempo” (Veiga, 2010b, p.10)
O que há de válido, sério e objetivo no fascinante ideal de desenvolvimento sustentável?
Antecedentes do debate• Raízes do debate na ecologia e na economia
• Ecologia: suposto equilíbrio, resiliência, capacidade de suporte –fundamenta o indicador mais pedagógico da ideia de sustentabilidade ambiental: a pegada ecológica
• Economia: divergências entre economia convencional, a ecológica e a que está em busca de uma terceira via
• Perspectiva biofísica, entropia: “só pode haver sustentabilidade com a minimização dos fluxos de energia e matéria que atravessam esse subsistema”
• Ausência de um indicador econômico de sustentabilidade, comparável à pegada ecológica.
Thomas Jefferson, Setembro, 1789
“Then I say the earth belongs to eachgeneration during its course, fully and in its own right, no generation can contractdebts greater than may be paid duringthe course of its own existence.”
Antecedentes Históricos
Antecedentes Históricos
Thomas Thomas MalthusMalthus (1798 in (1798 in EssayEssay onon PopupationPopupation))
crescimento da populacrescimento da populaçção x disponibilidade de ão x disponibilidade de recursos naturaisrecursos naturais
"population increases in a geometric ratio, "population increases in a geometric ratio, while the means of subsistence increases in an while the means of subsistence increases in an arithmetic ratio." arithmetic ratio."
““the population level cannot keep increasing the population level cannot keep increasing without, at some point, pressing on the limits without, at some point, pressing on the limits of the means of subsistence, and that a check of the means of subsistence, and that a check of some kind or other must, sooner or later, be of some kind or other must, sooner or later, be opposed to it.opposed to it.””
Desastres Ambientais. DDesastres Ambientais. Déécada 1960cada 1960
SilentSilent SpringSpring –– Rachel Carson (1962) EUARachel Carson (1962) EUA
Importância histImportância históóricarica
Uma das maiores reportagens investigativas do Uma das maiores reportagens investigativas do
ssééculo XXculo XX
Desencadeou uma investigaDesencadeou uma investigaçção no senado ão no senado
americano no governo Kennedyamericano no governo Kennedy
ProibiProibiçção do DDT 10 anos depois, por ser ão do DDT 10 anos depois, por ser
cancercanceríígenogeno
Antecedentes Históricos
“O planeta não é inanimado. É um organismo vivo. A terra, as pedras, o oceano, a atmosfera e todos os seres vivos são todos um grande organismo. Uma coerência de um sistema holístico de vida, auto-regulador e auto-adaptável.”
GAIA - James Lovelock, anos 1970
Antecedentes Históricos
1972 1972 –– TheThe LimitsLimits to to GrowthGrowth ((MeadowsMeadows etet alal) ) –– Clube de Roma.Clube de Roma.
1992 1992 –– BeyondBeyond thethe LimitsLimits ((MeadowsMeadows etet alal))
2002 – Limits to Growth. The 30th year update (MeadowsMeadows etet alal))
Antecedentes Históricos
Brutland Commission Report, OurCommon Future, Nações Unidas,1987
“Sustainable development meets theneeds of the present withoutcompromising the ability of future generations to meet their own needs.”
Social Social EconômicaEconômica
AmbientalAmbiental
SustentSustentáável?vel?
““AutoAuto--sustentsustentáávelvel??””
Mais sustentMais sustentáável?vel?
LowLow--techtech ??
HighHigh--techtech??
DESAFIOS DO CONTEXTO AMBIENTAL DESAFIOS DO CONTEXTO AMBIENTAL PARA O PROJETO DE CIDADES E PARA O PROJETO DE CIDADES E
EDIFEDIFÍÍCIOS E PARA A CONSTRUCIOS E PARA A CONSTRUÇÇÃO ÃO CIVILCIVIL
Pegada Ecológicaindicador da contribuição à insustentabilidade global
Escassez de recursos naturais
Poluição ambiental
Aquecimento Global
Crescimento da população urbana
Richard Rogers
O QUE TORNA UMA O QUE TORNA UMA CIDADECIDADE ““VERDEVERDE””??Baixo impacto ambiental ao longo do ciclo de vida
O QUE TORNA UM O QUE TORNA UM EDIFEDIFÍÍCIOCIO ““VERDEVERDE””??Baixo impacto ambiental ao longo do ciclo de vida
• adequação ao local
• melhor orientação ao sol, aos ventos e ao ruído
• otimização da ventilação e da iluminação natural
• diminuição da carga térmica na envoltória (fechamentos verticais e cobertura)
• otimização do condicionamento artificial (iluminação e AC)
• uso de materiais e componentes ecologicamente corretos (baixo impacto ambiental ao longo do ciclo de vida)
• operação e manutenção visando otimização do consumo de água, energia e materiais
• Sustentabilidade não é uma mudança de estilo, mas uma mudança de paradigmas, de comportamentos, de valores
• Não há listas universais de inclusões e/ou exclusões de materiais, componentes construtivos, etc.
