Fato Típico - Ação e Omissão

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  • 7/25/2019 Fato Tpico - Ao e Omisso

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    DIREITO PENAL IPROF. LUS ROBERTO([email protected])

    . F!to t"#i$o

    .% No&'es er!is

    * estrutura do injusto penal culpvel: concepo quadripartida de delito

    Delito = ao ou omisso + tipicidade + ilicitude (ou antijuridicidade) + culpabilidade

    Fato tpico = conduta (ao ou omisso) + resultado + relao de causalidade + tipicidade(regra geral, para delitos de resultado)

    Fato tpico = conduta (ao ou omisso) + tipicidade(estrutura para delitos de mera atividade)

    Fato tpico = omisso + dever de air + capacidade de ao + tipicidade(delitos omissivos puros)

    . A&*o e o+iss*o

    ..% A&*o

    !eorias:

    a) teoria causal"naturalstica: ao # o movimento corporal voluntrio que causa umamodi$icao no mundo e%terior& 'ompe"se de: vontade movimento corporal e resultado& um processo mecnico muscular e voluntrio& ,o # mera causao de evento

    provocada pela vontade ou voluntariedade (impulso mecnico-enervao muscular) masno por esta condu.ida& / conte0do da vontade (sua direo $inal) no importa pois #deslocado para a culpabilidade& 1onto central: a causalidade (puramente objetiva)& 2eundoessa teoria dolo e culpa so $ormas de culpabilidade&

    b) teoria social: ao # a mani$estao e%terna da vontade com relevncia social ou poroutras palavras 3o comportamento 4umano socialmente relevante5 (sini$icao social daconduta 4umana do ponto de vista da sociedade)& 6%cessivamente abstrata vaaimprecisa& ,$inal o que # 3relevncia social da conduta57

    c) teoria $inalista: a ao 4umana consiste no e%erccio de uma atividade $inalista (8el.el)&Finalidade ou carter $inal da ao: se baseia 3em que o 4omem raas a seu saber causal

    pode prever dentro de certos limites as consequ9ncias possveis de sua atividadecon$orme um plano endereado reali.ao desses $ins5 (8el.el ;ovo sistema jurdico

    penal)& Finalidade = atuar orientado conscientemente a um objetivo previamentedeterminado&

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    a vontade $inalista que ree ou domina o curso causal& 1ortanto o crit#rioque permite imputar um resultado ao no # a simples causalidade mas a $inalidade quea dirie& ;o atuar 4umano o aente concebe um determinado objetivo e em seuida paraalcan"lo pe em marc4a determinados processos causais diriidos por ele de modoconsciente em direo ao $im pretendido& Da ser a ao 4umana o 3e%erccio de umaatividade $inal5&

    / conceito $inalista de ao lastreado na concepo do 4omem como um serresponsvel implica considerar a conduta $inalista como 0nica $orma espec$ica de conduta4umana ('ere.o ?ir)&

    ;os crimes dolosos: a $inalidade da conduta # a vontade de concreti.ar um$ato ilcito& ;o crime culposo o $im da conduta no est diriido ao resultado lesivo (podeat# ser lcito o $im)@ neste caso justi$ica"se a responsabilidade penal porque o aente aoair no tomou os cuidados necessrios para a reali.ao da atividade (impercianeli9ncia ou imprud9ncia)&

    Teori! !dot!d!4 teori! ,in!list!

    .. O+iss*o

    !em estrutura diversa da ao& 2o realidades di$erentes e autAnomas (Beis1rado)& 6nquanto a ao consiste na reali.ao de uma atividade $inalista a omissocorresponde no-realizao de um comportamento $inalista&

    ;a doutrina # s#ria a controversa quanto a nature.a da omisso& ,luns pore%& entre outras opinies so $avorveis e%ist9ncia de uma causalidade naturalstica(?aal4es ;oron4a Cos# Frederico ?arques ,nibal runo) outros di.em que acausalidade # normativa (Damsio ?irabete Delmanto Fraoso itencourt)&

    2eundo o pro$& Beis 1rado no 4 relao de causalidade aluma naomisso& / simples $ato de o sujeito ter uma atitude passiva dei%a evidente aimpossibilidade de oriinar qualquer processo erador de um resultado sendo que este0ltimo # imputado sem a e%ist9ncia de qualquer ne%o causal& , omisso como no"e%ecuo de uma ao no causa absolutamente nada& , 0nica perunta apropriada nosdelitos de omisso # se a e%ecuo da ao omitida teria evitado o resultado& ;o 4 $alar"se portanto em omisso em si na es$era do real mas to"somente na omisso de umaao determinada (Beis 1rado)&

    Rele/5n$i! d! o+iss*o

    CP, art. 13, 2 - A omisso penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir paraevitar o resultado. O dever de agir inum!e a quem"

    a# ten$a por lei o!riga%o de uidado, prote%o ou vigil&nia'

    !# de outra (orma, assumiu a responsa!ilidade de impedir o resultado'

    # om seu omportamento anterior, riou o riso da oorr)nia do resultado.

    Ele+entos d! o+iss*o ('$& Beis 1rado)&

    a) situao tpica@

    b) no reali.ao de uma ao impeditiva do resultado@c) capacidade concreta de ao (con4ecimento da situao e do modo de evitar o resultadoe possibilidade real de $a.9"lo)@

    E

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    d) posio de arantidor do bem jurdico ('1 art& > par& EG)@

    e) equival9ncia entre a omisso e a ao de acordo com o conte0do do injusto penal&

    /bs&: no basta a posio de arantia # preciso que ten4a capacidade de ao(possibilidade material de evitar o resultado)

    De/er de !ir

    >) obriao leal de cuidado proteo ou viilncia: e%&: relaes $amiliares (pai emrelao ao $il4o e cAnjue)&

    E) assuno da responsabilidade de impedir o resultado: aceitao voluntria contratual ouneocial de um dever de atuar decorrente do e%erccio pro$issional (enen4eiro-dono deobra@ m#dico-paciente@ salva"vidas-ban4ista@ uia-alpinista)&

    ) criao do risco da ocorr9ncia do resultado com o comportamento anterior:

    responsabilidade pela $onte eradora do perio& 6%&: acompan4ante do nadadorprincipiante que o convida para nado em rio e depois no o acode&

    Es#$ies de delitos o+issi/os

    a) omissivos prprios (delitos omissivos puros)& 6%& art& >Hb) omissivos imprprios (delitos comissivos por omisso)& 6%& me que dei%a $il4o morrer

    de inanio&

    ..6 Aus7n$i! de !&*o e o+iss*o

    a) ato re$le%o (convulso epil#tica espirro etc&)b) estados de inconsci9ncia (sonambulismo sono pro$undo embriaue. letrica 4ipnose

    pro$unda)c) coao $sica irresistvel (obriar $isicamente o coaido a olpear uiar sua mo

    $ora para assinar um documento amarrar o uarda rodovirio impedindo"o desinali.ar o trnsito)@

    d) caso $ortuito: resultado produ.ido independentemente da vontade do aente& /acontecimento no decorre de ao ou omisso dolosa mas sim de $ato imprevisvel&6%&: rompimento da barra de direo de veculo que desovernado sai da pista eatine terceiro&