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Faculdade Educacional Millennium
FAMIL
PROJETO PEDAGGICO
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
Fortaleza-CE - 2017
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Sumrio 1. CARACTERSTICAS INSTITUCIONAIS ................................................................................... 7
1.1. Identificao da Mantenedora ............................................................................................. 7 1.2. Dirigente principal da Mantenedora .................................................................................... 7 1.3. Identificao da instituio Mantida .................................................................................... 7 1.4. Dirigente principal da Mantida ............................................................................................. 7
2. HISTRICO INSTITUCIONAL .................................................................................................... 8 2.1. Misso Institucional ............................................................................................................... 9 2.2. Viso Institucional.................................................................................................................. 9 2.3. Valores .................................................................................................................................... 9 2.4. Objetivos ...............................................................................................................................10
3. CARACTERSTICAS GERAIS DO CURSO SUPERIOR DE GRADUAO BACHARELADO EM DIREITO .........................................................................................................12
3.1. Denominao .......................................................................................................................12 3.2. Modalidade de Ensino ........................................................................................................12 3.3. Modalidade de Oferta .........................................................................................................12 3.4. Vagas Anuais .......................................................................................................................12 3.5. Turnos de Funcionamento .................................................................................................12 3.6. Nmero de alunos por turma .............................................................................................12 3.7. Integralizao .......................................................................................................................12 3.8. Carga Horria e Durao do Curso ..................................................................................12 3.9. Regime de Matrcula ...........................................................................................................13 3.10. Regime do Curso .............................................................................................................13 4. CONTEXTUALIZACAO DO CURSO DE DIREITO DA FAMIL: JUSTIFICATIVA DA
OFERTA DO CURSO .........................................................................................................................14 4.1. Demandas de naturezas socioeconmica, cultural e ambiental: Contexto Profissional
............................................................................................................................................................16 4.2. Demandas de Naturezas Socioeconmica, Cultural e ambiental: Contexto Global .....20 4.3. Demandas de Naturezas Socioeconmica, Cultural e ambiental: Contexto Local .......29
5. CONCEPO DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DA FAMIL .........................34 6. POLTICAS INSTITUCIONAIS NO MBITO DO CURSO ......................................................37 7. OBJETIVOS DO CURSO ..............................................................................................................44
7.1. Objetivos do Curso: Relaes com o Contexto Educacional ...........................................45 7.2. Objetivos do Curso: Relao com o Perfil Profissional do Egresso ................................46 7.3. Objetivos do Curso: Caractersticas Locais e Regionais ..................................................47 7.4. Objetivos do Curso: Considerao s Prticas Emergentes na rea do Curso ...........49 7.5. Objetivo Geral do Curso .........................................................................................................49 7.6. Objetivos Especficos ..............................................................................................................50
8. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ...................................................................................51 8.1. Perfil Profissional do Egresso: Considerao s DCNs Diretrizes Curriculares para
o Curso de Graduao em Direito ................................................................................................51 8.2. Perfil Profissional: Necessidades Locais e Regionais .......................................................52
8.3. Perfil Profissional: Flexibilidade em Funo de Novas Demandas do Mundo do Trabalho ............................................................................................................................................53 8.4. Perfil Profissional: o Egresso do Curso de Direito da FAMIL ...........................................53
9. FORMAS DE ACESSO ..................................................................................................................55 10. ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO .................56
10.1. Estrutura Curricular: Flexibilidade .......................................................................................58 10.1.1. Estrutura Curricular Flexibilidade: As Atividades Complementares .......................59 10.1.2. Estrutura Curricular Flexibilidade: Os Contedos Optativos....................................59
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10.2. Estrutura Curricular: Interdisciplinaridade e a Articulao entre os Componentes Curriculares no Processo de Formao ......................................................................................60 10.2.1. Estrutura Curricular Interdisciplinaridade e a Articulao entre os Componentes
Curriculares no Processo de Formao: As Prticas Interdisciplinares .................................60 10.2.2. Estrutura Curricular Interdisciplinaridade e a Articulao entre os Componentes
Curriculares no Processo de Formao: O TCC Trabalho de Concluso de Curso .........61 10.2.3. Estrutura Curricular Interdisciplinaridade e a Articulao entre os Componentes
Curriculares no Processo de Formao: Os Eixos Integradores e Ncleos Formativos .....63 10.2.4. Estrutura Curricular Interdisciplinaridade e a Articulao entre os Componentes
Curriculares no Processo de Formao: Estgio Curricular Supervisionado ........................65 10.3. Estrutura Curricular Acessibilidade Metodolgica ........................................................66 10.4. Estrutura Curricular Compatibilidade da Carga Horria ..............................................67 10.5. Estrutura Curricular Elementos Inovadores ...................................................................67 10.6. Estrutura Curricular: Matriz Curricular do Curso de Graduao em Direito .................69
11. CONTEDOS CURRICULARES ...............................................................................................74 11.1. Contedos Curriculares: Desenvolvimento do Perfil Profissional do Egresso
considerando a atualizao da rea do curso ............................................................................74 11.2. Contedos Curriculares: Adequao das Cargas Horrias e das Bibliografias ..........75 11.3. Contedos Curriculares: A Acessibilidade Metodolgica ...............................................76
11.4. Contedos Curriculares: Os Direitos Humanos, Relaes tnico-Raciais e a Educao Ambiental .......................................................................................................................77 11.5. Contedos Curriculares: Conhecimentos Inovadores .....................................................80 11.6. As Ementas e Bibliografias do Curso .................................................................................81
12. METODOLOGIA .........................................................................................................................188 12.1. A Metodologia e as DCNs, o Desenvolvimento de Contedos e as Estratgias de
Aprendizagem e seu Acompanhamento Efetivo ......................................................................188 12.2. A Acessibilidade Metodolgica e a Autonomia de Aprendizado dos Alunos .............190
12.3. Metodologia: As relaes teoria-prtica e as prticas pedaggicas e recursos inovadores ......................................................................................................................................191
13. O ESTGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO .................................................................194 13.1. Gesto da Integrao entre o Ensino e o Mundo do Trabalho e as Atualizaes das
Prticas de Estgio .......................................................................................................................196 14. ATIVIDADES COMPLEMENTARES .......................................................................................198
14.1. Aderncia das Atividades Complementares Formao Geral e Especfica ...........198 14.2. Mecanismos Inovadores na Regulao, Gesto e Aproveitamento das Atividades
Complementares ...........................................................................................................................199 15. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO TCC ..............................................................201
15.1. O Repositrio para os Trabalhos de Concluso de Curso - TCC................................202 16. APOIO AO DISCENTE ..............................................................................................................203
16.1. Centro de Apoio ao Estudante CAE ..............................................................................204 16.2. Ouvidoria ...............................................................................................................................205 16.3. Ncleo de Atendimento Psicopedaggico .......................................................................206 16.4. Ncleo de Integrao Estudantil e Nivelamento .............................................................209 16.4.1. Da Acessibilidade Metodolgica e Instrumental .........................................................211 16.4.2. Polticas de Reteno......................................................................................................212 16.5. Ncleo de Estgio e Carreira ............................................................................................213 16.6. Ncleo de Apoio Financeiro e Monitoria FAMIL .............................................................213 16.7. PAE Programa de Acompanhamento do Egresso .....................................................218 16.8. Incentivo Institucional Formao de Diretrios ou Centros Acadmicos ................219
17. GESTO DO CURSO E OS PROCESSOS DE AVALIAO INTERNA E EXTERNA ..220 17.1. As Avaliaes Internas como Insumo para a Gesto do Curso e a Apropriao dos
Resultados pela Comunidade Acadmica ................................................................................222
5
17.2. As Avaliaes Externas como Insumo para a Gesto do Curso e a Apropriao dos Resultados pela Comunidade Acadmica ................................................................................223
18. TECNOLOGIAS DE INFORMAO TICs NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM ..............................................................................................................................224 19. PROCEDIMENTOS DE ACOMPANHAMENTO E DE AVALIAO DOS PROCESSOS
DE ENSINO-APRENDIZAGEM ......................................................................................................225 19.1. A Avaliao e a Autonomia do Aluno ...............................................................................227
20. NMERO DE VAGAS ................................................................................................................229 20.1. Os Estudos Quantitativos e Qualitativos para Adequao das Vagas em Relao ao Corpo Docente ...............................................................................................................................229 20.2. Os Estudos Quantitativos e Qualitativos para adequao das vagas Infraestrutura
Fsica e Tecnolgica .....................................................................................................................232 21. INTEGRAO DO CURSO COM A DEFENSORIA PBLICA E TRIBUNAIS DE
JUSTIA DE FORTALEZA ..............................................................................................................232 22. ATUAO DO NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE NDE ..................................234
22.1. NDE: Os Estudos e a Atualizao Peridica do PPC .................................................235 22.2. NDE: Os Procedimentos para Permanncia dos Membros do NDE At o Ato
Regulatrio Seguinte ....................................................................................................................236 23. REGIME DE TRABALHO DO COORDENADOR DE CURSO ............................................237
23.1. Os Indicadores que Subsidiam a Gesto da Coordenao de Curso de Direito da FAMIL ..............................................................................................................................................238
24. CORPO DOCENTE: TITULAO ...........................................................................................241 24.1. Titulao do Corpo Docente do Curso Percentual de Doutores ou com titulao
superior ...........................................................................................................................................247 25. REGIME DE TRABALHO DO CORPO DOCENTE DO CURSO ........................................247
26.1. Plano de Carreira Docente ................................................................................................249 26.2. Qualificao do Corpo Docente ........................................................................................250
27. EXPERINCIA NO EXERCCIO DA DOCNCIA SUPERIOR ...........................................250 28. ATUAO DO COLEGIADO DE CURSO OU EQUIVALENTE..........................................251 29. PRODUO CIENTFICA, CULTURAL, ARTSTICA OU TECNOLGICA .....................254 30. ESPAO DE TRABALHO PARA DOCENTES EM TEMPO INTEGRAL...........................255 31. ESPAO DE TRABALHO PARA O COORDENADOR ........................................................255 32. SALA COLETIVA DE PROFESSORES ..................................................................................256 33. SALAS DE AULA ........................................................................................................................257 34. ACESSO DOS ALUNOS A EQUIPAMENTOS DE INFORMTICA ...................................258 35. O NCLEO DE PRTICAS JURDICAS ...............................................................................259 36. BIBLIOTECA ...............................................................................................................................260
36.1. Do Funcionamento ..............................................................................................................260 36.2. Acervo ...................................................................................................................................260 36.2.1 Bibliografias Bsica e Complementar por Unidade Curricular no Curso de Direito261 36.2.2. Os Peridicos Especializados na rea do Curso .......................................................261 36.2.3. Poltica de Aquisio da IES ..........................................................................................263 36.3. Consulta ...............................................................................................................................263 36.4. Emprstimo ..........................................................................................................................263 36.5. Apoio na elaborao de Trabalhos Acadmicos ............................................................264
37. CONDIES DE ACESSO PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 264 38. ANEXOS ......................................................................................................................................273
33.1. REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES .......................................273 38.2. REGULAMENTO DAS PRTICAS INTERDISCIPLINARES .......................................287
38.3. REGULAMENTO DO NPJ E ESTGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE DIREITO DA FAMIL ......................................................................................................................299
6
38.5. REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO DO CURSO DE DIREITO DA FAMIL ......................................................................................................................318
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1. CARACTERSTICAS INSTITUCIONAIS
1.1. Identificao da Mantenedora
MILLENIUM EDUCACIONAL LTDA - ME
CNPJ: 13.075.992/0001-68.
