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162 Conceito A Recife n. 3 p.162-181 2012 Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso FACULDADE SÃO MIGUEL CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM EDUARDO JÚLIO DE OLIVEIRA VASTÍ SEVERINA DE ANDRADE O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO EM RELAÇÃO AO PREPARO DO COLON PARA O EXAME DE COLONOSCOPIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE DO RECIFE RECIFE 2012 EDUARDO JÚLIO DE OLIVEIRA VASTÍ SEVERINA DE ANDRADE O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO EM RELAÇÃO AO PREPARO DO COLON PARA O EXAME DE COLONOSCOPIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE DO RECIFE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso como requisito para obtenção do Grau de Bacharel em Enfermagem. ORIENTADORA PROFª. ANGELA MARIA LEAL DE MORAES VIEIRA, MS. Trabalho julgado adequado e aprovado com conceito __ em __/__/____ Banca Examinadora: _____________________________________________ Profª. Angela Maria Leal de Moraes Vieira, Ms. Presidente ___________________________________________________________ Profª. Graciely Maria de Oliveira Castro, Esp. 1ª Examinadora ___________________________________________________________ Profª. Luciane Maria de Santana Mendes Lima, Esp. 2ª Examinadora

FACULDADE SÃO MIGUEL CURSO DE BACHARELADO EM … · tribuir para o funcionamento do serviço e assim garantir ao cliente ... Discutir a importância do enfermeiro no preparo

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FACULDADE SÃO MIGUELCURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

EDUARDO JÚLIO DE OLIVEIRA VASTÍ SEVERINA DE ANDRADE

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO EM RELAÇÃO AO PREPARO DO COLON PARA O EXAME DE COLONOSCOPIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE

DO RECIFE

RECIFE 2012

EDUARDO JÚLIO DE OLIVEIRAVASTÍ SEVERINA DE ANDRADE

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO EM RELAÇÃO AO PREPARO DO COLON PARA O EXAME DE COLONOSCOPIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE DO RECIFE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso como requisito para obtenção do Grau de Bacharel em Enfermagem. ORIENTADORA PROFª. ANGELA MARIA LEAL DE MORAES VIEIRA, MS. Trabalho julgado adequado e aprovado com conceito __ em __/__/____

Banca Examinadora: _____________________________________________Profª. Angela Maria Leal de Moraes Vieira, Ms.Presidente

___________________________________________________________Profª. Graciely Maria de Oliveira Castro, Esp.1ª Examinadora

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Agradecimentos

Existem momentos em que precisamos agradecer o grande apoio que nos foi ofertado para que esse trabalho acontecesse:A Deus, pois sem Ele nada do que foi feito se fez;Aos nossos familiares que sempre estiveram prontos a esperar quando não tínhamos tempo, pois estávamos na construção deste trabalho;Aos professores e em especial a nossa orientadora Ângela Leal que nos deu assistência e orientações neste trabalho;Aos profissionais da equipe de Enfermagem do Hospital Otávio de Freitas que tão gentilmente responderam nosso questionário;A todos, nosso muito obrigado.

Resumo

Este estudo foi do tipo descritivo de abordagem quantitativa que teve como objetivo geral detectar o grau do conhecimento do enfermeiro em relação ao preparo do cólon relacionado ao exame de colonoscopia. No decorrer do es-tudo identificamos que a atuação do enfermeiro relacionada a este procedi-mento é de extrema importância, pois a partir das orientações fornecidas por estes profissionais garantirá a realização do exame de forma segura. Detecta-mos que os sujeitos envolvidos neste estudo possuem conhecimento técnico e científico satisfatório e demonstram segurança em todas as etapas do procedi-mento contribuindo para o funcionamento do serviço. É relevante destacar que na instituição pesquisada há um número elevado de remarcações causa esta que está relacionada com o agravo que acomete o paciente ficando constatado neste estudo que esta causa não está relacionada ao desconhecimento dos profissionais de enfermagem e sim as patologias pré-existentes que acometem os pacientes. Diante desta temática é importante ressaltar que as orientações e a atuação do enfermeiro durante a realização do procedimento de colonosco-pia é de extrema importância para a realização do mesmo e para a obtenção do diagnóstico precoce enfatizamos assim que a realização de uma anamnese mais acurada realizada pelo profissional médico e repassada aos enfermeiros para os mesmos realizarem a sistematização da assistência de enfermagem direcionada ao agravo e não apenas as etapas do procedimento o que irá con-tribuir para o funcionamento do serviço e assim garantir ao cliente/paciente a realização do procedimento. Faz-se necessário que os enfermeiros busquem e intensifiquem educação permanente neste serviço para que os mesmos pos-sam implementar e intervir precocemente nas etapas que antecedem o exame garantindo a instituição e ao cliente/paciente sucesso nas etapas do procedi-mento e qualidade na assistência prestada.

