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FANESEFaculdade de Administração e Negócios de Sergipe

© 2005 TECNED - Tecnologias Educacionais Ltda.Av. Delmiro Gouveia, 800 - 1º andar - sala 4 - CEP 49035 - 810 - Coroa do Meio - Aracaju - Sergipee-mail: [email protected] - Site: www.tecned.com.br

Diretor GeralDiretor GeralDiretor GeralDiretor GeralDiretor GeralProf. M.Sc. José Edgard da Mota Freitas

Coordenador AcadêmicoCoordenador AcadêmicoCoordenador AcadêmicoCoordenador AcadêmicoCoordenador AcadêmicoProf. M.Sc. Ionaldo Vieira de Carvalho

Coordenador do Curso de AdministraçãoCoordenador do Curso de AdministraçãoCoordenador do Curso de AdministraçãoCoordenador do Curso de AdministraçãoCoordenador do Curso de AdministraçãoProf. Paulo Freire de Carvalho Filho

Coordenador do Curso de Ciências ContábeisCoordenador do Curso de Ciências ContábeisCoordenador do Curso de Ciências ContábeisCoordenador do Curso de Ciências ContábeisCoordenador do Curso de Ciências ContábeisProf. Mário Lúcio do Espírito Santo

Coordenador do Curso de Engenharia de ProduçãoCoordenador do Curso de Engenharia de ProduçãoCoordenador do Curso de Engenharia de ProduçãoCoordenador do Curso de Engenharia de ProduçãoCoordenador do Curso de Engenharia de ProduçãoProf. Dr. Francisco Gumes Lopes

AutorAutorAutorAutorAutorProf.ª M.Sc. Simone Mardones

Revisor de Educação a DistânciaRevisor de Educação a DistânciaRevisor de Educação a DistânciaRevisor de Educação a DistânciaRevisor de Educação a DistânciaProf. M.Sc. Mário Vasconcelos Andrade

Revisor de TRevisor de TRevisor de TRevisor de TRevisor de TextoextoextoextoextoProf.ª M.Sc. Simone Mardones

IlustraçõesIlustraçõesIlustraçõesIlustraçõesIlustraçõesThiago Neumann

Editoração EletrônicaEditoração EletrônicaEditoração EletrônicaEditoração EletrônicaEditoração EletrônicaFred Paes BarretoMário Vasconcelos AndradeMichele Magalhães de Menezes

Mardones, Simone

1. Metodologia Científica - Administração de Empresas

I. Título

CDU 001.8

Metodologia Científica /Simone Mardones. Aracaju: FANESE,2005.

46 p.

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METODOLOGIA CIENTÍFICAApresentação

APRESENTAÇÃO

Caro aluno,

Para muitos fazer uma disciplina ou curso a distância parece fácil, ou porqueerroneamente acreditam ser a educação a distância uma metodologia aligeirada ouporque acreditam conhecer profundamente seus próprios limites. No entanto, aofinal desta disciplina você talvez chegue a conclusão de que nem uma nem outraalternativa estão certas.

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METODOLOGIA CIENTÍFICAApresentação

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ALUNO

O aluno que pretende estudar na modalidade de educação a distância deveter, entre outras características, responsabilidade, autonomia e desejo de apren-der. Por isso sugerimos que você tome alguns cuidados:

Desde já, organize seus horários de estudo. Separe pelo menos umahora de seu dia para dedicar-se ao estudo dos conteúdos e responderas atividades de reforço;Aprenda a destacar os pontos importantes do conteúdo, procurandosempre que possível reforçar com novas leituras sugeridas pelo materialou por seu professor/tutor;No caso especifico desta disciplina procure resolver as questões pro-postas no material e fichar todas as leituras complementares sugeridasna bibliografia.Prepare seu local de estudo, que deve se silencioso, confortável e tran-qüilo;Procure sempre seu professor/tutor quando tiver dúvidas. Lembre-se queem educação a distância não podemos acumular dúvidas e perguntas,deixando para a véspera das avaliações a oportunidade de resolvê-las.Esforce-se para que, ao final de cada unidade, tenha alcançado os obje-tivos propostos. Verifique se eles foram atingidos, respondendo aos exer-cícios disponíveis;Utilize-se dos recursos que estão ao seu dispor para buscar esclareci-mentos e para aprofundar as suas reflexões. Estamos nos referindo aocontato com o seu professor-tutor, com os seus colegas através doschats, fóruns e dos encontros presenciais;Com o objetivo de ampliar as possibilidades de interação e diminuir atendência ao isolamento, comuns nos cursos à distância, haverá algu-mas atividades em grupo, que se desenvolverão via chat ou fórum dediscussão, usando a troca de experiências entre os alunos e entre alu-nos e professor/tutor.

Para auxiliar sua aprendizagem do conteúdo a ser estudado serão sugeridasatividades como:

Exercícios de múltipla escolha;Pequenos comentários para perguntas abertas;Textos complementares;Chat de discussão;Fóruns e outros.

AvaliaçõesAvaliaçõesAvaliaçõesAvaliaçõesAvaliaçõesNossas avaliações devem ocorrer de modo presencialmodo presencialmodo presencialmodo presencialmodo presencial, de acordo com o ca-

lendário da disciplina disponível no quadro de avisos; através de atividades re-através de atividades re-através de atividades re-através de atividades re-através de atividades re-gulargulargulargulargulares indicadas pelo pres indicadas pelo pres indicadas pelo pres indicadas pelo pres indicadas pelo professorofessorofessorofessorofessor-tutor-tutor-tutor-tutor-tutor; através da qualidade de sua paratravés da qualidade de sua paratravés da qualidade de sua paratravés da qualidade de sua paratravés da qualidade de sua par-----ticipação e seu interticipação e seu interticipação e seu interticipação e seu interticipação e seu interesse com a disciplinaesse com a disciplinaesse com a disciplinaesse com a disciplinaesse com a disciplina, observados a partir dos chats,tutoria, da participação nos fóruns e encontros presenciais.

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METODOLOGIA CIENTÍFICAApresentação

SÍNTESE DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I - CONHECIMENTO, CONCEITO, CARACTERÍSTICAS EPOSSIBILIDADES DA CIENCIA

1. O Conhecimento2. Teorias explicativas sobre o conhecimento

2.1. A natureza do conhecimento2.2. As possibilidades do conhecimento2.3. A origem do conhecimento

3. Tipos de conhecimento3.1. Conhecimento religioso3.2. Conhecimento filosófico3.3. Conhecimento popular ou senso comum3.4. Conhecimento científico

4. O que é ciência?4.1. A atitude científica e suas características

Objetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosConhecer os conceitos de: conhecimento e ciência;Classificar a natureza do conhecimento;Definir conhecimento científico a partir de suas características.

UNIDADE II - PESQUISA CIENTÍFICA1. O que é pesquisa?2. Método Científico

2.1. Método e técnica3. Classificação dos métodos4. Classificação das técnicas de pesquisa5. Tipos de pesquisa

Objetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosDefinir e caracterizar pesquisa e método científicos;Identificar, através de características especificas, os diferentes tipos de pes-quisa e métodos e sua aplicabilidade;Compreender a importância da pesquisa para a formação do Administrador.

UNIDADE III - AS ETAPAS E PLANEJAMENTO DE UMA PESQUISA1. As etapas de uma pesquisa científica.

1.1. Escolha de um tema1.2. Delimitação do tema1.3. Formular do Problema1.4. Estudos Exploratórios

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METODOLOGIA CIENTÍFICAApresentação

2. O projeto de pesquisa3. Apresentação gráfica do projeto

3.1. Elementos Pré Textuais3.2. Elementos Textuais3.3. Elementos Pós-Textuais

Objetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosObjetivos específicosPossibilitar ao aluno informações necessárias sobre as etapas de uma pesquisa;Conhecer os requisitos para a elaboração de um relatório científico.

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METODOLOGIA CIENTÍFICAApresentação

CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA

Qual a importância de se estudar Metodologia Científica?O que ela acrescenta em sua formação acadêmica e profissional?

Barros e Lehfeld (2000, p. 7), definem muito bem os objetivos da MetodologiaCientífica como disciplina. Segundo eles através dela podemos:

a) distinguir Ciência de outras formas de conhecer, enfatizando o métodocientífico;

b) analisar as condições em que o conhecimento é cientificamente construídoabordando o significado de postulados e atitudes da Ciência hoje;

c) oportunizar ao aluno o desenvolvimento de um comportamento científi-co, levantando e formulando problemas, coletando dados, analisando einterpretando-os e comunicando os resultados;

d) capacitar o aluno a ler criticamente a realidade e produzir conhecimen-tos;

e) fornecer informações e referenciais para a montagem formal e substanti-va de trabalhos científicos: resenhas, monografias, artigos científicos etc;

f) fornecer processos facilitadores à adaptação do aluno, integrando-o àuniversidade, minimizando suas dificuldades e apreensões quanto àsformas de estudar e, conseqüentemente, de encontrar os meios de ex-trair o maior proveito dos estudos.

“A Metodologia Científica prepara o estudante paraler, crítica e analiticamente, o seu cotidiano, a

elaborar projeto de estudo com objetivos e metasconscientemente definidas, que deve estar implícita

a preocupação em aprender as funções advindasda carreira profissional.”

(BARROS; LEHFELD, 2000).

Sendo assim, estudaremos nesta disciplina os conceitos básicos de conheci-mento e ciência, suas característica e tipologias e as técnicas, procedimentos enormas para a elaboração de trabalhos científicos acadêmicos.

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Unidade 1METODOLOGIA CIENTÍFICA

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

CONHECIMENTO, CONCEITO,CARACTERÍSTICAS E POSSIBILIDADES DACIÊNCIA

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

Conhecer os conceitos de: conhecimento e ciência;Classificar a natureza do conhecimento;Definir conhecimento científico a partir de suas características.

1. O conhecimento

Você já parou para pensar sobre como você conhece as coisas?Como constrói conceitos, concepções e estabelece relações sobre o mundo, o

outro, os objetos etc...?

Acredito que não, e se o fez, não foi por muito tempo.

Na maioria das vezes não nos preocupamos com o conhecimento, nem enten-demos a forma como conhecemos as coisas. Não nos preocupamos com importân-cia da consciência do conhecer para aperfeiçoar nossas concepções de mundo enossas ações sobre ele.

Agora pare e pense. Porque é importante para você, como estudante universi-tário e como ser humano, compreender os processos que o conduzem ao conheci-mento? Que o fazem refletir sobre o mundo?

Para ajudá-lo nesta reflexão poderemos começar pelo conceito de conhecimento.

Pois bem!

Há dois sentidos para o ato de conhecer.

Tomando como base o segundo sentido, o conhecimento é fruto da relaçãoentre o Sujeito cognoscente (aquele que conhece) e o Objeto (o que é conhecido).

Um processo que envolve:

Num segundo sentido,conhecer é a construção de

representações mentais que o sujeitoorganiza durante toda sua vida na

relação com os objetos.

Um primeiro sentido, diz res-peito ao simples processo de aquisi-

ção de informações, de recolher e orga-nizar informações na sociedade.

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 1

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

a) SensaçãoSensaçãoSensaçãoSensaçãoSensação - é a apreensão imediata do objeto através de estímulosproporcionados pelos órgãos dos sentido (audição, visão, tato, paladare olfato).

b) PPPPPererererercepçãocepçãocepçãocepçãocepção - é o processo de apreensão da realidade como um conjun-to organizado, uma totalidade portadora de sentido. Na construção dapercepção, os dados sensoriais são organizados em função dos senti-dos, experiências individuais anteriores, interesses, etc.

c) RazãoRazãoRazãoRazãoRazão - é o processo de elaboração de representações mentais abs-tratas (conceitos, discursos), relações lógicas e teorias interpretativassobre a realidade.

AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE IADE IADE IADE IADE I

Vejamos a situação!Você será apresentado a alguém que poderá lhe ajudar a conseguir um emprego.Por uma série de elementos, sua primeira impressão sobre o sujeito não é

muito boa.O que fazer?Muitos de nós já passamos por uma situação igual a esta, certo?Numa reflexão mais aprofundada sobre esta impressão, você é capaz de dis-

tinguir o que é pura sensação, pura percepção ou racional?Após refletir sobre estas questões registre suas observações e discuta com os

colegas /ou seu tutor.Lembre-se que como futuro administrador, você terá que desenvolver compe-

tências de fazer esta análise rápida e objetiva para não perder tempo e a oportunida-de de avaliar as pessoas e os fatos de maneira racional. Ou seja, de conhecê-los.

SUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTARARARARAR

Para reforçar sua compreensão sobre o que é o conhecimento leia a Unidade5, "O Conhecimento" de: CHAUÍ, Marilena. Convite a FConvite a FConvite a FConvite a FConvite a Filosofiailosofiailosofiailosofiailosofia. 13. ed. São Pau-lo: Ática, 2003. p.121-179.

2. Teorias explicativas sobre o conhecimento

No campo da Filosofia do conhecimento, as teorias que procuram explicar oconhecimento respondem as seguintes questões:

Qual a natureza do conhecimento ?Qual o valor ou possibilidade?Qual a origem?

2.1.2.1.2.1.2.1.2.1. No que se refere a Natureza do conhecimentoNatureza do conhecimentoNatureza do conhecimentoNatureza do conhecimentoNatureza do conhecimento, procura-mos entender o que verdadeiramente conhecemos. Responde-se a uma velha questão grega: qual a verdadeira essência doser?

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Unidade 1METODOLOGIA CIENTÍFICA

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

Ou seja, conhecemos o próprio objeto ou apenas suas representações, a for-ma como ele se nos apresenta?

