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Faculdade de Economia Universidade de Coimbra Liliana Vieira Rodrigues Coimbra, Janeiro de 2006

Faculdade de Economia Universidade de Coimbra · 5 1.1 Desenvolvimento da pesquisa ... pertencente à Licenciatura de Sociologia na Faculdade ... Como tema para este trabalho importava-me

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Faculdade de Economia

Universidade de Coimbra

Liliana Vieira Rodrigues

Coimbra, Janeiro de 2006

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Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica da Licenciatura de Sociologia

Liliana Vieira Rodrigues Nº 20050801

Coimbra, Janeiro de 2006

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Índice

Glossário ….………………………………………………………………………….…………………………………… 1 Introdução ………………………………………………………………………………………………………………… 4 1. Estado das Artes .................................................................................................... 5 1.1 Desenvolvimento da pesquisa 1.1.1 Origem do teletrabalho ……………............………………………………………. 6 1.1.2 Conceito de teletrabalho ………….……………............……………………... 7 1.1.3 Teletrabalho vs Telecomutação ………………............……………………. 8 1.1.4 Teletrabalho vs Relações Sociais ..……………............…………………. 9 1.1.5 Teletrabalho vs Novas Tecnologias .…………….............………………. 10 1.1.6 Localização …………………………..............……………………………………………. 11 1.1.7 Vantagens e Desvantagens ……..............……………….…………….………. 12 1.1.8 Teletrabalho em Portugal …………………………………………………………… 18 1.1.9 Deficientes ......................................................................................... 20 1.1.10 Sindicatos ........................................................................................ 21 1.1.11 Proposta de Lei para a

Regulamentação do Teletrabalho em Portugal .................................... 22

1.1.12 Papel dos Media .............................................................................. 23 1.2 Etapas da pesquisa …………………………………………………………………………………… 24 2. Ficha de leitura ...................................................................................................... 26 3. Avaliação de uma página da web ......................................................................... 29 4. Conclusão ………………………………………………..............………………………………………...……. 31 5. Referências Bibliográficas ................................................................................... 33 Anexo A - Documento de suporte da ficha de leitura Anexo B – Página web avaliada

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Glossário Electronic Homework «O empregado trabalha em casa grande parte do tempo e de uma forma regular,

estando ligado directamente à empresa. Este indivíduo reserva determinados dias da semana para trabalhar na empresa.» (Rodrigues,s.d.)

Esritório-Satélite «Quando uma empresa descentraliza a actividade, o colaborador trabalha nas

suas instalações, mas fora dos escritórios centrais. O empregador investe num escritório de teletrabalho dependente dos escritórios centrais.» (Rodrigues,s.d.)

Home-Office «É o trabalho que é desenvolvido na própria residência do trabalhador. Ligados a

uma base de dados, trabalhando em casa e comunicando-se com o escritório por meio de fax ou computador.» (Pinel, 2004)

Telecabanas «São utilizadas com as mais variadas finalidades: áreas rurais mais carentes de

emprego, locais bem distantes do empregador, que servem para conseguir uma força de trabalho que de outo modo não conseguiria contactar, gerar novos empregos onde eles são necessários, aproveitar o preço mais baixo da terra, da mão-de-obra e moradia para os empregados.» (Pinel, 2004)

Telecentros «São espaços situados nas zonas limitrofes das grandes cidades, onde se

agrupam empregados de várias empresas em locais próximos das suas áreas de domícilio onde possam trabalhar, a tempo inteiro e/ou parcial, recorrendo às mais modernas tecnologias.» (Rodrigues,s.d.)

Telecidade «É uma extensão dos telecentros e tem muito a ver com estilos de vida. A ideia

centra-se na construção de comunidades onde todas as casas estejam interligadas entre si e ao mundo, adaptando o conceito futurista da economia em rede.» (Rodrigues,s.d.)

Telecomércio «A venda através da Internet de produtos ou serviços que exijam um contacto

interactivo com o potencial cliente é um exemplo da importância da telecooperação, pois implica a correcta articulação entre os vários intervenientes antes, durante e depois da compra.» (Rodrigues,s.d.)

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Telecommuting «Acção de substituir as deslocações diárias para o emprego através de trabalho

em casa de forma não-permanente. É uma expressão mais utilizada nos EUA.»

(Rodrigues,s.d.) Telecooperação «A cooperação eficaz em termos técnicos e humanos é essencial para que todos

aumentem a produtividade e a sua capacidade de resposta. A telecooperação denomina a habilidade dos teletrabalhadores se articularem da melhor forma.» (Rodrigues,s.d.)

Telecottage «Um tipo especial de telecentro com localização nas zonas rurais, permitindo aos

habitantes das zonas rurais acederem, e trabalharem, com as mesmas condições das populações metrópoles, para empresas com elevado grau tecnológico.»

(Rodrigues,s.d.) Teleprocessos e Teleserviços «Todas as novas formas de trabalho e de relacionamento que as comunicações

de voz, dados, textos e imagens, permitem. Os teleserviços são possibilitados pelas TI, que afectam a localização dos clientes das empresas e serviços.» (Rodrigues,s.d.)

Teletrabalho «Todas as formas de trabalho suportadas por tecnologias de informação, que

afectam a localização dos trabalhadores e das empresas. É uma expressão mais adaptada à realidade de trabalho europeu.» (Rodrigues,s.d.ata)

Teletrabalho Concentrado «Tem a sua eficácia predominantemente nas áreas de suporte a clientes através

de telefone. Podem-se agrupar num ou dois telecentros toda uma estrutura de atendimento a clientes a nível europeu, sem necessitar de ter espaços específicos a nível nacional.» (Rodrigues,s.d.ata)

Teletrabalho em Organizações «Os colaboradores trabalham num site (local de trabalho equipado com TI que

permite o acesso local ou remoto de forma interactiva), e estão ligados a outros empregados que se encontram no mesmo site ou noutro geograficamente distante, mas pertencente à empresa, cliente ou parceiro. É neste contexto que se insere o trabalho distribuído ou cooperativo.» (Rodrigues,s.d.)

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Teletrabalho Nómada «É o tipo de teletrabalho adoptado por pessoas que viajam muito e que precisam

de estar constantemente ligadas à empresa, clientes ou outros. Trata-se, afinal de contas, do executivo do final do século, que apenas necessita de um computador portátil e de um telefone celular para se ligar.» (Rodrigues,s.d.)