Palavras-chave: Preparo. Colonoscopia. Orientação do Enfermeiro.

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Sumário

1 Introdução ................................................................................1642 Objetivos ...................................................................................1652.1 Geral........................................................................................1652.2 Específicos.................................................................................1653 Revisão da literatura ....................................................................1653.1 História da colonoscopia..............................................................1653.2 A colonoscopia ..........................................................................1663.3 Orientação e supervisão do enfermeiro no preparo do cólon intestinal........................................................................................1663.4 Complicações do exame e do preparo de colonoscopia.....................1673.5 Responsabilidade do Enfermeiro...................................................1654 Procedimentos metodológicos ........................................................1684.1 Tipo de estudo...........................................................................1684.2 Descrição da área......................................................................1684.3 População e amostra...................................................................1694.4 Critérios de inclusão ..................................................................1694.5 Critérios de exclusão .................................................................1694.6 Instrumento para coleta de dados.................................................1694.7 Operacionalização da coleta de dados............................................1694.8 Aspectos éticos e legais...............................................................1694.8.1 Riscos e benefícios .................................................................1705 Análise dos resultados ..................................................................1706 Considerações finais .....................................................................1777 Recomendações ...........................................................................177Referências ....................................................................................178APÊNDICE A: Instrumento para coleta de dados...................................179APÊNDICE B: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ...................181ANEXO A: Parecer do Comitê de Ética (CEP)........................................181

1 Introdução Segundo Silva (2010) a endoscopia digestiva baixa ainda continua sendo o principal exame para investigar as doenças do cólon. É considerada como a técnica de maior acuidade para o diagnóstico de lesões estruturais do cólon, especialmente as neoplasias. É um exame complexo e de grande importância, pois é um procedi-mento que visualiza todo o cólon (intestino grosso), utilizando um tubo flexív-el introduzido através do ânus, com a finalidade de analisar o interior de todo o órgão até a porção final do intestino delgado. Se houver a necessidade du-rante o procedimento, pode ser realizada biópsia, pequenos tumores podem ser tratados (polipectomia), além da cauterização de sangramentos reali-zando a hemostasia. Mas para isso é necessário que o paciente submeta-se a um preparo do cólon tornando-o completamente limpo e sem resíduos, permitindo uma visão nítida do intestino grosso.

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O enfermeiro tem o conhecimento cientifico para orientar o paciente e família sobre o preparo do mesmo para colonoscopia, pois este é sem dúvida o primeiro item importante para o sucesso do procedimento. Para Smeltzer e Bare (2009), os enfermeiros tem um papel-chave em toda as etapas da assistência ao paciente, por constituírem o início e o fim da equipe envolvida na prestação do cuidado, os mesmos são desafiados em seu dia-a-dia a descobrir estratégia que melhorem a assistência prestada a estes pacientes, que encontram-se internados aguardando uma solução para os seus problemas. Este estudo poderá ainda contribuir para um cuidado de Enfermagem baseado em evidência cientifica. É muito importante que a En-fermagem esteja capacitada para intervir de forma eficaz e de transmitir uma mensagem de tranqüilidade e esperança, adequando as orientações correta sobre o preparo do cólon e assistência as necessidades dos pacientes que irão realizar esse exame. Diante do exposto, surge uma indagação, quais as orientações minis-tradas ao paciente pelo enfermeiro de um hospital público estadual de grande porte sobre o preparo do cólon para colonoscopia.

2 Objetivos

2.1 Geral

Investigar o conhecimento do enfermeiro de unidades de internação em relação ao preparo do colon para o exame de colonoscopia.

2.2 Específicos

Caracterizar a amostra. Descrever o preparo do paciente para o exame de colonoscopia. Discutir a importância do enfermeiro no preparo do paciente.