Situada Avenida Godofredo Maciel, 2290, Sala 17, Maraponga, Fortaleza-CE,
60710-684.
1.2. Dirigente principal da Mantenedora
Tereza Maria Da Silva Ferreira
1.3. Identificao da instituio Mantida
Faculdade Educacional Millennium - FAMIL
Situada Rua Lus Torres, 354, Maraponga, Fortaleza-CE.
1.4. Dirigente principal da Mantida
Joaquim de Souza Lima Neto
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2. HISTRICO INSTITUCIONAL
A histria da Faculdade Educacional Millennium est alicerada na
experincia acumulada de um grupo de educadores, dentre os quais,
destaquem-se, os professores Tereza Maria da Silva Ferreira, Joaquim de
Lima Neto e Jos Ferreira Lima Neto, responsveis diretos por este projeto
educacional.
H que se destacar a professora Tereza Maria da Silva Ferreira, pedagoga
que atua na educao h dcadas e responsvel pelas perspectivas
pedaggicas gneses deste projeto.
A Faculdade Educacional Millennium teve sua gnese de constituio e
idealizao instituda gradativamente desde o ano de 2017 a partir de seus
mantenedores e de educadores que os apoiam na concepo deste PDI e do
estudo de demanda por Ensino Superior em Fortaleza - CE, os quais
perceberam que h uma necessidade premente de estabelecimento de uma
nova IES com foco nas cincias jurdicas visando auxiliar a regio no seu
desenvolvimento socioeconmico, cultural e ambiental.
Portanto, a Faculdade Educacional Millennium localiza-se no Municpio de
Fortaleza, no Estado do Cear, sendo um dos maiores centros urbanos da
regio nordeste. Dentro deste contexto scio econmico e educacional, situa-
se a Faculdade Educacional Millennium, que pretende estabelecer-se como
uma Instituio de Ensino Superior com foco inicial na rea de Direito voltada
ao atendimento das necessidades locais e regionais.
O campo de Direito no foi escolhido aleatoriamente, mas a partir de estudos
de mercado e da necessidade de ofertar um curso que realmente auxilie no
desenvolvimento socioeconmico e cultural da Regio. .
A experincia de seus dirigentes, aliada sua meta de implantar uma
instituio para ministrar um ensino com elevada qualidade, ampla efetividade
e, acima de tudo, comprometida com a comunidade onde est inserida,
possibilitam crer que ser uma IES voltada a difundir conhecimentos e
9
contribuir para o fortalecimento e capacitao de profissionais de excelncia
que sejam capazes no somente de melhorarem suas vidas, mas tambm a
comunidade em que se inserem.
Os futuros alunos da Faculdade Educacional Millennium devero receber
conhecimentos que se traduziro em competncias, habilidades e atitudes -
que so de interesse do mercado de trabalho, o qual gerar os empregos
para estes, os quais sero pessoas ativas no processo de desenvolvimento
socioeconmico e cultural a regio.
2.1. Misso Institucional
Contribuir para o desenvolvimento socioeconmico, cultural e ambiental da
sociedade Cearense e brasileira, a partir da oferta de cursos superiores de
graduao, ps-graduao e extenso, formando especialmente profissionais
das carreiras jurdicas que atuem com competncia tcnico-jurdica e
conscincia de suas responsabilidades frente defesa da tica, da justia e da
cidadania.
.
2.2. Viso Institucional
Ser, entre as maiores instituies de ensino superior do Estado do Cear, uma
das melhores referncias educacionais em termos de Ensino Superior, centrada
no desenvolvimento econmico e socioambiental da sua regio de insero,
constituindo cidados capazes de intervir positivamente na sociedade em que se
inserem.
2.3. Valores
Aluno Porque ele a razo de ser da FAMIL
Professor Porque ele o mediador para constituirmos o sujeito almejado.
10
Homem Porque ele constitudo como ser social histrico e o nosso
objetivo maior.
tica Porque ela a chave para a mudana das expectativas humanas e a
constituio de uma sociedade realmente justa.
Excelncia Porque ela a nossa busca constante em tudo o que fazemos.
Educao Porque somente a partir dela se faz possvel a (re) evoluo na
vida e no mundo.
2.4. Objetivos
I - Desenvolver conhecimentos culturais, cientficos e tecnolgicos inter-
relacionados com o ensino de qualidade nas reas de conhecimento dos seus
cursos;
II - Estimular a iniciao cientfica, para o desenvolvimento da cincia e da
tecnologia e divulgao da cultura, para entendimento do meio social que
estamos inseridos;
III - Formar profissionais competentes, inicialmente, na rea jurdica e, a
posteriori, em diferentes reas do saber, aptos para serem inseridos e
participarem no desenvolvimento da sociedade, e desenvolverem suas
formaes continuamente;
IV - Contribuir para o acesso judicirio s camadas mais pobres da populao;
V - Estimular o desenvolvimento da cultura e da sustentabilidade socioambiental;
VI - Proporcionar o desenvolvimento social e econmico em sua regio de
insero;
VII - Proporcionar o conhecimento crtico das problemticas atuais, em especial
as nacionais e regionais para, a partir dessa expectativa formativa, prestar
servios especializados comunidade atravs de uma relao recproca;
11
VIII - Promover a extenso universitria, aberta participao comunitria,
visando difuso do desenvolvimento e benefcios resultantes dos servios
acadmicos, da criao cultural e da pesquisa cientfica e tecnolgica geradas na
instituio;;
IX - Promover o empreendedorismo, a inovao e a sustentabilidade, bases da
sociedade contempornea.
12
3. CARACTERSTICAS GERAIS DO CURSO SUPERIOR DE
GRADUAO BACHARELADO EM DIREITO
3.1. Denominao
CURSO SUPERIOR DE GRADUAO BACHARELADO EM DIREITO
3.2. Modalidade de Ensino
Bacharelado
3.3. Modalidade de Oferta
Presencial
3.4. Vagas Anuais
80
3.5. Turnos de Funcionamento
Matutino e Noturno
3.6. Nmero de alunos por turma
40 (quarenta)
3.7. Integralizao
Mnimo de 10 (dez) semestres e mximo de 16 (dezesseis) semestres.
3.8. Carga Horria e Durao do Curso
4120 Horas 10 semestres
13
3.9. Regime de Matrcula
Semestral
3.10. Regime do Curso
Seriado Semestral
14
4. CONTEXTUALIZACAO DO CURSO DE DIREITO DA FAMIL:
JUSTIFICATIVA DA OFERTA DO CURSO
A FAMIL uma Instituio de Ensino Superior de iniciativa privada, em fase de
credenciamento, protocolada no ano de 2017, tendo como curso de graduao
Bacharelado em Direito.
A solicitao especfica de autorizao do Curso de Direito advm da forte
convico dos gestores da IES de que ele se faz permanentemente necessrio para
o desenvolvimento no apenas social e econmico, mas, por tratar-se de um
profissional que se destaca no contexto social como um dos agentes de justificao
e transformao da realidade da comunidade em que se insere.
Assim, a busca pela autorizao do curso ultrapassa os limites da demanda por
profissionais da rea de Direito e adentra na busca de proteo de direitos e
garantias individuais e sociais fundamentais da populao da Regio Nordeste do
pas, regio esta conhecida nacionalmente pelos altos ndices de excluso social e
de falta de acesso aos Direitos bsicos e de constituio da cidadania plena.
Dessa forma, este Projeto Pedaggico do Curso de Direito pressupe o
conhecimento da realidade local e regional, enquanto construo social, poltica,
econmica e cultural, e coaduna-se com o perfil da FAMIL, voltado prestao de
servios educacionais da ordem privada, porm com norte no interesse coletivo.
O curso observa os indicativos das Diretrizes Curriculares Nacionais, cuja proposta
curricular atual do Curso est (inter) relacionada aos indicadores dos padres de
qualidade almejados pelo MEC e, ainda, aos propsitos da FAMIL em seu Projeto de
Desenvolvimento Institucional.