A resposta da Filosofia a estas indagações se dá através de dois caminhos:

a) O RealismoRealismoRealismoRealismoRealismo - quando o conhecimento do real é conseqüência de suaapreensão adquirida pela experiência. A experiência que proporciona oato de conhecer pode ser interna - através da consciência ou externa -através dos objetos do mundo sensível.

b) O IdealismoIdealismoIdealismoIdealismoIdealismo - quando o conhecimento é fruto das idéias. Para o idealis-mo o mundo sensível e real é um produto do pensamento, a realidade nãotem uma existência independente da idéia, só existe a partir dela.

2.2.2.2.2.2.2.2.2.2. Quanto as pppppossibilidades do conhecimentoossibilidades do conhecimentoossibilidades do conhecimentoossibilidades do conhecimentoossibilidades do conhecimento, tentamosresponder a seguinte questão: qual a capacidade do sujeito emapreender a verdade, a essência do real ou está condenado àssuas múltiplas aparências?

Em resposta a esta questão, a Filosofia propõe:

a) O dogmatismodogmatismodogmatismodogmatismodogmatismo - vem do grego dogmatikós, que significa o que se fundaem princípios. Confiando na supremacia da razão, o dogmatismo acreditana possibilidade do sujeito apreender de forma absoluta a realidade.

b) O cepticismo cepticismo cepticismo cepticismo cepticismo - do grego skeptikós, significa "que observa", que conside-ra". Ao contrário do dogmatismo o ceticismo desconfia da razão e nãoacredita ser possível ao sujeito apreender a realidade.

c) O criticismo criticismo criticismo criticismo criticismo - tenta conciliar as duas explicações anteriores, pois defen-de a possibilidade do sujeito chegar à verdade, mas não aceita que esteprocesso ocorra sem crítica as afirmações da razão.

d) O pragmatismopragmatismopragmatismopragmatismopragmatismo - subordina o conhecimento a uma finalidade prática. Oconhecimento pragmático afirma que a verdade é tudo aquilo que é útil eeficaz para a vida humana. Ser pragmático, portanto, não é ser somentepratico, mas é principalmente ser útil e eficiente para ao homem.

2.3.2.3.2.3.2.3.2.3. Quanto a Origem do ConhecimentoOrigem do ConhecimentoOrigem do ConhecimentoOrigem do ConhecimentoOrigem do Conhecimento, pretende-se definirse é a razão ou a experiência o ponto de partida para o conheci-mento.

a) O RacionalismoRacionalismoRacionalismoRacionalismoRacionalismo - cujo modelo de cientificidade é a matemática, quetem na razão a fonte principal do conhecimento. Para ele "o objetocientifico é uma representação intelectual universal" (Chauí, 2003; p.221).Somente as representações da razão contam no processo de conhecero real, pois são as únicas que podem produzir um conhecimento siste-mático, lógico, verificável e universalmente válido. Parte do princípio que

Para o Real ismoReal ismoReal ismoReal ismoReal ismo os objetosexistem independentemente dossujeitos.

O IdealismoIdealismoIdealismoIdealismoIdealismo nega a existênciado real. A realidade é reduzida aidéias.

Lembre-seLembre-seLembre-seLembre-seLembre-se

O filosofo considerado pai doracionalismo moderno foi RenéRenéRenéRenéRenéDescartesDescartesDescartesDescartesDescartes (1596-1650)

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 1

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

temos idéias inatas e que é a nossa razão que constrói a realidade talcomo a percebemos.

b) O EmpirismoEmpirismoEmpirismoEmpirismoEmpirismo - parte da certeza de que é na experiência que encontra-mos a fonte de todo o conhecimento. "a ciência é uma interpretaçãodos fatos baseada em observações e experimentos". (Chauí, idem,ibden). Os empiristas negam a existência de idéias inatas, para eles amente está vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveni-ente dos sentidos.

c) O CriticismoCriticismoCriticismoCriticismoCriticismo - releia o que foi colocado com relação ao criticismo noitem Origem do Conhecimento. Segundo Emanuel Kant, considerado opai do criticismo, todo o conhecimento inicia-se com a experiência, maseste é organizado pelas estruturas a priori do sujeito. Assim , o conheci-mento é a síntese do dado na nossa sensibilidade (fenômeno) e daquiloque o nosso entendimento produz por si (conceitos). O conhecimentonunca é, pois, o conhecimento das coisas "em si", mas das coisas "emnós".

AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE IIADE IIADE IIADE IIADE II

a) Pesquise em livros de filosofia e explique como os empiristas e os racionalistasexplicam a atividade do conhecimento.

b) Que posições filosóficas sobre o conhecimento você acha que um Administra-dor deve incorporar em suas competências administrativas? Explique por quê.

SUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTARARARARAR

Para reforçar sua compreensão sobre o que é o conhecimento leia a Unidade5, "A Razão" do texto de CHAUÍ, Marilena. Convite a FConvite a FConvite a FConvite a FConvite a Filosofiailosofiailosofiailosofiailosofia. 13. ed. São Pau-lo: Ática, 2003. p.160-188.

3. Tipos de conhecimento

Já vimos que há varias formas do sujeito conhecer a realidade. Agora veremoso que caracterizam as quatro formas de conhecimento mais comuns.

Para este momento utilizaremos a classificação de caracterização propostaspor Ferrari em seu livro Metodologia Cientifica (1982). Vejamos algumas caracte-rísticas destes tipos de conhecimento:

3.1. Conhecimento religioso (teológico)3.1. Conhecimento religioso (teológico)3.1. Conhecimento religioso (teológico)3.1. Conhecimento religioso (teológico)3.1. Conhecimento religioso (teológico)

Juntamente com o senso comum, é uma das primeiras formas de conhecimento.Neste campo, o homem constrói interpretações da realidade fundamentadas na fé ena crença de uma verdade iluminada e de um Deus que materializa esta verdade.

Immanuel KantImmanuel KantImmanuel KantImmanuel KantImmanuel Kant (Königsberg,Prússia, 22/04/1724, morreu em- Königsberg, 12/02/1804) foi umfilósofo prussiano, consideradocomo o último grande filósofo dosprincípios da era moderna, umrepresentante do iluminismo, umdos seus pensadores mais influ-entes. Kant teve um grande im-pacto nas filosofias idealistas doséculo XIX.Alguns autores consideram queKant fez uma síntese entre oRacionalismo onde impera a for-ma de raciocínio dedutivo), e a oempirismo, que valoriza aindução).

FFFFFonte: http://wwwonte: http://wwwonte: http://wwwonte: http://wwwonte: http://www.tiosam.com/.tiosam.com/.tiosam.com/.tiosam.com/.tiosam.com/enc ic loped iaenc i c loped iaenc i c loped iaenc i c loped iaenc i c loped ia

Entre os filósofos que assumi-ram uma perspectiva empiristadestacam-se John LockeJohn LockeJohn LockeJohn LockeJohn Locke(1632 -1704) e David HumeDavid HumeDavid HumeDavid HumeDavid Hume(1711-1776).Para J. Locke o conhecimentocomeça do particular para o ge-ral, das impressões sensoriaispara a razão.O espírito humanoé uma espécie de "tábua rasa".

É um conjunto de verdades acei-tas pelo homem a partir da reve-

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Unidade 1METODOLOGIA CIENTÍFICA

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

Caracteriza-se por ser:

VVVVValorativoalorativoalorativoalorativoalorativo (apoiado em doutrinas com proposições sagradas)Inspiracional nspiracional nspiracional nspiracional nspiracional (revelado pelo sobrenatural)SistemáticoSistemáticoSistemáticoSistemáticoSistemático (faz menção a origem, significado, finalidade e destino,mundo como obra de um criador divino)Não verificávelNão verificávelNão verificávelNão verificávelNão verificável (atitude de fé implícita frente ao conhecimento revelado)Infalível Infalível Infalível Infalível Infalível (apresenta verdades indiscutíveis)ExatoExatoExatoExatoExato (aspira ser a manifestação da verdade imutável)

3.2.3.2.3.2.3.2.3.2. Conhecimento filosóficoConhecimento filosóficoConhecimento filosóficoConhecimento filosóficoConhecimento filosófico

Em busca de explicações mais racionais sobre a natureza e seus fenômenos,os gregos criaram a filosofia, que nasce com o sendo a forma racional de pensar econhecer o mundo.

Este tipo de conhecimento caracteriza-se por ser:

VVVVValorativoalorativoalorativoalorativoalorativo - Seu ponto de partida consiste em hipóteses, construídas apartir de valores baseadas na experiência, hipóteses estas não testáveisou experimentadas. Diferente do conhecimento popular ou comum, oconhecimento filosófico utiliza-se de uma visão critica e radical para fun-damentar seus valores.Não verificável Não verificável Não verificável Não verificável Não verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não podemser confirmados nem refutados através de testes e experimentos comoocorre no conhecimento científico. Vejamos por exemplo as reflexõesfilosóficas sobre o conhecimento, suas características e possibilidades;elas não são passiveis de serem testadas num laboratório.Racional e sistemáticoRacional e sistemáticoRacional e sistemáticoRacional e sistemáticoRacional e sistemático - consiste num conjunto de enunciadoslogicamente correlacionados. Suas hipóteses e enunciados visam a umarepresentação coerente da realidade estudada, numa tentativa deapreendê-la em sua totalidade. O pensamento sistemático significa “umconjunto de idéias internamente articuladas e relacionadas, graças aprincípios comuns, regras e normas de argumentação e demonstraçãoque as ordenam e as relacionam num todo coerente” (CHAUI, 2003:21)Infalível e exatonfalível e exatonfalível e exatonfalível e exatonfalível e exato - suas hipóteses e postulados não são submetidos aoteste da observação, experimentação. Quando procura questionar osproblemas do homem, procurando discernir o certo e o errado a filosofiautiliza-se da razão pura, o que a liberta da necessidade da experimenta-ção e do teste.

3.3.3.3.3.3.3.3.3.3. Conhecimento popular ou Senso ComumConhecimento popular ou Senso ComumConhecimento popular ou Senso ComumConhecimento popular ou Senso ComumConhecimento popular ou Senso Comum

É o conhecimento espontâneo, fruto da experiência cotidiana do sujeito, desuas relações primárias com a realidade, com o mundo. Este tipo de conhecimentoconstitui o conjunto de saberes herdados. Segundo Aranha (1999, p.128), è umavisão de mundo precária, distorcida e até perversa".

Caracteriza-se por ser:

Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se podecomprovar simplesmente estando junto das coisas.

Segundo Paulo Ghiraldelli, citan-do Rorty, a tarefa da filosofia, éde poder nos dar imagens de nósmesmos com as quais possamosestar mais aptos às necessida-des do futuro. A tarefa da filoso-fia seria a de colaborar com umdiscurso que nos convencessecontinuamente de que podemosser versões melhores de nósmesmos.

Fonte: http://www.ghiraldelli.pro.br/o_que_eh_filosofia.htm

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 1

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

SensitivoSensitivoSensitivoSensitivoSensitivo - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vidadiária.SubjetivoSubjetivoSubjetivoSubjetivoSubjetivo - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhe-cimentos.AssistemáticoAssistemáticoAssistemáticoAssistemáticoAssistemático - a organização da experiência não visa a uma sistema-tização das idéias, nem da forma de adquiri-las, nem na tentativa devalidá-las.AcríticoAcríticoAcríticoAcríticoAcrítico - verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimen-tos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.

3.4.3.4.3.4.3.4.3.4. Conhecimento científicoConhecimento científicoConhecimento científicoConhecimento científicoConhecimento científico

É um tipo de conhecimento real, que lida com fatos. Diferente do conhecimen-to filosófico, o conhecimento científico constrói proposições ou hipóteses que po-dem ser testadas pela experimentação.

Por hora, apresentaremos suas principais características, já que retomaremoseste tema em nosso próximo tópico temático com maior profundidade, juntamentecom o conceito de ciência e cientificidade.

Real, factualReal, factualReal, factualReal, factualReal, factual - lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de exis-tência que se manifesta de algum modo.ContingenteContingenteContingenteContingenteContingente - suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade oufalsidade conhecida através da experimentação e não pela razão, comoocorre no conhecimento filosófico.Sistemático Sistemático Sistemático Sistemático Sistemático - saber ordenado logicamente, formando um sistema deidéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos.VVVVVerificávelerificávelerificávelerificávelerificável - as hipóteses que não podem ser comprovadas não per-tencem ao âmbito da ciência.FFFFFalívelalívelalívelalívelalível - em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final.Aproximadamente exatoAproximadamente exatoAproximadamente exatoAproximadamente exatoAproximadamente exato - novas proposições e o desenvolvimentode novas técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.

A A A A ATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE IIADE IIADE IIADE IIADE II

Veja o quadro abaixo e explique este caminho do conhecimento e sua correla-ção com os diferentes tipos de realidade.

Fonte: http://afilosofia.no.sapo.pt/platao1.htm

Formas de Conhecimento

Razão

Saber, Ciência

Sentidos

Opinião, Crença

Tipos de Realidade

Mundo Inteligível

Mundo Inteligível

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Unidade 1METODOLOGIA CIENTÍFICA

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

SUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTARARARARAR

Leia o texto de Roderick Chisholm, O que é TO que é TO que é TO que é TO que é Teoria do Conhecimentoeoria do Conhecimentoeoria do Conhecimentoeoria do Conhecimentoeoria do Conhecimento, quevocê encontrará no endereço, www.cfh.ufsc.br/~wfil/textos.htm.

4. O que é Ciência?

O conceito de Ciência e conhecimento cientifico são conceitos historicamenteconstruídos. Isto quer dizer que são conceitos que tiveram mudanças ao longo dahistoria.

Para os gregos, (a partir do séc. V a.c.) a idéia de ciência = s= s= s= s= scienciacienciacienciacienciaciencia (saber)e filosofia andavam juntas. A ciência grega significava conhecimento = epistêmêepistêmêepistêmêepistêmêepistêmê,que representava o conhecimento verdadeiro, universal e necessário. Ao nascer, afilosofia buscava na episteme, o fundamento das coisas, o ArqueArqueArqueArqueArque. Entendida comoa ciência das ciências, a filosofia utiliza-se do conhecimento cientifico para opor-sea DoxaDoxaDoxaDoxaDoxa (dovxa), o conhecimento adquirido pelo senso comum, pelos sentidos.

