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FACULDADE DE FILOSOFIA,CIÊNCIAS E LETRA- UENP
JACAREZINHO- PARANÁ
LIDERCI BORDIN
CADERNO TEMÁTICO
AVALIAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
IBAITI 2011
3
SUMÁRIO
IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................. 02
APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 03
PROCEDIMENTOS.......................................................................................... 05
PESQUISA ...................................................................................................... 07
TEXTO 1
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AVALIAÇÃO .................................................. 13
TEXTO COMPLEMENTAR ............................................................................. 16
TEXTO 2
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM – ONTEM E HOJE .................................. 18
TEXTO 3
TIPOS DE AVALIAÇÃO – QUANDO E COMO DEVEM SER UTILIZADAS .... 23
TEXTO COMPLEMENTAR ............................................................................. 27
TEXTO 4
O PAPEL DO ERRO NA AVALIAÇÃO .............................................................. 30
TEXTO COMPLEMENTAR .............................................................................. 38
TEXTO 5
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ............................................ 43
TEXTO COMPLEMENTAR................................................................................ 48
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 61
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 63
2
IDENTIFICAÇÃO TÍTULO Avaliação como elemento para aprimorar o processo ensino
aprendizagem na disciplina de ciências da educação fundamental do Colégio
Estadual Coronel Joaquim Pedro de Oliveira.
AUTORA: Lidercí Bordin ESCOLA DE ATUAÇÃO: Colégio Estadual Coronel Joaquim Pedro de Oliveira. E.F.M. MUNICÍPIO DA ESCOLA: Japira NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: Ibaiti ORIENTADOR: Jorge Sobral da Silva Maia DISCIPLINA/ÁREA (entrada no PDE): Ciências PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: Caderno Temático RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR: Pedagogia PUBLICO ALVO : Professores das diversas disciplinas e equipe pedagógica. LOCALIZAÇÃO: Colégio Estadual Coronel Joaquim Pedro de Oliveira , rua Rui Barbosa, nº 696- centro- Japira- Paraná.
3
APRESENTAÇÃO
Este trabalho é o resultado de uma das etapas propostas pelo Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE, ofertado pela Secretaria de Estado da
Educação do Paraná. Programa inovador que tem por objetivo a formação
continuada dos profissionais da educação, em parceria com as Instituições de
Ensino Superior, no meu caso a UENP – Universidade do Norte do Paraná –
Campus de Jacarezinho – Paraná.
O Caderno Temático é uma produção didático-pedagógica que terá como
finalidade utilizá-lo como material de apoio durante o processo de implementação do
Projeto de Intervenção no Colégio Estadual Coronel Joaquim Pedro de Oliveira -
Ensino Fundamental, séries finais - cidade de Japira, pertencente ao Núcleo
Regional de Educação da cidade de Ibaiti- Paraná – ano 2011.
Nele estarão contidos textos específicos relacionados ao tema do Projeto de
Intervenção: Avaliação no Ensino de Ciências, onde o estudo sobre a avaliação
será um elemento para aprimorar o processo ensino aprendizagem da disciplina.
A intenção não é construir uma nova proposta de avaliação, visto que ao
interagir com vários modelos percebeu-se que a escola tem o conhecimento de
muitos, o que falta talvez seria a melhor aplicação destes modelos.
Este estudo tem o desejo de auxiliar todos aqueles que almejam melhorar a
aprendizagem dos alunos, fazendo da avaliação uma aliada, que promova
aprendizagem e produza conhecimento.
Não podemos permitir que ela continue com a fama de exclusão escolar. Ela
é necessária à formação do nosso educando. Precisamos, então, fazer com que
nossa prática educacional esteja conscientemente preocupada com a promoção da
transformação social e não com a sua manutenção de forma inconsciente e não
refletida.
O que levou a aceitar este tema foi em virtude de presenciar não somente na
na escola der atuação, como também ouvir de professores de outras escolas uma
realidade muito comum. Pois na maioria de nossas escolas a avaliação ainda é
refém de uma concepção psicométrica da inteligência, isto é, a avaliação é encarada
como a medida da diferença entre o que o aluno produz e o que o professor ensinou
durante certo período de tempo. A busca por provas objetivas, a elaboração de
4
testes de rendimento escolar, formas de avaliações padronizadas, a classificação
dos alunos em fortes, médios e fracos, são práticas claramente amparadas na
orientação psicométrica, que continuam sendo empregadas até hoje. Na prática
escolar decorrente dessa concepção, o ato de avaliar permanece de modo geral
centrado na busca de informações quantitativas e precisas, a partir das quais são
atribuídas classificações aos alunos e tomadas de decisões unilaterais sobre suas
competências, seus conhecimentos, suas possibilidades de continuar ou não
aprendendo. (SMOLE,2004,p12de24).
Na Lei 9394/96 , verifica-se que não prioriza o sistema rigoroso e opressivo
de notas parciais e médias finais no processo de avaliação escolar. Para LDB,
ninguém aprende para ser avaliado, aprende-se para compreender o mundo em que
vive. Prioriza a formação básica do cidadão, isto é, o desenvolvimento da
capacidade de aprender, tendo como recursos básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo e a compreensão do ambiente natural e social, dos sistemas
políticos, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
Não esquecendo também do direito ao desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos, de habilidades e da
formação de atitudes e valores. A LDB ainda ao se referir à verificação do
conhecimento escolar, determina que sejam observados os critérios de avaliação
contínua e cumulativa da atuação e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais.
Assim, a avaliação do processo ensino- aprendizagem, entendida como
questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela
perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos
metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do
ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita
aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.
Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o
desenvolvimento dos processos cognitivos. Então o que está acontecendo? A Lei é
clara. Onde está acontecendo o insucesso? Será necessário a retomada para rever
certamente as concepções de ensino aprendizagem, de educação e de escola,
apoiado em princípios e valores comprometidos com instituição de aluno cidadão.
É fundamental que todo educador problematizem a sociedade, a educação, a
escola, a sua atuação como sujeitos sociais, históricos e construtores de qualidade
5
educacional, e um mundo melhor. Se todos almejam esse mundo melhor, como
sujeitos sociais que somos, por que não começar dentro das escolas, adotando um
melhor conhecimento sobre as metodologias referentes ao sistema de avaliação.
A quem cabe acompanhar a aprendizagem do aluno é o professor, e este
será o público-alvo da implementação, portanto deve-se conhecer os elementos
determinantes da avaliação no ensino de ciências no Colégio Estadual Coronel
Joaquim Pedro de Oliveira, ensino fundamental de 5ª a 8ª série, buscando
compreender como essa se realiza e como contribui com o processo ensino
aprendizagem através:
Buscar alternativas para mudanças na prática docente em relação à
avaliação.
Procurar elementos para auxiliar na concepção de que a avaliação está
intimamente ligada ao ensino aprendizagem.
Colaborar em ações que levem ao desenvolvimento da autonomia do
aluno, que é indissociavelmente social, moral e intelectual.
Com o auxílio das literaturas consultadas, analisando e refletindo sobre os
meios avaliativos que venham aplicar, nós professores, podemos apurar e melhorar
nossas formas de avaliação e, portanto nos tornar mais justos na apreciação das
diversas aprendizagens de nossos alunos. Uma ressalva, nós professores, não
somos “santos milagreiros” nossa missão, será melhor realizada, quando se
investirem melhor em nossa formação continuada.
PROCEDIMENTOS
Para que haja entendimento, será proporcionado aos professores da escola,
foco desse trabalho, espaço para estudos em grupos de textos selecionados que
venham atender as questões problematizadoras.
Para auxiliar e reforçar cada tema apresentado serão fornecidos subsídios
com o objetivo de levar o leitor à reflexão, que consistirá em:
a) Problematização Inicial: avaliar a realidade do grupo, fazendo uma
reflexão sobre a prática, socializando experiências, com a finalidade de
observar os diferentes entendimentos e concepções acerca do assunto
tratado. Isso será avaliado através do questionário diagnóstico.
6
b) Aprofundamento Teórico: apresentar elementos teóricos articulando
teoria e prática possibilitando estabelecer novas relações e compreensões
sobre o tema abordado por diferentes autores. Isso acontecerá com os
textos escolhidos: nº 1; 2; 3 e 4.
c) Atividades complementares e de apoio: são textos, a respeito do
assunto em foco, que visam socializar o conhecimento construído e
facilitar o trabalho.
d) Questões para refletir e responder: tem como objetivo analisar os
conhecimentos obtidos através do estudo dos textos apresentados e
mobilizando os múltiplos recursos oferecidos, capacitando-o a identificar e
resolver problemas e responder aos desafios inerentes à prática.
A técnica de estudo utilizada será o de grupo de estudos com reuniões fora
do horário de trabalhos, isto é, aos sábados com duração de 04 (quatro) horas por
encontro, somando uma carga de 32 (trinta e duas) horas entre a preparação do
material e a execução do mesmo. A realização ficará entre os períodos de agosto a
novembro de 2011.
Durante a implementação, será realizado um diário de todas as ações
pertinentes, para que se obtenha uma avaliação final deste período. Com a
realização do artigo finaliza-se como resultado da implementação.
Utilizando da problematização inicial, será aberta a página de atividades com
o questionário diagnóstico.
Aos professores, colegas de trabalho desta instituição, vamos através deste
questionário, conhecer um pouco da prática docente no Ensino Fundamental (5ª a
8ª)série, do Colégio Estadual Coronel Joaquim Pedro de Oliveira, situado na cidade
de Japira, pertencente ao NRE de Ibaiti - Paraná.
Se puder contribuir com as suas experiências, serão de inestimável valia.
Necessitam optar pela sua identificação, em virtude do trabalho ser realizado apenas
nesta escola. Esperamos que suas respostas seja francas, mesmo que considere o
tema delicado ou difícil de ser abordado.
7
PESQUISA
Este questionário fez parte de um estudo que a autora Tania Zagury realizou
em vários estados brasileiros. Este trabalho veio contribuir com a proposta de
implementação. Algumas questões foram modificadas devido à atualidade da
comunidade escolar.
QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO DADOS PESSOAIS Marque um “X” no parêntese correspondente I - Sexo 1.( ) Masculino 2.( ) Feminino II - Idade 1.( ) Tenho entre 19 e 24 anos 2.( ) Tenho entre 25 e 30 anos 3.( ) Tenho entre 31 e 40 anos 4.( ) Tenho entre 41 e 50 anos 5.( ) Tenho mais de 50 anos III - Grau de instrução ( marque apenas o mais alto grau concluído.) 1.( )Nível Médio 2.( ) Nível Superior 3.( ) Especialização/ Aperfeiçoamento 4.( ) Mestrado 5.( ) Doutorado 6.( ) Pós-Doutorado IV - Há quantos anos leciona? 1.( ) até 5 2.( ) entre 6 e 10 3.( ) entre 11 e 15 4.( ) 16 ou mais V - Atualmente você trabalha em: 1.( ) Escola Pública 2.( ) Escola Particular 3.( ) Em ambas VI - No momento, em que nível você leciona? (Pode marcar mais de um, se for o seu caso.) 1.( ) 1ª à 4ª série 2.( ) 5ª à 8ª série 3.( ) Ensino Médio
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VII - Que matéria está lecionando este ano? ( Só responda esta questão, se for professor de 5ª série em diante.) 1____________________________________ 2.____________________________________ 3.___________________________________ VIII - Tem formação específica para o exercício do magistério? 1.( ) Sim, curso de Formação de Professores - Nível Médio 2.( ) Sim, Licenciatura ou Pedagogia 3.( ) Sim, em Nível de Mestrado ou Doutorado 4.( ) Não tenho formação específica para o magistério. RESPONDA, MARCANDO COM UM “X” NA COLUNA OU PARÊNTESES OU DE ACORDO COM O QUE SE PEDE: A)Na sua experiência, qual a MAIOR dificuldade do professor EM SALA DE AULA
hoje?( se desejar marque a que considera a maior.) 1.( ) A escolha da metodologia adequada a cada unidade ou aula. 2.( ) Dominar o conteúdo de sua disciplina 3.( ) Manter-se constantemente atualizado em sua disciplina. 4.( ) Fazer a avaliação dos alunos. 5.( ) Motivar os alunos 6.( ) Manter a disciplina em sala 7.( ) Usar recursos audiovisuais 8.Outra .Qual_____________________________________________________
B)Escreva, a seguir, a CAUSA a que você atribui essa dificuldade apontada no item
anterior. (CASO HAJA MAIS DE UMA, enumere, de forma objetiva, e em ordem de importância, as 3 principais) 1ª __________________________________________________________ 2ª __________________________________________________________ 3ª___________________________________________________________
C)De modo geral, considera que, nas escolas em que atua ou atuou, seus pontos de
vista pedagógicos são ouvidos e levados em conta ( em cada uma das linhas abaixo, marque um “x” a opção que melhor descreve a sua experiência): Sempre Muitas vezes Raramente Nunca 1.Pelos demais professores
2.Pela direção 3.Pela Eq.Ped.