3 Revisão da literatura

3.1 A História da colonoscopia

“O exame retal já é conhecido desde os primórdios da nossa civili-zação.” (QUILICI, 2000, p. 27). Segundo Quilici (2000), era utilizado um espéculo para analisar as partes distais do intestino, e ainda no século passado foi desenhado e elabo-rado um retossigmoidoscópio que é um instrumento rígido, com luz própria usado no rastreamento de alterações do reto e cólon sigmóide. Acrescenta o autor que atualmente ainda é utilizado esse instrumento na investigação de doenças nestas partes do intestino. Com o passar do tem-po foi surgindo um enorme interesse médico na fabricação de um aparelho que visualizasse o interior do cólon.

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De acordo Hunt et al., (1981 apud SANTOS JÚNIOR, 2010), após a fabricação do retossigmoidoscópio de fibras ópticas, surgiu o interesse de várias indústrias na fabricação de aparelhos flexíveis para transmissão de luz, compostos de feixes de fibras de vidro. Esses materiais forma usados em um gastrofibroscópio e a elaboração deste, contribuiu para o aparecimento do fibrossigmoidoscopios e endoscópios.

O Dr. Overholt, em 1963, foi o primeiro a fazer o diagnóstico endoscópio, por meio de um aparelho flexível com fibras ópticas, ao detectar o câncer do intestino grosso, localizado no cólon sigmóide. Foi o nascimento da colonoscopia. Atualmente há inclusive, vídeocolonoscópios com magnifi-cação de imagens que possibilitam sua ampliação em 40 a 100 vezes seu tamanho, permitindo uma acuidade diagnóstica nunca antes imaginada. (SANTOS JÚNIOR, 2010, p. 02).

3.2 A colonoscopia

“Colonoscopia ou endoscopia digestiva baixa consiste no exame do in-testino grosso com aparelho flexível com finalidades diagnósticas e terapêu-ticas.” (SILVA, 2010, p. 109). De acordo com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (2011) o procedimento é um exame endoscópio realizado por via baixa que possibil-ita a visualização do intestino grosso com o intuito diagnóstico e terapêutico. O diagnóstico de afecções do cólon é realizado através da inspeção direta e de biópsia que é a retirada de pequenos fragmentos da mucosa intestinal e encaminhado para exame histopatológico, na tentativa de detectar precoce-mente as anormalidades que acometem o órgão. Para fins terapêuticos, através do exame é realizado a hemostasia, polipectomia, pois “Do ponto de vista terapêutico, o procedimento pode ser usado para remover todos os pólipos visíveis com uma alça e cautério espe-ciais através do colonoscópio.” (SMELTZER; BARE, 2009, p. 960). Antes da realização do exame, o paciente é submetido a um preparo do cólon intestinal. “[...] o objetivo do preparo do cólon é obter a limpeza completa da luz intestinal que permita visualização e inspeção minuciosas do órgão em toda a sua extensão.” (MULLER; LAGEMANN, 2002, p. 117) De acordo com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (2011) para realização do exame, é preciso que o paciente realize o preparo do cólon retirando qualquer resíduo do seu interior, para que o intestino fique livre de resíduos, tornando a mucosa intestinal visível, para o exame ser realizado com sucesso. O sucesso do procedimento depende do melhor preparo do cólon. A limpeza adequada deste proporciona visualização ótima e diminui o tempo necessário para o procedimento (SMELTZER; BARE, 2009, p. 960)

3.3 Orientação e supervisão do enfermeiro no preparo do cólon intes-tinal

“A enfermagem tem papel preponderante em todas as etapas envolvi-das no exame colonoscópio. Nosso objetivo é contribuir com a enfermagem

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preste o melhor atendimento.” (SILVA, 2010, p. 109). Referem Muller e Lagemann (2002), que esclarecer e tirar dúvidas do paciente e família em relação a exames e preparo prévio é fundamental para obter um bom resultado do procedimento. Podendo evitar que o mesmo passe por constrangimentos de não realizar o procedimento, estando com cólon sujo ou mal preparado. Se o mesmo tiver uma orientação previa de um profissional enfermeiro irá contribuir para o sucesso do exame. “Para se obter um resultado eficaz no preparo de cólon, é imprescind-ível a paciência do profissional enfermeiro. É preciso saber ouvir, para sanar todas as dúvidas e utilizar uma linguagem clara e objetiva.” (SILVA, 2010, p. 116). A endoscopia por via baixa trata-se de um exame invasivo e que traz riscos complexos ao paciente. De acordo com a orientação e supervisão do enfermeiro, os riscos de insucesso são minimizados através do cumprimen-to das suas atribuições, tais como respeitar as etapas do atendimento ao paciente. É imprescindível que o cliente receba esclarecimento a respeito do exame solicitado, eventualmente necessário como preparo estabelecido, riscos e benefícios. Além de orientar o paciente, o enfermeiro deve colher in-formações complementares antes da realização do exame tais como alergias, cardiopatias, antecedentes de pólipos, doenças diverticulares, coagulopatias, cirurgias recentes, dor abdominal, problemas na próstata, sinais vitais para reconhecer a condição clínica do paciente, entre outras (SMELTZER; BARE, 2009). Para a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (2011), o profis-sional enfermeiro segue um protocolo do preparo do cólon, que é fornecido ao paciente na unidade de saúde, no momento do agendamento do exame.