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Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira semestral de Fontes de Informação Sociológica, pertencente à Licenciatura de Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Tem como objectivo central a submissão a avaliação em regime de avaliação contínua.

Como tema para este trabalho importava-me tratar um assunto que marcasse o nosso tempo, sendo assim de interesse pessoal e sociológico.

Teletrabalho é pois o tema do meu trabalho, que se insere na Sociedade da Informação. Devo frisar que, a escolha do tema para este trabalho levou algum tempo até ser bem conseguida. Logo de início optei pelo tema Barrigas de Aluguer, mas logo constatei que não seria um tema que me cativasse; assim sendo, decidi optar pela Sociedade da Informação. Como é óbvio este tema abrange uma infinidade de subtemas todos eles realmente interessantes abrangendo o trabalho, educação, saúde, ciência, economia, entre outros. Após algumas hesitações, avanços e recuos optei decididamente por tratar a vertente do trabalho.

O motivo da minha escolha prende-se com o facto de apesar de ser estudante, a verdade é que se avizinha o mundo do trabalho do qual farei parte, e nada melhor como já estudar uma forma de trabalhar como é o teletrabalho.

No decorrer do meu trabalho tentei dar a conhecer que realidade é esta, a sua origem, várias ligações que tem com outros ramos, vantagens e desvantagens e a situação em que se encontra em Portugal; pesquisei igualmente a situação de pessoas com necessidades especiais, a situação jurídica e a intervenção feita pelos meios de comunicação sobre o teletrabalho.

Numa fase posterior ao trabalho procederei à realização da ficha de leitura e avaliação da página da web seleccinada.

Numa última fase, apresentarei algumas conclusões a que cheguei, no que concerne, quer à essência do trabalho, quer às dificuldades sentidas na sua elaboração.

Por último, as referências bilbliográficas às quais o docente da discipina (Drº Paulo Peixoto) deu a devida importância; seguidas dos anexos que conterão os documentos que servirão para a realização da ficha de leitura bem como a avaliação da página da web.

Espero que este trabalho possa contribuir para uma maior aquisição de conhecimentos e que seja um contributo para quem o leia, visto que este trabalho se baseia numa linguagem acessível, qualquer que seja o leitor.

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1) Estado das Artes Neste Sub-Capítulo pretenderei caracterizar os diferentes tipos de

abordagem do tema que as fontes seleccionadas me permitiram. Deste modo procederei ao chamado Estado das Artes. Este consiste em:

“reunir, analisar e discutir as informações publicadas sobre o tema até ao momento que o trabalho é elaborado. O seu propósito é fundamentar teoricamente o objecto de investigação com bases sólidas, e não arbitrariamente. É o "pano de fundo" do problema de pesquisa. Compreende uma minuciosa busca na literatura, seleccionando-se e sintetizando-se ideias, estudos e pesquisas que se relacionem com problema investigado.” (Peixoto, 2004/2005)

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1.1) Desenvolvimento da Pesquisa

1.1.1) Origem do teletrabalho O teletrabalho, apesar de ser um tema actual, teve a sua origem nos anos 70. Foi

em 1973, na Califórnia do Sul, que Jack Nilles deu vida a este conceito, este modo de trabalhar mais flexível. Surgiu graças à reflexão do ex-cientista aeronáutico, o “pai do teletrabalho” sobre tal.

Nos anos 60, Jack Nilles trabalhava para a Força Aérea Norte-Americana e para a NASA como cientista aeroespacial. Entretanto, em 1970, começou a investigar uma forma das tecnologias poderem ajudar na resolução de problemas do “mundo real”. Nesse campo, elaborou um trabalho de perspectiva a 20 anos para o director da NASA visitando posteriormente os responsáveis do planeamento urbano. Tendo sido numa dessas visitas que um dos responsáveis lhe colocou a seguinte questão: “Se vocês conseguem colocar um homem na Lua, porque é que não ajudam a resolver este maldito problema do trânsito? Porque é que não arranjam uma forma das pessoas ficarem em casa a trabalhar em vez de se meterem nestes engarrafamentos para chegar ao emprego?” (s.a. , s.d.)

E foi esta questão que levou Nilles a reflectir e ver que se calhar isso não era impossível. Então começou a trabalhar sobre esta ideia, tendo ficado tão estimulado que passados dois anos saiu da empresa aeroespacial para se dedicar a um programa de investigação sobre teletrabalho e telecomutação na Universidade do Sul da Califórnia, a que chamou: “Desenvolvimento de uma Política de relacionamento entre telecomunicação e os transportes”. (s.a. , s.d.) Investigação esta que mais tarde viria a ter o apoio da National Science Fundation.

E foi deste modo, inicialmente, acidental ou casual que surgiu o teletrabalho pelas mãos de um dos mais conceituados vultos no que concerne a este tema.

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1.1.2) Conceito de Teletrabalho

O teletrabalho é uma nova forma de trabalhar, trabalho este que pode ser executada a partir de qualquer ponto geográfico, tornando desnecessárias as deslocações de casa para o trabalho e vice-versa.

O local de trabalho deve estar devidamente equipado de meios tecnológicos e informáticos para que deste modo se possa estabelecer contacto entre o teletrabalhador, a empresa, os clientes e outras entidades. (Marcos et al., 2002)

O emprego de tecnologias é o elemento básico e central desta forma de trabalhar.

O teletrabalho provocou mudanças sociais, se tivermos em conta que alterou o sistema laboral, o grau de autonomia e responsabilidade dos teletrabalhadores, processos tradicionais de selecção, as relações entre o teletrabalhador e as restantes entidades; em suma levou a alterações relativamente a organizações, instituições e papéis das entidades competentes.

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1.1.3) Teletrabalho vs Telecomutação

No que concerne a esta temática, estes conceitos: teletrabalho e telecomutação permeiam muitas dos artigos de jornal e revistas. São palavras que a priori se confundiriam como sendo sinónimos mas, na realidade, não o são e será importante para este trabalho estabelecer a devida distinção entre ambas.

Segundo Jack Nilles, aquando o nascimento destes conceitos, o próprio os diferenciou, dando-lhes uma definição própria.