9
D) Considera-se apto e / ou motivado a trabalhar com os temas transversais abaixo relacionados, propostos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996? ( Para cada tema marque “SIM” ou “NÃO”, tanto na coluna referente a APTO como na referente a MOTIVAÇÃO.) TEMA APTO MOTIVADO SIM NÃO SIM NÃO 1.Cidadania 2.Ética 3.Ed. Sexual 4.Preservação ao uso de drogas
5. Preservação do Meio Ambiente
E) Marque com um “X” a coluna adequada, de acordo com o que pensa a respeito
das afirmativas que se seguem: AFIRMATIVA VERDADEIRA FALSA 1.A reprovação traumatiza o aluno, impedindo seu progresso posterior
2.A reprovação só causa danos se for injusta e o aluno não tiver tido real oportunidades de aprender
3. Em toda turma sempre vai existir um percentual de aluno que não querem estudar e por isso tem que ser reprovados
4. A melhor escola é aquela em que o aluno encontra professores amigos e ambiente agradável, porque mais importante é a relação afetiva.
5. A boa escola é aquela que ensina valores e conteúdo, levando o aluno a ter melhores oportunidades na vida, profissionalmente e pessoalmente
6. Bom professor não é o que ensina, mas o que leva o aluno a “aprender a aprender”
7.Bom professor é aquele que tem conteúdo, sabe transmiti - lo e relaciona – se bem com seus alunos
8.O uso de recursos audiovisuais variados garante uma boa aprendizagem
9.Atualmente a aula expositiva é um recurso ultrapassado que não deve ser usado
10. A melhor forma de aprender é através do trabalho de grupo 11. A melhor forma de conseguir disciplina é dar uma prova bem difícil
12.A melhor forma de disciplinar é conseguir motivar o aluno, através de aulas que trabalhem temas ligados à realidade da vida
13.A maior parte das inovações educacionais que chegam às escolas raramente trazem progresso verdadeiro para os alunos
14. Corrigir provas ou trabalhos com caneta vermelha causa danos emocionais ao aluno
15. Passar tarefas para o aluno fazer em casa sobrecarrega o aluno e desmotiva
F) Marque um “X” na coluna “SIM” ou na coluna “NÃO”, de acordo com os seus
hábitos, habilidades e atitudes. HÁBITOS, HABILIDADES E ATITUDES SIM NÃO 1.Sei confeccionar material impresso (álbum seriado,mural, apostila,etc.)
10
2.Sei fazer transparências utilizando canetas apropriadas 3.Sei utilizar o retroprojetor 4.Sei utilizar aparelhagem de som para CD 5.Sei utilizar a TV Pendrive 6.Sei utilizar os programas de computadores (Windows....) 7. Sei utilizar um computador acoplado a um sistema multimídia 8.Quando preciso, sei conectar-me à internet e navegar 9. Leio diariamente pelo menos um jornal 10. Assisto diariamente a jornais falado (TV) 11.Sou assinante de uma revista de Educação 12. Leio, por ano, pelo menos dois livros sobre Educação 13.Leio, semanalmente uma revista tipo Veja, Época, Isto É, Exame,etc.
14.Leio, por mês, pelo menos um livro de Literatura (ficção, romance, poesia, suspense etc.)
15.No último ano, estive em pelo menos um encontro sobre educação ( seminário, congresso, semana pedagógica.)
G) Nas escolas em que trabalha ou trabalhou, os professores de forma geral, atuam
efetivamente, em sala de aula, de acordo com os pressupostos pedagógicos oficialmente adotados pela escola? 1. ( ) Sim, mas somente porque há supervisão direta à ação docente. 2. ( ) Sim, porque consideram fundamental haver unidade e coesão pedagógica. 3. ( ) Não, na maioria dos casos cada um trabalha do jeito que quer, quando está
em sua sala. 4. ( ) Não, na minha escola não há linha pedagógica claramente determinada,
cada um ensina como quer.
H) Em sua escola, que tipos de planejamento pedagógico são utilizados? ( Se trabalha em mais de uma escola, opte pela escola na qual se encontra no momento em que responde a esse questionário.) 1. ( ) Plano de Trabalho Docente 2. ( ) Plano de Curso 3. ( ) Plano de Unidade 4. ( ) Plano Bimestral
I) Costuma participar dos planejamentos conjuntos das escolas em que trabalha?
(MARQUE APENAS UMA, a que melhor representa a sua situação) 1. ( ) Sim, acho muito importante. 2. ( ) Sim, mas só porque sou obrigado, acho que fica só no papel. 3. ( ) Quando vou, fico apenas de “corpo presente”, porque não acho que tenha
utilidade. 4. ( ) Falto sempre que posso, acho desnecessário.
J) Costuma planejar suas aulas ( Plano de Aula)?
1. ( ) Sempre 2. ( ) Às vezes 3. ( ) Raramente 4. ( ) Nunca
K) O que você mais utiliza em sala, para dar aulas ( MARQUE APENAS UMA, a
11
mais usada): 1. ( ) Exposição oral 2. ( ) Trabalho em grupo 3. ( ) Trabalho individual
L) Qual dos recurso abaixo você utiliza em sala de aula, além do quadro – de – giz
(para CADA recurso, marque um “X” na opção adequada à frequência de utilização):
RECURSO Usa muito Usa às vezes Raramente usa Não usa 1. TRANSPARÊNCIAS 2.FILMES 3. TV PENDRIVE( dvd, pendrive) 4. INTERNET (consulta ) 5-COMPUTADOR (digitação) 6-:REVISTA EDUCACIONAL 7- BIBLIOTECA 9- MURAL/ CARTAZES
M) Quais os instrumentos de avaliação que você utiliza?
1. ( ) Testes orais e escritos 2. ( ) Reavaliação de conteúdo 3. ( ) Produção de textos 4. ( ) Trabalhos individuais e em grupos 5. ( ) Resumos 6. ( ) Simulados 7. ( ) Pesquisas 8. ( ) Correção de exercícios 9. ( ) Relatórios 10. ( ) Questões objetivas 11. ( ) Questões subjetivas 12. ( ) Seminários (exposição, seguida de debates) 13. ( ) Cartazes/Mapas 14. ( ) Debates 15. ( ) Apresentação de trabalhos 16. ( ) Maquetes 17. ( ) Preenchimento de Apostilas 18. ( ) Desenhos/Pinturas 19. ( ) Jornal Falado 20. ( ) Portfólio 21. ( ) Testes Relâmpagos 22. ( ) Aula Prática 23. ( ) Jogos Práticos
Obs.: Antes de responder a esta questão informe-se sobre algumas
orientações sobre:
AVALIAÇÃO FORMATIVA
12
O termo avaliação formativa se refere a uma “concepção de avaliação,
entendida como aquela que tem como propósito a modificação e a melhora contínua
do aluno que se avalia; quer dizer, que entende que a finalidade da avaliação é ser
um instrumento educativo que informa e faz uma valoração do processo de
aprendizagem, seguido pelo aluno, com o objetivo de lhe oportunizar, em todo
momento, as propostas educacionais mais adequadas,” (ZABALLA-1999).
A avaliação formativa tem como base a formação integral do aluno e não
apenas sua formação cognitiva.
N) Com relação à avaliação qualitativa ( formativa), você:
1. ( ) Sabe trabalhar bem com ela e utiliza sempre, porque é a melhor forma de avaliar
2. ( ) Tem algumas dúvidas a respeito, mas usa do modo que sabe, porque acha positivo
3. ( ) Sabe fazer, mas não utiliza por não acreditar nessa forma de avaliação 4. ( ) Não sabe utilizar direito, por isso não utilizados 5. ( ) Não sabe utilizar, nem acredita nesta forma de avaliar
O) Na escola em que trabalha, a avaliação é feita através de notas ou conceitos?
1. ( ) Nota 2. ( ) Conceito
P) Quando usa conceitos:
1. ( ) Quando realiza provas 2. ( ) Quando realiza atividades de portfólio 3. ( ) Nunca trabalhei com conceito
Q) Utiliza RECUPERAÇÃO PARALELA em seu trabalho diário?
1. ( ) Sempre, é fundamental 2. ( ) Às vezes, quando tenho tempo 3. ( ) Raramente, é quase impossível na situação em que trabalho 4. ( ) Não utilizo
R) Utiliza ou já utilizou AUTO – AVALIAÇÃO com seus alunos?
1. ( ) Sim 2. ( ) Não
Caso tenha respondido “SIM” na questão anterior, participe desta agora. S) Se já utilizou AUTO – AVALIAÇÃO com seus alunos, o que achou?
1. ( ) Excelente recurso, a maioria dos alunos são muito conscientes e justos, por isso continuo
2. ( ) Deixei de usar, porque menos de 50% dos alunos costumam ser justos em relação ao seu próprio desempenho
13
3. ( ) Uso outros critérios também, porque apenas em poucos casos o julgamento do aluno coincide com o meu
4. ( ) De modo geral, os melhores alunos costumam ser mais severos na avaliação do próprio desempenho, enquanto os de rendimento mais baixo são mais complacentes consigo próprios, por isso não uso
TEXTO 1 A Evolução Histórica da Avaliação (Colaboração do Caderno Temático de Aparecida do Carmo Ribeiro Favero -2008,texto 1) O ser humano é o único animal que precisa da intervenção do outro para
sobreviver. Precisa aprender a fazer a leitura da realidade tanto objetiva, quanto
subjetiva, para que a partir dela, ter a possibilidade de tomada de consciência. A
formação humana é a responsável por esse processo e se realiza independente do
processo de escolarização ou da escola.
O processo de humanização teve início nos primórdios da civilização, com o
desenvolvimento da comunicação, da linguagem, do registro, da preservação da
memória, da transmissão dos conhecimentos de uma geração a outra, até chegar ao
desenvolvimento das ciências e da produção do conhecimento.
Para construir sua história e sobreviver o homem precisou transformar
intencionalmente a natureza, através de instrumentos e da ação, que é o trabalho.
Segundo Ciavatta:
Nesse intercâmbio com a natureza, o ser humano produz os bens de que necessita para viver, aperfeiçoa a si mesmo, gera conhecimento, padrões culturais, relaciona-se com os demais e constitui a vida social […]. O ser humano cria e recria os elementos da natureza que estão ao seu redor e lhes confere novas formas, novas cores, novos significados […]. A produção da existência humana e a aquisição da consciência se dão pelo trabalho, pela ação direta sobre a natureza. O trabalho é a atividade fundamental pela qual o ser humano se humaniza, se cria, se expande e se aperfeiçoa (S/D)
Ao adquirir os conhecimentos produzidos socialmente os indivíduos se
humanizam, uma vez, que o currículo das aprendizagens humanas são aquelas
vivências que propiciaram a evolução humana, através da demanda de habilidades
que foram desenvolvidas nesse processo. A instrumentalização é gradual e
necessária à conquista da autonomia. Portanto, a escola, ao aprovar um aluno está
certificando que o mesmo se apropriou (aprendeu) de todos os conhecimentos
14
ensinados até então.
Ao falar em aprovação, torna-se imprescindível falar de avaliação. Muitos
educadores têm enfrentados sérios problemas ao desenvolver o trabalho
pedagógico, em decorrência dos novos conceitos e novas relações, que a avaliação
escolar tem assumido nesse momento histórico atual.
O sistema de avaliação adotado hoje é resultado de um longo processo
histórico. Baseado em estudo realizado por LIMA (2008)1 é possível verificar que
através dos tempos a avaliação serviu a interesses diversos. Na antiguidade, em
algumas tribos os adolescentes deveriam passar por provas, antes de serem
considerados adultos. Na China, 360a.c. os exames tinham a finalidade de
selecionar candidatos ao serviço público. O texto bíblico, no livro dos Juízes 12: 5,7
faz referência ao exame oral.
Em Esparta, entre os gregos, as provas eram físicas e de resistência, através
de jogos e competições.
A arguição ou questionamentos orais, ainda utilizados na escola, tiveram
origem em Atenas, com a maiêutica (processo de conceituação) de Sócrates.
Na idade média, período marcado pela expansão da espiritualidade e da fé,
com predomínio do modelo tradicional, dos dogmas, os pensamentos mais
valorizados pela escola eram a atenção, a memorização e a repetição. Por volta do
ano de 1225, dá-se o surgimento das universidades com a finalidade de formar
professores.
O humanismo surge no Renascimento. O humanismo cristão traz grande
contribuição para a avaliação através da orientação psicológica, que buscava
atender as diferenças individuais do aluno de forma a prepará-lo para a vida a partir
de seus interesses, necessidades e aptidões. Já o humanismo pagão que mais tarde
daria origem ao pensamento moderno, exaltava a individualidade humana.
Na idade moderna, a difusão dos escritos da antiguidade e a invenção da
imprensa contribuíram para o desenvolvimento das atividades intelectuais, além da
fundação de escolas (religiosas) e criação de bibliotecas. O principal foco da
avaliação está na arguição e nos exames orais.
Na idade Contemporânea, final do século XVII, o Estado absorve a educação
da criança, surge então a necessidade de construir um sistema educativo. Surgem
as correntes pedagógicas e com elas os exames institucionalizados. Surgem duas
vertentes: a Didática Magna, de Comenius que vê no exame um lugar de
15
aprendizagem e de verificação da mesma (dimensão pedagógica) e o Guia das
Escolas Cristãs, de La Salle que propõe o exame como supervisão permanente
(controle do ensino), cujos resultados eram usados para reprimendas ou estímulos
(dimensão de controle).
A avaliação, como sinônimo de provas e exames, foi trazida ao Brasil pelos
Jesuítas.
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1- Estudo de outras fontes.