PPPPPara os Grara os Grara os Grara os Grara os Gregos a Fegos a Fegos a Fegos a Fegos a Filosofia era a Ciência ou a ciência era a Filosofia era a Ciência ou a ciência era a Filosofia era a Ciência ou a ciência era a Filosofia era a Ciência ou a ciência era a Filosofia era a Ciência ou a ciência era a Filosofia.ilosofia.ilosofia.ilosofia.ilosofia.

Para os romanos, (entre os séc. III a.c. até o séc. VI d. c.) Ciência ou "Scientia",que provém de "Scire", significa "aprender" ou "conhecer". Tanto para gregos comopara romanos, o conhecimento científico é entendido como o resultado da investi-gação reflexiva, metódica e sistemática da realidade; procura descobrir as rela-ções entre si, determinar as causas e os respectivos efeitos.

Esta concepção de conhecimento é abalada pelo pensamento medieval. O pen-samento cristão desvia a concepção do conhecimento para o campo da Fé. Sob ahegemonia da fé, filosofia e ciência tornam-se apenas complementos, forma deratificar as verdades e o conhecimento como uma iluminação.

O teocentrismo, definiu as formas de sentir, ver e de pensar na Idade Média.Para os pensadores da Igreja, o conhecimento e as idéias eram de origem divina,por isso as verdades sobre o mundo e sobre todas as coisas já estavamestabelecidas, não deviam ser construídas e sim, apenas descobertas. A descober-ta do conhecimento só era possível através da iluminação, pois não era o homemque escolhia o conhecimento e sim Deus que escolhia quem e o que ele deveriaconhecer.

Com o inicio da modernidade, teremos uma nova revisão no conceito de conhe-cimento e na concepção de ciência, ocasionada pelas transformações políticas, eco-nômicas, sociais e, principalmente, culturais provocadas pelo Renascimento. Comoconseqüência deste processo, surge no século XVII, uma nova concepção de ciên-cia, ao mesmo tempo em que delimita-se de maneira objetiva o espaço de açãoentre ciência e filosofia, questionando-se o estatuto de cientificidade da Filosofia.

Agora vejamos:

Que novo conceito de ciência introduz o século XVII?Quais as características do conhecimento científico a partir de então?

TTTTTeocentrismoeocentrismoeocentrismoeocentrismoeocentrismo - Deus como cen-tro do universo, a medida de to-das as coisas.É o principal fundamento da filo-sofia cristã. Tem como temas cons-tantes:A prova da existência de Deus,da Imortalidade da alma, demons-trações racionais da existência doinfinito criador e do espírito hu-mano imortal. (CHAUI, 2003)

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 1

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

O novo conceito de ciência, construído a partir do século XVII, traz algumascaracterísticas que não estavam presentes no conceito de ciência grega.

Para os modernos, o conhecimento científico deve ser:

LógicoLógicoLógicoLógicoLógico - estruturado de uma forma lógica, isento de contradições, basea-do no estudo dos fenômenos através do método das inferências, pois somenteos procedimentos lógicos da ciência nos permitem:

A observação racional e controlada dos fenômenos;A interpretação e explicação adequada dos fenômenos;A verificação dos fenômenos, positivados pela experimentação e obser-vação;A fundamentação dos princípios de generalização ou o estabelecimentodos princípios e das leis;

Metódico e SistemáticoMetódico e SistemáticoMetódico e SistemáticoMetódico e SistemáticoMetódico e Sistemático - apóia-se num sistema de idéias interligadas,princípios e métodos fundamentais adequados de forma lógica.

VVVVVerificávelerificávelerificávelerificávelerificável - Todo o conhecimento científico é falível, pois só é válido en-quanto não for refutado pela experiência. Nenhuma experiência, contudo nosgarante que uma dada teoria é verdadeira, mas apenas se a mesma é ou nãorefutável.

Neste sentido, o conhecimento científico é historicamente construído, não éabsoluto e é progressivo. A verificabilidade e testabilidade são traços distintivos daciência.

4.1.4.1.4.1.4.1.4.1. A atitude cientifica e suas característicasA atitude cientifica e suas característicasA atitude cientifica e suas característicasA atitude cientifica e suas característicasA atitude cientifica e suas características

Segundo Descartes a dúvida era a principal característica da atitude cientifica,já Chauí (2003,p.218), afirma que o que distingue a atitude cientifica da atitudecostumeira ou senso comum é a desconfiançadesconfiançadesconfiançadesconfiançadesconfiança da veracidade de nossas certezas.Ou seja, o cientista é por natureza cético e deve sempre duvidar de suas certezas.

Como vimos anteriormente a verdade deve ser sempre posta em duvida e tes-tada até o extremos.

Afirma Chauí (op. cit.) que "onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, aatitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam serexplicadas e em certos casos, afastadas".

Considerando essas observações podemos perceber que a atitude científicatem especificidades que necessitam ser desenvolvidas pelo sujeito que busca oconhecimento. Dentre as várias características relacionadas por Chauí com rela-ção para caracterizar a atitude científica, podemos citar:

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Unidade 1METODOLOGIA CIENTÍFICA

Conhecimento, Conceito, Características ePossibilidades da Ciência

a) Objetivividadeb) Quantitativac) Homogênead) Generalizadora;e) Regular;f) Renovadora.

A A A A ATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE IVADE IVADE IVADE IVADE IV

Estamos sugerindo a leitura do Livro de Descartes, “O Discurso do Método”.Faça uma síntese das idéias principais do texto. Discuta o conteúdo desta síntesecom seus colegas e com o tutor. Tire suas dúvidas sobre o que não ficou claro emsua leitura.

SUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTARARARARAR

Para aprofundar seu conhecimento sobre ciência, conhecimento científico epreparar-se para a próxima unidade sugerimos que leia O Discurso do Método deRené Descartes. Este livro encontra-se em formato Book digital, gratuito na internet,no endereço:

http://virtualbooks.terra.com.br/RocketEditions/discurso_do_metodo.htm

Então!

Chegamos ao final de nossa primeira unidade.

Espero que tenhamos alcançado nossos objetivos. Seria interessante que vocêvoltasse ao início desta unidade e verificasse se o que nos propomos estudar, foialcançado.

Com este simples exercício de revisão você pode definir se está preparado ounão para a avaliação.

Se ainda não está seguro do que aprendeu, é hora de relacionar as dúvidas eprocurar seu professor tutor para esclarecê-las.

BOBOBOBOBOA SORA SORA SORA SORA SORTE!TE!TE!TE!TE!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERRARI, Afonso Trujillo. Metodologia da pesquisa científica. SãoPaulo:Mc Graw-Hill do Brasil, 1982.http://virtualbooks.terra.com.br/RocketEditions/discurso_do_metodo.htm

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

PESQUISA CIENTIFICA

Caro aluno,Estudamos, na unidade anterior, temas que consideramos importantes para a com-

preensão do conceito de conhecimento e, principalmente, conhecimento científico.

Acreditamos que você já tenha condições de entender que, para conhecer arealidade é necessário distinguir o conhecimento científico da percepção ou atémesmo de outras formas de conhecimento. Esta postura crítica é importante emtodos os momentos de nossa vida. No campo da gestão de negócios esta visãocrítica, articulada, lógica, sistemática e racional é fundamental para a compreensãodos processos, de maneira a possibilitar a tomada de decisões mais adequadaspara a resolução dos problemas.

A partir de agora, partiremos para um segundo momento de nossa caminhada,cujo tema é a PESQUISA CIENTÍFICAPESQUISA CIENTÍFICAPESQUISA CIENTÍFICAPESQUISA CIENTÍFICAPESQUISA CIENTÍFICA.

Pretendemos, nesse sentido, alcançar os seguintes OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS:

Definir e caracterizar pesquisa e método científicos;Identificar, através de características especificas, os diferentes tipos de

pesquisa e métodos e sua aplicabilidade;Compreender a importância da pesquisa para a formação do Adminis-

trador.

1. O que é pesquisa?Antes de definirmos o que é uma pesquisa científica é necessário conceituar

pesquisa.A seguir apresentamos três definições de pesquisa, que são:

1. Atividade cujo propósito é descobrir respostas a questões propostas;

2. Atividade cuja finalidade é tentar conhecer e explicar os fenômenos queocorrem no universo percebido pelo homem;

3. Atividade que busca compreender a forma como se processam os fenôme-nos observáveis, descrevendo sua estrutura e funcionamento.

Partindo destas definições, podemos afirmar que a atividade de pesquisa pro-cura descobrir respostas que possibilitem ao homem conhecer, explicar e descreveros fenômenos, suas estrutura e funcionamento. Também podemos aferir que apesquisa ocorre a partir de um problema, real e concreto, que possa ser observável.

Pesquisar é, num sentido amplo, procurar respostas para problemas que preci-sam ser resolvidos, utilizando-se de procedimentos científicos. Como observa Lakatose Marconi (1991,p.51),

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

"a pesquisa pode ser considerada um procedimentoformal com método de pensamento reflexivo querequer um tratamento técnico ou científico, e se

constitui no caminho para se conhecer a realidadeou para descobrir verdade parciais".

Para realizar este procedimento podemos consultar livros e revistas, verificardocumentos, conversar com pessoas, fazer perguntas para obter respostas, de-senvolver experimentos, observar a realidade, tentando achar estas respostas.

No caso específico de uma empresa, a pesquisa ocorre em vários momentos eetapas: nos levantamentos, diagnóstico de mercado ou da realidade econômica, noplanejamento de viabilidades, no planejamento estratégico, nos processos de im-plantação e avaliação de projetos, etc.

O conceito de pesquisa pode ser usado para designar "todo trabalho destinadoà busca de soluções para os problemas enfrentados pelo homem em seu dia a dia"(PARRA FILHO & SANTOS, 1998,p.95) , mas a pesquisa científicapesquisa científicapesquisa científicapesquisa científicapesquisa científica é a busca daverdade através da utilização de métodos adequados para que seus resultados,aceitos e comprovados pela comunidade científica e deve acrescentar algo ao co-nhecimento.

Dentre as características da pesquisa cientifica destacamos:

a) Investigação formalestruturada;controlada;sistemática.

b) Observância de critériosquestões formuladas a partir da proposição de hipóteses;hipóteses embasadas em teorias;documentação referencial;aquisição de dados através de técnicas adequadas;processamento e análise de dados.

Para o desenvolvimento da pesquisa cientifica é necessário que o pesquisadortenha as seguintes atitudes:

interesse pela atividade científica;segurança sobre os resultados experimentais ou observacionais;compromisso com a observação direta dos fatos;compromisso com a natureza auto-corretiva do conhecimento;rigor;busca da certeza;paciência;perseverança.

Sabemos que a pesquisa é uma estratégia importante para o desenvolvimento deações efetivas e seguras. Porém, quando nos propomos a planejar um projeto de pes-

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

quisa, temos pela frente uma série de questões a serem respondidas, questões estasque devem ser formuladas de maneira objetiva e clara para que possamos desenvolvera pesquisa de forma objetiva, eficiente e alcançar os objetivos propostos.

Destas questões, algumas estão no campo da metodologia.

Primeiro, na definição do método e técnicas de pesquisa.

Segundo, explicando as características específicas e os procedimentos ade-quados para a realização da pesquisa proposta.

Para muitos autores o método é o que caracteriza a pesquisa científica, ouseja, se faz pesquisa científica a partir de métodos, leis e teorias devidamentecomprovadas na busca de novos conhecimentos. (PARRA FILHO& SAN-TOS,1998;95).

AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE IADE IADE IADE IADE I

1. Faça uma relação com cinco itens que justifiquem a importância da pesqui-sa para sua formação acadêmica e profissional.

2. Apresente estes itens ao seu professor/tutor e aos seus colegas durante oencontro presencial ou no fórum de discussão.

2. Método científico

Vejamos estes conceitos;

a) "Entende-se por método o conjunto de processosconjunto de processosconjunto de processosconjunto de processosconjunto de processos que o espírito hu-mano deve empregar na investigação e demonstração da verdade"(CERVO;BREVIAN, 1983, p.24);

b) "É o caminhoo caminhoo caminhoo caminhoo caminho a ser trilhado pelo pesquisador na busca do conheci-mento" (PARRA FILHO& SANTOS, 1998, p.94);

c) "Um método científico é um conjunto de regras que os cientistas deveri-am seguir para descobrir e testar leis e teoriasdescobrir e testar leis e teoriasdescobrir e testar leis e teoriasdescobrir e testar leis e teoriasdescobrir e testar leis e teorias" (ACHINSTEIN 1 ,2004);

Qual será nossa opçãometodológica? Qual método e técnicas de

pesquisa serão mais adequadosao nosso problema?

Qual o tipo de pesquisadevemos adotar?

1. Retirado de Routledge Encyclopedia of Philosophy, org. por E. Craig (Londres: Routledge, s/d).Tradução de Paulo Sousa publicado em 4 de Setembro de 2004http://www.criticanarede.com/cien_demarcacao.html

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

d) "Espécie de roteiro de pesquisa, isto é, uma orientação para guiar os guiar os guiar os guiar os guiar osprprprprprocedimentos de obserocedimentos de obserocedimentos de obserocedimentos de obserocedimentos de observação, de medição, de discrição, de jus-vação, de medição, de discrição, de jus-vação, de medição, de discrição, de jus-vação, de medição, de discrição, de jus-vação, de medição, de discrição, de jus-tificação,tificação,tificação,tificação,tificação, etc., que poderão leva-los às leis causais" (CUNHA, 1992, p.94).