3.4 Complicações do exame e do preparo de colonoscopia

Como lembra SOBEED (2000), as complicações relacionadas ao ex-ame da colonoscopia são muito raras quando executadas adequadamente por um profissional experiente e especialmente capacitado para identificar e tra-tar não só as enfermidades achadas, como detectar precocemente qualquer evento ou alterações durante o procedimento. A combinação dessa experiên-cia, junto à colaboração da equipe de enfermagem, família e paciente, e com o avanço da tecnologia e modernos equipamentos, faz com que a colonosco-pia seja um procedimento simples e seguro. Dentre as complicações sendo as mais frequentes a hemorragia (pós-polipectomia), e a perfuração do intestino, outras complicações decorrentes do exame de colonoscopia, trauma esplênico, distensão abdominal pós-pro-cedimento, bacteriemia, volvo de sigmóide e ceco, reflexo vagal com hipoten-são e bradicardia, rupturas de aneurisma na região abdominal. “Considerando isso, o uso da colonoscopia tem aumentado no decorrer dos anos acompanhado pelo aumento da incidência de complicações, apesar de ser exame invasivo seguro.” (FORMIGA e cols., 2009, p. 345). De acordo com Formiga e cols., (2009) as complicações relacionadas ao preparo do cólon que podem ocorrer são as seguintes, náuseas, vômitos, cólicas intestinais, hipovolemia, distúrbio eletrolíticos, desidratação e dor ab-

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dominal, devido à ingesta de solução hipertônicas com diarréia, e também como o jejum mais prolongado, tem casos isolados que o paciente devido ao estomago vazio, não consegue ingerir a solução, sendo necessária a admin-istração de um antiemético. Em algumas situações só é possível ministrar as medicações através de uma sonda nasogástrica ou nasoenteral. “A hipovolemia é uma complicação que se relaciona ao preparo do cólon.” (QUILICI, 2000, p. 36).

3.5 Responsabilidades do enfermeiro

Segundo Netina (2003), a responsabilidade faz parte da prática de toda e qualquer profissão e junto a necessidade inerente de se responsabi-lizar pelas ações empreendidas e por toda as omissões. O enfermeiro tem que ser ativo e realizar todas e quaisquer medidas, visando garantir que suas práticas não sejam deficiente, ausente ou até mesmo descuidada sendo em qualquer área ou por qualquer maneira. E ainda o mesmo tem o dever de verificar junto ao paciente ou responsável se foi explicado o tratamento ou procedimento detalhadamente numa linguagem clara e de fácil compreensão, por qualquer profissional de saúde e em seguida reforçar, caso o contrário, explicar todas as etapas do procedimento e eliminar as dúvidas tanto quanto possível. Segundo o art. 38 do Código de Ética do Enfermeiro, ele deve “Respon-sabilizar-se por falta cometida em atividades profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe.” (COREN-PE, 2007, p. 22). E que, ele deve “Participar da orientação sobre benefícios, riscos e conse-quências decorrentes de exames e de outros procedimentos, na condição de membro da equipe de saúde.” (COREN-PE, 2007, p. 22).

4 Procedimentos metodológicos

4.1 Tipo de estudo

O presente estudo é do tipo descritivo de abordagem quantitativa. O método de abordagem quantitativa busca resultados precisos, evitando ana-lises distorcidas e interpretações falsas, garantindo certa segurança para as inferências (RICHARDSOM, 1999). 4.2 Descrição da área

O estudo foi realizado no Hospital Otávio de Freitas, instituição de grande porte, localizado na Rua Aprígio Guimarães, s/n, Tejipió – Recife/PE teve sua inauguração em 1956. Especificamente, o questionário foi apli-cado na emergência e nas clínicas da referida instituição. Este hospital pos-sui 493 leitos, caracterizando-se como um hospital geral de grande porte e alta complexidade; apresenta uma estrutura física formada por unidades de internação em várias especialidades clínicas, ambulatório, clínica medica,

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cirúrgica, urologia, traumatologia, UTI, bloco, conveniado ao SUS, atendendo a população da região metropolitana do Recife, do interior do Estado de Per-nambuco.