Texto Complementar: LIMA, Sandra Vaz de. A Trajetória da Avaliação da
Aprendizagem no Brasil. Publicado em (30/11/2009-p,1) -Contexto histórico da
avaliação escolar. Disponível no site http:// www.artigonal.com. Acesso em
03/07/2011.
ATIVIDADE 2- Com base nos textos estudados, analise o processo histórico da
avaliação e trace um paralelo com a avaliação realizada no momento atual.
TEXTO COMPLEMENTAR
16
Concepção de Avaliação na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional).
LEI N. 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961
Art. 39. A apuração do rendimento escolar ficará a cargo dos estabelecimentos de
ensino, aos quais caberá expedir certificados de conclusão de séries e ciclos e
diplomas de conclusão de cursos.
§ 1º Na avaliação do aproveitamento do aluno preponderarão os resultados
alcançados, durante o ano letivo, nas atividades escolares, asseguradas ao
professor, nos exames e provas, liberdade de formulação de questões e autoridade
de julgamento.
§ 2º Os exames serão prestados perante comissão examinadora, formada de
professores do próprio estabelecimento, e, se este for particular, sob fiscalização da
autoridade competente.
LEI N. 5.692 - DE 11 DE AGOSTO DE 1971
Art. 14. A verificação do rendimento escolar ficará, na forma regimental, a cargo dos
estabelecimentos, compreendendo a avaliação do aproveitamento e a apuração da
assiduidade.
§ 1º Na avaliação do aproveitamento, a ser expressa em notas ou menções,
preponderarão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados
obtidos durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta seja exigida.
§ 2º O aluno de aproveitamento insuficiente poderá obter aprovação mediante
estudos de recuperação proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento.
LEI N.9.394 - DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
Art.24. Parágrafo V. A verificação do rendimento escolar observará os seguintes
critérios:
17
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;e) obrigatoriedade de estudos de
recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo
rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus
regimentos;
FONTE: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=102368
Tarefa- Após verificar o que determina cada uma destas, a Lei de Diretrizes da
Educação com referência à avaliação, quais semelhanças e quais mudanças
ocorreram de uma para outra?
TEXTO 2 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM- ONTEM E HOJE O que diferencia o ser humano dos demais seres vivos é a razão, isto é, a
capacidade de antever ou prever suas ações, ou seja, refletir, planejar, avaliar,
reavaliar, mudar e agir em função dessa previsão. Portanto, podemos dizer que
estamos avaliando, constantemente, desde o momento em que passamos a ter o
domínio da linguagem e ter interação com o meio e com o outro, assim, estamos em
permanente processo de aprendizagem.
Avaliar “significa diagnosticar e intervir, o que quer dizer praticar a
investigação sobre o que está acontecendo, tendo em vista proceder a intervenções
adequadas, sempre para a melhoria dos resultados” (LUCKESI, 2005, p.8).
18
A avaliação escolar é um processo pelo qual se observa; se verifica; se
analisa; se interpreta um determinado fenômeno (construção do conhecimento),
situando-o concretamente quanto aos dados relevantes, objetivando uma tomada de
decisão em busca da produção humana. Segundo Luckesi (1995, p.148).
O ato de avaliar tem, basicamente três passos: conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da realidade. Comparar essa informação com aquilo que é considerado importante no processo educativo (qualificação). Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados.
As mudanças ocorridas na educação exigem mudanças na prática avaliativa e
que se busque uma educação de qualidade, isso significa que o sistema educativo e
os educadores devem fazer com que o aluno aprenda e se desenvolva individual e
coletivamente, garantindo o acesso, a permanência e o sucesso, mesmo sabendo
que nem sempre essas práticas condizem com a teoria. É importante refletir sobre
as ações pedagógicas, em que elas podem contribuir e quais as consequências, na
escola hoje.
Para a compreensão das mudanças ocorridas na avaliação do processo
educativo é essencial que se faça um caminhar na sua trajetória, isto é, rever a
avaliação ontem e hoje.
Baseado em estudo elaborado pela escritora Tania Zagury o relato da
avaliação de ontem baseia no princípio de que ela era feita apenas através de
provas, com isso o professor não se sentia inseguro. Um pouco de história.
Até mais ou menos a década de 1970, no Brasil, os alunos eram avaliados de
forma muito uniforme;
1- Havia um programa único para todo o país, vindo do MEC, e cada
professor era responsável apenas pelos conteúdos da matéria que lecionava ( não
se falava em interdisciplinaridade nem em integração curricular à época).
2- Anualmente o MEC enviava, a todas as escolas brasileiras da rede oficial
e oficializada, provas únicas, que todos os professores aplicavam e corrigiam
segundo uma tabela, também enviada pelo MEC.
3-As provas de redação eram corrigidas seguindo outra tabela, que
considerava não somente a parte gramatical como também as ideias expressas pelo
aluno.
4- As notas variavam de 0 a 100 (primeiras séries ou o antigo primário) e de
19
0 a 10 (para ginásio e científico).
5- Apenas os que tivessem 50% de acertos ou mais eram aprovados; os que
não conseguissem iam para a “segunda época”.
6- A segunda época era uma nova oportunidade que os alunos tinham de
refazer estudos, rever a aprendizagem e a avaliação. Durava um mês (geralmente
em janeiro) e, ao final, os alunos faziam nova prova.
7-Quem não obtivesse o estipulado para aprovação depois dessa segunda
chance ficava automaticamente reprovado.
8- O aluno podia ficar em segunda época até no máximo em três matérias;
mais do que isso era reprovado, sem direito à segunda época.
9-Havia também prova oral, além da escrita, com “ponto” (tema) sorteado na
hora, sobre o qual o aluno deveria discorrer, “explicitando tudo o que sabia sobre” ou
abordando aspectos que o professor determinasse.
O professor sentia-se seguro porque elaborar questões baseadas apenas no
conteúdo desenvolvido em sala de aula é evidentemente mais fácil do que avaliar
aspectos tão complexos que vão desde a formação de hábitos e atitudes, passando
pelo desenvolvimento de competências cognitivas, afetivas e sociais.
È o que se espera seja feito pelos professores hoje.
Não se trata de discutir que tipo de avaliação deve ou não ser feita, qual a
melhor ou a mais moderna. Trata-se, sim, de verificar quais são as reais condições
de trabalho dos professores e, daí, repensar o que pode resultar da aplicação de
medidas que não possam efetivamente ser realizadas com qualidade.
A questão é: o ensino vem melhorando desde que se adotou a avaliação
qualitativa? Os alunos mostram maior domínio das habilidades necessárias à
sobrevivência no século XXI? A decisão fica entre:
1- Continuar a “tentar” avaliar qualitativamente, sabendo que o professor nem ao
menos conhece o rostinho de cada um de seus alunos, além de sabermos também
que, nas atuais condições em que trabalha, ele não tem mesmo tempo de fazê-lo
adequadamente (o que já resultou, e ainda continuará resultando, em queda de
qualidade)?
2- Voltar a usar apenas a avaliação, que mede conhecimentos e competências
cognitivas, porque isso o professor pode ao menos fazer de forma mais bem – feita?
Ou
3- Mudar a realidade das salas de aula, e infra-estrutura das escolas, prover
20
treinamento adequado para os professores e, aí sim, continuar, ou melhor, começar
a fazer verdadeiramente avaliação qualitativa? Avaliação qualitativa segundo
LUCKESI (2005)
[…]. Avaliação, por ser avaliação, é qualitativa. O termo avaliação provém de dois componentes latinos---”a” e “valere”---, que juntos querem dizer “atribuir valor a alguma coisa”, ou seja, atribuir qualidade a alguma coisa.[...]. No caso da aprendizagem, são dados do desempenho do estudante na sua aprendizagem dos conteúdos; são dados da realidade de sua aprendizagem.
Assim, vemos que a avaliação, na maioria das vezes, tem sido utilizada
muito mais com o objetivo de quantificar o que o aluno aprendeu, do todo que lhe foi
transmitido.
O que se preconiza atualmente como avaliação moderna.
1-Com referência ao termo avaliar – que ganhou nova e mais complexa
dimensão- fazendo nítida distinção entre “medir conhecimentos” e “avaliar
desempenho”. “Medir” (o que/quanto o aluno aprendeu) passou a designar uma
forma insuficiente e negativa de verificar a aprendizagem, e em geral se relaciona,
na prática, ao uso de provas e testes apenas. O segundo termo é utilizado quando
se deseja fazer menção à maneira desejável de se verificar se os objetivos do
ensino e da aprendizagem foram alcançados. Incluem variados instrumentos, como
provas, testes, trabalhos individuais e de grupo, observação através de fichas e
auto-avaliação.
2- Os “programas oficiais” foram substituídos por “sugestões de conteúdos
curriculares mínimos”, depois pelos denominados “parâmetros curriculares
nacionais”. Essas mudanças têm um cunho evidentemente mais abstrato e, portanto,
são habilidades menos observáveis em termos operacionais.
3- As “notas”, até então utilizadas, foram substituídas em alguns estados
brasileiros por conceitos (que assumiram nomenclaturas variadas ao longo dos
anos).
4-Avaliar, na nova concepção, inclui, além de resultados do desempenho
mensurável (escrever corretamente, fazer cálculos, resolver problemas etc.), outras
aprendizagens até mais importantes, como a aquisição de competências nas áreas
cognitiva, afetiva, psicomotora e social, aspectos qualitativos que, segundo a própria
LDB, devem preponderar sobre os quantitativos. Isso tem significado na prática, que
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um aluno com rendimento abaixo do mínimo exigido na parte de conteúdo
propriamente dito (em geral em torno de 50%), mas que é educado, polido,
esforçado e atento, que é excelente em música ou esportes, pode ser promovido à
série seguinte, mesmo que demonstre deficiências em leitura ou cálculos.
5- Também se tornou fundamental, ao avaliar, considerar os progressos do
aluno em relação a si próprio, não em relação ao grupo, conceito calcado na
Psicologia, que condena a “competição” entre os alunos. A classificação do
rendimento dos alunos, a “premiação” dos melhores com medalhas ou com
“estrelas” coladas em cadernos, relações nominais hierarquizadas em murais, todas
foram descartadas e consideradas nocivas, estressantes e prejudiciais do ponto de
vista emocional; ainda segundo essa teoria, tais práticas desestimulam os alunos
com desempenho mais baixo e podem afetar sua auto – estima.
Alguém já disse que “o ótimo é inimigo do bom”. Infelizmente, muitos são os
que, ao se “apaixonarem” por uma ideia, esquecem o mais importante: para mudar é
preciso antes criar as condições infraestruturais para que a mudança de fato possa
ocorrer. Caso contrário, continuaremos a mudar, a mudar e a mudar... Mas só na
aparência e na nomenclatura. Ou, mais grave ainda, mudaremos sempre para pior
em termos de qualidade final.
O que acarretou essas mudanças?Segundo a mesma autora:
Há cerca de três décadas, a prova era considerada “o” instrumento de
avaliação. Era prova escrita, prova oral, prova e mais nada. Hoje, se preconiza uma
avaliação mais ampla. Afirma-se que as provas não avaliam nada, só “medem”
conhecimento, o que poderia induzir a injustiças com o aluno.
“Prova não mede nada”: mais uma meia - verdade. Porque, entre uma prova
muito bem elaborada do ponto de vista didático (que pode avaliar altos níveis de
competência e saber, dependendo da forma como é elaborada) e a avaliação
qualitativa como tem sido (mal) feita, a prova pode ser um instrumento mais justo,
especialmente porque mais viável – ao menos enquanto não mudam as condições
atuais de trabalho do professor.
Uma prova bem elaborada é um ótimo instrumento de avaliação, se
seguirem todas as suas etapas didáticas: 1) elaboração adequada e abrangente; 2)
resultados analisados de forma a detectar unidades não suficientemente trabalhadas
e que necessitam, portanto, de mais aulas ou do uso de outras técnicas de ensino;
3) utilização dos resultados da análise das provas para elaborar estratégias de
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recuperação e melhorar deficiências de aprendizagem reveladas.
Se utilizada dessa forma, uma prova muitas vezes é um instrumento de
avaliação mais preciso do que uma avaliação qualitativa em que se utilizam
trabalhos de grupo, eventualmente provas e fichas de observação ( em que o
professor lança conceitos médios para todos, porque não pode na verdade observar
o desempenho individual). Porque feita dessa forma, a avaliação qualitativa, na
verdade, de qualitativa tem apenas o nome.
A questão que me parece essencial, diz Zagury, na situação atual das
escolas brasileiras, é encarar a realidade que temos e escolher, entre as duas
alternativas acima, a que menor prejuízo traz à qualidade do ensino. O que não se
pode continuar a fazer em encontros, congressos, seminários e cursos é discursar
sobre a forma ideal de avaliar, ignorando a realidade – enquanto o professor fica
ouvindo e pensando:
Que lindo! Ah, que maravilha, se eu pudesse fazer assim!!! Mas não dá, e eles não sabem, por isso insistem; que pena! Como eu continuo com trezentos alunos, correndo feito louco de um lado para o outro, então vou ter que continuar fazendo do jeito que dá...
O que significa que alguns vão continuar a fazer um arremedo, isto é de
forma grotesca a avaliação qualitativa, enquanto outros continuam dando suas
provas, por vezes mal elaboradas – é o que sabem e o que conseguem fazer.