“Por teletrabalho entendia, em geral, a substituição do trabalho que exige deslocação a um local de emprego por outro qualquer tipo de trabalho apoiado nas tecnologias da informação” e “por telecommuting (telecomutação) tinha em vista uma forma específica de teletrabalho, que diminui ou elimina a necessidade diária de quem trabalha se deslocar ao local de trabalho”. (GurusOnline, 2001)

No desabrochar dos anos 70 o objectivo do teletrabalho era enviar o trabalho para o teletrabalhador, referindo-se este termo a curtas distâncias, tratando-se de situações em que normalmente as pessoas ficam em casa ou trabalham num centro de teletrabalho. Quanto à telecomutação, o objectivo era a redução do número de pessoas que se deslocavam diariamente de casa para o trabalho nos seus carros.

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1.1.4) Teletrabalho vs Relações Sociais

Vivemos numa sociedade em que a distância já não é um problema, se tivermos em conta que, essa mesma deverá estar equipada com os meios necessários e que os indivíduos possam ter o devido acesso e condições para acederem às telecomunicações. Não podemos esquecer que, em certos casos apesar de uma sociedade estar bem equipada, isso não significa que, a população possa não ter possibilidade ou meios para aceder-lhes.

Numa Sociedade de Informação, como é a que decorre, praticamente já não existem fronteiras geográficas, os indivíduos têm a possibilidade de se relacionarem com qualquer pessoa de qualquer parte do mundo.

Toda esta mudança provocada pela Sociedade de Informação levou a uma grande mudança no que diz respeito às relações entre indivíduos. Já foi enunciada anteriormente uma grande mudança - a distância e como que consequência dessa mesma houve grandes alterações na modo como as pessoas se relacionam e comunicam entre si.

Se há uns anos as relações sociais estabelecidas passavam por um convívio, convívio este directo e imediato em que as pessoas estavam frente a frente para conversarem, hoje tal já não acontece. Actualmente as relações são cada vez mais curtas, momentâneas e casuais. (Rodrigues, s.d.) Pautadas talvez de um pouco de falsidade visto que na Internet e através de outros meios podemos criar uma personalidade nova com outros gostos, idade, altura, peso. Por vezes, serve de escape a pessoas com problemas de personalidade ou de obesidade, entre outros problemas, permitindo-lhes criar uma outra pessoa imaginária, que até gostariam de ser.

É preciso saber usufruir das vantagens das novas Tecnologias de Informação sem contudo deixar que elas nos controlem e alterem a nossa maneira de ser e de agir.

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1.1.5) Teletrabalho vs Novas Tecnologias

A introdução de Novas Tecnologias conduz indubitavelmente à cessação de postos de trabalho e mesmo de algumas profissões. No entanto, há o surgimento de novas profissões especialmente anexadas às novas Tecnologias de Informação e Comunicação.

As profissões qualificadas tendem a crescer cada vez mais, sendo alvo de maior procura e remuneração, em detrimento de outras de menor qualificação técnica.

Procurando combater o desemprego, os horários sofrem uma drástica mudança; os horários que, até aí eram brutalmente sobrecarregados, tornam-se mais flexíveis, ocupando a maior parte das vezes, apenas uma parte do dia ou da noite. A diminuição da carga horária e a valorização de aspectos pessoais e culturais têm conduzido ao aumento do tempo de lazer, situação bastante benéfica para os teletrabalhadores.

As Novas Tecnologias, ao serviço do emprego potenciam: aumento de emprego; criação de novos postos de trabalho relacionados com as Novas Tecnologias e geram novas formas de trabalho – teletrabalho.

É cada vez mais uma realidade trabalhar a partir de casa e, é neste contexto que surge o teletrabalho. Consiste numa nova forma de trabalho à distância, efectuado a partir de casa, telecentros, centros satélite, enfim de uma diversidade de lugares. O uso de tecnologias informáticas é o elemento central e essencial do trabalho.

É alvo de atracção para inúmeros trabalhadores mas, no entanto, não possui apenas aspectos positivos, acarreta também desvantagens. Como benefícios destacamos de entre muitos outros: maior flexibilidade de horários; maior comodidade; mais económico; permite a integração de trabalhadores com deficiências; e por fim, o trabalhador pode acompanhar mais a sua família. No reverso da medalha apresentamos: info-exclusão; solidão, uma vez que não há partilha nem discussão de ideias entre colegas de trabalho; nem todas as profissões permitem o teletrabalho; grande investimento pessoal nos meios tecnológicos necessários e persiste uma enorme dificuldade na separação entre o trabalho e a família.

Estima-se que, em 2030, o número de teletrabalhadores poderá ascender um milhão. (Infotil, 2006)

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1.1.6) Localização

O teletrabalho proporciona flexibilização e exteriorização. Assim sendo quase que se dá uma “nomadização” de tarefas e serviços e, neste ramo podemos considerar os diferentes locais onde um teletrabalhador pode executar o seu trabalho:

Em casa – o teletrabalhador trabalha a partir de sua própria casa, ligado a um escritório central ou sede da empresa onde trabalha;

Em Centros Satélite – estes centros satélite situam-se em local que não a

sede, pertencente a uma dada empresa que foi “deslocalizada”. Por norma a sua localização é próxima da residência do teletrabalhador, dadas as facilidades electrónicas e de comunicação que estão subjacentes;

Em Telecentros – são entidades criadas para a prestação remota de

serviços; estão devidamente equipados e poderão ser utilizados por outros utilizadores pertencentes e/ou independentes de diversas empresas;

Sob Formas Móveis – assenta no conceito de “escritório móvel”e, pode ser

feito a partir de qualquer sítio (avião, carro estação de serviço, hotel, café, restaurante, enfim de uma infinidade de locais). É portanto uma actividade efectuada por teletrabalhadores “nómadas”e que estão em permanente contacto com as empresas;

Sob Tele-Serviços – aqui são os clientes ou quem utiliza os serviços que

estão distantes, em que o teletrabalhador pode-se encontrar na empresa ou em qualquer outro local (região, cidade país);

Relativo à modalidade Centros Satélite e a este último, Tele-Serviços é

importante acrescentar que actualmente muitas empresas instalam os seus escritórios noutro país ou países, ou então, subcontratam empresas de Tele-Serviços de outros países. (Rodrigues, s.d.)