4.3 População e amostra

A população do estudo foi constituída por 50 enfermeiros lotados na instituição hospitalar, sendo a amostra do tipo intencional.

4.4 Critérios de inclusão

Profissionais enfermeiros que atuam no setor onde será realizado o estudo há mais de 01 (um) ano. Ser profissional efetivo ou contratado da referida unidade.

4.5 Critérios de exclusão

Estagiários; Residentes ; Gozo de férias, licença-prêmio, licença maternidade ou afastamento por motivo de doença.

4.6 Instrumentos para coleta de dados

O instrumento utilizado foi um questionário composto de questões fechadas e abertas. O instrumento encontra-se no APÊNDICE A deste tra-balho. Ele foi pré-testado previamente e corrigido antes de ser aplicado à amostra.

4.7 Operacionalização da coleta de dados

O instrumento foi aplicado através de uma entrevista face a face com os enfermeiros do hospital Otávio de Freitas para o preenchimento do formu-lário de coleta, onde continham questões fechadas e abertas. Antecedendo esta etapa, o projeto foi submetido a uma análise do CEP do Hospital de pes-quisa sendo aprovado em 10 de Outubro de 2011, sob o número de CAEE de 0031.0.344.000-11, Protocolo: 05/2011.

4.8 Aspectos éticos e legais

A princípio, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa, para avaliação do mesmo e aprovação. Após a liberação da coleta de dados, os autores entraram em contato com as Chefias dos serviços para agenda-mento das entrevistas. Ao entrar em contato com os sujeitos de pesquisa, os autores explicaram os objetivos do estudo e solicitaram a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido/TCLE, confirmando sua partici-pação no estudo.

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4.8.1 Riscos e benefícios

A pesquisa proposta obedece à resolução 196/96 e incorreu em risco mínimo, ao mesmo tempo em que trouxe benefícios para a prática da Enfer-magem, no que diz respeito ao conhecimento sobre o preparo do cólon para colonoscopia.

5 Análise dos resultados

Gráfico 01. Distribuição da amostra relacionada com o sexo. Recife/PE, fev./mar., 2012.

Mostra a figura acima que 74% dos envolvidos na pesquisa correspon-dem ao sexo feminino e 28% ao sexo masculino. Cezarett et al., (2011) encontram valores similares ao encontrado nesta pesquisa, onde, 73,31% eram do sexo feminino, demonstrando que o trabalho em enfermagem ainda é predominantemente constituído por sujeitos do sexo feminino. Nos resulta-dos encontrados pelos autores da atual pesquisa configura-se a prevalência do gênero pelo cuidar do outro, fato este advindo do processo histórico e educacional feminino da cultura da nação.

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Gráfico 02. Distribuição da amostra relacionada à titulação. Recife/PE, fev./mar., 2012.

Observou-se que 36% dos sujeitos envolvidos neste estudo possuem graduação 64% ocupam título de pós-graduação, e nenhum desses sujei-tos galgam mestrado e doutorado. Assim, estudos realizados por Smelt-zer e Bare (2009) apontam que no decorrer da vida profissional é de extrema importância o mesmo buscar titulação, pois oferece melhor preparação em suas atividades laborais e o melhor conhecimento técnico e científico em sua profissão.

GRÁFICO 03. Distribuição da amostra relacionada ao tempo de serviço. Re-cife/PE, Fev./Mar., 2012.

Os resultados em relação ao tempo de serviço na instituição houve maior predominância com 54% dos profissionais que trabalham há mais de

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5 anos e 46% situam-se entre 1 e 5 anos. Santos Júnior (2010) encontrou em seus estudos um percentual de 53% da amostra com o tempo de atuação há mais de 5 anos, corroborando com esta pesquisa. Ainda a este respeito, Muller e Langemam (2002) enfatizam que quanto maior o tempo de serviço em uma determinada instituição o profissional adquire mais segurança nos procedimentos realizados assim como aprende a lidar com sua clientela bem como orientar o paciente com precisão e segurança.

GRÁFICO 04. Distribuição da amostra relacionada ao acompanhamento do paciente no dia do exame. Recife/PE, Fev./Mar., 2012.