Segundo Zagury, não se pretende entrar na discussão do mérito, validade,
concordância ou correção das teorias que sustentam os itens verificados. São,
porém, pressupostos que vigoram oficialmente. É importante, relembrar o que os
professores, faziam e o que tiveram que passar a fazer, em termos de avaliação.
ATIVIDADES ATIVIDADE 01- Estudo de um texto complementar do mesmo autor para possíveis reflexões.
ZAGURY, Tânia. Tema: Técnicas de ensino. Livro: O Professor Refém, 9ª edição. São Paulo: Record, 2009.p.189-200. ATIVIDADE 02- Discuta no grupo os seguintes questionamentos e registre uma conclusão:
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a) Como é o nosso aluno?
b) Quem somos nós, os professores, que fazemos esta escola?
c) Qual nosso papel como profissional da educação?
d) O que buscamos no ensino de nossa disciplina?
e)O que significa formar um cidadão hoje?
f) O que adotamos e o que descartamos na prática de nossa avaliação, levando em
conta as orientações citadas na avaliação tradicional e na moderna?
TEXTO 03 TIPOS DE AVALIAÇÃO... QUANDO E COMO DEVEM SER UTILIZADAS
1. No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como
meio de diagnóstico do processo ensino – aprendizagem quanto como instrumento
de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica. Segundo (LIMA, 2002-)
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem
por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a
respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao
conhecimento.
É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se
estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais
especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente,
documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares. (DCE,
2008, p.33)
24
Conforme a determinação da LDB, Lei nº 9394/96, na seção I, das
Disposições Gerais, Art.24, item V, a verificação do rendimento escolar do aluno
observará os seguintes critérios:
a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) Possibilidades de aceleração de estudo para alunos com atraso escolar; c)Aproveitamento de estudos concluídos com êxito; d)Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência, paralelos ao período letivo, para casos de baixo rendimento escolar e, a serem disciplinados pelas instituições de ensino, em seus regimentos;
Entende-se que o aluno não pode ser avaliado num momento isolado do
resto do processo, e que a avaliação não é o ponto alto do bimestre, como se todas
as outras atividades tivessem que ser realizadas com seriedade e aplicação porque
aqueles conteúdos vão cair na prova.
A avaliação só se por processo contínuo. Da parte do professor, diz respeito
à observação diária, à atenção dirigida ao que o aluno faz ao que diz ao modo como
reage às diversas situações na sala de aula. Como se comporta ao enfrentar certos
conteúdos, em que aspectos demonstra maior ou menos facilidade, quanto cresceu
em relação aos comportamentos anteriores, como interage com a turma... e assim
por diante.
O texto da Lei indica que, além de contínua, a avaliação seja cumulativa.
Isso significa, em outros termos, que não se compartimentalizem os saberes
segundo os meses em que são trabalhados. Que os instrumentos e as formas de
avaliação priorizem uma visão global das matérias estudadas, levando o aluno a
utilizar as competências que foi adquirindo em outros meses, em outras séries. Que
as questões ou situações-problemas sejam abrangentes, interligando os saberes
estudados.
No que se refere na pontuação da lei quanto a haver prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, este é um aspecto crucial no
entendimento da noção de avaliação da LDB, pois evidencia que a verificação do
rendimento não está diretamente vinculada à aprovação ou reprovação dos alunos,
mas sim, não limitar o olhar do que avalia aos conteúdos que podem ser
objetivamente mensuráveis e quantificáveis. Isso não quer dizer que, no momento
de definir se um aluno tem condições de ser promovido para etapa seguinte, o
professor não opte por verificar (de maneira objetiva) se o aluno possui os
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conteúdos mínimos, ou se desenvolveu as aptidões necessárias para vir a aprendê-
los.
Outra consequência do processo de avaliação da aprendizagem é a
recuperação de estudos, que diz a respeito que é direito daqueles que não
conseguiram aprender com os métodos adotados pela escola, em um determinado
tempo, que terão uma nova oportunidade de aprender o conteúdo que o mesmo não
teve aproveito.
Quanto aos critérios, nos permitem acreditar, de todo modo, que a avaliação
deve estar voltada para a promoção, e não para a estagnação: é o momento para
possibilitar ao aluno demonstrar o que sabe, para permitir-lhe avançar. (RAMAL,
1998)
O professor e os tipos de avaliação:
A referência aos termos avaliação diagnóstica, formativa e somativa,
segundo Haydt, foram diferenciadas e utilizadas por Michael Scriven, mas se
difundiram a partir de Bloom, Hastings e Madaus.
A avaliação diagnóstica é realizada no início de um curso, período letivo ou
unidade de ensino, com a finalidade de verificar se o aluno tem ou não domínio dos
pré-requisitos necessários, ou seja, se possuem os conhecimentos e as habilidades
mínimas para as novas aprendizagens.
É também utilizada para detectar problemas de aprendizagem e possíveis
causas. Essa investigação possibilita ao professor determinar quais os
conhecimentos e habilidades devem ser retomadas, antes de iniciar os conteúdos
programados para o período em questão, pode ainda fornecer subsídios para a
formação ou remanejamento de turmas ou de alunos.
A avaliação formativa tem a função de controle, é realizada durante todo o
decorrer do período letivo, com a finalidade de verificar se o aluno atingiu os
objetivos propostos, ou seja, visa determinar se o aluno pode avançar nas etapas
propostas, gradativamente.
Esta muito associada ao mecanismo de feedback, na medida sem que
permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar,
possibilidades de aperfeiçoamento e reformulação do trabalho didático, bem como
possibilita ao aluno conhecer seus erros e acertos e possibilidades da melhoria,
inclusive propondo um trabalho de recuperação paralela, com base nesses
resultados.
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A avaliação somativa, tem a função classificatória, é realizada ao final de
um curso, período letivo ou unidade de ensino, com a finalidade de classificar o
aluno de acordo com seu nível de aprendizagem ou aproveitamento, com vistas à
promoção para outra série, etapa ou grau de ensino.
Essas formas de avaliar estão intrinsecamente ligadas, e para que o
processo de ensino e de aprendizagem seja eficaz, o professor deve fazer uso de
todas, de acordo com o fim a que se destinam.
Na prática, muitos professores, ainda não conseguem, sequer, diferenciar
um tipo de avaliação da outra, não têm clareza das definições e do momento
adequado de utilizá-las, portanto, se não existe a familiaridade com os termos é
porque não estão sendo vivenciados e ainda continuam como meras definições.
ATIVIDADES
Atividade 1- Estudo de outras fontes.
Texto complementar: GATTI, Bernadete, A . O Professor e a Avaliação em Sala de
Aula- Estudos em Avaliação Educacional, n.27, jan-jun/2003, p.100-109.
Finalidade: reflexão sobre a condução de processos avaliativos em sala de aula.
Atividade 2 - Analise a formação profissional que recebeu: quantas e quais
disciplinas lhe deram conhecimento e sustentação para avaliar seus alunos de
maneira eficiente.
TEXTO COMPLEMENTAR
"A Arte do Feedback"
Dar e/ou receber feedback exige domínio de suas técnicas, veja as dicas abaixo:
A Arte e a Importância de Recebermos Feedback
O que é Feedback?
Feedback é o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a
melhorar seu desempenho no sentido de atingir seus objetivos. O principal objetivo
dele é para ajudar outra pessoa a alcançar seus objetivos de maneira mais efetiva.
Tipos de Feedback
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1. Feedback construtivo: é a informação que ajude as pessoas a decidirem se
seus comportamentos tiveram os efeitos pretendidos.
2. Feedback positivo: é a informação que reforça os comportamentos através da
comunicação de que eles tiveram os efeitos pretendidos.
3. Feedback negativo: é a informação que desencoraja comportamentos através da
comunicação de que eles não tiveram os efeitos pretendidos.
Como pode ser obtido?
1. Aberto: é obtido através de perguntas e de observação, durante a realização de
exercícios e testes. Mostra o que o ouvinte captou e o que não captou. Pode ser
falsificado.
2. Velado: é obtido através da prática de observar a reação do ouvinte a estímulos
externos. Pode se obtido na sua expressão, posição, movimentos e atitude.
"não importa o que os outros fazem a você. O que importa é o
que você faz e com o que fazem a você.”
Para ter eficiência, o feedback deve ser:
1. Descritivo ao contrário de ser um processo de avaliação: ao relatar um evento,
sem julgamentos, reduzem-se as possibilidades de reações defensivas. Quem ouve,
usa o dado e a informação como julgar conveniente;
2. Específico ao contrário de verbalizar uma generalização: "na última reunião você
fez o que tem feito outras vezes, deixou de ouvir a opinião dos demais e novamente
fomos forçados a aceitar sua decisão". Ao verbalizar desta maneira, indicou-se o
28
comportamento na determinada reunião e em outras, porém, não se acusou a
pessoa de "controlador ou autoritário".
Compatível com as motivações e objetivos de ambos (emissor e receptor): quando
atende apenas ao interesse de desabafo do emissor pode ser muito destrutivo, de
acordo com a agressividade presente, irritação ou raiva.
4. Direcionado a esferas de atuação em que o receptor tenha possibilidade de
aperfeiçoar: características pessoais, idiossincrasias, limitações de raciocínio e
outras manifestações individuais não podem ser apontadas como falhas, mas
toleradas como próprias daquele indivíduo.
5. Solicitado, desejado e oportuno: é útil quando os observadores podem ajudar e
mais próximo do comportamento ou fato em questão.
6. Referir-se à pessoa presente: falar no próprio nome e não fazer referências a
terceiros - "muita gente já falou sobre isso de você". O feedback serve para
aperfeiçoar o comportamento de alguém em relação a nós e nosso grupo.
Como receber feedback
1. Ouça cuidadosamente e evite interromper.
2. Saiba que é incômodo e, às vezes, até doloroso. Respire fundo para relaxar os
músculos.
3. Faça perguntas se precisar esclarecer alguns aspectos. "Como eu faço ou
digo para você me ver como agressivo?"
4. Reformule o que o outro está lhe dizendo, para que confira se ouviu e
entendeu.
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5. Reconheça o que é correto e adequado no "feedback". Concordar que seus
relatórios estão atrasados é bem diferente de concordar que você é irresponsável.
6. Assimile, com calma e tempo, o que ouviu. Peça tempo para pensar, se
necessário.
Outros
1. Seja oportuno: Para que seu feedback seja eficaz, ele deve ser antes de mais
nada, absorvido por quem o recebe. Portanto, é preciso ser oportuno e saber o
momento adequado de transmiti-lo. O ideal é que ele seja dado logo após a
ocorrência de um fato. Desta forma, será possível resgatar ações e comportamentos
ainda presentes para os envolvidos. No entanto, recomenda-se que esta conversa
ocorra quando os ânimos estiverem sob controle. Em certos processos, recomenda-
se que uma reunião formal seja realizada, mas no nosso dia-a-dia podemos manter
a cultura de dar e receber feedback; as pessoas são mais abertas e receptivas ao
feedback, especialmente quando sabem que, também delas, espera-se receber
feedback.
2. Baseie-se em fatos concretos: O feedback eficaz tem que ser isento de
impressões pessoais. Não "assuma" nada em relação ao desempenho e ações
alheios. Formule o seu feedback seguindo uma sequencia lógica: ele deve ser
fundamentado em fatos concretos, e mencionar o impacto da ação sobre os
negócios e as pessoas.
Fonte: www.isadoracosta.blogspot.com 27/07/2008. Acesso em 11/07/2011.
TEXTO 4 - O PAPEL DO ERRO NA AVALIAÇÃO
Texto retirado do caderno temático sobre o título: Avaliação Formativa. - Professora
PDE- Aparecida Clavero Camargo- 2008- Curso de Pedagogia.
Fragmento do Texto: LUCKESI, Cipriano Carlos. Prática Escolar: DO ERRO COMO
FONTE DE CASTIGO AO ERRO COMO FONTE DE VIRTUDE, In: Avaliação da
30
Aprendizagem
Escolar: estudos e proposições. 18 Ed. - São Paulo: Cortez, 2006, p.48-59.
A visão culposa do erro, na prática escolar, tem conduzido ao uso permanente
do castigo como forma de correção e direção da aprendizagem, tomando a
avaliação como suporte da decisão. Todavia, uma visão sadia do erro possibilita sua
utilização de forma construtiva.
O castigo escolar a partir do erro
As condutas dos alunos consideradas como erros, têm dado margem na
prática escolar, tanto no passado como no presente, às mais variadas formas de
castigo por parte do professor, indo desde as mais visíveis até as mais sutis. À
medida que se avançou no tempo, os castigos escolares forma perdendo seu
caráter de agressão física, tornando-se mais tênues, mas não desprovidos de
violência.
No passado, em nossa prática escolar, castigava-se fisicamente. No Sul do
país, era comum um professor utilizar-se da régua escolar para bater num aluno que
não respondesse com adequação às suas perguntas sobre uma lição qualquer. No
Nordeste brasileiro, esta mesma prática era efetivada por meio da palmatória,
instrumento de castigo com o qual o professor batia na palma da mão dos alunos. A
quantidade de “palmadas” dependia do juízo desse professor sobre a possível
“gravidade” do erro. O castigo físico, noutras vezes, dava-se pela prática de colocar
o aluno “de joelhos” sobre grãos de milho ou de feijão, ou ainda de mandá-lo para
frente da classe, voltado para a parede e com os braços abertos. Pequenos
martírios!