• A sustentabilidade é global, mas muitas escolhas precisam ser determinadas localmente
• Sustentabilidade implica em durabilidade e no aproveitamento de oportunidades e mudanças ao longo do tempo
Na Arquitetura e no Urbanismo
“Sustentabilidade: a legitimação de um novo valor” (Veiga, 2010a)
• Reduzir a insustentabilidade, por mais que uma definição consensual de sustentabilidade seja improvável
• Abreviar a agonia da era fóssil e fazer a transição ao baixo carbono
• Superar a tosca maneira de se avaliar o desempenho econômico, a qualidade de vida e a própria sustentabilidade ambiental
“Sustentabilidade: a legitimação de um novo valor” (Veiga, 2010a)
“Direitos humanos”
“Justiça social”
“Desenvolvimento sustentável,” principal desafio do século XXI
Na lista de metas da sociedade contemporânea, em que patamar de urgência estaria situada a busca da sustentabilidade, o ‘valor do
amanhã’ ?
Desenvolvimento não é sinônimo de crescimento econômico
• Desenvolvimento não é sinônimo de crescimento econômico, que constitui apenas a sua condição necessária porém não suficiente. (Veiga, 2010b, p.9)
• Os resultados do crescimento da economia não se traduzem automaticamente em benefícios
Os países centrais começam a discutir ‘prosperidade sem crescimento’
Os países periféricos precisam começar a crescer
Nos países intermediários a questão é a qualidade do crescimento
Desenvolvimento não é sinônimo de crescimento econômico
“Uma coisa é medir desempenho econômico, outra é medir qualidade de vida, e uma terceira é medir a sustentabilidade ambiental do processo”
(Veiga, 2010, p.116)
Obsolescência do PIB
Precariedade do IDH
Completa ausência de medidas consensuais de sustentabilidade
Indicadores de sustentabilidade
Indicadores de sustentabilidade
É provável que nenhum indicador, por melhor que possa ser, consiga revelar, simultaneamente, o grau de
sustentabilidade do processo socioeconômico e o grau de qualidade de vida que dele decorre
3 critérios que devem orientarqualquer proposta de ação
1. Responsabilidades históricas
2. Diferenças de capacidade para maior eficiência energética, redução do consumo, sequestro de carbono ou minimização de emissões
3. Gerações futuras - sustentabilidade
O aquecimento global
1. Precificar o carbono, mediante taxação, comércio e regulação
2. Adotar programas que acelerem o surgimento de técnicas capazes de descarbonizar as matrizes energéticas
3. Informar, educar e persuadir os cidadãos sobre as alterações comportamentais que se impõem
O aquecimento global
• A ausência dos custos do aquecimento global nos preços é a maior falha de mercado jamais vista na face da Terra (Stern, 2006)
• Proposta central de que, em 2050, as emissões globais caiam para a metade do patamar de 1990 (Stern, 2006; IPCC, 2007)
Transição ao Baixo Carbono
1973-74Crise do Petróleo
1973-74Crise do Petróleo
1971Estocolmo
Study of man´s impacton climate
1971Estocolmo
Study of man´s impacton climate
1988Toronto
IPCC – Painel Intergovernamental
sobre mudanças climáticas (ONU)
1988Toronto
IPCC – Painel Intergovernamental
sobre mudanças climáticas (ONU)
1992Rio 92
UNFCCC -Convenção do Clima (ONU)
1992Rio 92
UNFCCC -Convenção do Clima (ONU)
1997Protocolo de
Kyoto
1997Protocolo de
Kyoto
2005Protocolo de
Kyotoentra em vigor
2005Protocolo de
Kyotoentra em vigor
2005Furacão Katrina
2005Furacão Katrina
2007Premio Nobel
Al Gore e IPCC
2007Premio Nobel
Al Gore e IPCC
2007Publicação Relatório
Stern
2007Publicação Relatório
Stern
2009Barack
Obama -Presidente dos EUA
2009Barack
Obama -Presidente dos EUA
2012Rio +202012
Rio +20
19701970 20122012
1972Estocolmo1972
Estocolmo
Considerações finais
Earth Council 1997 concluiu que o uso de recursos da humanidade superava em 20% a capacidade de suporte global, e que o planeta foi sustentável até a década de 1980
Buraco na camada de ozônio: primeira confrontação do planeta com um limite global
Presença e empenho das ONGs, nos cenários nacional e internacional
Desafio global: melhorar o nível de consumo da população mais pobre e diminuir a pegada ecológica no planeta