Pode ser observado no gráfico acima que 90% dos pesquisados relata-ram a importância de todo e qualquer paciente vir acompanhado no dia do exame e 10% relatam que o acompanhamento só é necessário se o paciente for idoso. A este respeito, a SOBED (2011) lembra da importância do cliente vir acompanhado para a realização da colonoscopia, por se tratar de um pro-cedimento altamente invasivo e que pode trazer efeitos e conseqüências an-tes, durante e após o procedimento se o mesmo não for bem orientado e no que diz respeito ao aspecto emocional, pode acarretar insegurança e medo. Sentimentos como este e ausência de acompanhamento, poderá levar a não realização do mesmo. Assim estes relatos em comparação com os resultados apontados neste estudo contemplam os estudos de SOBED (2011).

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GRÁFICO 05. Distribuição da amostra relacionada ao preparo para o exame. Recife/PE, Fev./Mar., 2012.

Os resultados mostram que 58% dos envolvidos na pesquisa apontam que tomar laxativos e oferecer soluções hipertônicas são as orientações min-istradas ao cliente para submeter-se ao exame de colonoscopia. Enquanto que, 24% orientam ingerir medicações laxativas e 18% aderem à prática da lavagem intestinal. Constatou-se assim que, a maioria dos profissionais envolvidos neste estudo possuem conhecimento fidedignos em relação às orientações para a realização do exame o que pode ser comparado com os estudos de Petroiauno et al., (2011) onde enfatizam a importância de orien-tar o cliente para a realização da colonoscopia, reafirmando os achados deste estudo.

GRÁFICO 06. Distribuição da amostra relacionada à colonoscopia e suas fi-nalidades. Recife/PE, Fev./Mar., 2012.

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Mostra a figura acima que 50% dos entrevistados apontam a finalidade da colonoscopia para obter diagnóstico, enquanto que 38% referem ter indi-cação terapêutica e de diagnóstico e 12% apenas apontam a finalidade tera-pêutica. Nota-se que a maioria dos profissionais tem conhecimento específico e perspicaz no que diz respeito à colonoscopia, onde evidencia-se também que esses profissionais desconhecem a função terapêutica do procedimento, pois além da mesma fornecer diagnósticos também poderá ser utilizada para fins terapêuticos como aponta Quilici (2000) quando descreve em seus es-tudos que o procedimento de colonoscopia auxilia tanto no método diagnós-tico como terapêutico onde são realizados retiradas de pequenos tumores no decorrer do procedimento.

GRÁFICO 07. Distribuição da amostra relacionada ao preparo do colon. Re-cife/PE, Fev./Mar., 2012.

Evidenciou-se na figura acima que a maior prevalência aponta que o preparo do colon tem como objetivo obter uma limpeza completa com um percentual de 62%, enquanto 30% referem uma limpeza parcial e 8% apontam uma finalidade da preparação do segmento para obter a limpeza do duodeno. Diante desta temática, constata-se que a maioria dos profissionais envolvidos neste estudo possuem conhecimento técnico e científico a respeito deste procedimento, o que contempla os estudos de Silva (2010) onde en-fatiza que o conhecimento técnico e científico relacionado ao preparo do colon por parte dos enfermeiros é de grande relevância para garantir um exame acurado, seguro e rápido.

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GRÁFICO 08. Distribuição da amostra relacionada à dieta que o paciente deve ingerir na véspera do exame. Recife/PE, Fev./Mar., 2012.

Constata-se na figura acima que 74% dos sujeitos envolvidos neste estudo orientam o paciente a realizar dieta líquida e sem resíduos na véspera do exame, e 26% não souberam responder. Desta forma nota-se que a maio-ria dos profissionais tem o conhecimento fidedigno relacionado à dieta que o paciente se submeterá, na véspera que antecede o procedimento. A este res-peito, a SOBED (2011) contempla em seus estudos que é de grande precisão o paciente realizar dietas líquidas e sem resíduos com o objetivo de reduzir riscos da não realização do exame se o mesmo for submetido a outro tipo de dieta.

Gráfico 09. Distribuição da amostra relacionada ao conhecimento de admin-

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istração do manitol para o preparo do colon. Recife/PE, fev./mar., 2012.