Uma forma intermediária de castigo, entre o físico e o moral, era deixar o
aluno “em pé”, durante a aula, enquanto os colegas permaneciam sentados. Neste
caso, era castigado fisicamente, pela posição, e moralmente, pelo fato de tornar-se
visível a todos os colegas a sua fragilidade. Era a exposição pública do erro.
Hoje essas formas de castigar são raras; porém, o castigo não desapareceu
da escola. Ele se manifesta de outras maneiras, que não atingem diretamente o
corpo físico do aluno, mas sua personalidade, sendo, no sentido em que Bourdieu
fala em seu livro A reprodução, uma “violência simbólica”.
Uma forma de castigar um pouco mais sutil que as anteriores, que existiu no
31
passado e ainda existe, é a prática pela qual o professor cria um clima de medo,
tensão e ansiedade entre alunos: faz uma pergunta a um deles, passando-a para um
segundo, terceiro, quarto, e assim por diante, gerando tensão nos alunos que podem
vir a serem os subsequentes na chamada. Deste modo, a classe toda fica tensa, já
que cada um espera ser o próximo.
Esse modo de conduzir a docência manifesta-se com um viés mais grave
ainda, porque o professor normalmente não está interessado em descobrir quem
sabe o que foi ensinado, mas sim quem não aprendeu, para poder expor
publicamente aos colegas a sua fragilidade. […] Este, coitado, treme de medo e de
vergonha. O “forte” na lição é elogiado e o “fraco”, ridicularizado. […]
Existiam e existem, ainda, castigos como: ficar retido na sala de aula durante
o recreio ou intervalo entre uma aula e outra; suspender o lanche; realizar tarefas
extras em sala de aula ou em casa. [...]
[…] outras formas mais sutis de castigar tem sido utilizadas ainda hoje, tais
como: gozação com um aluno que não foi bem; a ridicularização de um erro; a
ameaça de reprovação; o teste “relâmpago”, como tem sido denominado aquele que
é realizado para “pegar os alunos de surpresa”. [...]
O castigo que emerge do erro - verdadeiro ou suposto – marca o aluno tanto
pelo seu conteúdo quanto pela sua forma. As atitudes ameaçadoras, empregadas
repetidas vezes, garantem o medo, a ansiedade, a vergonha de modo intermitente. A
postura corporal de defesa, que o aluno assume, manifestada pela dificuldade de
respirar enquanto fica na expectativa de ser o próximo da chamada, é uma
expressão clara dessa tensão. […]
A partir do erro, na prática escolar, desenvolve-se e reforça-se no educando
uma compreensão culposa da vida, pois, além de ser castigado por outros, muitas
vezes ele sofre ainda a autopunição.[...]. Nem sempre a escola é a responsável por
todo processo culposo que cada um de nós carrega, mas reforça (e muito) esse
processo. [...]
Haverá muito trabalho psicológico futuro para que as crianças e os jovens de
hoje se libertem de suas fobias e ansiedades, quem foram se transformando em
hábitos biopsicológicos inconscientes. Hábitos criados pelo medo que, com certeza,
não serve para nada mais do que garantir uma submissão internalizada. O medo
tolhe a vida e a liberdade, criando a dependência e a incapacidade para ir sempre
em frente.
32
O clima de culpa, castigo e medo, que tem sido um dos elementos da
configuração da prática docente, é um dos fatores que impedem a escola e a sala de
aula de serem um ambiente de alegria, satisfação e vida feliz. Assim, as crianças e
os jovens rapidamente se enfastiam de tudo o que lá acontece e, mais que isso,
teme o que ocorre no âmbito da sala de aula.
[…] A culpa impede a vida livre, a ousadia e o prazer, fatores que,
multiplicados ao nível social, significam a impossibilidade de controle do processo de
vida em sociedade, segundo parâmetros conservadores. A sociedade conservadora
não suporta existir sem os mecanismos de controle internalizados pelos indivíduos –
a culpa e, assim, muito útil.
Nessa perspectiva, a observação e a compreensão do uso do erro na prática
escolar revelam que a questão é bem mais ampla do que somente o fato de
proceder a um pequeno castigo de um aluno individualmente. A trama das relações
sociais, que constitui o tecido da sociedade predominantemente sobre as nossas
condutas individuais. Tal força é medida por múltiplos mecanismos, dentre os quais a
culpa e o medo por meio do castigo.
Contudo, o erro poderia ser visto como fonte de virtude, ou seja, de
crescimento. O que implicaria estar aberto a observar o acontecimento como
acontecimento, não como erro; observar o fato sem preconceito, para ele retirar os
benefícios possíveis. Uma conduta, em princípio, é somente uma conduta, um fato;
ela só pode ser qualificada como erro a partir de determinados padrões de
julgamento. [...].
É preciso antes de mais nada, observar, para depois julgar. Nossa prática,
entretanto, tem sido inversa: primeiro colocamos a barreira do julgamento, e só
depois tentamos observar os fatos. Nesse caso a observação fica “borrada” pelo
julgamento. Certamente, não é fácil observar primeiro para depois julgar, mas é
preciso aprender esta conduta, se queremos usar o erro como fonte de virtude, ou
seja, de crescimento.
[…] Tanto o “sucesso/insucesso” como ”acerto/erro” podem ser utilizados
como fonte de virtude em geral e como fonte de “virtude” na aprendizagem escolar
[…]
Não há por que ser castigado pelos outros ou por si mesmo em função de
uma solução que não se deu de forma “bem sucedida”. Há, sim, que se utilizar
positivamente dela para avançar na busca da solução pretendida. [...]
33
Reconhecendo a origem e a constituição de um erro, podemos superá-lo,
com benefícios significativos para o crescimento. Por exemplo, quando atribuímos
uma atividade a um aluno e observamos que este não conseguiu chegar ao
resultado esperado, conversamos com ele, verificamos o erro e como ele o cometeu,
reorientamos o seu entendimento e sua prática. E, então, muitas vezes ouvimos o
aluno dizer: “Poxa, só agora compreendi o que era para fazer!”. Ou seja, foi o erro,
conscientemente elaborado, que possibilitou a oportunidade de revisão e avanço.
Todavia, se nossa conduta fosse a de castigar, não teríamos oportunidade de
reorientar, e o aluno não teria a chance de crescer. Ao contrário, teria um prejuízo no
seu crescimento, e nós perderíamos a oportunidade de sermos educadores.
[…] a avaliação da aprendizagem deveria servir de suporte para a
qualificação daquilo que acontece com o educando, diante dos objetivos que se têm,
de tal modo que se pudesse verificar como agir para ajudá-lo a alcançar o que
procura. A avaliação não deveria ser fonte de decisão sobre o castigo, mas de
decisão sobre os caminhos do crescimento sadio e feliz. [...]
ATIVIDADE
O texto enriqueceu o seu conhecimento? Em que ele contribuiu?
Você professor já vivenciou uma situação escolar em que o erro foi causa de
ridicularização perante os colegas?
“O erro é útil”. Convém estimular sua expressão para que se possa verificar,
compreender e favorecer sua regulação. Daí a necessidade de mudar a concepção
sobre o papel do erro na aprendizagem. Segundo Jiménes, (1998-)
É muito importante criar um ambiente, um clima não ameaçador na aula, de forma que aqueles que aprendem sintam que suas ideias serão escutadas […] porque qualquer um de nós, quando vamos aprender algo novo, necessitamos de oportunidades para nos equivocar e de voltar a pensar as coisas por nós mesmos. Nem sempre deparamo-nos com a resposta correta da primeira vez. Esse tipo de clima, então, ajuda na aprendizagem individual.
Em seu livro Avaliar para Aprender, Neus Sanmartí coloca, que geralmente ,
o “erro” tende a ser considerado na escola como algo negativo, algo que os alunos
aprendem a esconder para não serem punidos. Todavia, o erro é o ponto de partida
para aprender. Se lendo um texto ou escutando uma explicação assimilássemos
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completamente o que o professor tentou nos comunicar, a escola não seria
necessária. Entretanto, a realidade nos mostra o contrário. Cada pessoa constrói
suas próprias ideias a partir de suas percepções e das interações com outros, e para
chegar a compartilhar o conhecimento elaborado ao longo dos séculos, requer-se a
superação de todo tipo de obstáculos.
Este processo e, ao mesmo tempo, o fundamento do desenvolvimento
cultural da humanidade. À diferença de outras espécies, os jovens não aprendem
repetindo mimeticamente os conhecimentos dos adultos, mas sim reconstruindo-os.
Isso significa que o processo de apropriação de tais conhecimentos seja longo e
trabalhoso, e que em seu percurso sejam geradas novas ideias e novas formas de
atuar. Os “erros” são algo normal, inclusive necessários para a dita reconstrução.
Portanto, se algo deve mudar na escola é o status do erro (Nuanzi, 1990).
Se não houvesse erros para superar, não haveria possibilidades para aprender.
Astolfi (1999), em seu livro El error, un medio para ensenar, considera que nós,
professores, deveríamos fazer o esforço de deixar de lado nossa fixação por
identificar se os alunos se distanciam da “norma”, fato que nos faz considerar os
erros como elementos excludentes que devem ser punidos, para começar a usá-los
de modo estratégico. O erro é um indicador dos obstáculos com os quais se defronta
o pensamento do aluno ao resolver as questões acadêmicas. Nosso desafio é
compreender suas causas, porque somente ajudando-os a reconhecê-las será
possível corrigi-los.
Aprender não é apenas incorporar conhecimentos a uma mente vazia, mas
sim reconstruí-los a partir de outros já conhecidos, revisando concepções iniciais e
refazendo práticas. Einstein dizia que boa parte de seu trabalho consistia em
detectar erros na resolução dos problemas e superá-los um a um.
Os estudantes que têm êxito na escola se caracterizam – mais que por não
cometê-los, mas por sua capacidade de identificar erros e corrigi-los. Entretanto,
nem todos desenvolveram essa capacidade, por isso, é tarefa dos professores,
promovê-la. Isso implica ensinar os alunos a reconhecerem suas ideias e práticas, a
identificar semelhanças e diferenças com o conteúdo introduzido em aula e a tomar
suas próprias decisões acerca de quais aspectos deveriam mudar e melhorar.
A Avaliação: peça-chave na comunicação entre alunos e professores
A avaliação que serve para aprender fundamenta-se na possibilidade de
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verbalizar pontos de vista, contrastá-los e acordar novas formas de falar e de fazer.
Dito de outra forma é o meio para conseguir a aproximação progressiva das
representações que aquele que aprende e aquele que ensina têm sobre os
conteúdos. Se consegue romper as rotinas dominantes, a avaliação converte-se na
chave que facilita a comunicação entre o professor e o aluno. Todavia, ao ser
comum a concepção de que o erro é algo ruim que deve ser escondido do olhar do
professor e inclusive dos colegas, na aula instalam-se práticas de trabalho
fundamentadas na cópia, em passar despercebido e em renunciar a pensar por si
mesmo. Essas práticas impedem que as dificuldades e os erros sejam expressados
e identificados, tornando impossível sua regulação.
Para que os alunos percam o medo de se expressar, deve haver uma
mudança muito importante nas “regras do jogo” que habitualmente são
estabelecidas em aula. O erro não deve ser punido, pelo contrário, deve ser
considerado como o eixo do trabalho em grupo. Ao mesmo tempo deve-se poder
falar, opinar, contrastar, avaliar... As aulas silenciosas não têm sentido algum.
Não é, pois, estranho que Rosalind Driver (Jiménez, 1988) insistia na
necessidade de introduzir mudanças profundas na gestão e no ambiente das aulas,
com o objetivo de possibilitar que todos os alunos expressem suas ideias e as
discutam sem medo, sejam elas errôneas ou não. Somente se os alunos puderem
expressar suas ideias e testá-las, poderão identificar possíveis incoerências ou
outras formas de atuar. No entanto, para isso, alunos e professores devem chegar a
reconhecer que aprender não significa repetir enunciados ou práticas “corretas”, mas
sim compreender as causas das “incorretas”. Geralmente, os alunos não
reconhecem o interesse que há em ler os comentários dos professores; a eles
interessa a nota, mas esta não ajuda a estabelecer um sistema de comunicação útil
em aula. Se “pensar é ir de erro em erro”, os erros interessam. São parte do
processo que conduz à inteligibilidade das coisas, no transcurso do qual é
fundamental que se possa dialogar na aula sobre eles. Um diálogo que se constitua
em um autêntico exercício de comunicação entre pessoas que buscam compreender
os critérios dos demais e, nessa busca, reconhecer pouco a pouco os pontos de
vista e as práticas que se deveriam revisar.
Conclusão
A condição necessária para que os alunos aprendam a regular suas ideias e
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práticas é a mudança no status do erro. De algo que se tem de esconder, deve
passar a ser algo totalmente normal e positivo em qualquer processo de
aprendizagem. Aprende-se porque nossas ideias, nossos procedimentos e nossas
atitudes podem evoluir.
O erro é um bom indicador dos processos intelectuais com os quais o aluno
enfrenta a realização de uma atividade. Quando se percebe sua vertente positiva na
aprendizagem, converte-se em algo criativo em vez de destrutivo.