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1.1.7) Vantagens e Desvantagens

Teletrabalhador

VANTAGENS

Aumento de produtividade: o teletrabalho necessita de menos tempo para

produzir em casa, o que produziria no local de trabalho; (Pinel, 2004) Aumento de oportunidades profissionais: dados os meios tecnológicos, o

teletrabalhador facilmente poderá oferecer o seu trabalho tendo em conta as suas especialidades e o mercado de trabalho mais amplificado; (s.a., 2003)

Redução dos custos: inerentes a transporte, alimentação e vestuário;

(s.a., 2003) Maior autonomia: diminuição de constrangimentos hierárquicos; (Serra,

1995/1996 Ritmo do trabalho: possibilita a cada um a administração do seu tempo,

diminuição de “horas mortas”; (s.a., 2003) Maior flexibilidade na escolha de residência: desvinculando-se da localização

física do local de trabalho, pode escolher uma habitação num local oposto; (Pinel, 2004)

Retorno mais rápido depois de uma licença médica; (s.a., 2003)

Flexibilidade do horário; (Serra, 1995/1996)

Deslocações reduzidas; (s.a., 2003)

Harmonia familiar e profissional; (s.a., 2003)

Melhoria da qualidade de vida: com a diminuição do stress, flexibilidade

horária, maior contacto com a família, todos estes factores levam a uma melhoria significativa da qualidade de vida; (s.a., 2003)

Diminuição do stress: não havendo a necessidade de deslocação, o tempo que

ganha poderá ser útil para descansar e descontrair; (Pinel, 2004)

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Possibilidade de trabalhar a partir de qualquer ponto geográfico: pode

trabalhar num local mais calmo e harmonioso; (Marcos et al., 2002) Oportunidade única: integração na vida activa de pessoas com necessidades

especiais; (MSI, s.d.) Possibilidade de tornar-se trabalhador independente (Geocities, s.d.)

DESVANTAGENS

Isolamento social; (Pinel, 2004)

Diminuição do espaço em casa; (Geocities, s.d.)

Aumento dos custos pessoais; (Geocities, s.d.)

Redução de oportunidades sociais; (Serra, 1995/1996)

Falta de legislação: ausência de legislação específica, o teletrabalhador é

explorado e prejudicado; (Lázaro, s.d.) Desaparecimento da fronteira família e trabalho: torna-se muito difícil estar

em casa e não pensar na vida familiar; (Geocities, s.d.) Perda de regalias sociais: subsídios de refeição e deslocação, pagamento do

passe social; (Geocities, s.d.) Trabalho irregular; (Geocities, s.d.)

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Empresa

VANTAGENS Redução do número de ausências: dificilmente o teletrabalhador estará

ausente e faltará com o seu trabalho; (Pinel, 2004) Facilidade no recrutamento de indivíduos: não tendo em conta o local de

habitação; (Pinel, 2004) Redução de custos imobiliários: diminuição do espaço do escritório e custos

inerentes; (Pinel, 2004) Maior produtividade: diminuição de situações de stress e controlo, diminuição

do absentismo e aproveitamento do tempo; (Serra, 1995/1996) Maior competitividade; (MSI, s.d.)

Estruturação do trabalho: administração mais eficaz de fluxos de trabalho,

circulação electrónica de informação empresa -teletrabalhador; (s.a., 2003) Oportunidade para a empresa de operar 24 horas globalmente; (Pinel,

2004) Catástrofes Naturais: desde que estas não bloqueiem as telecomunicações, o

trabalho não necessita de interrupções; (s.a., 2003) Quebra de barreiras geográficas; (Lázaro, s.d.)

Crescimento da empresa (Geocities, s.d.)

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DESVANTAGENS

Falta de lealdade para com a empresa; (Pinel, 2004) Investimentos em equipamentos tecnológicos; (Serra, 1995/1996)

Aumento da vulnerabilidade; (Pinel, 2004)

Riscos de segurança e confidencialidade da informação; (s.a., 2003)

Aumento dos custos de formação; (s.a., 2003)

Resistência à mudança; (s.a., 2003)

Objecções dos sindicatos; (Pinel, 2004)

Aumento da insegurança laboral; (Geocities, s.d.)

Dificuldade em controlar e supervisionar; (s.a., 2003)

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Sociedade

VANTAGENS

Combate à exclusão social; (Serra, 1995/1996) Revitalização de subúrbios; (Serra, 1995/1996)

Desenvolvimento de áreas menos favorecidas: promove a descentralização do

trabalho; (Serra, 1995/1996) Continuação na vida activa: reformados, pré-reformados, presidiários;

(Geocities, s.d.) Maior utilização de mão-de-obra de pessoas com deficiências; (Pinel, 2004)

Maior utilização de mão-de-obra incapacitada temporariamente; (Pinel,

2004) Utilização de mão-de-obra geograficamente dispersa; (Lázaro, 2002)

Maior oferta de serviços; (Pinel, 2004)

Diminuição de valores imóveis; (Pinel, 2004)

Diminuição da poluição; (Pinel, 2004)

Descongestionamento do trânsito; (Pinel, 2004)

Redução no consumo de combustíveis e energia; (Marcos et al., 2002)

Redução de investimentos em infra-estruturas de transportes; (Serra,

1995/1996)

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DESVANTAGENS Info-exclusão; (s.a., 2003)

Desaparecimento de trabalhos colectivos; (Serra, 1995/1996)

Mercado imobiliário; (Geocities, s.d.)

Redução de tráfego em zonas comerciais; (Geocities, s.d.)

Falta de leis específicas; (Serra, 1995/1996)

Adaptações urbanísticas; (Geocities, s.d.)

Localização de empregos pouco qualificados e mal remunerados em zonas

pouco desenvolvidas; (Serra, 1995/1996) Aumento de assimetrias regionais; (Serra, 1995/1996)

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1.1.8) Teletrabalho em Portugal

O número de teletrabalhadores portugueses em 1997, seria cerca de 100.00

indivíduos, ou seja, cerca de 2,2% da força de trabalho. (Infotil, 2006) O teletrabalho em Portugal encontra-se numa fase de desenvolvimento,

considerando o Produto Interno Bruto e relacionando este indicador económico com o nível de desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação. Estando patente uma fragilidade nas componentes que permitem o teletrabalho.

Portugal encontra-se no grupo dos Países do Sul, tal como a Espanha e a Grécia, estando este último em desvantagem em relação a Portugal.