Objetiva-se, atravs da mediao do seu corpo docente, a qualificao do
profissional jurdico para interagir na sociedade, respaldada em padres de ensino
que permitam responder aos problemas centrais de uma sociedade em constante
mudana e que necessita de defensores do Direito e da Cidadania para o seu
desenvolvimento.
15
A fim de articular critrios e propsitos compartilhados pelo Curso de Direito com a
IES, cuja misso Contribuir para o desenvolvimento socioeconmico, cultural
e ambiental da sociedade Cearense e brasileira - o Projeto Pedaggico do Curso
de Direito articula suas aes atravs de um processo interdisciplinar comprometido
com a formao profissional de cidados que devem atuar como protagonistas e
multiplicadores desse compromisso social.
Ento, a graduao em Direito FAMIL objetiva formar bacharis com capacidade
para atuar nas vrias reas da operao jurdica, bem como tornarem-se
conscientes de seus papis como defensores da cidadania e dos Direitos
Fundamentais institudos pela Constituio Brasileira, aproximando-os da
comunidade atravs da atuao do Ncleo de Prticas Jurdicas - NPJ e outros
projetos que sero explicitados na estrutura do curso.
Pelas caractersticas do Estado do Cear, o curso buscar atender a uma vocao
de servir comunidade, ao promover a extenso jurdica e proporcionar o
permanente e efetivo envolvimento de professores e acadmicos, atravs de
programas e atividades desenvolvidas no NPJ-Ncleo de Prticas Jurdicas junto
comunidade a qual est inserida.
Assim, o Curso de Direito da FAMIL transita pelas instncias do ensino, da pesquisa
e da extenso, articulando as linhas bsicas de ao da IES e orientando-se por
valores que resguardam a primazia da dignidade da pessoa humana sobre as coisas
e interesses materiais; reconhecendo a justia social como meta permanente.
Partindo-se do princpio que indica a educao como condio bsica para o
exerccio da cidadania, justifica-se a oferta do Curso de Graduao em Direito pela
FAMIL por ser ele capaz de difundir e discutir justificaes; favorecer o
conhecimento das leis, de seus motivos e dos procedimentos para assegurar sua
efetividade; favorecer a incluso social e a defesa do meio ambiente e contribuir
para o desenvolvimento socioeconmico de uma regio que apresenta srios
problemas de desigualdade e incluso social, inclusive de baixo acesso justia.
No entanto, a justificativa do Curso de Direito para atender a regio Metropolitana de
Fortaleza e todo o Estado do Cear, sustenta-se no apenas em questes
16
relacionadas s necessidades dos cidados, mas por singularidades que sero
delineadas a seguir.
4.1. Demandas de naturezas socioeconmica, cultural e ambiental: Contexto
Profissional
Iniciamos esta seo em uma perspectiva que poder inicialmente soar
contraditria, mas que ao final demonstrar as reais expectativas do pleito em
arrazoar e justificar a oferta do curso de Direito por nossa IES.
Segundo a OAB, a partir do Cadastro Nacional de Profissionais mantido pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, divulgado em 11/2016, o
Brasil atingiu neste momento a marca de 1 milho de advogados (no inclusos
estagirios e suplementares).
O IBGE projeta que a populao brasileira no mesmo ano de 2016 chegou a 206
milhes de habitantes (segundo o instituto, um novo brasileiro nasce a cada 20
segundos). Dessa forma, numa comparao simples, h um advogado para cada
205 habitantes 0,5% da populao dessa categoria.
Segundo o levantamento Justia em Nmeros, do Conselho Nacional de Justia, o
Brasil tem 102 milhes de processos. Assim, em outra comparao simples, so 102
processos para cada advogado.
Porm, configurando-se em um pas de dimenses continentais como o Brasil, esse
cenrio passa a ter algumas peculiaridades bem marcantes, afinal, considerando-se
So Paulo com 282 mil advogados (28,2% dos advogados do Brasil), Rio de Janeiro
(138 mil) - (13,8%), Minas Gerais (102 mil) (10,2%) e Rio Grande do Sul (75 mil) -
(7,5%), passa-se a perceber algumas distores na distribuio geogrfica desses
profissionais, haja vista, tambm em uma comparao simples, esses 04 Estados
Brasileiros detm 59,7% dos advogados no Brasil, mas possuem apenas cerca de
17
40% da populao brasileira, o que revela a uma disparidade entre as relaes
estados X populao X n advogados.
Apenas a ttulo ilustrativo, o Nordeste Brasileiro, dada a reconfigurao e
crescimento das ltimas dcadas, atualmente possui cerca de 30% da populao
brasileira, ou seja, os 40,3% restantes dos advogados brasileiros, so distribudos
em 22 Estados da Federao.
Os estados brasileiros com menor nmero de advogados so Roraima (1,5 mil),
Amap (2,4 mil), Acre (3 mil) e Tocantins (5 mil).
Essa diviso distorcida entre os estados brasileiros facilmente explicada a partir do
nmero de cursos de Direito em atividade no Brasil, o quais em sua maioria esto
concentrados nas regies Sudeste, Sul e Centro-Oeste, como j apontamos.
Esses nmeros pouco mudaram nos ltimos anos, pois em 12013 o Ministrio da
Justia divulgou dados muito semelhantes, a saber:
Advogados
No Cear, para cada 100 mil habitantes existem 176 advogados; nmero quase
cinco vezes menor que no Distrito Federal, que apresenta 852 advogados e trs
vezes menor que em So Paulo que possui 567 advogados para cada grupo de 100
mil cidados.
1 INAJ: nmeros e grficos sobre o Sistema de Justia no Brasil (2013)
18
Quando consideradas as regies, a quantidade de advogados :
Sudeste: 504,95
Centro-Oeste: 474,91
Sul: 425,34
Norte: 215,62
Nordeste: 190,95
Vale destacar que a regio nordeste possui atualmente um nmero muito prximo
de habitantes comparados a regies como sudeste e centro oeste, porm o nmero
de profissionais de justia disponveis por nmero de habitantes significativamente
menor quando comparados a esses mesmos estados da federao.
A partir da constituio de questes como -qual o universo de litgios no Brasil? -
quantos tm acesso Justia? - quem tem acesso? - o que se litiga? -qual o alcance
da resposta jurisdicional? - surge outra disparidade que a questo da diferena de
acesso justia entre as Regies Brasileiras, afinal, segundo o IBGE o Brasil que
atingiu o nmero de 202 milhes de habitantes no ano de 2014, em 2014, conforme
revela o CNJ (Justia em nmeros 2014), h 102 milhes de demandas judiciais
pendentes, o que corresponde mdia de um litgio para cada dois habitantes.
19
Considerando esse cenrio de processos judiciais, h que se destacar que apenas
30% dos indivduos envolvidos em disputas procuram a Justia. Ademais, h maior
utilizao do Judicirio nas regies que apresentam maior ndice de
desenvolvimento humano, como o caso da regio sudeste.
Segundo os dados do CNJ, a Regio Sudeste apresenta 64% de todos os processos
entrados do pas, enquanto sua populao corresponde mdia de 40% dos
habitantes do pas. Da mesma forma, a Regio Sul abriga uma parcela de 15% da
populao brasileira e tem, em mdia, 20% dos processos entrados. Em contraste, a
Regio Nordeste, contribuindo com 30% da populao brasileira, participa, em
mdia, com somente 6% dos processos entrados; a Regio Norte possui 7% da
populao e responde, em mdia, por somente 3% dos processos.
Em suma, as regies Sudeste e Sul concentram assim 84% dos processos, ao
passo que as regies Nordeste e Norte so responsveis por apenas 9% dos
processos.
Com relao ao alcance da resposta jurisdicional, novamente as diversidades
regionais oscilam profundamente. A ttulo de exemplo, instigante pesquisa baseada
no prazo mdio (em dias) relativo s distintas fases do processo na esfera
trabalhista nas 24 regies judicirias do pas, revela que na 2 Regio (So Paulo) o
tempo de execuo na esfera trabalhista corresponde a 121 dias, enquanto que na
19 Regio (Alagoas), corresponde a 1.003 dias.
Ressalte-se que essas profundas oscilaes de tempos processuais nas diferentes
regies brasileiras, comprometem a expresso de um Poder Judicirio nacional, em
afronta ao direito boa governana judicial, com transparncia e responsividade.
No entanto, vale frisar que as disparidades judiciais aqui vislumbradas se estendem
a outras expectativas sociais entre as regies brasileiras, mesmo considerando o
fato de que a ltima dcada demarcada por um crescimento socioeconmico e
configurao de polticas descentralizadas de combate fome e excluso com
foco no nordeste brasileiro.
20
4.2. Demandas de Naturezas Socioeconmica, Cultural e ambiental: Contexto
Global
No que diz respeito mais especificamente economia regional, segundo o IPECE
Instituto de Pesquisas e Estratgia Econmica do Cear, nos ltimos anos, a
economia cearense tem demonstrado maior dinamismo do que a economia nacional.
De fato, durante o perodo anterior crise (2004-2007), a economia cearense
cresceu a uma taxa mdia anual de 4,8% contra 4,7% da economia brasileira. Na
anlise de 2004 a 2012, o pior resultado apresentado pela economia cearense foi no
ano de 2009, pice da primeira crise, quando o PIB a preos de mercado estadual
alcanou uma taxa de crescimento de apenas, 0,04%, mesmo assim acima da
mdia nacional que registrou uma queda de 0,3% sobre o ano de 2008.
Em 2010, aps o pice da crise em 2009, a economia cearense registrou um
crescimento em seu Produto Interno Bruto (PIB) a preos de mercado, de 5,8 %,
ficando, mais uma vez, acima da mdia nacional, que apresentou uma expanso de
4,7%. H que se destacar que os segmentos da Indstria e Servios foram os
responsveis pelo crescimento da economia cearense, com taxas de,
respectivamente, 11,84% e 6,75%.
