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Fármacos utilizados no tratamento de doenças neurodegenerativas
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=dGhyR-1I2oc#t=8
Doenças Neurodegenerativas
Perda progressiva e irreversível dos neurônios localizados em regiões específicas do cérebro
Neurônios não se dividem, nem se regeneram quando seus axônios são interrompidos
Neurogênese limitada
Tratamento limitado – de compensação
Alta incidência e impacto social em idosos
Associada a fatores genéticos
Diversos mecanismos
Estresse oxidativo Inflamação
Apoptose e necrose Excitotoxicidade
Agregados proteicos
Autofagia
Estresse oxidativo
Produção excessiva de radicais livres: formadas durante o metabolismo (O2
-, OH-, H2O2) Causam: dano ao DNA, peroxidação lipídica
Deficiência nas defesas antioxidantes: superóxido dismutase (SOD), catalase, glutationa peroxidase, ácido ascórbico e -tocoferol (vit. E)
Causa e consequência da inflamação
Mitocôndria é essencial para a sobrevivência
Inflamação
Microglia – aumento de tamanho e de quantidade em cérebros com DA
Comum a todas as doenças neurodegenerativas
Causa ou consequência
Crônica
TLR – específico para cada doença – padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs)
Autofagia
Remoção de agregados tóxicos
Em condições fisiológicas – citoproteção
Geração de ATP e remoção de proteínas e organelas
Diminuição do dano e organelas danificadas
Lisossomos
Sinvastatina e lítio – aumentam a autofagia
Excessiva ativação – morte celular por degradação de proteínas e organelas
Glutamato
Principal neurotransmissor excitatório do cérebro
70% das sinapses excitatórias
Seu efeito é mediado por receptores – NMDA, AMPA, Cainato e Metabotrópicos (proteína G)
NMDA: córtex e hipocampo. Plasticidade neuronal: aprendizagem e memória
Ativação excessiva dos receptores NMDA: excitotoxicidade e doenças neurodegenerativas
Excitotoxicidade
Uma forma de morte celular específica de neurônios
Falta de energia – depleção de ATP
Perda da atividade da Na+,K+-ATPase
Desporalização da célula – mais potenciais de ação
Importância do glutamato e de radicais livres
Teoria do Proteassoma
um “sistema de limpeza”
Destruição por poliubiquitinação (ubiquitina ligase ex. Parkina)
Desdobrada e clivada em peptídeos
Clivagem ineficiente em resíduos de glutamina
Agregação protéica - induz morte celular
Importante principalmente na doença de Parkinson
Agregação protéica Conformações anômalas
Dobramentos errados – falta da função normal
Resíduos hidrofóbicos expostos – tendência – colar na membrana e agregação
Primeira etapa nas doenças
oligômeros Agregados insolúveis
neurotoxicidade neurotoxicidade
Estratégias
Modelos animais e células
Cistamina – inibe caspases
Geldanamicina – ativa proteína de choque térmico - protetora
Minociclina - inibe ativação da microglia
Rapamicina – inibe mTor – controla a síntese protéica
Estabilizadores de mitocôndria como coenzima Q10 e creatina
Será a solução?
Super expressão de proteínas anti-apoptóticas como Bcl-2 ou knockout de Bax-2 – pró-apoptótica
Inibidores de caspase
Inibição da apoptose seria uma ótima forma de limitar a morte neuronal
Mas há efeitos colaterais pois também haverá a inibição de processos fisiológicos que podem levar a outros processos patológicos como o câncer
Principais doenças
Isquemia
Doença de Alzheimer
Doença de Parkinson
Doença de Huntington
Esclerose amiotrófica lateral
Isquemia
Causa mais comum de morte na Europa e na América do Norte depois do câncer e da doença cardíaca
Os 70% que não são fatais são a causa mais comum de incapacidade
Isquemia
Interrupção de fluxo sanguíneo ao cérebro por uma obstrução no vaso ou redução no fluxo sanguíneo do corpo
Processo
Despolarização de neurônios
Liberação de grandes quantidades de glutamato –excitotoxicidade
Acúmulo de Ca2+
Aumento de NO e Radicais Livres
Morte rápida de neurônios por necrose no centro da lesão
Degeneração gradual das células por excitotoxicidade e inflamação
Tratamento
O ativador tecidual do plasminogênio que dissolve coágulos sanguíneos – dado dentro de 3 horas
Antagonista de NMDA não é eficaz - MEMANTINA
Demência
Demência: perda lenta e progressiva de funções cognitivas
Memória, atenção, linguagem, percepção e alterações comportamentais
Dificuldades no funcionamento intelectual
Vários tipos: vascular, com corpos de Lewy, doença de Creutzfeldt-Jakob (príon)
Doença de Alzheimer
Demência mais comum
Problema de saúde pública
Dificuldade dos cuidadores
Declínio gradual da função cognitiva
30% em idosos com ≥ 85 anos
Dificuldades em novos aprendizados
Perda da independência e da memória recente
Patologia
Cérebro – menor massa cinzenta
Giro e ventrículos mais largos
Perda de neurônios colinérgicos e sinapses
Principalmente no hipocampo e parte basal do prosencéfalo
Depósitos anormais de proteínas – placas
http://www.alz.org/
Placas senis (β-amilóide)
Placas difusas
Placas neuríticas
Emaranhados neurofibrilares
(p- tau)
Características Anatomo - patológicas da Doença de Alzheimer
Fatores de risco
Idade avançada e genética
100 mutações – proteína precursora de amilóide (PPA), preselina-1 (PS1) e preselina-2 (PS2) –Alzheimer precoce
Apolipoproteína E (ApoE) – alelo 4 amiloidogênese
35% dos diabéticos tem a doença – diabetes tipo III
Fatores ambientais
Tratamentos
Só há melhorias nos sintomas
Aumento de neurotransmissores colinérgicos
Bloqueio de receptor de glutamato NMDA – hiperativos
Anti-inflamatórios
Antioxidantes
Tratamentos só para leve e moderado
Outros tratamentos
Agentes colinérgicos
Acetilcolina - essencial para a memória
1- precursores de acetilcolina – colina e lecitina
Inibição da atividade de colinesterase – hidrolisa a acetilcolina
Agonistas de receptores nicotínicos e muscarínicos?