Para que o teletrabalho seja marcante no nosso país dado o seu sucesso é necessário: um maior acesso da população à Internet, uma mentalidade mais aberta por parte dos indivíduos, esforços públicos e governamentais para um maior grau de desenvolvimento do teletrabalho.

Será importante o desenvolvimento desta forma de trabalhar porque irá ser muito vantajoso no âmbito da competitividade, ferramenta de grande valor para as empresas. Contudo, o Governo desempenha um papel fulcral na introdução do teletrabalho, uma vez que este organismo do tecido social é responsável pela regulamentação e legislação, que clarificará e apoiará a adesão ao teletrabalho através da implementação desta na Administração Pública.

É tido como uma medida importante à promoção deste trabalho os “enquadramentos legislativos e organizacionais que reconheça e incentivem o teletrabalho. Fomentar a implementação de práticas de teletrabalho na Administração Pública nos casos de actividades que a tal se proporcionam, pela racionalização de recurso e pelo efeito de demonstração permite”. (MSI, s.d.)

Para além da implementação na Administração Pública, também pode proceder à sua divulgação através de políticas inerentes ao ensino, novas tecnologias e procedendo a aplicações na economia portuguesa.

Condicionantes ao desenvolvimento do teletrabalho em Portugal

As quatro grandes condicionantes ao desenvolvimento do teletrabalho são:

gestão das empresas, factores tecnológicos, analfabetismo informático e legislação.

Quanto à gestão de empresas, tem de se ter em conta as práticas prevalecentes nas empresas, muitas empresas ainda possuem um método tradicional de trabalhar sendo este um factor de inércia e resistência à mudança; a motivação de quem lidera; factores psicológicos e sociais por parte dos teletrabalhadores; a cultura organizacional porque com o teletrabalho emergirá uma redistribuição dos

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cargos/autoridades. Já Jack Nilles dizia que o principal problema do teletrabalho era a gestão e a cultura de poder.

A tecnologia é igualmente outra condicionante; com os avanços que se têm sentido a nível global, se as empresas forem marcadas por atrasos tecnológicos isso será uma entrave relevante, visto que o teletrabalho deverá fazer-se acompanhar dos avanços da tecnologia. É necessária uma disponibilidade financeira para o investimento nas Tecnologias de Informação e Comunicação e custo das telecomunicações e infra-estruturas.

O analfabetismo informático ainda se faz sentir, não tanto como há uns anos atrás porque foram introduzidas no plano de estudo das escolas a disciplina Técnicas de Informação e Comunicação, o que levou à diminuição da taxa de analfabetismo neste ramo. Contudo existem pessoas que não aderem ao teletrabalho dadas as suas limitações informáticas e tecnológicas.

Por último, a legislação em Portugal ainda não está bem vinculada no tecido laboral respeitante ao teletrabalho, o que não dá nenhum apoio e confiança às pessoas.

O teletrabalho ainda se encontra um pouco bipolarizado, fazendo-se sentir com mais força nas cidades metropolitanas do Porto e Lisboa, áreas estas economicamente mais ricas e consequentemente com maior poder de investimento tecnológico. (Marcos et al., 2002)

Em Portugal, o teletrabalho é mais apostado no design gráfico, programação, helpdesk, tradução e processamento de texto.

Apesar desta face menos positiva, não podemos esquecer uma minoria que tem contribuído por acções voluntaristas para a integração e expansão do teletrabalho. Em Portugal têm decorrido vários projectos, entre os quais merecem destaque o Porcide/Think, promovido pela Portugal Telecom que com este projecto pretendia integrar deficientes na vida activa. A Telemanutenção foi outro projecto e, foi o primeiro broker de trabalho português. (Infotil, 2006)

Jack Nilles afirmou que “emergirão novas profissões tais como “brokers” de teletrabalho, na área da telemanutenção, ciberbibliotecário”, profissões que se têm feito sentir a nível internacional e por vezes em Portugal.

Segundo Nilles se em 1997 existiam 100 mil pessoas teletrabalhadoras; já nesse ano previa que em 2005 existiriam mais de 200 mil e, em 2030 superariam o milhão. (s.a. , s.d.)

Dado este quadro podemos concluir que Portugal ainda se encontra numa situação quer económica, empresarial ou tecnologia um pouco deficitária o que inibe, à partida, o desenvolvimento do teletrabalho.

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1.1.9) Deficientes Físicos

O teletrabalho é uma porta imprescindível que se abre a portadores de

deficiências, quer motoras, quer físicas ou psicológicas. Deste modo, é-lhes concedida a oportunidade de se incluírem no mercado de trabalho. (MSI, s.d.)

Como o teletrabalho não implica deslocações é essa a sua maior vantagem para estas pessoas que na maioria das vezes estão impossibilitadas de se deslocarem. Fazem parte das notícias dos meios de comunicação as dificuldade e obstáculos que estas pessoas com necessidades especiais têm de enfrentar no seu quotidiano.

A sociedade em si não está preparada e devidamente provida de infra-estruturas que apoiem deficientes. Para nós, o simples facto de ir tomar café, ir às compras, à farmácia, à escola enfim uma série de actos e deslocações rápidos e fáceis para pessoas deficientes é algo extremamente complicado e por vezes impossível dadas as barreiras físicas. Os degraus são o seu pior inimigo; deveriam existir rampas nos cafés, lojas, farmácias e escolas mas tal nem sempre se verifica só em raras excepções. As infra-estruturas também deveriam estar adaptadas para estas pessoas e não apenas para as pessoas sem problemas (discriminação).

Apesar desta óptica pavorosa e insólita é claro que devo referir que, algumas das instituições referidas anteriormente têm dado o seu auxílio para a melhoria da qualidade de vida destes, construindo rampas nas entradas, implementando elevadores nos locais de ensino e de lazer entre outros.

Os transportes são outro componente hostil que fazem parte do plano de barreiras é raro conseguirem deslocar em transportes, quer públicos quer privados.

Assim, com o teletrabalho é-lhes dada uma perspectiva totalmente nova e sorridente, tendo em conta que este não envolve deslocações ou existindo são reduzidas, podendo trabalhar a partir de casa.

Deste modo, estas pessoas demonstram o seu potencial e valor através do trabalho que prestam; mostrando à sociedade que são uma parte activa da população.

