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XLIII CONGRESSO DA SOBER “Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”

Fatores que Influenciam o Consumo de Carne de Frango: Saúde e Preço

Lia Moretti e Silva

Universidade Federal do Mato Grasso do Sul – Departamento de Economia e Administração Rua Gabinete, 220 casa 03 - Vila Ipiranga – Cep 79080-680 – Campo Grande/MS

[email protected]

Paulo Sergio Miranda Mendonça Universidade Federal do Mato Grasso do Sul – Departamento de Economia e Administração

R.Aluizio de Azevedo, 1330 - ap.104/D - Jardim São Bento - Cep 79004-050 Campo Grande/MS

Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial Apresentação com presidente da sessão e sem a presença de debatedor

Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005 Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural

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Fatores que Influenciam o Consumo de Carne de Frango: Saúde e Preço

Resumo Este trabalho teve como objetivo analisar o hábito de consumo da carne de frango para verificar se os critérios de decisão são baseados nos fatores saúde e/ou preço. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória quantitativo-descritiva junto a uma amostra de 96 pessoas na cidade de Campo Grande/MS, no mês de abril de 2003. Os resultados revelam que, dentre os motivos que levam ao consumo da carne de frango, destacam-se o sabor e a saúde nas classes A/B e o preço nas classes C e D/E, como uma estratégia de marketing da cadeia produtiva da carne de frango. PALAVRAS-CHAVES: Comportamento do consumidor; Hábito alimentar; Habito de consumo.

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1 Introdução

Vários estudos têm mostrado que o consumo de carne de frango, no mundo e no

Brasil, cresce a taxas maiores que outras carnes. De 1990 a 2002 o consumo per capita saltou de 13,4 para 33,7 kg, uma variação de 151%. Em 2004, o consumo deve chegar a 36,2 kg. Por outro lado, o consumo das carnes vermelhas (bovina, suína) tem permanecido estável (ANUALPEC, 2003), apesar do crescimento verificado no poder de compra dos brasileiros entre 1977 e 2000 (BARROS; RIZZIEIRI; PICCHETTI, 2001).

As razões colocadas para a elevação na demanda de carne de frango correm em três direções: (a) é uma carne mais saudável que a carne vermelha, pois é de mais fácil digestão e possui menos gordura; (b) é mais barata, já que o poder aquisitivo no Brasil é baixo, se comparado com os países desenvolvidos; em 1990, cerca de 44% da população tinha renda inferior a meio salário mínimo; e (c) apresenta maior conveniência de preparo; a oferta de cortes prontos especiais, temperados, defumados e outros pressiona a dona-de-casa a optar por esse produto na dieta da família (SILVA; FABRINI FILHO, 1994; BLEIL, 1998).

A carne bovina apesar de ser mais consumidas no Brasil, vem apresentando uma queda no consumo per capita ao longo dos anos. Em 1995, o consumo per capita de carne de frango era de 21,8 kg por pessoa ao ano contra 42,6 kg pra a carne bovina. Em 2003 o consumo de aves chegou a 31,7 kg, um aumento de quase 10 kg, enquanto que o consumo de carne bovina decresceu e chegou no mesmo ano em torno de 36,3 (ANUALPEC, 2004).

As últimas décadas foram marcadas por algumas mudanças importantes que afetaram o comportamento de consumo de alimentos. Em países desenvolvidos, por exemplo, é cada vez maior a preocupação com saúde, o que resulta no crescimento do consumo de frutas, legumes e verduras e carnes brancas, reduzindo-se a demanda de ovos, carnes vermelhas e gorduras saturadas. Nos países menos desenvolvidos, embora essas questões também esta presente, predominam os efeitos do crescimento da renda e da população, resultando em expansão da demanda de alimentos de origem animal (CARVALHO; SILVA; NEGRI NETO, 2000).

Nos países desenvolvidos, da mesma forma que no Brasil, a substituição das carnes vermelhas pela carne de frango, decorreu da queda de seu preço relativo atrelado às preocupações dos consumidores com a saúde, a sanidade dos alimentos e a demanda por produtos de conveniência, de preparo rápido e fácil (SILVA; FABRINI FILHO, 1994).