Como você pode observar, grifamos algumas palavras que pudessem nos aju-dar a entender o conceito de método científico. São processos que definem umcaminho que guia o pesquisador em busca da observação, de medição, de discri-ção, de justificação, objetivando a descoberta de leis e teorias que o conduzam averdade possível.

A importância do método científico, consiste em evitar que o cientista se percana busca pela solução dos problemas (Cunha, op. cit.). Ordena o esforço mental,proporciona segurança em qualquer operação, do fazer, do agir e do pensar, pes-quisa resulta em economia de tempo.

Apesar da importância do método científico, alguns autores concordam quenão existe um método universal. Thomas Kuhn (1962) afirma que não há um méto-do cientifico comum a todos os paradigmasparadigmasparadigmasparadigmasparadigmas.

2.1.2.1.2.1.2.1.2.1. Método e TécnicaMétodo e TécnicaMétodo e TécnicaMétodo e TécnicaMétodo e Técnica

Segundo Ruiz (1991, p. 138), o método significa o traçado das etapas funda-mentais da pesquisa, enquanto a técnica significa os diversos procedimentos ouutilização de diversos recursos peculiares a cada objeto de pesquisa, dentro dasdiversas etapas do método.

Cervo e Bervian (1983, op.cit.), confirmam esta relação. Para eles, o método éo dispositivo ordenado, o procedimento sistemático, em plano geral, enquanto atécnica, por sua vez é a aplicação específica do plano e a forma especial de execu-tar. A técnica é o auxiliar imprescindível do método.

Assim como para cada problema corresponde um método, para todo métodode pesquisa, correspondem uma ou mais técnicas. A técnica está relacionada àcoleta de informações necessária para o conhecimento do problema e sua resolu-ção, isto é, a parte prática da pesquisa.

Mesmo considerando a variação de métodos, os procedimentos básicos dométodo científico são:

ObserObserObserObserObservaçãovaçãovaçãovaçãovação - observar uma pequena parte do universo ou população aser estudado e que constitui a amostra. Registro do que foiobservado,ordenamento das informações, tabulação, seleção dos dados.

HipótesesHipótesesHipótesesHipótesesHipóteses - construção de hipóteses que expliquem o fato observado.A hipótese tentará estabelecer a relação causa/efeitos entre os fatos. A hi-pótese deve estar de acordo com o que se pretende explicar, quanto maissimples mais fácil de ser comprovada, testada e reproduzida experimental-mente por outros pesquisadores.

ExperimentaçãoExperimentaçãoExperimentaçãoExperimentaçãoExperimentação - momento de comprovação da hipótese, a través deestudos controlados, com autêntica veracidade.

Análise de resultados e conclusões.Análise de resultados e conclusões.Análise de resultados e conclusões.Análise de resultados e conclusões.Análise de resultados e conclusões.

Paradigma - é um conjuntoParadigma - é um conjuntoParadigma - é um conjuntoParadigma - é um conjuntoParadigma - é um conjuntode conceitos, práticas,de conceitos, práticas,de conceitos, práticas,de conceitos, práticas,de conceitos, práticas,parâmetros de aval iação,parâmetros de aval iação,parâmetros de aval iação,parâmetros de aval iação,parâmetros de aval iação,regras de pensamento eregras de pensamento eregras de pensamento eregras de pensamento eregras de pensamento emétodos de observação quemétodos de observação quemétodos de observação quemétodos de observação quemétodos de observação quevariam consideravelmentevariam consideravelmentevariam consideravelmentevariam consideravelmentevariam consideravelmentede uma ciência e de umade uma ciência e de umade uma ciência e de umade uma ciência e de umade uma ciência e de umaépoca para outra.época para outra.época para outra.época para outra.época para outra.

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

Ao longo da história, cientistas e filósofos propuseram diferentes métodos paraa construção da ciência e compreensão da realidade.

3. Classificação dos métodos

De acordo com Lakatos e Marconi (1991, p. 106), os métodos podem ser reu-nidos em dois grupos no que se refere à sua inspiração filosófica, ao seu grau deabstração, à sua finalidade mais ou menos explicativa, à sua ação nas etapas maisou menos concretas da investigação.

São estes os grupos:

a) MÉTODOS DE ABORDAGEM MÉTODOS DE ABORDAGEM MÉTODOS DE ABORDAGEM MÉTODOS DE ABORDAGEM MÉTODOS DE ABORDAGEM - caracterizam-se por uma abordagemampla em nível de abstração dos fenômenos da natureza e da sociedade. Consti-tui-se nos procedimentos gerais, que norteiam o desenvolvimento das etapas fun-damentais da pesquisa científica.

Os principais são:

Método indutivoMétodo indutivoMétodo indutivoMétodo indutivoMétodo indutivo - Proposto pelos empiristas, BaconBaconBaconBaconBacon, Hobbes, Locke eHume. Parte da certeza de que o conhecimento é fundamentado na experiência, nãolevando em conta princípios pré-estabelecidos. É uma forma de raciocínio ou argu-mentação que consiste na observação de casos particulares para o estabelecimentode hipótese gerais. Processo de generalização de propriedades comuns a um certonúmero de casos, onde das verdades particulares, conclui-se as verdades gerais.

Particular Geral = indução

A generalização deriva de observações de casos da realidade concreta.

ExemploExemploExemploExemploExemplo :::::1) Terra, Marte, Vênus, Saturno e Urano, são planetas. Terra, Marte, Vênus,Saturno e Urano não tem luz própria. Logo, os planetas não têm luz própria.

2) Antônio é mortal. João é mortal. Paulo é mortal ...

Ora, Antônio, João,..., são homens. Logo, (todos) os homens são mortais.

Método dedutivoMétodo dedutivoMétodo dedutivoMétodo dedutivoMétodo dedutivo - proposto pelos racionalistas DescartesDescartesDescartesDescartesDescartes, Spinoza eLeibniz; parte da certeza de que somente a razão é capaz de levar ao conhecimen-to verdadeiro. É a argumentação que consiste na explicitação de verdades particu-lares contidas em verdades universais, procede do principio para a conseqüência.

ExemploExemploExemploExemploExemplo :::::1) Todas as crianças têm pais. Ora Pedro é criança. Logo Pedro tem pais.

2) Todo homem é mortal (premissa maior). João é homem (premissa menor).Logo, João é mortal (conclusão).

Método hipotético-dedutivoMétodo hipotético-dedutivoMétodo hipotético-dedutivoMétodo hipotético-dedutivoMétodo hipotético-dedutivo -é aquele pelo qual mediante uma lacunano conhecimento, formula-se uma hipótese e procura-se testá-la, procurando evi-

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

dências empíricas para derrubar a hipótese, contribuindo assim para a construçãode teorias e leis. Segundo K. Popper “... Quando os conhecimentos disponíveissobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno,surge um problema...”.

É considerado lógico por excelência e está historicamente relacionado com aexperimentação, sendo bastante utilizado no campo das ciências naturais.

Método dialéticoMétodo dialéticoMétodo dialéticoMétodo dialéticoMétodo dialético - Proposto por Hegel Hegel Hegel Hegel Hegel e Marx Marx Marx Marx Marx. Para eles as contradiçõesse transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer solução.Segundo Marx, os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social,político, econômico, etc. Representa o conflito dos contrários, como: "A flor devemurchar para se formar o fruto, este, por sua vez, apodrece para se ter à semente.Por sua vez, a semente precisa 'morrer' para que germine uma nova planta".

Para aprofundar o conceito de dialética e de método dialético leia as reflexõesde Lênin sobre este tema abaixo.

(...) “Que é o método dialético? Que é a teoria materialista? Diz-se que a vidaconsiste num incessante crescimento e desenvolvimento, e isso é verdadeiro:a vida social não é algo de imutável e cristalizado, não se detém nunca nomesmo nível, está em eterno movimento, num eterno processo de destruiçãoe de criação. Não era por acaso que Marx dizia que o eterno movimento e aeterna destruição-criação são a substância da vida. Por isso na vida existesempre o ‘novo’ e o ‘velho’, o que cresce e o que morre e, ao mesmo tempo,incessantemente, sempre, algo nasce... O método dialético diz que éO método dialético diz que éO método dialético diz que éO método dialético diz que éO método dialético diz que épreciso considerar a vida comopreciso considerar a vida comopreciso considerar a vida comopreciso considerar a vida comopreciso considerar a vida como ela é na realidade. ela é na realidade. ela é na realidade. ela é na realidade. ela é na realidade. A vida encontra-seem incessante movimento, por conseguinte devemos também considerar avida no seu movimento, na sua destruição e criação. Para onde vai a vida, queé que morre, que é que nasce na vida, que é que se destrói, que é que se cria,eis que espécie de questões devem antes de mais nada interessar-nos. Tal éa primeira conclusão do método dialético. O que na vida nasce eprimeira conclusão do método dialético. O que na vida nasce eprimeira conclusão do método dialético. O que na vida nasce eprimeira conclusão do método dialético. O que na vida nasce eprimeira conclusão do método dialético. O que na vida nasce ecresce dia a dia é invencívelcresce dia a dia é invencívelcresce dia a dia é invencívelcresce dia a dia é invencívelcresce dia a dia é invencível; deter seu movimento para a frente é impos-sível; sua vitoria é inelutável. isto é, se, por exemplo, na vida, o proletariadonasce e cresce dia a dia, então, por mais débil e pouco numeroso que sejahoje, acabará vencendo afinal. Ao contrario, o que na vida morre e vai emdireção ao túmulo, deve ser inevitavelmente derrotado, isto é, se, por exem-plo, a burguesia sente faltar-lhe o chão debaixo dos pés e recua dia a dia,então por mais forte e numerosa que ela seja hoje, acabará sendo afinalderrotada e baixará ao túmulo. Surge daí a conhecida tese da dialética:Surge daí a conhecida tese da dialética:Surge daí a conhecida tese da dialética:Surge daí a conhecida tese da dialética:Surge daí a conhecida tese da dialética:tudo o que é real, isto é, tudo o que de dia para dia se desenvolve,tudo o que é real, isto é, tudo o que de dia para dia se desenvolve,tudo o que é real, isto é, tudo o que de dia para dia se desenvolve,tudo o que é real, isto é, tudo o que de dia para dia se desenvolve,tudo o que é real, isto é, tudo o que de dia para dia se desenvolve,é racional. Té racional. Té racional. Té racional. Té racional. Tal é a segunda conclusão do método dialéticoal é a segunda conclusão do método dialéticoal é a segunda conclusão do método dialéticoal é a segunda conclusão do método dialéticoal é a segunda conclusão do método dialético.(...) Assim o método dialético considera o movimento da vida. Mas há movi-mento e movimento. (...) É evidente que o movimento possui diversas for-mas. E o método dialético diz que o movimento tem uma forma dupla: evolu-ção e revolução. O movimento tem a forma de evolução quando os elemen-tos progressistas continuam espontaneamente seu trabalho cotidiano e in-troduzem na velha ordem pequenas modificações “quantitativas”. O movi-mento é revolucionário quando esses mesmos elementos, dominados por umasó idéia, unem-se e lançam-se contra o campo inimigo, para destruir pela raiza velha ordem com as suas caraterísticas “qualitativas” e instaurar uma nova

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

ordem. A evolução prepara a revolução e cria o terreno para esta, e a revolu-ção coroa a evolução e contribui para o seu trabalho ulterior.

Vladimir Ilyich LêninVladimir Ilyich LêninVladimir Ilyich LêninVladimir Ilyich LêninVladimir Ilyich Lênin, “O Materialismo Dialético e o Anarquismo” inhttp://www.comunismo.com.br/textlen3.html

Método fenomenológicoMétodo fenomenológicoMétodo fenomenológicoMétodo fenomenológicoMétodo fenomenológico - Proposto por HusserlHusserlHusserlHusserlHusserl, é a descrição diretada experiência tal como ela é. A realidade é construída socialmente e entendidacomo o compreendido, o interpretado, o comunicado. Existem tantas realidadesquantas forem suas interpretações e comunicações. Por isso o métodofenomenológico procura mostrar o que é dado e explicar esse dado da forma comoele se dar à consciência. Proporciona uma descrição direta da experiência tal comoela é, sem nenhuma consideração de sua gênese psicológica e das explicaçõescausais que os especialistas podem dar (GIL, 1999, p. 32).

b) MÉTODOS DE PROCEDIMENTOS MÉTODOS DE PROCEDIMENTOS MÉTODOS DE PROCEDIMENTOS MÉTODOS DE PROCEDIMENTOS MÉTODOS DE PROCEDIMENTOS - constituem etapas concretas dainvestigação, com finalidades mais restritas em termos de explicação geral. Adap-tam-se a cada área de pesquisa e relacionam-se com as etapas do plano de estu-dos, da obtenção, processamento e avaliação dos dados relativos ao problemapesquisado.

Os mais conhecidos são:

Método históricoMétodo históricoMétodo históricoMétodo históricoMétodo histórico - direciona-se à investigação, a partir do estudo dosacontecimentos, processos e instituições das civilizações passadas, procurandoexplicar as origens da vida social contemporânea, já que as mesmas alcançaramsua forma atual, através das alterações de suas partes componentes, ao longo dotempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época.

Método comparativoMétodo comparativoMétodo comparativoMétodo comparativoMétodo comparativo - orienta à investigação observando dois ou maisfatos, fenômenos, indivíduos ou classes, procurando ressaltar as diferenças e simi-laridades entre eles. Sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato depossibilitar o estudo comparativo de grandes grupos sociais, separados pelo espa-ço e pelo tempo. Assim, por exemplo, podemos verificar as características de se-melhança e diferenças de subdesenvolvimento entre dois países.