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1.1.10) Sindicatos

No contexto em estudo, os sindicatos têm tido preocupações porque vêem o

teletrabalho como sendo uma ameaça ao emprego; forma de exploração e meio para afastar da empresa os teletrabalhadores facilitando mais tarde o despedimento destes mesmos. Encaram também o teletrabalho como fundamento para que mão-de-obra especializada entre no nosso país, ocupando postos de trabalho para a população portuguesa., agravando deste modo o desemprego. (Geocities, s.d.)

É de ressaltar o facto dos teletrabalhadores se encontrarem numa situação um pouco desprotegida e desvantajosa, visto que, a actividade sindical neste campo ainda se encontra reduzida, o que de certa forma impede a reivindicação por partes dos teletrabalhadores, dos seus direitos. (Marcos et al., 2002)

Direitos estes e deveres pautados de igualdade de tratamento; privacidade; segurança, higiene e saúde; período de trabalho; isenção de horário e ainda deveres secundários.

Futuramente, dado o desenvolvimento crescente do teletrabalho, de certo que a legislação neste ramo se desenvolverá.

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1.1.11) Proposta de Lei para a Regulamentação do

Teletrabalho em Portugal A proposta de lei presente é da responsabilidade da Interwork, que surgiu para

apoiar as pessoas com necessidades especiais, em 1997. Proposta de Lei: “Prestação de trabalho, com subordinação jurídica, habitualmente fora da

empresa e através do recurso As tecnologias de informação e de comunicação Consagra-se nomeadamente: – a igualdade de tratamento – o respeito da privacidade do teletrabalhador e dos tempos de descanso e de

repouso da família – Regras quanto à propriedade dos instrumentos de trabalho, sua instalação e

manutenção, bem como pagamento de despesas – Direito à participação e representação colectiva” (Sousa, 2003)

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1.1.12) Papel dos Media

Os media desempenham um papel fundamental no que concerne ao incentivo e

promoção do teletrabalho. Transmite uma imagem deveras positiva veiculando os aspectos mais positivos e atractivos desta forma de trabalhar. Socorrem-se igualmente da publicidade e outras imagens para incutirem determinados hábitos, acabando mesmo por, muitas vezes, conseguirem manipular as preferências e desejos dos indivíduos (telespectadores e consumidores). (Ferreira, s.d.)

Todavia, também dão a conhecer alguns problemas ou consequências, tais como: info-exclusão, solidão, carência de meios tecnológicos, entre muitos outros. Ou seja, os media tanto nos revelam o lado positivo como o lado negativo duma dada realidade, mantendo-se numa posição de imparcialidade (não deixando transparecer a sua preferência).

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1.2) Etapas da Pesquisa

No âmbito da realização deste trabalho e dentro do leque de temas sugeridos,

a minha escolha residiu na Sociedade da Informação, mais precisamente o Teletrabalho.

Quando decidi definitivamente o tema do meu trabalho começei logo a pesquisar na Internet, em Aveiro, uma vez que em Coimbra não tinha acesso. Todavia, e felizmente, a FEUC está muito bem equipada com computadores, tendo estes na sua maioria acesso à Internet. Contudo, com muita pena minha, só há duas semanas é que tive conhecimento de que no Piso 0 desta faculdade existiam imensos computadores com Internet. Perante o desconhecimento desta realidade, sempre que me foi possível dirigia-me à bilioteca da faculdade, sendo neste local que fazia as minhas pesquisas na Internet. Devo salientar que utilizei como palavras-chave ao longo de toda a minha pesquisa palavras como: teletrabalho; novas tecnologias relações entre pessoas; sociedade de informação teletrabalho; teletrabalho Portugal; teletrabalho legislação; vantagens e desvantagens e Jack Nilles e prós e contras.

Dada a importância da informação que os livros contêm, iniciei uma busca no catálogo da faculdade, através de uma pesquisa básica com o termo «teletrabalho». Nesta pesquisa obtive apenas 4 registos dos quais apenas dois me despertaram interesse, tendo sido: Redinha, 1998 e ainda Tavares, 1998; continuei a pesquisa com as restantes palavras-chave atrás referiadas mas, não obtive grandes resultados.

Continuei então a pesquisa na internet, procuando jornais que contivessem notícias relacinadas com o tema, o que foi difícil de encontrar. Ao longo da pesquisa encontrei em vários sites que faziam referência a entrevistas concedidas e publicadas numa versão original no suplemento XXI do Expresso na edição de 7/09/96 e na revista Exame Executive Digest, sendo que desta última na consegui obter informação quanto à data e número da sua publicação.

Os motores de busca em que me baseei para fazer a pesquisa foram o Altavista, Google, Yahoo e o Sapo. Devo salientar que os sites que me foram mais úteis, dada a fiabilidade, a quantidade e o formato dos documentos foram: o Google, Altavista e Yahoo. Permitem uma pesquisa avançada em que podemos escolher o tipo de informação, bem como a língua, formato, periocidade da informação entre muitas outras opções. Quanto ao Sapo, a pesquisa que este permite não é tão específica dando-nos todo um tipo de informação que se traduz muitas das vezes em ruído o que só dificulta o nosso trabalho.

Na pesquisa na internet, nos vários motores de busca inicialmente utilizei todas as palavras-chave que já referi, sem nenhuma especificação e como resultado obtive imensa informação; muita dela com ruído, ou seja interesse.

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Dado o número imenso de documentos que encontrei, optei por fazer uma pesquisa avançada em que me baseei em documentos em formato pdf, com palavras exactas e na língua inglesa e portuguesa; por este processo já obtive menos informação e mais fiável dado o seu formato pdf que lhe confine tal característica.

Em suma a Internet foi a minha fonte privilegiada, sem contudo, desprestigiar qualquer outro tipo de fonte. Todas as fontes têm a sua importância, é preciso saber analisá-la e contextualizá-la., sem

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2) Ficha de leitura

Título da Publicação:

Trabalho e Igualdade: Mulheres, Teletrabalho e Trabalho a Tempo Parcial Autora: Glória Rebelo

Local onde se encontra:

Biblioteca da Faculdade de Economia na Universidade de Coimbra Cota: 396 REB

Data da Publicação: 2002

Editora: Celta

Edição: 1ª Edição

Local de Edição: Oeiras

Título do Capítulo: O teletrabalho: O “novo trabalho no domicílio”

Número de páginas: 66 a 71

Assunto: Teletrabalho

Palavras-Chave: Teletrabalho

Data de Leitura: 16/01/2006

Área científica: Socilogia

Sub-área científica: Sociologia do Trabalho

Observações:

A leitura que realizei deste documento revelou-se imprtante na elaboração do meu trabalho para a compreensão de algumas vertentes. Contudo, trata-se de um sub-capítulo que abrange de forma muito superficial o tema do meu trabalho.