No entanto, segundo Heinemann et al. (2003), quando comparamos 1kg de carne de frango com 1kg de carne bovina devemos evidenciar a diferença entre estes dois produtos, pois estamos comparando itens de níveis distintos, a carne bovina é vendida desossada, limpa e separada em cortes. Devido a isso é necessário se comparar o preço pago com o rendimento da peça e teor protéico.

Pesquisas que associam determinadas propriedades dos alimentos a doenças cardíacas e ao câncer, como é o caso do consumo de gorduras saturadas, levaram a uma preferência decrescente por carnes vermelhas, em benefício do consumo de carnes brancas (FINKE; TWEETEN; CHERN, 1996).

Um fator que torna a carne de frango competitiva é o baixo custo de produção, visto que com as novas tecnologias o tempo médio de abate foi reduzido, chegando atualmente entre 35 a 40 dias. Em função disso, o frango tem sido uma fonte protéica acessível às diversas faixas de mercado (SILVA; FABRINI FILHO, 1994).

A literatura e as estratégias de marketing da cadeia do frango tem a concluir que pessoas de classe mais alta consomem a carne de frango por ser mais saudável, já as pessoas de

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classe mais baixas consomem a carne de frango por ser mais barata. No entanto, os poucos estudos que aborda a questão deixam duvidas quanto aos mistérios de escolha utilizados. Parecem que são levados a acreditar que a carne de frango é mais saudável e mais barata.

Este trabalho tem como objetivo analisar o hábito de consumo da carne de frango na cidade de Campo Grande - MS. Especificamente pretende-se: (a) verificar se os critérios de decisão são baseados nos fatores saúde e/ou preço, (b) relacionar os critérios de escolha com as classes sociais.

2 Revisão Teórica 2.1 Comportamento do Consumidor

Segundo Saab (1999), em todo o mundo, o comportamento do consumidor final está

passando por uma série de mudanças. O processo de globalização acelera o fluxo de informações entre as pessoas de diferentes países, permitindo que informações sobre os hábitos alimentares e preferências do consumidor se espalhem rapidamente.

Corcoran, Bernués e Baines (2000) aput Barcellos (2002), destacam o fato que os consumidores estão evoluindo rapidamente em resposta às mudanças sociais, culturais, econômicas e éticas. Socialmente, por exemplo, mudanças nas estruturas domésticas e nos estilos de vida têm levado as pessoas a gastarem menos tempo na compra e preparação dos alimentos. Culturalmente, viagens e melhorias na comunicação têm encorajado as pessoas a experimentarem e acessarem uma variedade de alimentos não tradicionais. Estabilidade econômica e níveis melhores de renda permitem que os consumidores escolham que alimentos querem comprar, que qualidade preferem e que influências de compra desejam satisfazer.

Consumidores cada vez mais exigentes, agrupados e diversos, têm acirrado a preocupação sobre a sustentabilidade dos negócios agroindustriais.

Compreender o comportamento do consumidor é fundamental para as cadeias produtivas agroalimentares. 2.2 Característica do Alimentos

As características de um alimento dizem respeito aos seus atributos intrínsecos,

incluindo os fatores organolépticos e nutritivos; e extrínsecos como: preço, embalagem, forma, marca, comodidade de uso, dentre outros. A percepção e a comparação dos diversos atributos do alimento são fatores determinantes no processo de tomada de decisão de compra e consumo de um produto em detrimento de outro.

No caso do produto cárneo a percepção do consumidor é avaliada através dos atributos quantidade de gordura, “saudabilidade” (o quanto saudável é o produto), sabor e maciez. A percepção do consumidor em relação aos atributos relacionados à saúde constitui uma dimensão importante na aceitabilidade dos alimentos (VERBEKE; VIAENE, 1999). Os atributos diferem em importância para diferentes consumidores. A importância do atributo é definida como a avaliação pessoal do significado de um atributo para um produto ou um determinado tipo de produto. (MACKENZIE, 1986).