Pode ser observado neste estudo que 60% dos pesquisados referem que o manitol deverá ser administrado com 500 ml de chá ou sucos sem resíduos, 36% responderam administrar o manitol puro e 2% os sujeitos referiram administrar o manitol com 300 ml de água destilada e outros não souberam responder. É importante ressaltar que o conhecimento relacionado à administração do manitol é de grande relevância para a realização do pro-cedimento, pois constitui em uma das etapas para o preparo do colon e o en-fermeiro deverá atuar nesta etapa demonstrando conhecimento e segurança. Assim Smeltzer e Bare, (2009) relatam que o conhecimento do enfermeiro relacionado a administração do manitol e suas repercussões para o cliente/paciente que será submetido ao exame de colonoscopia deve ser de grande precisão, pois esta prática é uma das etapas do processo de enfermagem a ser realizado.

Gráfico 10. Distribuição da amostra relacionada ao preparo correto do colon e suas conseqüências durante o exame. Recife/PE, fev./mar., 2012.

A figura acima mostra que 100% dos sujeitos envolvidos nesta pes-quisa relatam que o colon mal preparado acarreta uma má visualização e o cancelamento do exame evidenciando-se assim que os profissionais envolvi-dos neste estudo têm o conhecimento científico a este respeito contribuindo assim para o bom funcionamento do serviço e repercutindo positivamente no processo de enfermagem. Estudos de SOBED (2011) revelam que a não orientação ao preparo do colon prejudica o andamento do exame e impede o diagnóstico preciso, ainda relata em seus achados que o conhecimento do enfermeiro relacionado a este processo contribui para a acurácia e o sucesso do exame.

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6 Considerações finais O estudo mostrou que o conhecimento dos enfermeiros relacionado ao preparo colon na realização do procedimento de colonoscopia foi satisfatório, uma vez que os mesmos foram perspicazes e conhecedores das etapas que desencadeiam este procedimento. A amostra do estudo configurou-se representativa e positiva para a instituição, pois o mesmo apresenta em seu quadro funcional profissionais habilitados e competentes para atuar neste serviço de referência em colono-scopia. A pesquisa trás resultados que são favoráveis para o andamento do serviço, pois a mesma aponta que o conhecimento desses profissionais vem contribuindo para a orientação e incentivo ao paciente em realizar o exame de forma acurada, segura e rápida. Apesar dos resultados satisfatórios no estudo realizado, os autores puderam detectar que os cancelamentos e as remarcações dos exames apre-sentados na instituição pesquisada tem incidência elevada devido a patologia que acomete o paciente o que desmistifica o estereótipo relacionado a falta de conhecimento e preparo dos profissionais que labutam neste setor como causa prevalente desta incidência. É relevante destacar que o insucesso nestas remarcações não está relacionado ao desconhecimento do enfermeiro e sim aos agravos relaciona-dos ao paciente. Esses resultados trazidos a tona são bastante pertinentes para o processo de para Sistematização da Assistência de Enfermagem e a valorização do conhecimento do enfermeiro como ator principal da vida co-tidiana neste serviço contribuindo para o seu funcionamento e andamento. Assim se faz necessário que, os sujeitos envolvidos nesta pesquisa busquem aprimorar o conhecimento profissional e pleiteiem à instituição uma ampliação do programa destinado ao paciente que se submeterá a colonosco-pia, detectando precocemente a patologia que poderá impedir a realização do mesmo através da realização da anamnese mais acurada pelo profissional médico e que essas informações sejam repassadas ao enfermeiro e o mesmo possa contemplar na sua sistematização de enfermagem e implementar em suas intervenções a possível causa do colon sujo e promover a realização deste exame de forma rápida e segura.

7 Recomendações

O grau de conhecimento dos enfermeiros relacionados ao preparo do colon no exame de colonoscopia é de extrema importância para o seu desem-penho profissional e para a minimização de riscos para o cliente/paciente, pois a partir do conhecimento dos mesmos é possível identificar precoce-mente fatores que favorecem para a não realização do exame. Prioriza os autores que para um exame mais acurado e seguro é preciso ações como capacitações e treinamento dos profissionais, pois a educação permanente se

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realizada é o que garantirá um bom funcionamento do serviço e contribuirá para a diminuição das remarcações. É necessário que, também no contexto político e social que as instituições que oferecem este serviço garantam ao usuário segurança e praticidade para o agendamento deste procedimento e assim uma melhor adequação a esta prática. Os resultados deste estudo indicam o quanto é importante oferecer educação em saúde e integralizar ações permanentes nas instituições de referência direcionados ao cliente/paciente e em especial o profissional de enfermagem que vem contribuindo para o funcionamento e andamento do setor e os mesmos são multiplicadores dessas orientações relacionados à realização desse procedimento no seu cotidiano e em seu ambiente laboral com o conhecimento técnico científico que vem sendo repassado no qual se submeterá a este exame e muitas vezes não realizam pro falta pelo compro-metimento patológico causa esta que não está relacionada com o desconheci-mento científico do enfermeiro.