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A ficha de leitura apresentada corresponde a um sub-capítulo de um livro da autoria de Glória Rebelo. Notas sobre a autora:

Categoria Profissional: Professora auxiliar na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Quanto ao frau académico: Licenciatura em Direito Mestrado em Sistemas Sócio-Organizacionais da Actividade Económica Mestrado em Ciências Jurídicas Doutoramento em Sociologia Económica e das Organizações Interesses de Investigação: Sociologia Económica e das Organizações Direito da Informação Gestão de Recursos Humanos nos Serviços Direito do Trabalho Em suma, uma especialista no assunto em questão, tendo já publicado imensos livros. Resumo:

Este sub-capítulo abrange o teletrabalho como uma forma de trabalho

proporcionada pelos meios de comunicação, mas que não é recente e, está relacionado com evoluções no campo económico, sendo uma forma útil de trabalhar. São os meios informáticos e as telecomunicações que permitem o contacto entre o funcionário e o seu superior, ou seja, de uma forma indirecta.

As vantagens do teletrabalho que apresenta prendem-se com a empresa e com o trabalhador. No que diz respeito à empresa permite a redução de custos, uma melhor produtividade, flexibilidade. Quanto aos trabalhadores, é traduzido numa redução de custos, gestão da carga horária e ganha tempo já que não tem de se deslocar.

Muitas empresas consideram os conflitos familiares, que o teletrabalho gera, como desvantagem para si. Por vezes, esta forma de trabalho implica reorganizações da estrutura e da mentalidade, no que concerne as empresas.

Trata-se de uma forma de aumentar a produtividade, empregos e sobretudo a competitividade, podendo melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

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A partir dos anos 80 já começa a ser uma uma realidade inalterável nos países ocidentais.

É também apresentada como desvantagem o isolamento dos trabalhadores. Os teletrabalhadores podem ser subordinados ou então são independentes, sendo esta última categoria mais favorável aos olhos da segurança social.

A autora refere ainda que a qualidade de vida no trabalho é afectada por factores familiares, por vezes os teletrabalhadores sofrem pressões e não dispõem do ambiente mais indicado para trabalharem.

Em jeito de conclusão, algumas profissões permitem o teletrabalho e este tanto apresenta vantagens como desvantagens. Pontos fortes:

Dada estar presente uma linguagem simples e clara, considero que é um texto clarificador e transporta consigo grande importância respeitante ao teletrabalho. Serviu como fonte de informação para me apoiar na elaboração do trabalho. Pontos fracos:

Considero importante referiri neste tópico a superficialidade com que os assuntos são tratados. Se fossem abordados com mais profundidade, sem dúvida alguma, que seria um livro deveras com uma maior importância, no que conerne aos assuntos abordados. (Rebelo, 2002)

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3) Avaliação da página da Web

Http://www.teletrabalhador.com/

A página da Internet que seleccionei para avaliação, estando devidamente envolvida no tema do trabalho localiza-se em ‹http://www.teletrabalhador.com/› A minha escolha deveu-se ao facto de conter muita informação pertinente e aliciante. É uma página acessível a qualquer um dada a simplicidade e clareza com que está marcada e à sua estrutura simples.

De acordo com a minha avaliação, considero que se trata de uma página web fiável e de grande interesse, visto que trata o teletrabalho de uma forma simples, clarificante e a página em si chama a atenção a qualquer leitor, pelas cores e contrastes evidentes. É da autoria M. Fátima de L. Pinel, que entitula a sua página por “Teletrabalho” (Pinel, 2004)

Esta página apresenta outros links também eles interessantes; contém uma apresentação, contextualização, aplicações e até mesmo dados biográficos sobre a autora da página:

“é mestre em Auditoria pela UERJ - Universidade do Estado do Rio

de Janeiro, com formação em Ciências Contábeis (UERJ) e Análise de Sistemas (PUC-RJ), além de docente na UFF- Faculdade de Administração e Ciencias Contábeis, já tendo ministrado cursos de Graduação, Pós-Graduação e MBA em Administração, Auditoria de Sistemas, Ciências Contábeis, Engenharia e Informática em várias universidades.

Possui larga experiência no mercado como: Auditor de Sistemas, Analista de Suporte de Sistemas (Administração de Dados e Automação de Escritório em um grande banco), Consultora de Negócios, além de membro do GT: Mercado, Trabalho e Oportunidades da SOCINFO Programa da Sociedade da Informação no Brasil - Ministério da Ciência e Tecnologia, onde participou da elaboração do Livro Verde.

Em relação ao TeleTrabalho, além de ciberpesquisadora em segurança das informações nas aplicações em TeleTrabalho, possui artigos, apresentações e trabalhos publicados em eventos nacionais e congressos Internacionais sobre o assunto”

Podemos afirmar que a autora está devidamente integrada e é uma especialista

no que concerne ao teletrabalho. A última actualização foi efectuada em 2004, logo é uma página actual, correspondendo às minhas expectativas. As páginas carregam rapidamente contendo informação gratuita.

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Um aspecto que devo salientar é a ausência de indicação de fontes consultadas, o que é um aspecto negativo para a fiabilidade da página. Não tem um público-alvo específico, contudo penso que será de interesse acrescentado para futuros teletrabalhadores que deste modo terão contacto com a realidade do teletrabalho.

Portanto, foi um web site, escrito em português, que me foi bastante útil para a realizção do meu trabalho.

Contém bons conteúdos de informação respeitantes a este tema.

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4) Conclusão

As Tecnologias de Informação e Comunicação já são parte integrante da nossa sociedade, cunhando a realidade do século em que vivemos. Século este assinalado pela globalização da economia, mundialização dos mercados, novas Tecnologias da Informação e Comunicação e pelo teletrabalho.