Método estatísticoMétodo estatísticoMétodo estatísticoMétodo estatísticoMétodo estatístico - fundamenta-se na utilização da estatística para in-vestigação de um objeto de estudo. A utilização desse método contribui para acoleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados e para a utilizaçãodos mesmos na tomada de decisões. É utilizado no estudo de fenômenos sociais,políticos, econômicos etc., submetê-los à manipulação estatística, buscando verifi-car as relações dos fenômenos entre si e obter generalizações.

Método tipológicoMétodo tipológicoMétodo tipológicoMétodo tipológicoMétodo tipológico - assemelha-se ao método comparativo e é utilizadopara a elaboração de modelos ideais. O pesquisador ao comparar fenômenos soci-ais complexos da realidade elabora tipos ou modelos ideais, a partir de característi-cas essenciais dos fenômenos. Esses modelos não existem na realidade devido aoalto grau de abstração em que foram construídos, todavia são utilizados para darexplicações a casos concretos ou adaptar os casos concretos aos modelos.

Para aprofundar sua compreensãosobre método cientificométodo cientificométodo cientificométodo cientificométodo cientifico, suge-rimos a leitura do Cap. 04 deLAKATOS, E. Maria; &MARCONI, M. de Andrade. Fun-Fun-Fun-Fun-Fun-damentos de damentos de damentos de damentos de damentos de metodolog iametodolog iametodolog iametodolog iametodolog iacient í f ica.c ient í f ica.c ient í f ica.c ient í f ica.c ient í f ica. São Paulo: Atlas,1991

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 2

Pesquisa Científica

Método funcionalistaMétodo funcionalistaMétodo funcionalistaMétodo funcionalistaMétodo funcionalista - enfatiza as relações e o ajustamento entre osdiversos componentes de uma cultura ou sociedade. Estuda a sociedade do pontode vista de suas unidades, considerando toda a atividade social e cultural comofuncional. A sociedade está constituída por unidades interdependentes. Cada uma,tal como uma peça qualquer em relação a uma máquina desempenha papéis quevisam contribuir para estabilidade e ordem social. A partir dessa visão de socieda-de, o passo seguinte é determinar as funções de cada unidade.

Método estruturalistaMétodo estruturalistaMétodo estruturalistaMétodo estruturalistaMétodo estruturalista - utilizado para o estudo de culturas, linguagens,psiquismos humanos ou outro qualquer, como um sistema em que os elementosconstituintes mantêm entre si relações estruturais. Assim sendo, parte-se da in-vestigação de um fenômeno concreto, atingindo o nível do abstrato através da cons-trução de um modelo que represente o objeto de estudo, retornando ao concreto,dessa vez como uma realidade estruturada. Pode-se, assim, dizer que uma estru-tura explica os processos. Os elementos que constitui o todo se acham entrelaça-dos de tal forma que não existe independência de uns em relação aos outros, masuma interpenetração. Exemplos de estruturas seriam os organismos biológicos, ascoletividades humanas, as formas do psiquismo etc.

Método experimentalMétodo experimentalMétodo experimentalMétodo experimentalMétodo experimental - consiste em submeter o fenômeno estudado àinfluência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo pesqui-sador, para observar os resultados que a variável produz no objeto. É necessáriomanter constante todas as causas, menos uma, que sofre variação para se obser-var seus efeitos, caso existam. O delineamento consiste em definir um objeto paraestudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, determinar asformas de controle e de observação dos efeitos que a variável escolhida produz noobjeto.

Método clínicoMétodo clínicoMétodo clínicoMétodo clínicoMétodo clínico - utilizado, principalmente, por psicólogos numa relaçãoentre o pesquisador e o pesquisado. O pesquisador utiliza-se de informações obti-das dos determinantes inconscientes do comportamento do pesquisado. Na utiliza-ção desse método deve-se ter muito cuidado, no momento de se obter generaliza-ção, já que se trabalha com aspectos do inconsciente de indivíduos particulares. Autilização desse método tem sido muito importante para o desenvolvimento da psi-cologia.

AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE IIIADE IIIADE IIIADE IIIADE III

1. Por que o método se-faz necessário num processo de investigação?

4. Classificação das técnicas de pesquisa

Toda pesquisa exige do pesquisador a seleção de técnicas apropriadas ao obje-to, ao contexto e aos objetivos estabelecidos para sua realização. Como vimosanteriormente às técnicas são os procedimentos ou recursos a serem utilizados deacordo com o método adotado. Todo método de pesquisa necessita, para seroperacionalizado, de uma ou mais técnicas.

As técnicas representam a parte prática da pesquisa, e estão diretamente rela-

Para facilitar a coleta de informa-ções durante a entrevista o pes-quisador deve dispor de recursosmateriais, tais como: gravador,bloco de anotações, roteiro deentrevista etc.

Para aprofundar sua compreensãosobre Técnicas de Pesquisa, su-gerimos a leitura dos capítulos 2 e3 de ANDRADE, Maria Margari-da de. Introdução àIntrodução àIntrodução àIntrodução àIntrodução àmetodologia do trabalho ci-metodologia do trabalho ci-metodologia do trabalho ci-metodologia do trabalho ci-metodologia do trabalho ci-entíf ico: elaboração de tra-entíf ico: elaboração de tra-entíf ico: elaboração de tra-entíf ico: elaboração de tra-entíf ico: elaboração de tra-balhos na graduação.balhos na graduação.balhos na graduação.balhos na graduação.balhos na graduação. 5. ed.São Paulo: Atlas, 2001.

VVVVVariável - ariável - ariável - ariável - ariável - é uma característicada população. Pode ser classifica-da em dois ou mais gruposdisjuntos.Qualitativa – Qualitativa – Qualitativa – Qualitativa – Qualitativa – nominal (sexo,raça) e ordinal (classe social, graude instrução, consumo de álcool).Quantitativa - Quantitativa - Quantitativa - Quantitativa - Quantitativa - Discretas (nú-mero de filhos, número de repro-vações) e Contínuas (estatura,nota na prova).

Fonte: http://sites.unisanta.br/t e i a d o s a b e r / a p o s t i l a /m a t e m a t i c a /ELABORACAO_DE_UM_PROJETO_DE_PESQUISA-Ines2808.pdf

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Pesquisa Científica

cionadas à coleta de dados e informações sobre o objeto em estudo. Diz respeito àdeterminação do universo de pesquisa, os sujeitos ou população a ser pesquisada,os instrumentos utilizados para coletar estas informações e o planejamento de todoo processo de coleta e levantamento necessário à realização da pesquisa.

Os instrumentos de coleta de dados mais utilizados são:

QuestionárioQuestionárioQuestionárioQuestionárioQuestionário - elaborado pelo pesquisador, para ser aplicado a uma clien-tela pesquisada, o questionário é destinado a pesquisa em grupo, que permite acoleta de dados que se constituirão em unidades estatísticas.

O questionário deve ter uma linguagem objetiva, breve, conciso e simples quepermita a compreensão clara por parte do pesquisado do que deve ser respondido.Pode apresentar questões abertas para se obter uma resposta livre; fechadas pararespostas mais precisas; ou mistas. Todo questionário deve passar por uma etapade pré-teste num universo reduzido, para que se possa corrigir eventuais erros deinformações.

FFFFFormulárioormulárioormulárioormulárioormulário - aplicado pelo próprio pesquisador a clientela pesquisada. En-quanto o questionário pode ser enviado por correio e deve se preenchido pelopesquisado, o formulário tem que ter uma assistência direta do pesquisador. Porser mais flexível, o formulário permite a reformulação das perguntas, possibilitaexplicações complementares, que ajustam o formulário à realidade dos informan-tes.

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista - técnica utilizada para obtenção de dados e informações dire-tamente dos sujeitos da pesquisa, informações estas que não podem ser encontra-das em fontes ou registros documentais. É uma conversa orientada entre o pesqui-sador e o informante, atendendo a objetivos pré-determinados. Por isso o pesqui-sador deve ter um plano bem elaborado para que possa, antes de realizá-la, obterdados e informações necessárias, claras e objetivas.

Requisitos importantes para a realização de uma entrevista: respeito ao entre-vistado; capacidade de ouvir atentamente e de estimular o entrevistado a respon-der as perguntas; garantir um clima de confiança e sigilo profissional dos dadoscolhidos, preservando a identidade do entrevistado.

As entrevistas podem ser:

AbertasAbertasAbertasAbertasAbertas - essencialmente exploratória e flexível, este tipo de entrevistanão tem seqüência pré-determinada de questões ou parâmetro de res-postas. Tem como ponto de partida um tema ou questão ampla e fluilivremente. O pesquisador deve ter afiada capacidade para manter ofoco, garantir fluência e naturalidade e não perder-se no irrelevante,tornando-a improdutiva (DUARTE, 2005).

Semi-abertaSemi-abertaSemi-abertaSemi-abertaSemi-aberta - tem origem numa matriz, um roteiro de questões guiaque dão cobertura ao interesse da pesquisa. (TRIVIÑOS, 1996).

FFFFFechadaechadaechadaechadaechada - realizada a partir de questionário estruturado, com pergun-

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Pesquisa Científica

tas iguais para todos os entrevistados, objetivando estabelecer uma uni-formidade e comparação entre as respostas. ExemploExemploExemploExemploExemplo: as pesquisasde opinião.

AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE IVADE IVADE IVADE IVADE IV

2. Numa empresa de serviços de médio porte, o nível de envolvimento dostrabalhadores com relação a qualidade dos serviços está abaixo do esperadopelos clientes. O que pode ser feito para incentivar a participação dos trabalha-dores na reflexão e solução deste problema na empresa? Considerando ascaracterísticas da situação, que método e técnicas você escolheria para estu-dar e apresentar soluções para o problema?

5. Tipos de pesquisa

Segundo Demo (1994 e 2000), quanto a ciência, podemos distinguir, pelomenos, quatro tipos de pesquisa:

PPPPPesquisa teóricaesquisa teóricaesquisa teóricaesquisa teóricaesquisa teórica - Trata-se da pesquisa que é "dedicada a reconstruirteoria, conceitos, idéias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos imedia-tos, aprimorar fundamentos teóricos" (DEMO, 2000, p. 20). Esse tipo de pesquisa éorientada no sentido de re-construir teorias, quadros de referência, condiçõesexplicativas da realidade, polêmicas e discussões pertinentes. A pesquisa teóricanão implica imediata intervenção na realidade, mas nem por isso deixa de ser im-portante, pois seu papel é decisivo na criação de condições para a intervenção. "Oconhecimento teórico adequado acarreta rigor conceitual, análise acurada, desem-penho lógico, argumentação diversificada, capacidade explicativa" (1994; 36).

PPPPPesquisa metodológicaesquisa metodológicaesquisa metodológicaesquisa metodológicaesquisa metodológica - Refere-se ao tipo de pesquisa voltada para ainquirição de métodos e procedimentos adotados como científicos. "Faz parte dapesquisa metodológica o estudo dos paradigmas, as crises da ciência, os métodose as técnicas dominantes da produção científica" (DEMO, 1994, p. 37).

PPPPPesquisa empíricaesquisa empíricaesquisa empíricaesquisa empíricaesquisa empírica - É a pesquisa dedicada ao tratamento da "face empíricae factual da realidade; produz e analisa dados, procedendo sempre pela via docontrole empírico e factual" (DEMO, 2000, p. 21).

PPPPPesquisa práticaesquisa práticaesquisa práticaesquisa práticaesquisa prática - Trata-se da pesquisa "ligada à práxis, ou seja, à práticahistórica em termos de conhecimento científico para fins explícitos de intervenção;não esconde a ideologia, mas sem perder o rigor metodológico", voltada a intervirna realidade social. Alguns métodos qualitativos seguem esta direção, como, porexemplo, pesquisa participante, pesquisa-ação, onde via de regra, o pesquisadorfaz a devolução dos dados à comunidade estudada para as possíveis intervenções(DEMO, 2000, p. 22).

A pesquisa também é classificada quanto aos objetivos e a forma de aborda-gem do objeto.

Quanto aos objetivos a pesquisa pode ser:

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Pesquisa Científica

a) Exploratória Exploratória Exploratória Exploratória Exploratória – é o primeiro passo de toda a pesquisa cientifica, cons-tituindo na maioria das vezes num estudo preliminar ou exploratório paraoutros tipos de pesquisa. Tem por finalidade de proporcionar maioresinformações sobre um determinado assunto ou problema, o aprimora-mento de idéias, a descoberta de intuições ou de um novo enfoque.Envolve entre outras ações o levantamento bibliográfico; entrevistas compessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisadoe análise de exemplos que estimulem a compreensão do fato estudado.ExemploExemploExemploExemploExemplo: pesquisa bibliográfica, estudo de caso.

b) Descritiva Descritiva Descritiva Descritiva Descritiva – estuda, analisa, registra e descreve os fatos ou fenôme-nos sem interferência do pesquisador. Tem como objetivo descrever ascaracterísticas de determinado fenômeno ou problema, procurando es-tabelecer relações entre as variáveis e a precisão e freqüência com queum fenômeno ocorre, sua natureza, características e quais as relaçõese conexões com outros fenômenos. ExemploExemploExemploExemploExemplo: pesquisas de mercado ede opinião.

c) Explicativa Explicativa Explicativa Explicativa Explicativa – registra, analisa e interpreta fatos identificando suas cau-sas. Tem como objetivo identificar os fatores que determinam ou quecontribuem para a ocorrência dos fenômenos, isto é, suas causas. Esteé o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade,porque explica a razão e o porquê das coisas. ExemploExemploExemploExemploExemplo: experimentaise ex-post-facto.

ExExExExExemploemploemploemploemplo: quais as causa dos Tsunames; o que provocou as revoluçõessociais que definiram o século XX..