O preço é o valor monetário do produto no mercado. Embora outras características tenham se tornado importante na escolha do consumidor, o preço ainda é visto como um dos principais elementos nesse processo. Informações sobre a carne e seu preço têm importância relevante na percepção de qualidade e preferência. (DRANSFIELD; ZAMORA; BAYLE,1998).

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A validade de um produto e, especificamente no caso de alimentos, refere-se ao período ideal para consumo onde suas características organolépticas mantêm-se inalteradas, garantindo o valor nutricional. A aparência relaciona-se aos aspectos físicos do alimento, como cor e textura que podem ser visualizados pelo consumidor. A forma está relacionada diretamente à apresentação do alimento. No caso do produto cárneo, se inteiro ou em partes (cortes). O sabor do alimento está relacionado ao paladar, ou seja, a impressão que as substâncias sápidas produzem na língua, sendo, portanto, percebido apenas com o consumo (SILVA; FABRINI FILHO, 1994).

Qualidade é definida por atributos organolépticos, de sabor, aparência, aroma, higiene e o quanto o alimento é percebido como saudável, exigidos pelos consumidores-alvos, que confere ao produto a aptidão de satisfazer necessidades e desejos. A qualidade de carne ou de qualquer outro produto animal é um conceito bastante complexo, que varia de acordo com as características próprias de cada consumidor e que possui muitas variáveis. Estas vão desde a composição nutricional, sanidade, características físicas, apresentação, embalagem, facilidade de uso etc. Enfim, qualidade é uma medida das características desejadas e valorizadas pelo consumidor (LINSEN, 1984).

A conveniência e praticidade são fatores considerados como requisitos essenciais para os consumidores que dispõem cada vez de menos tempo para gastar no preparo das refeições. No caso da carne de frango, as opções de cortes, congelados e pré-temperados são atributos que atendem às necessidades desse público específico. Isso reforça as conclusões de Buso (2000), de que diversos estudos têm apontado para a mudança no modelo de consumo e estilo de vida da sociedade, na busca de maior grau de conveniência nos produtos.

Pesquisa realizada no Japão, Coréia, México, Hong Kong e Taiwan sobre a percepção dos consumidores da carne americana identificaram as principais características consideradas na escolha do produto cárneo: frescor, preço, maciez, sabor e teor de gordura (RADAKOVICH, 2002).

Em estudo realizado na Bélgica por Verbeke e Viaene (1999), os fatores mais relevantes para o consumidor de carne de aves são: segurança, abrangendo os atributos confiança e livres de substâncias prejudiciais à saúde; características específicas, que englobam os atributos sabor, qualidade, “saudabilidade”, teor de gordura e isenção de hormônios; e conveniência, agregando os atributos facilidade de preparo, preço e maciez.

No Brasil, dentre os fatores que influenciaram e determinaram o consumo crescente da carne de frango pode-se citar: a uniformidade do produto, suas características de produto de alto valor protéico, baixo nível de lipídeos e presença de ácidos graxos não-saturados, qualidade, praticidade, oferta permanente, sem sazonalidade (SILVA; FABRINI FILHO, 1994).

A quantidade de gordura presente na carne é uma característica de qualidade que vem ganhando cada vez mais importância devido à crescente conscientização da imagem corporal e pelo fato de dietas com alto teor de gordura levarem ao aumento de problemas cardio-vasculares. Rocha (1999) procura esclarecer algumas vantagens reconhecidas sobre a importância da carne vermelha na dieta humana como fornecedora de proteína, vitamina e sais minerais, afirmando que muitos consumidores estão convencidos sobre a melhor qualidade das carnes brancas, principalmente peixe e frango, simplesmente pelas ações de marketing, estruturadas em eficientes campanhas de comunicação para a divulgação dos aspectos positivos destes produtos.