21
Nos anos de 2011 e 2012, a economia cearense continuou a demonstrar
crescimentos maiores do que a economia nacional.
Em 2013 o crescimento cearense continuou principalmente no que diz respeito ao
campo da Construo civil, uma vez que o mercado imobilirio continuou aquecido e
as obras para a realizao das copas das Confederaes e do Mundo ainda esto
em andamento. Alm disso, o segmento continua sendo incentivado pelo Governo
Federal, por meio da desonerao do IPI e pela adoo de outras medidas de
incentivo com efeito sobre os custos de produo. Outro fato mais recente e que
beneficiou e continuar beneficiando as atividades de Construo civil so as obras
do Programa minha Casa, Minha Vida.
Os Servios representam 72,13% da economia cearense e dentre suas atividades, o
maior destaque cabe ao Comrcio, em particular o varejista, que desde 2004 vem
crescendo. Ressalte-se que agora em 2017 as previses negativas relativas ao setor
22
de Servios foram em boa parte suplantadas, tudo a partir das ltimas medidas do
Governo Federal direcionadas ao Comrcio, sobretudo a reduo da taxa de juros,
bem como a desonerao de impostos (IPI) incidentes nos produtos industriais, que
rebatem nas vendas comerciais, por atingir bens de amplo consumo interno.
H tambm a grande contribuio do turismo para a economia cearense, em
especial para o municpio de Fortaleza, tudo devido s aes que esto sendo
implementadas e que continuaro ao longo de muitos anos.
Merece destaque tambm o desempenho da produo industrial no Cear que, em
desde 2013, esteve atrelado, principalmente, melhoria nas condies de oferta
com ampliao da competitividade e, em menor escala, ao comportamento da
demanda domstica.
Ressalte-se que, no que tange a oferta educacional da Faculdade Educacional
Millenium, a constituio de seus ingressantes no foi planejada considerando nica
e exclusivamente a cidade de Fortaleza, sede da IES, mas de todo o Estado do
Cear e, principalmente, dos municpios circunvizinhos do interior que forma a
Regio Metropolitana (RMF) e que consomem e necessitam da capacitao e
qualificao de mo de obra constituda na capital, a saber:
Populao, distncia e vias de acesso dos municpios do interior das reas de
influncia da FAMIL.
Distncia aproximada da FAMIL e outros municpios do entorno
Interior Populao Por Rodovia Acesso
Aquiraz 77.117 9,6 km BR-116 Regio
metropolitana
Maracana 226.128 5,0 Km BR-116 Regio
metropolitana
Caucaia 363.982 10,8 km BR-020 e CE-085
Eusbio 52.667 12,2 km CE-040 e BR116
Norte e metropolitana
23
So Gonalo do
Amarante
(Pecm)
43.890 20 km CE-085
Itaitinga 39.518 16 km CE-060 Regio
metropolitana
Maranguape 127.098 39,8 km CE-065 Regio
metropolitana
Pacajus 71.193 66 km BR-116 Regio
metropolitana
Pacatuba 83.157 48,3 km CE-060 Regio
metropolitana
Paracuru 34.097 38,8 km BR-222, CE-085, CE-
423 e CE 341.
Redeno 27.633 45 km CE-060 Regio
Norte
Taba 2.600 17 km BR-222 e CE-423
Umirim 19.811 49 km BR-222
Fonte: ibge
24
Da mesma forma, h que se destacar tambm alguns aspectos singulares da regio
de insero que o investimento constitudo em municpios de abrangncia da
Grande Fortaleza onde est inserida a FAMIL. Trata-se de investimentos de grande
porte que geraro uma gama enorme de emprego e desenvolvimento regional e que
ainda esto em fase de implantao e/ou sero efetivados nos prximos anos.
Dentre eles, destaquem-se:
Terminal Pecm
25
A Faculdade Educacional Millenium est localizada a 50 km do municpio de So
Gonalo do Amarante, no Estado do Cear. O municpio em questo abriga um
grande nmero de complexos industriais e conexos que j esto em atividade h
alguns anos e a sua mo de obra advm de Fortaleza CE.
O Terminal Porturio do Pecm j o quarto maior porto exportador do Nordeste e o
primeiro em exportaes de frutas do Brasil. A sua ampliao e a implantao do
Terminal de Mltiplo Uso (TMUT), visam atender crescente movimentao de
cargas mltiplas e gerais. A obra esta orada em R$ 342 milhes e ir consolidar o
terminal, cada vez mais, como um porto concentrador de cargas, uma vez que suas
instalaes fsicas permitiro a atracao de navios de grande porte.
Terminal de Regaseificao de GNL
Com um projeto indito no mundo, a Petrobras iniciou em 2008 sua atuao como
agente no mercado internacional de gs liquefeito (GNL), a partir da entrada em
operao dos terminais de regaseificao no Porto de So Gonalo do Amarante (a
cinquenta KM da Sede da IES). O terminal tem capacidade para regaseificar 7
milhes de m de gs por dia, o equivalente a cerca da metade do consumo de gs
natural demandado pelo mercado trmico em todo Pas. O gs ser usado,
prioritariamente, para gerao de energia eltrica nas usinas Termocear,
TermoFortaleza e Jesus Soares Pereira (RN)
Siderrgica
Na regio do Pecm e Paracuru est sendo estabelecido um empreendimento
envolvendo o Governo do Estado, o grupo brasileiro Vale do Rio Doce e a coreana
DongKuk, a Companhia Siderrgica do Cear, que receber US$ 6 bilhes em
investimentos. Somente na primeira etapa, produzir 2,5 milhes de toneladas de
placas de ao por ano, podendo ser expandida para 5 milhes. O empreendimento
deve gerar cerca de cinco mil empregos na sua operao. A nova unidade ter como
matriz energtica o carvo mineral.
No entanto, diante de tantos atributos de desenvolvimento socioeconmico, segundo
o IPECE, o mercado de trabalho em Fortaleza e no Estado do Cear dever
26
continuar contratando durante muito tempo em resposta aos empreendimentos em
implantao, bem como em funo do bom desempenho esperado para as
atividades varejistas e o turismo. Porm, um entrave paira sobre todos os
segmentos, que a escassez de mo de obra qualificada para atender todas as
atividades em alta.
Vale destacar o crescimento na rea educacional alcanado pelo municpio de
Fortaleza e o prprio Estado do Cear na ltima dcada.
Segundo o IPECE, no ano 2014, os municpios que obtiveram o melhor desempenho
no que concerne populao com mais de 8 anos de estudo foram Fortaleza
(42,98%), Crato (32,81%), Maracana (29,57%), Caucaia (28,71%) e Juazeiro do
Norte (26,04%). Quanto ao indicador referente ao percentual da populao que
possui mais de 15 anos de estudo, este utilizado para estimar o percentual da
populao que possui o ensino superior e , novamente, Fortaleza (5,33%) obteve o
maior ndice segundo os dados do censo demogrfico do IBGE do ano 2010,
seguido dos municpios de Crato (4,3%), Sobral (3,23%), Barbalha (2,07%) e
Limoeiro do Norte (2,05%).Considerando somente Fortaleza que detentora dos
melhores ndices, a diferena entre estes dois indicadores que corresponde a
37,65% da populao, representa uma medida aproximada da dimenso da
demanda reprimida por cursos superiores na capital cearense. No Estado do Cear,
o percentual da populao com ensino superior no ano 2000 correspondeu a 1,70%
ou 126.652 pessoas. A taxa bruta de frequncia ao ensino superior no Estado
aumentou 126,14% durante os anos de 1991 e 2000, saindo de 5,70% no ano de
1991 para 12,89% no ano 2000, indicando assim um maior acesso a educao de
nvel superior para a populao cearense naquele dado momento.
No mais atual contexto, segundo os dados do Censo da Educao Superior de 2013
(MEC), o Nordeste registrou um aumento significativo do nmero de estudantes em
faculdades e universidades entre 2001 e 2013, saltando de 15,2% para 22,9% .
Esse crescimento significativo se constitui a partir do reflexo do aumento da
capacidade de renda da populao e da exigncia por profissionais qualificados em
um mercado que apresenta ascenso no cenrio nacional.
27
No ano de 2013, de acordo com dados da Secretaria de Educao Bsica do Cear,
o nmero de estabelecimentos do ensino fundamental chegou a 9.521. Em relao
ao ensino mdio, este valor foi igual a 797 estabelecimentos, sendo 6 federais, 526
estaduais, 4 municipais e 261 particulares. A matrcula inicial no ensino fundamental
alcanou um nmero igual a 1.726.560, sendo de 422.913 o nmero de matriculas
iniciais no ensino mdio.
A Educao Infantil possui 420.820 matrculas (68,2% na rede pblica); enquanto
que o Ensino Fundamental compreende 1.776.560 matrculas (88,6% na rede
pblica). J o Ensino Mdio apresenta uma reduo neste nmero para 422.913
matrculas (88,1% na rede pblica - todos em 2013). Quanto ao ensino superior
94.140 alunos esto matriculados (53,0% na rede pblica 2013).
Apesar dos nmeros, levando-se em considerao o PNE Plano Nacional de
Educao que tem o seu marco determinante para o 2020, o municpio de Fortaleza
e o Estado do Cear no atingiro nem de perto o que foi planejado como meta pelo
poder pblico, seja no Ensino Bsico ou no Ensino Superior.