Esconder as próprias concepções e práticas ou copiar as de outros é o que
mais impede a aprendizagem, porque é impossível receber ajuda para facilitar a
autorregulação. Da mesma forma, penalizar os erros somente conduz ao desânimo
dos que aprendem (e também do professor). Para que os alunos percam o medo de
expressarem-se, devem ser produzidas mudanças muito importantes na gestão da
aula e na finalidade que se outorga à avaliação.
Seria possível pensar que, com o tempo e com os meios de que um
professor dispõe, é impossível detectar, compreender e ajudar a superar os erros de
cada estudante; mas, na realidade, a maioria dos erros importantes é comum a
muitos alunos, sua regulação é um problema de organização da aula. Convém
considerar que somente quem cometeu os erros pode corrigi-los, pois a função do
professor é propor ações que ajudem os alunos a se autorregular.
Por outro lado, os alunos, inclusive aqueles que não cometeram erros,
podem aprender com os colegas. Não se enganar na realização de uma tarefa não
quer dizer que ela esteja bem compreendida e interiorizada. Muitas vezes, um aluno,
ao confrontar-se com as produções não tão exitosas de outros colegas, compreende
por que fez bem e dá mais sentido para ideias ou práticas que somente havia
intuído(sem intervenção do raciocínio).
Encontramo-nos, assim, diante de uma maneira distinta de conceber a aula
e, consequentemente, sua organização. Trata-se de geri-la como um sistema no
qual os atores possam trocar papéis que normalmente estão determinados de forma
diferenciada: os alunos podem atuar como professores, os que têm êxito podem
aprender dos que não o tem, e o professor pode aprender de seus alunos, lógicas
de raciocínio errôneas e estratégias para superá-las, estratégias que propõem e
aplicam aqueles que estão aprendendo.
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ATIVIDADES
Atividade 1
Ao analisar o texto do autor, Neus Sanmartí responda:
a) Qual tem sido e qual deve ser o papel do erro na avaliação escolar?
b) Na busca de melhorar o ensino, como trabalhar com os alunos para que eles
aprendam com os próprios erros e os dos colegas?
Atividade2
Texto Complementar: capítulo 2- A finalidade principal da avaliação é a regulação
tanto do ensino quanto da aprendizagem- SANMARTÍ, Neus. p. 27-35
Após a leitura do texto, situar pontos que venham contribuir para a sua
avaliação em sala de aula.
Atividade 3
O texto abaixo, de autoria de Alfredo Castro Neto, publicada na revista Brasil
Rotário, retrata a opinião da sociedade, com relação à punição psíquica (substituta
da punição física), a que os alunos são submetidos nas escolas.
TEXTO COMPLEMENTAR
O novo castigo nas escolas
Alfredo Castro Neto
Antigas punições físicas dão lugar a procedimentos igualmente agressivos às
crianças
É provável que o leitor se espante com essa lista de punições, mas é preciso
entender que ela foi publicada há mais de 150 anos. Obviamente, você não deve
conhecer nenhuma escola da atualidade que adote esse tipo de procedimento. Mas,
se pensamos um pouco, veremos que as agressões às crianças ainda acontecem
nas escolas. A diferença é que as punições de hoje são psíquicas e, não físicas,
como eram antigamente. Eis alguns castigos psíquicos proporcionados por
numerosos colégios:
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Algumas escolas não fazem uma seleção adequada e contratam
professores intransigentes, ambivalentes, perfeccionistas e que não
percebem as necessidades básicas e individuais de cada criança;
São adotados currículos sobrecarregados de matérias irrelevantes, e
caráter enciclopédico e conteúdos verbais abstratos, em detrimento do
que pode ser experimentado;
Há uma preocupação maior com a aprendizagem formal do que com o
aluno:
A decisão de repetir ou de passar de ano está atualmente ligada a
considerações que não são psicopedagógicas, mas administrativas e
circunstanciais;
Alguns colégios chegam a marcar uma determinada data e hora para
informar aos alunos- até os de pouca idade- sobre sua aprovação.
Formam-se filas de crianças à espera do resultado. Depois, a alegria e o
choro se misturam numa cena deprimente e chocante;
São adotados métodos de alfabetização inadequados e inconsistentes,
deixando manifestações do tipo dislexiforme que tendem a acompanhar o
aluno no decorrer de toda sua vida escolar;
Muitas crianças alfabetizadas são taxadas de preguiçosas;
Crianças de ritmo mais lento são erradamente rotuladas pelos
professores de imaturas. Algumas orientadoras educacionais
despreparadas sugerem uma fórmula mágica aos pais: a repetição de
ano;
Crianças realmente imaturas são “convidadas” a trocar de escolas, pois
muitas escolas não aceitam nenhum desafio;
O caráter seletivo de certos colégios chega a ser nauseante. Procura-se
certa “elite” de crianças a quem se ensine o mais rapidamente possível;
Há um alto nível de expectativa em relação ao rendimento escolar;
Muitas escolas não estimulam a vida imaginativa das crianças, deixando
de ensinar-lhes como tirar partido da leitura e da escrita para seu próprio
prazer;
Muitas escolas distribuem folhetos endereçados aos pais com explicações
cheias de preciosismos sobre as “modernas técnicas de ensino”, mas, na
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prática, não permitem ao aluno experimentar uma autopercepção
consistente para estabelecer sua identidade diante da padronização e da
massificação do ensino;
Muitas escolas não estimulam o aluno a adaptar-se a situações novas;
Crianças com TDAH- transtorno por déficit de atenção e hiperatividade –
são rotuladas de preguiçosas e relaxadas;
Muitos professores escrevem no caderno de uma criança com TDAH:
”Preste mais atenção!”. Eles não tomam qualquer iniciativa para
encaminhar a criança para um atendimento profissional adequado. Na
verdade, as crianças com essa síndrome são muito inteligentes e podem
obter ótimo rendimento escolar quando adequadamente atendidas;
Alguns professores escrevem no caderno de uma criança disléxica: “Você
tem que melhorar sua letra”;
As escolas continuam não levando em conta as diferentes possibilidades
de cada indivíduo.
Por esses motivos, podemos concluir que os castigos físicos foram apenas
substituídos pelos castigos psíquicos, que na verdade podem ser bem piores que
uma vermelhidão ou hematoma na mão ou no braço de uma criança.
Disponível em: http//www2.brasil-rotario.com.br Acesso em 13/07/2011
Fazendo a atividade 3
- Após a leitura do texto acima, reflita e discuta com o grupo, se vocês concordam ou
discordam do autor, justificando sua resposta.
DISLEXIA
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem
neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito
ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e
escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus,
os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória
fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de
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0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência
normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.
A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que
explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas recentes mostram
que a dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona
pela mãe durante a gestação da criança.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do
distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os mais
comuns encontram-se as seguintes dificuldades: 1) para ler, escrever e soletrar; 2)
de entendimento do texto escrito; 3) para de identificar fonemas, associá-los às
letras e reconhecer rimas e aliterações; 4) para decorar a tabuada, reconhecer
símbolos e conceitos matemáticos (discalculia); 5) ortográficas: troca de letras,
inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia); 6) de organização
temporal e espacial e coordenação motora.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar
(médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar
que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais
e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais,
psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que
sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos
negativos sobre sua autoestima e projeto de vida.
Tratamento
Ainda não se conhece a cura para a dislexia. O tratamento exige a
participação de especialistas em várias áreas (pedagogia, fonoaudiologia, psicologia,
etc.) para ajudar o portador de dislexia a superar, na medida do possível, o
comprometimento no mecanismo da leitura, da expressão escrita ou da matemática.
Recomendações
* Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a
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alfabetização só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda não estão
prontas para iniciar o processo de leitura e escrita. Se as dificuldades persistirem, o
ideal é encaminhar a criança para avaliação por profissionais capacitados;
* O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos
inteligente; significa apenas que é portadora de um distúrbio que pode ser corrigido
ou atenuado;
* O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda
persistência;
* Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas para
atender suas necessidades específicas;
* Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do
distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e
os rótulos depreciativos que levam à baixa-estima.
Disponível em: http://www,drauziovarella.com.br.
. Consultado em 18/07/2011
TEXTO DE APOIO
O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um
transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e
frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por
sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de
DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD,
ADHD ou de AD/HD.
Existe mesmo o TDAH?
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Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial
da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de
TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na
escola.
Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?
Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelo
mais renomado médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é
uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de
todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou
instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os
aspectos de um transtorno.
Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?
Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica
até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma
“invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.
No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca
publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e
não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em
“experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque
nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm
sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou
publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade
do que dizem.
Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de
tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente
eles podem tratar de modo correto.
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH
com medicamentos causa consequências terríveis. Quando a literatura científica é
pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em
qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar
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de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada
que comprovasse o que dizem.
Disponível em: http://www.tdah.org.br Acesso em 18/07/2011.
TEXTO 5 INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
O prazer está na variedade. (Ditado popular) Se você tem como instrumento um martelo, em tendência a tratar tudo como um prego, mas também é certo que um instrumento pode ajudá-lo a fazer um bom caminho. (VESLIN, 1988, p.184)
Para avaliar pode-se utilizar uma grande variedade de atividades,
instrumentos e técnicas, mas muitas vezes os instrumentos convertem-se em
protagonistas, quando de fato são somente meios para alcançar diferentes
atividades, isso sim, meios que podem facilitar a tarefa. Convém salientar que as
distintas modalidades de avaliação - formativa formadora ou qualificadora. -
distinguem-se basicamente pelos objetivos que possuem mais do que pelos
instrumentos que utilizam. Um mesmo tipo de instrumento pode ser útil em
diferentes momentos de aprendizagem e para diferentes propósitos, embora as
decisões que são tomadas em função dos dados recolhidos possam ser diferentes.
Tende-se a pensar que apenas uma prova tradicional revela o que os alunos
sabem e quais são seus erros e suas dificuldades, quando de fato podem-se utilizar
múltiplas fontes de informação e aplicar instrumentos variados que se adaptem à
diversidade de estilos motivacionais e de aprendizagem dos estudantes, e
igualmente às formas de ensino dos professores, que também são diferentes.
Os instrumentos de avaliação (questionários de todo tipo, mapas
conceituais, diários de classe, apresentações orais, pesquisas, observações,
portfólios ou pastas de trabalhos...) devem ser escolhidos em função dos
objetivos da avaliação e do tipo de conteúdo que será avaliado. Por exemplo, no
início de uma sequência pode ser interessante identificar nem tanto o que o aluno
sabe, mas sim o que ele acha que sabe, e em outros momentos nos interessará
reconhecer quais erros reconhece autonomamente quando prevê o que deve ser
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feito para resolver um problema. Cada pergunta didática que nos fazemos requer
instrumentos diferentes e, sobretudo, estratégias de análise distintas.
Por outro lado, como os objetivos de aprendizagem são de diferentes tipos (
analisar, aplicar,relacionar,deduzir, sintetizar, argumentar...) os instrumentos
selecionados deverão permitir que os alunos realizem tais operações. É preciso
propor reflexões do tipo: o que os alunos devem saber para resolver esta tarefa?
Podem demonstrar a compreensão de um conceito respondendo esta pergunta?
Diferentes tipos de modalidades de aprendizagem requerem diferentes tipos de
instrumentos (por exemplo, uma aprendizagem de uma técnica experimental não
pode ser reconhecida com uma prova feita a lápis e papel, nem atitudes podem ser
conhecidos se não forem observadas).
Quando a atividade de avaliação tem como finalidade a qualificação e a
seleção dos alunos, será importante analisar previamente se os instrumentos
utilizados são válidos (se realmente se avalia o que se quer avaliar), e confiáveis se
possibilitam a comparação e a distinção adequadas), posto que convém recordar
que em boa pare se está decidindo sobre o futuro do aluno. Os critérios de avaliação
devem estar bem especificados e acordados e deve-se considerar que será mais
objetivo quantos mais instrumentos de avaliação forem utilizados e quantas pessoas
mais concordarem sobre o juízo emitido
(triangulação), e nem tanto porque perguntas de respostas fechadas sejam
propostas. (SANMARTÍ, 2009. p. 97-98).
Atualmente, a avaliação tem se voltado mais para aprender, isto significa
que vai muito além da memorização de informações, para tanto deve ser realizada e
função de objetivos previstos, para definir o que é, e como avaliar.
Dessa forma o processo de avaliação se inicia com a definição de objetivos
e não com a aplicação de provas, ou comunicação dos resultados, ou ainda durante
a realização do conselho de classe, ao final do ano letivo.
Dentro dessa perspectiva, o professor deve escolher atividades e
experiências de ensino-aprendizagem que sejam adequadas e relevantes, deve
selecionar e elaborar nos instrumentos de avaliação coerência com estes objetivos
estabelecidos deve instituir padrões de desempenho para avaliar o progresso do
aluno, deve fixar padrões e critérios para avaliar, deve comunicar claramente a
intenção aos alunos.
Se o objetivo for bem elaborado, torna-se o critério de avaliação. Portanto, a
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formulação de objetivos é muito importante para o processo de avaliação, porque
avaliar é fazer um julgamento sobre resultados, comparando o que foi obtido com o
que se pretendia alcançar.