Para Silva e Fabrini Filho (1994), as estratégias de marketing adotadas para a carne de frango têm sido bem sucedidas associando o produto à saúde, ao alto valor protéico, ao baixo nível de lipídeos, contendo ácidos graxos não saturados, em contraposição à carne vermelha, induzindo ao pré-conceito da dificuldade digestiva, com maior percentual de triglicerídios e gordura intramuscular.

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As condições econômicas influenciam na variedade de alimentos consumidos pelos indivíduos. Segundo Harris (1986), as classes sociais mais altas tendem a comer maior variedade de alimentos, seguindo as recomendações nutricionais. Esse comportamento também é ressaltado por Turrel (1998), que afirma que os grupos de renda maior escolhem alimentos mais consistentes com as dietas recomendadas; contrariamente, os de renda mais baixa, que são significativamente menos propensos a consumir comidas saudáveis.

3 Metodologia

No desenvolvimento deste estudo exploratório, adotou-se a pesquisa quantitativo-descritiva. Esse tipo de pesquisa, segundo Mattar (1996), visa prover o pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva por meio da utilização de métodos bastante amplos e variados.

Visando atender ao objetivo do estudo em questão, considerou-se relevante o levantamento e análise das características que influenciam o comportamento do consumidor de alimentos relacionado aos atributos saúde e preço, idade, gênero, estado civil, grau de instrução, ocupação, classe econômica, preço e saúde. A idade dos consumidores foi agrupada em faixas etárias para evitar constrangimentos para os entrevistados, tendo em vista que, principalmente as mulheres, não se sentem à vontade para informar pontualmente a idade.

A população focalizada foi às pessoas responsáveis, sozinhas ou juntamente com outras, pela preparação dos alimentos consumidos em residências dos gêneros masculino e feminino com faixa etária acima de 16 anos, pertencentes a todas as classes econômicas definidas para o estudo em questão, na cidade de Campo Grande – MS. Segundo Fonseca (1994) a população é o conjunto de indivíduos ou objetos que apresentam pelo menos uma característica em comum

Como unidade amostral adotou-se 96 residências, abrangendo o perímetro urbano de Campo Grande-MS. Utilizou-se o processo de amostragem por variáveis expressas em ternos de proporções, que segundo Rea e Parker (2000), há dois fatores inter-relacionados: nível de confiança e o intervalo de confiança. O nível de confiança é o risco de erro aceito, já o intervalo de confiança determina o nível de precisão da amostra. Com um nível de confiança de 95% e um intervalo de confiança de 10% a amostra de uma população infinita é de 96 pessoas.

Os dados foram coletados em residências por meios de aplicação de questionário estruturado, no período de 1º a 15 de abril de 2003. Esse tipo de coleta é classificado como levantamento de dados primários, que de acordo com Mattar (1996), são aqueles que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos entrevistadores e que são coletados com o propósito de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento.

Para a analise dos dados foram utilizados os softwares SPSS e SPHINX. Foram feitos os testes qui-quadrado para compararmos os resultados observados com os esperados, para hipóteses: (a) as pessoas de classes A e B consomem a carne de frango por ser mais saudável; (b) as pessoas de classes C, D e E consomem carne de frango por ser mais barata são válidas.

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4 Resultados 4.1 Características do consumidor

A faixa etária predominante está acima dos 29 anos, seja do gênero masculino ou do

gênero feminino e independente da classe econômica. (Tabela 2). Tabela 2 – Distribuição de Freqüência (em %) da Faixa Etária da Amostra Pesquisada

Faixa etária Qtde 16 a 19 anos 5 20 a 29 anos 18 30 a 39 anos 27 40 a 49 anos 25

50 anos ou mais 26 Fonte: Pesquisa de campo

Com relação ao gênero, o resultado demonstra que a pessoa responsável, sozinha ou juntamente com outras, pela preparação da alimentação, na sua maioria, é a mulher (84% dos entrevistados), seja ela do lar ou não.