Segundo o IPECE, apesar dos avanos da dcada anterior, o ltimo Censo
Demogrfico ainda demonstra um contingente de mais de 16 milhes de brasileiros
vivendo com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00, considerada naquele
ano a linha de extrema pobreza oficial no pas. No mesmo levantamento estatstico,
o Estado do Cear apresenta um contingente de 1,5 milhes de pessoas, sendo o 7
Estado com a maior proporo de extremamente pobres. Esse volume de pessoas
vivendo em condies precrias evidencia que existe ainda espao para uma
poltica social mais eficaz na focalizao dos menos favorecidos.
Nesse sentido, as perspectivas para os prximos anos no que tange ao Estado
devem considerar informaes permitam a elaborao de um verdadeiro perfil da
populao pobre no seu carter multidimensional, mostrando, assim, que a
insuficincia de renda est correlacionada com diversas outras deficincias sociais,
como o acesso a bens e servios essenciais, como gua, luz, educao, sade e
moradia.
28
Assim, concomitante a esse argumento, faz-se necessrio que a 2sociedade
potencialize todos os avanos obtidos at ento no combate pobreza, buscando
diminuir ainda mais esse contingente populacional que ainda no dispe de meios
para se incluir socialmente. H diversos programas constitudos pelo poder pblico
que estaro em voga ainda por muitos anos, como por exemplo, o Plano Brasil Sem
Misria. No entanto, considera-se que h mais do que aes a serem feitas pelo
Poder Pblico, pois o foco se centra em um ajuste social que considere tanto a
iniciativa privada quanto a pblica.
Vale destacar que em maio de 2012, o governo lanou o programa Brasil Carinhoso
que, inicialmente beneficiaria crianas de at 6 anos de idade. Em outubro, o Brasil
Carinhoso estendeu os benefcios para crianas e adolescentes at 15 anos de
idade. Como a maior incidncia da pobreza brasileira encontra-se nesta faixa de
idade, o impacto do programa direto e de grande magnitude. De acordo com
estimativas do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS),
1.476.282 cearenses passaro a receber o benefcio do Governo Federal garantindo
renda familiar per capita superior linha de extrema pobreza de R$ 70. Tomando
por base os dados do Censo Demogrfico de 2010, isto corresponde a uma reduo
de mais de 98% da extrema pobreza no Estado, apontando uma tendncia de
erradicao da extrema pobreza no Cear.
No obstante, h que se considerar que as disparidades judiciais esto, na verdade,
em consonncia com todas as outras disparidades sociais apresentadas pela
Regio Nordeste dentro da configurao brasileira.
Vale ratificar tambm que o nmero de advogados bem menor da regio nordeste
em relao s outras regies brasileiras, facilmente explicado tambm a partir da
configurao distributiva do Ensino Superior Brasileiro.
O Censo da Educao Superior de 2014 registrou a participao no Brasil de 2.416
IES Instituies de Ensino Superior. Desse conjunto, 84,7% so faculdades, 8,0%
so universidades, 5,6% so centros universitrios e 1,7% representam a soma de
2 Inclumos na significao da palavra sociedade, tanto o poder pblico, quanto a iniciativa privada.
29
institutos federais de educao, cincia e tecnologia (IFs) e de centros federais de
educao tecnolgica (Cefets).
Em termos de distribuio por regio geogrfica, praticamente metade das IES
(48,9%) est localizada na regio Sudeste. A outra metade apresenta a seguinte
distribuio: 18,3% no Nordeste, 16,5% no Sul, 9,9% no Centro-Oeste e 6,4% no
Norte. (Fonte: MEC/Inep).
4.3. Demandas de Naturezas Socioeconmica, Cultural e ambiental: Contexto
Local
No que concerne ao contexto regional em que se insere a IES, h que se destacar
que os idealizadores deste Plano para o quinqunio fizeram um amplo estudo antes
da sua implantao, considerando, inclusive, cenrios determinantemente
pessimistas para a efetivao deste pleito.
A Faculdade Educacional Millenium est localizada na cidade de Fortaleza-CE, no
Bairro Maraponga.
Trata-se de uma localidade perifrica da capital que atende a um comrcio, indstria
e prestadores de servios com relativa autonomia em relao ao centro da cidade ou
outros bairros, haja vista haver autossuficincia do comrcio local.
O bairro fica a poucos quilmetros do municpio de Maracana que possui
aproximadamente 240 mil habitantes e o chamado setor industrial da metrpole
Fortaleza-CE.
No municpio de Fortaleza os bairros so divididos em Regionais. No caso da
Maraponga a Regional a V que formada por 17 bairro, conforme a figura abaixo:
30
Segundo o Instituto de Pesquisas do Cear IPCE, a regional V possui mais de
meio milho de habitantes, sendo a segunda regional mais populosa de Fortaleza.
J no que diz respeito Regio Metropolitana de Fortaleza, segundo dados do IBGE
(2017), a regio possui 4 051 744 de habitantes e formada por municpios com
caractersticas socioeconmicas diversas.
31
Regio Metropolitana de Fortaleza-CE:
preciso considerar a caracterstica estratgica da oferta do curso, na localidade
em questo, que diz respeito proximidade do bairro com os municpios vizinhos
que compem a regio metropolitana de Fortaleza e que possuem deslocamentos,
em relao a tempo, menores do que a maior parte de todas as IES que ofertam o
32
curso de Direito em Fortaleza.
Dessa forma, a insero regional da FAMIL est intimamente ligada tambm ao
princpio da mobilidade urbana para a oferta de Ensino Superior configurado como
mais uma necessidade da sociedade moderna brasileira nos ltimos anos.
MUNICPIO POPULAO N DE VAGAS
EM CURSOS DE
DIREITO
DISTNCIA DO
CURSO DE
DIREITO
EDUFOR
Fortaleza 2.643.247 3.235 (Obs* 900
vagas, ou, 28%
pertencem a
UNIFOR)
14,9 Km
(distncia
percorrida entre a
IES mais prxima
que oferta Direito)
Caucaia 363.982 - 49 Km
Maranguape 127.098 - 42 Km
Aquiraz 79.563 - 40 Km
Maracana 226.128 - 15 Km
Pacatuba 83.157 - 24 Km
Eusbio 52.880 - 17 km
So Gonalo do
Amarante
48.516 - 60 Km
Itaitinga 39.518 - 30 Km
Guaiba 26.472 - 48 Km
Horizonte 66.114 - 40 Km
Pacajus 71.193 - 50 Km
Chorozinho 19.345 - 66 Km
Pindoretama 20.748 - 41 Km
Cascavel 71.499 - 54 Km
TOTAL 3.939.460
33
Assim, considerando os nmeros acima, possvel verificar que o nmero de vagas
do curso de Direito da Regio Metropolitana de Fortaleza est bem abaixo do que a
expectativa da OAB na relao nmero de vagas/populao.
Da mesma forma, conforme pode se verificar no quadro acima (destaque em
amarelo), a populao atendida pela IES de um nmero considerado muito maior
do que outros municpios do Brasil que possuem, inclusive, muitos cursos de Direito
para populaes bem menores.
Assim, trata-se de uma Faculdade que em termos de atendimento populacional,
possui mais condies do que a maior parte da IES que esto inseridas em outras
regies da cidade, haja vista haver pouca concorrncia para atendimento da sua
demanda de ingressantes que muito grande.
No h como no destacar, tambm, o fato de que a populao atendida pelo curso
de Direito no Bairro da Maraponga, por se tratar de uma regio perifrica de
Fortaleza, possui uma faixa de renda menor do que aquelas concentradas em
bairros nobres da capital cearense onde o curso de Direito maciamente ofertado.
Ademais, boa parte dessa mesma populao a que menos tm acesso aos meios
judiciais, o que far do Ncleo de Prticas Jurdicas da FAMIL, dada a sua
proximidade com esses cidados, um marco e um meio de reconfigurar as
expectativas sociais loco-regionais.
Por fim, vale ressaltar tambm a conscincia plena da IES acerca do perfil do seu
Curso de Direito: sediado em uma regio do nordeste do Brasil, a qual possui uma
densidade populacional suficiente para sua oferta, esse curso ir se consolidar no
apenas como um meio de atender s demandas institudas pelo contexto de
mercado em que se insere, mas, e principalmente, dada a sua realidade de uma
maioria de ingressantes de famlias de classe mdia em ascenso, formadas por
cidados que procuram o Ensino Superior como meio de galgar melhores condies
de vida para si e para outrem, esse projeto de curso no se constitui apenas como
um instrumento para formar advogados ou profissionais do mbito jurdico, mas
34
como um meio pelo qual se possvel diminuir a distncia entre os cidados e
justia e interferir positivamente na sociedade e no ambiente em que se constitui o
prprio curso, efetivando assim o Estado Democrtico e o acesso educao
superior e a todas as profisses e cargos, a que todos os cidados almejam e tem
igual direito.
5. CONCEPO DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DA FAMIL
Conforme citamos no contexto educacional e justificativa deste curso, o profissional
de Direito almejado pela FAMIL tem estreito lao com a realidade das necessidades
jurdico-sociais da Regio em que se insere.
Dessa forma, antes de delinear os objetivos, perfil do egresso e outros elementos
que compem as expectativas do curso de Direito da FAMIL, h que se destacar a
gnese do curso: a inter-relao do curso com as expectativas institucionais e a sua
insero regional.
O curso de Direito da FAMIL advm das nuances que compem o desenvolvimento
institucional e a relao com a regio em que se insere, estabelecendo um percurso
formativo sempre em consonncia com as necessidades regionais e as
caractersticas inerentes a sua populao.
Cabe lembrar ento, que o curso serve, a priori, a sua populao direta: a
comunidade composta pela Regio Metropolitana de Fortaleza.