Avaliar consiste, basicamente em determinar em que medida os objetivos
previstos foram realmente alcançados, portanto o processo de ensino e
aprendizagem parte do planejamento.
Para Luckesi (2006, p.118)
Enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na avaliação de como estamos construindo o nosso projeto […] A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar, por isso contribui em todo o percurso da ação planificada […] a avaliação é uma ferramenta necessária ao ser humano no processo de construção dos resultados que planificou produzir, assim como o é no redimensionamento da direção da ação.
A função da avaliação é compreender o nível de aproveitamento, em que o
aluno se encontra, tendo por objetivo trabalhar com ele o aspecto em que tem
defasagem, fazendo com que avance nos conhecimentos necessários.
Porém, muitas vezes, o professor tem dificuldade de planejar e de
estabelecer os conteúdos básicos associados aos estruturantes, dentro da disciplina
em que atua. Da mesma forma em que há dificuldade em planejar, também há
dificuldade em construir instrumentos de avaliação e de critérios a serem adotados,
tanto para o instrumento, quanto para a correção.
A falta de critérios pré-definidos também se reflete nos registros das
avaliações e na ação desenvolvida pelos professores que já perceberam que esses
registros pouco dizem do trabalho pedagógico, efetivamente, desenvolvido por eles
na sala de aula.
Muitas vezes, o resultado da nota registrado no livro de chamada é
questionável, se for analisado seu real significado pedagógico. A média é resultante
de atividades diversas, que pouco tem a ver com a essência do conteúdo,
propriamente dito. Exemplo: participação de gincanas, em atividades extraclasses,
campanhas solidárias, cadernos organizados, cópias realizadas, entre outras.
Alterar a forma de realizar os registros exige do professor uma reflexão
sobre sua prática, sobre a necessidade de prestar atenção no aluno e em seus
avanços e dificuldades, reflexão teórica sobre o ensino e sobre a aprendizagem e,
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principalmente, sobre a adoção de novos encaminhamentos metodológicos.
Quanto mais instrumentos forem utilizados, maiores recursos para a
obtenção de dados sobre o resultado da aprendizagem. Verificações periódicas,
fornecem maior rede de amostras e funcionam como motivo para que o aluno estude
de forma mais sistemática e não apenas para as provas.
Estas verificações podem ser informais: trabalhos, exercícios, participação
em debates, solução de problemas, aplicação dos conhecimentos, ou formais:
provas. É importante informar ao aluno seus erros e acertos, isto tende a influenciar
positivamente na aprendizagem.
Lembrando que, as técnicas e instrumentos de avaliação devem estar de
acordo com os objetivos e com o planejamento.
A seguir, algumas possibilidades de avaliação, porém não se pode
desconsiderar que todas as técnicas ou instrumentos utilizados no processo de
avaliação apresentam características positivas ou negativas, de acordo com Haydt 1
Testagem- Os testes permitem avaliar vários objetivos ao mesmo tempo,
fornecendo uma ampla amostra do conhecimento do aluno; possibilitam um
julgamento objetivo e rápido, com correção simples, limitam-se ao conteúdo da
disciplina ou matéria, eliminam o aspecto subjetivo da avaliação e o julgamento dos
aspectos pessoais..
Porém, sua elaboração é demorada e difícil, exigem que sejam digitadas e
não avaliam habilidades de expressão.
Questões dissertativas- São facilmente organizadas, possibilitando
verificar a capacidade reflexiva do aluno, a organização das ideias e a expressão
escrita.
Contudo, não pode ser extenso, o que limita a amostra do conhecimento do
aluno e apresenta uma abertura nas respostas, o que favorece a subjetividade. A
correção exige tempo para análise das respostas apresentadas.
Inquirição, entrevista e questionamento- Possibilitam verificar as
mudanças ocorridas durante o processo e a capacidade reflexiva e crítica do aluno.
Todavia, limitam a amostra do conhecimento e podem sofrer influência de atributos
pessoais do aluno, além de ser subjetiva e ser influenciada pelas condições
ambientais.
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__________________________________
1- Regina Cazaux Haydt. Avaliação do Processo Ensino-aprendizagem. 6.ed. São Paulo: Ática, 1997.p.54-75.
Sobre a Avaliação de Múltipla Escolha, Charlot diz:
“O modelo baseado em assinalar uma alternativa, em certo ou errado, em verdadeiro ou falso, não mede a atividade intelectual; o mundo do verdadeiro ou falso é do fanatismo e não da cidadania. Nega a reflexão e o saber e impede que os alunos leiam, escrevam e aprendam. O trabalho do professor é fazer nascerem novas questões e o interesse pela escola, caso contrário ele gasta o ano letivo em imbates sem soluções”. (CHARLOT,Bernard. 2006)
A fala do autor nos remete a refletir a importância da avaliação subjetiva.
Todavia não podemos deixar de mencionar que na prova Brasil, no Enem e em
nossos vestibulares queiram ou não, a avaliação apresentada é de forma objetiva
isto é, de múltipla escolha.
TEXTO COMPLEMENTAR PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR - Título “Como elaborar critérios e instrumentos avaliativos” - Texto
A Avaliação da Aprendizagem é um componente do Trabalho Pedagógico
que não pode estar dissociado dos demais temas que o compõem,na escola a na
Educação de uma maneira geral. O olhar deve ter a perspectiva de um todo, de um
processo que envolve os componentes básicos do ensino e,da aprendizagem, como
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objetivos, conteúdos, metodologias e a própria avaliação inclusive, até as
concepções pedagógicas, ideologias e filosofias que permeiam os programas
educacionais de uma escola, um sistema de ensino,um município, um estado e até
mesmo uma nação.
Tendo como referência as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná,que
tem como proposta curricular a base disciplinar, cuja ênfase se dá nos conteúdos
científicos, nos saberes escolares das disciplinas, há que se fazer referência neste
estudo ao papel dos conteúdos em relação à Avaliação da Aprendizagem. Nesta
perspectiva, histórico-crítica de concepção pedagógica, não há como minimizar a
importância dos conteúdos e sim ressaltar a necessidade de uma análise de seus
contextos para identificar sua relevância.
Os conteúdos são fundamentais no processo da construção de representações significativas pelos alunos, desde que sejam estudados contextualizados e sua relevância identificada tanto por quem ensina como por quem aprende. Por essa razão, compete ao professor a seleção destes conteúdos, com clara precisão de seus significados nos contextos em que são apresentados (MORETTO, 2001).
Dentro de cada disciplina, abordadas nesta proposta as de Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências e Educação Artística, de5ª a
8ª séries, os critérios avaliativos devem estar ligados à essência dos conteúdos
selecionados pelo professor. Eles devem definir os propósitos do que especialmente
se avalia, em que dimensão, qual a intencionalidade do conteúdo, sua função social.
Enfim, qual a razão do professor em ensinar isto ou aquilo. Nem tudo que é
proposto, discutido e estudado em aula necessita ser avaliado. Há pontos que
completam a compreensão da aprendizagem, mas não são fundamentais dentro de
uma estrutura conceitual. Porém, há outros.
que sustentarão as bases conceituais de conhecimento apreendido pelo aluno.
Portanto, estabelecer critérios coerentes significa ir em busca de um dos
objetivos mais diretos de uma avaliação dentro da perspectiva que se defende:
verificar se houve aprendizagem significativa de conteúdos relevantes. Critérios não
são indicadores que determinam a maneira de como se realizar uma supervisão das
atividades educacionais, mas sim princípios que servirão de base para julgamento
da qualidade do processo de ensino e de aprendizagem. Para cada conteúdo, deve-
se ter claro o que, dentro dele, se deseja efetivamente ensinar e, portanto, o que
avaliar. Critérios fundamentam a fidedignidade, validade e eficiência da avaliação
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que se realiza. Segundo Luckesi (1995),
“dificilmente os professores definem com clareza, no ato do planejamento do ensino, qual é o padrão de qualidade que se espera da conduta de um aluno, após ser submetido a uma determinada aprendizagem” (p.44). Mas, se um mínimo necessário fosse estabelecido, “... a aprovação ou reprovação em uma unidade de ensino não estaria a depender da arbitrariedade do professor, mas sim do fato de o aluno ter apresentado em sua conduta de aprendizagem os caracteres mínimos necessários. Ou seja, o juízo de qualidade estaria fundamentado no real” (p.45).
Definidos os critérios, este serão os balizadores da construção dos instrumentos de
avaliação. Os instrumentos são as formas que o professor estabelece previamente
para avaliar um conteúdo. Fundamentam-se no processo decisório da avaliação e
devem ser coerentes com o que e como foi trabalhado em sala de aula. Devem estar
adequados para coletar os dados necessários pra dar ao professor indicações do
estado de aprendizagem do aluno. Tanto adequados na linguagem, clareza e
precisão ao que se pretendem, quanto aos conteúdos essenciais planejados e de
fato trabalhados no processo de ensino e de aprendizagem. Eles devem significar
um aprofundamento das aprendizagens do aluno e não um meio de dificultar sua
compreensão a respeito de um conteúdo.
Cabe alertar novamente que estão intimamente ligados aos critérios
avaliativos previamente definidos no Plano de Trabalho do professor. Bons
instrumentos de avaliação da aprendizagem são condições de uma prática
satisfatória de avaliação na escola.
Enfim, a importância de estabelecer critérios relacionados à essência dos
conteúdos selecionados em cada disciplina e estes critérios ligados aos
instrumentos avaliativos é fundamentada no processo de ensino e de aprendizagem
como dimensão transformadora do conteúdo como conhecimento histórico,
concreto, objetivo e crítico.
CONTEXTUALIZAÇÃO
-Título
“Exemplos de critérios e instrumentos nas diversas disciplinas”
- Texto
Na sequência, mostragem de exemplos das disciplinas da língua
50
Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências e Educação Artística, em
como definir um critério avaliativo relacionado ao conteúdo e construir um
instrumento relativo ao mesmo.
LÍNGUA PORTUGUESA
Conteúdo: Linguagem gramatical – substantivo
Critério de avaliação: Reconhece os substantivos em um texto.
Instrumento avaliativo: Neste mês estudamos sobre substantivos e recordamos que
eles são palavras variáveis que servem para dar nome às pessoas, às qualidades,
aos sentimentos, aos objetos, aos lugares e a todos os seres, sejam reais ou
imaginários. Do texto, a seguir, marque os substantivos, circulando-os:
Lembrança do mundo antigo
Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
a água era dourada sobre as pontes,
outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
o guarda-civil sorria, passavam bicicletas,
a menina pisou a relva para pegar um pássaro,
o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo em tranquilo
[em redor de Clara.
Carlos Drummond de Andrade. Antologiapoética. Rio de Janeiro, José Olympio, 1983. MATEMÁTICA
Conteúdo: Expressões numéricas
Critério de avaliação: Resolve expressões numéricas com as quatro operações
Instrumento avaliativo: Gabriela está brincando de esconde-esconde com seus
colegas. Para ajudar Gabriela a encontrar os colegas, calcule as expressões e
localize seus esconderijos, escrevendo o nome dos colegas na tabela:
Luciana: 1100 – 220 X 4
Alexandre: 80 + 40 : 8
Ricardo: 306 X 4 + 108 X 14
Priscila: 32 : ( 4 X 2 ) + ( 32 : 4 ) X 2
Mauricio: 113 – 7 X 8 : ( 3 – 1 X 2 )
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André: ( 607 – 388 ) X 8 – 92514 : 102
Esconderijos Resultados Nomes dos Colegas
Atrás da árvore 20
Atrás da porta 85
Atrás do muro 845
No porão 220
Embaixo da escada 57
Dentro do carro 2736
HISTÓRIA
Conteúdo: O tempo como produção histórica
Critério de avaliação: Compreende o processo de produção histórica como temporal
e que tem influência no presente.
Instrumento avaliativo: Responda à pergunta:
Os historiadores estudam o passado. Por que então se pode dizer que “a História é
uma ciência do presente”?
GEOGRAFIA
Conteúdo: Espaço geográfico
Critério de avaliação: Reconhece o lugar onde mora como espaço geográfico
Instrumento avaliativo: Reconheça e escreva, observando os mapas apresentados:
(mapa político do Brasil e do Paraná)
- Em qual município você mora?
- Quais municípios são vizinhos a ele?
- A que estado pertence seu município?
- Você conhece pessoas que vieram de outros estados? Observe, assinale no mapa
com a cor azul e escreva o nome dos estados:
- Há pessoas que você conhece que precisam ir a outros municípios para algum tipo
de necessidade como trabalho, visitar parentes, exames médicos, estudo ou
compras? Como eles vão até lá? Quais são estes municípios? Onde ficam?
Assinale-os com a cor verde.
- Traga embalagens de mercadorias que foram produzidas em outros estados ou
municípios. Faça um levantamento junto com o professor e observe nos mapas onde
cada uma foi fabricada.
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CIÊNCIAS
Conteúdo: Camadas do planeta Terra
Critério de avaliação: Identifica e conceitua as camadas da Terra
Instrumento avaliativo: Na figura abaixo, escreva o nome das partes indicadas e
explique o que é cada uma delas.
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
Conteúdo: Gravura
Critério de avaliação: Reconhece e reproduz a técnica da gravura
Instrumento avaliativo: Produção de uma gravura.
Material: bandeja de isopor, prego ou parafuso, tinta guache, rolinho de espuma,
papel.