Esse resultado confirma o estudo de Casotti (2002), segundo a qual, na maioria das famílias, a mulher, ainda que exerça atividade remunerada, continua a dar mais importância ao lar do que ao seu trabalho, assumindo, portanto, as responsabilidades nos trabalhos domésticos e na criação dos filhos. Bell e Valentine (1997), confirmam que a maioria das pesquisas continua a sugerir que o nível da participação dos homens na preparação da comida não corresponde à popular impressão de que a divisão do trabalho entre homens e mulheres, em casa, está mudando.

De acordo com os dados apresentados na Tabela 3, o estado civil predominante entre os entrevistados é o casado / mora junto (67%), com maior incidência na classe A/B (78%). A participação dos consumidores conforme classificação econômica pode ser visto na Tabela 4.

Tabela 3 – Estado civil da Amostra (em %) Estado civil Geral Classe A/B Classe C Classe D/E

Casado / mora junto 67 78 65 59 Solteiro 21 12 22 28 Separado/divorciado/viúvo 12 10 13 14 Fonte: Pesquisa de Campo

Tabela 4 – Classificação Socioeconômica Classe Social Qtde (%)

A/B 33 C 30

D/E 37 Fonte: Pesquisa de campo

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No que diz respeito à ocupação, com base nos dados apresentados na tabela 5 pode-se fazer as seguintes considerações:

a) em relação à totalidade dos entrevistados é interessante observar que 43% exercem ocupações diversas (atividades remuneradas), 41% são do lar e os demais (17%) são estudantes, aposentados, estão desempregados ou não quiseram responder;

b) ao se considerar somente o gênero feminino, nota-se que a maioria das mulheres são dedicadas às atividades domésticas e não a atividades remuneradas, ou seja, 48% são do lar e 40% exercem ocupações diversas;

c) das mulheres que tem como ocupação do lar, observa-se maior concentração nas classes C (63%) e D/E (58%).

Tabela 5 – Profissão dos Entrevistados (em %)

Geral Gênero Feminino Profissão

Geral Classe A/B

Classe C

Classe D/E Geral Classe

A/B Classe

C Classe

D/E Ocupações Diversas 43 61 35 33 40 64 28 29 Do lar 41 20 54 48 48 21 63 58 Estudante 4 4 7 2 4 5 5 2 Desempregado 5 0 2 10 4 0 3 8 Aposentado 6 12 2 5 2 5 3 0 Não respondeu 2 4 0 2 2 5 0 2

Fonte: Pesquisa de campo

No que diz respeito ao grau de instrução (Tabela 6) percebe-se que do total geral da amostra, 47% não concluíram o ensino fundamental. Na classe econômica D/E esse índice chega a 90% e na classe C, 44%. Apenas 14% dos entrevistados concluíram o nível superior, cabendo destacar que a maioria encontra-se na classe A/B, totalizando 41% dos entrevistados nessa classe.

Tabela 6 – Grau de instrução dos entrevistados (em %)

Grau de instrução Geral Classe A/B

Classe C

Classe D/E

Analfabeto/Primário incompleto 19 0 9 45

Primário/Ginásio incompleto 28 2 35 45

Ginásio/Colegial incompleto 17 12 33 9

Colegial/Superior incompleto 22 45 22 2

Superior completo 14 41 2 0

Fonte: Pesquisa de campo

Com relação à prática de esportes, apenas 29% disseram praticar algum tipo de

esporte, sendo em maior número na classe A/B representando 45% dos entrevistados da

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classe (Tabela 7). Esse resultado confirma o que Casotti (2002) observa sobre o fato de que todos reconhecem o exercício físico como importante para a saúde, mas poucos praticam. Para Fox (1999), a saúde passa a ser vista como comportamento ativo de tomada de decisões pelas pessoas engajadas com seus corpos, com as funções de seus corpos e com esforço dos médicos para normalizar essas funções. Todavia, de acordo com Ornish (1983), é difícil motivar pessoas para mudanças simples, como deixar de fumar, mudar a dieta alimentar, fazer exercício físico ou até mesmo tomar um medicamento.