Da mesma forma, o curso se estabelece no mbito da Lei n 13.005, de 25 de junho
de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educao PNE 2014-2024, buscando
diminuir as desigualdades educacionais entre as diferentes regies do Brasil e do
princpio de interiorizao da Educao Superior, que no pode ser relegada
unicamente iniciativa pblica, pois alm de dever do Estado, dever e
responsabilidade de todos a busca pelo crescimento do pas, o que s ser possvel
pela oportunidade igualitria a todos os cidados indiferente realidade em que se
insere.
35
Desse modo, o curso de Direito da FAMIL inicia sua concepo estrutural a partir
das Diretrizes Curriculares para a graduao em Direito estabelecidas pelo MEC,
mais especificamente a Resoluo CNE/CES n 09/2004 e as polticas institudas no
Projeto Pedaggico Institucional da IES.
Assim, o curso de Direito tambm uma ferramenta de alcance de objetivos
institucionais, a saber:
Oportunizar populao perifrica da Regio Metropolitana de Fortaleza as
mesmas oportunidades de formao profissional relegadas historicamente a
populao localizada em reas mais centrais da Capital;
Promover o ensino, a pesquisa e a extenso pelo cultivo do saber, nos domnios
da cincia do direito e de suas tcnicas, e sua aplicao a servio do progresso da
comunidade e da pessoa humana;
Contribuir para a formao geral e tcnica da comunidade, mediante o preparo de
profissionais qualificados nos diferentes campos da carreira jurdica;
Atuar no processo de desenvolvimento da comunidade que vive em sua rea de
abrangncia e influncia;
Colaborar no esforo de desenvolvimento do Pas articulando-se com poderes
pblicos e com a iniciativa privada para o estudo de problemas em mbito regional e
nacional;
Participar, mediante a promoo de iniciativas culturais e a prestao de servios
assistenciais e tcnicos, na soluo de problemas da comunidade.
Dessa forma, no processo de constituio do curso de Direito, mais precisamente no
que concerne sua identidade, estabeleceu-se que este teria como norte formativo
a associao com a realidade regional, no que chamamos neste projeto de
Orientao para o Desenvolvimento Jurdico Social.
Trata-se da operacionalizao prtica de um profissional que compreende o
fenmeno jurdico como um meio de mudar positivamente a sociedade em que se
36
insere, seja no mbito de defender as polticas pblico-jurdicas que compem a vida
dos cidados, seja no mbito de entender e defender o exerccio pleno da cidadania
e do Direito de todos.
Assim, cabe ao egresso do curso, decorridos os 05 (cinco) anos de sua formao na
graduao, defender e exercitar a cidadania na exata dimenso do comando
constitucional estabelecido desde 1988: a dignidade da pessoa humana. Para tal,
esse profissional deve necessariamente agremiar, durante o perodo da graduao,
bases slidas de conhecimento humano, tcnico e cientfico, de modo a fomentar no
seio social a plenitude dos pilares e conceitos de natureza jurdica, alicerando, com
primazia, o estado democrtico de direito com a devida responsabilidade social.
Logo, a proposta identitria do curso de ser voltado ao Desenvolvimento Jurdico
Social busca conceber uma formao de profissionais do Direito com elevado nvel
de preparo intelectual e conscincia social, qualificados para o exerccio tcnico e
profissional do Direito; e que percebam o Direito como instrumento de transformao
social e de construo da cidadania. Ou seja, trata-se de um profissional em Direito
que possui o instrumental necessrio para compreender a realidade dentro da qual
exercer sua profisso, agindo sobre ela.
O que se almeja ento incentivar a percepo e a compreenso normativa da vida
social no seu processo de mudana, ao invs de transmitir um conhecimento
abstrato e, por ser dogmtico, desvinculado de suas referncias de realidade. Dessa
forma, o domnio do conhecimento jurdico deve ultrapassar o aspecto meramente
positivista, possibilitando que o aluno perceba o Direito no como um fim, mas,
como j afirmamos, como um instrumento de transformao social.
Assim, alm do norte estabelecido pelas DCNs que estabelecem os eixos de
Formao Fundamental, Formao Profissional e Formao Prtica, o curso buscar
compor dois eixos a mais:
1) Eixo de Formao Interdisciplinar.
2) Eixo de Formao da Responsabilidade Socioambiental e da Cidadania.
37
O eixo de Formao Interdisciplinar ser estabelecido por ferramentas constitudas
como componentes curriculares ou disciplinas que venham a garantir tanto vnculo
teoria-prtica como o dilogo entre os conhecimentos.
O eixo de Formao da Responsabilidade Socioambiental e da Cidadania ser
institudo por um conjunto de componentes curriculares voltados defesa do
patrimnio ambiental do Estado do Cear e da busca pela conscincia do egresso
de sua responsabilidade sobre a comunidade em que se insere e a defesa dos
direitos dos cidados, sempre com um olhar voltado realidade local.
Em suma, conforme apontamos no incio dessa seo, trata-se de buscar
constantemente meios de garantir a ideia de um perfil profissiogrfico
contextualizado regionalmente. Nesse sentido, as expectativas norteadoras deste
Projeto Pedaggico contribuem para a regionalizao do Curso de Direito, na
medida em que buscam articular contedos voltados para a realidade regional e
desenvolver reas do Direito, essenciais para a regio onde o curso oferecido.
No que diz respeito metodologia de ensino-aprendizagem adotada no Curso de
Direito da FAMIL, pode-se afirmar que ela est comprometida com a
interdisciplinaridade, com o desenvolvimento do esprito cientfico e com a formao
de sujeitos autnomos e cidados. Dessa forma, desenvolve-se o potencial
intelectual dos alunos, estabelecendo condies que possibilitem uma participao
ativa na soluo criativa de problemas que a sociedade prope, em especial da
realidade social direta em que se inserem.
6. POLTICAS INSTITUCIONAIS NO MBITO DO CURSO
Inicialmente, vale ressaltar que a concepo deste Projeto Pedaggico se constituiu
no apenas levando-se em considerao as perspectivas formais pelas quais se
institui a gnese deste gnero de documento, ou seja, da concepo esttica de
projetar ou lanar para adiante, mas de um sentido mais amplo ligado ao plano
da ao e das formaes humanas e profissionais em seus sentidos plenos.
38
Trata-se, portanto, de uma viso acerca do processo de formao profissional
delineada pela Coordenao de Curso, e NDE Ncleo Docente Estruturante
constituda neste Projeto Pedaggico articulado naturalmente com o Projeto
Pedaggico Institucional PPI e com o Plano de Desenvolvimento Institucional
PDI da FAMIL, na medida em que seus pressupostos refletem aqueles
estabelecidos nesses documentos institucionais.
Essa perspectiva advm do fato de que a elaborao de um Projeto Pedaggico
implica em analisar o contexto real e o escolar definindo aes, estabelecendo o que
se quer alcanar, criando percursos e fases para o trabalho, definindo tarefas para
os atores envolvidos e acompanhando e avaliando a trajetria percorrida e os
resultados parciais e finais.
Esta funo no pode ser assumida, na viso dos responsveis pela gesto do
curso (Coordenao e NDE), sem que haja uma efetiva articulao com outros
instrumentos que sinalizam a direo institucional para o alcance de compromissos
acadmicos e sociais. Assim este Projeto Pedaggico se constitui naturalmente
como uma imprescindvel implementao do Projeto Pedaggico Institucional PPI
e o Plano Desenvolvimento Institucional PDI que juntos com o Projeto Pedaggico
do Curso PPC formam o trip ensino-pesquisa-extenso que sustenta o
cumprimento da misso institucional e social da FAMIL.
Dessa forma, a unicidade da relao entre teoria, prtica e referencial metodolgico,
tornou-se o eixo norteador da proposta onde "todo fazer implica uma reflexo e toda
reflexo implica um fazer". Assim, o futuro bacharel em Direito, alm de saber e de
saber fazer, dever compreender o que faz. Posto isto, pode-se afirmar que as
aes prticas no ensino no se constituem em um espao isolado do restante do
curso; a transposio que ocorre nesse nvel deve ser antecedida de processo de
reflexo coletiva e sistemtica das atividades acadmicas em suas diferentes
formas.
Logo, o PPC do Curso dever prever situaes didticas em que seus futuros
profissionais egressos coloquem em uso o que aprenderam, ao mesmo tempo em
que possam mobilizar outros conhecimentos oriundos de diferentes naturezas e
experincias, para enriquecimento da formao.
39
POLTICAS INSTITUCIONAIS DE ENSINO:
A interao, a comunicao, a relao indissocivel teoria-prtica e o
desenvolvimento da autonomia so eixos norteadores na formao do ensino na
rea jurdica, buscando o desenvolvimento de situaes coletivas que ampliem o
espao de construo de valores e habilidades da realidade do trabalho do
profissional em Direito, que permitam a construo da autonomia profissional,
intelectual, desenvolvimento do senso de responsabilidade, pessoal, coletiva e de
base tica.
Isso se refere tambm ao uso de recursos tecnolgicos para convivncia interativa,
projetos e atividades coletivas, atividades prticas junto ao NPJ, seminrios,
projetos de investigao, debates e estudos de contedo, bem como o
desenvolvimento de visitas tcnicas a locais de interesse dos estudantes como os
Tribunais de Justia, escritrios de advocacia, ONGs relacionadas aos Direitos
Humanos, rgos ligados justia e defesa da cidadania, alm do
desenvolvimento de atividades que associem ao ensino as monitorias, programas de
iniciao cientfica, atividades complementares e programas de extenso, jornadas
acadmicas e outras atividades associadas direta e indiretamente ao ensino. .
Nesse contexto, este projeto pedaggico traduz perfeitamente a filosofia
institucional, ao voltar-se no apenas para uma percepo fixa e objetiva da
formao tcnico-jurdica, mas para a formao de profissionais ticos e
competentes, cuja atuao no contexto judicial dever, alm da melhoria nos nveis
de qualificao dos operadores do direito, reverter-se tambm na consolidao do
nome da Instituio junto ao seu pblico e em uma integrao cada vez maior com a
comunidade, aumentando os ndices de atendimento aos seus objetivos e misso
institucionais.