Quanto a formaformaformaformaforma temos:

a) PPPPPesquisa Quantitativaesquisa Quantitativaesquisa Quantitativaesquisa Quantitativaesquisa Quantitativa - Traduz em números as opiniões e informa-ções para serem classificadas e analisadas. Utilizam-se técnicas esta-tísticas.

b) PPPPPesquisa Qualitativaesquisa Qualitativaesquisa Qualitativaesquisa Qualitativaesquisa Qualitativa - É descritiva. As informações obtidas não po-dem ser quantificáveis e a interpretação dos fenômenos e a atribuiçãode significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa.

No entender de Gil (2001), as pesquisas também podem ser classificadas combase nos procedimentos técnicosprocedimentos técnicosprocedimentos técnicosprocedimentos técnicosprocedimentos técnicos adotados pelo pesquisador para desenvolvê-las, que são:

a) PPPPPesquisa bibliográficaesquisa bibliográficaesquisa bibliográficaesquisa bibliográficaesquisa bibliográfica - procura exemplificar um problema a partir dereferencias teóricas publicadas em documentos. Abrange a leitura e in-terpretação de livros, periódicos, textos legais, manuscritos etc... Cons-titui parte da pesquisa descritiva ou experimental, e busca conhecer eanalisar as contribuições culturais ou científicas existentes sobre umdeterminado assunto, tema ou problema.

b) PPPPPesquisa documentalesquisa documentalesquisa documentalesquisa documentalesquisa documental - quando são utilizados documentos que ainda

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Pesquisa Científica

não receberam tratamento analítico, ou seja, quando a pesquisa é rea-lizada a partir de fontes primárias.

c) PPPPPesquisa experimental esquisa experimental esquisa experimental esquisa experimental esquisa experimental - É toda pesquisa que envolve algum tipo deexperimento. Consiste em determinar um objeto de estudo e selecionaras variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definindo as formas decontrole e de observação dos efeitos que a variável produz no objetoem condições determinadas.

d) Estudo de casoEstudo de casoEstudo de casoEstudo de casoEstudo de caso - É o estudo aprofundado e exaustivo de um ou depoucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e de-talhado. É mais utilizado em pesquisas que envolvem situações da vidareal, que procuram descrever a situação do contexto em que está sendofeita determinada investigação ou procura explicar as variáveis causaisde determinado fenômeno em situações muito complexas. Suas princi-pais limitações são:Falta de rigor metodológico; dificuldade de generali-zação e o tempo destinado à pesquisa.

f) PPPPPesquisa-açãoesquisa-açãoesquisa-açãoesquisa-açãoesquisa-ação - Michel Thiollent define pesquisa-ação como "...um tipode pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada emestreita associação com uma ação ou com a resolução de um problemacoletivo e na qual os pesquisadores e os participantes representativosda situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ouparticipante". Do ponto de vista cientifico, "a pesquisa-ação e uma pro-posta metodológica e técnica que oferece subsídios para organizar apesquisa social aplicada sem os excessos da postura convencional aonível da observação, processamento de dados, experimentação, etc.Com ela, se introduz uma maior flexibilidade na concepção e na aplica-ção dos meios de investigação concreta" (1985. p.24).

Santos (1999) acrescenta à classificação apresentada por Gil, a caracteriza-ção das pesquisas segundo as fontes as fontes as fontes as fontes as fontes de informação, ou seja:

a) PPPPPesquisa de campoesquisa de campoesquisa de campoesquisa de campoesquisa de campo - realizada a partir de informações obtidas "emcampo", onde os fenômenos ocorrem em situação natural. Assemelha-se ao levantamento, todavia tem algumas diferenças: são maisaprofundados, apresenta maior flexibilidade, podendo ter seus objeti-vos reformulados ao longo do processo de pesquisa.

b) PPPPPesquisa de laboratórioesquisa de laboratórioesquisa de laboratórioesquisa de laboratórioesquisa de laboratório - quando as informações são obtidas emlaboratório, buscando-se produzir ou reproduzir o fenômeno estudado,em condições de controle.

AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE VADE VADE VADE VADE V

1.Consulte em outros livros classificações de pesquisa e apresente aos cole-gas para discussão.

Que tal visitar a nossa biblioteca e consultar esses livros?

2.Cite algumas conclusões adquiridas com o estudo desta Unidade.

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Pesquisa Científica

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICASREFERENCIAS BIBLIOGRAFICASREFERENCIAS BIBLIOGRAFICASREFERENCIAS BIBLIOGRAFICASREFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalhoIntrodução à metodologia do trabalhoIntrodução à metodologia do trabalhoIntrodução à metodologia do trabalhoIntrodução à metodologia do trabalhocientífico:científico:científico:científico:científico: elaboração de trabalhos na graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas,2001.ACHINSTEIN, P. 2004. Retirado de Routledge Encyclopedia of Philosophy,org. por E. Craig (Londres: Routledge, s/d).Tradução de Paulo Sousa publica-do em 4 de Setembro de 2004 http://www.criticanarede.com/cien_demarcacao.htmlCERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica.Metodologia científica.Metodologia científica.Metodologia científica.Metodologia científica. 4ed. São Paulo : Makron Books, 1996. 209 p.CUNHA, José A. FFFFFilosofia:ilosofia:ilosofia:ilosofia:ilosofia: iniciação à investigação filosófica. São Paulo:Atual, 1992.DEMO, Pedro. PPPPPesquisa e construção do conhecimento:esquisa e construção do conhecimento:esquisa e construção do conhecimento:esquisa e construção do conhecimento:esquisa e construção do conhecimento: metodologiacientífica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.DEMO, Pedro. Intr Intr Intr Intr Introdução à metodologia da ciência. odução à metodologia da ciência. odução à metodologia da ciência. odução à metodologia da ciência. odução à metodologia da ciência. 2.ed. São Paulo:Atlas, 1996. 118p.DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais.Metodologia científica em ciências sociais.Metodologia científica em ciências sociais.Metodologia científica em ciências sociais.Metodologia científica em ciências sociais. 3 ed. SãoPaulo : Atlas, 1997. 293 p.DEMO, P. 2000. Educar pela PEducar pela PEducar pela PEducar pela PEducar pela Pesquisa.esquisa.esquisa.esquisa.esquisa. Autores Associados, Campinas, 4ed.DUARTE, Jorge & BARROS, Antonio. (org.) Métodos e Técnicas de PMétodos e Técnicas de PMétodos e Técnicas de PMétodos e Técnicas de PMétodos e Técnicas de Pes-es-es-es-es-quisa em Comunicação. quisa em Comunicação. quisa em Comunicação. quisa em Comunicação. quisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. Métodos e técnicas de pesquisa social. Métodos e técnicas de pesquisa social. Métodos e técnicas de pesquisa social. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Pau-lo: Atlas, 1999.GIL, A. C. Técnicas de PTécnicas de PTécnicas de PTécnicas de PTécnicas de Pesquisa em Economia e Elaboração deesquisa em Economia e Elaboração deesquisa em Economia e Elaboração deesquisa em Economia e Elaboração deesquisa em Economia e Elaboração deMonografias.Monografias.Monografias.Monografias.Monografias. São Paulo: Ed. Ática, 2000.LAKATOS, E. Maria; & MARCONI, M. de Andrade. FFFFFundamentos deundamentos deundamentos deundamentos deundamentos demetodologia científica.metodologia científica.metodologia científica.metodologia científica.metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência ns estudos.Metodologia científica: guia para eficiência ns estudos.Metodologia científica: guia para eficiência ns estudos.Metodologia científica: guia para eficiência ns estudos.Metodologia científica: guia para eficiência ns estudos.4. ed. São Paulo: Atlas, 1996. (001.8 R934m - BSCEDTRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais:Introdução à pesquisa em ciências sociais:Introdução à pesquisa em ciências sociais:Introdução à pesquisa em ciências sociais:Introdução à pesquisa em ciências sociais: apesquisa qualitativa em educação. São Paulo : Atlas, 1997. 176 p.THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação.Metodologia da pesquisa-ação.Metodologia da pesquisa-ação.Metodologia da pesquisa-ação.Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1995.PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. AprAprAprAprApresentação de tra-esentação de tra-esentação de tra-esentação de tra-esentação de tra-balhos científicos:balhos científicos:balhos científicos:balhos científicos:balhos científicos: monografia, TCC, teses, dissertações. 3. ed. São Paulo:Futura, 2000.

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 3

As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

AS ETAPAS E PLANEJAMENTO DE UMAPESQUISA

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

Possibilitar ao aluno informações necessárias sobre as etapas de umapesquisa;

Conhecer os requisitos para a elaboração de um relatório científico.

1. As etapas de uma pesquisa científica.

No modulo anterior, vimos que a pesquisa cientifica é um conjunto de procedi-mentos cujo propósito é descobrir respostas a questões propostas, com a finalida-de de tentar conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem no universo percebidopelo homem e compreender a forma como se processam os fenômenos observáveis,descrevendo sua estrutura e funcionamento.

Vimos também que este conjunto de procedimentos constitui uma investiga-ção formal que deve ser estruturada, controlada, sistemática e deve obserobserobserobserobservarvarvarvarvarcritérios rigorososcritérios rigorososcritérios rigorososcritérios rigorososcritérios rigorosos ao formular as questões; ao propor hipóteses, que devem serteoricamente embasadas; ao escolher a documentação referencial; ao uso de mé-todos e técnicas adequadas no levantamento e aquisição de dados e, por fim, rigorcom relação ao processamento e análise de dados.

Por estes motivos toda pesquisa tem que ser planejada e suas etapas devemser muito bem estruturadas e rigorosamente cumpridas.

O projeto de pesquisa se constitui num plano de trabalho da pesquisa e tempor finalidade definir os rumos que o investigador deve tomar segundo suas ques-tões de estudo. Esse plano deve responder às seguintes perguntas: O quê? Porquê? Para quê? Para quem? Onde? Quando? (ALVES, 2003), além de terordenamento metodológico daquilo que o pesquisador pretende realizar.

Tendo como base a maioria dos manuais de metodologia científica, apresenta-mos a seguir orientações sobre alguns elementos a serem considerados antes deconstruir o projeto de pesquisa, assim como apresentamos as etapas a serem se-guidas para a construção de um projetoprojetoprojetoprojetoprojeto.

1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Escolha do TEscolha do TEscolha do TEscolha do TEscolha do Temaemaemaemaema

A escolha do tema além de ser o primeiro passo, é o mais importante para apesquisa, por isso talvez seja também o mais difícil, pois escolher um tema equivalea eliminar outros tantos que se apresentam.

Por isso, para a escolha de um tema, o pesquisador deve entre outras coisasdefinir critérios que orientarem o pesquisador em sua escolha.

Lembre-seLembre-seLembre-seLembre-seLembre-se, para a elaboraçãode um projeto de pesquisa seránecessário que você retome a lei-tura do Unidade II deste materi-al, e das sugestões de leiturasapresentadas nesta Unidade.

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As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

No entender de Cervo e Bervian (op. cit.) um tema ou assunto de pesquisapode ser de dois tipos: intelectual, baseado no simples desejo de conhecer ou com-preender o objeto ou prático, baseado no conhecer para realizar algo melhor ou demaneira mais eficiente. Os dois tipos podem interagir sem conflitos.

Além disso, o tema pode surgir de um interesse particular ou profissional, dealguns estudos ou leitura, ou sugerido por algum professor.

Ao escolher um tema é importante que:

O pesquisador conheça algo sobre sua área;Tenha uma noção prévia do material bibliográfico existente sobre o tema;Possa adquirir experiência de valor e contribuir para o progresso dasciências, ou seja, deve ter relevância;Adequar-se a sua capacidade de pesquisa, disponibilidade de tempo ede recursos econômicos, ou seja, deve ter viabilidade, técnica e econô-mica;Ter claro e explícito a sua delimitação.

Você já refletiu sobre um tema para desenvolver seu projeto de pesquisa?

1.2.1.2.1.2.1.2.1.2. Delimitação do temaDelimitação do temaDelimitação do temaDelimitação do temaDelimitação do tema

Delimitar um tema ou assunto significa fixar uma extensão para o mesmo, se-lecionar um tópico ou uma parte deste tema a ser estudada ou pesquisa.

Podemos delimitar um tema partir de alguns elementos:

Dividir o assunto ou tema em suas partes constitutivasFixar circunstâncias de espaço e tempo, ou seja, indicar o período a serestudado ou estabelecer limites geográficos para o assunto;Indicar ou definir sobre que ponto de vista o pesquisador pretende ex-plorar o tema (econômico, administrativo, histórico, sociológico, antro-pológico, etc);

Lembre-se que a delimitação de um tema é a apresentação de aspectos espe-cíficos a serem pesquisados e discutidos dentro de determinado tema, aspectosestes que não podem ser muito amplos, para não abrir várias frentes de trabalhoao mesmo tempo e confundir seus objetivos, mas também não pode ser muitoespecífico, o que pode dificultar a coleta de fontes primárias e secundárias.

Vejamos os exemplos:

a) TTTTTemaemaemaemaema: Gestão PúblicaDelimitaçãoDelimitaçãoDelimitaçãoDelimitaçãoDelimitação: Identificar as principais características administrativas na gestão de

empresas públicas prestadoras de serviços no município de Aracaju de 1950 a 2000.

b) TTTTTemaemaemaemaema: Política Pública para pequenas e medias empresas.DelimitaçãoDelimitaçãoDelimitaçãoDelimitaçãoDelimitação: Estudo sobre o impacto econômico das políticas publica para

pequenas e médias empresas na oferta de mão-de-obra em empresas prestadorasde serviços no estado de Sergipe no período de 1990 a 2000.

Durante a escolha de um tema,você deve responder, de forma cla-ra, as seguintes questões:1. É de interesse científico?2. Qual a importância do fenôme-no a ser pesquisado?3. Está na minha área de forma-ção acadêmica?4. Possível de ser investigado?5. O pesquisador tem familiarida-de com o tema?6. Existe referencial bibliográficosobre o assunto escolhido?7. O assunto atende ao tempo dis-ponível para a sua realização?