O teletrabalho tem como ferramenta fulcral as tecnologias; (Infotil, 2006) assim sendo o desenvolvimento e integração do teletrabalho nas sociedades decorre a ritmos diferentes de região para região, sectores, empresas e indústrias. Situação esta que decorre do facto destas últimas estarem ou não equipadas tecnológica e informaticamente. (MSI, s.d.)

É nos Países Desenvolvidos que, a introdução e desenvolvimento às Novas Tecnologias já se fizeram sentir, que o teletrabalho existe em maior número. Estes países têm uma atitude cultural, social e empresarial mais aberta e poder económico, o que ajuda a difundir o teletrabalho.

Em contrapartida, o desenvolvimento tecnológico é menor nos Países em Vias de Desenvolvimento dada a sua carência económica. Estes países como são desprovidos de meios financeiros, a priori, o seu objectivo será assegurar a alimentação, habitação e saúde. Somente quando dispuserem de poder económico é que poderão pensar num investimento tecnológico e no teletrabalho. Infelizmente as ajudas (públicas ou privadas) prestadas a estes não chegam aos seus destinos, sendo extorquidas ou mal direccionadas. Quiçá num futuro ainda um pouco distante o teletrabalho possa fazer parte da realidade destas pessoas que aí habitam ou sobrevivem.

Não obstante aos sucessos referidos ao longo do trabalho, a disponibilidade de apoio comunitário e o empenhamento das autoridades públicas, o teletrabalho no nosso país ainda necessitam de avanços, devido ao desfavorecimento do papel das empresas e dos teletrabalhadores. Contudo, esta posição será solucionada aquando da internacionalização do tecido económico-social das NTI.

O teletrabalho é consequência de vivermos numa Sociedade de Informação recheada de tecnologias. Esta situação conduz-nos a uma alteração profunda das nossas relações sociais, uma vez que o nosso relacionamento com outras pessoas deixará de ser pessoal e com ”contacto” entre ambos e passará a ser através de meios tecnológicos e informáticos.

A grande mudança contida nesta nova forma de trabalhar passa pela mudança do modo como pensamos. É preciso ter presente que o modo de trabalho que a sociedade adquiriu da Revolução Industrial, ou seja, tradicional, está sentenciada ao desaparecimento.

As vantagens cada vez maiores, a flexibilidade proporcionada, e a mobilidade são factores que dão resposta aos problemas do nosso tempo.

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O teletrabalho é um sistema alternativo que revolucionou o trabalho e que conflui em harmonia com o homem moderno. Não advém de uma realidade desgarrada do contexto da qual vai ocorrer, mas sim como consequência inevitável do funcionamento da Sociedade de Informação.

A informação encontrada sobre este tema é muito densa, o que não facilitou a sua execução. Ao longo da sua estrutura tentei ser, tanto quanto possível, sucinta e determinar as fontes pertinentes.

Trata-se de um tema que marca a actualidade.

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5) Referências Bibliográficas

Livros

Rebelo, Glória (2002), Trabalho e Igualdade: Mulheres, Teletrabalho e Trabalho a tempo Parcial. Oeiras: Celta Redinha, Maria Regina Gomes (1998), O Teletrabalho. Coimbra Tavares, Luís e Pereira, Manuel (2000), Nova economia e tecnologias de informação: desafios para Portugal. Lisboa: Universidade Católica

Páginas da Internet Ferreira, Álvaro Henrique de Souza (s.d.), “Novas tecnologias de informção e comunicação eo teletrabalho”. Página consultada a 20 de Dezembo de 2005, disponível em ‹ http://www.tamandare.g12.br/teletrabalho.htm› Geocities (s.d.), “Bolsa de Emprego”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/2482/› GurusOnline (s.d.), “Bolsa de Estudo”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.geocities.com/victorod.geo/› GurusOnline (2001), “Gurusonline – Português”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.gurusonline.tv/pt/conteudos/nilles3.asp› Infotil (2006), “Apresentação ao trabalho”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.fototelas.com.pt/apresenta.htm› Infotil (2006), “Jack Nilles em Portugal – I Lisboa uma cidade que tem de se colocar no mapa do teletrabalho”. Página consultada a 20 de Dezembro

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de 2005, disponível em ‹http://www.fototelas.com.pt/jack_nilles_em_portugal__i__lis.htm › Lázaro, Carlos Manuel Freitas (s.d.), “As empresas na sociedade da informação”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.ipv.pt/millenium/ect12_inf.htm› Marcos, Vanda; Leonor, Célia e Soares, Clara (2002), “O conceito de teletrabalho foi inventado por Jack Nilles em 1973...”. Página consultada a 27 de Dezembo de 2005, disponível em ‹http://www.jornalistasdaweb.com.br/pmc_teletrabalho.doc › MSI – Missão para a Sociedade da Informação (s.d.), “Livro Verde da Sociedade da Informação”. Página consultada 21 de Dezembro de 2005, disponível em ‹ http://www.di.uminho.pt/~mac/9697/si/lv01.html› Peixoto, Paulo (2004/2005), “Fontes de Informação Sociológica”. Página Consultada a 15 de Novembro de 2005, disponível em ‹http://www4.fe.uc.pt/fontes› Pinel, M. Fátima de L. (2004), “Teletrabalho”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.teletrabalhador.com/› Rodrigues, Adriano Duarte (s.d.), “Adriano Duarte Rodrigues, as novas tecnologias da informação e a Experiência”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://ubista.ubi.pt/~comum/rodrigues-adriano-novas-tecnologias.html› Rodrigues, Victor (s.d.), “Glossário”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.geocities.com/victorod.geo/gloss.html› (s.a), 2003, “Teletrabalho”. Página consultada a 21 de Dezembro de 2005,dosponível em ‹http://www.dlt.pt/_serv_teletrabalho.asp› (s.a.) (s.d.), “A estória contada em directo”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.janelanaweb.com/reinv/nilles6.html›

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Serra, Paulo (1995/1996), “Paulo Serra, O Teletrabalho – conceito e implicações”. Página consultada a 20 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://ubista.ubi.pt/~comum/jpserra_teletrabalho.html› Sousa, Maria José (2003), “Telecentro.org – Documentação”. Página consultada a 27 de Dezembro de 2005, disponível em ‹http://www.telecentro.org/documentacao/teletrab_mjs.asp ›