Atividade: desenhar com o prego ou parafuso sobre o isopor, passar a tinta com o
rolinho, aplicar sobre o papel, pressionar. Retirar p papel. Esperar secar
a gravura.
Estes textos complementares foram colaboração do material didático – OAC – da professora PDE- :Eliza Amaral de Macedo Molli D'Agnoluzzo-2007- Disponível no site: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acessado em 26/07/2011 ATIVIDADES
1- Selecionar e trazer para o grupo instrumentos de avaliação que considere bem
elaborado.
2- Discuta com o grupo a respeito das seguintes questões citadas por Hoffmann
(2001.p.59)
Qual o significado de se atribuir notas a toda e qualquer tarefa do aluno,
desde que ele ingressa na escola?
Por que se usam canetas vermelhas, salientando a ação corretiva?
Qual a razão dos calendários de provas, atestados médicos nas ausências,
uso obrigatório de canetas pelas crianças?
O quanto somos responsáveis pelos fantasmas das provas? E com que propósito?
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3- Discuta com o grupo e disserte como são elaborados os critérios de correção das
avaliações aplicadas em sala de aula? Se houver diferentes disciplinas, como
cada uma atua nesta modalidade?
Texto complementar-02
Recuperação
"Antes de mais nada, o homem existe, encontra-se, irrompe o mundo -
é depois que se define" (Jean-Paul Sartre).
RECUPERAR: Encontrar aquilo que foi perdido. Na educação, encontrar
uma forma de ensinar o que não foi assimilado pelos alunos. Descobrir e encontrar o
que foi perdido no processo ensino-aprendizagem.
Baseada no conceito acima, a recuperação não significa apenas a chance
de "passar em uma prova". Significa a chance de aprender o conteúdo dado. Dessa
maneira, ela não pode ser considerada como de responsabilidade única da família e
do aluno, mas principalmente da escola. Se algo não foi assimilado por alguém, é
preciso repetir, encontrar a fórmula de gerar a assimilação. Caso contrário a unidade
de ensino não estará preocupada com o motivo maior da sua existência: o
aprendizado.
Motivos para recuperar os alunos que não obtém bom rendimento
escolar
"Todo homem é, em alguns aspectos, como todos os outros homens, como
alguns outros homens, como nenhum outro homem" (Clyde Klucleholm).
1. No processo de enturmação alguns alunos são colocados em turmas cujo
nível de exigência não está de acordo com a sua vivência, nos limites de
tempo e nas condições de ensino oferecidas. O ideal é avaliar cada aluno
na hora da matrícula, seja através de entrevistas, questionários ou outros
instrumentos.
2. Os alunos não possuem pré-requisitos ou a chamada "base", portanto
devem ter aulas de reforço para recuperar o que não aprenderam até
então;
3. Os alunos aprendem, mas o ritmo de cada um é diferente e isso deve ser
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respeitado. Os alunos não podem ser tratados como produtos que saíram
da mesma fôrma de uma fábrica indo direto para a empresa que lhes dará
como rumo um mercado.
4. Os alunos possuem dificuldade de aprendizagem. Essas devem ser
detectadas pelo educador e equipe pedagógica;
5. Os alunos não estudaram. Se não estudaram, algo aconteceu. Se foi
desinteresse, será que não é hora de rever os métodos de ensino?
Medidas preventivas
1. Enturmação adequada - Está na hora de repensar a forma de reunir os
alunos em turmas;
2. Ensino adequado - Numa escola equipada, onde haja planejamento
participativo, interdisciplinaridade, gestão democrática, psicopedagogos,
coordenadores pedagógicos e respeito aos educadores e funcionários de
escola que devem ser capacitados constantemente;
3. Formação de bons hábitos (hábitos e técnicas de estudo, participação em
aula, leitura, aprendizagem colaborativa, etc.);
Medidas corretivas
1. Recuperação paralela diária, na qual o professor percebe, diariamente, as
dificuldades dos alunos, esclarecendo suas dúvidas, revendo conteúdos,
fazendo avaliação contínua, fazendo revisões, utilizando novas
abordagens e exemplos, aplicando exercícios de fixação, atividades
lúdicas, tarefas de casa. É voltar atrás, rever tudo aquilo que o aluno
deveria saber, mas não sabe ou não se lembrar bem. Começar um
conteúdo novo, recordando seus pré-requisitos.
2. Recuperação ao final do bimestre, ou no lugar das aulas regulares ou
como estratégia suplementar, promovendo aula de revisão e recuperação
imediatamente antes da avaliação; promovendo aulas de revisão e
recuperação imediatamente antes da avaliação;
3. Recuperação ao final do semestre ou final do ano (mais voltada para a
questão da aprendizagem do que para assegurar que o aluno tenha
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apenas a nota). No período estipulado a avaliação é processual, podendo
culminar com um exame;
4. Intervenções especiais – Assistência psicopedagógica individualizada,
reforço escolar, cursos sobre métodos e técnicas de estudo para alunos e
pais.
Cuidados especiais
1. Se a maioria dos alunos fica em recuperação – Buscar detectar problema
conjuntamente;
2. Sempre os mesmos alunos em recuperação – Pode indicar problemas de
saúde, familiares, etc., ou outros mais graves que requer atenção especial.
3. Apoio pedagógico, psicológico e serviço social nas escolas – uma
necessidade a ser conquistada pela comunidade escolar unida. Não se
deve aceitar uma escola sem esses profissionais, pois eles são
fundamentais para a formação do aluno e dos educadores. Justificar a
ausência relacionando-a a motivos financeiros é pensar a escola como
uma empresa e não como instituição que forma indivíduos para o mundo.
O sucesso de medidas corretivas depende da adequação da solução do
problema:
1. Diagnóstico correto dos motivos que levaram o aluno a necessitar da
recuperação;
2. Instrumentos de avaliação aplicados de maneira adequada e variada (ver
neste site a página sobre avaliação);
3. Estratégias adequadas de recuperação, voltadas para a aprendizagem;
4. A escola precisa assegurar que os resultados sejam efetivamente avaliados;
Recuperação não é um ritual: ou é para recuperar ou não precisa ser
feita. Se for feita deve ser para valer e seus resultados devem ser avaliados.
RECUPERAÇÃO PARALELA
Questionamento
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1- Por que existe a necessidade de recuperação paralela nas escolas? O
aluno não deu conta de aprender ou a escola não deu conta de ensinar?
2- Como evitar que a escola e alunos vejam a recuperação paralela como
um processo normal de atividade escolar, que esse processo seja
banalizado?
3- Quais poderiam ser as medidas preventivas e corretivas? A maneira de
enturmar os alunos não terá influência sobre os resultados?
Segue em anexo sugestões de recuperação paralela no sistema de
avaliação. Após a leitura, fazer uma análise de como funciona algumas
instituições de ensino em nosso estado e se esse modelo reflete na nossa
proposta pedagógica de nossa escola quando à recuperação paralela.
Recuperação Paralela
Visando sempre um maior aprendizado do aluno, o Colégio São José de
Apucarana oferece àqueles que não alcançaram à média 60(sessenta), nas
provas as seguintes formas de recuperação:
Ensino Fundamental (1ª a 4ª série)
Monitoria no contra-turno;
Logo após as avaliações
(sabatinas),
Ensino Fundamental ( 5ª a 8ª série)
Monitoria no contra – turno;
Nova Avaliação de Recuperação de
conteúdos no contra – turno
Além das avaliações de Recuperação serem feitas logo após a
realização das sabatinas ou provas mensais, o Colégio oferece ainda, no final
do ano, um Provão de Recuperação.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação do aproveitamento escolar do aluno será feita
bimestralmente e obedecerá aos seguintes critérios:
- As avaliações estão previstas no calendário que integra este manual.
- A tarefa faz parte da avaliação. Executá-la diariamente é parte
essencial para um bom desempenho escolar.
- Poderá haver notas livres de trabalhos ou pesquisas. Nesse caso, a
composição será previamente definida pelo professor e aprovada pelo
coordenador pedagógico.
- A média bimestral para aprovação é 60 (sessenta) em cada disciplina
para o ensino fundamental e Médio. Ao final do ano, o aluno deverá totalizar
240 (duzentos e quarenta) pontos ou mais.
- O aluno com média anual inferior a 34 (trinta e quatro) em uma ou
mais matérias estará automaticamente reprovado.
-pós a avaliação final, a média para a aprovação será 60 (sessenta)
em cada disciplina. Para efeito de cálculo da média final, será utilizada a
seguinte fórmula:
MF= MA x 6 + AF x 4 > = 60/10
- O resultado final será divulgado após conselho de classe.
NORMAS PARA OS DIAS DE AVALIAÇÃO
As normas abaixo relacionadas deverão ser observadas pelos alunos,
para evitar imprevistos e situações desagradáveis durante as aplicações das
avaliações.
Dias de Avaliação
- Verificar no calendário da agenda escolar, com antecedência, a data
da avaliação de cada disciplina.
- Qualquer alteração que eventualmente ocorra será comunicada,
verbalmente em sala de aula ou através do sistema de som nos horários de
entrada da aula.
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Execução da Avaliação
- Acomodar-se, em silêncio, o mais rápido possível, para a distribuição
das avaliações pelo professor.
-Ao receber a avaliação, o aluno deverá colocá-la em cima da carteira
e sentar-se corretamente.
- O aluno deverá preencher corretamente todo o cabeçalho,
escrevendo seu nome completo, seu número de chamada e o de sua turma.
- Para a realização da avaliação, utilizar somente o material permitido.
- Usar letra legível e caprichada, desde o cabeçalho até a última
resposta.
- Ler atentamente o enunciado para poder dar a resposta completa ao
que se pede. Nunca tentar resolver a questão sem ler todo o enunciado.
- Organizar o pensamento antes de escrever qualquer resposta, pois,
caso contrário, poderá fazê-lo de forma incompleta ou escrever o que não
deve.
- Responder primeiro, as questões que julgar mais fáceis, depois as
mais difíceis, evitando, assim, perder tempo e deixar em branco as questões
que sabe.
- Se tiver alguma dúvida ou problema relativo à avaliação, levantar a
mão e aguardar a autorização do professor para falar.
- Não é permitido, no decorrer da avaliação, olhar para os lados,
conversar, colocar a mão embaixo da carteira, etc., pois as atitudes suspeitas
poderão ocasionar perda de pontos, anulação de questões e até da própria
avaliação.
- Não rabiscar a avaliação, nem escrever nela bilhetes para o (a)
professor (a),
- Os espaços em branco poderão ser usados para esquemas e
rascunhos.
Encerramento da Avaliação
- Reler a avaliação com atenção antes de entregá-la ao professor.
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- Manter-se em silêncio até que todos os colegas terminem e
entreguem.
- Não será permitida nenhuma atividade após o término da avaliação,
como: desenhar, ler, pegar o material para conferência das questões, passar
bilhetes para o professor, etc.
- Não conversar antes de terem sido recolhidas todas as avaliações,
mesmo que seu colega também já tenha terminado a sua.
- Permanecer sentado e em silêncio durante o recolhimento das
avaliações.
- Quem determina o momento em que a avaliação deverá se entregue
é o professor. A saída da sala de aula só será permitida após o sinal.
Disponível em : http://www.sjose.com.br/normas.php. Acessado em
27/07/2011.
Atividade
- Após a leitura, deste texto, mostrando como funciona alguma das
inúmeras instituições de ensino em nosso estado, verificar se esse modelo
reflete na proposta pedagógica de nossa escola quanto ao sistema de
avaliação, incluindo a recuperação.Justifique.
- Após análise do documento que sugestões adotariam e quais
descartariam? Justifique.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os educadores não podem perder de vista, que o papel da escola é,
além de transmitir os conhecimentos acumulados historicamente pela
humanidade, facilitar o processo de elaboração destes conteúdos pelo aluno.
A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um
número cada vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao
assumir essa função, que historicamente justifica a existência da escola
pública, intensificou-se a necessidade de discussões contínuas sobre o papel
do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para o país.
A depender das políticas públicas em vigor, o papel da escola define-
se de formas muito diferenciadas. Da perspectiva das teorias críticas da
educação, as primeiras questões que se apresentam são: Quem são os
sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Quem referências sociais e
culturais trazem para a escola?
Um sujeito é fruto do seu tempo histórico, das relações sociais em que
está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do
modo como o compreende e como dele lhe é possível participar.
Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a
escola contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na
sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um
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forte caráter político. Para FRIGOTTO (2004).
Os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens e adultos em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais, deverem ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares.
Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como
lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar
é especialmente importante para os estudantes das classes menos
favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de
acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e
do contato com a arte.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo
contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e
colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se
apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta
perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às
contradições sociais, políticas e econômicas, presentes nas estruturas da
sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a
reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se
constituem.
Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica,
colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito
aos conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para
compor o currículo escolar.
Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de
ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos
professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de:
“...uma transformação emancipadora. É desse modo que uma contra consciência, estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realiza sua grandiosa missão educativa”. (MÈSZÁROS, 2007,p.212).
Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente
aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu
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pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para
aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como
potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe
à escola ensinar, para todos. (DCE-Paraná-2008, p.16-17
REFERÊNCIAS COLEGIO, São José. Sistema de Avaliação. Disponível no site: http://www.sjose.com.br/avaliacao.php. Acessado em 27/07/2011
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63
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