Referências

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APÊNDICE A:Instrumento para coleta de dados

1) Dados pessoais do enfermeiro (a):

Sexo F ( ) M ( )

2) Titulação do profissional Enfermeiro (A)

Graduação ( ) Pós-graduação ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) 3) Tempo de serviço

Entre 1 e 5 anos ( ) Mais de 5 anos ( )

4) Sobre a importância do paciente vir acompanhado no dia do exame, marque a alter-nativa correta:

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a) ( ) Só será necessário um acompanhante se for paciente for idoso.b) ( ) Todo e qualquer paciente tem que vir acompanhado no dia do exame.c) ( ) Só será necessário um acompanhante se o paciente for paciente for deficiente.d) ( ) Não é necessário a presença de acompanhante.

5) Para realizar a colonoscopia, o cólon precisa estar completamente limpo e sem re-síduos, mas para isso deve ser feito:a) ( ) Somente a lavagem intestinal é suficiente.b) ( ) Tomar medicações laxantes somentec) ( ) Tomar laxativos e soluções hipertônicas que provocam diarréias osmótica6) A colonoscopia tem suas finalidades, dentre elas:

a) ( ) Terapêutico.b) ( ) Diagnóstico.c) ( ) Terapêutico e diagnóstico.

7) O preparo do cólon tem como objetivo:

a) ( ) Obter uma limpeza do duodeno.b) ( ) Obter uma limpeza parcial do intestino grosso.c) ( ) Obter uma limpeza completa do cólon que permita uma visualização minuciosas de todo intestino grosso.

8) Na véspera do exame, o paciente deve ingerir:

a) ( ) Dieta constipante.b) ( ) Dieta livre.c) ( ) Dietas líquidas e sem resíduos.

9) Em relação a administração do manitol a 20% por v.o para o preparo do cólon, o pa-ciente deve ingerir:a) ( ) Manitol puro para limpar o cólon mais rápido.b) ( ) É misturada a 500ml de chá ou suco sem resíduos.c) ( ) É administrado com água destilada 300ml

10) O mal preparo do cólon do paciente acarretará na hora do exame:

a) ( ) Uma boa visualização do intestino grosso com isso o sucesso do exame.b) ( ) Má visualização do cólon, impedindo a visão de uma ou mais lesões, con-seqüentemente o cancelamento do exame.c) ( ) Uma exame acurado, seguro e rápido.

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APÊNDICE B:Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Conhecimento do enfermeiro em relação ao preparo do colon para o exame de colonosco-pia ministradas ao paciente pelo enfermeiro de um Hospital Público Estadual de grande porte sobre o preparo do colon para colonoscopia.Autores: Eduardo Júlio de Oliveira e Vasti Severina de Andrade.Orientadora: Profª. Angela Maria Leal de Moraes Vieira, Ms.Fone para contato: (81) 21282555 O objetivo do estudo ora proposto é sobre as orientações ministradas ao paciente pelo enfermeiro sobre o preparo do cólon para colonoscopia. Os dados serão coletados através de uma entrevista face-a-face, utilizando-se um formulário contendo perguntas abertas, fechadas e mistas. Os dados serão utilizados para elaborar o Trabalho de Con-clusão de Curso de Graduação em Enfermagem.Sua participação é voluntária e você poderá retirar-se do estudo a qualquer momento se assim o desejar. Ele não incorrerá em ônus para você que também não receberá paga-mento pela sua participação.As informações obtidas através do estudo terão caráter sigiloso, bem como será respeitada a privacidade de seus participantes. Elas poderão ser divulgadas em eventos ou publi-cações científicas, porém preservando a identidade de seus participantes.O estudo se constitui em risco mínimo para a amostra como preconiza a Resolução 196/96, porém os resultados trarão inúmeros benefícios para a prática de enfermagem, no que diz a respeito de um preparo do cólon satisfatório para o exame de colonoscopia.Eu li e compreendi as informações acima descritas e concordo livremente em participar do estudo em questão.

Data:___/___/____

____________________________ ________________________________ Entrevistado Entrevistador