Tabela 7 – Porcentagem de Entrevistados por Classe Socioeconômica que Praticam Esportes Pratica esportes Geral Classe A/B Classe C Classe D/E Não 71 55 70 86 Sim 29 45 30 14 Fonte: Pesquisa de campo

4.2 Características do alimento

Dentre as características do alimento abordou-se: preço e saúde. As carnes citadas como mais consumidas pelos entrevistados foram, respectivamente, a carne bovina e a de frango conforme pode ser observado na Tabela 8.

Tabela 8 – Tipos de Carnes mais Consumidas (em %) por Classe Socioeconômica Carne consumida Geral Classe A/B Classe C Classe D/E

Bovina 98 98 100 97 Frango 92 94 93 90 Embutidos 50 53 43 52 Peixe 48 73 48 26 Carne suína 30 37 41 16 Fonte: Pesquisa de campo O total das colunas supera 100% porque foi permitida mais de uma resposta por entrevistado.

É interessante verificar que a carne de frango é consumida por 92% dos entrevistados,

mesmo não sendo a de maior preferência. Isto pode indicar que o seu consumo seja um hábito alimentar já consolidado no Brasil, confirmando o resultado encontrado.

Silva e Fabrini Filho (1994) salientam que o marketing tem associado a carne de frango a qualidade de vida do homem moderno, apresentando cortes práticos que podem ser manuseados e preparados com maior facilidade. Segundo Gordin (2002), entre os fatores que contribuíram para o crescimento do consumo de carne de frango no Brasil estão o aumento da eficiência de toda a cadeia produtiva, com a subseqüente redução de preços, aliado às alterações do poder aquisitivo da população e ao baixo custo da carne de frango em relação aos seus substitutos, consolidando o frango como fonte protéica acessível a todas as faixas de mercado. Para o mesmo autor, as camadas mais empobrecidas apresentam consumidores que expandem o consumo pelo fator renda. Em tais camadas, as carnes que apresentam custos mais reduzidos, levam uma grande vantagem. Exemplo disso é a carne de frango (Tabela 9). Os dados acusam que 44% dos entrevistados referentes às classes C, D e E colocam o preço como um fator importante na hora da compra, contra apenas 16% nas classes A e B.

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Aplicando o teste do qui-quadrado, verificamos que a compra da carne de frango, pelas pessoas de rendas mais baixas, estão fortemente associada ao preço.

Segundo Galeazzi apud Bleil (1998), a maioria dos brasileiros adequam sua alimentação de acordo com o poder aquisitivo e a oferta de mercado. O efeito do que se come com relação á saúde é uma idéia que ainda não direciona as compras de pessoas das classes C, D e E.

Tabela 9: Importância do Preço na Compra da Carne de Frango (em %)

Classe Social Importante Sem Importância A 15 6 B 1 3 C 11 7 D 25 10 E 8 6

Total 60 32 Valor p 0,362

Fonte: Elaborada pela autora Para Silva e Fabrini Filho (1994), a percepção da qualidade da proteína animal está

muitas vezes relacionada a fator como marketing que reforça a saudabilidade da carne branca de alto valor protéico, baixo nível de lipídeos, contendo ácidos graxos não saturados, em contraposição à carne vermelha, induzindo ao (pré)conceito da dificuldade digestiva; com maior percentual de triglicerídios e gordura intramuscular. Como motivos para se consumir a carne de frango (Tabela 10), verifica-se que 8% dos entrevistados referentes as classes A e B consomem a carne de frango por ser mais saudável que outras carnes, de fácil digestão e com menos calorias. Aplicando o teste qui-quadrado constatamos que as classes A e B consomem a carne de frango por ser mais saudável com um valor p = 0,529, maior que 0,05 aceita-se a hipótese nula.

Tabela 10 – Motivos de se consumir carne de frango

Classe Social Porque é mais

saudável É de fácil digestão,

é mais leve Porque tenho

problema de saúde Porque tem menos

calorias

A 2% 0% 0% 2% B 3% 0% 0% 1% C 6% 1% 1% 0%

D/E 1% 0% 1% 1% Total 12% 1% 2% 4%

Valor p 0,529 Fonte: Desenvolvida pela autora

A quantidade de gordura presente na carne é uma característica de qualidade que vem ganhando cada vez mais importância devido à crescente conscientização da imagem corporal e para o fato de que dietas com alto teor de gordura levam ao aumento de problemas cardio-vasculares.