POLTICAS INSTITUCIONAIS DE EXTENSO PARA O CURSO:
Estabelecida no mbito do PPI da IES, as atividades de extenso no curso de
Bacharelado em Direito devem sempre se constituir de uma maneira que permita
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que as expectativas para aes extensionistas sejam intimamente ligadas de um
lado s perspectivas relacionadas operao do direito em seu mbito geral, de
outro lado, s necessidades sociais da comunidade.
Alm disso, os cursos de extenso que sero privilegiados so aqueles que devem
auxiliar na capacitao dos futuros operadores do direito ainda em formao, bem
como daqueles que j se encontram inseridos no mercado de trabalho.
POLTICAS INSTITUCIONAIS DE PESQUISA (INICIAO CIENTFICA) PARA O
CURSO:
Quanto pesquisa, apesar de ser uma IES isolada e no ter a obrigao de se
estabelecer nesse mbito, ser prtica da FAMIL constituir projetos de iniciao
cientfica com alunos e professores. Assim, para o curso de Bacharelado em Direito
a IES privilegiar as investigaes em termos de problemticas relacionadas rea
do Direito Ambiental e dos Direitos Humanos, reas estas de grande impacto social
na Regio Nordeste.
Para tal, as disciplinas de Prticas Interdisciplinares que j so inseridas no incio do
curso de Direito, as quais sero descritas nas prximas sees, sero fundamentais
para compor espaos de investigao ou iniciao cientfica. Desse modo, o prprio
currculo incentivar a participao em projetos desse gnero tanto a alunos quanto
aos professores do curso.
Observa-se, ainda, a existncia de normas especificas para a iniciao cientfica,
prevendo a publicao dos resultados das pesquisas no formato de artigos em
revistas acadmicas e nos seminrios/simpsios de iniciao cientfica promovidos
pela IES. Assim, a programao e o procedimento das pesquisas na instituio
obedecem resoluo que discorre sobre tal assunto.
Vale destacar tambm que a IES planeja, aps o credenciamento, lanar uma
revista com ISSN, para que desde o incio de suas atividades fomente um espao
para a discusso do Direito, pois tratar-se- de um peridico em uma perspectiva
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multidisciplinar e que envolva os tanto docentes quanto discente, alm de setores da
sociedade civil.
INDISSOCIABILIDADE ENTRE O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSO.
Ao conceber e promover o processo formativo do seu Curso de Bacharelado em
Direito, a FAMIL almejou atender aos mais elevados padres de ensino, capazes de
garantir o sucesso de seus egressos, tanto no campo pessoal quanto no
profissional. Nessa perspectiva, a partir do seu currculo e das aes previstas no
mbito do curso, este Projeto Pedaggico tem o propsito de constituir um processo
formativo capaz de estabelecer profissionais generalistas, com uma base de
contedo que permita o uso de ferramentas inerentes atividade profissional, para
ser um profissional operador do Direito nos estgios iniciais de sua profisso e
naqueles que, j tendo vencido as barreiras inerentes ao meio jurdico, seja no
mbito de concursos ou da iniciativa privada da advocacia, despontem para um novo
patamar de competitividade e sucesso profissional.
Conceitos como autonomia, flexibilidade, capacidade de anlise, pr-atividade e
tantos outros que fazem parte dos discursos acadmicos, passam a ser faris que
orientam a prtica docente e, consequentemente, a qualificao discente,
ultrapassando os limites da retrica acadmica para construir um rol de
conhecimentos realmente teis e condizentes ao operador do Direito.
Nessa perspectiva de ensino, os atores do processo no se limitam nica e
exclusivamente em disseminar e apreender os conhecimentos necessrios para a
formao profissional, afinal trata-se da construo do homem como ser social e
histrico com capacidade de intervir na sua prpria realidade. Do mesmo modo,
alm da busca constante pela qualificao docente para a mediao dos
conhecimentos, faz-se necessrio que o ensino no se constitua de maneira
fragmentada, mas a partir do princpio dialgico.
Assim, como j apontamos, estabelecida a partir das concepes poltico-
pedaggicas no PDI e PPI da FAMIL, a pesquisa/iniciao cientfica tem um papel
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singular na formao dos docentes e discentes, bem como na imagem institucional
que a faculdade e o Curso pretendem firmar na comunidade cearense. Para tanto, a
proposta de seleo dos docentes leva em considerao a contratao de
profissionais que estejam adequados a este perfil.
A extenso acadmica, como anteriormente apontada, vislumbrada neste PPC
como um processo educativo, cultural e cientfico, articulado ao ensino e pesquisa,
com o objetivo de fortalecer a relao entre o curso, a Faculdade e a sociedade. As
atividades de Extenso podem ser desenvolvidas sob a forma de programas,
projetos, cursos, eventos culturais e cientficos, servios prestados comunidade e
outras aes, assegurando o compromisso social e a misso da Faculdade. As
atividades de extenso esto regulamentadas no regimento da instituio, mas,
sobretudo no PDI. Em linhas gerais, importante observar:
A existncia de uma coordenao prpria para rea de extenso;
A responsabilidade das partes em seguir os trmites legais descritos no
regimento e PDI;
A integrao com as atividades de ensino e iniciao cientfica;
A aproximao com necessidades dos docentes, dos discentes e da
sociedade em geral;
As orientaes gerais para apresentao de propostas de cursos e eventos
de extenso.
As atividades de pesquisa/iniciao cientfica e extenso, bem como seus
coordenadores, devem andar integrados, pois a ao de um reflete na necessidade
do outro. A programao e o procedimento de ambas na instituio obedecem s
resolues que discorrem sobre elas e as normatizam.
Dessa forma, a partir das reflexes postuladas acima, definiu-se uma concepo
terico-metodolgica para o Curso de Bacharelado em Direito articulada com a
misso institucional e fundamentada nos pilares propostos pela UNESCO para a
educao do sculo XXI, bem como na interdependncia e diversidade de atividades
tericas e prticas que norteiam todo o projeto pedaggico.
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O curso organiza-se atendendo aos parmetros do PPI Projeto Poltico
Institucional da IES e das diretrizes curriculares para o Curso de Direito
estabelecidas em lei, a saber:
a) Flexibilidade dos currculos plenos, integrando o ensino das disciplinas com
outros componentes curriculares, tais como: prticas jurdicas, simulados,
oficinas, seminrios temticos, estgios, atividades complementares, etc.;
b) Perspectiva dialgica plena entre o NPJ e a coordenao do curso;
c) Rigoroso trato terico, histrico e metodolgico da realidade social, que
possibilite a compreenso dos problemas e desafios com os quais o
profissional se defrontar no mbito jurdico;
d) Estabelecimento das dimenses, investigativa e interpretativa como princpios
formativos e condio central da formao profissional e da relao teoria e
realidade;
e) Presena da interdisciplinaridade no projeto de formao profissional;
f) Exerccio do pluralismo terico-metodolgico como elemento prprio da vida
acadmica e profissional;
g) Respeito tica profissional;
h) Superviso acadmica e profissional nas atividades orientadas.
Assim, o Projeto Pedaggico do Curso pretende adotar a concepo da formao
profissional que interage teoria e prtica, em um ensino prtico-reflexivo baseado no
processo de reflexo-na-ao, voltado para:
a) Construo de uma perspectiva investigativo-reflexiva, em que os discentes
se motivem a conhecer a realidade jurdica e profissional e buscar alternativas
para os problemas concretos da sociedade;
b) Compreenso dos princpios terico-metodolgicos que norteiam os saberes
inerentes operao do Direito;
c) Construo de um referencial epistemolgico que fundamente o
desenvolvimento de uma prxis social nas dimenses tcnica e tico-poltica;
d) Desenvolvimento de um processo interdisciplinar e terico-prtico de
formao, baseado na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso,
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buscando a construo de conhecimentos que fundamentem o constante
repensar da prtica profissional.
Para constituir essa prtica formativa, a Coordenao e o NDE do Curso
constituram as concepes do curso a partir dos objetivos abaixo delineados.
7. OBJETIVOS DO CURSO
Antes de adentrar mais precisamente na explicitao dos objetivos geral e
especficos do curso, ressaltamos que o NDE estabeleceu uma anlise que
considera vrios fatores como o contexto educacional, perfil do egresso, demandas
do mundo do trabalho, etc, conforme se descreve nos tpicos a seguir.
Tambm se faz necessrio que inter-relacionemos os aspectos que apontamos na
concepo do curso que descrevemos anteriormente e os prprios objetivos
institucionais, afinal, h que se destacar que apesar de ser uma IES privada, a
instituio, enquanto Corpo Institucional, tem plena convico que os seus objetivos
no podem ser unilateralmente estabelecidos apenas pelos seus dirigentes e
mantenedores, mas atravs de uma perspectiva de interlocuo entre a comunidade
acadmica como um todo e a sociedade em que se insere.
Isso significa que os objetivos da IES e de todo e qualquer curso devem emanar-se
e convergirem, a priori, para a sua prpria realidade e ter como foco constante as
demandas regionais e locais.
Ou seja, os objetivos devem no se limitar apenas a reproduzir as estruturas e
valores vigentes, mas abrirem-se para as possibilidades que s so possveis a
partir do acolhimento das novas ideias, das novas realidades e da viso de co-
responsabilidade com a sociedade e com a histria, ou seja, como apontamos em
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vrios momentos de nosso projeto: na construo de seres humanos sociais e
histricos, cientes da construo do seu futuro e de outrem.