Fatores de crescimento
Tacrina
Melhora na cognição e na memória
Baixa biodisponibilidade e 4 vezes ao dia
Efeitos adversos como náusea , cólicas e hepatotoxicidade
Donepezil, rivastigmina e galantamina: menos efeitos colaterais e por serem mais seletivos ao SNC
Rivastigmina – pela pele menor efeitos no TGI
Primeiro fármaco
Memantina
Níveis anormais de glutamato – morte celular
Antagonista não - competitivo do receptor de NMDA
Por ser um antagonista fraco – não impede a transmissão fisiológica
Fármaco coadjuvante ou alternativo
Diminui a excitotoxicidade
Pode causar cefaléia e tontura
Sintomas comportamentais
Irritabilidade, agitação, paranóia, ilusões, perambulação, ansiedade e depressão
Uso de antipsicóticos atípicos – risperidona, olanzapina (efeitos colaterais) e quetiapina – sintomas extrapiramidais
Benzodiazepínicos para agitação aguda
Anti-inflamatórios e antioxidantes
Pareciam promissores
AINEs como ibuprofeno todos os dias diminui o risco de desenvolver a doença
Inflamação pode ter um papel importante na remoção das placas
Problemas no TGI
Vitamina E aumenta a mortalidade
Estrógeno
NEP (neprilisina) – metaloprotrease capaz de degradar o βA (chá verde e ácido valpróico)
Neuroprotetor contra o estresse oxidativo
Falta de dados para usar a terapia de reposição hormonal para o tratamento da DA
Melatonina
Produzida na glândula pineal
Atua em diversos mecanismos fisiológicos
Importante em mecanismos de aprendizado e memória (LTP = Potenciação de longa duração)
Inibe a agregação do βA
Previne a hiperfosforilação da tau
Efeito anti-inflamatório
Gingko Biloba
Antioxidante
Previne a diminuição dos receptores colinérgicos muscarínicos
Estimula a recaptura de colina no hipocampo
Anti-inflamatório
Aumento da síntese de ATP
Dilatação arterial
Sem comprovação ainda
Nicotina
Agonista colinérgico – Estimula receptores Nicotíncios do tipo - α7 eα4β2
Melhora a sobrevivência neuronal em respostas a insultos
Melhora a cognição mas não a memória
Atrasa o aparecimento dos sintomas
Efeitos cardiovasculares
Outras terapias
Selegina
Papel neuroprotetor
Aumento da atividade da α- secretase
Talsaclidina
Agonista do receptor M1
α- secretase p-tau γ-secretase
Receptores M1:
Agonistas muscarínicos ou anticolinesterásicos
Fisher, 2000 Clínica: galantamina, rivastigmina
M1
ACh
G
PLC
PKC GSK- 3 beta
Tau-PPP
tau
Proteína-P
PPA
-secretase
Agonista M1
Fragmentos solúveis
Placa -amilóide
P
Outras terapias
Terapia gênica – NGF e enzimas que degradam βA
Transplante células – melhora cognitiva e comportamental
Omega 3 – protetor e antioxidante
Clioquinol - quelante de metais – cobre e zinco (presente nos aglomerados)
Estatinas – diminui a produção de βA
Bexarotene – aumenta o clereance do βA
Clinical Trials
Dimebon – inibidor de acetilcolinesterase e antagonista do NMDA
Ladostigil – inibidor da MAO A e B e da colinesterase
Bapineuzumab - os níveis de Tau Fosforilada e não Fosforilada no LCR
Promessas
Vacinação com βA
Inibidores da β- secretase – BHE
Ativar a via α
Peptidases para degradar a βA
Inibidores da agregação de tau
Diabetes tipo III e sinalização de insulina - exendin-4
Na prática odontológica
• Pacientes com demência: pobre higienização oral
• Revisões odontológicas periódicas, estímulo à higienização,
controle químico da placa bacteriana, prevenção de cáries com
fluoretos tópicos, atendimentos breves e sob sedação, se
necessário.