Rocha (1999) procura esclarecer algumas vantagens reconhecidas sobre a importância da carne vermelha na dieta humana como fornecedora de proteína, vitamina e sais minerais, afirmando que muitos consumidores estão convencidos sobre a melhor qualidade das carnes

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brancas, principalmente peixe e frango, simplesmente pelas ações de marketing, estruturadas em eficientes campanhas de comunicação para a divulgação dos aspectos positivos destes produtos. 5 Conclusão

O presente trabalho fez uma análise do hábito de consumo da carne de frango em Campo Grande – MS. Foram entrevistadas 96 pessoas em suas residências, responsáveis sozinhas ou juntamente com outra pela preparação dos alimentos consumidos na família.

Identificou-se que a mulher continua sendo a maior responsável pela preparação dos alimentos, mesmo para aquelas que exercem atividades remuneradas. A faixa etária predominante é a cima de 30, casadas. Poucas dessas, concluíram o nível superior e apesar da preocupação com a saúde o número de praticantes de esporte é relativamente pequeno.

Dentre os motivos que levam ao consumo da carne de frango destacam-se é a saúde na classe A/B e o preço nas classes C e D/E confirmando o pressuposto inicial.

Percebe-se uma preocupação com a saúde, quando a maioria dos entrevistados consome a carne de frango e a considera mais saudável que a carne bovina, ressaltando como características de “saudabilidade”, o fato de ser leve, branca, de fácil digestão e ter menos gordura. No entanto, em termos do teor de colesterol, a carne bovina, suína e a carne branca de frango apresentam valores semelhantes, já a carne escura e a pele de frango apresentam valores significativamente maiores (BRAGAGNOLO, 2001).

Além disso, temos na produção da carne de frango o uso de antibióticos, que são necessários para o controle de enfermidades que surgem nas granjas superpopulosas, mas em 80% dos casos, os antibióticos são usados de forma indiscriminada pelos produtores (BOTTEZINI; CORSO; VEIT, 2002).

Conforme os mesmos autores, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera um risco crescente para saúde humana, o uso dos antibióticos, pois nos últimos anos, a ocorrência de bactérias resistentes aos compostos antibióticos tem aumentado, criando uma geração de micróbios mais fortes.

A carne de frango vem conquistando o mercado com base em seu baixo preço e na praticidade dos produtos oferecidos, segundo Heinemann et al (ANO), quando comparada à carne bovina percebemos a diferença entre estes dois produtos. Ao compararmos 1 kg de carne de frango com 1 kg de carne bovina, estamos comparando itens que não estão no mesmo nível, uma vez que carne bovina já é vendida desossada, limpa e separada em seus cortes, o que ressalta a importância de se comparar o preço pago com o rendimento da peça e teor protéico. Observa-se que os cortes primários de frango (peito, coxa/sobrecoxa e asas) correspondem em média a 56,6 % do peso do frango inteiro embalado com miúdos. Com isso, o consumidor tem a informação que ao comprar um frango inteiro, deverá obter cortes primários por um custo médio/kg 1,77 vezes maior que o preço pago pelo frango. Da mesma forma, ao comprar peito de frango, o filé de peito obtido terá um custo/kg 1,46 vezes maior.

Poucos são os estudos sobre hábitos alimentares no Brasil especialmente no campo da administração. Em relação aos hábitos de consumo da carne de frango, não foram encontrados estudos específicos, mesmo sendo um produto que teve significativo aumento de consumo nos últimos anos. Embora o trabalho aqui apresentado não tenha contemplado todos os aspectos relacionados a esse tema, contribui significativamente para o preenchimento dessa lacuna.

O resultado do trabalho apresenta que os consumidores de carne de frango baseiam-se no fator saúde e preço, mas são equivocados por esforços de marketing de toda a cadeia produtiva de frango.

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