Desse modo, o Curso de bacharelado em Direito tem como objetivo principal
capacitar profissionais para atuar nas mais variadas carreiras jurdicas, no
mbito pblico e privado, com conscincia de sua responsabilidade para com
a efetividade da justia social e da cidadania.
Nesse contexto, o curso dever propiciar ao aluno o desenvolvimento de
competncias que consolidem a capacidade crtica e reflexiva para a formao de
um profissional empreendedor e gerenciador da prpria carreira, com condies de
compreender a complexidade e a tica assim como se posicionar na e da sociedade,
valorizando o empreendedorismo, a inovao e o desenvolvimento social.
7.1. Objetivos do Curso: Relaes com o Contexto Educacional
Ao delinear os aspectos gnese do curso, o NDE discutiu profundamente o contexto
educacional em que o mesmo se insere.
Nesse sentido, foram destacados os seguintes aspectos:
a) Qualidade da Educao Bsica: de senso e conhecimento comum no Brasil que
a Educao Bsica, considerando aqui o percurso desde a educao infantil at o
final do ensino mdio, apresenta ndices alarmantes de resultados negativos em
termos de desenvolvimento dos educandos. Assim, foram priorizados na
configurao dos objetivos do curso, aspectos como o dficit de linguagem, tpicos
bsicos de direito e conhecimentos gerais da rea sociolgica e filosfica. Assim,
objetivos como domnio das ferramentas de comunicao, administrao da fora
de trabalho, dos recursos fsicos e materiais e da informao e formar profissionais
cientes de seu papel frente s necessidades socioeconmicas, polticas, culturais e
ambientais foram perspectivas estabelecidas como objetivos do curso.
b) Educao Bsica Pblica: o contexto educacional brasileiro e regional, em geral,
apresentam cenrios de inverso de papis: alunos egressos do ensino mdio
particular se inserem nas vagas de IES pblicas e os alunos egressos do ensino
mdio da rede pblica se inserem nas vagas de IES particulares. Porm, h sempre
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a heterogeneidade desses ingressantes em cursos de graduao de IES particulares
e, portanto, deve ser prevista. Dessa forma, esse cenrio tambm foi considerado
para o estabelecimento dos objetivos do curso, sendo que a educao continuada
ou a capacidade de autonomia inserem-se nos objetivos do curso como forma de
suplantar as diferenas de ambos os ingressantes, tudo a partir de ferramentas que
no decorrer do PPC e da matriz curricular sero claramente delineados, em especial
nas expectativas de disciplinas de cunho orientado.
c) As diferenas marcantes entre as comunidades: a FAMIL recebe alunos advindos
no apenas da sua cidade sede, mas de toda uma regio composta de vrios
municpios. Assim, objetivos como a capacidade de liderana e outros aspectos
generalistas foram constitudas considerando a singularidade do contexto
educacional em que se situa a IES. Para garantir o cumprimento disso se
estabelecem ferramentas de nivelamento que sero delineadas nos prximos
captulos do documento..
7.2. Objetivos do Curso: Relao com o Perfil Profissional do Egresso
Ao delinear os objetivos do curso, o NDE estabeleceu que no possvel
estabelecer qualquer objetivo sem que exista uma estreita relao com o perfil
profissional constitudo para o curso.
Essa relao se estabelece junto descrio do perfil profissional do egresso, a
partir da relao Objetivos X Perfil que resulta em competncias e habilidades que
esto configuradas neste PPC.
Destaquem-se aspectos como capacidade tcnica e conscincia da finalidade do
Direito como instrumento de transformao social e construo da cidadania que
fazem parte do perfil do egresso e que podem claramente ser relacionados entre os
objetivos do curso, perfil do egresso e a matriz curricular.
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O perfil do profissional egresso da FAMIL tem por fim atender critrios educacionais,
sociais e da carreira do profissional. No que diz respeito s questes educacionais,
esto previstos nos objetivos deste PPC que o egresso detenha as capacidades
pontuadas pelas Diretrizes Curriculares, alm de atingir os objetivos do curso e seu
posicionamento no mercado.
A FAMIL pretende garantir a entrega de um profissional autnomo e consciente em
suas decises na carreira e junto comunidade, capaz de utilizar o meio e suas
ferramentas a seu favor e para o melhoramento da sociedade local.
Alm da concepo do curso em si, este PPC e as aes da IES garantem o
acompanhamento do egresso e seu possvel retorno para o estmulo do estudo
contnuo e especializado atravs da prpria instituio sanando as ausncias de
mercado que existem na regio e ampliado as possibilidades e posicionamento para
crescimento e evoluo da mesma em colaborao com a melhoria social.
O egresso da FAMIL estar ciente da necessidade de um olhar transdisciplinar
acerca das prticas sociais e da operao tcnica do Direito, possuindo as devidas
capacidades para gerenciar sua carreira com a percepo das necessidades e
oportunidades da regio em que se insere. Assim, esse profissional utilizar de sua
vocao assim como do seu aprendizado para integrar teoria e prtica e determinar
a sua formao plena.
Seguindo princpio da educao continuada, o aluno egresso da FAMIL ter meios
para prosseguir na ps-graduao da IES atendendo as efetivas demandadas de
seu prprio desempenho profissional.
7.3. Objetivos do Curso: Caractersticas Locais e Regionais
Conforme apontamos nas relaes entre os objetivos do curso e o contexto
educacional, a FAMIL se constitui em uma regio de complexa heterogeneidade,
pois atende a populao de vrias localidades.
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O NDE possui clareza acerca da realidade regional e local no que concerne s
necessidades da rea do Direito.
Nesse sentido, o perfil do egresso foi delineado sob um vis crtico social, haja vista
no bastar apenas conhecer e considerar a realidade em que se insere, mas
principalmente determinar o senso crtico para que o egresso venha a analisar
quando j inserido no mercado de trabalho, as razes polticas e sociais que
denotam tal realidade. Assim, ciente do contexto de Fortaleza, o egresso poder
contribuir para a regio de maneira exitosa alavancando a qualidade de vida da
regio e de seus moradores.
Aspectos como as diferenas marcantes entre os diferentes bairros de Fortaleza e
entre a capital e sua regio metropolitana foram considerados nos objetivos do
curso, em especial na configurao de um profissional generalista, haja vista a
carncia na rea jurdica na regio de insero em todos os mbitos da operao do
direito, afinal os egressos sero absorvidos por um mercado de trabalho amplo e de
demanda geral.
Alm disso, na configurao das expectativas locais e regionais, o NDE considerou
tambm a necessidade de atividades empreendedoras que auxiliaro no
desenvolvimento local como os escritrios de advocacia e consultoria jurdica.
Assim, objetivos como Slida formao geral, humanstica e axiolgica,
Interpretao dos fenmenos jurdicos e sociais, Capacidade e aptido para a
aprendizagem dinmica e autnoma e capacidade de empreender, foram
delineados considerando a realidade local e regional e para tal foram estabelecidas
tambm nas competncias e habilidades (perfil do egresso) e garantidas na matriz
curricular do curso a partir de disciplinas que sero especificadas nos captulos
posteriores.
Vale destacar que os objetivos do curso voltados s expectativas sociais tm como
prerrogativa os anseios do dficit de acesso justia e, portanto, os objetivos foram
estabelecidos tambm em sua considerao.
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7.4. Objetivos do Curso: Considerao s Prticas Emergentes na rea do
Curso
Ao delinear objetivos como empreender na rea jurdica, autonomia de
aprendizado, formao continuada e capacidade de liderana, o NDE demonstra
j no incio da construo do curso que h uma preocupao com as mudanas
recorrentes no mercado de trabalho.
No entanto, a partir da disseminao do novo instrumento de avaliao do INEP, o
NDE reuniu-se emergencialmente para a constituio de um novo objetivo para o
curso que fornecer ferramentas para o planejamento de carreira e posicionamento
profissional para o mercado de trabalho na rea do Direito.
Ao construir tal objetivo, a expectativa do perfil do egresso com capacidade
generalista passa a ser ainda mais coerente, bem como as prticas que aparecero
em sua carreira aps a sua formao podero ser concretizadas, haja vista a sua
formao consciente de busca por novos conhecimentos e adaptao rea do
conhecimento e ao mercado de trabalho, bem como a sua capacidade analtica do
contexto profissional em que se insere.
A garantia de realizao desses objetivos poder ser vislumbrada nos captulos
seguintes do PPC, em especial na matriz curricular e nos contedos curriculares
para o curso.
7.5. Objetivo Geral do Curso
Conforme j destacado, o objetivo geral do curso capacitar profissionais para
atuar nas mais variadas carreiras jurdicas, no mbito pblico e privado, com
conscincia de sua responsabilidade para com a efetividade da justia social e
da cidadania.
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7.6. Objetivos Especficos
Formar profissionais cientes de seus papis frente s necessidades
socioeconmicas, polticas, culturais e ambientais da sociedade em que se
inserem;
Constituir egressos comprometidos e partcipes enquanto sujeitos
polticos;
Estabelecer a compreenso do Direito como uma cincia em permanente
reelaborao e discusso, na qual o operador tem o papel fundamental de
contribuir na tomada de novos rumos e na inaugurao de novas
interpretaes e meios de aplicao;
Garantir uma formao geral das cincias jurdicas, em consonncia com
outras reas do saber;
Formar profissionais que dominem a administrao da fora de trabalho,
dos recursos fsicos e materiais e da informao em sua rea de atuao;
Conceber o Direito como uma mediao para a formao de cidados e da
incluso social;
Constituir egressos que utilizem a cincia do Direito para a defesa do
patrimnio cultural e do meio ambiente em sua Regio de Insero;
Efetivar a plena defesa dos Direitos Humanos;
Estabelecer de maneira integrada o saber tcnico-jurdico e prtico, a
partir da indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extenso;
Prestar servios jurdicos comunidade