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As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

1.3.1.3.1.3.1.3.1.3. FFFFFormulação do Pormulação do Pormulação do Pormulação do Pormulação do Prrrrroblemaoblemaoblemaoblemaoblema

O problema envolve uma dificuldade ou formulação de perguntas sobre o tema,que devem nortear a pesquisa em busca de respostas.

“Descobrir os problemas que o assunto envolve,identificar as dificuldades que ele sugere formular

perguntas ou levantar hipóteses significa abrir aporta, através da qual o pesquisador penetrará no

terreno do conhecimento científico”.

(CERVO E BREVIAN, op. cit., p.76).

O problema de pesquisa deve ser formulado de forma clara, compreensível eoperacional, a fim de que se possa resolvê-lo através da pesquisa.

Ainda citando Cervo e Bervian (op. cit.), a importância da formulação do pro-blema para a pesquisa reside no fato de que:

Ao se formular uma pergunta sabe-se com exatidão o tipo de respostaque deve se procurado;Proporciona ao pesquisador uma reflexão profunda e positiva sobre oassunto;Permite fixar roteiros para o início da pesquisa, permitindo indicativossobre a bibliografia a ser lida e o tipo de dados a serem estudados ecoletados;Descrimina os apontamentos a serem tomados.

Devemos considerar ainda que ao formular o problema o pesquisador detenhaconhecimentos prévios sobre o assunto. Além disso, deve procurar respostas paraa necessidade de provar ou questionar uma teoria e/ou investigar uma situação docotidiano ou uma lacuna metodológica.

Neste processo de elaboração do problema deve considerar que o problema deve:

Ser formulado como pergunta;Apresentar relação entre suas variáveis;Apresentar clareza, precisão e objetividade;Representar o que será estudado;Permitir ser testado e obter solução;Delimitar com clareza e especificidade o campo de investigação.

Considerando o que foi exemplificado anteriormente no processo de elabora-ção do problema, apresentamos os seguintes exemplos de problemas:

Quais os principais problemas identificados na gestão de empresaspúbicas prestadoras de serviços no município de Aracaju nos últimoscinqüenta anos do século XX?Qual o impacto econômico das políticas públicas na oferta de mão-de-obra para as pequenas e médias empresas prestadoras de serviços noestado de Sergipe no período de 1990 a 2000?

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METODOLOGIA CIENTÍFICAUnidade 3

As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

1.4.1.4.1.4.1.4.1.4. Estudos ExploratóriosEstudos ExploratóriosEstudos ExploratóriosEstudos ExploratóriosEstudos Exploratórios

Diz respeito à fase de levantamento do material a ser pesquisado, que devecorresponder às especificidades do tipo de pesquisa adotado.

Que documentos, aparelhos, instrumentos serão utilizados durante a investigação?

Devem ser considerados nesta fase:

O levantamento da bibliografia necessária, que deve envolver o uso dosdocumentos bibliográficos, da biblioteca e da internet.A documentação, que deve considerar a natureza dos documentos;Os instrumentos a serem utilizados;Os apontamentos e confecção de fichas de leitura, resumos críticos etc;Leituras de reconhecimento, pré-leitura, leitura seletiva e leitura críticaou reflexiva.

2. O projeto de pesquisa

O projeto de pesquisa é uma obrigação, para a conclusão desta disciplina etambém para o encerramento do curso que esta cursando. Sua estrutura básicadeve responder as seguintes questões:

2. O que fazer? 2. O que fazer? 2. O que fazer? 2. O que fazer? 2. O que fazer? (Escolha do tema, delimitação, formulação do problema edo enunciado das Hipóteses)

3. Por quê? 3. Por quê? 3. Por quê? 3. Por quê? 3. Por quê? (Justificativa)

4. Para quê? 4. Para quê? 4. Para quê? 4. Para quê? 4. Para quê? (Objetivo geral)

5. Para quem fazer? 5. Para quem fazer? 5. Para quem fazer? 5. Para quem fazer? 5. Para quem fazer? (Objetivos específicos)

6. Onde? 6. Onde? 6. Onde? 6. Onde? 6. Onde? (Campo de observação)

7 .7 .7 .7 .7 . Como? Como? Como? Como? Como? (Ordenamento metodológico)

8 .8 .8 .8 .8 . Com quê? Com quê? Com quê? Com quê? Com quê? (Quais os instrumentos de pesquisa serão utilizados)

9 .9 .9 .9 .9 . Quanto? Quanto? Quanto? Quanto? Quanto? (Utilização de Provas Estatísticas)

10.Quando?10.Quando?10.Quando?10.Quando?10.Quando? (Cronograma)

11.Com quanto fazer e como pagar 11.Com quanto fazer e como pagar 11.Com quanto fazer e como pagar 11.Com quanto fazer e como pagar 11.Com quanto fazer e como pagar (Plano dos custos da pesquisa, orça-mento)

A seguir, apresentamos um modelo de estrutura para orientá-lo na construçãode seu projeto:

a )a )a )a )a ) Identif icaçãoIdentif icaçãoIdentif icaçãoIdentif icaçãoIdentif icaçãoA identificação de um projeto é composta de:

TítuloTítuloTítuloTítuloTítulo - deve ser claro, conciso e abrangente, permitindo uma compreen-são inicial da sua finalidade.

AutorAutorAutorAutorAutor - indicação de quem é o pesquisador responsável pelo projeto.Local e data de realizaçãoLocal e data de realizaçãoLocal e data de realizaçãoLocal e data de realizaçãoLocal e data de realização - identificação do Local e data de Origem

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As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

b)b)b)b)b) IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoA Introdução situa o projeto no contexto do tema escolhido, deve permitir a

compreensão do que vai ser apresentado ao longo do projeto. Pode conter umbreve histórico sobre o tema a ser abordado, assim como as motivações que leva-ram os autores a proporem o presente projeto.

Deve constar neste item uma justificativa para a execução do projeto, poden-do conter a descrição dos aspectos que caracterizem a relevância científica e soci-al. A Introdução deve portanto, permitir caracterizar a importância do tema e anecessidade de realizar o presente projeto.

c)c)c)c)c) ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivos Os Objetivos caracterizam, de forma resumida, a finalidade do projeto. Os

objetivos podem ser: GeralGeralGeralGeralGeral – quando define explicitamente o propósito do estudo. No entender

de Parra Filho & Santos (1998), na exposição do objetivo geral, o pesquisador nãodeve se preocupar com a delimitação do tema.

EspecíficosEspecíficosEspecíficosEspecíficosEspecíficos – quando detalham o objetivo geral, caracterizando as etapasou fases do projeto.

Os Objetivos devem ser redigidos utilizando verbos operacionais no infinitivo,

como forma de caracterizar diretamente as ações que são propostas pelo projeto.

d )d)d)d)d) ProblemaProblemaProblemaProblemaProblemaJá vimos anteriormente que toda pesquisa tem como objetivo responder a uma

questão ou problema, por isso responder a esta duvida é a razão da existência dapesquisa.

e )e )e )e )e ) FFFFFormulação de Hipóteseormulação de Hipóteseormulação de Hipóteseormulação de Hipóteseormulação de HipóteseSegundo Elizabete Pádua, a “hipótese propõe uma solução para o problema

levantado pelo pesquisador, e constitui uma interpretação provisória, antecipadaque a pesquisa vai confirmar ou informar” (2000, p.43).

Ao formular o problema você deve propor uma resposta que deva ser compro-vada, testada durante a pesquisa, ou seja a hipótese será uma resposta provisóriaao problema.

f )f )f )f )f ) Marco teórico de referencia ou Referencial teóricoMarco teórico de referencia ou Referencial teóricoMarco teórico de referencia ou Referencial teóricoMarco teórico de referencia ou Referencial teóricoMarco teórico de referencia ou Referencial teóricoNeste item, o pesquisador procura apresentar os conceitos teóricos que vai

embasar sua pesquisa através de autores, teóricos e outros pesquisadores estuda-dos.

O levantamento da literatura existente sobre o seu tem que apode ser determi-nado em dois níveis:

Nível geral do tema a ser tratado, relacionando todas as obras ou docu-mentos sobre o assunto.

Nível específico a ser tratado, relacionando somente das obras ou docu-mentos que contenham dados referentes à especificidade do tema pesquisado.

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g)g)g)g)g) MetodologiaMetodologiaMetodologiaMetodologiaMetodologiaApresenta detalhadamente os materiais, os métodos e as técnicas utilizadas

na pesquisa.Durante a metodologia o pesquisador deve explicar os procedimentosque serão necessários para a execução da pesquisa. Deve constar de forma explicitacaracterização da população a ser estudada, as técnicas de amostragem, os crité-rios de seleção, inclusão e exclusão utilizadas, o calculo da amostra utilizada.

Além disso, para os estudos qualitativos devem ser descritos os elementos e/ou técnicas utilizadas para obter as informações e dados, tais como, roteiro deentrevista, volume das observações.

Devem ser descritos também as técnicas, os procedimentos, os equipamentose materiais necessários, as variáveis consideradas, o tipo de coleta e a forma detratamento interpretação dos dados.

h )h )h )h )h ) CronogramaCronogramaCronogramaCronogramaCronogramaNo cronograma o pesquisador deve apresentar de forma detalhada o prazo de

execução do projeto, com todas as suas etapas - planejamento, execução e divul-gação. Permite ao pesquisador o controle e avaliação do andamento do projeto edo tempo restante para sua execução.

i)i)i)i)i) OrçamentoOrçamentoOrçamentoOrçamentoOrçamentoO orçamento é uma etapa do projeto muito utilizada para os casos de pesqui-

sas que necessitam de financiamento. Apresenta os recursos financeiros a seremutilizados ao longo de todo o projeto - material permanente, material de consumo,serviços de terceiros e recursos humanos, incluindo-se neste último as bolsas eeventual remuneração, a caracterização das fontes de financiamento, internas eexternas.

j )j )j )j )j ) ReferenciasReferenciasReferenciasReferenciasReferenciasÉ o conjunto de referências e fontes utilizadas durante a pesquisa. O pesqui-

sador deve ter organizado em forma de fichário todas as fontes utilizadas – livros,jornais, revistas,periódicos, boletins, ensaios, filmes, entrevistas, seminários, fon-tes eletrônicas e outros, que serviram de base bibliográfica para a pesquisa.

Com relação as fontes eletrônicas, especialmente as provenientes da Internet,o pesquisador deve citar a data da consulta e impressas para documentação, poissão feitas muitas modificações neste tipo de meio.

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3. Apresentação gráfica do projeto

Para cada item, estamos apresentando um exemplo de sua apresentação.Mesmo assim sugerimos uma leitura das normas da Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) e do manual de monografias adotado pela sua Instituição.

3.1.3.1.3.1.3.1.3.1. Elementos PElementos PElementos PElementos PElementos Pré Tré Tré Tré Tré Teeeeextuaisxtuaisxtuaisxtuaisxtuais

São os elementos que antecedem ao texto do projeto. Devem ser contadosseqüencialmente e não numerados.

São eles:

a) CapaCapaCapaCapaCapa: deve seguir as normas dos manuais de conclusão de curso da Faculdade.

b) FFFFFolha de Rostoolha de Rostoolha de Rostoolha de Rostoolha de Rosto: deve constar na folha de rosto os seguintes itens:

Nome do autor - no alto, ao centro, em negrito, caixa-alta, fonte tamanho 18.Título e subtítulo – centralizado, em caixa-alta, negrito, fonte tamanho 18.Referencias sobre a natureza do trabalho - abaixo, à direita, fonte ta-manho 12, espaço simples, com indicativo da instituição a que se desti-na e objetivo acadêmico.Nome do Orientador - á direita, abaixo da natureza do trabalho, fontetamanho 12.Local e ano – abaixo, ao pé da pagina, com fonte tamanho 14. Lembre-se que às margens de todo o trabalho deve estar de acordo com asorientações do exemplo.

Elementos PElementos PElementos PElementos PElementos Pré-ré-ré-ré-ré-TTTTTextuaisextuaisextuaisextuaisextuaisCapa (encadernação)Folha de RostoSumário

Elementos TElementos TElementos TElementos TElementos TextuaisextuaisextuaisextuaisextuaisIntrodução(01 A 02 laudas)Objetivos (01 lauda)Questões Norteadoras (01 lauda)Referencial Teórico (04 a 08 laudas)Procedimentos Metodológicos(01 a 02 laudas)

Elementos Pós-Elementos Pós-Elementos Pós-Elementos Pós-Elementos Pós-TTTTTextuaisextuaisextuaisextuaisextuaisCronograma (01 lauda)Orçamento (01 a 02 laudas)Referências (01 a 02 laudas)

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Exemplo de folha de rosto

c) SumárioSumárioSumárioSumárioSumário: apresentação das partes devidamente enumeradas do projetode pesquisa, acompanhadas das respectivas páginas. Fonte tamanho 16 para osumário e 12 para as partes que compõem o trabalho, ambos colocar em negrito.Não numerar a folha do sumário.

Exemplo de sumário

3.2.3.2.3.2.3.2.3.2. Elementos TElementos TElementos TElementos TElementos Teeeeextuaisxtuaisxtuaisxtuaisxtuais

São partes do projeto que contém a argumentação. Devem ser contados enumerados em algarismos arábicos.

a) IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoComo já observamos anteriormente, na Introdução o pesquisador situa o pro-

jeto no contexto do tema escolhido, deve apresentar o tema delimitado; especificaro problema, a problematização discutindo o assunto de forma sintética; caracteri-zação da área, local, bairro, município, estado, região ou outros onde será realizada

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a pesquisa. Na redação da introdução como em todo o projeto você deverá utilizaro tempo verbal no futuro, já que o projeto é um plano e a pesquisa ainda serárealizada. Utilizar uma linguagem técnica, denotativa, objetiva, concisa sempre fu-gindo do vulgar. Evite construir frases ou parágrafos muito longos.