• A intensidade desses cuidados aumenta proporcionalmente à
progressão da doença.
Doença de Parkinson
Manifestações principais:
Bradicinesia (lentidão e pobreza de movimentos)
Rigidez muscular
Tremor em repouso
Supressão dos movimentos voluntários
Desequilíbrio postural (quedas)
Patologia
Morte de neurônios dopaminérgicos na substância negra que fornecem inervação ao estriado
Sintomas aparecem com 80% perda neuronal
Perda de neurônios dopaminérgicos ocorre normalmente mas está acelerada na DP
Corpos de Lewy – inclusões intracelulares – característica Anatomo - Patológica da DP
Fatores genéticos
Forma rara familiar
α- sinucleína – “ancora”a vesícula da dopamina
Mutação na α- sinucleína – agregação
Perda da função da parquina que é uma ubiquitina ligase
Maioria dos casos é esporádico – fatores ambientais
Fatores ambientais
Herbicidas e pesticidas
Metais pesados
Sementes com neurotoxinas
Inflamação Crônica
Cafeína e nicotina como protetores
Parkinsonismo Medicamentoso ou Farmacológico
Uso de antipsicóticos
Efeitos extrapiramidais
Bloqueio do receptor D2
Rigidez de extremidades
Discinesia tardia (movimentos repetidos e involuntários)
Substância negra
Estriado
Ach
DA GABA
Parkinson Huntington
Córtex
Medula espinhal
Liberação para os músculos
Via através do tálamo
Tratamento
Formulações de levodopa (l-DOPA)
Agonistas dos receptores de dopamina
Inibidores da catecol- o- metiltransferase (COMT)
Inibidores seletivos da MAO-B
Antagonistas dos receptores muscarínicos
Amantadina
Estratégias não – farmacológicas- estimulação magnética transcraniana
L-DOPA
Precursor metabólico da dopamina
Melhor tratamento disponível
Passa a BHE com ajuda de transportador de aminoácidos aromáticos
Administrada em conjunto : carbidopa e benserazida
Inibidores periféricos dos aminoácidos L-aromáticos descarboxilase
Altas doses de levodopa leva a discinesias
efeito liga/desliga (on/off)
Agonistas dos Receptores de Dopamina
Ações mais prolongadas que a l- DOPA (8- 24 hrs)
Diminuição de radicais livres
Bromocriptina e pergolida- D1 e D2
Ropirinol e pramipexol - atividade seletiva para os receptores D 2/3 sem flutuações
Apomorfina D4 - usar anti-emético
Agonistas dos receptores de Dopamina
Via oral como a l-DOPA
Não desenvolvem o fenônemo liga/desliga
Podem causar alucinações ou confusão como a l-DOPA
Devem ser iniciados em baixas doses
Associados à fadiga e à sonolência (episódios súbitos)
Inibidores seletivos da MAO-B
Presente no estriado e é importante no metabolismo da dopamina
Selegilina e rasagilina (neuroprotetor)
Retarda a progressão da doença
Inibição irreversível da enzima
Sem "efeito adverso do queijo”- não inibem a MAO-A periférica
Selegilina produz metabólitos da anfetamina que pode causar ansiedade
Inibidores da COMT
Bloqueia a conversão de Dopamina ou l-DOPA em compostos inativos
Aumenta a meia vida da l-DOPA e fração que chega ao SNC
Tolcapona (hepatotoxicidade) e entacapona
Antagonistas dos receptores muscarínicos
Alivia o tremor e a rigidez
Triexifenidil e mesilato de difenidramina
Estágio inicial
Atividade antiparkinsoniana modesta
Sedação e confusão mental
Usado com cautela em pacientes com glaucoma
Amantadina
Antiviral contra influenza A
Antagonista fraco de NMDA – propriedades antidiscinéticas e anticolinérgicas
Memantina não produz o mesmo efeito
Altera a liberação de Dopamina – provavelmente principal efeito na DP
Não há um mecanismo definido para seu efeito antiparkinsoniano
Melhor estratégia Prevenção Exercício físico
Estratégias alimentares
Resveratrol e curcumina
Atividades cognitivas
Referências Standaert D.G. & Roberson E.D. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12ª edição. Porto Alegre; 2012. Tratamento dos distúrbios degenerativos do sistema nervoso central,609-628
Rang H.P., Dale M.M., Ritter J.M., Flower R.J., Henderson G. Rang & Dale Farmacologia. 7ª edição. Rio de Janeiro; 2011. Doenças Neurodegenerativas, 476- 491
Eric Nestler E., Hyman S., Malenka R. Molecular Neuropharmacology: A Foundation for Clinical Neuroscience. Second Edition.2008
Hong-Qi Y., Zhi-Kun S., Sheng-Di C. Curent advances in the treatment of Alzhmer’s disease : focused on considerations targeting βA and tau.Translational Neurodegeneration, 1:21,2012.