O corpo do trabalho deverá ser escrito em fonte tamanho 12 e o termoINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO em fonte tamanho 16, negrito, centrado a esquerda com oindicativo da numeração correspondente. Utilizar espaço duplo no corpo da in-trodução e dois duplo entre o título e o corpo do trabalho. Numerar a página.

Exemplo de Introdução

b) ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosNa elaboração dos objetivos você deve considerar:

o tempo do verbo - no infinitivo;os verbos mais usuais na elaboração do objetivo geral são: analisar, estu-dar, explicar, entender, compreender, descrever, avaliar, conhecer etc.;os verbos mais usuais na elaboração dos objetivos específicos são: dis-tinguir, numerar, identificar, classificar, comparar, relacionar, verificar, listar,levantar etc.;Devem ser claros, explícitos e concisos e expressar apenas uma idéia.

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c) Problemas e HipótesesProblemas e HipótesesProblemas e HipótesesProblemas e HipótesesProblemas e HipótesesSão suposições a partir da relação entre duas ou mais variáveis. São explica-

ções ou propostas de solução do problema. São respostas preliminares ao proble-ma proposto. O objetivo da pesquisa será o de confirmar ou negar a(s) hipótese(s)apresentada(s).

A hipótese é formulada em uma sentença afirmativa, já a questão norteadoraem sentença interrogativa. Você deverá utilizar-se de 2 a 4 questões norteadoras/hipóteses no projeto de pesquisa.

Exemplo de problemas e hipoteses

d) ReferReferReferReferReferencial Tencial Tencial Tencial Tencial TeóricoeóricoeóricoeóricoeóricoApresentação dos pressupostos teóricos, procurando esclarecer as categorias

conceituais utilizadas, fundamentando e balizando todo desenvolvimento da pes-quisa nas leituras e autores estudados. É o resultado de uma profunda pesquisabibliográfica sobre o assunto, ou seja, o que os autores chamam de revisão deliteratura. Deve vir com citações diretas e citações indiretas dos autores que tra-tam sobre o assunto, pois serão cobradas na avaliação do projeto de pesquisa. Naelaboração das citações seguir as normas da ABNTABNTABNTABNTABNT-NBR 10520 (Citações e-NBR 10520 (Citações e-NBR 10520 (Citações e-NBR 10520 (Citações e-NBR 10520 (Citações eNotas de Rodapé)Notas de Rodapé)Notas de Rodapé)Notas de Rodapé)Notas de Rodapé).

Exemplo de referencial teórico

tamanho da fonte 10espaço simples nas entrelinhas

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e) MetodologiaMetodologiaMetodologiaMetodologiaMetodologiaApresentação do conjunto de procedimentos metodológicos (métodos, técni-

cas, etapas e materiais) que serão utilizados e seguidos para a realização da pes-quisa.

Além disso, você deve explicar quais técnicas ou conjunto de procedimentosutilizados para a coleta de dados. O pesquisador pode utilizar mais de uma técnica- entrevista, questionário, formulário, observação e outras.

3.3.3.3.3.3.3.3.3.3. Elementos Pós-Elementos Pós-Elementos Pós-Elementos Pós-Elementos Pós-TTTTTeeeeextuaisxtuaisxtuaisxtuaisxtuais

a) CronogramaCronogramaCronogramaCronogramaCronogramaOrganização e distribuição do tempo que será gasto nas diferentes etapas do

projeto.

No cronograma as atividades e os períodos devem ser definidos a partir dascaracterísticas de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo pesquisador.Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres,trimestres etc..

ExemploExemploExemploExemploExemplo:

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b) OrçamentoOrçamentoOrçamentoOrçamentoOrçamentoÉ o levantamento de custos da pesquisa, onde o pesquisador relaciona tudo o

que será necessário à execução do trabalho: recursos humanos, recursos materiaise serviços.

Normalmente para as monografias, as dissertações e as teses acadêmicasnão é necessário recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando oProjeto for apresentado para uma instituição financiadora da Pesquisa.

O orçamento de uma pesquisa é distribuído em três elementos de despesas,que são :

Material permanente - aqueles materiais que têm uma durabilidade pro-longada.

ExemploExemploExemploExemploExemplo:

Material de Consumo - aqueles materiais que não têm uma durabilidadeprolongada.

ExemploExemploExemploExemploExemplo:

Pessoal - relação de despesas com pessoal, incluindo despesas comimpostos.

ExemploExemploExemploExemploExemplo:

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c) ReferênciasReferênciasReferênciasReferênciasReferênciasComo observamos no quadro anterior, neste item você deverá relacionar as

referências bibliográficas e fontes consultadas no projeto e as que podem vir afundamentar a pesquisa em si. Desde livros, jornais, revistas,periódicos, boletins,ensaios, filmes, entrevistas, seminários, até as fontes eletrônicas.

Lembrem-se que os registros devem obedecer às normas da ABNT-NBR 6023.Deverão ser organizadas por sobrenomes e em ordem alfabética.

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As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

VAMOS REVER O QUE APRENDEMOS SOBRE PROJETO?VAMOS REVER O QUE APRENDEMOS SOBRE PROJETO?VAMOS REVER O QUE APRENDEMOS SOBRE PROJETO?VAMOS REVER O QUE APRENDEMOS SOBRE PROJETO?VAMOS REVER O QUE APRENDEMOS SOBRE PROJETO?

I - Partes do Projeto de Pesquisa:

1. Introdução com Justificativa (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) 2. Levantamento de Literatura (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) 3. Problema (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) 4. Hipótese (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) 5. Objetivos (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) 6. Metodologia (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) 7. Cronograma (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) 8. Recursos (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) 9. Anexos (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) 10. Referências (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) (obrigatório) 11. Glossário (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário) (se achar necessário)

ObserObserObserObserObservação:vação:vação:vação:vação:O documento final do PO documento final do PO documento final do PO documento final do PO documento final do Prrrrrojeto de Pojeto de Pojeto de Pojeto de Pojeto de Pesquisa deve conter:esquisa deve conter:esquisa deve conter:esquisa deve conter:esquisa deve conter:

Capa ou F ou F ou F ou F ou Falsa Falsa Falsa Falsa Falsa Folha de Rosto (obrigatório);olha de Rosto (obrigatório);olha de Rosto (obrigatório);olha de Rosto (obrigatório);olha de Rosto (obrigatório);Folha de Rosto (obrigatório); (obrigatório); (obrigatório); (obrigatório); (obrigatório);Sumário (obrigatório); (obrigatório); (obrigatório); (obrigatório); (obrigatório);Texto do projeto (baseado nas características enunciadas acima) (baseado nas características enunciadas acima) (baseado nas características enunciadas acima) (baseado nas características enunciadas acima) (baseado nas características enunciadas acima)

(obrigatório);(obrigatório);(obrigatório);(obrigatório);(obrigatório);ReferênciasReferênciasReferênciasReferênciasReferências (obrigatório);CapaCapaCapaCapaCapa (se quiser). 

2. Orientações metodológicas

PPPPPapel Fapel Fapel Fapel Fapel Formato A4ormato A4ormato A4ormato A4ormato A4: 210mm X 297mm.Tipo de fonteTipo de fonteTipo de fonteTipo de fonteTipo de fonte: ARIAL ou TIME NEW ROMANTTTTTamanho da fonteamanho da fonteamanho da fonteamanho da fonteamanho da fonte: no corpo do trabalho deve ser 12.EspacejamentoEspacejamentoEspacejamentoEspacejamentoEspacejamento: entre linhas e entre parágrafos é 1,5;ParágrafosParágrafosParágrafosParágrafosParágrafos: justificados;Numeração de páginasNumeração de páginasNumeração de páginasNumeração de páginasNumeração de páginas: no canto superior direito iniciando na intro-dução do trabalho (as páginas anteriores são contadas, mas não nume-radas)Margens estabelecidas no papel devem serMargens estabelecidas no papel devem serMargens estabelecidas no papel devem serMargens estabelecidas no papel devem serMargens estabelecidas no papel devem ser: superior e esquerda3cm e inferior e direita 2cm;Estruturas de parágrafosEstruturas de parágrafosEstruturas de parágrafosEstruturas de parágrafosEstruturas de parágrafos: iniciar sempre o parágrafo com umatabulação para indicar o início (apor um recuo no começo do parágrafode 2cm).

SUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURSUGESTÃO DE LEITURA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTA COMPLEMENTARARARARAR

Para aprofundar as questões apresentadas nesta unidade sugerimos a leiturados seguintes livros:

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho cien-tífico: elaboração de trabalhos na graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.Capitulo 11.

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GONSALVES, HORTÊNCIA DE ABREU. Manual de monografia, dissertaçãoe teses. São Paulo: Avercamp, 2004.

_________________________________Manual de Projetos de PesquisaCientifica. São Paulo: Avercamp, 2004.

Além dessa leitura você deve consultar as regras para apresentação de Traba-lhos de Conclusão de Cursos de sua Instituição e as normas técnicas da ABNT.

AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADESADESADESADESADES

1. Qual a importância do Projeto de Pesquisa?

2. Qual a importância de se delimitar o tema para a realização de uma pesquisa?

3. Cite algumas conclusões adquiridas com o estudo da III Unidade.

4. Pesquise em sua realidade um problema que mereça sua atenção a cons-trua um pequeno projeto de pesquisa procurando resolve-lo. Procure seguir asetapas de um projeto e responder as questões fundamentais de um projetoproposto nesta unidade.

5. Discuta com um grupo de colegas as suas sugestões para o tema, sua de-limitação e importância, o problema e as hipóteses, seus objetivos e funda-mentos teóricos, a metodologia e cronograma.

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho cien-tífico: elaboração de trabalhos na graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Bra-sileiro, 1968. 151 p. (Biblioteca Tempo Universitário, 12).

BARROS, A. J. P., LEHFELD, N.A.S.. Fundamentos de metodologia. São Pau-lo: McGraw-Hill do Brasil, 1986.

BASTOS, Lília da Rocha, PAIXÃO, Lyra, FERNANDES, Lucia Monteiro. Ma-nual para a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses e disserta-ções. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. (org.) Pesquisa participante. 7. ed. São Paulo:Brasiliense, 1988. 211 p.

CASTRO, Cláudio Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill doBrasil, 1977.

__________. Estrutura e apresentação de publicações. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: parauso dos estudantes universitários. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

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As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

COSTA, Antônio Fernando Gomes da. Guia para elaboração de relatórios depesquisa: monografia. 2. ed. Rio de Janeiro: UNITEC. 1998. 218 p.

DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciência sociais. 2. ed. São Paulo:Atlas. 1989. 287 p.

DIXON, B. Para que serve a ciência? São Paulo: Nacional, 1976.

ECO, Umberto. As formas do conteúdo. São Paulo: Perspectiva, 1974.

________. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.

FERRARI, Alfonso Trijillo. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro:Kennedy, 1974.

__________. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill doBrasil, 1973.

GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo:Harbra, 1986. 200 p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativaem Ciências Sociais. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. 107 p.

GONSALVES, HORTÊNCIA DE ABREU. Manual de monografia, dissertaçãoe teses. São Paulo: Avercamp, 2004.

____________________________________Manual de Projetos de Pesqui-sa Cientifica. São Paulo: Avercamp, 2004.

GOOD, Willian Josian, HATT, Paul M. Métodos de pesquisa social. São Pau-lo: Nacional, 1977.

GRESSLER, L. A.. Pesquisa educacional. São Paulo: Loyola, 1983.

JAPIASSU, Hilton F.. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago,1975.

KERLINGER, F. N.. Metodologia das ciências sociais. São Paulo: Edusp, 1980.

KOURGANOFF, V.. A pesquisa científica. São Paulo: Difel, 1961.

LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científi-ca. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991. 231 p.

__________. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.

LEITE, José Alfredo Américo. Metodologia da elaboração de teses. São Pau-lo: McGraw-Hill do Brasil, 1978.

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As Etapas e Planejamento de uma Pesquisa

LÜDKE, Menga, ANDRÉ, Marli E. D. A.. Pesquisa em educação: abordagensqualitativas. São Paulo: EPU, 1986. 99 p.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO. Normaspara apresentação de teses e dissertações. Rio de Janeiro, CoordenaçãoCentral de Pós-Graduação e Pesquisa - PUC-/RJ.1980.

REY, Luiz. Planejar e redigir trabalhos científicos. São Paulo: Edgar Blucher/Fundação Oswaldo Cruz, 1987.

RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1989. 287 p.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos.2. ed. São Paulo: Atlas, 1988. 183 p.

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos demetodologia de trabalhos científicos. Belo Horizonte: Interlivros, 1974.

SALVADOR, Angelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfi-ca. Porto Alegre: Sulina, 1977.

SCHWARTZMAN, Simon. Ciência, universidade e ideologia. Rio de Janeiro:Zahar, 1981.

SCHIRM, Helena, OTTONI, Maria Cecília Rubinger de, MONTANARI, RosanaVelloso. Citações e notas de rodapé: contribuição à sua apresentação emtrabalhos técnico-científicos. Revista da Escola de Biblioteconomia. UFMG,v.18, n.1, p. 116-140, mar. 1989.

SCHMIDT, Susana. Sistematização no uso de notas de rodapé e citaçõesbibliográficas nos textos de trabalhos acadêmicos. Revista de Biblioteconomiade Brasília. Associação de Bibliotecários do Distrito Federal, v.9, n.1, p. 35-41, jan./jun. 1981.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 20. ed. SãoPaulo: Cortez, 1996.

THOMPSON, Augusto. Manual de orientação para o preparo de monografias.Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Escola de Comunicação e Artes. Serviçode Biblioteca e Documentação. Manual de Orientação bibliográfica à pós-graduação. São Paulo, 1988.

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FANESEFaculdade de Administração e Negócios de Sergipe

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